Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Legislação
Profissional
Ocupações
de Nível
Técnico
em Comércio
e Serviços
Centro de Análises,
Estudos e Pesquisas/Caep
Diretoria de Planejamento
Setembro de 2002
Senac – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
Departamento Nacional
Sidney da Silva Cunha
Diretor-Geral
Diretoria de Planejamento
Luiz Carlos Santa Rosa
Diretor
Elaboração
Lucia Regina Senra da Silva Prado
Colaboração
Aline de Moura Souza
Editoração
Programação Visual
Cynthia Carvalho
Revisão
Laura Figueira
Produção Gráfica
Sandra Amaral
SENAC. DN. Guia de legislação profissional : ocupações de nível técnico em comércio e serviços.
/ Lucia Regina Senra da Silva Prado; Aline de Moura Souza. Rio de Janeiro : Ed. Senac
Nacional, 2002. 183 p. Il. Inclui bibliografia.
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Áreas:
3.1. Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.2. Turismo e Hospitalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.3. Gestão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.4. Comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
3.5. Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.6. Informática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.7. Artes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.8. Meio Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
5. Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Anexos
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
1.1. Lista sugestiva de itens para análise de plano de currículo de curso técnico . . . . . . 55
1.2. Orientações para a formulação e apresentação dos planos de cursos técnicos com base
na resolução CNE/CEB nº 04/99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
1.3. Metodologia para planejamento de currículos por competências . . . . . . . . . . . . 67
Lei nº 8.967/94 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Lei 7.498/86. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Decreto 94.406/97. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Resolução Cofen 197/97 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
Resolução Cofen 226/2000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Resolução Cofen 238/2000. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
1. Introdução 7
O “Guia de Legislação Profissional - Ocupações de Nível Técnico em Comércio e Serviços” é uma compilação de
informações legislativas sobre o exercício profissional de ocupações de nível técnico, relacionadas às áreas de atuação
do Senac.
Nossa principal finalidade é traçar os pontos de convergência entre a legislação profissional de nível técnico e a nova
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, para conhecermos as possíveis “lacunas” entre esses dois instrumentos
jurídicos, pois ambos se constituem como fundamentais para o planejamento de ações de formação profissional.
Como informação complementar, apresentamos, ainda, os procedimentos instituídos pelo Ministério da Educação
(MEC) para requerimento de validação de cursos técnicos. Cremos que essa orientação poderá embasar, principalmente,
os Departamentos Regionais do Sistema Senac na formulação e execução desses tipos de cursos.
A educação nacional passa, atualmente, por uma ampla reforma iniciada com a publicação da Lei Federal nº 9.394/
96, em 20 de dezembro de 1996. No que se refere à Educação Profissional, as mudanças de concepção implementadas
pela nova LDB precisaram ser logo complementadas pelo Decreto n.º 2.208, de 17 de abril de 1997, caracterizando-a e
definindo-a em sua forma específica.
Partimos da compreensão da nova LDB, que fundamenta todas as ações educacionais, para focar as especificidades
de cada área profissional, definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais, por meio da Resolução CNE/CEB1 nº 04/99 e
fundamentadas no Parecer CNE/CEB nº 16/99.
Através desses instrumentos normativos, a educação profissional é então caracterizada como um “conjunto
articulado de princípios, critérios, definição de competências profissionais gerais do técnico por área profissional e
procedimentos a serem observados pelos sistemas de ensino e pelas escolas na organização e no planejamento dos
cursos de nível técnico.”2 Das diversas mudanças implementadas pela LDB, destacamos a definição das competências
gerais do técnico, listadas de acordo com cada área profissional, como sendo o ponto que altera os procedimentos até
então adotados para a concepção e oferta de cursos de nível técnico. O foco em competências elimina a definição de
exigências mínimas por habilitação profissional, como vigorava na vigência do Parecer CFE nº 45/72. Ocorre, portanto,
uma flexibilização curricular que permite maior autonomia, e conseqüente aumento da responsabilidade, por parte
dos que formulam e oferecem cursos. Conforme esclarecido no Parecer CNE/CEB 33/2000, a partir da nova LDB “não
existe mais currículo mínimo pré-definido por habilitação profissional. O que existe agora são diretrizes curriculares
nacionais que orientam as escolas (...)”. 3 As instituições de ensino, por sua vez, devem preparar os seus Planos de
Cursos baseadas na concepção de que as habilitações profissionais assumem, cada vez mais, uma dimensão flexível, de
contínua mudança e necessária adaptação ao mercado de trabalho, comportando entre si competências comuns por
área profissional, que permitem ao trabalhador um contínuo aprimoramento.
Guia de Legislação Profissional
É importante observar que as definições contidas na Resolução CNE/CEB nº 04/99 são de cumprimento obrigatório
por parte de todas as instituições que proporcionam educação profissional de nível técnico, estando incluídos nesse
nível, “os cursos que conferem habilitação de técnico, bem como aqueles que certificam qualificações de nível técnico,
correspondentes a ocupações existentes no mundo produtivo, e os que certificam especificações em nível técnico.”4 Logo,
merece destaque o fato de a legislação educacional vigente tornar explícita a necessária relação entre a oferta de cursos
e as ocupações existentes no mundo do trabalho.
1 CNE – Câmara Nacional de Educação; CEB – Câmara de Educação Básica. São os dois fóruns máximos do Ministério de Educação para discussão das
questões referentes à educação nacional.
2 SENAC, DN. Documentos norteadores das áreas profissionais : saúde. Rio de janeiro : SENAC/DN/DFP, 2001. (Pág. 82)
3 Parecer CNE/CEB 33/2000. Disponível (ver bibliografia)
4 Diretrizes Curriculares Nacionais. Apresentação no site do Ministério da Educação-EDUCAÇÃO profissional de nível técnico : diretrizes curriculares [online].
Brasília : Ministério da Educação,[1999]. [capturado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/dircur.shtm.
Outro aspecto relevante previsto na legislação educacional é possibilitar ao indivíduo traçar um itinerário formado
8 por cursos estruturados em etapas ou módulos, com ou sem terminalidade. O que define a terminalidade de um curso é
a correspondência que estabelece com uma ocupação profissional de nível técnico identificada no mercado de trabalho.
Portanto, pode haver casos em que cursos de qualificação correspondam a ocupações reconhecidas pelo mercado de
trabalho sendo, inclusive, regulamentadas em lei de exercício profissional como ocorre, por exemplo, com Auxiliar de
Enfermagem. Sendo assim, trataremos também da legislação profissional referente aos cursos de qualificação técnica
que se inserem nesse caso, e não apenas dos cursos de habilitação técnica. Os cursos sem terminalidade, por sua vez, são
aqueles que contribuem para uma formação, mas não caracterizam uma ocupação definida e, portanto, necessitariam
de estudos subseqüentes. 5
A Legislação Educacional aqui apresentada embasa, obrigatoriamente, a formulação dos Planos de Cursos
oferecidos por todas as escolas e instituições de educação profissional de nível técnico, e ajudam a definir o seu perfil
profissional de conclusão. Entretanto, é importante estar atento para dois aspectos que procuramos ressaltar:
a) o fato de que a definição de tal perfil, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, deva estar
pautada nas características efetivas de exercício da ocupação, no reconhecimento de suas dimensões gerais e específicas,
considerando as condições reais, locais e regionais de seu desempenho, e;
b) todas as propostas de cursos devem respeitar as características ocupacionais estabelecidas em leis de
exercício profissional, quando existente, o que impõe limites de diferenciação e atuação entre as profissões, que devem
ser mantidos e respeitados. Daí, nossa preocupação em reuni-las e apresentá-las neste Guia.
Dessa forma, temos dois suportes legislativos que são fundamentais para elaboração dos currículos dos cursos
técnicos:
Ô conjunto de Leis, Decretos, Resoluções e Pareceres que sistematizam a Educação Profissional Nacional, e o
Ô conjunto formado pelas Leis Federais que regulamentam o exercício profissional das ocupações de nível
técnico, delimitando e assegurando aos seus profissionais seu campo de atuação.
Essa inferência faz com que haja três aspectos determinantes na elaboração e reconhecimento dos cursos de
nível técnico:
1. a legislação educacional vigente
2. a legislação de exercício profissional referente à cada ocupação e, por fim
3. o exame contínuo das condições colocadas pelo mercado
Nossa principal preocupação é estabelecer relações entre essas leis, uma vez que é na associação dessas duas
dimensões jurídicas que se encontram os princípios necessários para que os cursos sejam elaborados dentro dos critérios
colocados pelo Ministério da Educação, aprovados e reconhecidos pelos respectivos Conselhos Estaduais de Educação,
garantindo que as certificações dos alunos tenham validade nacional, permitindo ao trabalhador uma inserção
Guia de Legislação Profissional
Contexto Legislativo da
Educação Profissional
de Nível Técnico
Apresentamos, em ordem cronológica, os documentos de Educação Profissional de Nível Técnico, com suas res-
pectivas finalidades, tentando facilitar a compreensão da unidade de tais instrumentos. Em seguida, sintetizamos o
conteúdo de cada um através de suas principais definições, fazendo, ao final, algumas considerações sobre as alterações
que promovem no entendimento da educação profissional de nível técnico e à formulação e oferta de seus cursos.
Documento Finalidade
Lei Federal nº 9.394/96 Institui a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Parecer CNE/CEB nº 5/97 Regulamenta a LDB em todos os níveis; em relação à habilitação profissional
estabelece que permanece em vigor o que está definido e aprovado no Parecer nº
45/1972, até que sejam instituídas as diretrizes curriculares nacionais por área
profissional.
Portaria MEC 646/97 Trata de medidas necessárias à adaptação das escolas da rede federal de educação
Guia de Legislação Profissional
Parecer CNE/CEB nº 17/97 Estabelece princípios constitucionais que regulam a educação profissional: Lei
nº 9.394/96; Decreto Federal nº 2.208/97; Portaria MEC 646/97 e as orientações
emanadas de Colegiado e órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino.
Parecer CNE/CEB nº 16/99 Fundamenta a Resolução CNE/CEB nº 04/99 e as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação Profissional de Nível Técnico.
Resolução CNE/CEB Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível
nº 04/99 Técnico
11
Portaria SEMTEC Determina critérios para reformulação de cursos de nível técnico oferecidos pelas
nº 30/2000 instituições de educação profissional.
Portaria SEMTEC Prorroga o prazo para conclusão do Plano de Curso de nível técnico pelas instituições
nº 80/2000 de ensino profissional.
Parecer CNE/CEB Fixa novo prazo para o período de transição para a implementação das Diretrizes
nº 33/2000 Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.
Referenciais Curriculares Conjunto de publicações correspondentes a cada uma das 20 áreas profissionais
do MEC definidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e guia para desenho dos cursos de
nível técnico.
• Finalidades
• Principais Definições
O Capítulo III trata especificamente da Educação Profissional e define nos artigos 39, 40, 41 e 42:
· A sua integração com as diferentes formas de educação, trabalho, ciência e tecnologia, para o permanente
desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.
Guia de Legislação Profissional
· O seu acesso aos alunos matriculados ou egressos do ensino fundamental, médio ou superior.
· A validade nacional dos diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados.
· A oferta, por parte das escolas técnicas e profissionais, de cursos especiais abertos à comunidade (além dos cursos regulares),
cuja matrícula esteja condicionada à capacidade de aproveitamento e não ao nível de escolaridade.9
• Finalidades
Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Através desse instrumento, o Presidente da República decreta as medidas necessárias para o cumprimento da
Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional no que se refere especificamente à educação profissional.
• Principais Definições
I - Promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com conhecimentos e
habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas;
II - Proporcionar a formação de profissionais, aptos a exercerem atividades específicas no trabalho, com escolari-
dade correspondente aos níveis médio, superior e de pós-graduação;
IV - Qualificar, reprofissionalizar e atualizar jovens e adultos trabalhadores, com qualquer nível de escolaridade,
visando a sua inserção e melhor desempenho no exercício do trabalho.
· Técnico – destinado a proporcionar habilitação profissional a alunos matriculados ou egressos do ensino médio,
devendo ser ministrado na forma estabelecida por este Decreto. A educação profissional de nível técnico:
- Passa a ter organização curricular própria e independente do ensino médio, podendo ser oferecida de forma
Guia de Legislação Profissional
- A formulação dos currículos plenos dos cursos do ensino técnico obedecerá as diretrizes curriculares nacionais,
estabelecidas pelo Ministério da Educação e do Desporto, ouvido o Conselho Nacional de Educação, constantes
de carga horária mínima do curso, conteúdos mínimos, habilidades e competências básicas, por área profissional.
- Poderão ser implantados currículos experimentais, não contemplados nas diretrizes curriculares nacionais,
desde que previamente aprovados pelo sistema de ensino competente. Após avaliação da experiência e aprova-
ção dos resultados pelo MEC, ouvido o Conselho Nacional de Educação, os cursos poderão ser regulamentados
e seus diplomas obterem validade nacional.
- A elaboração das diretrizes curriculares para o ensino técnico deve ser feita com base em estudos de
identificação do perfil de competências necessárias à atividade requerida, ouvidos os setores interessados,
inclusive trabalhadores e empregados. Serão criados pelo MEC mecanismos institucionalizados para atualiza-
ção permanente do perfil das competências.
- Os currículos do ensino técnico serão estruturados em disciplinas, que poderão ser agrupadas sob a forma
de módulos. Neste caso, os cursos poderão ter caráter de terminalidade para efeito de qualificação profissional,
dando direito a certificado de qualificação profissional.
- Estudos de disciplinas ou módulos cursados em habilitação específica poderão ser aproveitados para obten-
ção de habilitação diversa.
- Nos currículos organizados por módulos para obtenção de habilitação profissional, estes poderão ser cur-
sados em diferentes instituições credenciadas pelos sistemas federais e estaduais, desde que o prazo entre a
conclusão do primeiro e do último módulo não exceda a cinco anos.
- O estabelecimento de ensino que conferiu o último certificado de qualificação profissional expedirá o diploma
de técnico de nível médio, na habilitação profissional correspondente aos módulos cursados, desde que o
interessado apresente o certificado de conclusão do ensino médio.
- As disciplinas do currículo do ensino técnico serão ministradas por professores, instrutores e monitores
selecionados, principalmente em função de sua experiência profissional, preparados para o magistério através
de cursos regulares de licenciatura ou de programas especiais de formação pedagógica, que serão disciplinados
em ato do Ministro de Estado da Educação e do Desporto, ouvido o Conselho Nacional de Educação.
· Tecnológico – correspondente a curso de nível superior na área tecnológica, destinados a egressos do en-
sino médio e técnico. Deverão atender aos diversos setores da economia, conferindo diploma de Tecnólogo.10
Guia de Legislação Profissional
• Finalidades
· O ponto 3.6 do Parecer trata da Educação Profissional, esclarecendo que a Lei a apresenta como modalidade de
ensino articulada aos dois níveis de educação escolar definidos em Lei: a educação básica – composta por educação
· Dispõe que, em relação às habilitações profissionais, permanece em vigor o que está definido e aprovado com
base no Parecer nº 45/72, até que sejam estabelecidas as diretrizes curriculares nacionais, por área profissional,
como determina a Lei.
• Finalidades
· Trata, de modo específico, das medidas necessárias para adaptação das escolas da rede federal de educação
técnica e tecnológica às exigências definidas em lei.
• Principais Definições
Prazo de quatro (4) anos para que as instituições de educação tecnológica – escolas técnicas e agrotécnicas federais,
escolas técnicas das universidades e centros de educação tecnológica – cumpram o que está disposto na Lei, levando em
consideração suas condições materiais, financeiras e de recursos humanos.
Constitui Grupo de Trabalho com o objetivo de apoiar, acompanhar e avaliar a implantação da reforma da educação profissional.
O Plano de Implementação deverá prever o incremento da matrícula na educação profissional, mediante a oferta
de: cursos de nível técnico concomitantes ao ensino médio ou para alunos dele egressos; cursos de especialização e
aperfeiçoamento para egressos de cursos de nível técnico; cursos de qualificação e requalificação para jovens e adultos
trabalhadores em geral, com qualquer nível de escolarização.
A oferta de cursos de nível técnico e de qualificação, ou requalificação, será feita de acordo com as demandas identi-
ficadas junto aos setores produtivos, sindicatos de trabalhadores e sindicatos patronais, e órgãos de desenvolvimento
econômico e social dos governos estaduais e municipais.
Ficam mantidos os dispositivos do Parecer nº 45/72, do extinto Conselho Federal de Educação, até a definição de novas
Guia de Legislação Profissional
• Finalidades
Estabelece os princípios constitucionais através dos quais regula-se a educação profissional em nível nacional.
São eles:
· Decreto Federal nº 2.208, de 17 de abril de 1997, que regulamenta o § 2º do artigo 36 e os artigos 39 a 42 da LDB;
· A Portaria MEC nº 646, de 14 de maio de 1997, específica para a rede federal de educação tecnológica;
· As orientações emanadas deste Colegiado e órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino.
• Finalidades
Este Parecer é um documento valioso e extenso – contém 77 páginas – elaborado pela Conselho Nacional de Educação/
Câmara de Educação Básica, onde se relata minuciosamente todo o processo histórico de constituição e transformações
da Educação Profissional no país, tendo como objetivo a elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
Profissional de Nível Técnico, já que pelo Decreto nº 2.208/97, apenas este nível está sujeito a regulamentação curricular
específica.
• Principais Definições
· São consideradas premissas básicas: a definição de metodologias de elaboração de currículos a partir de com-
petências profissionais gerais do técnico por área; e a autonomia de cada instituição em construir seu currículo
pleno de modo a considerar as peculiaridades do desenvolvimento tecnológico com flexibilidade e para atender às
demandas do cidadão, do mercado de trabalho e da sociedade.
· A escola deve conciliar: as demandas identificadas no mercado, sua vocação institucional, sua capacidade de
atendimento.
· O documento destaca a importância da concepção renovada de educação profissional estabelecida pela LDB,
Guia de Legislação Profissional
· Ressalta as vantagens da independência entre o ensino médio e o ensino técnico, dando ao aluno maior flexibili-
dade e agilidade na sua formação, e às instituições de ensino técnico maior versatilidade na definição e atualização
de seus currículos. Frisa, nesse aspecto, que “o cidadão que busca uma oportunidade de se qualificar por meio
de um curso técnico está, na realidade, em busca do conhecimento para a vida produtiva. Esse conhecimento deve
se alicerçar em sólida educação básica que prepare o cidadão para o trabalho com competências mais abrangentes
e mais adequadas às demandas de um mercado em constante mutação.” 12
· Destaca a necessidade de se alterar radicalmente o panorama atual da educação profissional brasileira, superando
as distorções herdadas pela profissionalização universal e compulsória instituída pela Lei Federal nº 5.692/71 e
regulamentada pelo Parecer CFE nº 45/72.14
· Para o aluno, a duração da educação profissional de nível técnico, dependerá: do perfil profissional de conclusão
que se pretende e das competências exigidas, segundo o projeto pedagógico da escola; das competências constitu-
ídas no ensino médio, que poderão estar articuladas aos currículos de habilitação profissional de técnico de nível
médio; e das competências adquiridas por outras formas, inclusive no trabalho.
· O Parecer define os princípios da educação profissional, que foram posteriormente consolidados na Resolução
CNE/CEB nº 04/99, e inclui ainda o Projeto dessa Resolução.
• Principais Definições
Diretrizes Curriculares
O Conselho Nacional de Educação instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de
Nível Técnico – DCNEP, por meio da Resolução CNE/CEB nº 04/99. A Resolução e as Diretrizes são, por sua vez,
fundamentadas no Parecer CNE/CEB nº 16/99.
Pela Resolução fica definido que a “educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho,
Guia de Legislação Profissional
à ciência e à tecnologia, objetiva garantir ao cidadão o direito ao permanente desenvolvimento de aptidões para a
vida produtiva e social.”15
Entende por diretriz “o conjunto articulado de princípios, critérios, definição de competências profissionais gerais
do técnico por área profissional e procedimentos a serem observados pelos sistemas de ensino e pelas escolas na
organização e no planejamento dos cursos de nível técnico.”16
A Resolução estabelece sete princípios norteadores da educação profissional de nível técnico, além daqueles enun-
ciados no artigo 3º da LDB nº 9.394/96:
· Na organização e planejamento de cursos técnicos, as Instituições deverão considerar dois critérios: atendimento
às demandas do cidadão, do mercado e da sociedade; conciliação dessas demandas com a vocação e a capacidade
institucional da escola ou da rede de ensino.
· A Educação Profissional de Nível Técnico passa a ser organizada por áreas profissionais, num total de 20, incluídas
suas respectivas caracterizações, competências profissionais gerais e cargas horárias mínimas de cada habilitação.
· Os cursos a serem oferecidos nesse nível passam a ter as áreas como referência curricular, a partir das quais iden-
tificam-se as habilitações técnicas oferecidas através de cursos que atenderão à uma carga horária mínima estabelecida
nacionalmente e à construção das competências gerais da referida área, além daquelas específicas da habilitação.
· Para organizar um curso técnico, a escola estabelece o perfil profissional de conclusão, o qual define a identidade
do curso. Para isso, a instituição considerará as competências requeridas para a atuação do profissional, subsidiada por
pesquisas, por sua interação com o mundo produtivo, bem como pelos Referenciais Curriculares Nacionais disponibili-
zados pelo Ministério da Educação.
· Destaca-se que a prática constitui e organiza a educação profissional de nível técnico e inclui, quando necessário,
o estágio supervisionado, realizado em empresas e outras instituições. Neste caso, a carga horária destinada ao estágio
será definida pela escola e deverá ser acrescida ao mínimo estabelecido para o respectivo curso.
· Os planos de curso deverão guardar coerência com o projeto educativo da escola e serão submetidos à aprovação
dos órgãos competentes do sistema de ensino no qual a instituição se insere.
· Cabe a esses órgãos a inclusão dos cursos autorizados no Cadastro Nacional de Cursos Técnicos, a ser implantado e
mantido pelo MEC. Têm validade nacional apenas os diplomas e certificados emitidos pelas escolas cujos cursos estejam
incluídos no Cadastro Nacional de Cursos Técnicos.17 A título de informação complementar, frisamos que o Cadastro
Nacional de Cursos Técnicos encontra-se em fase de implementação. Não há ainda possibilidade de se obter uma relação
completa dos cursos em vigor e de suas respectivas certificações com validade nacional.
Guia de Legislação Profissional
· A observância dessas diretrizes passou a ser obrigatória desde 2001, tendo sido facultativa no período de transição
– limitado ao final do ano 2000.
· A Resolução revoga as disposições em contrário, em especial o Parecer CFE nº 45/72 e as regulamentações subse-
qüentes, incluídas as referentes à instituição de habilitações profissionais pelos Conselhos de Educação.
• Principais Definições
As Portarias da Secretaria de Educação Média e Tecnológica do MEC apresentadas a seguir, são de extrema importância
para a compreensão dos detalhes que a implementação da Lei exige.
· O secretário de Educação Média e Tecnológica do Ministério da Educação, considerando o Parecer CNE/CEB nº
16/99 e a Resolução CNE/CEB nº 4/99, determina que as instituições de educação profissional reformulem a sua 19
oferta de cursos de nível técnico e seus respectivos currículos para implementação no ano de 2001.
· Estabelece que esses cursos devem observar como critérios a oferta justificada em pesquisa de mercado consistente
e na capacidade institucional da escola quanto a equipamentos, materiais, recursos humanos e orçamentários.
· Os Planos de todos os cursos devem estar concluídos até o final de setembro de 2000. E, depois de submetidos à
aprovação, serão cadastrados pela Instituição no Cadastro Nacional de Cursos, do MEC, para que os diplomas e
certificados tenham validade nacional.
· A Secretaria (SEMTEC) realizará avaliações para manutenção dos cursos no Cadastro Nacional a qualquer tempo.
• Principais Definições
· Estabelece que os Módulos dos cursos técnicos poderão, se tiverem terminalidade, conferir certificação de
qualificação profissional de nível técnico, destacando que esta se refere à preparação para o trabalho em ocupações
claramente identificadas no mercado de trabalho.
· Há possibilidade de oferecer-se qualificação profissional de nível técnico como módulo de curso técnico, desde que
integrante de itinerário de profissionalização técnico e explicitado o Plano de Curso da respectiva habilitação,
anteriormente autorizada.
· Fixa a carga horária mínima de um módulo, para conferir certificação, em 20% da carga horária mínima nacional
Guia de Legislação Profissional
para uma habilitação, de acordo com a respectiva área profissional, e mais a carga horária de estágio, quando este
é exigido.
· No § 4º define-se que “no caso das ocupações regulamentadas ou fiscalizadas, a carga horária da certificação do
módulo ou do curso de qualificação deverá atender aos mínimos estabelecidos pela regulamentação da
profissão.” 18
Aqui fica, mais uma vez, definida a importância dada à legislação de regulamentação de cada profissão, apresentada
também neste trabalho.
• Principais Definições
· Fixa novo prazo final – até 31 de dezembro de 2001 - do período de transição para a implementação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.
· No exame da matéria o relator argumenta que a mudança proposta pelas Diretrizes Curriculares Nacionais é mais
difícil e radical do que parece, na medida em que “todo o arcabouço legal representado pelo Parecer CFE nº 45/72
e similares, que definiam mínimos profissionalizantes por habilitação técnica foi revogado. Não existe mais
currículo mínimo pré-definido por habilitação profissional. O que existe agora são diretrizes curriculares nacionais
que orientam as escolas na elaboração de planos de cursos coerentes com projetos pedagógicos das próprias escolas
e comprometidos com os perfis profissionais de conclusão definidos pela própria escola, à luz das diretrizes e centrados
no compromisso com resultados de aprendizagem, em termos de desenvolvimento de competências profissionais. Não se
trata, portanto, de mera adequação curricular ou mera mudança ou substituição de quadros curriculares.”19
• Principais Definições
Os Referenciais Curriculares Nacionais são compostos por uma série de publicações correspondentes a
cada uma das vinte áreas profissionais definidas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, a partir do Parecer CNE/CEB
nº 16/99 e da Resolução CNE/CEB nº 4/99, apresentando ainda um catálogo de Introdução, válido para todas as áreas,
contendo a descrição e análise dos principais conceitos e critérios adotados pela nova legislação para implementação da
educação profissional de Nível Técnico. Objetivam oferecer informações e indicações para a concepção de currículos dos
cursos a serem “autonomamente desenhados por equipes de entidades educacionais que atuam ou que venham a atuar
na educação profissional de nível técnico.” 20
Os Referenciais Curriculares têm um direcionamento essencialmente pedagógico, procurando esclarecer e facilitar para
Guia de Legislação Profissional
as escolas a incorporação dos critérios formulados nas Diretrizes Curriculares Nacionais para elaboração de programas
e currículos para oferta de cursos na Educação Profissional de Nível Técnico, baseados na idéia de desenvolvimento de
competências profissionais do técnico em cada uma das vinte áreas profissionais definidas. Visam, portanto, subsidiar
as escolas na elaboração dos perfis profissionais de conclusão e no planejamento dos cursos.
As Diretrizes Curriculares são mandatórias para os programas ou cursos de nível técnico e, de acordo
com o que está dito no Catálogo de Introdução dos Referenciais Curriculares, são também compreendidas como uma
orientação importante para desenvolvimento de cursos de nível básico.
Observamos que, embora os Referenciais tenham este caráter orientador, sua leitura na íntegra é extremamente impor-
tante para a compreensão e atendimento obrigatório da Lei, e para decisões e estratégias pedagógicas a serem tomadas
para o seu melhor atendimento dentro da perspectiva de cada escola.
Catálogo de Introdução 21
• Os cursos a serem oferecidos devem ser definidos a partir do estudo das demandas locais e regionais.
• Cada plano de curso deve ser coerente com o projeto pedagógico da instituição e conter, conforme estabelecido
pelo Artigo 10 da Resolução CEB/CNE nº04/99:
1. justificativa e objetivos do curso, de maneira a estabelecer a relação deste com demanda espe-
cífica claramente identificada;
2. requisitos de acesso ou de entrada, ou seja, a explicitação das competências e bases que os candidatos ao
curso deverão ter constituído previamente;
4. organização curricular, representada pela identificação e pelo desenho dos componentes pedagógicos
- blocos de competências, disciplinas de suporte, etapas, módulos ou conjuntos de situações de aprendizagem - em
um ou mais percursos de qualificação e habilitação;
8. pessoal docente e técnico, incluindo a composição do quadro e o perfil dos seus integrantes fixos
e temporários;
21 Os pontos apresentados foram retirados diretamente do Catálogo de Introdução dos Referenciais Curriculares Nacionais para educação profissional de nível
técnico. EDUCAÇÃO profissional de nível técnico : diretrizes curriculares [online]. Brasília : Ministério da Educação, [1999]. [capturado em mar. 2002]. Dispo-
nível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/dircur.shtm.
a ela correspondente. No caso de curso de especialização, o documento será o certificado de especialização
22 profissional. Os históricos escolares que acompanham esses documentos - certificados e diplomas - deverão
explicitar, sempre, as competências profissionais certificadas.
· O estudo do processo de produção em cada área profissional permitiu a identificação de grandes atribuições, eta-
pas significativas ou funções abrangentes que o compõem, integram ou caracterizam. Cada uma dessas funções
reúne, pela natureza fundamental das operações mentais ou das ações básicas nelas envolvidas, atividades mais
específicas, as subfunções, geradoras de produtos ou resultados parciais definidos dentro desses processos
produtivos. Ressalte-se que essa identificação somente foi possível a partir da indispensável colaboração de pessoas
efetivamente engajadas no setor produtivo - empresários e trabalhadores.
· As funções e subfunções de uma área profissional, uma vez identificadas, sistematizadas e descritas, permitiram
a caracterização do núcleo referencial da organização curricular, representado pelas ações profissionais nas quais
as competências devem estar refletidas, inspirando, portanto, a definição de projetos significativos para a apren-
dizagem profissional na área.
Nossa proposta de análise é relacionar a nova LDB, no que se refere à Educação Profissional, às Legislações Federais
que regulamentam o exercício profissional de ocupações de nível técnico em Comércio e Serviços.
Nesse sentido, destacamos que as Diretrizes Curriculares Nacionais, implementadas pela Resolução CNE/CBE nº
04/99, não deixam margem para dúvidas quanto à estreita correlação entre os cursos de educação profissional em nível
técnico e o mundo do trabalho.
Se essas determinações implicam intensos e legítimos debates pedagógicos sobre as dificuldades e as indagações
por elas geradas, é preciso reconhecer também que têm o mérito de marcar a importância que a educação profissional
assume diante dos desafios estabelecidos pelas novas condições econômicas e produtivas, no mundo globalizado, para
estabelecimento de políticas de desenvolvimento profissional e recursos humanos, e a responsabilidade que escolas e
instituições detêm nesse processo.
O que se verifica, na leitura atenta da Legislação, é que não há mais espaço para a oferta aleatória de cursos téc-
nicos, na mesma medida em que, num universo profissional cada vez mais exigente e competitivo, também não há mais
lugar para o profissional desqualificado, permanentemente ameaçado de exclusão do mercado de trabalho e conseqüen-
Guia de Legislação Profissional
te empobrecimento. Nesse sentido, há que se reconhecer que a Legislação Educacional define critérios e parâmetros
claros para uma política efetiva de transformação da idéia de profissionalização e de sua inequívoca dimensão social.
É importante reforçar, mais uma vez, que o conjunto apresentado referente à Legislação Educacional traça apenas as
competências gerais para profissionais de nível técnico por área, coerente com a proposta de flexibilidade curricular e com
a importância de uma formação básica comum para todos os técnicos da mesma área, deixando à critério de cada escola a
descrição das competências específicas de cada habilitação, em função de seu perfil profissional de conclusão. Isso assegura
a autonomia das escolas na elaboração dos currículos de cursos, e aponta para a necessidade – expressa também na nova
LDB – de se manterem atualizadas nas avaliações e definições dos perfis profissionais requeridos pela vida produtiva.
Dessa forma, tenta-se garantir uma melhor adaptação às mudanças do mercado e às suas condições regionais.
Estamos, assim, diante de dois aspectos importantes a serem comtemplados: de um lado, o dinamismo do mercado de
trabalho; e do outro, a necessidade de organizá-lo, expressa através do conjunto composto pela legislação educacional
e pelas leis de exercício profissional.
3. A Legislação de 23
Exercício Profissional
- Ocupações de Nível Técnico em Comércio e Serviços -
Apresentamos a seguir a Legislação Federal que regulamenta o exercício profissional das ocupações de nível técnico
em Comércio e Serviços.
Lembramos que, embora a legislação educacional estabeleça como critério de formulação da grade curricular de
cursos de nível técnico a identificação de competências gerais do técnico por área profissional, reconhece que há limites
e fronteiras entre as diversas qualificações e habilitações técnicas, definidas e protegidas pelas leis de regulamentação
de exercício profissional, cujo cumprimento é fiscalizado pelos respectivos órgãos profissionais.
Procuramos destacar as ocupações de nível técnico que estão regulamentadas, relacionando-as ao curso oferecido
pelo Senac de acordo com a área e subárea de formação em que se inserem. Destacamos também as Resoluções deli-
berativas do exercício profissional, emitidas por seus órgãos representativos para nos auxiliar no entendimento de suas
atribuições e limites de atuação. Nesses casos se incluem 21 ocupações, dispostas em 7 áreas:
Algumas ocupações que apresentam Projetos de Lei para sua regulamentação, em tramitação no Senado Federal,
são tratadas nesse item, tais como Auxiliar em Informática, Técnico em Informática, Esteticista Facial, Esteticista Cor-
poral e Técnico Esteticista/Técnico em Podologia. Mais adiante serão tratadas as demais ocupações relacionadas aos
cursos do Senac, já identificadas no mercado de trabalho, mas que não encontram seu exercício profissional reconhecido
e regulamentado por Lei Federal.
É preciso esclarecer que, o fato de não haver lei federal específica de regulamentação profissional para uma de-
terminada ocupação existente no mercado, não representa impedimento para a oferta de cursos de nível técnico, desde
que sejam avaliados e legitimados pelas instâncias competentes do MEC. 22 O que deve ser examinado é se o curso pode
24 oferecer ou não terminalidade, configurando, portanto, uma Qualificação ou Habilitação Técnica, e, ainda, se poderá
estar infrigindo as leis de exercício de outras profissões, interferindo na legitimidade de sua atuação junto ao mercado
de trabalho. Ao longo de nossa pesquisa, observamos alguns debates quanto ao assunto23, demonstrando a enorme
importância que essas leis assumem na garantia de espaço no mercado de trabalho e, ainda, nos padrões de qualidade
do exercício profissional, implicando num debate ético de grande relevância.
Após a compilação das Lei Federais de Exercício Profissional, divididas por área de formação, apresentaremos
algumas Portarias e Pareceres emitidos pelo MEC, entre 1996 e 2002, através das Documentas que autorizam a oferta e
funcionamento de cursos de nível técnico de ocupações ainda não regulamentadas por lei federal de exercício profissio-
nal, também relacionados por área.
A apresentação dos objetivos e do conteúdo das Leis e Resoluções foi feita por meio de matrizes nas quais foram
dispostas as ocupações de acordo com a área/subárea.
Guia de Legislação Profissional
22 No caso, são os Conselhos Estaduais de Educação que encaminham os cursos técnicos aprovados para registro no Cadastro Nacional de Cursos Técnicos do MEC
– CNTC, cuja finalidade é conferir validade nacional aos certificados e diplomas dos Cursos Técnicos, expedidos pela escola.
23 Como ocorre, por exemplo, com as constantes consultas que o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia encaminhou ao MEC, quanto à legitimidade dessa
formação em nível técnico.
3.1. Área de Saúde 25
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Qualificação
Auxiliar Lei nº 8.967, Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei
de Enfermagem de 28 de dezembro de 1994 nº 7.498/86, que dispõe sobre a regulamentação do
Habilitação exercício da enfermagem e dá outras providências.
Técnico em
Enfermagem
Legislação Conteúdo
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Qualificação
Estética
Facial
· Em tramitação no Senado Federal. Autoria: Senadora
Projeto de Lei Eunice Michilis.
Estética
nº 177,
Corporal
de 1983 Propõe a regulamentação das profissões de Esteticista e
Cosmetologista.
Habilitação
Técnico
Esteticista
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
· Ao Massagista habilitado é permitido manter gabinete em seu próprio nome, desde que:
Lei nº 3.968,
- A aplicação de massagem esteja prescrita por um médico, registrada a receita em
de 1961
livro competente e arquivada no gabinete;
- Esta só poderá ser dispensada em caso de urgência, em que não seja encontrado o médico;
- Só é permitida a aplicação de massagem manual, sendo vedado o uso de aparelha-
gem mecânica ou fisioterápica;
- A propaganda dependerá de autorização prévia da autoridade sanitária fiscalizadora.
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
Técnico em
Guia de Legislação Profissional
Decreto nº 92.790,
· Regulamenta a Lei nº 7.394/85.
1986
Legislação Conteúdo
· Os dispositivos desta lei aplicam-se , no que couber, aos Auxiliares de Radiologia que
trabalham com câmara clara e escura.
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
Resolução · Dispõe sobre o registro e fiscalização profissional de técnicos da
Técnico em
CFN nº 227/99 área de alimentação e nutrição.
Nutrição
Legislação Conteúdo
Quadro 13: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Subárea Farmácia
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Qualificação
Auxiliar de
Farmácia Resolução
· Dispõe sobre a inscrição, o registro e a averbação
CFF
nos CRFs.
Habilitação nº 276/95
Técnico em
Farmácia
Legislação Conteúdo
III- São auxiliares técnicos os devidamente reconhecidos por cursos técnicos de segundo
grau, conforme a regulamentação expedida pelo Conselho Nacional de Educação.
Qualificações /
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Qualificação
Auxiliar em
Vigilância
· Dispõe sobre a fiscalização sanitária das condições de
Sanitária e Saúde
Decreto exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares,
Ambiental
nº 77.052/76 relacionadas diretamente com a saúde.
Habilitação
· Não trata, porém, das condições de formação e atribuições
Técnico em
destes profissionais.
Vigilância
Sanitária e Saúde
Ambiental
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
Guia de Legislação Profissional
Portaria do
Ministério do · Define as condições de registro de Técnico em Segurança do
Trabalho nº 4/92 - Trabalho.
NR 27
Resolução CONFEA · Considera que as atribuições do Técnico em Segurança do Trabalho dizem respeito à área
de Engenharia, devendo este profissional ficar inserido no CONFEA e sob supervisão de pro-
nº 358/91 fissional de nível superior.
Guia de Legislação Profissional
3.1.8. Subárea Saúde Bucal 35
Quadro 18: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Subárea Saúde Bucal
Qualificações/
Legislação Objetivo
Habilitações Técnicas
Qualificação
Atendente de
Consultório Den-
tário
Auxiliar de
Prótese Dentária Lei · Dispõe sobre a profissão de Técnico em Prótese
Habilitação nº 6.710, 1979 Dentária e determina outras providências.
Técnico em
Higiene Dental
Técnico em
Prótese Dentária
Legislação Conteúdo
Legislação Conteúdo
CFO · Ser responsável pelo treinamento de auxiliares e serventes do laboratório de prótese odontológica.
185/93 2. O Técnico em Prótese Dentária não poderá prestar assistência direta a cliente; manter em
sua oficina equipamento e instrumental específico de consultório dentário; fazer propaganda de
seus serviços ao público em geral, sendo permitida a propaganda em revistas, jornais ou folhetos
especializados, desde que dirigidas aos cirurgiões-dentistas.
· Deverá possuir diploma ou certificado de conclusão de curso de Prótese Dentária, em nível de 2º grau.
Obs.: A Lei nº 6.710/79 e o Decreto nº 87.689/82 dão forma de lei ao que já está descrito acima em relação às práticas
e exigências para o exercício legal da profissão de Técnico em Prótese Dentária.
38
3.2. Área de Turismo e
Hospitalidade
3.2.1. Subárea Guiamento de Turistas
Quadro 23: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica –
Subárea Guiamento de Turistas
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
· Dispõe sobre a profissão de Guia de Turismo e dá outras
Guia de Lei nº 8.623/93
providências.
Turismo
Deliberação Normativa
· Dispõe sobre normas e procedimentos para cadastramento
MTE/EMBRATUR
de Guias de Turismo.
nº 426/2001
Deliberação Normativa
· Dispõe sobre os critérios para apreciação dos planos de
MTE/EMBRATUR
curso para formação profissional de Guia de Turismo.
nº 427/2001
Guia de Legislação Profissional
Quadro 24: Conteúdo Legislativo para Habilitação Guia de Turismo
39
Legislação Conteúdo
· Exige o seu cadastramento no Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR).
· Atribuições:
- Acompanhar, orientar e transmitir informações a pessoas ou grupos, em visitas,
excursões urbanas, municipais, estaduais, internacionais ou especializadas dentro do
território nacional.
- Acompanhar ao exterior pessoas ou grupos organizados no Brasil.
Lei - Promover e orientar despachos e liberação de passageiros e respectivas bagagens, em
nº 8.623/93 terminais de embarque e desembarque aéreos, marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários.
- Ter acesso a todos os veículos de transporte, durante o embarque ou desembarque,
para orientar as pessoas ou grupos sob sua responsabilidade, observadas as normas
específicas do terminal.
- Ter acesso gratuito a museus, galerias de arte, exposições, feiras, bibliotecas e pontos de in-
teresse turístico, quando estiver conduzindo ou não pessoas ou grupos, observadas as normas
de cada estabelecimento, desde que devidamente credenciado como Guia de Turismo.
- Portar privativamente o crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR.
· Regulamenta a lei acima e acrescenta que o Guia de Turismo será cadastrado, conforme
especialidade de sua formação profissional e das atividades desempenhadas, comprovadas
perante a EMBRATUR, em uma ou mais das seguintes classes:
- Guia de Excursão Nacional – quando exercer atividades de acompanhamento e as-
sistência a grupos de turistas durante todo o período da excursão de âmbito nacional
ou realizada na América do Sul, adotando todas as atribuições de natureza técnica e
Decreto administrativa em nome da agência de turismo responsável.
nº 946/93
- Guia de Excursão Internacional – exercida nas mesmas condições da atividade
anterior, exercida nos demais países do mundo.
- Guia Especializado em Atrativo Turístico – quando suas atividades compreenderem
a prestação de informações técnico-especializadas sobre determinado tipo de atrativo
natural ou cultural de interesse turístico, na unidade da federação para qual se
submeteu à formação profissional específica.
Deliberação · Recomenda aos órgaos oficiais de Turismo, das Unidades da Federação que, em complemento à
Normativa
Legislação Federal de Turismo em vigor, estabeleçam normas próprias para cadastro, classificação,
MTE/EMBRATUR
Guia de Legislação Profissional
Deliberação
Normativa
· Dispõe sobre normas e procedimentos para cadastramento de Guia de Turismo.
MTE/EMBRATUR
nº 426/2001
40
3.3. Área de Gestão
Quadro 25: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Área Gestão
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
Técnico em
Lei · Altera a redação dos incisos I e II do art. 2º, o caput do art. 3º,
Secretariado
nº 9.261/96 inciso VI do art.4º e o parágrafo único do art. 6º da Lei nº 7.377/85.
Técnico de
Arquivo
Legislação Conteúdo
Guia de Legislação Profissional
· Atribuições:
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
· Dá nova regulamentação à profissão de Corretor de Imóveis,
Técnico em Decreto nº
disciplina o funcionamento de seus órgãos de fiscalização e dá outras
Transações 81.871/78
providências.
Imobiliárias
Legislação Conteúdo
Guia de Legislação Profissional
Quadro 30: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Área Comunicação
Habilitações
Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
· Dispõe sobre a regulamentação da profissão de
Técnico em Lei nº 6.615/78
Radialista e dá outras providências.
Radialismo
Decreto
· Regulamenta a Lei nº 6.615/78
nº 84.134/79
Quadro 31: Conteúdo Legislativo para Habilitação Técnico em Radialismo – Subárea Áudio
Legislação Conteúdo
Quadro 32: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Área Informática
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Qualificação
Auxiliar de
· Autor: Edison Andrino – Dispõe sobre a regulamentação das
Informática
Projeto de Lei nº profissões de Analista de Sistemas e suas correlatas e autoriza
981/99 a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de
Habilitação
Informática.
Técnico em
Informática
Qualificações/
Habilitações Legislação Objetivo
Técnicas
Habilitação
Decreto
Técnico de · Altera a redação dos arts. 34 e 35 do Decreto nº 82.385/78.
nº 95.971/88
Ator
Legislação Conteúdo
· A exibição de obra ou espetáculo depende da autorização do titular dos direitos autorais e conexos.
Decreto Nos ajustes relativos ao valor e à forma de pagamento dos direitos autorais e conexos, os
nº 95.971/88 artistas poderão ser representados pelas associações autorizadas a funcionar pelo Conselho
Nacional de Direito Autoral.
Guia de Legislação Profissional
· Considera Artista:
- O profissional que cria, interpreta, ou executa obra de caráter cultural de qualquer natureza, para
efeito de exibição ou divulgação pública, através de meios de comunicação de massa ou em locais
onde se realizam espetáculos de diversão pública.
· Considera Técnico em Espetáculos de Diversões:
Lei
- O profissional que, mesmo em caráter auxiliar, participa, individualmente ou em grupo, de
nº 6.533/78
atividade profissional ligada diretamente à elaboração, registro, apresentação ou conservação de
e programas, espetáculos e produções.
Decreto
· Para registro de Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões é necessária
nº 82.385/78
a apresentação de:
- Diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou semelhantes; ou
- Diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais de 2º grau de Ator, Contra-
regra, Cenotécnico, Sonoplasta, ou outras semelhantes reconhecidas na forma da Lei; ou
- Atestado de capacitação profissional fornecido pelo sindicato representativo das categorias profissionais.
3.8. Área de Meio Ambiente 47
Quadro 35: Objetivos das Leis por Qualificação/Habilitação Técnica – Meio Ambiente
Qualificações/
Legislação Objetivo
Habilitações Técnicas
Habilitação
· Cria e disciplina a carreira de Especialista em
Técnico em Meio Lei nº 10.410/2002
Meio Ambiente.
Ambiente
Legislação Conteúdo
Cursos do Senac
O levantamento de ocupações de nível técnico regulamentadas dos setores de Comércio e Serviços conduziu à
verificação do enquadramento dos cursos do Senac categorizados em “Qualificação Técnica” e “Habilitação Técnica”,
o que nos fez concluir que muitos deles não têm correspondência com profissões regulamentadas pela lei de exercício
profissional ou por órgãos consultivos e deliberativos da profissão. Porém, isso não significa que não tenham reconhe-
cimento no mercado de trabalho. São cursos relacionados às atividades desenvolvidas nas seguintes áreas:
· Informática: Técnico em Análise de Sistemas, Técnico em Redes de Computadores, Técnico em Montagem e Manu-
tenção de Equipamentos de Informática, Técnico em Automação de Ambientes de Trabalho, Técnico em Banco de Dados,
Técnico em Desenvolvimento de Sistemas e Web Masters
· Saúde: Técnico em Análises Clínicas, Técnico em Hemoterapia, Montador de Lentes Oftálmicas, Surfaçadista Óptico,
Técnico em Óptica, Técnico em Administração Hospitalar e Técnico em Equipamentos Médicos e Hospitalares
· Gestão: Técnico em Gestão Empresarial, Técnico em Comércio Exterior e Técnico em Administração de Vendas no
Varejo
· Comunicação: Técnico em Fotografia, Técnico em Design Gráfico, Técnico em Computação Gráfica, Web Designer,
Técnico em Publicidade e Técnico em Laboratório Fotográfico
· Imagem Pessoal: Desenhista/Ilustrador de Moda, Técnico em Produção de Cabelo e Maquiagem e Técnico em
Modelagem de Vestuário
· Design: Técnico em Design de Interiores e Paisagista
· Lazer e Desenvolvimento Social: Técnico em Lazer e Desenvolvimento Social, Técnico em Lazer e Recreação
e Técnico em Eventos
· Meio Ambiente: Técnico em Gestão de Unidades de Conservação e Técnico em Manejo de Recursos Naturais
· Turismo e Hospitalidade: Chefe Executivo de Cozinha, Técnico em Agenciamento de Viagens e Operações
Turísticas
Por outro lado, alguns cursos também oferecidos pelo Senac, cujas ocupações são reconhecidas pelo mercado de
Guia de Legislação Profissional
trabalho mas que não se encontram regulamentadas por lei de exercício profissional, são encaminhados para aná-
lise e aprovação como “Habilitação”, junto aos Conselhos Nacional e Estaduais de Educação. Exemplos: Técnico em
Contabilidade, Técnico em Processamento de Dados, Técnico em Estilismo, Técnico em Turismo e Técnico em Hotelaria/
Hospitalidade.
Há ainda casos que estão em tramitação como Projeto de Lei para serem regulamentados pela legislação profissio-
nal: Técnico em Informática e Técnico Esteticista/Técnico em Podologia, conforme já observado. Por fim, existem cursos
em que as ocupações a eles relacionadas devem apresentar formação em nível superior, de acordo com a legislação de
exercício profissional, como Técnico em Administração. 26
Apresentamos a seguir alguns Pareceres, Portarias e Resoluções emitidos pelo Conselho Nacional de Educação/
Câmara de Educação Básica após a promulgação da nova LDB, que reconhecem e regularizam a oferta de cursos cujas
Turismo e Hospitalidade
Pareceres e
Conteúdo dos Pareceres e Portarias
Portarias
CNE/CEB- Parecer · Esclarecimentos e voto da relatora sobre consulta do Instituto Brasileiro de Turismo/DF sobre
nº 14/97 acolhimento de certificados de conclusão parcial de Guia de Turismo.
Portaria · Declaração da regularidade dos estudos do Curso Técnico em Turismo, nas modali-
dades regular e especial, e em Hotelaria, na modalidade especial, ministrados pela Unidade de
nº 50, de 25/8/98 Ensino Descentralizada de Eunápolis-BA do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia.
Portaria · Declara a regularidade dos estudos do Curso Técnico em Turismo, ministrado pela
nº 152, de 28/11/97 Escola Técnica Federal de Roraima.
Gestão
Pareceres e
Conteúdo dos Pareceres e Portarias
Portarias
Meio Ambiente
Pareceres e
Conteúdo dos Pareceres e Portarias
Portarias
Portaria · Autoriza o funcionamento do Curso Técnico em Tecnologia Ambiental, em
nº 116, 29/12/98 caráter experimental, a ser ministrado pela Escola Técnica Federal do Piauí.
Parecer e
Conteúdos do Parecer e das Resoluções
Resoluções
Ao apresentarmos o conjunto de leis que regem a educação profissional de nível técnico, procuramos facilitar sua
consulta, destacando alguns dos aspectos mais significativos para a promoção e implementação de uma nova concepção
de formação profissional.
Definimos como objetivo desse trabalho subsidiar a formulação de cursos técnicos para o Senac a partir da sistema-
tização do conteúdo das leis que regulamentam o exercício de algumas ocupações de nível técnico, tendo como referência
conceitual a nova legislação de educação profissional que enfatiza as competências. Desse modo, acreditamos contribuir
para a análise dos pontos de convergência (e possíveis lacunas) oriundos da articulação entre a LDB e a legislação pro-
fissional. A importância de compreendermos de maneira mais aprofundada esses dois conjuntos legislativos, deve-se ao
fato de se configurarem como campos complementares de ordenamento da dinâmica do mundo do trabalho, assegurando
uma formação orientada para o exercício de ocupações, cujas funções e competências estão caracterizadas e delimitadas
juridicamente.
O que chama nossa atenção no exame dessas leis é o fato de que, embora a legislação educacional procure favorecer
a flexibilização curricular, com o objetivo de facilitar a inserção ou reinserção do indivíduo num mercado de trabalho
marcado por rápidas mudanças, não pode desprender-se completamente do respeito aos limites impostos pelas leis que
regulamentam o exercício profissional.
Diante de um contexto de mudanças do sentido da “profissionalização”, em que o trabalhador já não percebe com
clareza “a esfera de saberes, atividades, responsabilidades e referências próprios de sua profissão”, 27 as leis federais que
regulamentam o exercício profissional e a legislação de educação profissional definida a partir da nova LDB, parecem,
à primeira vista,atuar como forças opostas em um campo de conflito: a primeira, agindo para garantir aos trabalha-
dores um espaço de atuação profissional definido e protegido, com papéis e funções próprias e diferenciadas de outras
ocupações; e a segunda, favorecendo a polivalência, enfocando as competências gerais do técnico por área de atuação,
e deixando a cargo das escolas a definição de competências específicas por ocupação, de acordo com as condições dadas
circunstancialmente.
Apesar dessa aparente oposição, contudo, é preciso estar atento para o fato de que ambas tratam de etapas distintas
- mas complementares - do processo de “profissionalização”, onde cabe à esfera da educação apreender o caminho para
onde essa se dirige, preparando adequadamente o indivíduo para aquisição de condições efetivas de enfrentamento da
etapa posterior, ao inserir-se na esfera do trabalho.
Nesse sentido, os dois conjuntos de leis aqui apresentados constituem-se como forças complementares, e não
opostas, pois o que há de urgente a ser avaliado é o dinamismo da organização do mundo do trabalho nas suas diversas áreas,
onde ocupações tradicionais se modificam ou desaparecem, enquanto outras vão sendo constituídas.
Guia de Legislação Profissional
Essa busca pela compreensão do movimento intrínseco à esfera do mercado de trabalho e pela reordenação das
categorias ocupacionais, expressa-se nos estudos sobre a estrutura ocupacional, gerando, por exemplo, uma nova Classi-
ficação Brasileira de Ocupações (CBO), reformulada pelo Ministério do Trabalho desde 2000, bem como na crescente lista
de projetos de lei de regulamentação profissional, que tramitam no Congresso Nacional - atualmente são 44 - incluindo
Esteticista e Cosmetologista. 28
Esperamos que o “Guia de Legislação Profissional – Ocupações de Nível Técnico em
Comércio e Serviços” possa auxiliar na instrumentalização daqueles que se dedicam ao estudo da educação
profissional e à constatação de sua importância diante de relações econômicas e sociais cada vez mais dependentes do
conhecimento e das qualificações humanas para a produção de bens e serviços.
27 DELUIZ, Neise. O modelo das competências profissionais no mundo do trabalho e na educação : implicações para o currículo. Boletim Técnico do Senac, Rio de
Janeiro, v. 27, n. 3, p. 15, set./dez. 2001. A autora, nesta citação, enfatiza o sentido de “desprofissionalização”.
28 Existem, no Brasil, 84 profissões regulamentadas por lei de exercício profissional.
O fato de existirem 44 projetos de lei em tramitação, representa um acréscimo
da ordem de 50% do número de profissões a serem regulamentadas. Dados retirados da matéria: “Um dicionário de profissões”. Jornal do Brasil, 23/06/02, p. 19.
Guia de Legislação Profissional
53
Anexos
1. Anexo I
54
Apresentação
Este anexo tem a preocupação de apresentar, passo a passo, os procedimentos definidos pelo MEC como ne-
cessários à formulação de currículos e planos de cursos de nível técnico e sua conseqüente aprovação pelos órgãos
responsáveis, ou seja, pelos Conselhos Estaduais de Educação.
Todos os documentos deste anexo são de autoria do MEC, e encontram-se disponíveis no seu endereço
eletrônico (http://www.mec.gov.br).
Guia de Legislação Profissional
1.1. Lista Sugestiva de Itens 55
1.1.1.3. Área(s) Profissional(is) à(s) qual(is) o curso se vincula. Atentar para a importância da Área na caracterização
do Curso, imprimindo características próprias ao Perfil do Profissional;
1.1.2.2. Verificar as indicações de seleção para entrada: há pertinêmcia entre o requerido ao candidato e o currículo
Guia de Legislação Profissional
programado? O acesso ao curso exige, pelo menos, o mínimo estabelecido no Parecer CNE/CEB Nº 16/99 e Resolução
CNE/CEB Nº 04/99
1.1.2.3. O Acesso aos módulos é opcional para o aluno ou exige pré-requisito? Verificar a coerência do que está
proposto;
1.1.3.1. Identidade do Currículo com o Perfil Profissional. Verificar se o Currículo proposto poderá realmente formar
o profissional com aquele Perfil definido;
56 1.1.4. Organização Curricular
1.1.4.1. Coerência do Currículo proposto com o Projeto Pedagógico da Escola;
1.1.4.2. Organização curricular por Competências (as competências guiam as decisões quanto aos demais componentes curriculares).
Verificar se as competências são aquelas indispensáveis para o futuro profissional atuar eficiente e eficazmente no
mundo produtivo;
1.1.4.3. Pertinência das competências com as exigências do processo produtivo, em suas funções e subfunções (verifi-
car a identificação das funções e subfunções do processo produtivo em foco);
1.1.4.4. Consideração das Competências Gerais comuns aos técnicos da área profissional pertinente (contextualizadas
às competências específicas);
1.1.4.5. Na Organização Curricular, clareza da adoção de enfoques pedagógicos e metodológicos, pela Escola, que
assegurem a atuação do aluno como agente ativo do processo de aprendizagem – que age, pensa, faz, pesquisa, resolve,
aprende – coerentes com a formação por competências (Projetos, Solução de Problemas, etc. );
1.1.4.6. Atendimento aos princípios de FLEXIBILIDADE (modularização, acessos, itinerários diversificados etc.), IN-
TERDISCIPLINARIDADE (possibilidades de diálogo didático entre as bases tecnológicas, adoção de Projetos de Trabalho
e Solução de Problemas e / ou Desafios, etc) CONTEXTUALIZAÇÃO (práticas relacionadas com a realidade do processo
produtivo, problemas pertinentes a esse processo, projetos úteis, aplicáveis, inovadores etc);
1.1.4.7. Terminalidades (quando for pertinente) correspondentes a Qualificações Profissionais identificadas no
mercado de trabalho.
Verificar se cada terminalidade corresponde a um conjunto articulado de Competências, Habilidades e Bases Tecnológicas;
1.1.4.8. Adequação e coerência da carga horária total do Curso aos mínimos definidos para um curso na Área (excetu-
ando o Estágio Supervisionado), bem como ao posicionamento do técnico (que é de nível médio e não de nível superior)
no mercado de trabalho. Atentar também para o fato de que a C/H definida na Res.04 é, em horas, de 60 minutos. Os
módulos de Especialização não são contabilizados na carga horária mínima do Curso;
1.1.4.9. Adequação e coerência da carga horária dos módulos de Qualificação Profissional de nível técnico e/ou de
Especialização Profissional de nível técnico (recomendável que não seja menor de que 20% da carga horária mínima
definida nacionalmente para a Área);
1.1.4.10. Verificar o atendimento ao Art. 9 º da Resolução 04 / 99 de que a prática constitui e organiza o Currículo
proposto. Quais os indicadores que o evidenciam?
Guia de Legislação Profissional
1.1.4.11. Plano de Estágio Supervisionado (quando o Plano de Curso o definir como obrigatório para os alunos).
Verificar as condições do Estágio, sua coerência com uma formação por competências, o momento em que se dará o
estágio, atentando para a importância de ser realizado – sempre que possível - durante o curso, facilitando, assim, que
a experiência seja compartilhada com os demais colegas e professores; verificar também se há estágio supervisionado
previsto para as qualificações e especializações estabelecidas, de acordo com o perfil profissional de cada ocupação.
1.1.10. Outros
1.1.10.1. Quando se tratar de profissão ou ocupação regulamentada, verificar a pertinência das exigências legais com
a formação proposta;
1.1.10.2. Verificar outros aspectos que considerar necessários;
1.1.10.3. A Escola poderá apresentar outros Elementos, que considerar pertinentes e necessários, em Anexo.
58
1.2. Orientações para a
Formulação e Apresentação dos
Planos de Cursos Técnicos com
base na Resolução CNE/CEB
nº 04/99
Ministério da Educação - MEC
Secretaria de Educação Média e Tecnológica - SEMTEC
Coordenação Geral de Educação Profissional - CGEP
Presidente da República
Fernando Henrique Cardoso
Ministro da Educação
Paulo Renato Souza
Secretário Executivo
Luciano Oliva Patrício
Diretor-Executivo do PROEP
Raul David do Valle Júnior
Equipe de Formulação
Cleunice Matos Rehem - Coordenação e Sistematização
Com o propósito de contribuir para a sintonia das propostas de cursos técnicos com as mudanças estabelecidas
pela legislação educacional do país, a partir da LDB 9.394/96, Decreto nº 2.208/97, Parecer CNE/CEB nº 16/99 e Resolu-
ção CNE/CEB nº 04/99, elaborou-se estas Orientações relativas à formulação de cada item integrante do plano de Curso
Técnico, definido no Artigo 10 da Resolução nº 04/99.
Considerando-se que todos os Planos de Cursos Técnicos aprovados pelos órgãos competentes dos respectivos siste-
mas de ensino, conforme estabelecido pelo Artigo 13 da Resolução nº 04/99 serão obrigatoriamente inseridos no Cadas-
tro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico, organizado pelo MEC - condição esta que permitirá às
escolas expedirem os diplomas de técnico com validade nacional - tornou-se imprescindível uma padronização desses
Planos para viabilizar sua publicidade nesse Cadastro. Assim, é indispensável que esses Planos atendam aos requisitos
legalmente estabelecidos associados aos princípios e critérios que orientam a nova oferta de cursos técnicos no país.
Com estas Orientações para a formulação e apresentação dos Planos de Cursos Técnicos, pretende-se, pois, as-
segurar a homogeneidade, do ponto de vista formal, das informações contidas nos planos e garantir a qualidade das
informações na perspectiva dos interesses da comunidade educacional, ou seja, dirigentes de sistemas e redes escolares,
dirigentes de estabelecimentos escolares, especialistas e técnicos em educação, professores, alunos e suas famílias, além
dos empregadores e trabalhadores interessados.
Entende-se também que estas Orientações facilitarão o trabalho dos formuladores desses Planos, contribuindo
para possíveis avanços e inovações nas propostas curriculares, além de que poderão contribuir também para facilitar o
processo de análise e aprovação dos Planos de Cursos pelos órgãos competentes dos sistemas de ensino.
Um subitem 1.1 constituirá a Justificativa do curso. Deverá contemplar as razões que levam a instituição de ensino
a propor a oferta do curso. Essas razões devem ser fundamentadas, inclusive, com números e outras informações com-
provadas (citando as fontes) que justifiquem a necessidade da oferta do curso na região, indicando também o horizonte
de tempo em que o mesmo poderá ser oferecido, para suprir as necessidades de formação de profissionais com possi-
bilidades de inserção no mundo produtivo. Logicamente que, para tanto, a Instituição precisa ter realizado estudos de
demandas e prospecções da realidade onde está inserida, das necessidades de educação profissional evidenciada pelos
cidadãos, pela sociedade, pelo mundo produtivo.
A demanda que justifica a oferta do curso deve, portanto, ser indicada de forma clara, objetiva e fundamentada,
apontando o quantitativo previsto de técnicos necessários para suprir as necessidades atuais e/ou futuras. É importante
também que os formuladores tenham informações e visão prospectiva para possibilitar a formação prévia de profis-
sionais, em razão de investimentos regionais e/ou de tendências rastreadas.
A proposta do Curso deverá ser coerente com o Projeto Pedagógico da Instituição formadora e atender à carga
horária mínima definida na Resolução CNE/CEB Nº 04/99 para cada área profissional.
Neste mesmo item deve ser estruturado o Subitem 1.2 para a definição dos Objetivos a serem alcançados com a
oferta do curso proposto, guardando coerência com a Justificativa, o Perfil Profissional de Conclusão, a Organização
Curricular e o Projeto Pedagógico da Escola, necessariamente. A Instituição deve estar atenta para não formular obje-
tivos de curso com fim em si mesmo: os objetivos devem expressar aquilo que a instituição propõe alcançar através do
Curso no formato planejado, coerentes com seu projeto de educação.
Atentar para requisitos de acesso a cursos técnicos já estabelecidos legalmente e, portanto, de cumprimento
obrigatório.
Guia de Legislação Profissional
Ao descrever o perfil profissional é importante deixar claro também o nível de autonomia e responsabilidade do
técnico a ser formado, ambientes de atuação, relacionamentos necessários, riscos a que estará sujeito e a perspectiva
de freqüência de atualização tecnológica que a profissão demanda.
Destaca-se aqui que a formação profissional de nível técnico, conforme preconiza a atual legislação, é estruturada
por Área Profissional. Isto implica compreender que, não apenas a preparação deve ser para técnico numa dada função
produtiva, mas para a Área Profissional na qual essa função está inserida. Isso assegura visão de conjunto ao aluno,
amplia seus horizontes para além da função técnica que escolheu e lhe oferece possibilidades de futura mobilidade
no mundo produtivo, em razão de possível saturação no mercado ou outras opções que o profissional deseje fazer no
futuro. Assim, poderá até mudar sua profissão - se o quiser - apenas com uma qualificação complementar na mesma
Área em que se formou. Com tal observação, torna-se indispensável que a Instituição inclua no Perfil Profissional de
Conclusão competências profissionais gerais relacionadas com a Área predominante do Curso, consultando, para isso,
os Anexos da Resolução CNE/CEB Nº 04/99.
Recomenda-se também atentar para o futuro da profissão e não limitar o perfil apenas em relação ao momento
atual. Visão de futuro bem equilibrada pode enriquecer a formação e oferecer vantagens competitivas aos formandos.
Quando o Plano incluir Qualificação Profissional, o perfil de cada ocupação correspondente deve também ser
especificado, embora de modo sintético. Da mesma maneira deve-se proceder, quando houver especialização no
itinerário formativo.
dades), as Competências e Habilidades que lhes correspondem; as Bases Tecnológicas, Científicas e Instrumentais,
Projetos, Seminários, Oficinas ou outros meios de organização da aprendizagem; os itinerários alternativos possíveis
de serem percorridos pelos alunos e as terminalidades correspondentes (quando for o caso), a carga horária de cada
módulo (ou similar) e as estratégias pedagógicas que serão adotadas no desenvolvimento do processo de consti-
tuição das competências. O Ministério da Educação preparou e divulgou um conjunto de Referenciais Curriculares
Nacionais que inspiram e orientam a formulação de propostas curriculares, por Área Profissional (são 21 volumes,
sendo um para cada área e um de Introdução que orienta a sua utilização). Para as instituições da Rede Federal, a
observância a esses Referenciais é determinada na Portaria SEMTEC Nº 30/2000.
Recomenda-se que, ao planejar as Qualificações Profissionais, a Instituição deve cuidar da pertinência da refe-
rida ocupação no mercado de trabalho, os requerimentos para seu exercício e as possibilidades de empregabilidade
que as caracterizam. Deve ainda considerar a carga horária mínima para esta titulação, quando estabelecido pelo
Órgão competente do sistema de ensino ao qual está vinculada. Quando o Órgão competente de cada Sistema de
Ensino optou por não fixar esse mínimo, recomenda-se às Instituições escolares pesquisar tal referência no mundo
produtivo e em órgãos regulamentadores e fiscalizadores de profissões, para evitar dificuldades de inserção labo-
ral aos egressos dessas qualificações.
É recomendável que as Matrizes Curriculares estruturadas no Plano, devem apresentar, por Módulo (ou similar),
a correlação entre as competências, habilidades, bases (tecnológicas, científicas e/ou instrumentais), estratégias
pedagógicas, carga horária e os recursos humanos que deverão desenvolvê-las. Ressalta-se que a base legal em vigor
possibilita às instituições a composição diferenciada e própria de arranjos pedagógicos diversos na estruturação dos
currículos. Isto estimula a criatividade nas instituições para planejarem currículos com arquiteturas inovadoras,
diferenciadas, modernas, voltadas para a construção das competências requeridas para uma atuação eficiente e
eficaz, enquanto cidadãos no exercício de uma profissão.
Assim, são inúmeras as possibilidades de projetos curriculares formulados pelas escolas para a nova educação
profissional de nível técnico, combinando e articulando elementos relacionados com estratégias pedagógicas, fle-
xibilidade curricular, itinerários, tempos, locais e horários da oferta, parcerias, clientela, requisitos de acesso ao
curso e aos módulos, seqüência de módulos ofertados, tecnologias utilizadas, períodos do ano, alternância entre
escola e empresa, especificidades da demanda, dentre outros.
Chama-se a atenção dos formuladores das propostas curriculares que as antigas e superadas grades curricula-
res (as quais traziam um elenco de disciplinas com carga horária e ementas) não cumprem a função daquilo que é
requerido num currículo voltado para competências. A nova arquitetura pedagógica deve responder coerentemente
aos requisitos da formação profissional moderna, planejando com criatividade desenhos curriculares, matrizes e
estratégias pedagógicas que contribuam para produzir as competências que permitam garantir ao cidadão o per-
manente desenvolvimento de aptidão para a vida produtiva e social.
Guia de Legislação Profissional
Considerando que a instituição irá certificar as Competências construídas pelo aluno durante a formação
profissional por ela oferecida, a Organização Curricular deverá ser, portanto, voltada para competências. Torna-
se, portanto, importante atentar que a formação profissional por competências requer uma pedagogia que
focalize metodologias dinâmicas centradas no aprendiz, enquanto agente de seu processo formativo, o que
implica, necessariamente, incluir variadas atividades e recursos didáticos, tais como o desenvolvimento de
projetos e situações problemas do mundo produtivo na Organização Curricular. A alternância dos alunos entre
escola e empresas (e outros arranjos do mundo produtivo) é estratégia formativa que produz ótimos resultados
nesse processo.
O Currículo a ser desenvolvido deverá assegurar a construção das competências gerais do técnico, estabelecidas
pela Res. CNE/CEB nº 04/99 devidamente contextualizadas para o curso, bem como as competências específicas
identificadas pela Instituição, a partir de estudos do processo produtivo ao qual o curso se refere e dos requisitos
para o exercício da cidadania.
Quando o curso indicar a realização de estágio profissional supervisionado, a última abordagem deste item
64 de organização curricular deverá ser destinada ao plano de realização do estágio supervisionado. Esse plano deve
indicar a respectiva carga horária, os momentos em que ocorrerá o estágio, onde se realizará e como será orien-
tado, supervisionado e avaliado. Chama-se a atenção para que a escola examine com muito critério as exigências
de estágio para algumas profissões, sobretudo aquelas que o exigem em sua regulamentação. É recomendável que
o estágio supervisionado ocorra antes do término do curso, de modo a oportunizar troca de conhecimentos entre
alunos, discussões e/ou reformulações.
Este item de Organização Curricular deverá guardar, obrigatoriamente, coerência total com o perfil profissional
no capítulo anterior.
Deverá explicitar quais são os critérios a serem utilizados pela instituição de ensino para aproveitar conhecimentos
e experiências que os candidatos ao curso já adquiriram previamente e queiram solicitar aproveitamento.
Poderão ser considerados conhecimentos e experiências adquiridos no ensino médio em qualificações profissionais e
etapas ou módulos de nível técnico concluídos em outros cursos (nesse caso a escola avalia as comprovações apresenta-
das para definir o aproveitamento pertinente e, caso considere necessário, pode também definir pela avaliação do aluno
diretamente); em cursos de educação profissional de nível básico, bem como no trabalho ou por outros meios informais
(nesses casos é obrigatória a avaliação do aluno); e reconhecidos em processos formais de certificação profissional.
Indicar necessariamente a forma ou o mecanismo que a escola adotará para proceder ao aproveitamento desses
conhecimentos ou experiências e o período em que o aluno deverá fazer seu requerimento à escola. Para o aluno reque-
rer o aproveitamento torna-se imprescindível que lhe seja apresentada detalhadamente a organização curricular, antes
de cursar (o módulo respectivo ou o curso), obviamente. Assim, o período que a instituição estabelecer para o aluno,
deverá levar em consideração esse critério.
Este item deverá contemplar os critérios que a Instituição de ensino utilizará para aferir em que medida o aluno
está construindo as competências requeridas para o desempenho profissional que se espera que ele alcance. Indicará
também o processo e os instrumentos de avaliação a serem considerados no processo formativo e mecanismos a serem
oferecidos pela escola para a superação das possíveis dificuldades de aprendizagem dos alunos, durante o processo de
formação.
Ressalta-se que o currículo voltado para competências, que adota metodologias pedagógicas dinâmicas e ativas
para fazer com que todos os alunos aprendam, requer avaliação processual diagnóstica, inclusiva, formativa, com
recuperação no próprio processo de formação.
Os parâmetros para avaliar serão naturalmente aquilo que se acordou alcançar. Logicamente que, para isso, preci-
sam ser definidas as evidências que sinalizarão a realização das aprendizagens na constituição das competências. Essas
evidências indicarão para os professores e alunos o acerto ou não do caminho que está sendo percorrido, oportunizando
novas decisões quanto ao alcance do desejado.
O processo de avaliação na formação por competências exige, pois, que professores e alunos tenham clareza quanto
às competências que serão construídas e estabeleçam acordos para seu alcance, definindo as evidências que darão
visibilidade ao alcançado e os critérios a serem considerados no processo, de modo que recolham as informações perti-
nentes quanto ao que, como e quanto estão aprendendo e que decisões devem ser tomadas para avançarem no processo
de constituição dessas competências.
Nesse item do Plano, portanto, a Instituição apresentará sua concepção de avaliação, os critérios com que seus
alunos serão avaliados, a sistemática que dá corpo ao processo avaliativo e a classificação final (pontos, notas, concei-
tos ou outros), com a qual traduzirá para a sociedade o grau de capacidade que o aluno pôde evidenciar no processo de
formação , após ter participado – num dado tempo e locais – de um conjunto diversificado de atividades curriculares
oferecidas.
A escola deve estar atenta para o fato de que, no Histórico Escolar, serão registradas também as competências que
o aluno constituiu no processo de formação (exigência estabelecida no Art. 14 da Res. CNE/CEB nº 04/99), definidas no
perfil profissional de conclusão do curso.
Quanto aos docentes é imprescindível indicar os componentes curriculares que cada um assumirá no curso
(exemplos: projetos, oficinas, módulos, função, subfunção, conjunto de competências, conjunto de bases tecnológicas,
científicas e instrumentais etc.). A análise deste item atentará para as competências dos professores em relação aos
componentes sob sua responsabilidade.
66 1.2.9. Certificados e Diplomas
Deverá conter as informações relativas ao(s) documento(s) de conclusão de curso expedido(s) pelo estabelecimento
de ensino a seus alunos, identificando os títulos ocupacionais que está certificando (no caso de qualificação Profissional)
e habilitando (para habilitação técnica). Caso o plano de curso contemple qualificações ou especializações, a cada um
deles deverá corresponder um Certificado por conclusão. Para cada habilitação técnica corresponderá um diploma (de
técnico em...). O Diploma deve indicar obrigatoriamente, além do título do Técnico, a(s) Área(s) Profissional(is) na(s)
qual(is) se insere a habilitação técnica.
Neste capítulo, portanto, a Instituição relaciona cada um dos Certificados de Qualificação Profissional de Nível
Técnico e/ou de Especialização Profissional de Nível Técnico, explicitando o título da ocupação certificada. Relaciona
igualmente o(s) Diplomas de Técnico que o curso possibilita. Os diplomas deverão explicitar o correspondente título de
técnico na respectiva habilitação profissional, mencionando a área à qual a mesma se vincula.
1.2.10. Anexos
Caso a instituição deseje incluir outros elementos no Plano, além dos itens obrigatórios esclarecidos acima, poderá
fazê-lo neste item, que é opcional.
Guia de Legislação Profissional
1.3. Metodologia para 67
Fluxograma
Perguntas* que Contribuem para a Obtenção de Respostas
para as Decisões no Planejamento Curricular de Curso Técnico
1.3.1. Inputs
1.3.1.1. Legislação Atualizada: educacional e da profissão
*
Relacionadas com cada etapa do fluxograma
1.3.1.2. Projeto Pedagógico
68
1- Qual é o projeto de educação desta escola?
2- Que ser humano se pretende formar aqui? Com que valores?
3- Quais os princípios norteadores do processo ensino-aprendizagem nos cursos técnicos?
4- Como esses princípios são refletidos na formulação e no desenvolvimento do currículo?
5- Qual o planejamento para superar as deficiências da escola, em relação ao curso técnico em foco?
Após consulta a empregadores e trabalhadores da Área, aos Referenciais Curriculares Nacionais da Área, às Diretrizes
Curriculares Nacionais para cursos técnicos (Resolução 04/99), perguntar:
Guia de Legislação Profissional
- que competências são requeridas a um técnico para atuar eficiente e eficazmente nesse processo produtivo
(em cada função e subfunção)?
- essas competências garantem formação técnica ampla, permitindo “navegabilidade” na área e
empregabilidade/laborabilidade?
- essas competências são os resultados que queremos dos alunos? Elas serão o foco de nossa prática pedagógica?
1.3.2.3. Verificação das Competências Gerais (Res. 04/99) em relação às definidas no item 2
Comparando-se as competências definidas no item 2 com aquelas estabelecidas na Resolução CNE/CEB Nº 04/99 para
os técnicos dessa Área, perguntar:
- as competências gerais estão contextualizadas nas competências definidas?
- falta contextualizar alguma? Como fazê-lo?
1.3.2.4. Identificação das Habilidades requeridas
70
Entende-se que as habilidades pressupõem desempenhos em contextos distintos, envolvendo saberes específicos, e que
elas são descritores das competências, perguntar:
- que habilidades são requeridas e devem ser desenvolvidas pelos alunos (por subfunção) desse processo produtivo?
a- Que conhecimentos tecnológicos, científicos, culturais deverão ser apropriados, acessados, mobilizados no desenvol-
vimento das habilidades identificadas?
b- Examinando essa Matriz Referencial de Resultados à luz do Perfil Profissional de Conclusão do Técnico que se quer
formar, bem como à luz dos princípios da autonomia, da ética, estética da sensibilidade e política da igualdade há algo
a acrescentar? Ou a retirar?
a- Considerando as competências a construir e habilidades a desenvolver, que critérios de evidência serão considerados
para avaliar o seu alcance pelo aluno? Que padrões de desempenho serão aceitáveis para fins de certificação das com-
petências, considerando as exigências do mundo produtivo e da sociedade?
a- Que contribuições podem oferecer os empregadores e trabalhadores dessa área quanto à validade dessa matriz
curricular, como meio para a formação dos técnicos nessa habilitação?
A partir das contribuições da Comissão Consultiva, que ajustes deveremos fazer na Matriz Referencial de Resultados, sem
perder coerência com os princípios educacionais?
1.3.3. Organização Curricular 71
Como a área profissional se apresenta organizada no sistema produtivo regional. Há ocupações bem definidas e
estabelecidas? Quais são essas ocupações? Como essas ocupações se articulam?
a- Que projetos, desafios, problemas e/ou atividades permitirão o exercício das competências e habilidades alvo de
cada módulo?
b- Como será encaminhado o desenvolvimento desses projetos?
Guia de Legislação Profissional
a- Que insumos ou bases tecnológicas são essenciais ao desenvolvimento das competências e habilidades alvo?
b- Como e quando é desejável possibilitar o acesso a essas bases?
c- Quais os professores-coordenadores dos Projetos?
a- A profissão-alvo exige legalmente o estágio supervisionado como requisito à habilitação de técnico? Qual a carga
horária? Quando?
b- Mesmo sem exigência legal pela profissão alvo, a escola considera necessária a sua inclusão no currículo de forma-
72 ção como requisito à habilitação? É necessário, mesmo com as práticas presentes permanentemente na formação?
a- Como vamos organizar o processo de aprendizagem? Quais as estratégias pedagógicas que utilizaremos para os
alunos aprenderem? Quais os recursos didáticos necessários e mais apropriados? Qual(is) a(s) melhor(es) sequências
ou rede para a aprendizagem?
b- Como vamos corrigir rumos? Como vamos organizar o ensino?
a- Qual o tempo estimado/necessário para o desenvolvimento das competências alvo, através do processo de aprendi-
zagem proposto?
b- Qual a melhor forma de organização dos ambientes para o desenvolvimento do processo de aprendizagem
desenhado?
c- Como será a divisão de tempo entre os professores, considerando a dinâmica do processo proposto e o perfil de cada
um dos professores?
d- Haverá necessidade de redimensionamento/redistribuição ou de incorporação eventual de colaboradores externos?
e- Que ações de desenvolvimento da equipe deverão ser empreendidas para valorizar a organização curricular
desenhada?
f- Quantos alunos simultaneamente terão acesso a cada módulo?
Guia de Legislação Profissional
Apresentação
Neste anexo, apresentamos na íntegra os documentos de exercício profissional anteriormente listados, subdivididos
por área e subárea de formação de nível técnico.
Encontram-se disponibilizados no enedereço eletrônico do Senado Federal ou, quando se trata de pareceres e
normas dos órgãos profissionais, nos seus respectivos sites.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - o parágrafo único do art. 23 da Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986, passa a vigorar com a seguinte
redação:
Parágrafo único – “É assegurado aos atendentes de enfermagem, admitidos antes da vigência desta Lei, o
exercício das atividades elementares da enfermagem, observado o disposto em seu artigo 15”.
Art. 1º - É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta Lei.
Art. 2º - A Enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilita-
das e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Parágrafo único – A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo
Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação.
Art. 3º - O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programa-
ção de Enfermagem.
Art. 5º - (vetado)
§ 1º - (vetado)
§ 2º - (vetado)
Parágrafo único – às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º desta Lei incumbe, ainda:
a)assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distócias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessárias.
Art. 12º - O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho
de Enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a)participar da programação da assistência de Enfermagem;
b) executar ações assistenciais de Enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro, observado o disposto no
Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 13º - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços
auxiliares de Enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de
tratamento, cabendo-lhe especialmente:
76 a)observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
b) executar ações de tratamento simples;
c) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
d) participar da equipe de saúde.
Art. 15º - As atividades referidas nos arts. 12 e 13 desta Lei, quando exercidas em instituições de saúde, públicas e priva-
das, e em programas de saúde, somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro.
Art. 20º - Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito
Federal e dos Territórios observarão, no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de Enfermagem, de
todos os graus, os preceitos desta Lei.
Parágrafo único – Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à harmonização das situações
já existentes com as disposições desta Lei, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Art. 23º - O pessoal que se encontra executando tarefas de Enfermagem, em virtude de carência de recursos humanos
de nível médio nesta área, sem possuir formação específica regulada em lei, será autorizado, pelo Conselho Federal de
Enfermagem, a exercer atividades elementares de Enfermagem, observado o disposto no Art. 15 desta Lei.
Parágrafo único – A autorização referida neste artigo, que obedecerá aos critérios baixados pelo Conselho Federal de
Enfermagem, somente poderá ser concedida durante o prazo de 10 (dez) anos, a contar da promulgação desta Lei.
Art. 25º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua
publicação.
Art. 2º - As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programação.
III – o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. 2º. Da Lei nº 2.604, de 17 de setembro
de1955, expedido até a publicação da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961;
IV – o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem, expedido até 1964 pelo Serviço
Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de
Saúde nas Unidades da Federação, nos termos do Decreto-lei nº 23.774, de 22 de janeiro de 1934, do Decreto-lei
nº 8.778, de 22 de janeiro de 1946, e da Lei nº 3.640, de 10 de outubro de 1959;
V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem, nos termos do Decreto-lei nº 299, de 28 de fevereiro de 1967;
VI – o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país,
registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar
de Enfermagem.
Art. 11º - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares, de nível médio atribuídas à equipe de
Enfermagem, cabendo-lhe:
I – preparar o paciente para consultas, exames e tratamentos;
II – observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, ao nível de sua qualificação;
III – executar tratamentos especificamente prescritos, ou de rotina, além de outras atividades de Enferma-
gem, tais como:
a)ministrar medicamentos por via oral e parenteral;
b)realizar controle hídrico;
c)fazer curativos;
d) aplicar oxigenoterapia, nebulização, enteroclisma, enema e calor ou frio;
e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas;
f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis;
g) realizar testes e proceder à sua leitura, para subsídio de diagnóstico;
h) colher material para exames laboratoriais;
i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios;
j) circular em sala de cirurgia e, se necessário, instrumentar;
l) executar atividades de desinfecção e esterilização.
IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança, inclusive:
a)alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se;
b) zelar pela limpeza e ordem do material, de equipamentos e de dependência de unidades de saúde.
V – integrar a equipe de saúde;
VI – participar de atividades de educação em saúde, inclusive:
Guia de Legislação Profissional
Art. 15º - Na administração pública direta e indireta, federal, estadual, municipal, do Distrito Federal e dos
Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação de pessoal de
Enfermagem, de todos os graus, a prova de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Parágrafo único – Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão, em articulação com o
Conselho Federal de Enfermagem, as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes com as disposi-
ções deste Decreto, respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários.
Resolução COFEN-197/97
Estabelece e reconhece as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do profissional de
Enfermagem.
O Conselho Federal de Enfermagem, no uso de sua competência estipulada no artigo 8º, inciso IV da Lei n.º
5.905, de 12 de julho de 1973, combinado com o artigo 16, incisos IV e XIII do Regimento da Autarquia, apro-
vado pela Resolução-COFEN 52/79; CONSIDERANDO o que estabelece a Constituição Federal no seu artigo 1º
incisos I e II, artigo 3º, incisos II e XIII; CONSIDERANDO o Parecer Normativo do COFEN n.º 004/95, aprovado
Guia de Legislação Profissional
na 239ª Reunião Ordinária, realizada em 18.07.95, onde dispõe que as terapias alternativas (Acupuntura,
Iridologia, Fitoterapia, Reflexologia, Quiropraxia, Massoterapia, dentre outras), são práticas oriundas, em sua
maioria, de culturas orientais, onde são exercidas ou executadas por práticos treinados assistematicamente e
repassados de geração em geração não estando vinculados a qualquer categoria profissional; e, CONSIDERAN-
DO deliberação do Plenário, em sua 254ª Reunião Ordinária, bem como o que consta do PAD-COFEN-247/91;
RESOLVE:
Art. 1º - Estabelecer e reconhecer as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do profissional
de Enfermagem.
Art. 2º - Para receber a titulação prevista no artigo anterior, o profissional de Enfermagem deverá ter concluído
e sido aprovado em curso reconhecido por instituição de ensino ou entidade congênere, com uma carga horária
mínima de 360 horas.
Art. 3º - A presente Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em
contrário. 81
Resolução COFEN-226/2000
Dispõe sobre o Registro para especialização de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem.
Art. 1º- Reconhecer a especialização do profissional de enfermagem de nível técnico, atendidos os pré-requisitos
mínimos de escolaridade, conteúdos e carga horária.
Art. 2º- O reconhecimento da especialização será efetivado mediante o registro do título certificado por Instituição
de Ensino, legalmente credenciada, pelo Órgão Educacional Estadual.
Art. 3º- O registro de Título de Especialista será efetuado mediante a apresentação de Certificado ou Diploma,
cujo funcionamento do curso de especialização tenha sido autorizado pelo órgão competente do Sistema de Ensino e
inserido no Cadastro Nacional de Cursos de Educação Profissional de Nível Técnico.
Art. 4º- O título de especialização conferido ao Profissional de Enfermagem de nível técnico será registrado, median-
te anotação, na Carteira de Identidade Profissional pelo COREN que jurisdiciona sua área de atuação, e pelo COFEN,
no respectivo Título apresentado.
82
Art. 5º- Esta Resolução entra em vigor, na data de sua publicação na Imprensa Oficial, revogando as disposições
em contrário.
Resolução COFEN-238/2000
Fixa normas para qualificação em nível médio de Enfermagem do Trabalho e dá outras providências.
Capítulo I • Qualificação
Art. 1º - Fica instituída na área dos Conselhos de Enfermagem a qualificação específica em nível médio em Enferma-
Guia de Legislação Profissional
gem do Trabalho, a ser atribuída aqueles que preencham os requisitos estipulados nesta Resolução.
Art. 2º - Será qualificado, especificamente em Enfermagem do Trabalho em nível médio, o Técnico de Enfermagem
e o Auxiliar de Enfermagem que atenderem o Parecer MEC-CEGRAU-718/90, publicado no D.ºU. em 13.09.90 e os que
anteriormente seguiram a legislação específica determinada pelo MTPS.
Parágrafo único – Após obter a qualificação específica de que trata o Art. Anterior, o profissional terá
ANOTADA essa qualificação na respectiva Carteira de Identidade Profissional, no COREN de sua jurisdição, e sua
titulação será registrada.
Art. 3º - Compete ao profissional de Enfermagem de nível médio qualificado em Enfermagem do Trabalho, de acor-
do com o Art. 15, da Lei nº 7.498/86, publicada no D.ºU. de 25.06.86, e do Decreto nº 94.406, Art. 13, desempenhar
suas atividades sob orientação, supervisão e direção do Enfermeiro do Trabalho.
83
Parágrafo único – As empresas só poderão contratar um Enfermeiro generalista, em substituição ao especialista Enfermeiro
do Trabalho, determinado pela Portaria nº 3.214/78 do MTPS, N.R-4 Quadro II, que trata do dimensionamento de pessoal para os
serviços especializados de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), quando não houver o profissional comprovado oficialmente
junto ao COREN de sua jurisdição, através de solicitação anual de uma listagem dos profissionais, por escrito.
Art. 4º - A qualificação específica em Enfermagem do Trabalho de nível médio poderá ser obtida pelo Técnico de
Enfermagem e pelo Auxiliar de Enfermagem.
Parágrafo único – Farão jus à anotação da Carteira de Identidade Profissional da qualificação de Auxiliar
de Enfermagem do Trabalho e Técnico de Enfermagem do Trabalho, os profissionais que:
I – No caso do Técnico de Enfermagem:
a) Fica autorizado o registro, como Técnico de Enfermagem do Trabalho, ao Profissional que concluir o Curso
de “estudos adicionais” para Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, até dezembro de 2001;
b) Após 31.12.2001, somente farão jús a anotação da qualificação específica como Técnico de Enfermagem do
Trabalho, os profissionais que concluirem o curso de “estudos adicionais” em Enfermagem do Trabalho, de
acordo com o Parecer CEGRAU-CFE Nº 718/90 publicado no Diário Oficial da União em 13.09.90.
II – No caso de Auxiliar de Enfermagem, farão jus à anotação na carteira de identidade profissional da qualifica-
ção de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho:
a) Aqueles que apresentarem certificados de conclusão do curso de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
realizado em convênio com a Fundacentro até 31.12.86;
b) Os Auxiliares de Enfermagem do Trabalho que concluiram seus cursos regulares de Auxiliar de Enferma
gem do Trabalho em entidades reconhecidas pelo CEE, até 31.12.90;
c) Após 31.12.90, os Auxiliares de Enfermagem que concluíram o curso de Auxiliar de Enfermagem do Traba-
lho, conforme parecer MEC/CEGRAU nº718/90 publicado no D.ºU. de 13.09.90.
Art. 5º - A solicitação da qualificação específica em Enfermagem do Trabalho de nível médio poderá ser obtida pelo
Técnico de Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem mediante:
a) Requerimento próprio, fornecido pelo respectivo COREN;
b) Cópia da cédula de identidade;
c) Certificado original de conclusão do curso de Auxiliar de Enfermagem do Trabalho ou de curso de Técnico
de Enfermagem do Trabalho, acompanhado do Histórico Escolar, carga horária e conceito, seguindo o Art. 4º e
Parágrafo único desta Resolução.
d) Carteira de identidade profissional de Técnico de Enfermagem ou de Auxiliar de Enfermagem.
Guia de Legislação Profissional
Art. 6º - O pedido de outorga de qualificação específica em Enfermagem do Trabalho em nível médio, e a conse-
qüente anotação pelo COREN, nos casos previstos nesta Resolução, será dirigido ao Presidente do COFEN, e obrigato-
riamente, encaminhado ao COREN da jurisdição do requerente.
Parágrafo único – O título de que trata esta Resolução será anotado no certificado de formação básica do requerente
e registrado em livro específico do COFEN. A anotação da qualificação específica será também anotada em livro
específico do COREN de sua jurisdição, e na Carteira de Identidade Profissional.
Art. 7 º - O decisório sobre o pedido de qualificação é da competência do Plenário do COFEN, podendo ocorrer “ad referendum”.
Art. 8º - A anotação da qualificação de que trata esta Resolução será concedida mediante o pagamento de taxas a
serem estabelecidas pelo COREN.
Art. 9º - Os casos omissos serão resolvidos pelo COFEN.
84
Art. 10º - Este ato resolucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrá-
rio, em especial, as Resoluções COFEN-132/91, 187/95 e 215/98.
Art 1º - O exercício da profissão de Massagista só é permitido a quem possua certificado de habilitação expedido e
registrado pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina após aprovação, em exame, perante o mesmo órgão.
Art 2º - O massagista devidamente habilitado, poderá manter gabinete em seu próprio nome, obedecidas as seguintes
normas:
1 - a aplicação da massagem dependerá de prescrição médica, registrada a receita em livro competente e arquivada
no gabinete;
2 - somente em casos de urgência, em que não seja encontrado o médico para a prescrição de que trata o item
anterior, poderá ser esta dispensada; 85
3 - será, somente, permitida a aplicação de massagem manual, sendo vedado o uso de aparelhagem mecânica ou
fisioterápica;
4 - a propaganda dependerá de prévia aprovação da autoridade sanitária fiscalizadora.
Art 4º- A infração do disposto na presente Lei é punível, sem prejuízo das penas criminais cabíveis na espécie:
a) com o fechamento do consultório e recolhimento do respectivo material ao depósito público, onde será vendido,
judicialmente, por iniciativa da autoridade competente;
b) com a multa de Cr$2.000,00 (dois mil cruzeiros) a Cr$5.000,00 (cinco mil cruzeiros), conforme a natureza de
transgressão, a critério da autoridade autuante.
Parágrafo único. A multa de que trata a alínea b dêste artigo será aplicada em dôbro a cada nova infração.
Art 5º - Os processos criminais decorrentes da transgressão do disposto nesta Lei, serão instaurados pelas autoridades
competentes, mediante solicitação do órgão fiscalizador nas Justiças do Distrito Federal, dos Estados e Territórios.
Art 6º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Lei Nº 7.394, de 29 de outubro de 1985
Regula o Exercício da Profissão de Técnico em Radiologia, e dá outras providências.
O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Os preceitos desta Lei regulam o exercício da profissão de Técnico em Radiologia, conceituando-se como tal
todos os Operadores de Raios X que, profissionalmente, executam as técnicas:
I – radiológica, no setor de diagnóstico;
II – radioterápica, no setor de terapia;
III – radioisotópica, no setor de radioisótopos;
86 IV – industrial, no setor industrial;
V – de medicina nuclear.
Art. 3º - Toda entidade, seja de caráter público ou privado, que se propuser instituir Escola Técnica de Radiologia,
deverá solicitar o reconhecimento prévio (vetado).
Art. 4º - As Escolas Técnicas de Radiologia só poderão ser reconhecidas se apresentarem condições de instalação
satisfatórias e corpo docente de reconhecida idoneidade profissional, sob a orientação de Físico Tecnólogo, Médico
Especialista e Técnico em Radiologia.
§ 1º - Os programas serão elaborados pela autoridade federal competente e válidos para todo o Território
Nacional, sendo sua adoção indispensável ao reconhecimento de tais cursos.
§ 2º - Em nenhuma hipótese poderá ser matriculado candidato que não comprovar a conclusão de curso em
nível de 2º Grau ou equivalente.
§ 3º - O ensino das disciplinas será ministrado em aulas teóricas, práticas e estágios a serem cumpridos, no
último ano do currículo escolar, de acordo com a especialidade escolhida pelo aluno.
Art. 5º - Os centros de estágio serão constituídos pelos serviços de saúde e de pesquisa físicas, que ofereçam condi-
ções essenciais à prática da profissão na especialidade requerida.
Art. 7º - As Escolas Técnicas de Radiologia existentes, ou a serem criadas, deverão remeter ao órgão competente
(vetado), para fins de controle e fiscalização de registros, cópia da ata relativa aos exames finais, na qual constem os
nomes dos alunos aprovados e as médias respectivas.
Guia de Legislação Profissional
Art. 8º - Os diplomas expedidos por Escolas Técnicas de Radiologia, devidamente reconhecidos, têm âmbito nacio-
nal e validade para o registro de que trata o inciso II, do Art. 2, desta Lei.
Parágrafo único - Concedido o diploma, fica o Técnico em Radiologia obrigado a registrá-lo, nos termos desta Lei.
Art. 9º - (Vetado).
Art. 10º - Os trabalhos de supervisão das aplicações de técnicas em radiologia, em seus respectivos setores, são da
competência do Técnico em Radiologia.
Art. 11- Ficam assegurados todos os direitos aos denominados Operadores de Raios-X, devidamente registrados no
órgão competente (vetado), que adotarão a denominação referida no Art. 1º desta Lei.
§ 1º - Os profissionais que se acharem devidamente registrados na Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de
Medicamentos – DIMED, não possuidores do certificado de conclusão de curso em nível de 2º Grau, poderão ma-
tricular-se nas escolas criadas, na categoria de ouvinte, recebendo, ao terminar o curso, certificado de presença,
observadas as exigências regulamentares das Escolas de Radiologia.
§ 2º - Os dispositivos desta Lei aplicam-se, no que couber, aos Auxiliares de Radiologia que trabalham com 87
câmara clara e escura.
Art. 12 – Ficam criados o Conselho Nacional e os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (vetado), que
funcionarão nos mesmos moldes dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina, obedecida igual sistemática para sua
estrutura, e com as mesmas finalidades de seleção disciplinar e defesa da classe dos Técnicos em Radiologia.
Art. 13 – (Vetado).
Art. 14 – A jornada de trabalho dos profissionais abrangidos por esta Lei será de 24 (vinte e quatro) horas sema-
nais (vetado).
Art. 15 – (Vetado).
Art. 16 – O salário-mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no Art. 1º desta Lei, será equiva-
lente a 2 (dois) salários-mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento)
de risco de vida e insalubridade.
Art. 17 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias.
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Decreto Nº 92.790, de 17 de junho de 1986
Regulamenta a Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985, que regula o exercício da profissão de Técnico em Radiologia e
dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe confere o art. 81, item III, da Constituição, e tendo em
vista o disposto no art. 17 da Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985,
DECRETA:
Guia de Legislação Profissional
Art . 1º – O exercício da profissão de Técnico em Radiologia fica regulado pelo disposto neste decreto, nos termos
da Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985.
Art . 4º – Para se instalarem, as Escolas Técnicas de Radiologia precisam ser previamente reconhecidas pelo
Ministério da Educação.
Art . 5º – As Escolas Técnicas de Radiologia só poderão ser reconhecidas se apresentarem condições de instalação
satisfatórias e corpo docente de reconhecida idoneidade profissional, sob a orientação de Físico Tecnólogo, Médico
Especialista e Técnico em Radiologia.
§ 1º - Os programas serão elaborados pelo Conselho Federal de Educação e válidos para todo o território nacio-
nal, sendo sua adoção indispensável ao reconhecimento de tais cursos.
§ 2º - Em nenhuma hipótese poderá ser matriculado candidato que não comprovar a conclusão de curso de nível
de 2º grau ou equivalente.
§ 3º - O ensino das disciplinas será ministrado em aulas teóricas, práticas e estágios a serem cumpridos, no
último ano do currículo escolar, de acordo com a especialidade escolhida pelo aluno.
Art . 6º – Os centros de estágio serão constituídos pelos serviços de saúde e de pesquisa físicas, que ofereçam
condições essenciais à prática da profissão na especialidade requerida.
Art . 8º – As Escolas Técnicas de Radiologia existentes, ou a serem criadas, deverão remeter ao Conselho Federal de
Educação, para fins de controle e fiscalização de registros, cópia da ata relativa aos exames finais, na qual constem os
nomes dos alunos aprovados e as médias respectivas.
Art . 9º– Os diplomas expedidos por Escolas Técnicas de Radiologia, devidamente reconhecidas, têm âmbito nacio-
nal e validade para o registro de que trata o item II do art. 3º deste decreto.
Parágrafo único - Concedido o diploma, fica o Técnico em Radiologia obrigado a registrá-lo, nos termos deste
decreto.
Art . 10º – Os trabalhos de supervisão da aplicação de técnicas em radiologia, em seus respectivos setores, são da
Guia de Legislação Profissional
Art . 11º – Ficam assegurados todos os direitos aos denominados Operadores de Raios X, devidamente registrados
na Delegacia Regional do Trabalho, os quais adotarão a denominação referida no art. 1º deste decreto.
§ 1º- Os profissionais que se acham devidamente registrados na Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de
Medicamentos – DIMED, não-possuidores do certificado de conclusão de curso em nível de 2º grau, poderão ma-
tricular-se nas escolas criadas, na categoria de ouvinte, recebendo, ao terminar o curso, certificado de presença,
observadas as exigências regulamentares das Escolas de Radiologia.
§ 2º - Os dispositivos deste decreto aplicam-se, no que couber, aos Auxiliares de Radiologia que trabalham com
câmara clara e escura.
Art . 12º – Os Conselhos Nacional e Regionais de Técnicos em Radiologia, criados pelo art. 12 da Lei nº 7.394, de
29 de outubro de 1985, constituem, em seu conjunto, uma autarquia, sendo cada um deles dotado de personalidade
jurídica de Direito Público.
Art . 13º – O Conselho Nacional e os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia são os órgãos supervisores da 89
ética profissional, visando ao aperfeiçoamento da profissão e à valorização dos profissionais.
Art . 14º – O Conselho Nacional, ao qual ficam subordinados os Conselhos Regionais, terá sede no Distrito Federal
e jurisdição em todo o território nacional.
§ 1º - Os Conselhos Regionais terão sede nas Capitais dos Estados, Territórios e no Distrito Federal.
§ 2º - A jurisdição de um Conselho Regional poderá abranger mais de um Estado, se as conveniências assim
o indicarem.
Art . 15º – O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia compor-se-á de nove membros, eleitos juntamente com
outros tantos suplentes, todos de nacionalidade brasileira.
Parágrafo único - A duração dos mandatos dos membros do Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia será
de cinco anos.
Art . 17º – A diretoria do Conselho Nacional de Técnico de Radiologia será composta de presidente, secretário e
tesoureiro.
Art . 18º – O presidente, o secretário e o tesoureiro residirão no Distrito Federal durante todo o tempo de seus
mandatos.
Art . 20º – A eleição para o primeiro Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia será promovida pela Federação
das Associações dos Técnicos em Radiologia dos Estados do Brasil.
Parágrafo único - A eleição efetuar-se-á por processo que permita o exercício do voto a todos os profissionais
inscritos, sem que lhes seja necessário o afastamento do seu local de trabalho.
Art . 21º – Enquanto não for elaborado e aprovado, pelo Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia, o código de
ética profissional, vigorará o Código de Ética do Técnico em Radiologia, elaborado e aprovado, por unanimidade, na
Assembléia Geral Ordinária da Federação das Associações dos Técnicos em Radiologia dos Estados do Brasil, em 10 de
julho de 1971.
Art . 22º – Os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia compor-se-ão de nove membros, eleitos juntamente
com outros tantos suplentes, todos de nacionalidade brasileira.
Parágrafo único - Os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia serão organizados à semelhança do
90 Conselho Nacional.
Art . 25º – As penas disciplinares aplicáveis pelos Conselhos Regionais aos seus membros são as seguintes:
I - advertência confidencial em aviso reservado;
II - censura confidencial em aviso reservado;
III - censura pública;
IV - suspensão do exercício profissional até trinta dias;
V - cassação do exercício profissional, ad referendum, do Conselho Nacional.
Art . 27º – Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, no prazo de trinta dias, contados da ciência,
para o Conselho Nacional.
Art . 28º – Além do recurso previsto no artigo anterior, não caberá qualquer outro de natureza administrativa.
Art . 29º – O voto é pessoal e obrigatório em toda eleição, salvo doença ou ausência comprovadas plenamente.
§ 1º - As deliberações serão tomadas por maioria de votos dos presentes.
§ 2º - Os radiologistas que se encontrem fora da sede das eleições por ocasião destas poderão dar seu voto em
dupla sobrecarta, opaca, fechada e remetida pelo correio, sob registro, por ofício com firma reconhecida, ao
Presidente do Conselho Regional.
§ 3º - Serão computadas as cédulas recebidas, com as formalidades do parágrafo precedente, até o momento
em que se encerre a votação. A sobrecarta maior aberta pelo Presidente do Conselho, que depositará a sobrecarta
menor na urna, sem violar o segredo do voto.
§ 4º - As eleições serão anunciadas no órgão oficial e em jornal de grande circulação, com trinta dias de antecedência.
Art . 30º – A jornada de trabalho dos profissionais abrangidos por este decreto será de vinte e quatro horas
semanais. 91
Art . 31º – O salário mínimo dos profissionais, que executam as técnicas definidas no art. 1º deste decreto, será
equivalente a dois salários mínimos profissionais da região, incidindo sobre esses vencimentos quarenta por cento de
risco de vida e insalubridade.
Art.1º- Instituir e normatizar as atribuições exclusivas do Técnico e Tecnólogo em Radiologia na área de radiologia industrial.
Art.2º- Compete aos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia na especialidade de Radiologia Industrial:
I- Acionar e operar os equipamentos geradores de imagem;
II- Manipular filmes radiográficos;
III- Revelar filmes radiográficos;
IV- Produzir laudos pela interpretação das imagens geradas.
Art.2º- Compreende-se como setores de diagnóstico por imagem ,nas diversas áreas do conhecimento, as especialidades de:
a) radiologia convencional;
b) mamografia;
c) hemodinâmica;
d) tomografia computadorizada;
e) densitometria óssea;
f) radiologia odontológica;
g) ressonância magnética nuclear;
h) ultra-sonografia;
i) litotripsia.
92 2.1.5. Subárea de Nutrição e Dietética
Resolução CFN N.º 227/99
Dispõe Sobre o Registro e Fiscalização Profissional de Técnicos da Área de Alimentação e Nutrição, e dá outras providências.
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), no uso das competências previstas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de
1978, no Decreto n.º 84.444, de 30 de janeiro de 1980 e na Lei n° 8.234, de 17 de setembro de 1991;
Considerando, que o então Conselho Federal de Educação, em 5 de dezembro de 1974, no Processo CFE n° 5.115/73,
pelo Parecer CFE n° 4.089/74 - CEPSG, aprovou a Habilitação Profissional de Técnico em Nutrição e Dietética, fixando
as matérias profissionalizantes e carga horária, além de indicar o campo de ocupação dos egressos dos novos cursos;
Considerando, que não obstante os egressos dos cursos técnicos submetam-se à formação regular conforme a legisla-
ção de ensino brasileira, inexiste norma específica disciplinando a atuação dos profissionais;
Considerando, que a Alimentação e a Nutrição constituem área de conhecimento científico, relacionada com a saúde
humana, na qual atuam profissionais de formação superior e de nível técnico, atuação essa que pode e deve fazer-se
de forma conjunta em proveito da melhoria da qualidade de vida das pessoas;
Considerando, que a orientação, disciplina, coordenação e fiscalização desse exercício profissional compete ao Conse-
lho Federal de Nutricionistas, que deve assumir a função fiscalizatória na área de Alimentação e Nutrição, fazendo-o
em proveito de toda a comunidade, inferindo-se atribuição bastante para tal no Artigo 9°, Incisos II, III e XII da Lei n°
6.583, de 20 de outubro de 1978;
Considerando, que o registro e a fiscalização profissional dos Técnicos na área de Alimentação e Nutrição já foi admiti-
do nos Conselhos Regionais de Nutricionistas, o que fora objeto da Resolução CFN n° 57, de 12 de fevereiro de 1985;
Considerando, que o Poder Judiciário tem, reiteradamente, reconhecido o direito dos técnicos com formação na área
de Alimentação e Nutrição obterem o registro nos Conselhos Regionais de Nutricionistas, dando provimento aos
pedidos, o que tem obrigado à aceitação de tais registros;
Resolve:
Art. 1º - O exercício da profissão de Técnico na área de Alimentação e Nutrição será permitido exclusivamente aos
profissionais inscritos nos Conselhos Regionais de Nutricionistas, cabendo a estes órgãos exercer a fiscalização do
exercício profissional.
Art. 2º - São considerados Técnicos na área de Alimentação e Nutrição os egressos dos cursos técnicos que atendam
às disposições da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, ou dos cursos de 2º grau ou de nível médio, de acordo com
a legislação anterior.
II. - possua diploma de Técnico de 2º grau ou de nível médio, ou certificado equivalente, expedido na forma de legisla-
ção anterior à Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
III. - possua diploma equivalente, obtido no exterior, revalidado e registrado no Brasil, conforme a legislação própria.
Art. 4º - Até que o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) baixe a resolução prevista no Artigo 17 desta Reso-
lução, os Técnicos de Alimentação e Nutrição poderão exercer as seguintes atribuições previstas no Parecer CFE n.º
4089/74-CEPSG:
I – prestar assistência relacionada com a sua especialidade ao Nutricionista, em especial:
1. controle técnico do serviço de alimentação (compras, armazenamento, custos, quantidade, qualidade,
aceitabilidade, etc);
2. coordenação e supervisão do trabalho do pessoal do serviço de alimentação (verificação inclusive de teor
de cocção dos alimentos);
3. supervisão da manutenção dos equipamentos e do ambiente;
4. estudos do arranjo físico do setor;
5. treinamento do pessoal do serviço de alimentação;
6. divulgação de conhecimentos sobre alimentação correta e da utilização de produtos alimentares (educação 93
alimentar);
7. pesquisas em cozinha experimental, em laboratórios bromatológicos e de tecnologia alimentar.
II – responsabilizar-se pelo acompanhamento e confecção de alimentos;
III – orientar, coordenar e controlar a execução técnica de trabalho relacionado com Nutrição e Dietética, no que
diz respeito ao controle de qualidade dos alimentos, ao seu correto armazenamento e a sua cocção;
IV – opinar na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;
V – responsabilizar-se por projeto de sua especialidade, desde que compatível com sua formação profissional.
Parágrafo Único - Nenhum Técnico da área de Alimentação e Nutrição poderá desempenhar atividades além
daquelas que lhe competem pelas características de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos
das disciplinas que contribuem para sua formação profissional.
Art. 5º - Aos Técnicos da área de Alimentação e Nutrição são aplicáveis, no que couber, as disposições e procedi-
mentos concernentes à inscrição definitiva, provisória ou secundária, transferência, cancelamento, anuidades, taxas e
emolumentos, multas, penalidades, Código de Ética e quaisquer outros previstos na Lei n.º 6.583, de 1978, no Decreto
n.º 84.444, de 1980, e nas Resoluções do Conselho Federal de Nutricionistas.
Art. 6º - As anuidades devidas pelos Técnicos da área de Alimentação e Nutrição corresponderão a 50% (cinqüenta
por cento) dos valores fixados para os profissionais de nível superior.
Art. 7º - O requerimento de inscrição será dirigido ao Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas que jurisdi-
cione o domicílio do requerente, e conterá os seguintes dados:
I - nome completo;
II - nacionalidade;
III - data e local de nascimento;
IV. - filiação;
V - endereço residencial e profissional;
VI - título constante do diploma ou certificado;
VII - data da expedição do diploma ou certificado; e
VIII - nome e localização do estabelecimento de ensino ou do órgão expedidor do diploma ou certificado.
Parágrafo Único - Havendo dúvida quanto à documentação o processo será remetido, para apreciação prévia,
ao Conselho Regional de Nutricionistas da Região onde esteja localizado o estabelecimento de ensino expedidor do
diploma ou certificado, ou do local onde o profissional tenha exercido atividades por mais de 5 (cinco) anos.
Art. 9º - A inscrição decorrente de formação no estrangeiro deverá atender, ainda, às seguintes exigências:
a) os documentos em língua estrangeira, devidamente legalizados, deverão estar traduzidos para o vernáculo, por
tradutor público juramentado;
b) apresentação de prova de autorização para permanência definitiva no país, quando estrangeiro.
Art. 10º – O Conselho Regional de Nutricionistas fará a inscrição dos Técnicos da área de Alimentação e Nutrição,
94 em livro próprio, conferindo-lhes número de registro, seguido de uma barra e da letra “T”, discriminando ainda o
título do inscrito.
Parágrafo Único - Ao profissional inscrito na forma da presente Resolução será fornecida Carteira de Identidade
Profissional de Técnico da área de Alimentação e Nutrição e Cartão de Identificação termoplástico, confeccionados,
distribuídos e controlados pelo Conselho Federal de Nutricionistas, conforme modelos aprovados pelo seu Plenário.
Art. 11º - A nenhum Técnico da área de Alimentação e Nutrição será expedida mais de uma Carteira Profissional ou
Cédula de Identidade, exceto quando se tratar da 2ª via.
Art. 12º - O diplomado no país como Técnico da área de Alimentação e Nutrição, cujo diploma ou certificado esteja
em processamento de registro no órgão competente, poderá exercer a profissão pelo prazo de 24 (vinte e quatro)
meses, prorrogável por mais 12 (doze) meses, mediante franquia provisória, expedida pelo Conselho Regional de
Nutricionistas.
Parágrafo Único - A franquia provisória será requerida e instruída conforme o disposto nos Artigos 7º e 8º desta
Resolução, exceto o diploma, que será substituído pelo certificado de conclusão do curso ou outro documento hábil e
equivalente.
Art. 13º - O disposto nesta Resolução aplica-se às habilitações profissionais de Técnico da área de Alimentação e
Nutrição, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação.
Art. 14º - Nos trabalhos executados pelos técnicos de que trata esta Resolução é obrigatória, além de assinatura, a
menção explícita do título, do número do registro profissional e do CRN que conferiu o registro.
Art. 15º - O exercício da profissão de Técnico da área de Alimentação e Nutrição é regulado pelas mesmas normas
que regem o exercício da profissão de Nutricionistas, com as ressalvas constantes desta Resolução.
Art. 16 º- O Técnico da área de Alimentação e Nutrição, que exceder ou exorbitar das atribuições conferidas em seu
registro, incorrerá em exercício ilegal da profissão, sujeitando-se às penalidades legais.
Art. 17º - No prazo de 12 (doze) meses, renováveis por igual período, a contar da publicação desta Resolução, o
Conselho Federal de Nutricionistas, ouvidos os Conselhos Regionais de Nutricionistas, disciplinará:
I - a participação dos Técnicos da área de Alimentação e Nutrição nos órgãos colegiados dos Conselhos Federal e
Regionais de Nutricionistas;
II - a fixação das atribuições dos Técnicos da área de Alimentação e Nutrição, considerando os conteúdos dos cursos de
formação.
Guia de Legislação Profissional
Art. 18º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em
especial a Resolução CFN n.º 99, de 8 de março de 1990.
Art. 2º - Estão sujeitos à inscrição, nos Conselhos Regionais de Farmácia, os profissionais farmacêuticos, os não-
farmacêuticos quando a lei assim determina.
§ 1º - São profissionais farmacêuticos os diplomados ou graduados, em nível superior, por Instituto de Ensino Oficial
ou a este equiparado.
§ 2º - São profissionais não-farmacêuticos os práticos e oficiais de farmácia licenciados e provisionados e os auxi-
liares técnicos de laboratórios industriais farmacêuticos, laboratórios de análises clínicas e laboratórios de controle e
pesquisas relativas a alimentos, drogas, tóxicos e medicamentos, preenchidos os requisitos do Regimento Interno do
Conselho Regional de Farmácia.
§ 3º - São auxiliares técnicos os devidamente reconhecidos por curso técnico de segundo grau, conforme a regula-
mentação expedida pelo Conselho Nacional de Educação.
Art. 3º - As inscrições obedecerão a ordem numérica estabelecidas nos Conselhos Regionais e serão fixadas conforme
os seguintes quadros:
Guia de Legislação Profissional
I - Farmacêutico
II - Não-Farmacêutico:
II - A - Auxiliar Técnico de Laboratório
II - PO.1 - Prático e Oficial de Farmácia Licenciado
II - PO.2 - Prático ou Oficial de Farmácia Provisionado
§ 1º - Para inscrever-se no quadro de farmacêutico, o profissional deverá preencher requerimento padronizado e
satisfazer os seguintes requisitos:
a) ser diplomado ou graduado no curso de Bacharelado de Farmácia, Farmácia-Bioquímica ou Farmácia-Indus-
trial;
b) estar com o seu diploma devidamente registrado na competente entidade de ensino de nível superior;
c) não estar proibido de exercer a profissão farmacêutica.
§ 2º - Para inscrever-se no quadro de Auxiliar Técnico de Laboratório, o profissional deverá preencher requerimento
padronizado e satisfazer os seguintes requisitos:
a) ter capacidade civil;
b) ter diploma, certificado, atestado ou documento comprobatório da atividade profissional, devidamente
96 autorizado por lei;
c) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade profissional.
§ 3º - Para inscrever-se no quadro de Prático ou Oficial de farmácia Licenciado, o profissional deverá preencher
requerimento padronizado e satisfazer os seguintes requisitos:
a) satisfazer os requisitos de capacidade civil;
b) ter licença, certificado ou título, passado por autoridade competente;
c) não ser nem estar proibido de exercer sua atividade profissional;
§ 4º - Os profissionais farmacêutico, prático e oficial de farmácia provisionados e técnico em laboratório estão
sujeitos, no ato da inscrição, ao pagamento proporcional da anuidade.
Art. 4º - Fica sujeito à averbação, na inscrição e no registro, toda alteração de qualificação profissional e assunção
de responsabilidade técnica, bem como as alterações contratuais das pessoas jurídicas.
§ 1º - A assunção da responsabilidade técnica é conferida pelo Certificado de Regularidade fornecido pelo Conse-
lho Regional, que será cancelado na ocorrência de qualquer alteração da relação contratual entre o profissional e
a pessoa jurídica.
§ 2º - O profissional deverá comunicar ao Conselho Regional toda e qualquer alteração de que trata o parágrafo
primeiro, sob pena de incorrer norma ética.
§ 3º - Para inscrever-se no quadro de Prático ou Oficial de Farmácia Provisionado, o profissional deverá preen-
cher requerimento padronizado e satisfazer os seguintes requisitos:
a) ser provisionado pelo Conselho Regional de Farmácia, devidamente homologado pelo Conselho Federal.
b) Satisfazer as alíneas “c” e “d” do parágrafo anterior.
Capítulo II • Do Provisionamento
Art. 5º - Para o provisionamento do Prático e Oficial de Farmácia, o profissional deverá satisfazer os seguintes
requisitos:
a) ser Prático ou Oficial de Farmácia por título legalmente expedido até o dia 19 de dezembro de 1973;
b) ter sido proprietário ou co-proprietário de farmácia em 11 de novembro de 1960, através de certidão expedida
pela Junta Comercial do Estado;
c) estar em plena atividade na data em que a Lei nº 5.991/73, entrou em vigor.
Parágrafo único - Para esta resolução, considera-se título de Prático de Farmácia ou de Oficial de Farmácia
o expedido pelo órgão sanitário estadual - até 21 de maio de 1967, data esta que cessou a vigência da Portaria
nº 71, do Departamento Nacional de Saúde, ou por curso autorizado, reconhecido e fiscalizado por autoridade
educacional competente.
Art. 6º - O deferimento do provisionamento pelo Conselho Regional deverá ser homologado pelo Conselho Federal,
Guia de Legislação Profissional
Art. 7º - Fica reconhecido aos Práticos de Farmácia e Oficiais de Farmácia todos os direitos anteriormente adquiri-
dos perante os Conselhos Regionais, evidentemente os cometidos dentro das prescrições legais vigentes à época.
Art. 8º - O processo de inscrição, registro e provisionamento são sumários, conferindo ao interessado o direito da
ampla defesa e do recurso ao Conselho Federal.
Art. 9º - Autuado e numerado o processo, com as taxas devidamente pagas, será o mesmo encaminhado para um
Conselheiro Relator, e, posteriormente, apresentado na primeira reunião plenária do Conselho Regional.
Art. 10º - Em caso de caracterizada a necessidade ou interesse público, o Presidente do Conselho Regional poderá,
“ad referendum”, deferir o pedido, fundamentando sua decisão.
97
Art. 11º - A decisão do Plenário do Conselho Regional será comunicada ao interessado por via postal, com aviso de
recebimento.
Art. 12º - Da decisão do Conselho Regional caberá recurso, no prazo de 15 dias, ao Conselho Federal.
Art. 13º - Para o processo de inscrição será dispensado anexação de fotocópias dos documentos que devem ser
apresentados na entrega do requerimento.
Parágrafo único - O servidor encarregado do recebimento do requerimento deverá conferir os documentos
anotando as suas características no seu verso e os devolverá ao interessado.
Art. 14º - Para o processo de registro será necessário a juntada de cópias dos documentos autenticados dos atos
constitutivos da pessoa jurídica, e da procuração quando for o caso.
Art. 15º - A averbação na inscrição será feita na forma do disposto no parágrafo único do Art. 13, e no registro na
forma do disposto do artigo anterior.
Art. 16º - Fica instituída a inscrição provisória a ser solicitada ao Presidente do Conselho Regional de Farmácia,
com jurisdição sobre o domicílio do farmacêutico, mediante requerimento instruído com os seguintes documentos:
a) certidão expedida pela Faculdade provando que o requerente concluiu o curso e que seu diploma se encontra
em fase de emissão ou registro nos órgãos competentes;
b) fotografias tamanho 3 x 4;
Parágrafo único - No ato da entrega do requerimento deverá ser paga a taxa de registro provisório, e a anuidade.
Art. 17º - A todo profissional inscrito, de acordo com esta Seção, será entregue um cartão de registro provisório,
conforme modelo estabelecido pelo Conselho Federal.
§ 1º - A inscrição provisória será concedida pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias podendo ser renovada,
substituindo-se o respectivo cartão.
§ 2º - O prazo de validade da inscrição será mencionado expressamente em cor vermelha, do dia, mês e ano do seu
vencimento.
§ 3º - Esgotado o prazo de inscrição provisória sem que tenha sido solicitada sua renovação, ou pedido de inscrição
definitiva, o Conselho Regional de Farmácia adotará as providências necessárias para apurar e punir o eventual
exercício ilegal da profissão.
§ 4º - A substituição do cartão dependerá de requerimento instruído com prova de que o diploma ou seu registro
Guia de Legislação Profissional
Art. 18º - O Conselho Regional de Farmácia adotará as medidas necessárias para efetivo controle das inscrições
provisórias.
Art. 19º - Ao inscrito, em caráter provisório, serão conferidos todos os direitos assegurados ao profissional com
inscrição definitiva, assim como estará sujeito a todas as respectivas obrigações.
Art. 20º - As carteiras provisórias já expedidas deverão ser substituídas pelo cartão de inscrição.
Seção II • Da Inscrição Secundária
98
Art. 21º - Se o profissional exercer atividades profissionais em mais de uma região, deverá inscrever-se secundaria-
mente na nova região e pagar as anuidades que forem estabelecidas em ambos os Conselhos.
§ 1º - Na inscrição secundária, concedida a critério do Regional, o profissional deverá esclarecer em seu requerimen-
to que o pedido não implica transferência e juntar os seguintes documentos:
a) a carteira profissional para ser visada pelo Presidente do Conselho Regional;
b) certidão fornecida pelo Conselho de origem de que não possui em andamento nenhum processo de penalidades,
de cobrança de anuidade ou multas;
c) 2 fotografias de frente 3 x 4.
§ 2º - A inscrição secundária só será deferida se o profissional comprovar que pode dar assistência mínima de quatro horas
diárias em cada local de atividade, ficando, além disso, obrigado a declarar os estabelecimentos nos quais vai exercê-las.
§ 3º - Se o exercício da profissão passar a ser feito, de modo permanente, em outra jurisdição, assim se entendendo
o exercício da profissão por mais de 90 (noventa) dias na nova jurisdição, ficará obrigado a inscrever-se no respectivo
Conselho Regional de Farmácia.
Art. 22º - Do indeferimento do pedido de transferência cabe recurso ao Conselho Regional e ao próprio Conselho Federal.
Art. 23º - Todas as despesas resultantes do pedido de inscrição secundária correrão por conta do profissional.
Art. 24 º - As empresas pública e privada que exerçam as atividades abaixo discriminadas, estão obrigadas ao
registro no Conselho Regional de Farmácia:
I - Dispensação e/ou manipulação de fórmulas magistrais e de medicamentos industrializados;
II - Dispensação e/ou manipulação de produtos homeopáticos;
III - Dispensação e/ou manipulação de produtos fitorerápicos;
IV - Fabricação de produtos que tenham indicações e/ou ações terapêuticas, cosméticos, anestésicos ou auxiliares
de diagnóstico, ou capazes de criar dependência física ou psíquica;
V - Controle e/ou inspeção de qualidade, análise prévia, análise de controle e análise fiscal de produtos que
tenham destinação terapêutica, anestésica ou auxiliar de diagnósticos ou capazes de determinar dependência
física ou psíquica;
VI - Extração, purificação, controle de qualidade, inspeção de qualidade, análise prévia, análise de controle e
análise fiscal de insumos farmacêuticos de origem vegetal, animal e mineral;
VII - Comércio atacadista de medicamentos em suas embalagens originais e de insumos farmacêuticos;
VIII - Produção e controle de artefatos de látex, borracha e similares com fins de uso como preservativos;
Guia de Legislação Profissional
Art. 25º - A empresas públicas ou privadas e suas filiais que exerçam qualquer das atividades abaixo relacionadas
podem funcionar sob a Responsabilidade Técnica de Farmacêutico, e, neste caso, estão obrigadas a registrarem-se no
Conselho Regional de Farmácia:
I - Fabricação de produtos biológicos, imunoterápicos, soros, vacinas, alérgenos, opoterápicos para uso humano e
veterinário, bem como derivados do sangue;
II - Fabricação de produtos farmacêuticos para uso veterinário;
III - Fabricação de insumos farmacêuticos para uso humano ou veterinário e insumos para produtos dietéticos e
cosméticos com indicação terapêutica;
IV - Fabricação de produtos saneantes, inseticidas, raticidas, antisépticos e desinfetantes;
V - Produção de radioisótopos ou radiofármacos;
VI - Produção de conjuntos de reativos e/ou reagentes destinados às diferentes análises auxiliares do diagnóstico médico;
VII - Fabricação de produtos cosméticos sem indicações terapêuticas;
VIII - Análises Clínicas, análises químico-toxicológicas, químico-bromatológicas, químico-farmacêuticas, biológi-
cas, microbiológicas, fitoquímicas, sanitárias e outras de interesse da saúde pública;
IX - Controle, pesquisa e perícias bromatológicas e toxicológicas, da poluição atmosférica e ambiental, e trata-
mento dos despejos industriais; 99
X - Tratamento e controle de qualidade das águas de consumo humano, de indústria farmacêuticas, de piscinas,
praias e balneários;
XI - Produção de artefatos de látex para uso sanitário e médico hospitalar;
XII - Produção de fibras e de fios e tecidos naturais ou sintéticos para uso médico hospitalar;
XIII - Produção de óleos, gorduras, ceras vegetais e animais e óleos essenciais;
XIV - Fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos - inclusive mesclas;
XV - Fabricação de produtos de perfumaria;
XVI - Fabricação de sabões, detergentes e glicerina;
XVII - Fabricação de artigos de material plásticos para embalagem e acondicionamento, impressos ou não;
XVIII - Beneficiamento de café, cereais e produtos afins;
XIX - Fabricação de café, chás solúveis e seus concentrados;
XX - Fabricação de produtos de milho;
XXI - Fabricação de produtos de mandioca;
XXII - Fabricação de farinhas diversas;
XXIII - Beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares de origem vegetal;
XXIV - Preparação de refeições conservadas, conservas de frutas, legumes e outros vegetais, de especiarias e
condimentos e fabricação de doces;
XXV - Preparação de conservas de carnes e produtos de salsicharia, não processada em matadouros e frigoríficos;
XXVI - Preparação de conservas de carne - inclusive subprodutos, não mencionados;
XXVII - Preparação do pescado e fabricação de conservas do pescado;
XXVIII - Preparação do leite e fabricação de produtos de laticínios;
XXIX - Fabricação de açúcar, de álcool e derivados;
XXX - Refinação e moagem de açúcar;
XXXI - Fabricação de balas, caramelos, pastilhas, drops, bombons e chocolates - inclusive gomas de mascar;
XXXII - Fabricação de massas alimentícias e biscoitos;
XXXIII - Refinação e preparação de óleos e gorduras vegetais, produção de manteiga de cacau e de gorduras de
origem animal destinadas à alimentação;
XXXIV - Fabricação de sorvetes, bolos e/ou tortas geladas - inclusive coberturas;
XXXV - Preparação de sal de cozinha;
XXXVI - Fabricação de vinagre;
XXXVII - Fabricação de fermentos e leveduras;
XXXVIII - Fabricação de condimentos e de outros produtos alimentares, não mencionados, bem como as respecti-
vas transformações;
XXXIX - Fabricação de vinhos e derivados;
XL - Fabricação de aguardentes, licores e outras bebidas alcoólicas;
Guia de Legislação Profissional
Art. 26º - As empresas que pela Lei nº 6.839 estejam isentas de registro, mas que desenvolvam atividades que
requeiram a responsabilidade técnica de Farmacêutico, deverão comprovar no CRF da jurisdição que as mesmas são
exercidas por profissional nele inscrito.
Capítulo IV • Da Transferência
100
Art. 27º - A transferência de profissional habilitado, inscrito em seu Conselho de origem para outro, somente será
admitida através de requerimento em duas vias dirigido ao Regional do destino.
Art. 29º - Recebido o pedido, o Presidente do Conselho para o qual se destina mandará processá-lo de acordo com
as normas desta resolução, dando-lhe, porém, regime de prioridade.
Art. 30º - Deferida a inscrição pelo Presidente, “ad-referendum” do plenário, o CRF para o qual pretende se
transferir encaminhará ao Regional de origem a segunda-via do requerimento do profissional e nele consignará as
informações acessórias e necessárias aos assentamentos em seu prontuário profissional.
Parágrafo único - Não se comportará no estudo do pedido o exame do mérito da habilitação profissional
deferida pelo Conselho de origem.
Art. 31º - Na hipótese do item c do artigo 2º, o Conselho de origem fará a anotação da transferência e comunicará
o fato à empresa e ao Serviço de Fiscalização para efeito de substituição de responsabilidade técnica.
Art. 32º - A transferência será anotada na carteira profissional do requerente, na qual se consignará o número de
inscrição que lhe caberá no CRF do destino.
Parágrafo único - O processo de inscrição do profissional no Conselho de origem será anotado para efeito de
suspensão de atividades do profissional na região, sem que isso implique no cancelamento da inscrição originária,
para efeito de habilitação.
Art. 33º - O profissional mencionará, nos trabalhos técnicos-científicos que subscrever, o número da inscrição
secundária outorgado pelo Conselho do destino.
Art. 34º - Caso o profissional volte para a jurisdição do Conselho de origem, será observado o preceito do artigo 2º.
Guia de Legislação Profissional
Art. 36º - Do indeferimento do pedido de transferência cabe recurso ao Conselho Regional e ao próprio Conselho Federal.
Art. 37º - Todas as despesas resultantes do pedido de transferência correrão por conta do profissional.
Art. 38º - É válido em todo território nacional como prova de identidade, para qualquer efeito, a carteira emitida
pelos Conselhos Regionais de Farmácia, identificada como Carteira de Profissional.
Art. 39º - Aos profissionais farmacêutico, prático e oficial de farmácia provisionados e técnicos em laboratórios
inscritos no Conselho Regional de farmácia, será entregue uma Carteira Profissional numerada e anotada na respecti-
va entidade, contendo: 101
a) referência ao número de folhas nela contida;
b) expressão de validade em todo território nacional como prova de identidade, conforme prescreve a Lei
nº 6.206, de 07 de maio de 1975;
c) designação do Conselho Regional de Farmácia que a expediu;
d) nome por extenso do profissional;
e) filiação;
f) nacionalidade e naturalidade;
g) data de nascimento;
h) designação da Faculdade de Farmácia diplomadora e seu respectivo registro;
i) número de inscrição conferido pelo Conselho Regional de Farmácia;
j) data da Sessão que aprovou a inscrição;
l) espaço para outras observações, vistos e anotações;
m) termo de compromisso e assinatura do profissional;
n) retrato do profissional, de frente, de 3 x 4 cm;
o) impressão digital do polegar da mão direita;
p) assinatura do Presidente e do Secretário-Geral do Conselho Regional de Farmácia;
q) espaço para anotações de proibição e impedimento; de conferência do exercício do voto; do exercício da
profissão, permanente ou ocasional; e para pagamento de anuidades.
Art. 40º - ela expedição desta carteira será cobrada, pelo Conselho Regional de Farmácia, uma taxa corresponden-
te ao que determinava a Lei nº 6.994/82, e na forma prevista nos Arts. 26 e 27 da Lei nº 3.820/60.
Art. 42º - O modelo da Carteira Profissional será uniforme e fixado pelo Conselho Federal de Farmácia para todo o
território nacional.
Art. 43º - O profissional que desejar adquirir nova Carteira Profissional, por extravio ou dano a anterior, deverá se
dirigir por escrito ao Conselho Regional de Farmácia que emitiu a original.
Art. 44º - Quando se tratar de profissional transferido, o requerimento será encaminhado através do Conselho
Regional de Farmácia da jurisdição em que estiver exercendo a sua atividade.
Art. 45º - A nova carteira será expedida com o mesmo número da extraviada ou danificada, indicando-se, na folha
2 (dois), logo abaixo do número de inscrição, em tinta vermelha, o número da via a que corresponder, constando da
mesma todos os assentamentos da respectiva ficha, ou cadastro, do profissional.
Guia de Legislação Profissional
Art. 46º - O Certificado de Regularidade é o documento comprobatório de que o responsável técnico tem qualifi-
cação profissional para responder sobre atividade profissional farmacêutica desenvolvida por determinada empresa,
conforme especificação contida na alínea “c” do Art. 22 da Lei nº 5.991 de 17 de dezembro de 1973.
Art. 48º - O Conselho Federal de Farmácia Implanta modelo único de “Certificado de Regularidade” para as empresas
ou estabelecimentos que explorem serviços para os quais são necessárias atividades profissionais farmacêuticas.
Art. 49º - Todos os estabelecimentos farmacêuticos deverão manter afixado em local de destaque, bem visível, o
Certificado de que trata a presente Resolução.
Art. 50º - Obedecendo os parâmetros do modelo único, poderão os Conselhos Regionais utilizar-se de sistema
informatizado para expedição do Certificado.
Capítulo VII• Das Disposições Finais
102
Art. 5º - Caracteriza-se como profissional farmacêutico, sujeito a inscrição no Conselho Regional de Farmácia, o
profissional que exerce o magistério superior, ou de nível de 1º e 2º grau, de:
I - matérias privativas constantes do currículo próprio do Curso de Ciências Farmacêuticas;
II - matérias não privativas do Curso de Ciências Farmacêuticas para as quais o profissional farmacêutico esteja
habilitada, obedecida a legislação de ensino.
Art. 52º - Fica vedada a inscrição de “auxiliar de farmácia” nos Conselhos Regionais de Farmácia.
Art. 53º - Os casos omissos, referente as matérias tratadas nesta resolução, serão resolvidos pelo Plenário do
Conselho Federal de Farmácia.
Art. 54º - Ficam revogadas as Resoluções nºs 46/66, 58/68, 62/68, 104/74, 110/74, 142/78, 189/88, 198/89,
228/91 e 237/92.
Art. 1º – A verificação das condições de exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares relacionadas
diretamente com a saúde, por parte das autoridades sanitárias dos órgãos de fiscalização das Secretarias de Saúde
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais, obedecerá em todo o território nacional, ao disposto neste
Guia de Legislação Profissional
Art. 2º – Para cumprimento do disposto neste Decreto as autoridades sanitárias mencionadas no artigo anterior,
no desempenho da ação fiscalizadora, observarão os seguintes requisitos e condições:
I - Capacidade legal do agente, através do exame dos documentos de habilitação inerentes ao seu âmbito profis-
sional ou ocupacional, compreendendo as formalidades intrínsecas e extrínsecas do diploma ou certificado respec-
tivo, tais como, registro expedição por estabelecimento de ensino que funcionem oficialmente de acordo com as
normas legais e regulamentares vigentes no País e inscrição dos seus Titulares, quando for o caso, nos Conselhos
Regionais pertinentes, ou em outros órgãos competentes previstos na legislação federal básica de ensino.
II - Adequação das condições do ambiente onde se processa a atividade profissional, para a prática das ações que
visem à promoção, proteção e recuperação da saúde.
III - Existência de instalações, equipamentos e aparelhagem indispensáveis e condizentes com as suas finalidades,
e em perfeito estado de funcionamento.
IV - Meios de proteção capazes de evitar efeitos nocivos à saúde dos agentes, clientes, pacientes, e dos circunstantes.
V - Métodos ou processos de tratamento dos pacientes, de acordo com critérios científicos e não vedados por lei, e
técnicas de utilização dos equipamentos. 103
Art. 3º – A fiscalização de que trata este Decreto abrangerá todos os locais em que sejam exercidas as profissões ou
ocupações referidas no artigo 1º através de visitas e inspeções sistemáticas e obrigatórias, das autoridades sanitárias
devidamente credenciadas, abrangendo especialmente:
I - Os serviços ou unidades de saúde, tais como, hospitais, postos ou casas de saúde, clínicas em geral, unidades médico-sani-
tárias e outros estabelecimentos ou organizações afins, que se dediquem à promoção, proteção e recuperação da saúde.
II - Consultórios em geral.
III - Laboratórios de análises e de pesquisas clínicas, bem como, estabelecimentos ou organizações que se dedi-
quem a atividade hemoterápicas.
IV - Bancos de leite humano, de olhos, de sangue, e outros estabelecimentos afins, que desenvolvam atividades
pertinentes à saúde.
V - Estabelecimentos ou locais, tais como balneários, estâncias hidrominerais, termais, climatéricas, de repouso e
outros congêneres.
VI - Estabelecimentos, laboratórios, oficinas e serviços de óticas, de aparelhos ou material ótico, ortopédico, de
prótese dentária, de aparelhos ou material para uso odontológico.
VII - Institutos de esteticismo, de ginástica, de fisioterapia e de reabilitação.
VIII - Gabinete ou serviços que utilizem aparelhos e equipamentos geradores de raios X, substâncias radioativas
ou radiações ionizantes.
IX - Outros locais onde se desenvolvam atividades comerciais e industriais, com a participação de agentes que
exerçam profissões ou ocupações técnicas e auxiliares relacionadas com a saúde.
Parágrafo único. Ficam igualmente sujeitos à fiscalização pelas autoridades mencionadas no artigo 1º os órgãos
públicos civis da administração direta ou indireta e paraestatais da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Territórios e dos Municípios, onde ocorra o exercício de profissões e ocupações técnicas e auxiliares relacionadas
diretamente com a saúde.
Art. 4º – Para o cabal desempenho da ação fiscalizadora estabelecida por este Decreto as autoridades sanitárias
competentes deverão abster-se de outras exigências que impliquem na repetição, ainda que para efeito de controle,
de procedimentos não especificados neste Regulamento ou que se constituam em atribuições privativas de outros
órgãos públicos, tais como exames para aferição de conhecimentos, provas de suficiência, constituição e participação
de bancas examinadoras em cursos não reconhecidos pelos Conselhos Federal, ou Estaduais de Educação, registros de
diplomas e inscrição dos habilitados nos órgãos sanitários, sem expressa previsão de lei.
Art. 5º – Uma vez constatada infração às leis sanitárias e demais normas regulamentares pertinentes, a autoridade
competente procederá na seguinte forma:
I - Lavrará o auto de infração indicando a disposição legal ou regulamentar transgredida, assinando ao indiciado
Guia de Legislação Profissional
o prazo de 10 (dez) dias para defesa, e interditando o local, como medida cautelar, se o interesse da saúde
pública assim o exigir.
II - Instaurará o processo administrativo como prevê o Decreto-lei nº 785, de 25 de agosto de 1969.
III - Proferirá o julgamento aplicando a penalidade cabível de acordo com a natureza e a gravidade da infração
cometida, as circunstâncias atenuantes e agravantes, e os antecedentes do infrator, dentre as previstas no artigo
3º do Decreto-lei número 785, de 25 de agosto de 1969.
IV - Comunicará às respectivas autarquias profissionais a ocorrência de fatos que configurem transgressões de
natureza ética ou disciplinar da alçada das mesmas.
V - Comunicará imediatamente à autoridade policial competente, para a instauração do inquérito respectivo, a
ocorrência de ato ou fato tipificado em lei como crime ou contravenção através de expediente circunstanciado.
Art. 6º – No âmbito dos órgãos públicos ou entidades instituídas pelo Poder Público incumbe aos seus dirigentes a
verificação das condições do exercício das profissões e ocupações técnicas e auxiliares diretamente relacionadas à saú-
de de que trata este Decreto, respondendo, administrativamente, na forma das legislações a que estejam submetidos,
pelas infrações resultantes de ação ou omissão no desempenho dessas atribuições.
104
Art. 7º – O Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia do Ministério da Saúde orientará e providen-
ciará sobre a exata aplicação do disposto neste Decreto e demais normas legais e regulamentares pertinentes.
Art. 8° – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 1º - Visando à fiscalização de suas atividades, bem como à adequada supervisão, por profissionais de nível
superior, fica inserida entre as áreas de habilitação previstas no Art. 2º da Resolução nº 262, de 28 JUL 1979:
9 - Segurança do Trabalho.
9.l - Técnico em Segurança do Trabalho.
Art. 2º - Aplicam-se aos técnicos citados na presente Resolução as disposições da Resolução nº 261, de 22 JUL 1979,
bem como as demais disposições das Resoluções nº 262, de 28 JUL 1979, e 278, de 27 MAIO 1983.
Art. 1º – O exercício da profissão de Técnico em Prótese Dentária, em todo o território nacional, fica sujeito ao
disposto nesta Lei:
Art. 2º – São exigências para o exercício da profissão de que trata o art. 1º:
I - habilitação profissional, a nível de 2º grau, no Curso de Prótese Dentária;
II - inscrição no Conselho Regional de Odontologia, sob cuja jurisdição se encontrar o profissional a que se refere esta
Lei.
Parágrafo único - A exigência da habilitação profissional de que trata este artigo não se aplica aos que, até a
data da publicação desta Lei, se encontravam legalmente autorizados ao exercício da profissão.
Art. 3º – Comprovado o atendimento às exigências referidas no art. 2º desta Lei, o Conselho Regional de Odontolo-
gia conferirá, mediante prove de quitação do impôsto sindical, carteira de identidade profissional em nome do Técnico
em Prótese Dentária.
Art. 5º– Os Técnicos em Prótese Dentária pagarão ao Conselhos de Odontologia uma anuidade correspondente a
dois terços da prevista para os cirurgiões-dentistas.
Art. 6º – A fiscalização do exercício da profissão de Técnico em Prótese Dentária é da competência dos Conselhos
Guia de Legislação Profissional
Regionais de Odontologia.
Art. 7º – Incidirá sobre os laboratórios de prótese dentária a anuidade prevista pelo Conselho Regional de Odontologia.
Art. 8º – Às infrações da presente Lei aplica-se o disposto no art. 282, do Decreto-lei nº 2.848, da 7 de dezem-
bro de 1940.
Art. 9º – Dentro do prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo regulamentará esta Lei.
Art. 1º – O exercício da profissão de Técnico em Prótese Dentária, em todo o território nacional, somente será
permitido aos profissionais inscritos no Conselho Regional de Odontologia da jurisdição em que exerçam a profissão.
Art. 2º – A inscrição no órgão referido no artigo anterior será deferida ao profissional que apresentar:
a) certificado de habilitação profissional, a nível de 2º grau, no curso de Prótese Dentária, conferido por estabele-
cimento oficial ou reconhecido, ou prova de que, em 6 de novembro de 1979, se encontrava legalmente autorizado
ao exercício da profissão de Técnico em Prótese Dentária;
b) diploma ou certificado, devidamente revalidado e registrado no País, expedido por instituições estrangeiras de
ensino, cujos cursos sejam equivalentes ao mencionado na alínea a.
Parágrafo único - A prova de que trata a alínea a deste artigo refere-se ao exercício de fato da profissão de
Técnico em Prótese Dentária até o dia 6 de novembro de 1979.
Art. 3º – O Conselho Federal de Odontologia adotará Quadro à parte para a inscrição dos profissionais a que se
refere o presente Regulamento, bem como modelo de carteira de identidade profissional, de que constará, expressa-
mente, a profissão de seu portador.
Parágrafo único - A Carteira de identidade profissional terá fé pública em todo o território nacional e será
expedida, exclusivamente, pelos Conselhos Regionais de Odontologia, cabendo ao Conselho Federal o controle de sua
confecção e distribuição.
Art. 4º – Os laboratórios de prótese dentária são obrigados à inscrição no Conselho Regional de Odontologia da
jurisdição em que estejam instalados.
Art 5º – Ao laboratório de prótese dentária será fornecido, pelo Conselho Regional, certificado de inscrição, confor-
me modelo único aprovado pelo Conselho Federal.
Parágrafo único. O laboratório de prótese dentária é obrigado a manter em local visível o certificado a que se refere
este artigo.
Guia de Legislação Profissional
Art 6º – Os Conselhos Regionais de Odontologia divulgarão, em boletim ou em órgão da imprensa local, as inscri-
ções aprovadas.
Art 8º – O pagamento das anuidades ao Conselho Regional de Odontologia da respectiva jurisdição constitui
condição da legitimidade do exercício da profissão.
Art 9º– Na fixação das anuidades de Técnico em Prótese Dentária o de laboratórios de prótese dentária deverão ser
observadas as disposições da Lei nº 6.994, de 26 de maio de 1982.
Art 10º – Estão isentos de pagamento de anuidade os laboratórios de prótese dentária sujeitos à administração
federal, estadual e municipal, bem como os mantidos por entidades beneficentes ou filantrópicas.
Art. 11º – É vedado aos Técnicos em Prótese Dentária:
108 I - prestar, sob qualquer forma, assistência direta a clientes;
II - manter, em sua oficina, equipamento e instrumental específico de consultório dentário;
III - fazer propaganda de seus serviços ao público em geral.
Parágrafo único - Serão permitidas propagandas em revistas, jornais ou folhetos especializados, desde que
dirigidas aos cirurgiões-dentistas, e acompanhadas do nome da oficina, do seu responsável e do número de inscrição
no Conselho Regional de Odontologia.
Art. 12º – As infrações do presente Regulamento, aplica-se o disposto no artigo 282 do Código Penal.
Art. 13º – O exercício da profissão de Técnico em Prótese Dentária é regulado pela Lei nº 6.710, de 5 de novembro de 1979,
e, no que couber, pelas disposições da Lei nº 4.324, de 14 de abril de 1964, e do Decreto nº 68.704, de 3 de junho de 1971.
Art. 14º – O Conselho Federal de Odontologia promoverá, por intermédio dos Conselhos Regionais, o levantamento
de todos os laboratórios de prótese dentária, para a imediata inscrição das unidades e dos respectivos titulares.
Art. 15º – O Conselho Federal de Odontologia baixará as resoluções necessárias à execução deste Regulamento.
Art. 16º – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Resolução CFO-185/93
Aprova a Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia e revoga a Resolução CFO-155/84.
O Presidente do Conselho Federal de Odontologia, cumprindo deliberação do Plenário, no exercício de suas atribuições legais,
Resolve:
Art. 1º – Fica aprovada a Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos Regionais de Odontologia,
que integra esta Resolução.
Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor nesta data, independentemente de sua publicação na Imprensa Oficial.
Guia de Legislação Profissional
Orlando Limongi, CD
Secretário-geral
Requisitos:
De acordo com a Resolução CFO 185/93, poderão inscrever-se no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo:
a) O exercício das atividades privativas do técnico em prótese dentária só é permitido com a observância do
disposto na Lei 6.710, de 05 de novembro de 1979; no Decreto 87.689, de 11 de outubro de 1982.
b) Para se habilitar ao registro e à inscrição, como técnico em prótese dentária, o interessado deverá atender a 109
um dos seguintes requisitos:
Possuir diploma ou certificado de conclusão de curso de Prótese Dentária, a nível de 2º grau, conferido por estabeleci-
mento oficial ou reconhecido;
Possuir diploma ou certificado, devidamente revalidado e registrado no País, expedido por instituições estrangei-
ras de ensino.
Possuir registro no Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional, em data anterior a 06 de novembro de 1979.
Documentação:
1) Diploma original e cópia autenticada frente e verso.
2) Cópia autenticada do Histórico Escolar de conclusão do 2º grau.
3) Xerox simples do Cic, Rg, Título de Eleitor, Certidão de nascimento ou casamento e Certificado de Reservista
4) 2 fotos (2 x 2) e 1 foto (3 x 4).
5) Taxas referente à Inscrição e Anuidade.
Art. 7º – O exercício das atividades privativas do técnico em prótese dentária só é permitido com a observância do
disposto na Lei 6.710, de 05 de novembro de 1979; no Decreto 87.689, de 11 de outubro de 1982; e, nestas normas.
§ 1º- Compete ao técnico em prótese dentária:
a)executar a parte mecânica dos trabalhos odontológicos;
b)ser responsável, perante o Serviço de Fiscalização respectivo, pelo cumprimento das disposições legais que
regem a matéria;
c)ser responsável pelo treinamento de auxiliares e serventes do laboratório de prótese odontológica.
§ 2º- É vedado aos técnicos em prótese dentária:
I)prestar, sob qualquer forma, assistência direta a clientes;
II)manter, em sua oficina, equipamento e instrumental específico de consultório dentário;
III)fazer propaganda de seus serviços ao público em geral.
§ 3º - Serão permitidas propagandas em revistas, jornais ou folhetos especializados, desde que dirigidos aos cirurgi-
ões-dentistas, e acompanhadas do nome da oficina, do seu responsável e do número de inscrição no Conselho Regional
de Odontologia.
Guia de Legislação Profissional
Art. 8º – Para se habilitar ao registro e à inscrição, como técnico em prótese dentária, o interessado deverá
atender a um dos seguintes requisitos:
a)possuir diploma ou certificado de conclusão de curso de prótese dentária, a nível de 2º grau, conferido por
estabelecimento oficial ou reconhecimento;
b)possuir diploma ou certificado, devidamente revalidado e registrado no País, expedido por instituições
estrangeiras de ensino, cujos cursos sejam equivalentes ao mencionado na alínea;
c)possuir registro no Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional, em data anterior a 06 de novembro
de 1979:
d)possuir prova de que se encontrava legalmente autorizado ao exercício profissional, em 06 de novembro
de 1979.
Art. 9º – O técnico em prótese dentária deverá, obrigatoriamente, colocar o número de sua inscrição no Conselho
Regional nas notas fiscais de serviços, nos orçamentos e nos recibos apresentados ao cirurgião-dentista sob pena de
instauração de Processo Ético.
110
2.2. Área de
Turismo e Hospitalidade
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 1º – O exercício da profissão de Guia de Turismo, no território nacional, é regulado pela presente Lei.
Art. 2º – Para os efeitos desta lei, é considerado Guia de Turismo o profissional que, devidamente cadastrado no
Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), exerça atividades de acompanhar, orientar e transmitir informações a pes-
soas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas.
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 3º – (Vetado).
Art. 4º – (Vetado).
Art. 6º – (Vetado).
Art. 7º – (Vetado).
Art. 8º – (Vetado).
Parágrafo único - Este modelo único deverá diferenciar as diversas categorias de Guias de Turismo.
Art. 9º – No exercício da profissão, o Guia de Turismo deverá conduzir-se com dedicação, decoro e responsabili-
dade, zelando pelo bom nome do turismo no Brasil e da empresa à qual presta serviços, devendo ainda respeitar e
cumprir leis e regulamentos que disciplinem a atividade turística, podendo, por desempenho irregular de suas funções,
vir a ser punido pelo seu órgão de classe.
Art. 10º – Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o Guia de Turismo, conforme a gravidade da falta e seus
antecedentes, ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela Embratur: 111
a) advertência;
b) (Vetado);
c) cancelamento do registro.
Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo administrativo, no qual se
assegurará ao acusado ampla defesa.
Art. 14º – Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicação, o Poder Executivo regulamentará esta lei.
Art.1º – É considerado Guia de Turismo o profissional que devidamente cadastrado na Embratur –Instituto
Brasileiro de Turismo nos termos da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993,exerça as atividades de acompanhamento,
orientação e transmissão de informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas, municipais, estaduais,
interestaduais, internacionais ou especializadas.
* Publicado no DOU em 04/10/1993. Pág. 014782. Col. 1 Disponível em www.senado.gov.br/legbras
A Diretoria da EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo, no uso de suas atribuições legais e estatutárias e
CONSIDERANDO a competência desta Instituto em promover o cadastramento e a classificação das empresas e dos
empreendimentos dedicados às atividades turísticas, bem como a função fiscalizadora que lhe é conferida pelo inciso X,
do artigo 3º, da Lei n.º 8.181, de 28 de março de 1991;
CONSIDERANDO que compete ao Instituto a promoção da melhoria do aperfeiçoamento dos serviços oferecidos ,aos
turistas e viajantes, consoante determina o inciso XI, do retrocitado dispositivo legal;
CONSIDERANDO, finalmente, a conveniência dos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da Federação, estabelecerem
normas próprias para cadastro, classificação, controle e fiscalização de prestadores de serviços, não compreendidos na
legislação federal de turismo em vigor, como complemento a essa legislação e com o objetivo de aperfeiçoar a qualidade
do produto turístico estadual. RESOLVE :
Art. 1º - Recomendar aos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da Federação que, em complemento à. legislação
federal de turismo em vigor, estabeleçam normas próprias para cadastro, .classificação, controle e fiscalização de
prestadores de serviços, não abrangidos na referida legislação federal.
Parágrafo Único - As normas a serem estabelecidas, na forma deste artigo, deverão referir-se, prioritária e
112 especialmente, às pessoas físicas prestadoras de serviços turísticos, cuja atuação profissional, destinada a atender pecu-
liaridades específicas do patrimônio e- da infra-estrutura turísticas locais, tenha significativa implicação na qualidade
dos produtos turísticos estaduais oferecidos.
Art. 2º - Considerar-se-ão incluídos no disposto no artigo anterior, entre outras, as pessoas físicas cuja prática,
decorrente do tempo de vivência e experiência em determinado atrativo ou empreendimento turístico, próprio de certa
região, lhes permita conduzir o turista, com segurança, em seus passeios e visitas, ao local, prestando-lhes orientação
e informação específica e tornando mais atrativa sua programação.
Parágrafo Único - Estão compreendidas neste artigo as pessoas físicas que conduzam e orientam o turista em
passeios e visitas realizados no interior de determinado atrativo ou empreendimento turístico localizado:
a) na selva amazônica, pantanal, parques nacionais, ou a outros locais em equilíbrio ambiental;
b) em dunas, cavernas ou outros atrativos ecológicos específicos;
c) em locais de atrativos náuticos;
d) em empreendimento considerado de valor histórico e artístico, pelas autoridades governamentais competentes.
Art. 3º - Os prestadores de serviços turísticos, cadastrados e classificados na forma dos artigos anteriores, não pode-
rão exercer atribuições inerentes às empresas, empreendimentos e profissionais sujeitos à habilitação e à fiscalização,
pela EMBRATUR, na forma da legislação federal de turismo.
Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, os documentos indicativos de cadastro e classificação, fornecidos
pelos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unidades da Federação, serão diferenciados, em modelo e cor, daqueles expedidos
pela EMBRATUR.
Art. 4º - Os informes cadastrais dos prestadores de serviços, habilitados pelos Órgãos Oficiais de Turismo, das Unida-
des da Federação, serão por estes incluídos no banco de dados da EMBRATUR.
Art. 5º - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
Diretor de Marketing
Art. 1º - Editar normas disciplinando a operacionalização do cadastramento e a classificação dos Guias de Turismo bem
como fixar os critérios para aplicação das penalidades previstas no art. 10 da Lei nº 8.623, de 28 de janeiro de 1993.
Art. 2º - O pedido de cadastramento como Guia de Turismo de que trata o art. 3º do Decreto nº 946, de 1º de outubro
de 1993, será formulado com o preenchimento de ficha de cadastro fornecida pela EMBRATUR ou por seus órgãos ou 113
entidades delegadas, nas unidades da Federação.
§ 1º Além do atendimento dos requisitos previstos no art. 5º do Decreto nº 946, de 1993, o autor do pedido deverá
comprovar o pagamento do preço dos serviços de cadastramento cobrado pela EMBRATUR.
§ 2º Para cadastramento como Guia de Turismo, classe Excursão Internacional, será obrigatória, também, a compro-
vação, por meio de exame de proficiência ou atestado de fluência, em pelo menos uma língua estrangeira.
Art. 3º - O requerente será cadastrado na classe de Guia de Turismo para a qual estiver habilitado, desde que compro-
vada esta condição, mediante apresentação de certificado de conclusão de curso específico de educação profissional de
nível técnico, cujo plano de curso tenha sido previamente aprovado pelo órgão próprio do respectivo Sistema de Ensino,
inserido no Cadastro Nacional de cursos de Nível Técnico administrado pelo MEC, e apreciado pela EMBRATUR.
Parágrafo único - Os órgãos próprios dos sistemas de ensino poderão recorrer a EMBRATUR para prévia aprecia-
ção do plano de curso, quando for o caso.
Art. 4º - O possuidor do crachá de Guia de Turismo emitido pela EMBRATUR deverá proceder ao recadastramento para
obtenção do crachá no modelo vigente, mediante comprovação de cadastramento anterior.
§ 1º O crachá de Guia de Turismo terá validade de dois anos, contados da data de sua emissão.
§ 2º O Guia de Turismo anteriormente cadastrado na classe de Guia Local será recadastrado na classe Guia Regional;
o Guia de Excursão recadastrado como Guia de Excursão Nacional ou Internacional e o Guia Especializado em Terceira
Idade serão recadastrados na classe de Guia de Excursão Nacional ou Guia Regional, de acordo com a natureza do seu
curso de formação.
§ 3º O crachá de Guia de Turismo emitido anteriormente à edição desta Deliberação Normativa terá validade de dois anos.
§ 4º Para renovação do crachá de que trata este artigo, o interessado deverá entregar a cópia do crachá a ser substitu-
ído, duas fotos recentes, tamanho três por quatro, os comprovantes de pagamento da Contribuição Sindical, do Imposto
sobre Serviços, da Seguridade Social e do pagamento do preço dos serviços cobrados pela EMBRATUR.
Art. 5º - Para a apreciação dos planos de curso pela EMBRATUR, em atendimento ao § 1º do art. 5º do Decreto 946,
de 1993, as instituições de ensino promotoras de cursos de Qualificação, Habilitação ou Especialização profissional de
nível técnico de Guia de Turismo deverão comprovar o pagamento dos respectivos preços de serviço perante o órgão ou
entidade estadual delegada da EMBRATUR.
§ 1º As instituições de ensino de que trata este artigo deverão comunicar previamente à EMBRATUR as datas de início
e do término de cada turma, bem como encaminhar, até quinze dias corridos, contados da data de início do curso, a
relação dos alunos matriculados e, em igual período, após a conclusão do curso, a relação dos alunos aprovados, espe-
cificando nome e RG, nas duas relações encaminhadas.
§ 2º O certificado de conclusão do curso de educação profissional de nível técnico de Guia de Turismo emitido pelas
Guia de Legislação Profissional
entidades de que trata este artigo deverá conter os números do processo e do parecer de apreciação da EMBRATUR, bem
como o número do ato de aprovação do plano de curso pelo órgão próprio do respectivo sistema de ensino, sem prejuízo
do disposto no § 2º do art. 5º do Decreto nº 946, de 1993.
§ 1º Para fins de aplicação das penalidades previstas no art. 7º consideram-se infrações de natureza:
I – leve, as referidas nos incisos I a III;
II – média, as referidas nos incisos IV e V; eIII – grave, as referidas nos incisos VI a X.
§ 2º Considera-se conduta incompatível com o exercício da profissão, entre outras:
I - prática reiterada de jogo de azar, como tal definido em lei;
II - a incontinência pública escandalosa;
III - a embriaguez habitual;
IV - uso de drogas;
V - contrabando.
§ 3º Para os fins do disposto no art. 10 do Decreto nº 946, de 1993, consideram-se:
I - circunstâncias atenuantes:
a) ser o infrator primário;
b) a ausência de dolo;
c) ter o infrator adotado, de imediato, as providências pertinentes para minimizar ou reparar os efeitos do
ato lesivo; e
d) não ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do fato.
II – circunstâncias agravantes:
a) ser o infrator reincidente;
b) ter o infrator agido com dolo;
c) deixar o infrator de adotar, de imediato, as providências pertinentes para minimizar ou reparar os efeitos
do ato lesivo;
d) ter sido a ação do infrator fundamental para a consecução do ato e
e) o prejuízo causado à imagem do turismo nacional.
Art. 7º - Pelo desempenho irregular de suas atribuições, o guia de turismo, conforme a gravidade da falta e seus
antecedentes, ficará sujeito às seguintes penalidades, aplicadas pela EMBRATUR:
I - advertência;
II - cancelamento do cadastro.
§ 1º As penalidades previstas neste artigo serão aplicadas após processo administrativo, no qual será assegurada ao
acusado ampla defesa.
§ 2º O guia de turismo poderá, pelo desempenho irregular de suas funções, vir a ser punido pelo seu órgão de classe,
independentemente do processo administrativo a que se refere o parágrafo anterior.
§ 3º A EMBRATUR, seus órgãos delegados, as federações e associações de classe deverão dar conhecimento recíproco
das penalidades aplicadas aos guias de turismo, para que cada entidade adote as providências cabíveis.
Guia de Legislação Profissional
§ 4º A pessoa física não cadastrada na EMBRATUR como Guia de Turismo, que exercer esta atividade, está sujeita à
penalidade prevista no art. 47 do Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941, devendo a EMBRATUR ou o órgão
delegado dar conhecimento da ilegalidade à autoridade competente, para as providências cabíveis.
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, estando a pessoa física exercendo a atividade na qualidade de preposto de
pessoa jurídica, ficará sujeita, também, à multa pecuniária de que trata o inciso II do artigo 5º da Lei nº 6.505, de 13
de dezembro de 1977, por força do § 1º daquele dispositivo.
§ 6º Independentemente da natureza da infração e da faixa em que se situe a penalidade a ela correspondente, poderá
a EMBRATUR aplicar a pena de advertência aos Guias de Turismo que não tenham antecedentes.
Art. 8º - O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso II do art. 7º desta Deliberação
Normativa, em decorrência de infração de natureza média, poderá requerer reabilitação provisória após cento e oitenta
dias, contados a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada, desde que inexista outro
processo de denúncia em andamento contra a sua pessoa.
Parágrafo único - A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência de requerimento do interessado e
cumprida a penalidade imposta, após um ano, contado a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe 115
foi imputada, desde que não seja reincidente.
Art. 9º - O Guia de Turismo que tiver seu cadastro cancelado, previsto no inciso II do art. 7º desta Deliberação Nor-
mativa, em decorrência de infração de natureza grave, poderá requerer reabilitação provisória após um ano, contado a
partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada.
§ 1º Caso o requerente de que trata este artigo for reincidente, fica obrigado à comprovação, por meio do certificado
correspondente, de ter realizado curso de reciclagem, com datas de início e de término posteriores à data que tomou
conhecimento da penalidade que lhe foi imputada.
§ 2º A reabilitação à situação normal só se dará em conseqüência de requerimento do interessado e cumprida a pena-
lidade imposta, após dois anos contados a partir da data que tomou conhecimento da penalidade que lhe foi imputada,
não sendo o mesmo reincidente.
Art. 10º - Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 11º - Revogam-se os §§ 2º, 3º, 4º e 5º do art. 11 e o § 3º do art. 12 da Resolução Normativa CNTur nº 4, de 28
de janeiro de 1983; o art. 2º da Resolução Normativa CNTur nº 12, de 17 de outubro de 1984; a Deliberação Normativa
nº 234, de 7 de dezembro de 1987; a Deliberação Normativa nº 256, de 10 de maio de 1989; a Deliberação Normativa
nº 325, de 13 de janeiro de 1994; a Deliberação Normativa nº 377, de 17 de junho de 1997; a Deliberação Normativa nº
386, de 10 de dezembro de 1997; a Deliberação nº 5.461, de 17 de dezembro de 1997; a Deliberação nº 5.462, de 17 de
dezembro de 1997; e a Deliberação nº 5.480, de 24 de março de 1998.
Art. 1º - Adotar, para fins de regulamentação dos artigos 4º, 5º e 10, do Decreto 946, de 1º de outubro de 1993, os
critérios a serem apresentados como subsídio aos órgãos próprios dos sistemas de ensino para apreciação dos planos
de curso para educação profissional de nível técnico Guia de Turismo, com base na análise das Diretrizes Curriculares
Nacionais estabelecidas à luz da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96, do Decreto nº
2.208/97, da Resolução CNE/CEB nº 04/99 e dos Pareceres CNE/CEB nº 14/97, nº16/99 e nº 25/01, os quais devem
compor a ÁREA DE TURISMO E HOSPITALIDADE, possibilitando a adoção de módulos na educação de nível técnico, bem
como a certificação de competências por módulos.
Parágrafo único - Os critérios de que trata este artigo enfocam as competências profissionais gerais do técnico da
116 área, acrescidas das competências, habilidades profissionais e bases tecnológicas mínimas contidas nos anexos I, II e III
deste instrumento, além de considerar as demandas individuais e sociais do mercado de trabalho, levando-se em conta
as peculiaridades locais e regionais, bem como o projeto educacional e a capacidade institucional da escola.
Art. 2º - Para requerer o cadastro na classe de Guia de Turismo Especializado em Atrativo Natural e na classe de Guia
de Turismo Especializado em Atrativo Cultural, de que trata o artigo 4º do Decreto 946, de 1º de outubro de 1993, o
requerente deve, primeiramente, ser habilitado como Guia de Turismo Regional, em cursos específicos da Qualificação
Profissional ou Habilitação Profissional.
§ 1º Somente terão validade, para fins de apreciação e cadastro na EMBRATUR, os cursos de Qualificação, Habilitação
e Especialização Profissional desenvolvidos no nível técnico, uma vez que os cursos de Qualificação Profissional de nível
básico são, essencialmente, nos termos do Artigo 4º do Decreto Federal n.º 2.208/97, educação não formal, não sujeita
à regulamentação curricular.
§ 2º Para requerer a apreciação da EMBRATUR, a Instituição ofertante de curso de Educação Profissional de nível
técnico de Guia de Turismo deverá ter seu plano de curso devidamente aprovado no órgão próprio do respectivo sistema
de ensino e comprovar o cumprimento de todas as exigências pertinentes quanto a instalações e equipamentos, e pessoal
devidamente qualificado.
Art. 3º- Os egressos de cursos superiores e de graduação, como Bacharelado e Tecnologia, bem como de cursos
seqüenciais por campos do saber na área do Turismo só poderão obter cadastramento na EMBRATUR como Guia de
Turismo, quando submetidos às disposições da legislação específica em vigor.
comprometimento, pró-
informações geográficas, - Vivência de situações problema
atividade.
históricas, artísticas,
recreativas e de entretenimento, - Princípios éticos do mundo do trabalho
- Utilizar equipamentos de TV/
atividades de lazer e eventos,
Vídeo, som, microfone, fax - Regras, normas e técnicas de etiqueta e
folclóricas, artesanais, de
apresentação pessoal.
transporte, gastronômicas, de
- Reconhecer e utilizar os meios
hospedagem no contexto local e
informatizados - Normas de procedimentos de saúde e
regional. de higiene pessoal e ambiental
- Adequar a oferta aos interesses,
8. Identificar, avaliar e selecionar os
hábitos, atitudes e expectativas - Técnicas de:
locais, espaços e equipamentos - Utilização de meios informatizados,
dos turistas, preservando as
para eventos, recreação, - Utilização de equipamentos
peculiaridades e a identidade do
animação, artes e cultura. eletrônicos,
ambiente.
- Internet
Continuação do ANEXO I à Deliberação Normativa nº 427, de 04 de outubro de 2001
118 Área Profissional: Turismo e Hospitalidade
Curso: Guia de Turismo Regional
Carga Horária Mínima: 400h
2.4 - A viagem
- de chegada
- de saída
3.2 - conflitos
- tipos
- estratégia para solução de conflitos
6.3 - globalização
- conceito básico
- histórico
- oportunidades, problemas e conflitos
7.2 - arte
- conceituação
- acondicionamentos
9 - Primeiros Socorros
Deverão ser realizadas, no mínimo, 3 viagens técnicas, sendo ao menos uma com pernoite, além de atividades práticas
e simulações.
A freqüência mínima deve constar de 75% nas atividades teóricas e 100% nas viagens técnicas e atividades práticas.
Guia de Legislação Profissional
- Conteúdos idênticos aos de Guia de Turismo Regional, porém contemplando todas as Unidades da Federação e Países
da América do Sul
A freqüência mínima deve constar de 75% nas atividades teóricas e de 100% nas viagens técnicas e atividades
práticas.
ÁREA PROFISSIONAL : Turismo e Hospitalidade 125
Curso: Guia de Turismo Excursão Internacional
Carga Horária Mínima: 550h
A freqüência mínima deve constar de 75% nas atividades teóricas e de 100% nas viagens técnicas e atividades práticas.
Disciplinas Básicas
Educação Ambiental – 20h
Geohistória – 30h
Relações Interpessoais no Trabalho – 15h
Teoria e Prática do Atrativo – 35h
Primeiros Socorros – 20h
Atividades Práticas/Viagens – 50h
Conteúdos Mínimos
1 - Técnicas e Práticas de Educação Ambiental
- a Educação Ambiental – conceitos e evolução
- papel do guia como multiplicador e educador ambiental
- técnicas e práticas de EA aplicadas
2 - Geohistória
- localização do atrativo, vias de acesso, malha viária
- aspectos históricos e geográficos do atrativo
- aspectos socioeconômicos e culturais do atrativo
- leitura e interpretação de mapas, escalas, curvas de nível e demais convenções gráficas
Guia de Legislação Profissional
Deverão ser realizadas, no mínimo, 3 viagens técnicas, sendo ao menos uma com pernoite, no atrativo ou entorno, além
de atividades práticas e simulações
A freqüência mínima deve constar de 75% nas atividades teóricas e de 100% nas viagens técnicas e atividades
práticas.
Disciplinas Básicas
Arte, Cultura, Ambiente e Turismo – 45h
Geohistória – 30h
Relações Interpessoais no Trabalho – 15h
Teoria e Prática do Atrativo – 30h
Atividades Práticas/Viagens – 50h
Conteúdos Mínimos
1 – Arte, Cultura, Ambiente e Turismo
Guia de Legislação Profissional
Deverão ser realizadas, no mínimo, 3 viagens técnicas, sendo ao menos uma com pernoite, no atrativo ou entorno, além
de atividades práticas e simulações.
A freqüência mínima deve constar de 75% nas atividades teóricas e de 100% nas viagens técnicas e atividades
práticas.
1 - Justificativa
2 - Objetivos
- Escolaridade
5 - Percentual de freqüência
9 - Organização curricular do curso e explicitação do seu conteúdo programático, bem como da carga horária
do curso.
10 - Descrição das atividades práticas/viagens técnicas - além das atividades práticas relativas às disciplinas, deverão
128 constar, no plano, de forma discriminada, as viagens técnicas onde os alunos simularão situações.
11 - Resumo curricular do corpo docente - constando nome do instrutor,disciplina a ser ministrada e breve currículo
compatível com a disciplina; orientador responsável e telefone para contato, bem como n.º de cadastro na
EMBRATUR do Guia de Turismo responsável pelo conteúdo de técnicas de guiamento.
12 - Cópia do Ato, de autorização da escola e do curso pelo órgão próprio do respectivo sistema de ensino.
15 - Pagamento de taxas de serviço à regional EMBRATUR, por localidade e classe de Guia de Turismo.
16 - Relação dos alunos matriculados, especificando nome e RG, enviado até 15 dias corridos, contados da data de
início do curso, encaminhada a EMBRATUR via a Regional no estado, devendo ficar uma cópia na respectiva regional
(este procedimento deverá ser realizado a cada nova turma).
17 - Após término do curso, em até 15 dias corridos, encaminhar relação dos alunos aprovados a EMBRATUR, via a
Regional no estado, devendo ficar uma cópia na respectiva regional, especificando nome do aluno e respectivo
RG, constando o número do Processo e Parecer/EMBRATUR que apreciou o referido curso, bem como a data de
início e término do referido curso (este procedimento deverá ser realizado a cada nova turma).
Guia de Legislação Profissional
2.3. Área de Gestão 129
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
O Presidente da República , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – A Lei nº 7.377, de 30 de setembro de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação para os incisos I e II do
art. 2º, para o art. 3º, para o inciso VI do art. 4º e para o parágrafo único do art. 6º.
Art. 3º – É assegurado o direito ao exercício da profissão aos que, embora não habilitados nos termos do artigo
anterior, contem pelo menos cinco anos ininterrupto ou dez anos intercalados de exercício de atividades próprias de
secretaria, na data da vigência desta Lei.
O Presidente da República, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 3º - Fica assegurado o direito ao exercício da profissão aos que, embora não habilitados nos termos do artigo
anterior, contem, pelo menos, 5 (cinco) anos ininterruptos, ou 10 (dez) intercalados, de exercício em atividades pró-
prias de secretaria, na data de início de vigência desta lei, e sejam portadores de diplomas ou certificados de alguma
graduação de nível superior ou de nível médio.
atendimento telefônico.
Art. 6º - O exercício da profissão de Secretário requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Minis-
tério do Trabalho e far-se-á mediante a apresentação de documento comprobatório de conclusão dos cursos previstos
nos incisos I e II do Art. 2º desta lei e da Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS.
Parágrafo único - No caso dos profissionais incluídos no art. 3º desta lei, a prova de atuação será feita por meio
das anotações da Carteira de Trabalho e Previdência Social ou por qualquer outro meio permitido em Direito.
O Presidente da República , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo, com as atribuições estabelecidas nesta Lei,
só será permitido:
I - aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia, reconhecido na forma da lei;
II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na forma da lei;
III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de conclusão de ensino de 2º grau;
IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens anteriores, contem, pelo menos, cinco anos ininter-
ruptos de atividade ou dez intercalados, na data de início da vigência desta Lei, nos campos profissionais da
Arquivologia ou da Técnica de Arquivo;
V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de 2º grau que recebam treinamento especifico em
técnicas de arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra, do
Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.110 hs. nas disciplinas específicas.
I - recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem como controle de sua movimentação;
II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais tarefas necessárias à guarda e conservação dos docu-
mentos, assim como prestação de informações relativas aos mesmos;
III - preparação de documentos de arquivos para microfilmagem e conservação e utilização do microfilme;
IV - preparação de documentos de arquivo para processamento eletrônico de dados.
Art. 4º - O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional
do Trabalho do Ministério do Trabalho.
Art. 5º - Não será permitido o exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo aos concluintes de
cursos resumidos, simplificados ou intensivos, de férias, por correspondência ou avulsos.
Art. 6º - O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com as atribuições previstas no art. 3º, com dispensa da
exigência constante do art. 1º, item III, será permitido, nos termos previstos no regulamento desta Lei, enquanto o
Poder Executivo não dispuser em contrário.
Art. 7º - Esta Lei será regulamentada no prazo de noventa dias, a contar da data de sua vigência.
132
Art. 8º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 1º – O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo, com as atribuições estabelecidas nos
artigos 2º e 3º deste Decreto, só será permitido:
I - aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia, reconhecido na forma da lei;
II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil
na forma da lei;
III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de conclusão de ensino de 2º grau;
IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens anteriores, contem, em 5 de julho de 1978, pelo menos, cinco
anos ininterruptos de atividade ou dez intercalados, nos campos profissionais da Arquivologia ou da Técnica de Arquivo;
V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de 2º grau que recebam treinamento específico em
técnicas de arquivo em curso ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra, do
Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.110 horas nas disciplinas específicas.
Art. 4º – O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo, depende de registro na Delegacia Regio-
nal do Trabalho do Ministério do Trabalho.
Art. 5º – O regime a que se refere o artigo anterior será efetuado a requerimento do interessado, instruído com os
seguintes documentos:
I - para Arquivista:
a) diploma mencionado no item I ou no item II do artigo 1º; ou documentos comprobatórios de atividade
profissional de Arquivista, incluindo as de magistério no campo de Arquivologia, durante cinco anos ininter-
ruptos ou dez intercalados, até 5 de julho de 1978;
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social.
II - para Técnico de Arquivos:
a) certificado mencionado no item III do artigo 1º; ou certificado de conclusão de curso de treinamento
específico previsto no item V do artigo 1º; ou documentos comprobatórios do exercício das atividades mencio-
nadas no art. 3º, durante cinco anos ininterruptos, até 5 de julho de 1978;
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 1º - O requerimento mencionado neste artigo deverá conter, além do nome do interessado, a filiação, o local e data
de nascimento, o estado civil, os endereços residencial e profissional, o número da Carteira de Identidade, seu órgão
expedidor e a data, e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda.
§ 2º - Para comprovação das atividades profissionais de Arquivista e de Técnico de Arquivo, durante o período
mencionado no item IV do artigo 1º, o interessado deverá juntar documentos que demonstrem, irrefutavelmente, o
exercício.
Art. 6º – O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com as atribuições previstas no artigo 3º e dispensa do
certificado de conclusão de ensino de 2º grau, depende de registro provisório na Delegacia Regional do Trabalho, do
Ministério do Trabalho.
§ 1º - O registro provisório de que trata este artigo terá validade de 5 anos, podendo ser esse prazo prorrogado, por
ato do Ministro do Trabalho, case comprove a inexistência de cursos em determinadas cidades ou regiões.
§ 2º - O registro provisório será efetuado a requerimento do interessado, instruído com a Carteira de Trabalho e
Previdência Social e declaração, do empregador ou da empresa interessada na sua contratação, de que se encontra
desempenhando ou em condições de desempenhar as atribuições previstas no artigo 3º.
Art. 7º - Não será permitido o exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de Arquivo aos concluintes de
Guia de Legislação Profissional
Art. 8º - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 1º – O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, no território nacional, é regido pelo disposto na presente lei.
Art. 2º – O exercício da profissão de Corretor de Imóveis será permitido ao possuidor de título de Técnico em
Transações Imobiliárias.
Art. 3º– Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis,
podendo, ainda, opinar quanto à comercialização imobiliária.
Parágrafo único. As atribuições constantes deste artigo poderão ser exercidas, também, por pessoa jurídica inscrita
nos termos desta lei.
Art. 4º – A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será objeto de Resolução do Conselho Federal de
Corretores de Imóveis.
Art. 5º – O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profis-
são de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquia, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada
ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.
Art. 6º – As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos
deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio gerente ou diretor um Corretor
de Imóveis individualmente inscrito.
Art. 7º – Compete ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais representar, em juízo ou fora dele, os legítimos
interesses da categoria profissional, respeitadas as respectivas áreas de competência.
Guia de Legislação Profissional
Art. 8º – O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional.
Art. 9º – Cada Conselho Regional terá sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios da
jurisdição, a critério do Conselho Federal.
Art. 10º – O Conselho Federal será composto por dois representantes, efetivos e suplentes, de cada Conselho
Regional, eleitos dentre os seus membros.
Art. 11º – Os Conselhos Regionais serão compostos por vinte e sete membros efetivos, eleitos dois terços por votação
secreta em assembléia geral especialmente convocada para esse fim e um terço integrado por representantes dos
Sindicatos de Corretores de Imóveis que funcionarem regularmente na jurisdição do Conselho Regional.
Parágrafo único - O disposto neste artigo somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos
Regionais após o término dos mandatos vigentes na data desta lei.
Art. 12º – Somente poderão ser membros do Conselho Regional os Corretores de Imóveis com inscrição principal na
jurisdição há mais de dois anos e que não tenham sido condenados por infração disciplinar. 135
Art. 13º – Os Conselhos Federal e Regionais serão administrados por uma diretoria, eleita dentre os seus membros.
§ 1º A diretoria será composta de um presidente, dois vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros.
§ 2º Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal, composto de três membros, efetivos e
suplentes, eleitos dentre os seus membros.
Art. 14º – Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais terão mandato de três anos.
Art. 15º – A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:
I - por renúncia;
II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;
III - por condenação a pena superior a dois anos, em virtude de sentença transitada em julgado;
IV - por destituição de cargo, função ou emprego, mencionada à prática de ato de improbidade na administração
pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;
V - por ausência, sem motivo justificado, a três sessões consecutivas ou seis intercaladas em cada ano.
Art. 20º – Ao Corretor de Imóveis e à pessoa jurídica inscritos nos órgãos de que trata a presente lei é vedado:
I - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
II - auxiliar, ou por qualquer meio facilitar, o exercício da profissão aos não inscritos;
III - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento escrito;
IV - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade de profissional sem mencionar o número de inscritos;
V - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número de registro do loteamento ou da incorpo-
ração no Registro de Imóveis;
VI - violar o sigilo profissional;
VII - negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantias ou documentos que lhe tenham sido
entregues a qualquer título;
VIII - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;
IX - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime ou contravenção;
X - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional.
Art. 21º – Compete ao Conselho Regional aplicar aos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas as seguintes sanções
disciplinares;
I - advertência verbal;
II - censura;
Guia de Legislação Profissional
III - multa;
IV - suspensão da inscrição, até noventa dias;
V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional.
§ 1º Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a
considerar leve ou grave a falta.
§ 2º A reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade.
§ 3º A multa poderá ser acumulada com outra penalidade e, na hipótese de reincidência na mesma falta, aplicar-se-
á em dobro.
§ 4º A pena de suspensão será anotada na carteira profissional do Corretor de Imóveis ou responsável pela pessoa
jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho Nacional poderá convertê-la em
cancelamento da inscrição.
Art. 22º – Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regime jurídico das
Leis do Trabalho.
Art. 23º – Fica assegurado aos Corretores de Imóveis, inscritos nos têrmos da Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962,
o exercício da profissão, desde que o requeiram conforme o que for estabelecido na regulamentação desta lei. 137
Art. 24º – Esta lei será regulamentada no prazo de trinta dias a partir da sua vigência.
Art. 26º – Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei número 4.116, de 27 de agosto de 1962.
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 1º – O exercício da profissão de Corretor de Imóveis somente será permitido às pessoas que forem registradas
nos Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis, de acordo com esta lei.
Art. 2º – O candidato do registro como Corretor de Imóveis deverá juntar ao seu requerimento:
a) prova de identidade;
b) prova de quitação com o serviço militar;
c) prova de quitação eleitoral;
d) atestado de capacidade intelectual e profissional e de boa conduta, passado por órgão de representação legal da classe;
e) folha corrida e atestado de bons antecedentes, fornecido pelas autoridades policiais das localidades onde
houver residido nos últimos três anos;
f) atestado de sanidade;
g) atestado de vacinação antivaríolica;
h) certidões negativas dos distribuidores forenses, relativas ao último decênio;
Guia de Legislação Profissional
Art. 4º – As pessoas jurídicas só poderão exercer mediação na compra, venda ou Permuta de imóveis. mediante
registro no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis e sob a responsabilidade de corretor devidamente habilitado.
Art. 6º – As repartições federais, estaduais e municipais só receberão impostos relativos a atividade de Corretor de
Imóveis á vista da carteira profissionais ou tratando-se de pessoas jurídicas da prova de seu registro no Conselho Regional.
Art. 7º – Somente os Corretores de Imóveis e as pessoas jurídicas legalmente habilitadas, poderão receber remune-
ração como mediadores na venda, compra, permuta ou locação de imóveis, sendo, para isso, obrigados a manterem
escrituração dos negócios a seu cargo
Art. 8º – É vedado ao Corretor de imóveis adquirir para si, seu cônjuge, ascendente e descendente ou para sociedade de que
faça parte, bem assim a pessoas jurídicas para si, seus sócios ou diretor, qualquer imóvel que lhe esteja confiado à venda.
Art. 9º – A fiscalização ao exercício da profissão de Corretor de Imóveis será feita pelo Conselho Federal e pelos
Conselhos Regionais dos Corretores de Imóveis, que ficam criados por esta lei.
Art. 10º – O Conselho Federal será composto de Corretores de imóveis de quaisquer regiões. eleitas pelos Conselhos
Regionais. entre seus próprios membros representantes de cada região.
Art. 11º – O Conselho Poderá determinar o número de Conselhos regionais até o máximo de um Estado, Território e
Distrito Federal: as respectivas bases territoriais - cidades-sede.
Art. 12º – Na formação dos Conselhos Regionais. metade aos membros será constituída pelo Presidente efetivo do
Sindicato da classe da respectiva região e por Diretores do mesma Sindicato. eleitos, estes, em assembléia geral. A outra
metade será constituída de Corretores de imóveis da Região, eleitos, posteriormente, em assembléia geral do Sindicato.
Art. 18º – Os mandatos dos membros do Conselho Federal e dos conselhos Regionais serão de 2 (dois) anos gratuitos.
Parágrafo único - Só será admitida uma vez a reeleição total do Conselho.
Guia de Legislação Profissional
Art. 16º – Aos corretores de imóveis serão aplicadas pelos Conselhos Regionais com recurso voluntário para o
Conselhos Federal, sem prejuízo da responsabilidade civil ou criminal, as seguintes sanções disciplinares:
a) advertência particular:
b) advertência pública;
c) multa ate Cr$ 20,000,00 (vinte mil cruzeiros);
d) suspensão do exercício da profissão até um ano;
e) cancelamento do registro com apreensão da carteira profissional.
§ 1º Na determinação da sanção aplicável orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada caso, de modo a
considerar grave ou leve a falta.
§ 2º A multa será imposta por forma acumulada ou não com as demais sanções e subirá ao dobro, na hipótese de
reincidência na mesma falta.
Art. 18º – A renda do Conselho Federal será constituída de 20% (vinte por cento) da renda bruta dos Conselhos
Regionais.
Parágrafo único - Constituem renda dos Conselhos Regionais, as contribuições, emolumentos e multas devidas
pelos Corretores de Imóveis e pessoas jurídicas registradas nos respectivos conselhos.
Art. 19º – Os Corretores de Imóveis que à data da publicação desta lei estiverem no exercício da profissão, serão
registrados independentemente das formalidades exigidas no artigo 2º desde que o requeiram dentro de 120 (cento e
vinte) dias, comprovado o exercício efetivo da profissão, mediante atestado de idoneidade moral e profissional, pas-
Guia de Legislação Profissional
sado pelo Sindicato local ou o mais próximo, e os conhecimentos de pagamentos dos respectivos impostos, efetuados
antes da data da referida publicação.
Art. 20º – Os membros do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais que exercerão o primeiro mandato, serão
eleitos dentro de 63 (sessenta) dias a contar da data da publicação desta lei, pelas Assembléias Gerais dos órgãos
de representação legal da classe dos Corretores de Imóveis, atualmente reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e
Previdência Social.
Art. 21º – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 1º – O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional somente será permitido:
I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de Corretores de
Imóveis da jurisdição; ou
II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei nº 4.116, de 27 de agosto de 1962, desde que requeira a revalida-
ção da sua inscrição.
Art. 2º – Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis
e opinar quanto à comercialização imobiliária.
Art. 3º – As atribuições constantes do artigo anterior poderão, também, ser exercidas por pessoa jurídica, devida-
mente inscrita no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Jurisdição.
Parágrafo único - O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de imóvel, cuja
transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser feito por Corretor de Imóveis inscrito no
Conselho Regional da jurisdição.
Art. 4º – O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente de toda
propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional.
Art. 5º – Somente poderá anunciar publicamente o Corretor de Imóveis, pessoa física ou jurídica, que tiver contrato
escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado.
Art. 6º – O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do exercício da profis-
são de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquias, dotada de personalidade jurídica de direito público, vinculada
ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, operacional e financeira.
Art. 7º – O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e disciplinar o
Guia de Legislação Profissional
Art. 8º – O Conselho Federal terá sede e foro na Capital da República e jurisdição em todo o território nacional.
Art. 9º – O Conselho Federal será composto por 2 (dois) representantes, efetivos e suplentes, de cada Conselho
Regional, eleitos dentre os seus membros.
Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos.
Art. 11º – O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais de um de seus membros.
Art. 13º – Os Conselhos Regionais de Corretor de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício profissional na
área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal.
Guia de Legislação Profissional
Art. 14º – Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital do Estado, ou de um dos Estados ou Territórios, a
critério do Conselho Federal.
Art. 15º – Os Conselhos Regionais serão compostos por 27 (vinte e sete) membros, efetivos e suplentes, eleitos
2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, e 1/3 (um terço)
integrado por representantes dos Sindicatos de Corretores de Imóveis que funcionarem regularmente na jurisdição do
Conselho Regional.
Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere ente artigo será de 3 (três) anos.
Art. 17º – O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros.
Art. 19º – 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, serão eleitos
pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos em que dispuser o Regimento
dos Conselhos Regionais, considerando-se eleitos efetivos os 18 (dezoitos) mais votados e suplentes os seguintes.
Parágrafo único - Aplicar-se-á ao profissional inscrito que deixar de votar sem causa justificada, multa em
importância correspondente ao valor da anuidade.
Art. 20º – 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e respectivos suplentes, serão indicados
pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis, dentre seus associados, diretores ou não.
Guia de Legislação Profissional
§ 1º Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o número de
representantes de cada Sindicato será fixado pelo Conselho Federal.
§ 2º Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho Regional, 1/3 (um terço) dos membros
que seria destinado a indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior.
§ 3º Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria, com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional,
não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do Conselho Federal, o terço destinado à
indicação pelo Sindicato, será eleito, na forma do artigo anterior.
Art. 21º – O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Corretor de
Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão subordinados ao preenchimento dos
seguintes requisitos mínimos:
I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo ha mais de 2 (dois) anos;
II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos;
III - inexistência de condenação a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado.
Art. 22º – A extinção ou perda de mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais ocorrerá:
I - por renúncia; 143
II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição;
III - por condenção a pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada em julgado.
IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na administração
pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado;
V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em cada ano.
Art. 23º – Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados, por deliberação do plenário.
Parágrafo único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao Presidente do Conselho convocar o
respectivo suplente.
Art. 24º – Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um, como órgão deliberativo o Plenário, constituído pelos
seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a execução dos serviços técnicos
ou especializados indispensáveis ao cumprimento de suas atribuições.
Art. 25º – As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um Presidente, dois Vice-Presiden-
tes, dois Secretários e dois Tesoureiros, eleitos pelo Plenário, dentre seus membros, na primeira reunião ordinária.
Art. 26º – A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e as atribuições da Diretoria e dos demais órgãos, serão
fixados no Regimento de cada Conselho.
Art. 27º – Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal composto de três membros,
efetivos e suplentes, eleitos dentre os seus membros.
Art. 28º – A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no Conselho Regional da jurisdição,
de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis.
Art. 29º – As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos mesmos
deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas.
Parágrafo único - As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio-gerente ou diretor um
Corretor de Imóveis individualmente inscrito.
Art. 30º – O exercício simultâneo, temporário ou definitivo da profissão em área de jurisdição diversa da do Conse-
lho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica, fica condicionado à
inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que jurisdicionam as áreas em que exercerem as atividades.
Guia de Legislação Profissional
Art. 31º – Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecida Carteira de Identidade Profissional, numerada em cada
Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos:
I - nome por extenso do profissional;
II - filiação;
III - nacionalidade e naturalidade;
IV - data do nascimento;
V - número e data da inscrição;
VII - natureza da habilitação;
VI - natureza da inscrição;
VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;
IX - fotografia e impressão datiloscópica;
X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional.
Art. 32º – A pessoa jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho Regional,
contendo, no mínimo, os seguintes elementos:
144 I - denominação da pessoa jurídica;
II - número e data da inscrição;
III - natureza da inscrição;
IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no Conselho Regional.
V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou diretor, no Conselho Regional;
VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição;
VII - assinatura do sócio-gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional.
Art. 33º – As inscrições do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica, o fornecimento de Carteira de Identidade Pro-
fissional e de Certificado de Inscrição e certidões, bem como o recebimento de petições, estão sujeitos ao pagamento
de anuidade e emolumentos fixados pelo Conselho Federal.
Art. 34º – O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da profissão de
Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica.
Art. 35º – A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, que será
devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica.
Art. 36º – O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor a multa fixada pelo Conselho Federal.
Art. 37º – A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será, igualmente
fixada pelo Conselho Federal.
X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime de contravenção;
XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional;
XII - promover ou facilitar a terceiros transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem interesses de
terceiros;
XIII - recusar a apresentação de Carteira de Identidade Profissional, quando couber.
Art. 40º – Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho Federal:
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão;
II - ex-ofício , nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior.
Art. 41º – As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do denunciante e
acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios do alegado.
Art. 42º – A suspensão por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou multas só cessará com a satisfação
da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo Conselho Federal.
Art. 44º – O Conselho Federal será última e definitiva instância nos assuntos relacionados com a profissão e seu
exercício.
Art. 45º – Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regime jurídico da
Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 46º – Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho Federal baixar instruções sobre cessa-
ção da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de término de mandato.
Art. 47º – O disposto no artigo 15 somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos Regionais
após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978.
Art. 48º – Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 2º – Considera-se Radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça uma das funções em que se
desdobram as atividades mencionadas no art. 4º.
Art. 3º – Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos desta Lei, aquela que explora serviços de transmis-
são de programas e mensagens, destinada a ser recebida livre e gratuitamente pelo público em geral, compreendendo
a radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão).
Parágrafo único - Considera-se, igualmente, para os efeitos desta lei, empresa de radiodifusão:
a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por quaisquer processos,
transmissões de rádio ou de televisão;
b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de radiodifusão;
c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão;
d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão, inclusive em circuito
fechado de qualquer natureza;
e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, a produção de programas, filmes
e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados através das empresas de radiodifusão.
a) autoria;
b) direção;
c) produção;
d) interpretação;
e) dublagem;
f) locução
g) caracterização;
h) cenografia.
§ 3º - As atividades técnicas se subdividem nos seguintes setores:
a) direção;
b) tratamento e registros sonoros;
c) tratamento e registros visuais;
d) montagem e arquivamento;
e) transmissão de sons e imagens;
f) revelação e copiagem de filmes;
g) artes plásticas e animação de desenhos e objetos; 147
h) manutenção técnica.
§ 4º - As denominações e descrições das funções em que se desdobram as atividades e os setores mencionados nos
parágrafos anteriores constarão do regulamento.
Art. 5º – Não se incluem no disposto nesta Lei os Atores e Figurantes que prestam serviços a empresas de radiodifusão.
Art. 6º– O exercício da profissão de Radialista requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministé-
rio do Trabalho, qual terá validade em todo o território nacional.
Parágrafo único - O pedido de registro, de que trata este artigo, poderá ser encaminhado através do sindicato repre-
sentativo da categoria profissional ou da federação respectiva.
Art. 8º – O contrato de trabalho, quando por tempo determinado, deverá ser registrado no Ministério do Trabalho,
até a véspera da sua vigência, e conter, obrigatoriamente:
I - a qualificação completa das partes contrates;
II - prazo de vigência;
III - a natureza do serviço;
IV - o local em que será prestado o serviço;
V - cláusula reIativa a exclusividade e transferibiIidade;
VI - a jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso;
VII - a remuneração e sua forma de pagamento;
VIII - especificação quanto à categoria de transporte e hospedagem assegurada em caso de prestação de serviços
fora do local onde foi contratado;
IX - dia de folga semanal;
X - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 1º - O contrato de trabalho de que trata este artigo será visado pelo sindicato representativo da categoria profis-
sional ou pela federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho.
§ 2º - A entidade sindical deverá visar ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais ele
poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical.
Guia de Legislação Profissional
§ 3º - Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho.
Art. 9º – No caso de se tratar de rede de radiodifusão, de propriedade ou controle de um mesmo grupo, deverá ser
mencionado na Carteira de Trabalho e Previdência Social o nome da emissora na qual será prestado o serviço.
Parágrafo único - Quando se tratar de emissora de Onda Tropical pertencente à mesma concessionária e que transmi-
ta simultânea, integral e permanentemente a programação de emissora de Onda Média, serão mencionados os nomes
das duas emissoras.
Art. 10º – Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importân-
cia equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal, a título de contribuição
sindical, em nome da entidade sindical da categoria profissional.
Art. 11º – A utilização de profissional, contratado por agência de locação de mão-de-obra, obrigará o tomador
de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa pelo
tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes desta Lei ou do
148 contrato de trabalho.
Art. 12º – Nos contratos de trabalho por tempo determinado, para produção de mensagens publicitárias, feitas
para rádio e televisão, constará obrigatoriamente do contrato de trabalho:
I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida;
II - o tempo de exploração comercial da mensagem;
III - o produto a ser promovido;
IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida;
V - o tempo de duração da mensagem e suas características.
Art. 13º – Na hipótese de exercício de funções acumuladas dentro de um mesmo setor em que se desdobram as
atividades mencionadas no art. 4º, será assegurado ao Radialista um adicional mínimo de:
I - 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência igual ou superior a 10 (dez) quilowatts e, nas empresas equiparadas segundo o parágrafo
único do art. 3º;
II - 20% (vinte por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência inferior a 10 (dez) quilowatts e, superior a 1 (um) quilowatt;
III - 10% (dez por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência igual ou inferior a 1 (um) quilowatt.
Art. 14º – Não será permitido, por força de um só contrato de trabalho, o exercício para diferentes setores, dentre
os mencionados no art. 4º.
Art. 15º – Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de chefia, o Radialista fará
jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário.
Art. 16º – Na hipótese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do
empregador, além do salário, as despesas de transportes e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.
Art. 17º – Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de
que trata a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais.
Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada
exibição da obra.
II - 6 (seis) horas para os setores de produção, interpretação, dublagem, tratamento e registros sonoros, trata-
mento e registros visuais, montagem e arquivamento, transmissão de sons e imagens, revelação e copiagem de
filmes, artes plásticas e animação de desenhos e objetos e manutenção técnica;
III - 7 (sete) horas para os setores de cenografia e caracterização, deduzindo-se desse tempo 20 (vinte) minutos
para descanso, sempre que se verificar um esforço contínuo de mais de 3 (três) horas;
IV - 8 (oito) horas para os demais setores.
Parágrafo único - O trabalho prestado, além das limitações diárias previstas nos itens acima, será
considerado trabalho extraordinário, aplicando-lhe o disposto nos arts. 59 a 61 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).
Art. 19º – Será considerado como serviço efetivo o período em que o Radialista permanecer à disposição do empregador.
Art. 20º – Assegurada ao Radialista uma folga semanal remunerada de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, de
preferência aos domingos.
Parágrafo único - As empresas organizarão escalas de revezamento de maneira a favorecer o empregado com um
repouso dominical mensal, pelo menos, salvo quando, pela natureza do serviço, a atividade do Radialista for desempenha- 149
da habitualmente aos domingos.
Art. 21º – A jornada de trabalho dos Radialistas, que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosidade,
poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizado pelo
Ministério do Trabalho.
Art. 22º – A cláusula de exclusividade não impedirá o Radialista de prestar serviços a outro empregador, desde que em
outro meio de comunicação, e sem que se caracterize prejuízo para o primeiro contratante.
Art. 23º – Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão
ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos.
Art. 24º – Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integridade física ou moral.
Art. 25º – O fornecimento de guarda-roupa de mais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contratuais
será de responsabilidade do empregador.
Art. 26º – A empresa não poderá obrigar o Radialista a fazer uso de uniformes durante o desempenho de suas funções,
que contenham símbolos, marcas ou qualquer mensagem de caráter publicitário.
Parágrafo único - Não se incluem nessa proibição os símbolos ou marcas identificadores do empregador.
Art. 27º – As infrações ao disposto nesta Lei serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de
referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada a razão de um valor de
referência por empregado em situação irregular.
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação
com objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
Art. 28º – O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa
à autuação, e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis não poderá receber benefício,
incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos.
Art. 29º – É assegurado o registro, a que se refere o art. 6º, ao Radialista que, até a data da publicação desta Lei,
tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.
Art. 30º – Aplicam-se ao Radialista as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for incompatível com
as disposições desta Lei.
Guia de Legislação Profissional
Art. 31º – São inaplicáveis a órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, as disposições constantes do § 1º
do art. 8º e do art. 10 desta Lei.
Art. 33º – Esta Lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua publicação.
Art. 1º – O art. 8º do Decreto nº 84.134, de 30 de outubro de 1979, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 8º O atestado mencionado no inciso III do artigo anterior será emitido pela Delegacia Regional do Trabalho, a
requerimento do interessado, instruído com certificado de conclusão de treinamento para função constante do quadro
anexo a este regulamento. O certificado deverá ser fornecido por unidade integrante do Sistema Nacional de Formação
de Mão-de-obra, credenciada pelo Conselho Federal de Mão-de-obra ou por entidade da Administração Pública, direta
ou indireta, que tenha por objetivo, previsto em lei, promover e estimular a formação e o treinamento de pessoal
especializado, necessário às atividades de radiodifusão.
§ 1º Comprovada a impossibilidade do treinamento por falta ou insuficiência, no município, de curso especializado
em formação para as funções em que se desdobram as atividades de radialista, em número que atenda às necessida-
des de mão-de-obra das empresas de radiodifusão, a Delegacia Regional do Trabalho emitirá o atestado de capaci-
tação profissional (art. 7º, III), mediante apresentação de certificado de aptidão profissional, fornecido por uma das
entidades abaixo, na seguinte ordem:
a) sindicato representativo da categoria profissional;
b) sindicato representativo de empresas de radiodifusão;
c) empresa de radiodifusão.
§ 2º Para efeito do parágrafo anterior, o interessado será admitido na empresa como empregado-iniciante, para um
período de capacitação, de até seis meses.
§ 3º Se o treinamento for concluído com aproveitamento, a empresa encaminhará o empregado à Delegacia Regional
do Trabalho, com o respectivo certificado de aptidão profissional, para o fim previsto no § 1º”.
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 2º – As funções constantes das letras c , nºs 3 e 5, e h , nº 6, do item II do Quadro anexo ao Decreto nº
84.134, de 30 de outubro de 1979, passam a vigorar com a seguinte redação:
“c) Produção ...
3) Operador de Câmera de Unidade Portátil Externa
Encarrega-se da gravação de matéria distribuída pelo Supervisor de Operações, planifica e orienta o entrevistador,
repórter e o iluminador no que se refere aos aspectos técnicos de seu trabalho. Suas atividades envolvem tanto a
gravação como a geração de som e imagem, através de equipamento eletrônico portátil de TV. ...
5) Auxiliar de Operador de Câmera de Unidade Portátil Externa
Encarrega-se do bom estado do equipamento e da sua montagem, e auxilia o operador de câmera na iluminação e
na tomada de cenas. ....
h) Cenografia ...
6) Pintor - Pintor Artístico
Executa o trabalho de pintura dos cenários, de acordo com as exigências da produção ou a pintura artística dos
cenários; prepara cartazes para utilização nos cenários; amplia quadros e telas; zela pela guarda e conservação
dos materiais e instrumentos de trabalho, indispensáveis à execução de sua tarefa.”
Art. 3º – Ficam acrescidas às letras e e h do item II do Quadro anexo ao Decreto nº 84.134, de 30 de outubro de
1979, as seguintes funções:
Guia de Legislação Profissional
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art 1º – 0 exercício da profissão de Radialista é regulado pela Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, na forma
deste Regulamento.
Art 2º – Considera-se Radialista o empregado de empresa de radiodifusão que exerça função estabelecida no anexo
deste Regulamento.
Art 3º – Considera-se empresa de radiodifusão, para os efeitos deste Regulamento, aquela que explora serviços
de transmissão de programas e mensagens, destinada a ser recebida livre e gratuitamente pelo público em geral,
compreendendo a radiodifusão sonora (rádio) e radiodifusão de sons e imagens (televisão).
Parágrafo único - Considera-se, igualmente, para os efeitos deste Regulamento, empresa de radiodifusão:
a) a que explore serviço de música funcional ou ambiental e outras que executem, por quaisquer processos,
transmissão de rádio ou de televisão;
b) a que se dedique, exclusivamente, à produção de programas para empresas de radiodifusão;
c) a entidade que execute serviços de repetição ou de retransmissão de radiodifusão;
d) a entidade privada e a fundação mantenedora que executem serviços de radiodifusão, inclusive em circuito
fechado de qualquer natureza;
e) as empresas ou agências de qualquer natureza destinadas, em sua finalidade, à produção de programas, filmes
Guia de Legislação Profissional
e dublagens, comerciais ou não, para serem divulgados através das empresas de radiodifusão.
Art. 5º – Não se incluem no disposto neste Regulamento os Atores e Figurantes que prestam serviços a empresas de
radiodifusão.
Art. 6º – 0 exercício da profissão de Radialista requer prévio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministé-
rio do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.
Parágrafo único. O pedido de registro de que trata este artigo poderá ser encaminhado através do sindicato represen-
tativo da categoria profissional ou da federação respectiva.
Art. 8º – 0 atestado mencionado no inciso III do artigo anterior será emitido pela Delegacia Regional do Trabalho,
a requerimento do interessado, instruído com certificado de conclusão de treinamento para função constante do
Quadro anexo a este Regulamento. O certificado deverá ser fornecido por unidade integrante do Sistema Nacional de
Formação de Mão-de-Obra, credenciada pelo Conselho Federal de Mão-de-Obra ou por entidade da Administração
Pública, direta ou indireta, que tenha por objetivo, previsto em lei, promover e estimular a formação e o treinamento
de pessoal especializado, necessário às atividades de radiodifusão.
§ 1º A emissão do atestado de capacitação profissional será precedida de audiência da entidade representativa da
Guia de Legislação Profissional
categoria profissional.
§ 2º Para os fins do parágrafo anterior, a entidade sindical será cientificada do requerimento e sobre ele se manifes-
tará, se quiser, no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 9º – 0 registro de Radialista será efetuado peIa Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, a
requerimento do interessado, instruído com os seguintes documentos:
I - diploma, certificado ou atestado mencionados no artigo 7º;
II - Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Parágrafo único - Poderá ser concedido registro provisório, com duração máxima de três anos, renovável, para
o exercício da profissão nos municípios onde não existam os cursos previstos neste Regulamento.
Art. 10 – O Contrato de Trabalho, quando por prazo determinado, deverá ser registrado, a requerimento do em-
pregador, no órgão regional do Ministério do Trabalho, até a véspera do início da sua vigência, e conterá, obrigatoria-
mente:
I - a qualificação completa das partes contratantes;
154 II - o prazo de vigência;
III - a natureza do serviço;
IV - o local em que será prestado o serviço;
V - cláusula relativa a exclusividade e transferibilidade;
VI - a jornada de trabalho, com especificação do horário e intervalo de repouso;
VII - a remuneração e sua forma de pagamento;
VIII - especificação quanto à categoria de transporte e hospedagem assegurada em caso de prestação de serviços
fora do local onde foi contratado;
IX - dia de folga semanal;
X - número da Carteira de Trabalho e Previdência Social;
XI - condições especiais, se houver.
§ 1º O contrato de trabalho de que trata este artigo será visado pelo Sindicato representativo da categoria profissio-
nal ou pela federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho.
§ 2º A entidade sindical visará ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais poderá ser
registrado, independentemente de manifestação da entidade sindical, se não estiver em desacordo com a Lei ou com
este Regulamento.
§ 3º Da decisão da entidade sindical que negar o visto caberá recurso para o Ministério do Trabalho.
Art. 11º – O requerimento do registro deverá ser instruído com 2 (duas) vias do instrumento do contrato de traba-
lho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva.
Art. 12º – No caso de se tratar de rede de radiodifusão de propriedade ou controle de um mesmo grupo, deverá ser
indicada na Carteira de Trabalho e Previdência Social a emissora na qual será prestado o serviço.
Parágrafo único - Quando se tratar de emissora de Onda Tropical pertencente a mesma concessionária e que
transmita simultânea, integral e permanentemente a programação de emissora de Onda Média, far-se-á no menciona-
do documento a indicação das emissoras.
Art. 13º – Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento à Caixa Eco-
nômica Federal, de importância equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste, a título de contribuição
sindical, em nome da entidade da categoria profissional.
Art. 14º – A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra obrigará o tomador
de serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa,
pelo tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes da Lei, deste
Regulamento ou do contrato de trabalho.
Guia de Legislação Profissional
Art. 15º – Nos contratos de trabalho por prazo determinado, para produção de mensagens publicitárias, feitas para
rádio e televisão, constará obrigatoriamente:
I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para a qual a mensagem é
produzida;
II - o tempo de exploração comercial da mensagem;
III - o produto a ser promovido;
IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida;
V - o tempo de duração da mensagem e suas características.
Art. 16º – Na hipótese de acumulação de funções dentro de um mesmo Setor em que se desdobram as atividades
mencionadas no artigo 4º, será assegurado ao Radialista um adicional mínimo de:
I - 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência igual ou superior a 10 (dez) quilowatts bem como nas empresas discriminadas no parágra-
fo único do artigo 3º;
II - 20% (vinte por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência inferior a 10 (dez) quilowatts e superior a 1 (um) quilowatt; 155
III - 10% (dez por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a função melhor remunerada, nas
emissoras de potência Igual ou Inferior a 1 (um) quilowatt.
Parágrafo único - Não será permitido, por força de um só contrato de trabalho, o exercício para diferentes
setores dentre os mencionados no artigo 4º.
Art .17º – Quando o exercício de qualquer função for acumulado com responsabilidade de chefia, o Radialista fará
jus a um acréscimo de 40% (quarenta por cento) sobre o salário.
Parágrafo único - Cessada a responsabilidade de chefia, automaticamente deixará de ser devido o
acréscimo salarial.
Art. 18º – Na hipótese de trabalho executado fora do local mencionado no contrato de trabalho, correrão à conta do
empregador, além do salário, as despesas de transporte, de alimentação e de hospedagem, até o respectivo retorno.
Art. 19º – Não será permitida a cessão ou promessa de cessão dos direitos de autor e dos que lhes são conexos, de
que trata a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, decorrentes da prestação de serviços profissionais.
Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição
da obra.
Art. 21º – Será considerado como serviço efetivo o período em que o Radialista permanecer à disposição do empregador.
Art. 22º – É assegurada ao Radialista uma folga semanal remunerada de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas,
de preferência aos domingos.
Parágrafo único - As empresas organizarão escalas de revezamento de maneira a favorecer o empregado com
um repouso dominical mensal, pelo menos, salvo quando, pela natureza do serviço, a atividade do Radialista for
Guia de Legislação Profissional
Art. 23º – A jornada de trabalho dos Radialistas que prestem serviços em condições de insalubridade ou periculosi-
dade poderá ser organizada em turnos, respeitada a duração semanal do trabalho, desde que previamente autorizada
pelo Ministério do Trabalho.
Art. 24º – A cláusula de exclusividade não impedirá o Radialista de prestar serviços a outro empregador, desde que
em outro meio de comunicação e sem que se caracterize prejuízo para o primeiro contratante.
Art. 25º – Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro da gravação ou plano de trabalho, deverão
ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, em relação ao início dos trabalhos.
Art. 26º – Nenhum profissional será obrigado a participar de qualquer trabalho que coloque em risco sua integri-
dade física ou moral.
Art. 27º – O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos Indispensáveis ao cumprimento das tarefas contra-
156 tuais será de responsabilidade do empregador.
Art. 28º – A empresa não poderá obrigar o Radialista, durante o desempenho de suas funções, a fazer uso de
uniformes que contenham símbolos, marcas ou qualquer mensagem de caráter publicitário.
Parágrafo único - Não se incluem nessa proibição os símbolos ou marcas Identificadores do empregador.
Art. 29º – As infrações ao disposto na Lei e neste Regulamento serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte)
vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975,
calculada à razão de um valor de referência por empregado em situação irregular.
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou
simulação com objetivo de fraudar a Lei a multa será aplicada em seu valor máximo.
Art. 30º – O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à
autuação e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá receber qualquer benefício,
incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos.
Art. 31º – É assegurado o registro a que se refere o artigo 6º, ao Radialista que, até 19 de dezembro de 1978, tenha
exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.
Parágrafo único - O registro de que se trata este artigo deverá ser requerido pelo interessado ao órgão regional
Ministério do Trabalho.
Art. 32º – Aplicam-se ao Radialista as normas da legislação do trabalho, exceto naquilo que for incompatível com
as disposições da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978.
Art. 33º – São inaplicáveis aos órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, as disposições constantes § 1º
do artigo 10 e do artigo 13 deste Regulamento.
Art. 34º – A alteração do Quadro anexo a este Regulamento será proposta, sempre que necessária, pelo Ministério
do Trabalho, de ofício ou em decorrência de representação das entidades de classe.
Art. 35º – Aos Radialistas empregados de entidades sujeitas às normas legais que regulam a acumulação de cargos,
empregos ou funções na Administração Pública não se aplicam as disposições do artigo 16.
Art. 36º – Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
João Figueiredo
Murillo Macêdo
H. C. Mattos
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 2º – Consideram-se empresas de radiodifusão os serviços de emissão destinados a ser recebidos direta ou
livremente pelo público em geral, compreendendo radiodifusão sonora e televisão.
Art. 3º – Consideram-se radialistas aqueles que, a qualquer título, trabalhem em empresas de radiodifusão ou
televisão e não sejam integrantes de categoria profissional diferenciada.
Art. 4º – As funções em que se desdobram as atividades de radiodifusão serão assim classificadas e definidas:
Setor Rádio
Cargo em Comissão
Diretor;
Diretor de programação;
Diretor artístico;
Diretor de rádio-teatro,
Diretor comercial;
Diretor musical;
Diretor de rádio-jornalismo;
Diretor técnico.
Locução
Rádio Repórter;
Locutor de jornal falado;
Locutor narrador;
Locutor animador,
Locutor esportivo;
Locutor;
Locutor auxiliar.
Redação
Produtor;
Redator de publicidade,
Redator de contacto,
Supervisor;
Redator de jornal falado,
Comentarista,
Noticiarista;
Guia de Legislação Profissional
Noticiarista rádio-escuta,
Repórter,
Rádio fiscal.
Rádio Locução Artística (Rádio-Teatro)
Ensaiador;
Rádio-ator, Rádio-atriz protagonista,
Rádio-ator, Rádio-atriz comediante,
Rádio-ator, Rádio-atriz coadjuvante;
Cantor - Cantor de Coral.
Discoteca
Discotecário
Discotecário programador;
Discotecário;
Auxiliar de Discotecário.
Sonoplastia
158 Contra-Regra;
Sonoplasta;
Auxiliar de Estúdio.
Técnica
Rádio-Técnico Especializado;
Rádio-Técnico Auxiliar.
Rádio
Rádio Operador de 1ª;
Rádio Operador de 2ª;
Rádio Operador de 3ª;
Rádio Operador praticante.
Áudio
Áudio operador de 1ª;
Áudio operador de 2ª;
Áudio operador de 3ª ou Auxiliar,
Áudio operador praticante;
Áudio operador de externa de 1ª;
Áudio operador de externa de 2ª;
Áudio operador de externa de 3ª ou Auxiliar;
Áudio operador de externa praticante;
Manutenção
Áudio-técnico de manutenção;
Auxiliar de áudio-técnico de manutenção
Eletricista
Sonotécnico
Discriminação de Encargos
Diretor
Aquele que tem o encargo da orientação e coordenação das atividades e serviços das empresas de radiodifusão.
Diretor de Programação
Aquele que tem o encargo de supervisionar a programação da emissora e coordenar os diversos departamentos da
empresa.
Guia de Legislação Profissional
Diretor Artístico
Aquele que tem o encargo do setor artístico das empresas de radiodifusão compreendendo a seleção do elemento
humano e material necessário ao desenvolvimento da respectiva programação.
Diretor Comercial
Aquele que tem o encargo de supervisionar a programação comercial e coordenar os contratos de publicidade.
Diretor Musical
Aquele que, guardando subordinação ao Diretor Artístico, tem o encargo e a responsabilidade do ensaio e preparo do
repertório musical e a consequente apresentação dos números confiados à execução de músicos e cantores.
Diretor de Rádio-Jornalismo e Diretor Esportivo 159
Aquele que tem encargos de supervisionar os trabalhos rádio-jornalísticos.
Diretor Técnico
Aquele que. portador de diploma de rádio-técnico especializado em rádio-comunicações, chefia os serviços técnicos
nas empresas de radiodifusão.
Locução
Rádio-Repórter
Aquêle que tem o encargo de realizar entrevista ou reportagens, sobre qualquer assunto, reportando todas as infor-
mações, opiniões e dados inerentes ao trabalho jornalístico.
Locutor Narrador
Aquele que tem o encargo de efetuar a narração dos programas de estúdio, leituras de crônicas e comentários.
Locutor Animador
Aquele que tem o encargo de movimentar programas, vivos ou não, de auditório ou de estúdio.
ocutor Esportivo
Aquele que tem o encargo de irradiar e comentar as competições esportivas.
Locutor
Aquele que tem o encargo de efetuar a locução de matéria publicitária, inter-programas.
Locutor-Auxiliar
Aquele que tem o encargo de apresentação de programas de gravações, além de coadjuvar o locutor especializado em
qualquer das modalidades de locução.
Redação
Redator de Publicidade
Aquele que tem o encargo de redigir a matéria tipicamente comercial.
Supervisor
Aquele que tem o encargo e a responsabilidade de preparo e ensaio da locução artística.
Comentarista
Aquele que tem encargo de redigir matéria de crítica ou orientação através de comentários ou crônicas.
Noticiarista
160 Aquele que, coadjuvando nos trabalhos comuns de redação, tem o encargo de coligir e redigir informações, com
comentários ou apreciações.
Noticiarista de Rádio-Escuta
Aquele que tem o encargo de apurar as notícias através de escuta radiofônica.
Repórter
Aquele que tem o encargo de colher e preparar para irradiações, notícias e informações, segundo determinação que
receba ou designação prévia.
Rádio Fiscal
Aquele que, diretamente subordinado à Direção Comercial, executa fiscalização e registra em relatório todas as
ocorrências verificadas durante a programação.
Ensaiador
Aquele que tem o encargo de ensaiar e dirigir os programas com a participação dos elementos do “cast” rádio-teatral,
podendo inclusive escolher os intérpretes, de acordo com o Produtor.
Discoteca
Discotecário-Programador
Aquele que tem o encargo de organizar a programação das audições constituídas por gravações.
Discotecário
Aquele que tem o encargo de zelar pela organização da Discoteca.
Guia de Legislação Profissional
Auxilia de Discotecário
Aquele que é admitido para auxiliar o Discotecário.
Sonoplasta
Contra-Regra
Aquele que tem o encargo de secundar as representações rádio-artísticas, velando pela oportunidade da entrada ou
saída dos intérpretes bem como fazendo os ruídos característicos ao microfone, durante as irradiações de programas
de rádio-teatro.
Sonoplasta
Aquele que compete organizar, juntamente com o Produtor ou Diretor do Programa, as músicas e efeitos musicais e
outros efeitos sonoros gravados, operando todo e qualquer programa que exija sonoplastia.
Auxiliar de Estúdio
Aquele que tem o encargo de responder pelo supervisionamento dos serviços de transmissão dos programas, tomando 161
quaisquer providências para o perfeito andamento da programação, quer nos setores de contra-regra, locução etc.,
como auxiliar um dos Diretores.
Técnica
Rádio-Técnico Especializado
Aquele que, portador de diploma de rádio-técnico em rádio-comunicações, se responsabiliza por montagem rádio-
elétrica.
Rádio-Técnica Auxiliar
Aquele que portador de diploma expedido pela Escola do DCT ou de certificado profissional de técnico, maneja instala-
ções rádio-emissoras, efetua reparos e melhoramentos necessários, ajustes dos diferentes órgãos e zela pela respectiva
conservação e funcionamento.
Rádio
Rádio Operador de 1ª
Aquele que, portador de diploma expedido pela Escola do DCT ou com prática de pelo menos 10 anos no exercício da
função maneja instalações rádio-emissoras, efetua reparos e melhoramentos necessários, ajusta os diferente órgãos e
zela pela respectiva conservação e funcionamento.
Rádio Operador de 2ª
Aquele que maneja instalações rádio-emissoras, efetua sob orientação dos rádio-técnicos de 1ª classe, os reparos e
melhoramentos necessários e zela pela respectiva conservação e funcionamento.
Praticante
Aquele que, sob a orientação do Rádio-Operador, é admitido para praticar o exercício das funções de sua especialida-
de, por prazo não superior a um ano.
promover reparos técnicos e melhoramentos necessários ao equipamento, zele pela sua conservação e funcionamento.
Eletricista
Aquele que tem a responsabilidade de instalar e conservar o material elétrico da empresa.
Sonotécnica
Aquele que, portador de certificado profissional, maneja todo o equipamento de áudio nos programas de estúdio, ou
nas transmissões externas.
Setor de Televisão
Cargos em Comissão
Diretor
Diretor de Programação
Diretor Artístico
Diretor de Tele-Teatro
Diretor Comercial
Diretor Musical
Diretor de Tele-Jornalismo
Diretor Técnico
Produção
Produtor
Diretor de Programa
Diretor de TV ou Suíte
Iluminador
Sonoplasta
Desenhista
Autor
Adaptador
Redator Comercial
Guia de Legislação Profissional
Assistente de Estúdio
Assistente de Produção
Maquilador e Cabeleireiro
Produtor Comercial
Guarda-Roupa
Figurinista
Tipógrafo de TV
Master
Coreógrafo
Roteirista de intervalos comerciais ou áudio-escuta
Arquivista ou Montador de Slides
Cenógrafo ou Decorador
Aderecista
Contra-Regra de Estúdio ou de Rua
Pintor Artístico
Pintor 163
Costureira
Alfaiate
Maquinista
Carpinteiro
Marceneiro
Maquetista
Lustrador
Tapeceiro
Técnica
Técnico de Transmissores
Técnico de Manutenção de Vídeo
Técnico de Gravação de Vídeo-Tape
Técnico de Manutenção Mecânica
Técnico de Manutenção de Áudio
Técnico de Manutenção de Vídeo-Tape
Eletricista
Operação
Operador de Câmera
Operador de Áudio
Operador de Vídeo
Operador de Projetor
Operador de Transmissor
Operador de Gravador de Vídeo-Tape
Cine-Televisão
Repórter Cinegrafista
Montador
Laboratorista
Filmotecário ou Arquivista
Fotógrafo Laboratorista de Programa
Fotógrafo de Dispositivo (Slides)
Iluminador de Reportagens Filmadas
Locução
Áudio-repórter
Locutor de Jornal falado
Locutor narrador
Guia de Legislação Profissional
Locutor animador
Locutor esportivo
Locutor auxiliar
Artista
Tele-Ator (atriz)
Tele-Ator (atriz) comediante
Figurantes
Bailarino
Tele-Jornalismo
Redator-Chefe
Redator
Noticiarista
Arquivista
Auxiliares de
Iluminador
164 Desenhista
Maquilador
Cabeleireiro
Guarda-Roupa
Figurinista
Tipógrafo de TV
Cenógrafo
Decorador
Contra-Regra de Estúdio
Contra-Regra de Rua
Maquetista
Costureira
Alfaiate
Eletricista
Cinegrafista
Laboratorista
Marceneiro
Carpinteiro
Lustrador
Maquinista
Gravador de Vídeo-Tape
Técnico
Manutenção Mecânica
Manutenção de Áudio
Manutenção de Vídeo
Operador de Vídeo
Operador de Áudio
Operador de Câmera
Transmissores
Projetor
Setor Administrativo
Caixa
Tesoureiro
Auxiliar de Caixa
Auxiliar de Contabilidade
Auxiliar de Tesoureiro
Guia de Legislação Profissional
Cobrador
Auxiliar de Escritório
Datilógrafo (a)
Telefonista
Contínuo
Porteiro
Servente
Discriminação de Encargos
Cargos em Comissão
Diretor
Aquele tem o encargo da orientação e coordenação das atividades e serviços das empresas de radiodifusão.
Diretor de Programação
Aquele que tem o encargo de supervisionar a programação da emissora e coordenar os diversos departamentos da 165
emissora.
Diretor Artístico
Aquele que tem o encargo do setor artístico das empresas de radiodifusão, compreendendo a seleção do elemento
humano e material necessário ao desenvolvimento da respectiva programação
Diretor de Tele-Teatro
Aquele que tem o encargo de dirigir o Departamento de Tele-Teatro.
Diretor Comercial
Aquele que tem o encargo de supervisionar a programação comercial e coordenar os contratos de publicidade.
Diretor Musical
Aquele que, guardando subordinação do Diretor Artístico, tem o encargo e a responsabilidade do ensaio e preparo do
repertório musical e a conseqüente apresentação dos números confiados à execução de músicos e cantores.
Diretor de Tele-Jornalismo
Aquele que tem o encargo de supervisionar os trabalho tele-jornalísticos.
Diretor Técnico
Aquele que, portador de diploma de técnico especializado, orienta técnica e administrativamente os estúdios e os
transmissores.
Produção
Produtor
Compete ao Produtor:
a) Organizar programas de qualquer gênero.
b) Planejar todo material necessário à realização de um programa.
c) Organizar e controlar as verbas de um programa, de acordo com o Diretor Artístico.
d) Escolher o elenco que deve participar do programa, de acordo com o Diretor de Programa e o Diretor Artístico.
e) Assumir a responsabilidade do programa, juntamente com o Diretor de Programa, perante a direção da
emissora.
Diretoria de Programa
Guia de Legislação Profissional
Diretor de TV
Compete ao Diretor de TV:
a) Dirigir toda a equipe de operação que participe do programa durante os ensaios e na execução.
b) Participar, juntamente com o Diretor de Programa e Produtor de todos os trabalhos concernentes à realização
de um programa.
c) Ser responsável por todo o trabalho de operação de um programa.
166
Iluminador
Compete ao Iluminador:
a) Ensaiar e dirigir todos os trabalhos de iluminação de acôrdo com os planos de produção dos programas.
Sonoplasta
Compete ao Sonoplasta:
a) Organizar, juntamente com o Produtor e o Diretor de programa, as músicas e efeitos musicais gravados e
outros efeitos sonoros dos programas ou programações.
b) Participar dos ensaios de câmeras.
c) Operar todo ou qualquer programa que exija sonoplasta.
Desenhista
a) Idealizar e executar desenhos para todos os fins de programas e intervalos interprogramas.
Autor
Compete ao Autor:
a) Escrever originais para encenação.
Adaptador
Compete ao Adaptador:
a) Adaptar histórias para encenação.
Redator Comercial
Compete ao Redator Comercial:
a) Redigir textos comerciais para anúncios publicitários ou de propaganda.
Cenógrafo
Compete ao Cenógrafo:
a) Projetar o cenário, de acôrdo com o Produtor e o Diretor de Programa.
b) Executar plantas baixa e alta do cenário.
c) Desenhar os detalhes em escala para a execução do cenário.
d) Indicar as cores do cenário.
e) Orientar e dirigir a montagem dos cenários.
f) Orientar o contra-regra quanto aos adereços necessários ao cenário.
Decorador
Compete ao Decorador:
a) Preparar a decoração do cenário sob orientação do cenógrafo.
Aderecista
Compete ao Aderecista: 167
a) Providenciar todos os adereços necessários ao programa, sob orientação do cenógrafo.
Contra-Regra de Estúdio
Compete ao Contra-Regra de Estúdio:
a) Dar assistência ao cenógrafo e ao decorador.
b) Providenciar todos os objetos de decoração em sua distribuição nas cenas sob a orientação do cenógrafo.
c) Durante o programa executar todos os ruídos de estúdio.
Contra-Regra de Rua
Compete ao Contra-Regra de Rua:
a) Providenciar todo o material para a realização do programa fora da emprêsa.
Maquetista
Compete ao Maquetista:
a) Desenhar e executar maquetos para efeitos de cena.
Pintor Artístico
Compete ao Pintor Artístico:
a) Executar sob orientação do cenógrafo, todo o trabalho de pintura artística para o programa.
Pintor
Compete ao Pintor
a) Pintar, sob orientação do cenógrafo, todas as partes lisas do cenário.
Costureira
Compete a Costureira:
a) Confeccionar sob orientação do cenógrafo ou do figurinista, todos os trabalhos de costura.
Alfaiate
Compete ao Alfaiate:
a) Cortar e confeccionar roupas masculinas para os programas sob a orientação do cenógrafo ou figurinista.
Maquinista
Compete ao Maquinista:
Guia de Legislação Profissional
Carpinteiro
Compete ao Carpinteiro
a) Construir os cenários sob orientação da cenografia.
Marceneiro
Compete ao Marceneiro:
a) Construir móveis e executar reformas em geral.
Lustrador
Compete ao Lustrador:
a) Lustrar e encerar móveis em geral.
Tapeceiro
168 Compete ao Tapeceiro:
a) Todos os trabalhos de tapeçaria.
Técnica
Técnico de Transmissor
Compete ao Técnico de Transmissor:
a) Ser responsável pela manutenção dos transmissores.
Eletricista
Compete ao Eletricista:
a) Executar todos os trabalhos diretamente ligados às instalações elétricas e de iluminação de programas ou de estúdios.
Guia de Legislação Profissional
Assistente de Estúdio
Compete ao Assistente de Estúdio:
a) Assistir ao Diretor de TV em todo o trabalho concernente à realização de um programa.
b) Participar dos ensaios.
c) Trabalhar diretamente ligado ao Diretor de TV através de fone e dentro do estúdio.
Assistente de Produção
Compete ao Assistente de Produção:
a) Assistir ao Produtor em todos os trabalhos de Produção.
Assistente de Direção
Compete ao Assistente de Direção:
a) Assistir ao Diretor de Programa em todo o trabalho de Direção.
Maquilador
Compete ao Maquilador: 169
a) Maquilar todo o elenco, artisticamente.
Produtor Comercial
Compete ao Produtor Comercial:
a) Organizar comerciais ao vivo.
b) Planejar todo o material necessário à realização de um comercial ao vivo.
c) Dirigir juntamente com o Master, a equipe que participa dos comerciais.
d) Dirigir os anunciadores que participem dos comerciais.
Cabeleireiro
Compete ao Cabeleireiro:
a) Cuidar dos penteados em geral.
c) Cuidar das cabeleiras postiças.
Guarda-Roupa
Compete ao Guarda-Roupa:
a) Guardar todo o material de roupas e mantê-lo sempre em estado de uso.
b) Ajustar a mudança de roupa dos intérpretes nos estúdios.
Figurinista
Compete ao Figurinista:
a) Desenhar a todos os modelos de figurinos.
b) Orientar a execução dos figurinos.
Tipógrafo de TV
Compete ao Tipógrafo de TV:
a) Executar todos os trabalhos de tipografia para os programas e intervalos interprogramas.
Master
Compete ao Master:
a) Dirigir, juntamente com o Produtor Comercial toda a equipe que participe dos mesmos, durante os ensaios e na
execução.
b) Fazer passagens de filmes e “slides” nos intervalos interprogramas, e, ainda, a entrada e saída de Vídeo-Tape,
“Kinescópio” e externos.
Guia de Legislação Profissional
Cenógrafo
Compete ao Cenógrafo:
a) Dirigir e ensaiar os corpos de baile e bailados.
b) Organizar, juntamente com o Produtor ou Diretor de Programa, todo trabalho de planejamento da coreografia.
Operação
Operador de Câmera
Compete ao Operador de Câmera:
a) Operar todo e qualquer programa.
b) Participar dos ensaios de programas.
Operador de Áudio
Compete ao Operador de Áudio:
a) Operar todo e qualquer programa;
170 b) Operar intervalos de programas;
1.Executar gravações elétricas e magnéticas.
Operador de Vídeo
Compete ao Operador de Vídeo:
a) Operar eletrônicamente as Câmeras;
b) Manter os níveis operacionais.
Operador de Projetor
Compete ao Operador de Projetor:
a) Operar os sistemas de projeção em programas ou intervalos.
b) Efetuar ajustes operacionais nos projetores (foco, filamento e enquadração).
Operador de Transmissor
Compete ao Operador de Transmissor:
a) Operar o Equipamento da estação transmissora, zelando pela sua conservação;
b) Manter os níveis operacionais determinados pelo técnico responsável.
Cine-televisão
Repórter-Cinegrafista
Compete ao Repórter-Cinegrafista:
a) Filmar os assuntos determinados pela direção, tomar conhecimento de suas causas e todos os detalhes necessá-
rios à reportagem.
b) Elaborar o roteiro de filmagens.
Montador
Compete ao Montador:
a) Montar tôdas as reportagens filmadas e todos os filmes que forem necessários para a programação.
Laboratorista
Compete ao Laboratorista:
Guia de Legislação Profissional
Filmotecário
Compete ao Filmotecário:
a) manter em dia todos os filmes que forem projetados, fazendo as respectivas fichas com detalhes das diversas
cenas;
b) Manter o fichário completo de todos os filmes nacionais e internacionais no arquivo de filmagem.
Locução
Tele-Repórter
Compete ao Tele-Repórter:
a) Realizar entrevistas ou reportagens, sobre qualquer assunto, reportando todas as informações opiniões e dados
inerentes ao trabalho jornalístico.
Locutor Narrador
Compete ao Locutor Narrador:
a) Efetuar narração dos programas de estúdio, leituras de crônicas e comentários.
Locutor animador
Compete ao Locutor animador:
a) Movimentar programas, vivos ou não, de auditório ou de estúdio.
Locutor Esportivo
Compete ao Locutor Esportivo:
a) Irradiar e comentar as competições esportivas.
Locutor
Compete ao Locutor:
a) Efetuar a locução de matéria publicitária inter-programas.
Locutor-Auxiliar
Compete ao Locutor- Auxiliar:
a) Apresentar os programas de gravações, alem de coadjuvar o locutor especializado em qualquer da modalidades
de locução.
Guia de Legislação Profissional
Artistas
Tele-Ator ou Tele-Atriz
Compete ao Tele-Ator ou Tele-Atriz:
a) Desempenhar papéis nos gêneros de drama, comédia, tragédia, peças infantis, pantominas, declamações em
prosa ou verso, individualmente ou em conjunto.
Figurantes
Compete aos Figurantes:
a) Integrar os elencos para complementação do espetáculo.
Bailarino (A)
172 Compete ao Bailarino (A):
a) Executar números de balet isoladamente ou em conjunto.
Cantor (A)
Compete ao Cantor (A):
a) A interpretação de textos musicados, individualmente ou em conjuntos fixos.
Cantor de Coral
Compete ao Cantor de Coral:
a) A interpretação de textos musicados, em conjunto, com ou sem acompanhamento.
Tele-jornalismo
Redator-Chefe
Compete ao Redator-Chefe:
a) Fazer a Seleção das reportagens e notícias;
b) Fazer a revisão das reportagens e notícias;
c) Orientar na redação de notícias reportagens e na armação e fechamento dos noticiosos.
Redator
Compete ao Redator:
a) Redação de textos relativos aos filmes, comentários, notas e fusão de notícias.
Noticiarista
Compete ao Noticiarista:
a) Apurar a informação no fonte, redigir a notícia e submetê-la ao redator-chefe.
Arquivista
Compete ao Arquivista:
a) Selecionar, em ordem alfabética, todos os filmes e foto, registrados em fichas;
b) Arquivar os originais dos textos ordem cronológica.
Auxiliares
Compete aos Auxiliares:
a) Executar serviços auxiliares em geral relativos à respectiva função.
Guia de Legislação Profissional
Setor Administrtivo
Caixa
Compete ao Caixa:
a) Sob supervisão, efetuar pagamento e recebimento de dinheiros, conferir documentos, inclusive no tocante ao
pagamento de selos, guardar dinheiros e valores e confeccionados boletins de caixa.
Tesoureiro
Compete ao Tesoureiro:
a) Alem dos encargos próprios da função de Caixa, responder pela guarda dos cofres da empresa; movimentar che-
ques; fazer cálculos de selagem de documentos; promover depósitos em bancos; dirigir os serviços da Tesouraria.
Auxiliar de Caixa
Compete ao Auxiliar de Caixa:
a) Auxiliar o Caixa nos serviços sob sua responsabilidade e substituir nos impedimentos eventuais.
173
Auxiliar de Contabilidade
Compete ao Auxiliar de Contabilidade:
a) Sob a orientação e supervisão do Contador, fazer a escrituração dos livros contábeis da empresa; fazer registros em
livros, fichas, modelos e formulários; fazer levantamento para mapas, quadros demonstrativos, balancetes e balanços,
fazer relações, mapas, quadros, extratos de contas, cálculos de impostos, taxas e selagem de documentos; trabalha
com arquivos, fichários, máquinas de escrever, calcular e de contabilidade.
Auxiliar de Tesoureiro
Compete ao Auxiliar de Tesoureiro:
a) Auxiliar o Tesoureiro nos serviços sob sua responsabilidade e substituí-lo nos impedimentos eventuais.
Cobrador
Compete ao Cobrador:
a) (Credenciado pela Empresa) Efetuar cobranças, transportar dinheiros e valores da firma e elaborar relatórios
ligados a esta atividade.
Auxiliar de Escritório
Compete ao Auxiliar de Escritório:
a) Sob supervisão, exercer atividades, de escritório; fazer serviços de datilografia; copiador, selos, fichários, arquivos,
correspondências, mapas, “bordereaux” de bancos, documentos fiscais, folhas de pagamento, cálculos; conferir
trabalhos e executar outras tarefas correlatas às acima descritas próprias dos funcionários de escritório demais
experiências.
Datilógrafo (a)
Compete ao Datilógrafo (a):
a) Sob supervisão, fazer trabalhos de datilografia de: cartas, ofícios, memorandos, relações, mapas, quadros, matrizes
para duplicação; auxiliar nos serviços gerais de escritório, registrar correspondência fazendo fichários, selagem de
documentos e arquivamento.
Datilógrafo (a)
Compete ao Datilógrafo (a):
a) Sob supervisão, fazer trabalho de datilografia referentes à programação.
Telefonista
Compete a Telefonista:
Guia de Legislação Profissional
a) Atender a chamados telefônicos, em centros eletro-mecânicos, do PABX ou semelhantes, é fazer conexões com
ramais internos, promover as intercomunicações telefônicas pedidas pelos diversos ramais; transmitir mensagens
telefônicas e localizar pessoas, por telefone, no interior da empresa.
Contínuo
Compete ao Contínuo:
a) Sob supervisão, auxiliar nos serviços internos de transmissão de mensagens documentos, volumes e encomendas;
atender, orientar e encaminhar dentro da empresa, de acordo com as instruções recebidas; fazer pequenos serviços
de limpeza de cinzeiros e mobiliários; servir café e lanches nas seções e outros correlatos com as atividades acima
descritas.
Porteiro
Compete ao Porteiro:
a) Sob supervisão, prestar serviços da portaria; receber e encaminhar pessoas na empresa; zelar pela limpeza do
local; fiscalizar a entrada e saída de volumes, mobiliário e maquinaria, executar outras tarefas correlatas.
174
Art. 5º – Ficam mantidas as resoluções da Comissão do Enquadramento Sindical, sobre as quais não hajam
as partes interessadas, tempestivamente oferecido recursos e os acordos salariais que hajam enquadrados
como radialista categorias distintas, com as definições de atribuições que lhe tenham sido determinadas
nesses instrumentos.
Art. 7º – Os rádio-atores e tele-atores trabalharam até 36 (trinta e seis) horas por semana, sendo no
máximo de seis a jornada diária.
§ 1º Para os demais a duração do trabalho será a prevista em lei.
§ 2º Ficam respeitados os usos e costumes, não ensejando o presente decreto revisão das jornadas atualmen-
te estipuladas para os empregados.
Art. 8º – erá computado na respectiva duração normal de trabalho, o período destinado aos ensaios, bem
assim o de gravações em fita magnética, “video-tape”, quinescópio ou qualquer tipo existente ou que venha
a existir.
Art. 9º – Será computado como trabalho o tempo em que o empregado estiver à disposição do emprega-
dor, inclusive nas viagens a serviço da empresa.
Art. 10º – Sempre que a necessidade de serviço ultrapassar os limites impostos por estes artigos, a remu-
Guia de Legislação Profissional
neração será paga de acordo com as horas extraordinárias de cada elemento, com o acréscimo legal.
Art. 11º – Em caso de Jornada reduzida por disposições contratuais, a mesma só ser alterada por mútuo
consentimento.
Art. 12º – É assegurada ao radialista uma folga semanal remunerada de vinte e quatro (24) horas contínu-
as, de preferência aos domingos.
Parágrafo único - Nos serviços executados por turno, a escala será organizada, de preferência de modo
a evitar que a folga iniciada zero (0) de um dia termine às (24) (vinte e quatro) horas do mesmo dia.
Art. 13º – Havendo trabalho aos domingos, por necessidade de serviço, será organizada uma escala mensal,
de revezamento que favoreça um repouso dominical por mês.
Art. 14º – Se o trabalhador for prestado a mais de uma empresa radiofônica, o ajuste do salário em cada
uma será de valor nunca inferior a 50% (cinqüenta por cento) do nível mínimo em vigor, por acordo salarial
para a correspondente função. 175
Art. 15º – Em nenhuma empresa de rádio ou televisão é permitido o trabalho profissional gratuito sendo
obrigatório e vínculo empregatício.
Art. 16º – Os empregados em empresas de rádio ou televisão não se enquadram no conceito de “congêne-
res” dos artistas teatrais referidos na C.L.T.
Art. 17º – Quando os programas a serem apresentados nas emissoras de televisão forem feitos e executa-
dos por empresas de Publicidade e outras, os participantes de tais programas enquadrados na classificação
profissional ficarão sujeitos à legislação que disciplina a profissão de radialistas, bem como ao recolhimento
dos descontos obrigatórios incidentes sobre os salários para o respectivo Sindicato de Trabalhadores em
Empresas de Radiodifusão. Para tanto deverá a Empresa produtora do programa estipular expressamente
em instrumento de contrato de trabalho, os nomes do participantes em cada programa e os salários
respectivos, sendo remetida cópia do mencionado contrato de trabalho ao Sindicato de Trabalhadores em
Empresas de Radiodifusão.
Parágrafo único - O Sindicato de Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão, comprovado o atendi-
mento da obrigações sindicais, expedirá, dentro de 24 (vinte e quatro) horas, o “visto” respectivo.
Art. 18º – As cabinas de locutores, estúdios, salas de controle e projeção, deverão obedecer a critérios de
higiene e segurança, devidamente homologados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. Igualmente
os cenários e instalações deverão ter condições que assegurem a integridade física dos participantes dos
programas.
Art. 19º – Qualquer cargo ou função omisso no quadro de classificação profissional, que vier a surgir, de-
corrente da relação de emprego por imposição do progresso, do uso e costume, poderá ser nele incluído, desde
que decorrente de decisão da Justiça do Trabalho ou da Comissão de Enquadramento Sindical do M.T.P.S.
Art. 20º – Para os efeitos do Art. 80 do Código Brasileiro de Telecomunicações os radialistas que, pela sua
função são equiparados aos jornalistas, ficam obrigados a apresentar atestado dos sindicados de trabalhado-
res em empresas de radiodifusão do exercício da função do rádio ou televisão.
Art. 21º – Este decreto entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Abelardo Jurema
Amaury Silva
Art. 1° – Os arts. 34 e 35 do Decreto n° 82.385, de 5 de outubro de 1978, passam a vigorar com a seguinte
redação:
Art. 35º – Nos ajustes relativos ao valor e à forma de pagamento dos direitos autorais e conexos, os artistas pode-
rão ser representados pelas associações autorizadas a funcionar pelo Conselho Nacional de Direito Autoral.
1º - No caso de ajuste direto pelo artista, sua validade dependerá de prévia homologação pelo Conselho Nacional de
Direito Autoral.
2º - Não será homologado pelo Conselho Nacional de Direito Autoral ajuste direto que importe em fixar valor de
direitos autorais e conexos inferior ao estabelecido em ajuste feito, com o mesmo empregador, por meio da participa- 177
ção de associação mencionada no caput .”
Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978
Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Artistas e de técnico em Espetáculos de Diversões, e dá
outras providências.
O Presidente da República, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões é regulado pela presente Lei.
Art. 3º – Aplicam-se as disposições desta lei às pessoas físicas ou jurídicas que tiverem a seu serviço os profissionais
definidos no artigo anterior, para realização de espetáculos, programas, produções ou mensagens publicitárias.
Parágrafo único - Aplicam-se, igualmente, as disposições desta Lei às pessoas físicas ou jurídicas que agenciem
colocação de mão-de-obra de profissionais definidos no artigo anterior.
Guia de Legislação Profissional
Art. 4º – As pessoas físicas ou jurídicas de que trata o artigo anterior deverão ser previamente inscritas no Ministé-
rio do Trabalho.
Art. 5º – Não se incluem no disposto nesta Lei os Técnicos em Espetáculos de Diversões que prestam serviços a
empresa de radiodifusão.
Art. 6º – O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões requer prévio registro na
Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.
Art. 7º – Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões, é necessário a apresentação de:
I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos
semelhantes, reconhecidos na forma da Lei; ou
II - diploma ou certificado correspondentes às habilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Ceno-
técnico, Sonoplasta, ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou
III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e,
178 subsidiariamente, pela Federação respectiva.
§ 1º - A entidade sindical deverá conceder ou negar o atestado mencionado no item III, no prazo de 3 (três) dias
úteis, podendo ser concedido o registro, ainda que provisório, se faltar manifestação da entidade sindical, nesse prazo.
§ 2º - Da decisão da entidade sindical que negar a concessão do atestado mencionado no item III deste artigo,
caberá recurso para o Ministério do Trabalho, até 30 (trinta) dias, a contar da ciência.
Art. 8º – O registro de que trata o artigo anterior poderá ser concedido a título provisório, pelo prazo máximo de
1 (um) ano, com dispensa do atestado a que se refere o item III do mesmo artigo, mediante indicação conjunta dos
Sindicatos de empregadores e de empregados.
Art. 9º - O exercício das profissões de que trata esta Lei exige contrato de trabalho padronizado, nos termos de
instruções a serem expedidas pelo Ministério do trabalho.
§ 1º - O contrato de trabalho será visado pelo Sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente,
pela Federação respectiva, como condição para registro no Ministério do Trabalho, até a véspera da sua vigência.
§ 2º - A entidade sindical deverá visar ou não o contrato, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, findos os quais ele
poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a manifestação sindical.
§ 3º - Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho.
Art. 11º – A cláusula de exclusividade não impedirá o Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar
serviços a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de
comunicação, e sem que se caracterize prejuízo para o contratante com o qual foi assinada a cláusula de exclusividade.
Art. 12º – O empregador poderá utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituição de
Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões, ou para prestação de serviço caracteristicamente eventual, por
prazo não superior a 7 (sete) dias consecutivos, vedada a utilização desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias
subseqüentes, por essa forma, pelo mesmo empregador.
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho expedirá instruções sobre a utilização da nota contratual e
aprovará seu modelo.
Art. 13º – Não será permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da presta-
ção de serviços profissionais.
Parágrafo único - Os direitos autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada 179
exibição da obra.
Art. 14º – Nas mensagens publicitárias, feitas para cinema, televisão ou para serem divulgadas por outros veículos,
constará do contrato de trabalho, obrigatoriamente:
I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida;
II - o tempo de exploração comercial da mensagem;
III - o produto a ser promovido;
IV - os veículos através dos quais a mensagem será exibida;
V - as praças onde a mensagem será veiculada;
VI o tempo de duração da mensagem e suas características.
Art. 15º – O contrato de trabalho e a nota contratual serão emitidos com numeração sucessiva e em ordem cronológica.
Parágrafo único - Os documentos de que trata este artigo serão firmados pelo menos em duas vias pelo contra-
tado, ficando uma delas em seu poder.
Art. 16º – O profissional não poderá recusar-se à auto dublagem, quando couber.
Parágrafo único - Se o empregador ou tomador de serviços preferir a dublagem por terceiros, ela só poderá ser
feita com autorização, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em língua estrangeira.
Art. 17º – A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra, obrigará o tomador
de serviço solidariamente pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa, pelo
tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir às responsabilidades e obrigações decorrentes desta Lei ou de
contrato.
Art. 18º – O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocação implica a percepção integral do
salário, mesmo que o trabalho não se realize por motivo independente de sua vontade.
Art. 19º – O profissional contratado por prazo determinado não poderá rescindir o contrato de trabalho sem justa
causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o em pregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
Parágrafo único - A indenização de que trata este artigo não poderá exceder àquela a que teria direito o empre-
gado em idênticas condições.
Art. 20º – Na rescisão sem justa causa, no distrato e na cessação do contrato de trabalho, o empregado poderá
ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, respeitado o
disposto no artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Guia de Legislação Profissional
Art. 21º – A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata esta Lei, terá nos setores e atividades
respectivos, as seguintes durações:
I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 30 (trinta) horas semanais;
II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 (seis) horas diárias;
III - Teatro: a partir de estréia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 (oito) sessões semanais;
IV - Circo e variedades: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 36 (trinta e seis) horas semanais;
V - Dublagem: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 40 (quarenta) horas semanais.
§ 1º - O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões semanais previstas neste artigo será considera-
do extraordinário, aplicando-se-lhe o disposto nos artigos 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 2º - A jornada normal será dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poderá exceder de 4 (quatro) horas,
respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 3º - Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o exijam, o intervalo poderá, em
benefício do rendimento artístico, ser superior a 2 (duas) horas.
§ 4º - Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do empregador,
180 a contar de sua apresentação no local de trabalho, inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagem,
fotografias, caracterização, e todo àquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado a preparação do
ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de equipamento.
§ 5º - Para o Artista, integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8 (oito) horas, durante o
período de ensaio, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 22º – Na hipótese de exercício concomitante de funções dentro de uma mesma atividade, será assegurado
ao profissional um adicional mínimo de 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a
função melhor remunerada.
Parágrafo único - E vedada a acumulação de mais de duas funções em decorrência do mesmo contrato de trabalho.
Art. 23º – Na hipótese de trabalho executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do
empregador, além do salário, as despesas de transporte e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.
Art. 24º – É livre a criação interpretativa do Artista e do Técnico em Espetáculos de Diversões, respeitado o
texto da obra.
Art. 25º – Para contratação de estrangeiro domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância
equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal em nome da entidade sindical
da categoria profissional.
Art. 26º – O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contra-
tuais será de responsabilidade do empregador.
Art. 27º – Nenhum Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões será obrigado a interpretar ou participar de
trabalho possível de pôr em risco sua integridade física ou moral.
Art. 28º – A contratação de figurante não qualificado profissionalmente, para atuação esporádica, determinada
pela necessidade de características artísticas da obra, poderá ser feita pela forma da indicação prevista no artigo 8º.
Art. 29º – Os filhos dos profissionais de que trata esta Lei, cuja atividade seja itinerante, terão assegurada a
transferência da matrícula e conseqüente vaga nas escolas públicas locais de 1º e 2º Graus, e autorizada nas escolas
particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de origem.
Art. 30º – Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro de gravação ou plano de trabalho,
deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, em relação ao início
Guia de Legislação Profissional
dos trabalhos.
Art. 31º – Os profissionais de que trata esta Lei têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material de
propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obrigações
não cumpridas pelo empregador.
Art. 32º – É assegurado o direito ao atestado de que trata o item III do artigo 7º ao Artista ou Técnico em Espetá-
culos de Diversões que, até a data da publicação desta Lei tenha exercido, comprovadamente, a respectiva profissão.
Art. 33º – As infrações ao disposto nesta Lei serão punidas com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor
de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um
valor de referência por empregado em situação irregular.
Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou
simulação com o objetivo de fraudar a Lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
Art. 34º – O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à
autuação, e não recolher, multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá: 181
I - receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos;
II - obter liberação para exibição de programa, espetáculo, ou produção, pelo órgão ou autoridade competente.
Art. 35º – Aplicam-se aos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões as normas da legislação do trabalho,
exceto naquilo que for regulado de forma diferente nesta Lei.
Art. 36º – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da data de sua publicação.
Art. 37º – Esta Lei entrará em vigor no dia 19 de agosto de 1978, revogadas as disposições em contrário, especial-
mente o art. 35, o § 2º do art. 480, o Parágrafo único do art. 507 e o art. 509 da Consolidação das Leis do Trabalho,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1943, a Lei nº 101, de 1947, e a Lei nº 301, de 1948.
Senado Federal
Subsecretaria de Informações
Art. 1º – O exercício das profissões de Artistas e de Técnico em Espetáculos de Diversões é disciplinado pela Lei nº
6.533, de 24 de maio de 1978 e pelo presente regulamento.
Guia de Legislação Profissional
Art. 3º – Aplicam-se as disposições da Lei nº 5.533, de 24 de maio de 1978, às pessoas físicas ou jurídicas que tive-
rem a seu serviço os profissionais definidos no artigo anterior, para realização de espetáculos, programas, produções
ou mensagens publicitárias.
Parágrafo único - As Pessoas físicas ou jurídicas de que trata este artigo deverão ser previamente inscritas no
182 Ministério do Trabalho.
Art. 4º – Para inscrição das pessoas físicas e jurídicas de que trata o artigo anterior é necessário a apresentação de:
I - documento de constituição da firma, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que
tenha sede;
II - comprovante de recolhimento da contribuição sindical;
III - número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuinte do Ministério da Fazenda;
Parágrafo único - O Ministério do Trabalho fornecerá, a pedido da empresa interessada, cartão de inscrição que
lhe faculte instruir pedido de registro de contrato de trabalho de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.
Art. 5º – Aplicam-se, igualmente, as disposições da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, às pessoas físicas ou
jurídicas que agenciem colocação de mão-de-obra de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões.
Parágrafo único - Somente as empresas organizadas e registradas no Ministério do Trabalho, nos termos da Lei nº 6.019,
de 3 de janeiro de 1974, poderão agenciar colocação de mão-de-obra de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões.
Art. 6º – Não se incluem no disposto neste regulamento os Técnicos em Espetáculos de Diversões que prestam
serviços a empresa de radiodifusão.
Art. 7º – O exercício das profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões requer prévio registro na
Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho, o qual terá validade em todo o território nacional.
Art. 8º – Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões, no Ministério do Trabalho, é necessá-
rio a apresentação de:
I - diploma de curso superior de Diretor de Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos
semelhantes, reconhecidos na forma da lei; ou
II - diploma ou certificado correspondente às habilitações profissionais de 2º grau de Ator, Contra-Regra, Cenotéc-
nico, Sonoplasta, ou outros semelhantes, reconhecidos na forma da lei; ou
III - atestado de capacitação profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e
subsidiariamente, pela federação respectiva.
Art. 9º – O atestado mencionado no item III do artigo anterior deverá ser requerido pelo interessado, mediante
preenchimento de formulário próprio, fornecido pela entidade sindical, e instruído com documentos ou indicações que
comprovem sua capacitação profissional.
Art. 10º – O sindicato representativo da categoria profissional constituíra Comissões, integradas por profissionais
de reconhecidos méritos, às quais caberá emitir parecer sobre os pedidos de atestado de capacitação profissional.
Guia de Legislação Profissional
Art. 11º – Os Sindicatos e Federações de empregados, objetivando adotar critérios uniformes para o fornecimento
do atestado de capacitação profissional, poderão estabelecer acordos ou convênios entre entidade sindicais, bem como
Associações de Artistas e Técnico em Espetáculos de Diversões.
Art. 12º – As entidade sindicais encarregadas de fornecimento do atestado de capacitação profissional, deverão
elaborar instruções contendo requisitos, tais como documentos e provas de aferição de capacidade profissional,
necessárias para obtenção, pelos interessados, do referido atestado.
Parágrafo único – As entidades sindicais enviarão cópia das instruções mencionadas neste artigo, ao Ministério
do Trabalho.
Art. 13º – A entidade sindical deverá decidir sobre o pedido de atestado de capacitação profissional no prazo de 3
(três) dias úteis, a contar da data em que se completar a apresentação da documentação necessária ou a diligência
exigida pela mesma entidade.
Art. 14º – Da decisão da entidade sindical que negar fornecimento do atestado de capacitação profissional, caberá
recurso ao Ministério do Trabalho, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência. 183
Parágrafo único - Para apreciação do recurso o Ministério do Trabalho solicitará, à entidade sindical, informa-
ções sobre as razões da negativa de concessão do atestado.
Art. 15º – Poderá ser concedido registro provisório, caso a entidade sindical não se manifeste sobre o atestado de
capacitação profissional no prazo mencionado no artigo 13.
Art. 16º – O registro de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões será efetuado pela Delegacia Regional do
Trabalho do Ministério do Trabalho, a requerimento do interessado, instruído com os seguintes documentos:
I - diploma, certificado ou atestado mencionado nos itens I, II e III do artigo 8º;
II - Carteira de Trabalho e Previdência Social ou, caso não a possua o interessado, documentos mencionados no
artigo 16, parágrafo único, da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 1º Caso a entidade sindical não forneça o atestado de capacitação profissional no prazo mencionado no artigo 13, o
interessado poderá instruir seu pedido de registro com o protocolo de apresentação do requerimento ao Sindicato.
§ 2º Na hipótese prevista no parágrafo anterior o Ministério do Trabalho concederá à entidade sindical prazo não
superior a 3 (três) dias úteis para se manifestar sobre o fornecimento do atestado.
Art. 17º – O Ministério do Trabalho efetuará registro provisório de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões,
com prazo de validade de 1 (um) ano, sem direito a renovação, com dispensa do atestado de que trata o item III do
artigo 8º, mediante indicação conjunta dos sindicatos de empregados e empregadores.
Art. 18º – Os critérios de indicação para o registro provisório de que trata o Artigo anterior serão estabelecidos por
acordo entre os sindicatos e federações dos profissionais e empregadores interessados.
Art. 19º – O exercício das profissões de que trata este regulamento exige contrato de trabalho padronizado, nos
termos de instruções a serem expedidas pelo Ministério do trabalho.
Art. 20º – O contrato de trabalho será visado pelo sindicato representativo da categoria profissional e, subsidia-
riamente, pela Federação respectiva, como condição para registro no Ministério do trabalho até a véspera da sua
vigência.
Art. 21º – O sindicato representativo da categoria profissional e, subsidiariamente, a Federação respectiva, verifica-
rá a observância da utilização do contrato de trabalho padronizado, de acordo com instruções expedidas pelo Ministé-
rio do Trabalho e das cláusulas constantes de Convenções Coletivas de Trabalho acaso existentes, como condição para
apor o visto no contrato de trabalho.
Guia de Legislação Profissional
Art. 22º – A entidade sindical deverá visar ou não o contrato de trabalho, no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis,
a contar da data de sua apresentação, findos os quais ele poderá ser registrado no Ministério do Trabalho, se faltar a
manifestação sindical.
Art. 23º – A entidade sindical deverá comunicar à Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho as
razões pelas quais não visou o contrato de trabalho no prazo de 2 (dois) dias úteis.
Art. 24º – Da decisão da entidade sindical que negar o visto, caberá recurso para o Ministério do Trabalho no
prazo de 30 (trinta) dias contados da ciência.
Art. 26º – Nos contratos de trabalho por tempo indeterminado deverá constar, ainda, cláusula relativa ao paga-
mento de adicional devido em caso de deslocamento para prestação de serviço fora da cidade ajustada no contrato de
trabalho.
Art. 27º – A cláusula de exclusividade não impedirá o Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversões de prestar
serviços a outro empregador em atividade diversa da ajustada no contrato de trabalho, desde que em outro meio de
comunicação e sem que se caracterize prejuízo para o contratante com o qual foi assinada a cláusula de exclusividade.
Art. 28º – O registro do contrato de trabalho deverá ser requerido pelo empregador à Delegacia Regional do
Trabalho do Ministério do Trabalho.
Art. 29º – O requerimento do registro deverá ser instruído com os seguintes documentos:
I - 2 (duas) vias do instrumento do contrato de trabalho, visadas pelo Sindicato representativo da categoria
profissional e, subsidiariamente, pela Federação respectiva;
II - Carteira de Trabalho e Previdência Social do Artista ou do Técnico em Espetáculos de Diversões contratado e
contendo registro nos termos dos artigos 15, 16 ou 17;
III - comprovante da inscrição de que trata o artigo 4º.
Art. 30º – O empregador poderá utilizar trabalho de profissional, mediante nota contratual, para substituição de
Artista ou de Técnico em Espetáculos de Diversões, ou para prestação de serviço caracteristicamente eventual, por
prazo não superior a 7 (sete) dias consecutivos, vedada a utilização desse mesmo profissional, nos 60 (sessenta) dias
subseqüentes, por essa forma, pelo mesmo empregador.
Art. 31º – O Ministério do Trabalho expedirá instruções sobre a utilização da nota contratual e aprovará
Guia de Legislação Profissional
seu modelo.
Art. 32º – O contrato de trabalho e a nota contratual serão emitidos com numeração sucessiva e em ordem
cronológica.
Parágrafo único - Os documentos de que trata este artigo serão firmados pelo menos em 2 (duas) vias pelo
contratado, ficando uma delas em seu poder.
Art. 33º – Não será permitida a cessão ou promessa de cessão de direitos autorais e conexos decorrentes da
prestação de serviços profissionais.
Art. 34º – Os direito autorais e conexos dos profissionais serão devidos em decorrência de cada exibição da obra.
Art. 35º – Não será liberada, pelo órgão federal competente, a exibição da obra ou espetáculo, sem comprovação
de ajuste quanto ao valor e à forma de pagamento dos direitos autorais e conexos.
§ 1º No ajuste os Artistas deverão ser representados pelas associações representativas autorizadas a funcionar pelo
Conselho Nacional de Direito Autoral. 185
§ 2º No caso de ajuste direto pelo Artista sua validade dependerá de prévia homologação pelo Conselho Nacional de
Direito Autoral.
§ 3º O Conselho Nacional de Direito Autoral não homologará qualquer ajuste direto que importe em fixar valor de
direitos autorais e conexos inferior ao estabelecido em ajuste feito, com o mesmo empregador, através da participação
das associações referidas no § 1º.
Art. 36º – Nas mensagens publicitárias filmadas para cinema, televisão ou para serem divulgadas para o público
por outros veículos, constará do contrato de trabalho, obrigatoriamente:
I - o nome do produtor, do anunciante e, se houver, da agência de publicidade para quem a mensagem é produzida;
II - o tempo de exploração comercial da mensagem;
III - o produto, a marca, a denominação da empresa, o serviço ou o evento a ser promovido;
IV - os meios de comunicação através dos quais a mensagem será exibida;
V - as praças onde a mensagem será veiculada;
VI - o tempo de duração da mensagem e suas características, devendo ser mencionada eventual variação percentual.
Art. 37º – O profissional não poderá recusar-se à autodublagem, quando couber, o que deve constar do respectivo
contrato de trabalho.
Art. 38º – Na hipótese de o empregador ou tomador de serviços preferir a dublagem por terceiros, ela só poderá
ser feita com autorização, por escrito, do profissional, salvo se for realizada em língua estrangeira.
Art. 39º – A utilização de profissional contratado por agência de locação de mão-de-obra obriga o tomador de
serviço, solidariamente, pelo cumprimento das obrigações legais e contratuais, se se caracterizar a tentativa, pelo
tomador de serviço, de utilizar a agência para fugir a essas responsabilidade e obrigações.
Art. 40º – O comparecimento do profissional na hora e no lugar da convocação implica na percepção integral do
salário, mesmo que o trabalho não se realize por motivos independentes de sua vontade.
Art. 41º – O profissional contratado por prazo determinado não poderá rescindir o contrato de trabalho sem justa
causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
Art. 42º – A indenização de que trata o artigo anterior não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado
em idênticas condições.
Art. 43º – Na rescisão sem justa causa, no distrato e na cessação do contrato de trabalho o empregado poderá
Guia de Legislação Profissional
ser assistido pelo Sindicato representativo da categoria e, subsidiariamente, pela Federação respectiva, respeitado o
disposto no Artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 44º – A jornada normal de trabalho dos profissionais de que trata este regulamento terá, nos setores e
atividades respectivas, as seguintes durações:
I - Radiodifusão, fotografia e gravação: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 30 (trinta) semanais;
II - Cinema, inclusive publicitário, quando em estúdio: 6 (seis) horas diárias;
III - Teatro: a partir da estréia do espetáculo terá a duração das sessões, com 8 (oito) sessões semanais;
IV - Circo e variedades: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 36 (trinta e seis) horas semanais;
V - Dublagem: 6 (seis) horas diárias, com limitação de 40 (quarenta) horas semanais.
§ 1º O trabalho prestado além das limitações diárias ou das sessões previstas neste Artigo será considerado extraor-
dinário, aplicando-se-lhe o disposto nos Artigos 59 a 61 da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 2º A jornada normal será dividida em 2 (dois) turnos, nenhum dos quais poderá exceder de 4 (quatro) horas,
respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 3º Nos espetáculos teatrais e circenses, desde que sua natureza ou tradição o exijam, o intervalo poderá, em
186 benefício do rendimento Artístico, ser superior a 2 (duas) horas.
Art. 45º – Será computado como trabalho efetivo o tempo em que o empregado estiver à disposição do emprega-
dor, a contar de sua apresentação no local de trabalho, inclusive o período destinado a ensaios, gravações, dublagens,
fotografias, caracterização, e todo aquele que exija a presença do Artista, assim como o destinado à preparação do
ambiente, em termos de cenografia, iluminação e montagem de equipamento.
Art. 46º – Para o artista integrante de elenco teatral, a jornada de trabalho poderá ser de 8 (oito) horas, durante
o período de ensaio e reensaio, respeitado o intervalo previsto na Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 47º – A jornada normal de trabalho do profissional de teatro, a partir da estréia, terá a duração das sessões e
abrangerá o tempo destinado à caracterização e todo aquele que exija sua presença para preparação do ambiente.
Art. 48º – Considera-se estúdio para os efeitos do item II do artigo 44, o palco construído e utilizado exclusiva-
mente para filmagens e gravações, em caráter permanente.
Art. 49º – Na hipótese de exercício concomitante de funções dentro de uma mesma atividade, será assegurado
ao profissional um adicional mínimo de 40% (quarenta por cento), pela função acumulada, tomando-se por base a
função melhor remunerada.
Art. 50º – É vedada a acumulação de mais de duas funções em decorrência do mesmo contrato de trabalho.
Art. 51º – Na hipótese de trabalho a ser executado fora do local constante do contrato de trabalho, correrão à conta do
empregador, além do salário, as despesas de transporte e de alimentação e hospedagem, até o respectivo retorno.
Art. 52º – É livre a criação interpretativa do Artista e do Técnico em Espetáculos de Diversões, respeitado o texto da obra.
Parágrafo único - Considera-se texto da obra, para fins deste artigo, a forma final do roteiro.
Art. 53º – Para contratação de estrangeiro, domiciliado no exterior, exigir-se-á prévio recolhimento de importância
equivalente a 10% (dez por cento) do valor total do ajuste à Caixa Econômica Federal em nome da entidade sindical
da categoria profissional.
Art. 54º – O fornecimento de guarda-roupa e demais recursos indispensáveis ao cumprimento das tarefas contra-
tuais será de responsabilidade do empregador.
Art. 55º – Nenhum Artista ou Técnico em Espetáculos de Diversão será obrigado a interpretar ou participar de
Guia de Legislação Profissional
Art. 56º – A contratação de figurante não qualificado profissionalmente, para atuação esporádica, determinada
pela necessidade de características Artísticas da obra, poderá ser feita mediante indicação conjunta dos sindicatos de
empregados e empregadores.
Art. 57º – Considera-se figurante a pessoa convocada pela produção para se colocar a serviço da empresa, em
local e horário determinados, para participar, individual ou coletivamente, como complementação de cena.
Parágrafo único - Não será considerada figurante a pessoa cuja imagem seja registrada por se encontrar,
ocasionalmente, no local utilizado como locação da filmagem.
Art. 58º – Ao figurante não se exigirá prévio registro no Ministério do Trabalho, devendo os originais dos documen-
tos de indicação conjunta permanecerem em poder do empregador e cópias desses mesmos documentos em poder dos
sindicatos de empregados e empregadores.
Art. 59º – Os filhos de profissionais de que trata este regulamento, cuja atividade seja itinerante, terão assegurada
a transferência da matrícula e conseqüente vaga nas escolas públicas locais de 1º e 2º graus, e autorizadas nas escolas 187
particulares desses níveis, mediante apresentação de certificado da escola de origem.
Art. 60º – Os textos destinados à memorização, juntamente com o roteiro de gravação ou plano de trabalho,
deverão ser entregues ao profissional com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, em relação ao início dos
trabalhos.
Art. 61º – Os profissionais de que trata este regulamento têm penhor legal sobre o equipamento e todo o material
de propriedade do empregador, utilizado na realização de programa, espetáculo ou produção, pelo valor das obriga-
ções não cumpridas pelo empregador.
Art.62º – É assegurado o direito do atestado de que trata o item III do artigo 8º, ao Artista ou Técnico em Espetá-
culos de Diversões que, até a data da publicação da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978, tenha exercido, comprovada-
mente, a respectiva profissão.
Art. 63º – As infrações ao disposto na Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978 e neste regulamento, serão punidas
com multa de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o maior valor de referência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº
6.205, de 29 de abril de 1975, calculada à razão de um valor de referência por empregado em situação irregular.
§ 1º Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de Artifício ou simulação com o
objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
§ 2º O Ministério do Trabalho expedirá Portaria dispondo sobre a gradação e o recolhimento das multas de que trata
este Artigo.
§ 3º É competente para aplicar as multas de que trata este artigo o Delegado Regional do Trabalho do Ministério do
Trabalho.
Art. 64º – O empregador punido na forma do artigo anterior, enquanto não regularizar a situação que deu causa à
autuação, e não recolher a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis, não poderá:
I - receber qualquer benefício, incentivo ou subvenção concedidos por órgãos públicos;
II - obter liberação para exibição de programa, espetáculo ou produção, pelo Órgão ou autoridade competente.
Parágrafo único. Caberá ao Ministério do Trabalho, através da Delegacia Regional do Trabalho, a iniciativa de
comunicar ao órgão ou autoridade competente para liberação de programa, espetáculo ou produção, e aos órgãos
públicos que concedem benefício, incentivo ou subvenção às pessoas físicas ou jurídicas referidas no artigo 3º, a
situação irregular do empregador que não houver regularizado a situação que deu causa à autuação e não houver
recolhido a multa aplicada, após esgotados os recursos cabíveis.
Art. 65º – Aplicam-se ao Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões as normas da legislação do trabalho exceto
Guia de Legislação Profissional
naquilo que for regulado de forma diferente na Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978.
Art. 66º – Este Decreto entrará em vigor da data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 1º – Fica criada a Carreira de Especialista em Meio Ambiente, composta pelos cargos de Gestor Ambiental, Ges-
tor Administrativo, Analista Ambiental, Analista Administrativo, Técnico Ambiental, Técnico Administrativo e Auxiliar
Administrativo, abrangendo os cargos de pessoal do Ministério do Meio Ambiente – MMA e do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama.
§ 1º Os atuais cargos de provimento efetivo integrantes dos quadros de pessoal a que se refere o caput passam a
denominar-se cargos de Gestor Ambiental e Gestor Administrativo do Ministério do Meio Ambiente – MMA e Analista
Ambiental, Analista Administrativo, Técnico Ambiental, Técnico Administrativo e Auxiliar Administrativo do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, na proporção a ser definida em regulamen-
to, vedando-se a modificação do nível de escolaridade do cargo em razão da transformação feita. (Regulamento)
§ 2º Sem prejuízo do disposto no § 1º, ficam criados:
I - no quadro de pessoal do Ministério do Meio Ambiente, 300 (trezentos) cargos efetivos de Gestor Ambiental;
II - no quadro de pessoal da autarquia a que se refere o caput, 2.000 (dois mil) cargos efetivos de Analista
Ambiental.
§ 3º Os cargos de nível intermediário ou auxiliar alcançados pelo disposto no § 1º que estejam vagos poderão ser
transformados em cargos de Analista Ambiental ou Analista Administrativo, quando integrantes do quadro de pessoal
do Ibama, e extintos, se pertencentes ao quadro de pessoal do Ministério do Meio Ambiente.
§ 4º Estende-se, após a vacância, o disposto no § 3º aos cargos ali referidos que se encontrem ocupados na data de
publicação desta Lei.
§ 5º No uso da prerrogativa prevista no § 1º, é vedada a transformação de cargos de provimento efetivo idênticos em
distintos cargos de provimento efetivo.
Art. 3º – São atribuições do cargo de Gestor Administrativo o exercício de todas as atividades administrativas e
logísticas relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ministério do Meio Ambiente,
fazendo uso de todos os equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
Art. 4º – São atribuições dos ocupantes do cargo de Analista Ambiental o planejamento ambiental, organizacional e
estratégico afetos à execução das políticas nacionais de meio ambiente formuladas no âmbito da União, em especial as
que se relacionem com as seguintes atividades:
I – regulação, controle, fiscalização, licenciamento e auditoria ambiental;
II – monitoramento ambiental;
III – gestão, proteção e controle da qualidade ambiental; 189
IV – ordenamento dos recursos florestais e pesqueiros;
V – conservação dos ecossistemas e das espécies neles inseridas, incluindo seu manejo e proteção; e
VI – estímulo e difusão de tecnologias, informação e educação ambientais.
Parágrafo único - As atividades mencionadas no caput poderão ser distribuídas por áreas de especialização,
mediante ato do Poder Executivo, ou agrupadas de modo a caracterizar um conjunto mais abrangente de atribuições,
cuja natureza generalista seja requerida pelo Instituto no exercício de suas funções.
Art. 5º – São atribuições do cargo de Analista Administrativo o exercício de todas as atividades administrativas e
logísticas relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ibama, fazendo uso de todos os
equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
Art. 7º – São atribuições do cargo de Técnico Administrativo a atuação em atividades administrativas e logísticas
de apoio relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ibama, fazendo uso de equipa-
mentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
Art. 8º – São atribuições do cargo de Auxiliar Administrativo o desempenho das atividades administrativas e
logísticas de nível básico, relativas ao exercício das competências constitucionais e legais a cargo do Ibama, fazendo
uso de equipamentos e recursos disponíveis para a consecução dessas atividades.
Art. 9º – As atribuições pertinentes aos cargos de Gestor Administrativo, Analista Administrativo, Técnico
Administrativo e Auxiliar Administrativo podem ser especificadas, de acordo com o interesse da administração, por
especialidade profissional.
Art. 11º – O ingresso nos cargos referidos no art. 1o far-se-á mediante prévia aprovação em concurso público
específico, exclusivamente de provas.
§ 1º Na hipótese do art. 4o, parágrafo único, o concurso realizar-se-á obrigatoriamente por áreas de especialização.
§ 2º São requisitos de escolaridade para ingresso nos cargos referidos no art. 1o:
Guia de Legislação Profissional
I – curso superior completo ou habilitação legal equivalente, para os cargos de Gestor e Analista Ambiental;
II – diploma de conclusão de curso superior, com habilitação legal específica, conforme definido no edital do
concurso, para os cargos de Gestor Administrativo e Analista Administrativo;
III – diploma de conclusão de segundo grau, ou de curso técnico equivalente, para o cargo de Técnico Ambiental; e
IV – diploma de conclusão de segundo grau, e habilitação legal específica, se for o caso, conforme definido no
edital do concurso, para o cargo de Técnico Administrativo.
§ 3º Para acesso às áreas de especialização a que se referem o parágrafo único do art. 4o e o § 1o, poderão ser
estabelecidos, no ato que as delimitar, requisitos específicos de formação e titulação.
Art. 12º – Os ocupantes dos cargos da Carreira de Especialista em Meio Ambiente cumprirão jornada de trabalho de
40 (quarenta) horas.
Art. 13º – Os padrões de vencimento básico dos cargos da Carreira de Especialista em Meio Ambiente são os
constantes dos Anexos I, II e III.
§ 1º O padrão de ingresso no cargo de Analista Ambiental poderá variar de acordo com a especialização à qual o
190 servidor for alocado, quando utilizada a prerrogativa prevista no parágrafo único do art. 4o.
§ 2º A investidura em cargo de Gestor Ambiental, Gestor Administrativo, Analista Administrativo, Técnico Ambiental,
e Técnico Administrativo ocorrerá, exclusivamente, no padrão inicial da respectiva tabela.
Art. 14º – A movimentação do servidor nas tabelas constantes dos Anexos I, II e III ocorrerá mediante progressão
funcional e promoção.
Art. 15º – Para os fins do art. 14, progressão funcional é a passagem do servidor para o padrão de vencimento
básico imediatamente superior dentro de uma mesma classe, podendo ocorrer:
I – por merecimento, quando o servidor for habilitado em avaliação de desempenho funcional especificamente
voltada para essa finalidade, hipótese em que o interstício entre os padrões corresponderá a 1 (um) ano, contado
da divulgação do resultado da última avaliação efetuada;
II – por antigüidade, sempre que, no interregno de 3 (três) avaliações de desempenho subseqüentes, não forem
obtidos os índices exigidos para a progressão funcional por merecimento.
Art. 16º – A avaliação de desempenho funcional terá seus resultados apurados mensalmente e consolidados a cada
12 (doze) meses, obedecendo ao disposto nesta Lei.
§ 1º A avaliação anual de desempenho terá como finalidade a verificação da observância dos seguintes critérios:
I – cumprimento das normas de procedimentos e de conduta no desempenho das atribuições do cargo;
II – produtividade no trabalho, com base em padrões previamente estabelecidos de qualidade e economicidade;
III – assiduidade;
IV – pontualidade;
V – disciplina.
§ 2º Os critérios de avaliação serão aplicados e ponderados em conformidade com as características das funções
exercidas, sendo considerado insuficiente, para obtenção de promoção por merecimento, o desempenho apurado em
avaliação que comprove o desatendimento, de forma habitual, de qualquer dos requisitos previstos no § 1o.
§ 3º Será dado conhecimento prévio aos servidores dos critérios, das normas e dos padrões a serem utilizados para a
avaliação de seu desempenho.
§ 4º No estabelecimento dos padrões a que se refere o inciso II do § 1o, é vedada a aferição de resultados com
base em número de autos de infração ou de busca e apreensão lavrados, ou fundada na arrecadação decorrente da
expedição desses atos ou de outros similares.
§ 5º A avaliação de desempenho será realizada por comissão de avaliação composta por 4 (quatro) servidores, pelo
menos 3 (três) deles estáveis, com 3 (três) anos ou mais de exercício no órgão ou entidade a que estejam vinculados,
e todos de nível hierárquico não inferior ao do servidor a ser avaliado, sendo um o seu chefe imediato e outro um
servidor estável, cuja indicação será efetuada ou respaldada, nos termos de regulamento e no prazo máximo de 15
(quinze) dias, por manifestação expressa do servidor avaliado.
Guia de Legislação Profissional
§ 6º O membro indicado ou respaldado pelo servidor terá direito a voz e não a voto nas reuniões deliberativas da
comissão a que se refere o § 5o.
§ 7º O resultado da avaliação anual será motivado exclusivamente com base na aferição dos critérios previstos nesta
Lei, sendo obrigatória a indicação dos fatos, das circunstâncias e dos demais elementos de convicção no termo final de
avaliação, inclusive, quando for o caso, o relatório relativo ao colhimento de provas testemunhais e documentais.
§ 8º É assegurado ao servidor o direito de acompanhar todos os atos de instrução do procedimento que tenha por
objeto a avaliação de seu desempenho.
Art. 17º – A avaliação será homologada pela autoridade imediatamente superior, dela dando-se ciência ao interessado.
Art. 18º – O servidor será notificado do resultado de sua avaliação, podendo requerer reconsideração, com efeito
suspensivo, para a autoridade que o homologou, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, decidindo-se o pedido em igual
prazo.
Art. 19º – O resultado e os instrumentos de avaliação, a indicação dos elementos de convicção e de prova dos fatos
narrados na avaliação, os recursos interpostos, bem como as metodologias e os critérios utilizados na avaliação serão 191
arquivados na pasta ou base de dados individual, permitida a consulta pelo servidor a qualquer tempo.
Art. 20º – O termo de avaliação anual indicará as medidas de correção necessárias, em especial as destinadas a
promover a capacitação, ou treinamento do servidor avaliado.
Art. 21º – O termo de avaliação anual obrigatoriamente relatará as deficiências identificadas no desempenho do
servidor, considerados os critérios de avaliação previstos nesta Lei.
Art. 22º – As necessidades de capacitação, ou treinamento do servidor cujo desempenho tenha sido considerado
insuficiente serão priorizadas no planejamento do órgão ou da entidade.
Art. 23º – É obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar para apuração da infração a que
se refere o art. 117, XV, da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no caso de 2 (duas) avaliações insuficientes
consecutivas, ou de 3 (três), no período de 5 (cinco) anos, em que seja obtido esse resultado, assegurados ao servidor
o contraditório e a ampla defesa.
Parágrafo único - Não poderá participar da comissão destinada à execução do processo a que se refere o caput
servidor ou autoridade que tenha emitido manifestação por ocasião da avaliação de desempenho.
Art. 24º – Promoção é a passagem do servidor do último padrão de uma classe para o primeiro da classe imedia-
tamente superior, exigindo-se, além dos requisitos previstos para a progressão funcional, a conclusão, com aproveita-
mento, de curso de capacitação especificamente voltado para essa finalidade.
Art. 25º – Enquanto não forem implementados os procedimentos previstos nesta Lei, a progressão funcional e a
promoção submetem-se exclusivamente a interstício de 1 (um) ano.
Art. 27º – São criados, no âmbito da Agência Nacional de Águas – ANA, de modo a compor seu quadro de pessoal,
266 (duzentos e sessenta e seis) cargos de Regulador, 84 (oitenta e quatro) cargos de Analista de Suporte à Regulação,
ambos de nível superior, destinados à execução das atribuições legalmente instituídas pela Lei no 9.984, de 17 de
junho de 2000, e 20 (vinte) cargos efetivos de Procurador.
Art. 28º – A implementação do disposto nesta Lei observará o disposto no § 1o do art. 169 da Constituição Federal
e as normas pertinentes da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000.
Guia de Legislação Profissional
Martus Tavares
José Sarney Filho
____. Projeto de Lei n. 981, de 1999 [online]. Brasília, 1999 [capturado em 24/04/2002].
Disponível: http://www.sindpd-df.org.br/regulamenta/regu_edilson.htm
____. Projeto de Lei n. 2.014/99, de 1999 [online]. Brasília, 1999 [capturado em mar. 2002].
Disponível : http://legis.senado.gov.br/pls/prodasen
BRASIL. Leis, Decretos. Decreto n. 946 de 01 de outubro de 1993. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil [online]. Brasília, 04 out. 1993 [capturado em abr. 2002].
Disponível : http://www.senado.gov.br/legisla.htm
República Federativa do Brasil [online]. Brasília, 26 maio 1978 [capturado em abr. 2002].
Disponível : http://www.presidencia.gov.br
República Federativa do Brasil [online]. Brasília, 14 jan. 2002 [capturado em abr. 2002].
Disponível : http://www.presidencia.gov.br
____. Portaria MEC Nº 646 de 14 de maio de 1997. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1997]. [capturado
em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Parecer CNE/CEB Nº 17 de 1997. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1997]. [capturado em mar.
2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Parecer CNE/CEB Nº 16 de 05 de outubro de 1999. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1999]. [captu-
rado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Resolução CNE/CEB Nº 04 de 03 de dezembro de 1999. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1999].
[capturado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Portaria SEMTEC Nº 30 de 23 de março de 2000. [online]. Brasília: Ministério da educação, [2000]. [captu-
rado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Portaria SEMTEC Nº 80 de 15 de setembro de 2000. [online]. Brasília: Ministério da educação, [2000].
[capturado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Parecer CNE/CEB Nº 33 de 07 de novembro de 2000. [online]. Brasília: Ministério da educação, [2000].
[capturado em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislatecnico.shtm
____. Lei Federal Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1996]. [captura-
do em mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislacomum.shtm
____. Decreto Nº 2.208 de 17 de abril de 1997. [online]. Brasília: Ministério da educação, [1996]. [capturado em
mar. 2002]. Disponível : http://www.mec.gov.br/semtec/educprof/legislacomum.shtm
SENAC. DN. Documentos norteadores das áreas profissionais : saúde. Rio de Janeiro :
SENAC/DN/DFP, 2001.