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Índice

Introdução........................................................................................................................................1

1.1. Objectivos.........................................................................................................................1

CAPITULO II: DIREITOS FUNDAMENTAIS E CIDADANIA..................................................2

2. Direitos fundamentais na Constituição Moçambicana.............................................................2

3. Diferença entre os direitos........................................................................................................3

4. Direitos fundamentais e Deveres fundamentais.......................................................................3

4.1. Categorias de direitos fundamentais quanto aos sujeitos..................................................4

5. Direitos e Deveres Cívicos.......................................................................................................4

6. A cidadania em Moçambique...................................................................................................5

7. Cidadania: Lato senso..............................................................................................................5

8. Pressupostos dos Direitos Fundamentais.................................................................................6

CAPITULO III: Direitos Humanos e a relação que estes tem com Direitos Fundamentais na
perspectiva humana.........................................................................................................................7

9. Direitos humanos e direitos fundamentais...............................................................................7

9.1. O valor da diversidade......................................................................................................7

9.1.1. Os direitos humanos..................................................................................................7

9.1.2. Os direitos fundamentais...........................................................................................8

10. Diferença entre um direito fundamental e um direito humano.............................................8

11. A Evolução Dos Direitos Humanos E Dos Direitos Fundamentais.....................................9

11.1. A História E Fundamentos Dos Direitos Humanos........................................................10

12. Direitos humanos em Moçambique....................................................................................13

13. Conclusão...........................................................................................................................18

14. Referencia Bibliográficas...................................................................................................19


1. Introdução

Falar dos direitos fundamentais em Moçambique e sua importância significa aprimorar inúmeros
aspectos da história do nosso pais e para justificar o conceito sendo assim, não se mostra tarefa
fácil e muito menos algo que possa ser esgotado numa reflexão apenas, contudo, a necessidade
de fazer este trabalho tentar entende a real essência de direitos e deveres em moçambique, devido
aos conturbados momentos que marcam o quotidiano moçambicano.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral

Analisar de um modo geral as diferentes concepções jurídico-fundamentais de Moçambique e


sua importância.

1.1.2. Objectivos específicos


 Falar dos Direitos fundamentais
 Conceituar a Cidadania;
 Dizer o que é um dever Cívico;
 Elencar exemplo para cada tipo de direito;
 Definir Direitos Humanos
 Falar da importância dos direitos fundamentais
1.2. Metodologia

Enquanto procedimento, este trabalho realizou-se por meio de observação indirecta e indutiva,
porque foi partindo de uma análise documental e do seu despectivo conteúdo que obtivemos um
parecer, um ponto de vista generalizado sobre o tema em causa.

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CAPITULO II: DIREITOS FUNDAMENTAIS E CIDADANIA
2. Direitos fundamentais na Constituição Moçambicana

Direito, concebido como sendo um “sistema de regras de conduta social, obrigatórias para todos
os membros de uma certa comunidade, a fim de garantir no seu seio a justiça, a segurança e os
Direitos Humanos, sob a ameaça das sanções estabelecidas para quem violar tais regras”
(AMARAL, 2004, p. 65), revela que o bem por ele perseguido é o homem, que já nasce com
direitos (direitos humanos) que merecem uma tutela por parte da ordem jurídica onde se insere.

É esta protecção do bem perseguido (o homem) que gera a facção “Direitos Humanos”. Tratam-
se de direitos de que uma pessoa necessita para viver com certa dignidade humana. São direitos
inerentes à pessoa humana, isto é, “direitos individuais, conferidos por Deus ou pela Natureza,
reconhecidos pela Razão, inerentes à condição da pessoa humana, e por isso mesmo, anteriores e
superiores ao próprio Estado, a quem são oponíveis pelos indivíduos” (AMARAL, 2004, p. 56).

A ideia de reconhecimento e de protecção de Direitos Humanos surgiu na Inglaterra com John


Locke (1690), e foi proclamada pela primeira vez num grande texto internacional, em 1776, na
Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, redigida por Thomas Jefferson,
que dizia “Nós temos por evidentes por si próprias as verdades seguintes: todos os homens são
criados iguais; são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis; entre estes direitos
contam-se a vida, a liberdade e a procura de felicidade” (AMARAL, 2004, p. 57).

A expressão Direitos Humanos, para designar os direitos que cada pessoa tem por ser pessoa,
mostra-se vaga e com sentido diferenciado para determinadas áreas (MIRANDA, 2014b). Aos
que trabalham o Direito Constitucional, nesse caso, Direito Interno (positivo) de cada Estado
soberano, preferem a expressão Direitos Fundamentais. Isto porque tratam-se, segundo eles, de
direitos assentes na ordem jurídica, e não de direitos derivados da natureza do homem e que
subsistam sem embargo de negação da lei (MIRANDA, 2014b). Tratam-se de direitos humanos
consagrados em texto fundamental (Constituição) por forma a dar-lhes maior protecção e
garantia.

A Constituição Moçambicana atribui os direitos fundamentais a todos os cidadãos perante a lei, e


todos gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres. O artigo 35º e seguintes
da CRM enumeram princípios e uma série de direitos, deveres e liberdades consignados na “lei

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mãe” do país. Refere ainda que: “...os direitos fundamentais consagrados na Constituição não
excluem quaisquer outros constantes das leis” (CRM, 2004).

Isto para dizer que todos os assuntos sobre os direitos fundamentais não se esgotam apenas na
Constituição, existindo outros instrumentos legais ou leis que de forma específica nos remetem à
sua consulta e apreciação. Ou seja, a fonte de reconhecimento dos direitos humanos em si não é,
apenas, a Constituição mas também a Lei ordinária. Assim, as atribuições dos direitos
fundamentais na CRM encontram-se dispostos em:

2.1. Princípio da Universalidade

Este é o primeiro comum a quaisquer direitos fundamentais. Todos quanto fazem parte da
comunidade política são titulares dos direitos e deveres aí consagrados. Portanto, este princípio
diz respeito aos destinatários das normas.

2.2. Princípio da Igualdade

Neste princípio, todos têm os mesmos direitos e deveres, e diz respeito ao conteúdo do princípio
da universalidade.

No positivismo os valores éticos são aqueles que devem ser seguidos pela sociedade.
Actualmente os princípios já não são vistos como eram no antigamente, mas sim carregados de
normatividade, o que os faz um tipo de norma, bem assim como regras. Os princípios
constitucionais são normas que sustentam e servem de fundamento jurídico para o ordenamento
constitucional; são valores primordiais e bases do sistema normativo da sociedade. Não são
meros programas ou sugestões que visem acções para iniciativa privada ou simplesmente para
um poder público, dão a direcção e possuem verdadeira força vinculativa.

3. Diferença entre os direitos

Não se devem misturar os direitos dos povos e os direitos do homem. Quando fala-se dos direitos
dos povos estamos a referir do direito a autodeterminação, direito a paz, etc. São direitos da
colectividade bem definidos e em situações variáveis. Direito do homem refere-se ao direito à
vida, à liberdade, às convicções religiosas, direito ao trabalho.

4. Direitos fundamentais e Deveres fundamentais

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Segundo Mendes, “direitos fundamentais são direitos de defesa que se destinam a proteger
determinadas posições subjectivas contra a intervenção do poder público”. Ainda nesta mesma
linha de pensamento, o autor diz que “os direitos fundamentais do homem são situações jurídicas
objectivas e subjectivas definidas no direito positivo em prol da dignidade, igualdade e liberdade
da pessoa humana”.

Direitos fundamentais e Deveres fundamentais são situações jurídicas ou adstrição de


comportamentos impostas constitucionalmente às pessoas, aos membros da comunidade política.
São deveres que o homem tem perante o Estado, ou perante outros homens enquanto cidadão e
que derivam do seu estatuto básico, a Constituição, em conformidade com os princípios que a
enformam.

4.1. Categorias de direitos fundamentais quanto aos sujeitos

Quanto aos sujeitos os direitos podem ser:

a) Direitos fundamentais individuais e institucionais: Enquanto os Direitos fundamentais


individuais referem-se ao direito à vida, à liberdade pessoal, à objecção de consciência, o direito
ao trabalho, direito ao ensino, etc. Os direitos fundamentais institucionais dizem respeito por
exemplo ao direito de livre organização, de confissões religiosas, direito de antena, livre acção
de associação, associações sindicais, etc.

b) Direitos comuns e particulares: Por direitos comuns entende-se os direitos de todos os


membros da comunidade política só por virtude dessa qualidade, por exemplo os direitos dos
cônjuges, direitos de exercício do sufrágio universal.

5. Direitos e Deveres Cívicos

Deveres cívicos são um conjunto de deveres que se impõem ao cidadão para uma justa e salutar
convivência em sociedade. Os direitos cívicos correspondem aos valores fundamentais dos seres
humanos. Por exemplo, o direito à vida, a constituir família, a escolher livremente o emprego e a
religião, o direito à liberdade e defesa em tribunal e o direito à liberdade de expressão.

Para mais enfase, podem compreender-se os seguintes:

5.1. Respeitar os outros Cidadãos

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Respeitar os outros cidadãos é um dever cívico e de cada um.

5.2. Pagamento de impostos

Pagar impostos é um dever cívico e de cada um. Consiste em dar parte dos lucros que se tenha ao
estado. Serve para pagar aos polícias, aos médicos, aos professores, etc.

5.3. Serviço Militar Obrigatório

Cumprir serviço militar é um dever cívico e de cada um.

5.4. O voto

Votar é um dever cívico e de cada um. Consiste em escolher uma opção duma lista de opções. É
extremamente limitativo, ter que escolher entre duas (no caso de referendo) ou meia dúzia de
hipóteses (eleições), embora o povo fique todo contente a pensar que escolhe alguma coisa
cumprir pena. Num regime político democrático (democracia), os cidadãos têm mais garantias de
ver os direitos fundamentais respeitados pois são eles que elegem os poderes políticos que fazem
as leis e as fazem cumprir.

6. A cidadania em Moçambique

A Constituição moçambicana sugere uma concepção de cidadania baseada em direitos. Ela


enumera, por exemplo no seu capítulo V, uma série de direitos sociais e económicos, tais como o
direito à educação, saúde, habitação, assistência na velhice e incapacidade e trabalho.

Embora a Constituição da República Moçambicana não o defina claramente, a cidadania pode


ser compreendida como um direito fundamental ligado a uma nacionalidade: o «direito a ser
membro da República Moçambicana».
Exige, portanto, um vínculo ou conexão relevante a Moçambique, o facto de ter nascido em
território Moçambicano, ser filho ou neto de Moçambicano, casar-se com um cidadão
Moçambicano a qual justifica o estatuto de inclusão ou pertença à comunidade política e jurídica
Moçambicana.

7. Cidadania: Lato senso

Um cidadão é uma pessoa que se considera em uma fase madura o suficiente desenvolvido para
agir consciente e responsavelmente dentro da sociedade.

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Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um(a) indivíduo (pessoa) em um Estado. Os
direitos e deveres dos cidadãos devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão
implica necessariamente numa obrigação de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos
e práticas que dá à pessoa a possibilidade de participar activamente da vida e do governo de seu
povo. Em suma, a cidadania é reconhecida como o «direito a ter direitos».

8. Pressupostos dos Direitos Fundamentais

Segundo Jorge Miranda (2014b), não pode haver verdadeiros direitos fundamentais sem que
as pessoas estejam em relação imediata com (i) o poder, beneficiando de um estatuto comum e
não separadas em razão dos grupos ou das instituições a que pertençam. Também, não há direitos
fundamentais sem (ii) Estado. Ora, aqui, é preciso, para a protecção desses direitos fundamentais,
acrescentar-se um requisito: o Estado de Direito Democrático. Trata-se de um ambiente propício
para a garantia, respeito e protecção de direitos fundamentais.

Ou seja, não há direitos fundamentais em Estado totalitário. A evolução histórica do Estado,


desde o absolutismo monárquico até, pelo menos, ao Estado Liberal, prova que a principal luta
era por um Estado capaz de respeitar e garantir o respeito pelos direitos fundamentais. Esta
posição é confirmada por Jorge Bacelar Gouveia, que afirma que:

´´Na óptica do tipo histórico de Estado, o princípio do Estado de Direito surge como um
dos principais resultados do Constitucionalismo e do Liberalismo, sendo a expressão firme de
oposição ao sistema político precedente, com a preocupação essencial pela limitação do poder
político, por isso também fundando o Estado Contemporâneo (GOUVEIA, 2009, p. 791).``

Na verdade, os Direitos Humanos constituem o elemento através do qual o Estado de Direito


Liberal recupera aquilo que até hoje se considera o fim último de toda a ginástica de limitação do
poder da Administração Pública: o homem, os direitos humanos. Para além disso, os Direitos
Fundamentais assumem um pico relevante na concepção liberal do Estado de Direito. É assim
que Jorge Reia Novais descreve: “Enquanto princípio básico de distribuição em que se apoia o
Estado de Direito Liberal (...) os direitos fundamentais não devem, em rigor, ser considerados
como um entre vários dos seus elementos, mas como o verdadeiro fim da limitação jurídica do
Estado” (2003, p. 71).

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Contudo, podemos dizer que, entre os pressupostos dos direitos fundamentais está (e deve estar)
um Estado de Direito Democrático. Não na forma, mas também na matéria, nas atitudes das
pessoas e na vontade de proteger o bem supremo: o homem e seus direitos. Aliás, os Direitos
Fundamentais devem sempre ser garantidos pelo Estado, dado que é o Estado que detém
mecanismos (órgãos com poderes) para forçar ou impedir os seus cidadãos a absterem ou
adoptarem determinadas condutas. Em cada Estado haverá a sua forma de conceber e proteger os
DF (CUNHA JÚNIOR, 2016). Vejamos a seguir como o Estado moçambicano o faz.

CAPITULO III: Direitos Humanos e a relação que estes tem com Direitos Fundamentais
na perspectiva humana

9. Direitos humanos e direitos fundamentais

Os direitos fundamentais têm a sua origem no final do século XVIII na França, com a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O conceito de direitos humanos remonta ao
direito natural estabelecido pelos romanos na antiguidade, baseado em ideias racionais derivadas
da natureza das coisas.

Entende-se por Direito o conjunto de normas jurídicas criado pelo Estado com o objectivo de
regular o comportamento das pessoas, e cujo incumprimento implica uma sanção judicial.

Assim, o Direito estabelece as bases da convivência social, com a finalidade de proporcionar


segurança, igualdade, certeza, liberdade e justiça a todos os membros da sociedade. O objectivo
do Direito é estabelecer a harmonia, a ordem e o equilíbrio social.

9.1. O valor da diversidade


9.1.1. Os direitos humanos

Seguindo a definição de Direito, podemos introduzir e entender os direitos humanos como uma
limitação às acções do Estado em relação aos indivíduos, outorgando-lhes um âmbito de
liberdade de acordo com a sua condição própria de ser humano.

Assim, os direitos humanos são indispensáveis para viver com dignidade, livremente, em um
entorno justo e pacífico.

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São aqueles direitos que todas as pessoas têm pelo mero fato de existirem. Não fazem distinção
de sexo, nacionalidade, etnia, cor, religião, lugar de residência, idioma, partido político, idade ou
condição social, cultural ou económica.

Os direitos humanos são:

• Universais

• Invioláveis

• Intransferíveis

• Irrenunciáveis

• Interdependentes

Desse modo, o direito internacional dos direitos humanos estabelece a obrigação, para todos os
países, de agir de uma determinada maneira para promover e proteger os direitos humanos e as
liberdades fundamentais dos indivíduos.

As bases deste corpo de regras se encontram na Carta das Nações Unidas (1945) e na Declaração
Universal dos Direitos Humanos (1948).

9.1.2. Os direitos fundamentais

Para que exista um direito fundamental, é preciso existir, anteriormente a ele, um direito
humano. O direito fundamental pode ser considerado aquela garantia que um país oferece aos
indivíduos que se encontram dentro de suas fronteiras. Estes direitos são regidos por uma carta
magna, nas constituições dos Estados, devido a sua importância; são fundamentais.

Eles são diferentes do restante dos direitos estabelecidos pelas constituições porque são
inalienáveis (são adquiridos no momento do nascimento) e não podem ser objecto de transacção
ou troca.

Além disso, a defesa dos direitos fundamentais costuma ser mais ágil em termos judiciais,
quando falamos de sociedades democráticas, já que são considerados pilares fundamentais da
sociedade.

10. Diferença entre um direito fundamental e um direito humano

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A principal diferença se encontra na territorialidade. Os direitos humanos são universais, sem
nenhum tipo de limitação. Por outro lado, um direito fundamental se encontra dentro de uma
jurisdição específica, com as limitações que a lei outorga. Portanto, o conceito de direitos
fundamentais predomina na ordem estatal.

Um direito fundamental é, antes de mais nada, um direito criado pela constituição. Portanto, é
preciso considerar a pré-existência do direito para a configuração de um direito fundamental.

Os direitos humanos têm um teor muito mais amplo do que os direitos fundamentais. Assim,
vemos que a distinção entre direitos humanos e direitos fundamentais é importante: nem todos os
direitos humanos foram reconhecidos como direitos fundamentais.

Vemos que a organização interna dos Estados, e particularmente na doutrina constitucional, faz
uma distinção entre direitos fundamentais e direitos humanos. O conceito de direitos
fundamentais predominou na ordem estatal. Esta distinção provoca uma série de consequências
na ordem interna dos Estados.

“Esta diferenciação e, portanto, estas consequências não correspondem à existência de uma


ordem jurídica plural no interior do Estado. Entre outras consequências, a persistência desta
distinção tende a reduzir o gozo efectivo dos direitos económicos, sociais e culturais,” conforme
afirma o jurista Gonzalo Aguilar Cavallo.

11. A Evolução Dos Direitos Humanos E Dos Direitos Fundamentais

O estudo abordado nesta temática apresenta-se de imensa importância à compreensão do Direito


em seu percurso histórico, pois para se atingir uma compreensão acerca da conjuntura
contemporânea do tema proposto, faz-se necessário conhecimento de sua evolução no transcorrer
do tempo.

A sociedade moderna nem sempre teve o perfil organizado que conhecemos no presente. Foi ao
longo do tempo, que a humanidade desenvolveu questões atinentes às maneiras de sobrevivência,
organizando-se em prol da vida em comunidade – tentando estabelecer princípios solidários e de
respeito à vida. Assemelhando-se ao consenso: “nenhum homem é uma ilha”, e a conjuntura
sociocultural das enormes desigualdades e das violências condicionam a vida numa
vulnerabilidade constante.

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Se por um lado, em ocasiões de lutas armadas que foram geradas por antagonismos culturais,
étnicos-raciais, políticos, religiosos e conflitos territoriais – que são traços frequentes em nossa
história. Do outro, em contrapartida a essas lutas, várias respostas serviram de alicerces para
construir a história das realidades sobre as quais pairam diante da vida o significado de valor
maior, consequentemente, sua integridade deve ser protegida e viabilizada.

Diante da compreensão anterior, há o surgimento de inúmeras regras acerca da defesa dos


Direitos Humanos e da defesa dos Direitos Fundamentais, bem como da acessão de uma cultura,
radicalmente, opositora a qualquer tipo de violência.

11.1. A História E Fundamentos Dos Direitos Humanos

É a partir do contexto de formação dos valores humanistas e da promoção de uma cultura


embasada na paz que se percebe o entrelace na História dos direitos Humanos. Faz-se importante
ressaltar que tal processo tem-se desencadeado por maneiras conflituosas, por disputas e por
conquistas.

Ao tentar se construir uma concepção de sociedade ideal, cujas pessoas são frutos do que se
deseja formar, os Direitos Humanos adquirem fundamentos não como uma essência milagrosa
ou uma inspiração intelectual, mas sim forma momentânea de época. Entretanto, são conjecturas
dos próprios processos de aprendizagens acumulados pela humanidade, em suas áreas
diversificadas, experiência e descobertas. De fato, um processo de construção humana, de
apreensão e de recriação da realidade.

O padrão dos Direitos Humanos se fortalece a partir da segunda metade do século XX, período
que se catalogam referenciais jurídicos, teóricos e empíricos-metodológicos. Desse momento,
surge um vasto propósito de direitos sobre o qual, na actualidade, trabalhamos tão-somente
acerca dos direitos civis e políticos, quanto aos direitos sociais, económicos, culturais e
ambientais. Neste paradigma, tem-se como princípio máximo a universalidade da dignidade
humana – considerada a singularidade de cada indivíduo e seu segmento sociocultural. “Todos os
direitos humanos para todos, é este o único caminho seguro para a actuação lúcidas no campo da
protecção dos direitos humanos”, como reitera o professor Augusto Cançado Trindade (1994-
p.20)

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Surge-se, então, no início do século XX o Estado de Providência. E nesse sentido, Themístocles
Brandão Cavalcanti apud Alexandre de Moraes, explicita que:

Considerando O começo do nosso século viu a inclusão de uma nova categoria de direitos nas
declarações e, ainda mais recentemente, nos princípios garantidores da liberdade das nações e
das normas da convivência internacional. Entre os direitos chamados sociais, incluem-se aqueles
relacionados com o trabalho, o seguro social, a subsistência, o amparo à doença, à velhice etc.
(MORAES, 2005, p. 26)

Mergulhada nesse contexto, a Declaração Universal dos Direitos humanos proclamada em 1948
é reconhecida por ser uma referência básica a todo e qualquer princípio é direito expresso. Visto
por sua tentativa de alinhar os países a um compromisso de defesa incondicional do direito de
todos à vida digna em qualquer contexto que ela se encontre, esse contrato é um marco para a
humanidade.

Quanto a isso, observar-se no Preâmbulo da Declaração:

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família


humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz,

Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam em actos bárbaros
que ultrajaram a consciência da humanidade e que o advento de um mundo em que os homens
gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da
necessidade foi proclamado com a mais alta aspiração do homem comum,

Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para
que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

Considerando que os povos das Nações reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos
fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e
das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em
uma liberdade mais ampla, considerando que os Estados-Membros se comprometeram a
desenvolver, em operação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e
liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, Considerando que uma

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compreensão comum desses direitos e liberdade é da mais alta importância para o pleno
cumprimento desse compromisso (RODRIGUES, 2007, ano, p.).

Estas considerações reafirmam a lente de ampliação sobre o interesse extensivo e unificador da


Carta, dando margem a plena defesa universal do direito de todos à dignidade humana.

Após citar o Preâmbulo Universal da Declaração que se tornou arcabouço importante no direito
humanitário da sociedade moderna. Faz-se jus, neste estudo, a necessidade de se atentar para
alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que dizem:

Art.1 – Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de
razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.

Art.2 – Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição.

Art.3 – toda pessoa tem o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Art.4 – Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de


escravos serão proibidos em todas as formas.

Art.5 – Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano
ou degradante.

Art.6 – toda pessoa tem o direito de ser em todos os lugares, reconhecida como pessoa
perante a lei.

Art.7 – Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a qual
protecção da lei. Todos têm direito a Igual protecção contra qualquer discriminação que viole a
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Art.8 – Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio
efectivo para os actos que violam os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela
constituição ou pela lei.

Art.9 – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

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Nesse contexto, perceber-se os Direitos Humanos como um agrupamento de direitos e princípios
reunidos pelo objectivo de representar defesa para a vida honrada da pessoa humana. Isso
implica em afirmar a sustentabilidade da universalidade do ser humano respeitando, também, a
especificidade de cada pessoa.

12. Direitos humanos em Moçambique

Ao mencionar sobre os direitos humanos em Moçambique é importante ter em conta as revisões


constitucionais ocorridas em 1990 e em 2004. A Constituição de 1990 alargou a carta de
Garantias e Direitos fundamentais de forma a incluir novos direitos e liberdades fundamentais
que não tinham sido previstos na Constituição de 1975. E na de 2004 tivemos também a
ampliação do catálogo referente aos direitos humanos.

A respeito da Constituição de 1990, AfriMAP (2006:4) diz que esta inclui expressamente o
direito à igualdade perante a lei (artigo 66), o que não era explícito na constituição de 1975;
outras disposições incluíam o direito à vida, com a abolição da pena de morte (artigo 70); a
liberdade de expressão e o direito a informação (artigo 74); a liberdade de movimento (artigo
83); o direito a formar e participar em partidos políticos (artigo 77); o direito de contestar a
violação de direitos (artigo 81); o direito a apresentar petições e reclamações (artigo 80); e o
direito de recorrer a tribunais em caso de violação de tais direitos (artigo 82).

A constituição de 1990 também inclui um capítulo relativo aos direitos e deveres económicos e
sociais, o que representou uma mudança digna de realce, tendo em conta a forma como a questão
económica era abordada na constituição de 1975. A este respeito AfriMAP (2006:4) diz que ela
previu o direito à propriedade privada (artigo 86), o direito a herança (artigo 87), e o direito a
trabalhar numa profissão de livre escolha (artigo 88), contra uma contribuição justa (artigo 89).
O direito a educação (artigo 92) e o direito de cuidados médicos e de saúde foram também
reconhecidos.

No que se refere a educação, é importante notar que segundo Manhique (2009: 39), a área de
educação é importante para o país, face a ainda fraca base de qualificação dos recursos humanos
que vem afectando, de maneira considerável, o desempenho e limitando a efectividade e
eficiência de todas as instituições da sociedade em geral, e do Estado, em particular. Esta
situação dificulta a luta que o Estado moçambicano tem estado a fazer para o alcance do

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desenvolvimento. Aliás, não podemos erradicar a pobreza enquanto existir um maior número de
pessoas sem educação formal ou com baixo nível de escolarização.

Oppenheimer e Isabel (2002:71, Manhique, 2009: 3961) dizem que existe uma forte relação
entre a educação e pobreza: “os chefes de agregado familiar com maior nível de educação
tendem a ser menos pobres. Esta relação é mais forte nas zonas urbanas que nas zonas rurais, e
nos agregados chefiados por mulheres do que nos chefiados por homens”. Estas situações
demonstram o quanto é importante o direito humano educação, o que fez com que, influenciado
pelas instituições financeiras internacionais, para além da acção do Estado, a sociedade civil,
incluindo as instituições religiosas e o sector privado, também se envolva na promoção de
programas de expansão do acesso e melhoria da qualidade da educação, bem como a gestão das
instituições de ensino. Actualmente, temos em Moçambique 48 instituições de ensino superior e
mais de 130 mil estudantes. Este é um dado importante, quando falamos do direito humano a
educação, particularmente ao direito do acesso ao ensino superior.

A respeito do acesso ao ensino superior o artigo 114 (1) da constituição da Republica de


Moçambique estabelece que: “O acesso às instituições públicas do ensino superior deve garantir
a igualdade e equidade de oportunidade e a democratização do ensino, tendo em conta as
necessidades em quadros qualificados e elevação do nível educativo e científico no país”.

A Constituição de 2004 estabelece no seu artigo 43 que os preceitos constitucionais relativo aos
direitos fundamentais são interpretados e integrados em harmonia com Declaração Universal dos
Direitos Humanos e a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos.

Para a AfriMAP (2006:6) afirmou e aperfeiçoou e clarificou diversas disposições relacionadas


com a protecção dos direitos humanos e também reconheceu alguns novos direitos:

 A constituição de 2004 introduziu o direito de acção popular (artigo 81). Tanto individual
como colectivamente, os cidadãos tem direito de reclamar indemnizações, assim como o
direito de agir em defesa da saúde pública, dos direitos dos consumidores, da preservação
do ambiente e do património cultural (artigo 81). A constituição de 2004b também inclui
novas disposições relativas à utilização da informática (artigo 71).

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 Enquanto a Constituição de 1990 reconhecia o direito dos arguidos a assistência e
patrocínio judicial (artigo 100), a Constituição de 2004 ao arguido o direito de escolher o
seu defensor para o assistir em todos os actos do processo (artigo 62).
 Quanto a prisão preventiva, a Constituição de 1990 previa que esta apenas era permitida
nos casos previstos na lei e que os detidos deveriam ser presentes a um juiz dentro de um
período fixado na lei para este verificar a legalidade da detenção (artigo 101). A
constituição de 2004 adianta, por seu turno, que os detidos sejam prontamente
informados das razões da sua detenção e a sua família sobre esta informada (artigo 64).
 A constituição de 1990 previa o direito de habeas corpus (artigo 102), sendo o seu
processo fixado na lei. A constituição de 2004 estipulou um prazo de oito dias para os
tribunais responderem a petições de habeas corpus (artigo 66).
 A constituição de 2004 introduziu o princípio de que a pena não ser de carácter perpétuo
nem transmissível e de que, salvo as limitações inerentes à condenação, não implica de
quaisquer direitos civis, profissionais ou políticos, nem priva o condenado de seus
direitos fundamentais (artigo 61).
 A constituição de 2004 prevê maior protecção para os advogados no exercício das suas
funções, incluindo o direito de comunicação em privado entre o advogado e o seu
constituinte, mesmo quando este se encontra detido (artigo 63).
 A Carta dos Direitos, Deveres e Liberdades Fundamentais de 2004 é vinculativa tanto
para as entidades públicas e privadas como para o Estado, pelo que, de facto se aplica a
pessoas singulares e colectivas.

Entretanto, a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (2005:08) diz que o processo de adopção
de convenções por parte de Moçambique é rico em contradições e imprecisões, desde logo, por
falta de um critério a ser seguido pelos órgãos responsáveis que tomam os actos de ratificação.

Note-se, que é pouco provável que não haja critérios na acção de um Estado para adopção de
instrumentos internacionais, o que pode ocorrer é a incompreensão destes critérios por
organizações da sociedade civil, tais como a Liga.

Em Moçambique, o órgão do Estado com competência para ratificar os tratados é a Assembleia


da República. A este respeito, a Constituição da República de Moçambique (CRM), nos termos
da alínea e) do nº 2 do artigo 179, estabelece que: “é da exclusiva competência da Assembleia da

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República aprovar e denunciar os tratados que versem sobre matérias da sua competência”. Os
tratados internacionais sobre os Direitos Humanos fazem parte dos tratados cuja aprovação
depende da Assembleia da República.

Note-se, no entanto, que, normalmente, a iniciativa de ratificação de um instrumento


internacional é do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação. A matéria é apreciada
pelo Governo e remetido a Assembleia da República. Segundo a natureza da matéria que o
documento trata, o Presidente da Assembleia da República manda para a comissão especializada
da Assembleia da Republica e manda sempre para a Comissão dos Assuntos Jurídicos, Direitos
Humanos e Legalidade para apreciar a constitucionalidade ou não de qualquer dos instrumentos
(Dias, 2009, citado por Manhique, 200963).

Há o entendimento de que as áreas económicas sobrepõe-se sobre as sociais no processo de


ratificação dos instrumentos internacionais dos Direitos Humanos.

A este respeito Oppenheimer e Isabel (2002:68, citados por Manhique, 2009) afirmam que a
posição dominante fundamental das instituições financeiras internacionais e cooperação multi e
bilaterais oficiais, imposta aos países do Sul por via das variadíssimas condicionalidades da
ajuda externa, continua a ser o prosseguimento de uma política social “restritiva”, o único
considerado compatível com uma economia liberal competitiva, no quadro globalizado.

Todavia, é notória a preocupação do Estado na ratificação dos Instrumentos Internacionais dos


Direitos Humanos, e há avanços na protecção dos direitos humanos. A respeito da ratificação, a
AfriMAP (2006) diz que desde a independência nacional em 1975, Moçambique tem ratificado,
sem reservas, a maior parte dos principais instrumentos internacionais e africanos relativos aos
direitos humanos. Alguns destes instrumentos são os seguintes:

 A Convenção das Nações Unidas para a Eliminação de todas as Formas de


Descriminação Racial (1983);
 A Convenção das nações Unidas Relativa ao Estatuto dos Refugiados (1983);
 O Pacto internacional Sobre Direitos Civis e Políticos (1993);
 O Segundo Protocolo adicional ao Pacto internacional Sobre Direitos Civis e Políticos
com vista à abolição da pena de morte (1993);
 A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (1994);

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 A Convenção das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra a Mulher (1997);
 A Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis,
Desumanos ou Degradantes (1999);
 A Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos (1989);
 A Carta Africana dos Direitos e bem-estar da Criança (1998);
 A Convenção da União Africana Relativa a Aspectos Específicos do problema dos
Refugiados em África (1989);
 Protocolo sobre o Tribunal de Justiça da União Africana (2004);
 O protocolo sobre a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos Sobre os
Direitos das Mulheres em África (2005);
 A Convenção das nações Unidas Contra a Corrupção (2006);
 A Convenção da União Africa sobre a Prevenção e Luta Contra a Corrupção (2006).

Quanto a protecção dos direitos humanos, a ONU, no seu relatório de 2014, diz que em
Moçambique se tem registado melhoria na questão relativa a protecção dos direitos humanos. A
criação de uma Comissão dos Direitos Humanos é o grande exemplo.

A CNDH tem como funções a promoção, protecção e defesa dos direitos humanos no País
através de programas de educação sobre direitos humanos (…) A Lei n.º 33/2009 determina que
a CNDH tem como membros quatro representantes da sociedade civil; três personalidades
ligadas aos sectores da educação, da justiça e da saúde, designados pelo primeiro-ministro,
ouvidos os ministros de tutela; três personalidades com conhecimento ou experiência em
matérias relacionadas com a promoção e defesa dos direitos humanos, eleitos pela Assembleia da
República de acordo com o princípio de representatividade parlamentar; e ainda um
representante da Ordem dos Advogados de Moçambique. Além do supracitado, a representante
da ONU em Moçambique, Jennifer Topping, destaca também a ratificação de acordos
internacionais sobre direitos humanos.

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13. Conclusão

Contudo, pode concluir que direitos fundamentais são direitos de defesa que se destinam a
proteger determinadas posições subjectivas contra a intervenção do poder público. Os direitos
fundamentais do homem são situações jurídicas objectivas e subjectivas definidas no direito
positivo em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana.

Direitos fundamentais e Deveres fundamentais são situações jurídicas ou adstrição de


comportamentos impostas constitucionalmente às pessoas, aos membros da comunidade política.
São deveres que o homem tem perante o Estado, ou perante outros homens enquanto cidadão e
que derivam do seu estatuto básico, a Constituição, em conformidade com os princípios que a
enformam.

A Constituição Moçambicana atribui os direitos fundamentais a todos os cidadãos perante a lei, e


todos gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres. O artigo 35º e seguintes
da CRM enumeram princípios e uma série de direitos, deveres e liberdades consignados na “lei
mãe” do país.

Os direitos humanos pode ser vista como uma limitação às acções do Estado em relação aos
indivíduos, concebendo-lhe a um âmbito de liberdade de acordo com a sua condição própria de
ser humano.

Portanto os direitos humanos são de suma importância visto que são indispensáveis para viver
com dignidade, livremente, em um entorno justo e pacífico.

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14. Referencia Bibliográficas

Legislação:

 Constituição da Republica de Moçambique – 2004.


 Constituição da Republica de Moçambique -1990
 Declaração universal dos Direitos Humanos.

Obras Literárias e Websites

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7.ed.Coimbra: Almedina, 2003.
 CANOTILHO, Joaquim José Gomes. Estado de Direito. Lisboa: Fundação Mário Soares;
Gradiva Publicações, Lda, 1999.
 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Constitucional. 10.ed.rev.ampl. Salvador:
Juspodivm, 2016.
 CUNHA, Paulo Ferreira da. Justiça e Direito - Viagens à tribo do Jurista. Lisboa: Qui
Juris Sociedade, 2010.
 CUNHA, Paulo Ferreira da. O Pensar o Estado. Lisboa: Qui Juris Sociedade, 2009.
 GALTUNG, Johan. Direitos Humanos, Uma Nova Perspectiva. Lisboa: Instituto Piajet,
1994.
 GOMES, Conceição. Os atrasos da Justiça. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos
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Fundamentais
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 Https://www.dn.pt/politica/interior/as-manifestacoes-sao-um-exercicio-de-direitos-
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 http://nesdoc.unesco.org/imagens/0013/001394/139423por.pdf

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 Http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/08/estatutos-da-comiss
%C3%A3o-nacional-dos-direitos-humanos-contrariam-princ%C3%ADpios-de-
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