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A
1.
Byrusso
JACKSON DE FIGUEIREDO
CORRESPONDENCIA
Com um estudo de
TRISTÃO DE ATHAYDE
e uma introdução de
BARRETTO FILHO
Editora A. B. G.
JACKSON DE FIGUEIREDO
Correspondencia
Com um estudo de
TRISTÃO DE ATHAYDE
e uma introdução de
BARRETTO FILHO
.
EDITORA A. B. C.
BARRETTO FILHO
338
6 JACKSON DE FIGUEIREDO
A EXPERIENCIA RACIONALISTA
ACTUAÇÃO POLITICA
Em favor da rechristianização da vida brasi
leira em todos os seus aspectos. Essa phrase exige
alguns commentarios, que não permittam que se des
cance na sua significação hoje tão superficial á força
de ser usada e reivindicada a cada momento , e que
lhe restitúa o sentido profundo e real que possuía ,
quando usada pelo Jackson. Essa rechristianização
não consistia, para elle, em nada do que fosse acci
dental , isto é , em acontecimentos exteriores, no pre
enchimento de certas formalidades do poder tem
poral em face da Igreja , no florescimento apparente
de um christianismo social para uso externo.
Não. Jackson desejou organizar uma elite, ex
tensiva a quantos fossem capazes de encontrar o
seu accesso, que vivesse intensamento aquella sua
experiencia da vida, paixão e morte de Jesus Christ:
como unica realidade digna de ser meditada e vivi
da ; mas uma elite aguerrida , que encontrasse nessa
contemplação os motivos e a força de imprimirem
o tom, o colorido, a toda a vida nacional .
A sua concepção possuía assim um principio
aristocratico, muito differente de um simples exclu
sivismo de casta, visto que a existencia desse nucleo,
24 JACKSON DE FIGUEIREDO
Um abraço do
JACKSON
44 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio, 3-9-1920
Meu caro Alceu
( 1) Afranio Peixoto .
CORRESPONDENCIA 45
20 / 21-10-1922
( 4) Mario de Alencar.
( 5 ) Jackson converteu depois essa formula nessa outra ,
que usava habitualmente: “ os meus amigos são a minha pe
quena igreja ".
CORRESPONDENCIA 51
52 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio, 224-27 .
Alceu
3.° -
A verdade politica será uma só, como
parte de toda a Verdade, isto é, dos fins verdadeiros
do homem. As suas adaptações a circumstancias taes
ou quaes não lhe alterarão nunca a essencia, sob
pena de não ser mais verdade.
E, pergunto eu : não será o brasileiro um ho
mem como outro qualquer ? Parece -me que não so
mos uma especie á parte, e, se assim é, é claro, é
clarissimo que devemos ser regidos, em politica como
em tudo o mais, pelas mesmas leis geraes que regem
todos os homens .
Não ha pois, romantismo na defesa, entre nós,
do principio de autoridade, o esquecimento ou o des
preso do qual tem acarretado á vida de todos os
homens, em todos os tempos conhecidos, a des rdem ,
o aniquillamento, a negação mesma do seu " meio
universal" que é a sociabilidade, ( não sei si o termo
diz o que eu quero : vida em sociedade ) a coexis
tencia . Romantismo individual ou collectivo e, por
conseguinte, erro e erro fatal, erro que, mais tarde
ou mais cedo, ser-nos-á funesto, está na defesa de
todo e qualquer sentimento de toda e qualquer idéa
que fortaleça esse esquecimento ou esse despreso do
principio de autoridade.
Lembra -me bem a lição de Joseph de Maistre :
conheço o Francez, o Inglez, o Allemão, mas nunca
tive occasião de encontrar o Homem.
Esta é a verdade, mas esses homens todos, o
Francez , o Inglez, o Allemão, como o Brasileiro, se
poderão comprehender e sentir differentemente uma
porção de cousas, jamais poderão fugir ás leis da na
tureza humana, e uma dellas, a mais grave, é a de
ser eminentemente hierarchica, o que, do modo mais
imperioso, dá caracter de necessidade ao poder pu
blico, á autoridade, pois, do homem sobre o homem .
CORRESPONDENCIA 77
Rio, 22-7-1927.
Rio, 9-8-27 .
Meu querido Alceu :
O privilegio da alegria, que tem sido de alguns
santos, não será talvez o maior dos privilegios de
que gozam, em cada ordem, as almas mais vivas e,
portanto, mais amadas de Deus. Eu , por exemplo, meu
amigo ( e talvez seja o amor de mim proprio o que
me leve a falar assim ) , eu, por exemplo, nem antes
nem depois de ter entrado os umbraes da Igreja,
jamais deixei de soffrer, e soffrer tremendamente ,
sobretudo da lucta commigo mesmo, inclusive com a
minha miseravel capacidade de crear e matar en
thusiasmos . Sou um homem , já lhe disse, em quem
a consciencia só procede bem quando procede ty
rannicamente, quando traz sob o guante das mais
rudes indignações os surtos lyricos do espirito, os
vôos passionaes do coração, as nuanças poeticas da
sensibilidade. E V. sabe que não ha jugos tyran
nicos sem interrupções, o que quer dizer : sem luctas
temiveis . Sim, meu caro Alceu, jámais foi a fé, para
mim, essa illuminação, ou essa voz do alto, ou esse
toque mysterioso , ou mesmo essa plenitude de paz
que V. , em lucta com os segredos da sua alma, parece
julgar caracteristicos da existencia de quem encon
trou a verdade ( 1 ) . Não e não . Principalmente para
JACKSON
Rio, 12-8-1927 .
Rio , 28-8-1927 .
Querido Alceu : Devo responder ainda á sua ul
tima carta, mesmo porque ella , sob uma forma mais
facil, não exprime menores amarguras . Entretanto,
ella tambem revela que V. está de posse de pode
rosos remedios, revela occultas, ignoradas forças do
seu espirito, e não importa que V. mesmo as des
conheça . Eu quero somente chamar a sua attenção
sobre ellas . Na differença que V. verifica entre
Henri de Montherlant e V. , por exemplo, creia que
toda vantagem está de seu lado . O "silencio carly
leano" é a atmosphera de todas as almas dignas da
CORRESPONDENCIA 103
Um abraço do seu
JACKSON
JACKSON
JACKSON
30-8-27
5 /6-10-27
Alceu :
( 1) Andrade Muricy.
110 JACKSON DE FIGUEIREDO
16 / 17-10-27
Alceu :
30 / 31-10-27
22 / 23-11-27
Um abraço do seu
Jackson
24-11-27
2-12-27
3-12-27
15 / 16-12-27
Seu
Jackson
Rio, 3 / 4-1.0-28
Alceu :
Rio, 12 / 13-1.0-28
Seu
Jackson
17 / 18-1-28
Rio, 18 / 19-1.0-28
Alceu : Esta noite mesmo, no Café S. Paulo ( 1 ) ,
numa indizivel crise de solidão, li todo o pamphleto
do Julien Green . A parte critica não tem impor
Jackson
Rio, 25-1.9-28
Alceu : Ahi vae o “ Pamphleto ”. Fiz hoje a mal
dade de publicar, em nosso meio, algumas das suas
verdades . Agitar o universal é a minha maneira
mais commum de irritar o particular. Vamos ver o
que sae d'ahi.
Você tem as obras moraes de Plutarcho ? E em
que edição ? Basta me mandar dizer se tem e qual
a edição. Se eu precisar realmente, como me parece
que vou precisar, lhe pedirei.
Ainda não escrevi uma palavra do artigo para
o Georges. O calor tem -me feito mal. Ademais, a
verdade é que estou quase chegado ( já a avisto) a
uma seria encruzilhada da vida. Desejaria descan
çar um anno. Preciso, pelo menos ficar a sós com
migo mesmo durante quinze dias . Tendo ido a Pe
tropolis no Domingo - e recordando o seu conto
andei tentado a escrever - lhe pedindo um refugio no
meio da serra , onde ninguem soubesse que eu estava.
Você não avalia a saudade que eu tenho, ás vezes,
da voz da agua corrente. Mas o que mais necessito
Rio, 1 / 2-2-28
Jackson
2/3-2-28
Jackson
P. S.
Alceu ! Quando o preveni a respeito de minha
viagem á serra é para V. dispor do quartinho, pois
Rio, 22 / 23-2-28 .
Querido Alceu ! Já aqui estou , de volta do retiro
em Friburgo . Mais contente com Deus, mais des
contente commigo, mais tranquillo com a consciencia,
mais desconfiado do coração .
Emfim, esta é a verdade : não se tem noção
vital do que é a Igreja (e até do que vale a sua força
meramente discursiva) sem mergulhar-se num re .
tiro . E, depois, como não se lucra na perda de il
lusões sobre nós mesmos ! Porque não é brinquedo
debruçar - se a gente durante tres dias e tres noites
sobre a propria miseria interior .
Eu, pelo menos, ganhei isto : a certeza - desta
vez de que só do sobrenatural posso esperar solução
do meu caso psychologico — pobre estragado por tan
tas perversidades do mundo. De mim mesmo, é impos
isvel . O mais que eu proprio poderei fazer em bem
de mim mesmo é manter-me, como até agora , em
attitude aggresiva contra tudo quanto , em mim, me
pareça amavel, delicado, nuançado, propriamente ly .
rico ( 1 ) .
Rio, 14 / 15-3-28 .
JACKSON
10
146 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio , 16 / 17-3-28 .
Alceu ! Recebi o Vasco . Já o comprara quase
ha dias . Depois resisti á tentação . Logo que o leiu
lh'o devolverei. Estou indignado porque não acho o
Ratzel em francez . Você já leu o Foster ? Quando
o ler m'o devolva, porque o Hamilton vive a m'o
pedir . Mas não devolva antes de ler . (Falo assim
por estar convicto que está com você ) .
E por falar em Hamilton : elle quer conhecel - o .
Deve conhecel-o, e tenho a certeza de que vocês se
devem conhecer . O Hamilton , sendo um homem , é
uma moça . E o que lhe falta é o convivio com ho
mens de letras . Dado que eu, não me canso de dizer,
não o sou, absolutamente .
O enterro do Moyses tinha umas 15 pessoas .
Nem queria falar mais no Moysés . Sou dos que,
quase lucidamente, matam a vida com a vida, o que
a vida tem de doloroso com o estrepito da vida , o
grito com o som ou mesmo com os ruidos . Se não
fôra assim, penso que já aos 16 annos estaria doido
varrido . Acabei aquelle triste dia , em que me movi
como um demonio, acabei - o olhando durante mais
de tres horas as chammas que devoravam a com
panhia Lage. Vim para a casa quase sereno, certo
de que estava morto de cansado . Pois levei até seis
e meia da manhã escrevendo o artigo de fundo da
Ordem sobre o Moysés e pondo, a respeito delle, al
gumas cousas á vista . Com a morte do Moysés,
basta que eu lhe diga isto, perdi não pouco da con
fiança que tinha de não sossobrar materialmente
neste inferno . E se o Moyses vivesse mais tres ou
quatro annos é certo, certissimo que eu acabaria
sereno por este lado . Mas Deus não faz nada errado,
CORRESPONDENCIA 147
JACKSON
Rio , 20/21-3-28 .
Alceu : Talvez quando esta lhe chegar ás mãos
V. já tenha lido o meu horrendo artigo sobre Moy
sés . Já tinha experimentado isto quando morreu o
Mario . Dá -me a impressão de que não sei sahir de
certos soffrimentos. E outra cousa : quando me suc
cede uma cousa assim meu maior desejo é positiva
mente o de dansar, andar, falar, brincar , mas não
como desejo determinação, peior : como desejo
expontaneo, vida . Mas lá vem a hora do silencio,
do contacto forçado com o sobrenatural que envolve
toda intelligencia acordada, e um panico deste abys
mo, e uma saudade funda do que já se tem ido de
mim nessas creaturas queridas que se foram .
JACKSON
Rio, 22 / 23-3-28 .
Rio, 24 / 25-3-28 .
Meu caro Alceu :
JACKSON
Rio, 28 / 29-2-28 .
Alceu :
Rio, 30 /31-3-28 .
P. S.
Rio, 3 / 4-4-28 .
Alceu : Quando V. receber esta já terá lido o
horrivel artigo que escrevi sobre o José Americo de
Almeida, horrivel, sobretudo, porque é metade do
artigo. Não pude escrever o resto . Não tive tempo,
e até lhe direi que não tive gosto, pois achei, ou
melhor, acho que V. disse tudo sobre o livro . Eu
precisava pagar uma velha divida de admiração, de
admiração que o tempo cobrira de pó a ponto de
estar esquecida .
E por ter lido a Bagaceira , tenho mandado copiar
alguns capitulos da minha novella, que desejo lhe
enviar em breve .
Quando lhe escrevo esta não tenho espirito para
lhe falar das cousas difficilimas, que V. aborda na
sua carta . Todavia digo -lhe o seguinte : tudo o que
V. diz é certo, mas o problema da graça ( problema,
não , o facto ) o facto da graça , se o focalisarmos in
tellectualmente , ainda implica uma successão de ho
rizontes de experiencia e abstração - muito mais
para dentro do problema do ser, e, ao fim , se nella
ha alguma situação que se possa chamar de fim,
nada se terá resolvido nem definido. Só a verificação
do mysterio que impõe a fé (não raro por absurdo,
como V. a achou ) .
160 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio, 12 / 13-4-28 .
Rio, 14 / 15-5-28 .
Alceu : Se v . tem o livro de Carra de Vaux
sobre Gazali, peço - lhe que m'o envie com a urgencia,
que lhe fôr possivel.
Você tem por acaso o livro de Pierre Salet sobre
“ Omar Khayyam”, sabio e philosopho " ? Que cousa
curiosa, a attracção que exercem sobre mim os ho
mens sem norte, ou melhor, sem outro norte que o
seu proprio eu ! Talvez porque espectaculo algum me
dê sensação mais nitida da miseria da vida, e do que
é necessario para dar -lhe um pouco de dignidade.
Tambem preciso saber o seguinte : Você tem o
livrinho de Petitot : " Intr . a la philosophie traditio
nelle ou classique" ? – Pelo seguinte : acabo de re
JACKSON
26 / 27-5-28
Meu querido Alceu :
Jackson
Jackson
CORRESPONDENCIA 169
27 / 28-5-28
Jackson
Rio , 31 / 1-6-28
Meu querido Alceu : Estou cansado, cansadissi
mo, exausto, exaustissimo, sobretudo porque, após le
var pescando umas tres horas , tive uma tremenda
raiva, por um motivo tão deslocado em minha vida
como se cahisse da lua. Mas sua carta não me sahiu
mais do espirito e é necessario que eu, a mim mes
mo, a recorde . E o melhor é assim, falando della a
você, nesta letrinha de serenidade solitaria , adqui
rida a muque, como consigo ás vezes, e agora con
segui. Alceu : O que me admira em você é a preocu
pação da felicidade . Você parece ligar este ideal
a todas as expressões da sua actividade. E , de certa
forma, a materialisou, ou , pelo menos, a quer como
um estado, ou como um plano em que V. se desen
volvesse. Neste ponto, sinto difficuldade de falar.
Porque o processo que temos adoptado no sentido
de aprofundarmos a nossa situação espiritual é o da
comparação. E repito , ahi não sei como lhe fale de
mim , tão incomprehensivel lhe deve ser o meu modo
de ser ... Porque, parece incrivel, mas é a verdade :
não tenho a menor preoccupação da felicidade, pelo
CORRESPONDENCIA 171
Um abraço do
Jackson
4/6/28
Um abraço do seu
Jackson
Rio, 11 / 12-6-28
. .
Rio , 13 / 14-6-28
Alceu :
Jackson
?
19 / 20-6-28
Alceu :
Jackson
24 / 25-6-28 .
JACKSON
184 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio , 25 / 26-6-28 .
Alceu : Como estou pensando em Você ponho
esta nota : releia, como quase lhe pedi hoje, o pri
meiro ensaio de Maritain no "Antimoderne", prin
cipalmente a 2.a parte . Quando se relê como que se
lê com olhos mais poderosos . Ou será o meu estado
de espirito que deu relevo novo a estas paginas . No
meio de tanta agitação de pura miseria, que belleza
a dessa affirmação serena do espirito !
JACKSON
Rio, 17-7-28 .
JACKSON
Rio, 22/23-7-28 .
Alceu :
JACKSON
Rio, 30 /31-7-28 .
Alceu :
Rio, 2-8-28 .
Alceu : Com saudade de carta sua . E eu, meu
velho, na minha eterna derrubada do Morro do Cas
tello . Estou vendo a scena : os grandes reflectores,
a luz artificial, as machinas de toda especie prolon
gando pela noite a dentro os cansaços do dia . E
V. não avalia como me doeu ultimamente o fecha
mento do S. Paulo, meu quartel-general de melan
colias notivagas .
Ahi vão os livros . Achei melhor a Biblia que foi
minha e fica a V. por 140$ . Os 2 outros 8$ + 5$ .
Mande -me o endereço do Afranio .
Ha muito tempo não me sinto numa irritação
nervosa tão terrivel. E o que ha de horrivel é nunca
se saber bem porque . A ausencia da Laura ha de
concorrer em muito . Mas eu proprio sou incapaz
de fazer uma simples exposição das minhas pre
occupações neste momento . E quando me assalta
uma onda como esta se paralysam todos os meus
trabalhos e até a crença nelles . Fica só a leitura
como vicio .
JACKSON
188 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio , 6 / 7-8-28 .
Rio, 2 / 3-10-28 .
Alceu : Em primeiro logar : você não tem o di
reito de duvidar do que já lhe tenho dito tantas
vezes . Não faço com esta correspondencia obra de
caridade espiritual. Poderia até dizer o contrario .
Mas Você não me acreditaria . Digo - lhe comtudo :
ponho-me em contacto com uma realidade, como é
do meu temperamento ir a todas as fontes de vida .
( 1) Que, repetida tres mezes depois, concluiu a tragedia
com a sua morte.
CORRESPONDENCIA 189
JACKSON
JACKSON
Rio, 25 / 26-9-28 .
JACKSON
13
194 JACKSON DE FIGUEIREDO
Rio, 1º /2-11-28 .
Meu querido Alceu
Realmente a sua alma, que V. julga tão exangue
e pallida, é uma das raras completamente embebidas
do sangue de Jesus Christo — alma que tem o senti
do do sacrificio e a nitida visão de que a vida é uma
tremenda guerra . E é mesmo . O que V. , porém ,
precisa , meu querido Alceu , é sobrepor a essa visão,
a certeza de que a guerra e o sacrificio só valem do
ponto de vista sobrenatural ( unico que se deve real
mente ter em conta) quando em tudo ( nas cousas ,
nos actos, ás vezes, mais apparentemente naturaes )
nos collocamos tambem do ponto de vista sobrenatu
ral. Os nossos proprios erros não nos podem fazer
medo desde que conhecemos Jesus Christo e a signi
ficação (ao menos approximada ) do seu sacrificio .
Temendo sempre o exagero ( que foi, afinal , o erro
de Luthero o seu erro foi o exagero ) a realidade é
que a verdadeira doutrina da Igreja é esta : assim
como perdoamos á creança ou assim como o medico
vê os actos do louco só Deus sabe de verdade o
porque agimos desta ou daquella forma, e muito mais
o porque nos sentimos taes como nos sentimos . O
peccado é o erro livremente praticado . Só Deus sabe
quando um pobre ser humano, no estado actual, de
entre os fios da trama hereditaria etc., age livre
mente .
Para lhe falar franco, cada vez odeio mais as
suas duvidas relativas á justiça da sua situação num
mundo que não foi feito por Você .
E não acredito que Deus tenha errado quando
fez do soffrimento (e o espiritual é bem mais terrivel
que o material ) quando fez do soffrimento, digo,
uma dignidade humana . ( Tanto que o deu requinta
CORRESPONDENCIA 195
JACKSON
- Imprimiram .
PORQUE V. EX. TEM EM VOSSA FAMILIA
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