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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Organização e Administração Pública

Valentina da Conceição Ihemed


Código: 708200007

Curso: Administração Pública


Disciplina: Reforma do Sector Público
Ano de Frequência: 2° ano

Nampula, Maio de 2021


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Organização e Administração Pública

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Reforma do Sector Público: Ensino à Distancia,
2º Ano, Curso de Licenciatura em Administração
Pública. Leccionada pela Docente:
Maria de Fátima Eugénio

Nampula, Maio de 2021

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Folha de Feedback

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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4

1. Organização e Administração Pública......................................................................... 5

1.1. Conceito.................................................................................................................. 5

1.2. Características de Organização e Administração Pública ......................................... 5

1.3. Argumentos e Contra-Argumentos sobre Organizações Burocráticas ...................... 6

1.3.1 Argumentos sobre Organizações Burocráticas........................................................... 6

1.3.2. Contra-Argumentos sobre Organizações Burocráticas .............................................. 7

1.4. Funções das Organizações Burocráticas .................................................................. 7

1.5. Caracterizar as funções do Estado ........................................................................... 8

1.6. Características das Organizações Burocráticas ........................................................ 8

Conclusão ........................................................................................................................ 10

Bibliografia ..................................................................................................................... 11

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Introdução

A Administração passou ao longos dos anos por várias mudanças, mudanças essas sempre
precedidas de grandes problemas, daí a premissa de que um problema origina uma mudança.

A gestão de pessoas ou a gestão de recursos humanos é uma unidade orgânica presente em


todas os organismos públicos e privados, uma das mais importantes na medida em que se
gerem pessoas e não valores financeiros. Não se trata de gerir somente o trabalhador e a sua
vida profissional, esta gestão influência igualmente, sentimentos e emoções, satisfação e
motivação, para além de outros fatores da sua vida não profissional.

O trabalho está organizado da seguinte maneira: Introdução, desenvolvimento, conclusão e


Bibliografia onde estão listadas todas as obras consultadas para a realização desse trabalho.

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1. Organização e Administração Pública
1.1.Conceito

A Administração Pública é entendida num duplo sentido: sentido orgânico e sentido material.
No sentido orgânico, a administração pública é o sistema de órgãos, serviços e agentes do
Estado e de outras entidades públicas que visam a satisfação regular e contínua das
necessidades coletivas; no sentido material, a administração pública é a própria actividade
desenvolvida por aqueles órgãos, serviços e agentes.

1.2.Características de Organização e Administração Pública

Para MAXIMIANO (1995), organizações compreende “uma combinação de esforços


individuais que tem por finalidade realizar propósitos colectivos. Além de pessoas, as
organizações utilizam outros recursos, como máquinas e equipamentos, dinheiro, tempo,
espaço e conhecimentos”.

 Legalidade - na actividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na


Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está
rigidamente preso à lei e sua actuação deve ser confrontada com a lei;
 Impessoalidade - o administrador deve orientar-se por critérios objectivos, não fazer
distinções com base em critérios pessoais. Toda actividade da Administração Pública
deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública;
 Moralidade - o dever do administrador não é apenas cumprir a lei formalmente, mas
cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a
administração;
 Publicidade - Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial
dos actos da Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento,
observância e controle;
 Eficiência - é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios.
Actualmente, na Administração Pública, a tendência é prevalência do controle de
resultados sobre o controle de meios;
 Supremacia do Interesse Público - O interesse público têm supremacia sobre o
interesse individual; Mas essa supremacia só é legítima na medida em que os
interesses públicos são atendidos;

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 Presunção de Legitimidade - Os actos da Administração presumem-se legítimos, até
prova em contrário (presunção relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída
por prova contrária);
 Finalidade - Toda actuação do administrador se destina a atender o interesse público
e garantir a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da
Administração Indireta.
 Auto-Tutela - a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da
legalidade e eficiência dos seus actos; nada mais é que um autocontrole sobre seus
actos;
 Razoabilidade - Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na
medida necessária ao atendimento do interesse colectivo, sem exageros.

1.3.Argumentos e Contra-Argumentos sobre Organizações Burocráticas

1.3.1 Argumentos sobre Organizações Burocráticas

MAX WEBER é o maior estudioso da burocracia, e suas inferências estão compreendidas


no conjunto de suas obras. Weber propõe a utilização dos chamados 'tipos ideais', que
representam o primeiro nível de generalização de conceitos abstratos" (FARIA, 1983, p. 23).
É com base neste método que Weber analisa o fenômeno da burocracia (WEBER, 1974;
1982; 1989).

Segundo WEBER (1982, p. 229), a burocracia moderna funciona sob formas específicas. A
burocracia está sob a regência de áreas de jurisdição fixas e oficiais, ordenadas por leis e
normas administrativas. Ela estabelece relações de autoridade, delimitada por normas
relativas aos meios de coerção e de consenso. Uma relação hierárquica se estabelece,
definindo postos e níveis de autoridades, além de um sistema de mando e subordinação com
gerência das atividades e tarefas delegadas por autoridade.

Segundo WEBER (1982, p. 229), a burocracia moderna funciona sob forma específica,
destacando-se dentre as diversas características:

 A burocracia está sob regência de áreas de jurisdição fixas e oficiais, ordenadas por
leis e normas administrativas;
 A burocracia estabelece uma relação de autoridade, delimitada por normas relactivas
aos meios de coerção e de consenso;

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 A burocracia estabelece uma relação hierárquica, definindo postos e níveis de
autoridades, além de um sistema de mando e subordinação com gerência das
actividades e tarefas delegadas por autoridade;
 A administração é formalizada por meio de documentos, que acabam por regular a
conduta e as actividades das pessoas;
 Na administração burocrática especializada, pressupõe-se treinamento especializado;
 A ocupação de um cargo configura uma profissão de ordem impessoal e transitória. O
treinamento especializado volta-se para generalizar o cargo e transformá-lo em
profissão.

1.3.2. Contra-Argumentos sobre Organizações Burocráticas

O Sector Público, em geral, pode-se dizer que é visto como o estereótipo da burocracia, em
face de sua indefinição quanto à estrutura de objectivos. Seu objectivo se volta para a
prestação do bom serviço, buscando a consecução de seus objectivos e metas por meio de
processos, tarefas e especialização rígida. A reverência inconsciente à autoridade e à
especialização traduz-se numa burocracia que não estimula o diálogo, a criatividade, as
competências individuais e as relações dos grupos.

Assim, pressupõe a burocracia então que o comportamento do indivíduo é previsível e que


todos se comportam de acordo com as regras, normas e regulamentos da organização. Todas
as atividades são estabelecidas e previstas com antecipação, principalmente por meio de
manuais, diretrizes de procedimentos, planos de rotinas de execução e de ocorrências. Tudo
isso visa à eficiência e efetividade do sistema.

1.4.Funções das Organizações Burocráticas

WEBER viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia sobre as outras formas de
associação. São elasː

 Racionalidade em relação ao alcance dos objectivos da organização;


 Precisão na definição do cargo e na operação, pelo conhecimento exacto dos deveres;
 Rapidez nas decisões, pois, cada um conhece o que deve ser feito, por quem e as
ordens e papéis tramitam através de canais preestabelecidos;
 Univocidade de interpretação garantida pela regulamentação específica e escrita. A
informação é discreta, já que é passada apenas a quem deve recebê-la;

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 Redução no nível de atrito, entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que
é exigido dele e quais os limites entre suas responsabilidades e as dos outros;
 Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas. As
decisões são previsíveis e o processo decisório elimina a discriminação pessoal.

1.5.Caracterizar as funções do Estado

Segundo a teoria da separação de poderes, o Estado, na actuação de seu poder, exerce três
funções distintas, quais sejam, a função legislativa, a função executiva e a função
jurisdicional.

A função legislativa do Estado corresponde à fixação, em lei, da vontade dos representantes


do povo, prescrevendo comandos jurídicos em termos gerais e abstratos, aplicáveis a todos os
cidadãos de uma determinada comunidade política.

No entanto, a função jurisdicional pressuporia um conflito de interesses ou litígio, com a


atuação do Estado-Juiz como terceiro imparcial e inerte, uma vez que atua apenas após
provocação pelos interessados no conflito, que ditaria o direito do caso concreto.

Por sua vez, a função Executiva seria uma função de aplicação do direito a casos concretos
em que a Administração é uma das partes interessadas, com capacidade de agir de ofício, sem
necessária imparcialidade, cujos atos poderiam ser revistos pelo órgão encarregado da função
jurisdicional, desde que provocado pelo interessado (ACUNHA, 2013, p. 21).

1.6.Características das Organizações Burocráticas

 A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente


estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma organização baseada em uma
espécie de legislação própria (como a Constituição para o Estado, os estatutos para a
empresa privada etc.) que define antecipadamente como a organização burocrática
deverá funcionar. Essas normas e regulamentos são escritos;
 As normas e regulamentos são racionais porque são coerentes com os objetivos
visados. Neste sentido, a burocracia é uma estrutura social racionalmente organizada;
 A burocracia é uma organização ligada por comunicações escritas. As regras, decisões
e ações administrativas são formuladas e registradas por escrito;

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 A burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do
trabalho. Essa divisão do trabalho atende a uma racionalidade, isto é, ela é adequada
aos objetivos a serem atingidos: a eficiência da organização.

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Conclusão

Chegado o término do trabalho, concluo que: As organizações públicas precisam ter seus
fenómenos observados - mesmo a cultura organizacional - com atenção específica, que leve
em consideração o ambiente e as demandas peculiares do sector. Nesse sentido, os resultados
mais significativos referem-se à natureza contraditória da organização pública. É inegável a
existência da burocracia como factor de racionalidade predominante na organização
analisada, o que acarreta toda uma série de atitudes voltadas à perpetuação dos processos
existentes, condizente com a lógica de sistema fechado que os rege. Os funcionários públicos
percebem a necessidade de modificação da maneira pela qual as actividades vêm sendo
desempenhadas, maior aproximação com o mercado - entendido aqui como as demandas dos
cidadãos - e maior agilidade na resposta às mudanças ambientais; ainda assim, manifestam-se
predominantemente de forma negativa, quando a inovação é tratada, deixando claro que
mudar é preciso, mas não de forma radical.

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Bibliografia

ACUNHA, Fernando José Gonçalves. Texto-base: A Administração Pública Brasileira no


Contexto do Estado Democrático de Direito. Brasília - DF: CEAD/UnB, 2013. Disponível
em: < http://moodle.cead.unb.br/agu/mod/folder/view.php?id=163>. Acesso em: 113 mai.
2021.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

MORAES, M. B. S; ALMEIDA, N. S M; SILVA, O. A. Gestão democrática escolar.


Jandira: Faculdade Eça de Queirós, 2009.
Teoria da Burocracia. Disponível em: <http://www.suigeneris.pro.br/burocracia.htm>
Acesso em 20 abril 2004.
WEBER, Max. Sociologia. São Paulo: Atlas, 1979. Cap. 3: A "objectividade" do
conhecimento nas Ciências Sociais;

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