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Diariamente, somos bombardeados por informações e anúncios, principalmente, nos meses do

final do ano por conta das festividades desse período. Sabemos que, em muitos casos, o que
os anúncios de publicidade prometem é muito diferente daquilo que o consumidor realmente
recebe.

Conforme a legislação, considera-se publicidade enganosa todas as mensagens publicitárias


que induzam o consumidor ao erro ou que influenciem a sua capacidade de decisão, uma vez
que levam o consumidor a ter uma percepção diferente de um produto ou serviço,
apresentando qualidades ou adições que não possui.

Além disso, existe a propaganda enganosa por omissão, que induz o consumidor à compra ao
ocultar uma determinada informação que é essencial no processo de decisão. Por exemplo,
ocultar uma característica de um produto ou serviço que poderá ser fundamento para o
devido funcionamento daquele produto ou serviço.

Desse modo é fundamental analisar informações como natureza do produto, composição,


disponibilidade, preço, quantidade, entre outras, durante o processo de decisão de compra.

Ademais, a publicidade que incite à violência, desrespeite os direitos humanos, os valores


ambientais ou até mesmo que explore o medo do consumidor são consideradas abusivas e, tal
como acontece com a publicidade enganosa, são consideradas crimes e proibidas pelo Direitos
do Consumidor.

Em Portugal, as marcas e empresas que praticam publicidade enganosa cometem uma


infração que está prevista no artigo 66 do Código do Consumidor, ficando sujeitos a uma multa
ou uma pena de prisão de um a três anos.

O Direito do Consumidor impõe, para além da coima e multa, uma responsabilidade civil aos
veiculadores de publicidade enganosa ou publicidade abusiva. O fornecedor é obrigado a
cumprir com toda e qualquer informação publicitada.

Em 2020, segundo o Jornal “Dinheiro vivo”, a DECO (organização de defesa do consumidor


português) denunciou 20 casos de publicidade enganosa desde janeiro, todas ainda sem
decisão. “Entre as 20 denúncias que a associação diz serem enganosas, contam-se publicidade
a produtos da Renault, Ryanair, Worten, EDP Comercial ou cartões de saúde Medicare e
Viagens Abreu”.

A DECO ressaltou o seguinte: “Vamos partilhar na nossa rede todas as denúncias que fizermos
de publicidade enganosa e vamos monitorizar o tempo que demora a resposta da autoridade
fiscalizadora. No final do ano, faremos um balanço sobre quantos dias os consumidores
perderam à espera de uma decisão”. Das 20 denúncias, 17 foram enviadas à Direção Geral do
Consumidor, entidade fiscalizadora em matéria de publicidade, e as restantes a entidades
reguladoras como a da energia (ERSE) ou da saúde (ERS), mas até hoje nenhuma teve decisão
final.

Diante de todo o exposto, queremos saber: Você já foi vítima de uma propaganda enganosa?

Deixa aqui nos comentários.

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