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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Lucio Rodrigues Neto


Luiz Felipe de Oliveira Soares

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS


ELABORAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA
LABORATÓRIOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS

Rio de Janeiro
2010
Lucio Rodrigues Neto
Luiz Felipe de Oliveira Soares

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS


ELABORAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA
LABORATÓRIOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS

Projeto de graduação apresentado ao curso


de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro.

Orientador: Jorge Nemésio Sousa


Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da Escola Politécnica da UFRJ

Rio de Janeiro
Junho de 2010

ii
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS
ELABORAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA
LABORATÓRIOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS

Lucio Rodrigues Neto


Luiz Felipe de Oliveira Soares

PROJETO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE


ENGENHARIA ELÉTRICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS
PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO ELETRICISTA.

Aprovado por:

(Professor Jorge Nemésio Sousa – M. Sc.)


(Orientador)

(Professor Sergio Sami Hazan – Ph D.)

(Engenheira Beatriz Maria Cohen Chaves – M. Sc.)

Rio de Janeiro, RJ-Brasil


Junho de 2010
Neto, Lucio Rodrigues
Soares, Luiz Felipe de Oliveira

Instalações Elétricas em Áreas Classificadas Elaboração da Lista de Verificação para


Laboratórios em Áreas Classificadas/ Lucio Rodrigues Neto e Luiz Felipe de Oliveira Soares
– Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2010.
X, 100 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Jorge Nemésio Sousa
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia Elétrica, 2010.
Referências Bibliográficas: p 100.
1. Introdução 2. Metodologia 3. Revisão Bibliográfica a Respeito de Áreas Classificadas 4.
Lista de Verificação para Laboratórios em Áreas Classificadas 5. Conclusão
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem me dado.
A minha mãe, Rosane, a quem honro pelo esforço com o qual manteve seu filho ao longo
desses anos dedicados única e exclusivamente aos estudos, permitindo-me condições de
galgar êxito na sociedade letrada.
A minha irmã, Carol, pela participação ativa e fundamental para a conclusão desta
dissertação. Na área acadêmica agradeço aos professores Jorge Nemésio e Ivan pelo apoio e
inspiração como profissionais de engenharia.
Muito obrigado.
Luiz Felipe
Dedico esta vitória primeiramente a Deus que me deu forças para vencer cada dificuldade
encontrada nesta longa caminhada que se encerra com este trabalho. Dedico a minha mãe,
Waldelita da Silva Rodrigues, pessoa essa a qual eu não poderia somente com palavras fazer o
justo agradecimento que ela merece, obrigado por cada palavra de incentivo, apoio, cada
conselho e cada bronca quando necessário. Por tudo isso é a pessoa fundamental para que
mais essa etapa da minha vida fosse conquistada, obrigado mãe, amo você!
Dedico também a minha irmã Juliana que sempre esteve do meu lado e junto com minha mãe
forma essa base sólida que é nossa família e ao meu grande amigo e irmão Fábio Ramires
sempre presente em cada fase da minha vida me apoiando em cada decisão importante nesse
trajeto. Agradeço e dedico também ao meu amigo Bruno de Mello pela convivência e
amizade, sempre comigo tanto nos momentos difíceis de estudos e provas e principalmente
nas horas de mau humor que não foram poucas, quanto nos momentos de descontração,
obrigado amigo. Agradeço também ao Luiz Felipe que junto comigo fez de tudo para que este
trabalho fosse finalizado com o êxito esperado.
Este último, mas não menos importante parágrafo, queria dedicar ao meu pai já falecido que
não pode estar presente neste momento tão especial para nossa família, mas que com certeza
está feliz porque esta vitória também é dele. Aproveito para dedicar também a todos que
direta e indiretamente contribuíram para este momento, não citarei os nomes para não correr o
risco de cometer nenhuma injustiça, a todos vocês agradeço e ofereço essa vitória.
Lucio Neto
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar não poderíamos deixar de agradecer a Deus por permitir e abençoar mais
essa etapa, importantíssima de nossas vidas, sempre nos mostrando o caminho, nos
iluminando e nos cobrindo com seu manto sagrado.
Agradecemos ao nosso orientador Jorge Nemésio Sousa que aceitou esse desafio e nos
ajudou de todas as formas possíveis, nos dando apoio, suporte, orientação e incentivo para
que mais essa etapa de nossas vidas fosse finalizada. As professoras Beatriz, Marcileny e aos
técnicos dos laboratórios da Coppe Comb que nos receberam muito bem e nos deram todo o
suporte para implementarmos a ferramenta desenvolvida nesse nosso projeto.
Resumo

O presente trabalho consiste em verificação de conformidade de equipamentos elétricos em


áreas com atmosferas explosivas, de acordo com as normas brasileiras. A partir da existência
de equipamentos elétricos em áreas classificadas e, os recentes acidentes fatais no setor
petrolífero, constatou-se a importância de que o processo de normatização se intensificasse
não só a nível nacional como internacional. Assim sendo, o estudo prioriza os ambientes que
têm como produto final de trabalho gases e vapores inflamáveis.
Com a revisão bibliográfica das normas da ABNT, foi elaborada uma lista de verificação que
englobou as principais formas ou tipos de proteção antiexplosão utilizadas nos equipamentos
elétricos. Tal verificação de conformidades foi aplicada com visita técnica em laboratórios
que realizam análises de combustíveis e biocombustíveis. Complementando o estudo foi
efetuado um relatório fotográfico objetivando sinalizar as não conformidades encontradas.
Concluindo, cabe ressaltar que fica provado a preocupação com as exigências de segurança
pessoal e material no setor petrolífero, pois o risco de ignição é inerente aos equipamentos
elétricos e podem vir a causar explosões. Portanto, fica registrada a viabilidade de utilização
da lista de verificação para a adequação às normas vigentes.

Palavras-chaves: Instalações em Áreas Classificadas, Lista de Verificação para Laboratórios


em Áreas Classificadas, Norma ABNT NBR IEC 60079-10.
Abstract

The present work is to check compliance of electrical equipment in areas with explosive
atmospheres in accordance with auditing standards. From the existence of electric equipment
in hazardous areas and the recent fatal accidents in the oil sector, contacted the importance
that the process of normalization would escalate not only at national level with international.
Thus, the study focuses environments that have the final work product gases and vapors.
With the review of standards from ABNT, was drawn up a checklist that encompassed the
main forms or types of protection anti-explosion used in electrical equipment. Such
verification of compliance with technical visit was applied in laboratories carrying out
analysis of fuels and biofuels. Complementing the study was made a photographic report
aiming to signal the non-conformities found.
In conclusion, it is worth noting, which is proven concern for the safety requirements of staff
and equipment in the oil sector, since the risk of ignition is inherent to electrical equipment
and will cause explosions. Therefore, it is reported the feasibility of using the checklist to
ensure compliance with standards in force.

Keywords: Installations in Hazardous Locations, Checklist for Laboratories in Hazardous


Locations, Norma ABNT NBR IEC 60079-10.
Sumário
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.1 Considerações Iniciais......................................................................................................1
1.2 Objetivo.............................................................................................................................1
1.3 Relevâncias do Estudo......................................................................................................2
1.4 Limitações do Estudo........................................................................................................3
2 METODOLOGIA....................................................................................................................4
2.1 Delineamento da Pesquisa................................................................................................4
2.2 Classificação da Pesquisa.................................................................................................5
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA A RESPEITO DE ÁREAS CLASSIFICADAS....................7
3.1 Definições e Funções da Norma Segundo a Norma ABNT NBR IEC 60079-10............7
3.1.1 Definições Importantes..................................................................................................7
3.1.2 Segurança e Classificação de Áreas.............................................................................10
3.1.3 Procedimento para a Classificação de Áreas...............................................................11
3.1.4 Grau de Ventilação......................................................................................................12
3.2 Tipos de Proteção............................................................................................................13
3.2.1 Á Prova de Explosão – Símbolo Ex d..........................................................................13
3.2.2 Invólucro Pressurizado – Símbolo Ex p......................................................................14
3.2.3 Imerso em Óleo – Símbolo Ex o..................................................................................14
3.2.4 Imerso em Areia – Símbolo Ex q.................................................................................15
3.2.5 Imerso em Resina – Símbolo Ex m.............................................................................15
3.2.6 Segurança Aumentada – Símbolo Ex e........................................................................15
3.2.7 Não Acendível – Símbolo Ex n...................................................................................16
3.2.8 Segurança Intrínseca – Símbolo Ex i...........................................................................16
3.2.9 Proteção Especial – Símbolo Ex s...............................................................................16
3.3.1 Requisitos Gerais Segundo a Norma NBR IEC 60079-0............................................17
3.4 Norma NR-10 e as Áreas Classificadas..........................................................................19
3.5 Condições Ambientais....................................................................................................24
3.6 Comparação das Diferentes Técnicas de Proteção sob o Ponto de Vista Técnico-
Econômico.............................................................................................................................26
3.7 Instalações Elétricas em Áreas Classificadas.................................................................28
3.7.1 Regras para Colocação de Unidades Seladoras em Eletrodutos..................................29
3.7.2 Terminais para os Condutores Equipotenciais e de Aterramento................................30
3.7.3 Dispositivos de Conexão e Caixas Terminais..............................................................30
3.7.4 Componentes Ex..........................................................................................................31
3.7.5 Requisitos Suplementares para Equipamentos Elétricos Específicos..........................31
4 LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA LABORATÓRIOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS . 35
4.1 Introdução.......................................................................................................................35
4.2 Metodologia....................................................................................................................35
4.3 Exemplos de Aplicação...................................................................................................36
4.3.1 Laboratório Químico - Relatório Fotográfico da Inspeção..........................................62
4.3.2 Laboratório Biocombustivel........................................................................................65
4.3.3 Laboratório Biocombustivel - Relatório Fotográfico da Inspeção..............................83
5 CONCLUSÃO.......................................................................................................................85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................87
Lista de figuras

Figura 1: Fluxograma do processo da pesquisa...................................................................................4


Figura 2: Seleção de Equipamentos Segundo Características Inerentes à Área.................................25
Figura 3: Unidade Seladora com Dreno.............................................................................................29
Figura 4: Figura Ilustrativa do Uso de Unidades Seladoras...............................................................30
Figura 5: Sistema de aterramento das tomadas situadas nas bancadas do laboratório.......................62
Figura 6: Quadro de distribuição (QDLF-E) dos laboratórios do Coppe Comb................................62
Figura 7: Quadro de distribuição (QDLF-E) dos laboratórios do Coppe Comb................................63
Figura 8: Capela de manuseio de inflamáveis....................................................................................63
Figura 9: Eletrodutos de chegada da capela pressurizada..................................................................64
Figura 10: Luminária da capela pressurizada.....................................................................................64
Figura 11: Geladeira de armazenamento de reagentes proteção não acendível.................................65
Figura 12: Caixa de passagem da alimentação da geladeira..............................................................83
Figura 13: Quadro de comando da capela..........................................................................................84
Lista de tabelas

Tabela 1 – Definição, quanto às zonas, das três possíveis classificações de área segundo
ABNT...................................................................................................................................................8
Tabela 2: Divisão em grupos................................................................................................................8
Tabela 3: Classe de Temperatura de Acordo com a Máxima de Superfície........................................9
Tabela 4: Tipos de Proteção...............................................................................................................13
Tabela 5: Comparativo Técnico-Econômico......................................................................................27
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão)...........................................................................................................................37
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................38
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................39
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................40
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................41
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado).......................................................................................42
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................43
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................44
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................45
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................46
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................47
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................48
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................49
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................50
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível).............................................................................................................51
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................52
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................53
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................54
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................55
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................56
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................57
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................58
Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório...............................................59
Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório(Continuação)........................60
Tabela 10: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.................................................61
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão)...................................................................................................66
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................67
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................68
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................69
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................70
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado).......................................................................................71
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................72
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................73
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................74
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................75
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................76
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................77
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................78
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................79
Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório.............................................80
Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório(Continuação)......................81
Tabela 14: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.................................................82
1. INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais

A presença de equipamentos elétricos em áreas com atmosferas explosivas constitui


uma das principais fontes de ignição dessas atmosferas, seja pelo centelhamento normal,
como na abertura e fechamento de contatos, ou devido à temperatura elevada atingida pelo
mesmo em operação normal ou em falha.
Uma área com atmosfera explosiva pode ser definida, segundo a Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT, como local onde existe ou pode existir uma atmosfera
potencialmente explosiva ou inflamável devido à presença de gases, vapor, poeiras ou fibras.
A avaliação de riscos e o seu controle constituem não só um requisito legal, mas
também um fator crítico para o sucesso do negócio. A avaliação de riscos não deve ser por si
só um ato isolado, mas sim, fazer parte de um processo diário que interaja com objetivos,
procedimentos e controles.
Visando facilitar a seleção apropriada de equipamentos elétricos e o projeto de
instalações elétricas, as áreas de risco são classificadas atualmente no Brasil e na Europa de
acordo com os conceitos de zonas, que são usadas para definir a probabilidade da presença de
materiais em zonas inflamáveis, do tipo de proteção que denota o nível de segurança para um
dispositivo e grupos que caracterizam a natureza inflamável do material. Todos esses fatores
são aplicados em função da frequência de ocorrência e duração de uma atmosfera explosiva.

1.2 Objetivo

Em áreas onde quantidades perigosas e concentrações de vapores ou gases inflamáveis


podem ocorrer, medidas de proteção devem ser aplicadas de forma a reduzir o risco de
explosão. A norma ABNT [1] define os critérios essenciais para os quais o risco de ignição
pode ser avaliado, e oferece um guia para o projeto e controle de parâmetros que podem ser
usados para reduzir o risco de explosão.
Pelo relatado acima, a norma ABNT NBR IEC 60079-10 de 2006 será usada como
base para a elaboração de uma “checklist”, ou lista de verificação, que contará com os itens
fundamentais para uma instalação laboratorial universitária que esteja classificada como área
de atmosfera explosiva. Nesta lista de verificação focaremos na seleção adequada e instalação
de equipamentos e máquinas elétricas.

1
Em nosso projeto de graduação teremos como resultado um documento de avaliação e
adequação de instalações de laboratórios, onde possa haver risco de ignição devido à presença
de gás ou vapor inflamável misturado com o ar, considerando que sob condições atmosféricas
que incluem variações acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa e 20ºC (293 K),
desde que as variações tenham um efeito desprezível nas propriedades dos materiais
inflamáveis.

1.3 Relevâncias do Estudo

Segundo Dácio em seu livro Manual para Prevenção de Explosões em Indústrias


Químicas, Petroquímicas e do Petróleo, após a II Guerra Mundial, o uso de derivados de
petróleo estimulou o aparecimento de plantas para extração, transformação e refino de
substâncias químicas, necessárias para o desenvolvimento tecnológico e industrial. Nos
processos industriais surgiram áreas consideradas de risco devido à presença de substâncias
potencialmente explosivas, que confinavam o setor de instrumentação à técnica pneumática,
pois os instrumentos eletrônicos, baseados na época, em válvulas elétricas e grandes resistores
de potência, propiciavam o risco de incêndio, devido à possibilidade de ocorrência de faíscas
elétricas e temperaturas elevadas destes componentes.
Com o passar do tempo e a maior influência dos derivados de petróleo nas economias
mundiais, os acidentes nas indústrias de processo químico representam um sério problema
para a Saúde Pública. Além de afetar os próprios trabalhadores, têm o potencial de afetar
populações vizinhas e causar danos ambientais.
O Brasil se insere neste panorama de ocorrência de graves acidentes envolvendo o
refino de petróleo com eventos como os ocorridos em 1972, na Refinaria Duque de Caxias
(REDUC), em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, resultando em 38 óbitos; em 1982, na
Refinaria Henrique Lage (REVAP), em São José dos Campos, São Paulo, com 11 óbitos; em
1998, na Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Betim, Minas Gerais, com 6 óbitos; em
2000, no Rio de Janeiro, em janeiro, e no Paraná, em julho, estes com elevado impacto
ambiental resultante da poluição aquática por derramamentos de derivados de petróleo,
citados e relacionados por Kátia Garcia em sua dissertação sobre “Operadores como agente de
confiabilidade”. Além destes, e com certo destaque, o acidente ocorrido no FPSO da
Petrobrás chamado de P-34, em 13 de outubro de 2002, que afetou em cerca de 2% a
produção nacional de petróleo, cerca de 1,5 milhões de barris/dia atualmente (Segundo fonte:
Clube do Petróleo e Gás, 2002). Apesar de não ter havido vítimas, o risco de afundamento do
navio-plataforma era grande, assim como o de vazamento dos 12 milhões de litros de óleo que
estavam armazenados na P-34, o que representaria quase dez vezes o que foi lançado na Baía
de Guanabara, no acidente que rompeu um duto no ano de 2000, e quase a metade do que foi
liberado pelo petroleiro Exxon-Valdez em 1989 no Alaska.
Portanto a importância de um estudo e revisão das normas internacionais e nacionais
fica mais do que justificada com o relatado.

1.4 Limitações do Estudo

Como as iniciativas e o endurecimento nas fiscalizações sobre o emprego das normas


e regras de instalações em áreas classificadas só ocorreram após os acidentes catastróficos do
mundo, a legislação e normalização vêm passando por um processo contínuo de alteração.
Com isso a revisão e estudo sobre a abrangência das normas de instalações em ambientes de
risco se tornam improdutivo, portanto, nesta dissertação focaremos nas normas brasileiras e
internacionais para áreas classificadas com presença de gases ou vapores combustíveis,
deixando como proposta para futuros estudos (ou pesquisa) a discussão relacionada a
ambientes confinados com presença de poeiras.
Sabe-se que quando a percentagem de vapores de hidrocarbonetos presente na mistura
com o ar é inferior a 1%, a mistura não é inflamável e é designada como muito pobre, para se
inflamar, ou abaixo do limite inferior de inflamabilidade. Segundo Dácio Jordão (2007),
quando esta percentagem está acima dos 8%, a mistura é muito rica, ou acima do limite
superior de inflamabilidade. Nestas duas situações, mesmo perante uma fonte de ignição, não
existem condições que permitam manter uma combustão. Por outro lado, se tivermos valores
de mistura de vapores de hidrocarbonetos com o ar entre os limites inferior e superior de
inflamabilidade, e se houver uma fonte de ignição, dá-se um incêndio (em espaço aberto) ou
explosão (em espaço fechado).
Portanto, tal documento não é aplicável a: minas sujeitas à presença de gases
inflamáveis, processamento e manufatura de explosivos, áreas onde possa ocorrer a presença
de poeiras e fibras combustíveis, ambientes utilizados para fins médicos e premissas
domésticas.
2 METODOLOGIA
2.1 Delineamento da Pesquisa

A presente pesquisa foi focada nas normas brasileiras e internacionais para áreas
classificadas com presença de gases ou vapores combustíveis. E a pesquisa sobre as normas
terá como resultado uma lista de verificação que verifique a aplicação das normas de áreas
classificadas em ambientes laboratoriais, assim como a proposição de soluções a serem
tomadas para a adequação e conformidade do ambiente às normas vigentes.

Definição do objetivo do Estudo

Situação problema

Revisão Bibliográfica Análise Comparativa das Normas

Segurança e Classificação de Áreas Procedimento para Classificação de Áreas Tipo


Equipamentos Elétricos em Áreas Classificadas.
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas.
Proposição de LV para Área Classificada

Aplicação da LV em Laboratórios Químicos

Conclusões e Recomendações

Figura 1: Fluxograma do processo da pesquisa.


2.2 Classificação da Pesquisa

Existem diversas sistemáticas dos tipos de pesquisa e muitas são as formas de


classificar as pesquisas. Dentre estas, destacam-se algumas clássicas, focando somente os
pontos relacionados com o objetivo de posicionamento metodológico deste estudo.

Quanto à natureza, as pesquisas podem ser classificadas, em básicas e aplicadas;


quanto à forma de abordagem, em quantitativa e qualitativa; quanto aos seus objetivos, em
exploratória, descritiva e explicativa e quanto aos procedimentos técnicos, em bibliográfica,
documental, experimental, levantamento, estudo de caso, ex post facto, pesquisa ação e
participante.

Conforme Gil (1999) apud Adinolfi (2007), do ponto de vista dos seus objetivos a
pesquisa pode ser:

 Exploratória: visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a


torná-lo explícito. Envolve levantamento bibliográfico. Assume, em geral, as formas
de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de Caso.
 Descritiva: visa descrever as características de determinada população ou fenômeno.
Assume, em geral, a forma de Levantamento.
 Explicativa: visa identificar os fatores que determinam ou contribuem para a
ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o conhecimento da realidade porque explica a
razão, “o porquê” das coisas. Quando realizada nas ciências sociais requer o uso do
método observacional. Assume, em geral, as formas de pesquisa Experimental e Ex
post facto.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (Gil [11], 1999) apud Adinolfi [9]
(2007), pode ser:
 Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material
disponibilizado na internet.
 Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento
analítico.
 Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis
de influência, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
 Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer.
 Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
 Ex Post Facto: quando o experimento se realiza depois dos fatos.
 Ação: realizada em estreita associação com a resolução de um problema coletivo. Os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou de problemas estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
 Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e
membros das situações investigadas.

Para a construção deste documento fontes bibliográficas foram consultadas, assim


como pesquisa em publicações, site de agentes do sistema elétrico brasileiro e de
organizações que realizam pesquisas sobre acidentes no setor, documentos fornecidos por
entidades como ABPEX - Associação Brasileira Para Prevenção de Explosões, além de ter
sido realizada visita ao laboratório para a verificação de suas conformidades com a norma.
Ainda devem ser citadas as entrevistas realizadas com os técnicos responsáveis pelo
laboratório, que tiveram um papel fundamental na aquisição de informações para a elaboração
deste documento.

Assim sendo, de acordo com Gil [11] (1999), este trabalho pode ser classificado como
uma pesquisa exploratória, pois visa proporcionar familiaridade com o assunto e se baseia em
levantamento bibliográfico e um estudo de caso.
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA A RESPEITO DE ÁREAS
CLASSIFICADAS
3.1 Definições e Funções da Norma Segundo a Norma ABNT
NBR IEC 60079-10

Em áreas onde a presença temporária ou concentrações permanentes de vapores ou


gases inflamáveis podem ocorrer, medidas de proteção devem ser aplicadas, segundo a norma
ABNT NBR IEC 60079-10, de forma a reduzir o risco de explosão. Esta parte da norma
define os critérios essenciais para os quais o risco de ignição pode ser avaliado e oferece um
guia para o projeto e controle de parâmetros que podem ser usados para reduzir o risco de
explosão, conforme já citado no item 1.2.

3.1.1 Definições Importantes

Antes de qualquer coisa vamos introduzir algumas definições consideradas por nós
como sendo importantes e que são facilmente encontradas no inicio de qualquer norma NBR
referente a atmosferas explosivas.
Primeiramente, uma área é definida como uma região ou espaço tridimensional e uma
atmosfera explosiva de gás é toda mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de
substâncias inflamáveis na forma de gás ou vapor, na qual após ignição, inicia-se uma
combustão auto-sustentada através da mistura remanescente. Com as definições acima
podemos definir uma área classificada como a área na qual está presente uma atmosfera
explosiva de gás, ou ainda é esperado estar presente, em quantidades tais que requeiram
precauções especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos e por consequência
definimos as zonas de classificação como sendo as áreas classificadas divididas, baseadas na
frequência da ocorrência e duração de uma atmosfera explosiva de gás. As zonas de
classificação segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, são mais bem
ilustradas na Tabela 1, explicitando cada uma das zonas e uma breve descrição.
Tabela 1: Definição, quanto às zonas, das três possíveis classificações de área segundo a ABNT [1].
ABNT Descrição
ZONA 0 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua,
ou existe por longos períodos.
Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável
ZONA 1 de acontecer em condições normais de operação do equipamento de
processo.
Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco
ZONA 2 provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando
associado à operação anormal do equipamento de processo.

Além de se dividir em zonas, também são estabelecidas pela ABNT que sejam
identificadas por grupos as áreas classificadas de acordo com a área de operação e o gás
presente na mesma. Na Tabela 2 segue a relação dos grupos, áreas de operação e seus
respectivos gases.

Tabela 2: Divisão em grupos [1].

Grupo Área de Operação Gás

metano (grisu) e pó de carvão


GRUPO I Para operação em mineração subterrânea * grisu = mistura gasosa que
suscetível a exalação de grisu. inclui metano e ar.

Acetona, Acetaldeído,
monóxido de carbono, Álcool,
Amônia, Benzeno,
Para operação em instalações de
GRUPO IIA Petróleo e seus
superfície onde pode existir
derivados(Butano, Gasolina,
perigo devido ao grupo do
Hexano, Metano, Nafta, Gás
propano.
Natural, Propano), vapores de
solventes.
Acroleína, óxido de Eteno,
Para operação em instalações de Butadieno, óxido de Propileno,
GRUPO IIB
superfície onde pode existir Ciclopropano, Éter Etílico,
perigo devido ao grupo do etileno. Etileno, Sulfeto de Hidrogênio.

Para operação em instalações de Acetileno, Hidrogênio e


GRUPO IIC superfície onde pode existir Dissulfeto de Carbono.
perigo devido aos grupos do
hidrogênio e
acetileno.

Depois das definições de zonas e grupos, outro passo muito importante é a


determinação da classe de temperatura. As classes de temperatura identificam a máxima
temperatura de superfície que uma parte qualquer de um equipamento pode atingir em
operação normal ou de sobrecarga prevista, considerando a temperatura ambiente máxima
igual a 40°C, ou em caso de defeito. Essas classes de temperatura devem ser menores que a
temperatura de ignição dos gases e vapores do meio circundante ao equipamento.
Segundo a ABNT [1], para equipamentos elétricos do Grupo I, a temperatura máxima
de superfície não deve exceder 150°C sobre qualquer superfície onde possa formar uma
camada de pó de carvão, e 450ºC quando o risco anterior é evitado, por exemplo, através de
vedação contra poeira ou por ventilação.
A norma NBR 9518 [3] também classifica as temperaturas máximas de superfície para
equipamentos elétricos do Grupo II de acordo com a Tabela 3.

Tabela 3: Classe de Temperatura de Acordo com a Máxima de Superfície


[3]
Classe de Temperatura Temperatura Máxima de Superfície (ºC)

T1 450
T2 300
T3 200
T4 135
T5 100
T6 85
3.1.2 Segurança e Classificação de Áreas

Segundo o manual básico de classificação de áreas da Blinda, fabricante de renome de


materiais, instalações onde os materiais inflamáveis são manuseados ou armazenados devem
ser projetadas, operadas e mantidas de modo que qualquer liberação de material inflamável e,
consequentemente, a extensão da área classificada seja a menor possível, seja em operação
normal ou, por outro lado, com relação a frequência, duração e quantidade.
Ainda segundo o manual da Blinda, em caso de atividades de manutenção, exceto
aquelas de operação normal, a extensão da zona pode ser afetada, mas é esperado que seja
controlada por uma sistemática de permissão de trabalho. Portanto, dois passos devem ser
seguidos em uma situação na qual possa haver uma atmosfera explosiva de gás ou vapor,
eliminar a probabilidade de ocorrência de uma atmosfera explosiva de gás ao redor da fonte
de ignição e eliminar a fonte de ignição.
Se estas medidas não forem possíveis de serem executadas, medidas de proteção,
equipamentos de processo, sistemas e procedimentos devem ser selecionados e preparados de
tal modo que a probabilidade de ocorrência simultânea dos eventos acima seja a menor
possível.
Pelo exposto acima, a classificação de áreas é um método de análise e classificação do
ambiente onde possa ocorrer uma atmosfera explosiva, de modo a facilitar a seleção adequada
e instalação de equipamentos a serem usados com segurança em tais ambientes.
Voltando a ter como referência o manual básico da Blinda, especificamente as áreas de
zona 0 ou zona 1 devem ser minimizadas em número e extensão, quer seja a partir do projeto,
quer seja por procedimentos operacionais adequados. Em outras palavras, plantas e
instalações devem ser principalmente do tipo zona 2 ou área não classificada devido aos
elevados custos dos equipamentos de elevada proteção a serem instalados. Se a existência da
fonte de risco for inevitável, os itens dos equipamentos de processo devem ser limitados
àqueles que dão origem a fontes de risco de grau secundário ou, na impossibilidade, as fontes
de risco devem ser muito limitadas em quantidades e vazão.
Uma vez que a planta tenha sido classificada e tão logo sejam efetuados todos os
registros necessários, é proibida qualquer modificação no equipamento ou no procedimento
de operação deste que seja feita sem discussão prévia com todos os responsáveis pela
classificação da área. Ações não autorizadas podem invalidar a classificação de áreas. É
necessário assegurar que todos os equipamentos que afetam a área classificada e que tenham
sido submetidos à manutenção sejam cuidadosamente verificados durante e após a montagem,
com o fim de garantir que a integridade original de projeto, relativa à segurança, seja mantida
antes que os equipamentos retornem ao serviço.

3.1.3 Procedimento para a Classificação de Áreas

Classificada como fonte de risco se for estabelecido que o equipamento pode liberar
material inflamável para a atmosfera, em primeiro lugar, determinar-se o grau de risco de
liberação de acordo com as definições, estabelecendo a frequência e a duração da liberação.
Deve ser reconhecido que, segundo a norma ABNT NBR IEC 60079-10, a abertura de partes
de sistemas de processo fechados também será considerada fonte de risco quando da
elaboração da classificação de áreas e por meio deste procedimento, cada fonte de risco deve
ser denominada como grau “contínuo”, “primário” ou “secundário”.
A probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva de gás, bem como o tipo de
zona, depende, principalmente, do grau da fonte de risco e da ventilação. Uma fonte de risco
de um grau contínuo normalmente leva a uma zona 0, uma fonte de risco de grau primário a
uma zona 1 e uma fonte de risco de grau secundário a uma zona 2. Porém, mais adiante tais
zonas serão mais bem classificadas de acordo com seu grau de ventilação e extensão.
Quanto maior for a taxa de liberação do material inflamável, maior é a extensão da
área classificada. Sendo a mesma dependente da geometria de risco que se relaciona
diretamente com as características físicas da fonte de risco, com a velocidade de liberação que
está relacionada à pressão de processo e à geometria da fonte de risco. Com a concentração
que é a vazão de liberação aumenta com a concentração de gás ou vapor inflamável da
mistura liberada, com a volatilidade de um líquido inflamável que se relaciona principalmente
à pressão de vapor e a entalpia de vaporização e com a temperatura do líquido, visto que
como a pressão de vapor aumenta com a temperatura, aumenta a vazão de liberação devido à
evaporação.
Ainda falando sobre extensão da zona, devemos levar em conta a densidade relativa do
gás ou vapor na liberação, condições climáticas e topografia.
Ventilação, como mencionado anteriormente, gás ou vapor liberado na atmosfera pode
ser diluído por dispersão ou difusão no ar até que sua concentração esteja abaixo do limite
inferior de inflamabilidade. Taxas adequadas de ventilação também podem evitar a
persistência de uma atmosfera explosiva de gás, e influenciar o tipo de zona.
O fator mais importante segundo a norma ABNT [1] é que o grau ou nível de
ventilação esteja diretamente relacionado ao tipo de fonte de liberação e suas correspondentes
taxas de liberação. Portanto, condições ótimas de ventilação em áreas classificadas podem ser
alcançadas quanto maior a quantidade de ventilação em relação às possíveis taxas de
liberação.

3.1.3.1 Ventilação Natural

É obtida pelo movimento do ar causado pelo vento ou pelo gradiente de temperatura.


Em ambientes externos, a ventilação natural, é suficiente para assegurar a dispersão de uma
eventual formação de atmosfera explosiva de gás na área. A ventilação natural pode ser eficaz
em certos ambiente internos.
Para áreas externas, a avaliação da ventilação pode ser baseada em uma velocidade de
vento assumida de no mínimo igual a 0,5 m/s, que estará presente praticamente de modo
contínuo.
Temos como exemplo de ventilação natural: situações a céu aberto, industrias
químicas e de petróleo, estruturas de suporte de tubulações, parque de bombas, prédios
abertos, etc.

3.1.3.2 Ventilação Artificial

A ventilação artificial de uma área pode ser do tipo geral ou local e, para ambos os
casos, podem ser necessários diferentes graus de movimentação do ar e de trocas.
Com a utilização de ventilação artificial é possível obter: redução do tipo e/ou
extensão das zonas e diminuição do tempo de permanência da atmosfera explosiva de gás.
Um sistema de ventilação artificial que é projetado para a proteção contra explosão
deve incluir requisitos tais como efetividade controlada e monitorada além de levar também
em conta à classificação de áreas dentro do sistema de exaustão, imediatamente fora do seu
ponto de descarga e outras aberturas deste sistema. Para ventilação de uma área classificada, o
ar deve ser obtido de uma área não classificada, levando-se em conta os efeitos de sucção nas
áreas adjacentes e, antes de se determinar as dimensões e o projeto do sistema de ventilação,
deve ser definida a taxa de liberação e o grau da fonte de risco.

3.1.4 Grau de Ventilação

A eficiência da ventilação em controlar a dispersão e a permanência da atmosfera


explosiva de gás depende do grau e da disponibilidade da ventilação e do projeto do sistema.
Por exemplo, a ventilação pode não ser suficiente para evitar a formação de uma atmosfera
explosiva de gás, mas pode ser suficiente para evitar a sua permanência. Segundo a norma
ABNT [1], o grau de ventilação é muito importante em uma área classificada porque a
extensão de uma nuvem de gás ou vapor inflamável e o tempo pelo qual ela permanece após
ter cessado o vazamento podem ser controlados por meio da ventilação.
Ainda segundo a norma, são definidos três graus de ventilação, a ventilação alta,
ventilação média e finalmente a ventilação baixa.

3.2 Tipos de Proteção

A norma ABNT [1], estabelece um código para cada tipo de equipamento. Este código
é composto do símbolo Ex, que é utilizado pela norma NBR/IEC [1], para identificar produtos
para instalação em área classificada (atmosfera explosiva) seguido pelo tipo de proteção. A
tabela abaixo exemplifica cada tipo de proteção e como fica sua respectiva simbologia.

Tabela 4: Tipos de Proteção [1].


Tipo Proteção Simbologia
Equipamento à Prova de Explosão Ex d
Equipamento Pressurizado Ex p
Equipamento Imerso em Óleo Ex o
Equipamento Imerso em Areia Ex q
Equipamento Imerso em Resina Ex m
Equipamento de Segurança Aumentada Ex e
Equipamento Não Acendível Ex n
Equipamento de Segurança Intrínseca Ex i
Equipamento Especial Ex s

3.2.1 Á Prova de Explosão – Símbolo Ex d

Segundo a norma NBR IEC 60079-1, invólucro à prova de explosão é um sistema


suficientemente resistente e vedado para não propagar uma explosão, e cuja temperatura
superficial não provoca a ignição de uma atmosfera explosiva. Isto implica uma construção
robusta, com tampas roscadas ou parafusadas. Esses invólucros são construídos de forma a,
ocorrendo a ignição de uma mistura dentro dele, resistir mecanicamente à pressão, impedindo
que a explosão se propague para o meio externo.
A NBR 5363 [4] especifica os interstícios máximos entre as peças dos invólucros
blindados (entre a tampa e a caixa, ou entre o eixo e o furo da tampa do invólucro de um
comutador, por exemplo). Tais interstícios auxiliam no alívio da pressão interna ao invólucro,
quando de uma explosão no interior deste. A largura e comprimento destes interstícios
(limitados aos valores normalizados) devem ser suficientes para que o gás se resfrie antes de
alcançar o ambiente externo.
Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
Tem como características principais a grande quantidade de parafusos, o compromisso
quanto ao “MESG” (Interstício Máximo Experimental Seguro) e rugosidade média máxima
nas superfícies dos flanges, entradas de eletrodutos, eixos, manoplas de operação, visores,
etc., tendo que cumprir com requisitos dimensionais e de materiais.

3.2.2 Invólucro Pressurizado – Símbolo Ex p

Segundo a norma NBR IEC 60079-2 [7], neste tipo de proteção, uma pressão positiva
superior à pressão atmosférica é mantida no interior do invólucro de modo a evitar a
penetração de uma atmosfera explosiva que venha a existir ao redor do equipamento.
São definidos pela norma três tipos de pressurização que reduz a classificação no interior do
invólucro pressurizado, px Zona 1 para área não classificada ou Grupo I para área não
classificada, py – Zona 1 para Zona 2 e pz – Zona 2 para área não classificada.
Tem como características principais à integridade das gaxetas de vedação e ajuste do
pressostato e da válvula reguladora de pressão. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas
previamente na Tabela 2.

3.2.3 Imerso em Óleo – Símbolo Ex o

Segundo a norma NBR IEC 60079-6 o equipamento elétrico é imerso em óleo de tal
modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa
do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais distâncias mínimas entre partes com tensão e
superfície do óleo, distâncias mínimas entre partes com tensão e paredes do invólucro e
qualidade do óleo referente ao poder dielétrico, umidade e contaminantes. Aplicado em Zonas
1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
3.2.4 Imerso em Areia – Símbolo Ex q

Segundo a norma NBR IEC 60079-5 o equipamento elétrico é imerso em areia de tal
modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa
do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais o teor de umidade, a faixa granulométrica e as
distâncias mínimas entre partes com tensão e superfície da areia e entre partes com tensão e
parede do invólucro. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.

3.2.5 Imerso em Resina – Símbolo Ex m

Segundo a norma NBR IEC 60079-18 o equipamento elétrico é imerso em resina de


tal modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte
externa do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais o material da resina tem que ser pré-testado em
laboratório, o limite de bolhas de ar internas ao meio e distâncias entre partes com tensão e
superfície da resina e partes, com tensão e paredes do invólucro. Aplicado em Zonas 1 e 2
apresentadas previamente na Tabela 2.

3.2.6 Segurança Aumentada – Símbolo Ex e

Segundo a norma NBR IEC 60079-7 [5] o equipamento elétrico de segurança


aumentada é aquele que, sob condições normais de operação, não produz arcos, faíscas ou
aquecimento suficiente para causar ignição da atmosfera explosiva para a qual foi projetado, e
no qual são tomadas as medidas adicionais durante a construção, de modo a evitar com maior
segurança que tais fenômenos ocorram em condições de operação e de sobrecarga previstas.
Equipamentos típicos com segurança aumentada são os motores de gaiola, transformadores de
potência e de medição, luminárias e caixas de distribuição e de ligação.
Tem como características principais materiais pré-aprovados em laboratório, maior
distância de isolação e escoamento para máquinas rotativas, maiores distâncias de entreferro e
dupla camada de impregnação para enrolamentos, diâmetro mínimo de fio para enrolamento.
Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
3.2.7 Não Acendível – Símbolo Ex n

Segundo a norma NBR IEC 60079-15 o equipamento que, em condições normais de


operação e sob determinadas condições anormais especificadas não causam a ignição da
atmosfera explosiva de gás existente no ambiente.
Tem como características principais não possuir partes centelhantes ou produtoras de
alta temperatura em condições normais de operação e, se tiver, estão protegidas por maiores
distâncias de isolação e escoamento, resistente a impacto e grau de proteção mínimo exigido.
Aplicado em Zona 2 apresentada previamente na Tabela 2.

3.2.8 Segurança Intrínseca – Símbolo Ex i

Segundo a norma NBR IEC 60079-11 [6], equipamentos Ex i são aqueles que em
condições normais (isto é, abertura e fechamento do circuito) ou anormais (curto circuito,
falta a terra) não liberam energia suficiente para inflamar a atmosfera explosiva.
Os equipamentos elétricos de segurança intrínseca são classificados em duas
categorias: “ia” – estes são projetados de tal forma que não são capazes de causar uma ignição
em operação normal e mesmo com aplicação de duas falhas evidentes mais as falhas não
evidentes; e “ib” – que são aqueles incapazes de causar uma ignição em operação normal e
com a aplicação de uma falha evidente mais a aplicação das falhas não evidentes.
Tem como características principais premissas de projeto para operação com baixa
energia, dispositivo associado para limitar energia, limitação de temperaturas de
componentes, análise de circuitos, simulação de defeitos e etc.
Segundo a norma, falha evidente é aquela que está em conformidade com os requisitos
(regras de construção da norma IEC 60079-11) de construção básicos do tipo de proteção; e as
falhas não evidentes são aquelas em não conformidade com essas regras. “ia” aplicado em
Zona 0 ; e “ib” aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.

3.2.9 Proteção Especial – Símbolo Ex s

Segundo catálogo Nutsteel não há uma definição neste tipo de proteção, que foi
previsto para permitir o desenvolvimento de novos tipos de proteção pelos fabricantes.
3.3 Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas

De acordo com a Norma ABNT NBR IEC 60079-17: 2005 [3] é essencial, por razões
de segurança, que durante a vida útil das instalações elétricas em áreas classificadas, a
integridade destas características especiais sejam preservadas e sendo assim elas requerem
inspeção inicial e também inspeções periódicas regulares e também supervisão contínua
executada por pessoal qualificado.

3.3.1 Requisitos Gerais Segundo a Norma NBR IEC 60079-0

3.3.1.1 Documentação
Para a realização de uma inspeção e manutenção, devem ser disponibilizadas as
seguintes documentações: a classificação de áreas, grupo dos equipamentos e classe de
temperatura e registros que permitam a manutenção do equipamento para áreas classificadas,
de acordo com seu tipo de proteção.

3.3.1.2 Qualificação de Pessoal


O estudo de classificação de áreas contra risco de explosão tem por finalidade mapear
e determinar a extensão e abrangência das áreas que podem conter misturas explosivas e,
consequentemente permitir a posterior especificação de equipamentos e sistemas adequados
para cada tipo de área classificada.
As áreas de uma planta de processamento devem preferencialmente ser classificadas
na fase de projeto, envolvendo principalmente os responsáveis pelo processo, a partir das
informações relativas aos dados de processo, tais como a pressão, concentração e o
levantamento dos diversos produtos inflamáveis e combustíveis presentes no processamento,
assim como também a identificação das prováveis fontes de risco.
Com o estudo de classificação de áreas contra risco de explosão, deve ser assegurado
que a especificação e instalação dos equipamentos elétricos atendam às exigências da área,
em conformidade com as respectivas normas aplicáveis.
O estudo de classificação de áreas é composto por uma série de documentos que
fornecem informações sobre as áreas que contenham ou possam conter atmosferas
potencialmente explosivas. Estes documentos compreendem desenhos de plantas e cortes com
a extensão das áreas classificadas, lista de dados de processo sobre as substâncias inflamáveis
com a identificação dos seus respectivos grupos de gases, lista dos dados das fontes de risco,
identificação da classe de temperatura dos equipamentos Ex, indicação de vento predominante
quando for o caso de instalações ao tempo, e categorização das áreas classificadas em zonas
(0, 1 e 2) com a determinação das extensões das áreas classificadas.
Importante ressaltar que a responsabilidade do contratante de um estudo de
classificação de áreas contra risco de explosão é grande, pois ele é quem efetivamente
conhece seu processo, seus riscos, e pode colaborar na elaboração de procedimentos para
execução segura dos serviços prestados pelos contratados, conforme já previne a NR-10 em
seu item 10.13.1, que será mais bem explicado no item 3.4, no qual estabelecemos uma
relação entre a NR-10 e áreas classificadas.
A elaboração do estudo de classificação de áreas contra risco de explosão, baseado em
informações deficientes, pode acarretar especificação inadequada de equipamentos, maiores
custos de instalação caso tenha sido feita uma classificação pecando por excesso, e até riscos
de ignição devido à avaliação inadequada das condições para execução de serviços de
manutenção.
Assim sendo, atualmente não é mais aceitável que um engenheiro eletricista seja o
único responsável pela elaboração de um estudo de classificação de áreas contra riscos de
explosões, mas sim por uma equipe multiprofissional, constituídos por engenheiros,
eletricista, químico e de segurança do trabalho.
A inspeção e a manutenção de instalações devem ser executadas somente por pessoal
experiente, em cujo treinamento estejam incluídas instruções dos vários tipos de proteção e
práticas de instalação, normas e regulamentos relevantes, além dos princípios gerais de
classificação de áreas. Deve ser dado treinamento contínuo a esse pessoal para atualização.

3.3.1.3 Inspeções
Antes que uma planta ou equipamento seja colocado em serviço, deve ser feita uma
inspeção inicial. Após qualquer substituição, reparo, ajuste ou modificação, os itens
respectivos devem ser reinspecionados.
Se em algum momento houver mudança na classificação de área, ou se algum
equipamento for movido de um lugar para outro, uma verificação deve ser realizada para
assegurar que o tipo de proteção, o grupo do equipamento e a classe de temperatura são
adequados às novas condições.
 Tipos de inspeção
O primeiro tipo são as inspeções iniciais. Devem ser utilizadas para verificar se o tipo
de proteção selecionado e sua instalação são apropriados. O segundo são as inspeções
periódicas que podem ser visuais ou apuradas. A inspeção visual ou apurada pode levar à
necessidade de ser feita uma inspeção detalhada posteriormente. E por fim as inspeções
periódicas regulares requerem pessoal que tenha conhecimento de classificação de áreas e
conhecimento técnico suficiente para avaliar as implicações sobre os locais sob consideração.
Os mesmos devem ter independência suficiente das demandas das atividades da manutenção,
de tal forma que suas conclusões sejam isentas e confiáveis.
Definir precisamente um intervalo entre inspeções periódicas pode não ser
fácil, mas tal intervalo deve ser determinado levando-se em conta a deterioração esperada.

3.3.1.4 Requisitos de Manutenção


 Ações corretivas
A condição geral de todos os equipamentos deve ser observada como previsto no item
2 e ações corretivas apropriadas devem ser tomadas quando necessário. Contudo, precauções
devem ser adotadas para manter a integridade do tipo de proteção do equipamento. Esta ação
pode requerer uma consulta ao fabricante.
Modificações em equipamentos não devem ser realizadas sem autorização, pois
podem comprometer a segurança dos equipamentos como mencionada na documentação,
como por exemplo a manutenção de cabos flexíveis, eletrodutos flexíveis e suas terminações
que estão particularmente sujeitos a avarias. Eles devem ser inspecionados em intervalos
regulares e devem ser substituídos caso sejam encontrados avariados ou defeituosos. Outro
exemplo é a retirada de serviço. Caso seja necessário por motivo de manutenção retirar os
equipamentos de serviço, os condutores expostos devem ser corretamente terminados num
invólucro adequado, separados de todas as fontes de alimentação e isolados e separados de
todas as fontes de alimentação e aterrados.

3.4 Norma NR-10 e as Áreas Classificadas

Atualizada e em vigor, a NR 10 [8] regulamenta a segurança em instalações e serviços


em eletricidade. Seu texto é bem claro em relação às áreas classificadas e atmosferas
explosivas e trouxe uma cobrança maior para as empresas do setor, principalmente no que diz
respeito ao treinamento de segurança e à criação de prontuários e relatórios de inspeção.
A norma exige treinamentos específicos para quem trabalha nesse segmento, e a
indústria deverá seguir a norma ABNT NBR IEC 60079-14 [2] – para instalações elétricas em
áreas classificadas – e ter todos os riscos mapeados, ou seja, plantas de classificação de áreas
atualizadas.
A seguir serão listadas as resoluções da NR 10 [8] em relação à segurança em
instalações com atmosferas explosivas acompanhadas de breves comentários extraídos do
artigo publicado pelo site http://conatex.com.br/noticias/noticias/art1_jun_08.html, acessado
em 09 de junho de 2008.

• 10.4.3 Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e


ferramentas elétricas compatíveis com a instalação elétrica existente, preservando-
se as características de proteção e respeitando-se as recomendações do fabricante e
as influências externas.
A intenção deste item é determinar o uso de equipamentos, dispositivos e ferramentas
elétricas compatíveis com a instalação existente e certificar se as mesmas preservam as
características dos elementos de proteção implantados na instalação, respeitadas as
especificações e recomendações do fabricante e as possíveis influências externas em que
serão instalados ou utilizados, tais como presença de água, poeira, temperaturas elevadas,
radiações, vibrações, etc.

• 10.6.3. Os serviços em instalações energizadas, ou em suas proximidades, devem


ser suspensos de imediato na iminência de ocorrência que possa colocar os
trabalhadores em perigo.

A intenção deste item é após uma análise e um juízo crítico dos trabalhadores, que
para isso foram devidamente instruídos no processo de autorização para trabalhos com
eletricidade, tenham a iniciativa, diante de um fator adverso iminente que possa expor a risco
os trabalhadores, suspenda de imediato o andamento normal dos trabalhos. Incluindo como
ocorrência de perigo, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas; alterações no nível de
iluminamento, intempéries, atmosferas nocivas que possam influenciar a segurança, entre
outros.

• 10.6.5 O responsável pela execução do serviço deve suspender as atividades


quando constatar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível.
Este item trata de indicar a quem deve caber a responsabilidade pela suspensão dos
trabalhos, considerados em 10.6.3. Fica implícito que sempre que houver um trabalho com
instalações elétricas, haverá um responsável por sua realização e também por sua suspensão,
quando da ocorrência de uma condição não prevista e quando sua eliminação ou neutralização
imediata não seja possível.

• 10.9.1 As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser


dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR-23 –
Proteção Contra Incêndios.

O convívio das instalações elétricas com áreas sujeitas a incêndio ou explosões (áreas
classificadas) só é possível com instalações apropriadas com base em normas específicas e
que pressupõe uma prévia classificação de áreas, que indicará quais as técnicas e categorias de
equipamentos recomendáveis.

• 10.9.2 Materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à


aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente
explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade no âmbito do Sistema
Brasileiro de Certificação.

Determina que os materiais, equipamentos e dispositivos elétricos utilizados em áreas


classificadas têm obrigatoriedade de certificação, já exigida na Portaria N 176 de 17.7.2000.
Respeitando a regulamentação os equipamentos e dispositivos elétricos destinados a áreas
classificadas, adquiridos antes da data da publicação dessa portaria, estão isentos de
certificação nos moldes regulamentados, contudo deverão comprovar que são seguros,
mediante apresentação de certificados estrangeiros, laudos IEE, declarações de fabricantes ou
declarações de profissionais legalmente habilitados, juntados ao prontuário.

• 10.9.4 Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado


de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de proteção
complementar, tais como alarme e seccionamento automático, para prevenir
sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras
condições anormais de operação.

As áreas classificadas, assim como outras com elevado risco de incêndio, não
suportam a ocorrência de situações toleráveis em outras instalações elétricas e por isso
necessitam de medidas adicionais de prevenção contra o sobreaquecimento de superfícies, o
surgimento de arco elétrico devido a sobretensão, inerente até mesmo à operação normal de
dispositivos de manobra e de proteção.

• 10.9.5 Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente


poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação
formalizada, conforme estabelece o item 10.5, ou supressão do agente de risco que
determina a classificação da área.

A permissão para o trabalho em áreas classificadas fica obrigatória e exige a liberação


documentada e formalizadas, mediante aplicação dos conceitos e princípios de
desenergização. Alternativamente, a liberação para o trabalho nessas áreas poderá ser
formalizada mediante a eliminação da substância inflamável ou explosiva que originou a
classificação de áreas.

• 10.11.7 Antes de iniciar trabalhos em equipe, os seus membros, em conjunto com


o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia,
estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no local, a fim de
atender aos princípios técnicos básicos e às melhores técnicas de segurança
aplicáveis ao serviço.

Refere-se ao levantamento e exame preliminares de segurança, realizado no local do


serviço com a participação do superior e trabalhador da equipe, considerando a ordem de
serviço, os procedimentos de trabalho com instruções de segurança, os equipamentos,
ferramentais, condições ambientais, mediante a participação de todos os envolvidos. É de
grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes, não
passíveis de previsão nas análises de risco realizadas e não considerados nos procedimentos
elaborados, em função de situações específicas, das condições ambientais ou circunstâncias
daquele serviço, que poderá fugir à sua normalidade ou previsibilidade de ocorrência nas
ações anteriores.

• 10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias a


todos os contratantes e contratados envolvidos.
Sempre que uma ou mais empresas, individuais ou coletivas e com personalidades
jurídicas próprias, estiverem sob o comando ou controle, ou ainda, prestarem serviços sob
administração ou contrato à outra empresa, serão, para efeito de aplicação das Normas
Regulamentadoras, solidariamente responsáveis à empresa principal, ou contratante, e as
demais empresas subordinadas, contratadas. São equiparados a empresa os profissionais
liberais, os trabalhadores autônomos e avulsos.

• 10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores


informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos
procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

Determina o dever de informar dos contrates (tomador de mão de obra) e, em


contrapartida, garantir o direito de informação e do saber do trabalhador, sobre os riscos e
possíveis perigos à segurança e à saúde, elétricos e não elétricos, que serão expostos no
desenvolvimento das atividades contratadas ou designadas (sinalização de área classificada).

• 10.13.4 Cabe aos trabalhadores:


a) zelar pela sua segurança e saúde e as de terceiros que possam ser afetados por
suas ações ou omissões no trabalho;

Os autorizados a trabalhar com instalações elétricas devem ter atenção em suas ações
ou omissões que impliquem negligenciam imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua
segurança e saúde como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de
responder civil e criminalmente.
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive os procedimentos internos de segurança e saúde;

É um compromisso legalmente obrigatório que integra os trabalhadores e os


empregadores no sentido de se responsabilizarem solidariamente por cumprir as normas e
regulamentos estabelecidos, elaborar e manter os procedimentos, planos e demais medidas
internas de segurança e saúde.
c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço às
situações que considerar risco para sua segurança e saúde e as de terceiros.
O ato de comunicar de imediato ao responsável pelos serviços, além de responsabilizar
e envolver o superior promove a análise da realidade existente, possibilitando orientações e
esclarecimento de dúvidas e pontos controversos.

3.5 Condições Ambientais


Os equipamentos elétricos em áreas classificadas podem ser severamente afetados
pelas condições do ambiente em que são utilizados. Alguns dos principais elementos a
considerar são: corrosão, temperatura ambiente, exposição à radiação ultravioleta, ingresso de
água, acúmulo de pó ou areia, efeitos mecânicos e ataque químico. Para tal, a norma ABNT
NBR IEC 60079-17 indica como deve ser feita a seleção de equipamentos segundo outras
características inerentes à área. Mesmo que um determinado equipamento possua seu
certificado para atmosferas explosivas, as condições ambientais não são necessariamente
cobertas por este certificado. Dependendo dos agentes externos, o equipamento pode não ser
adequado à aplicação neste ambiente, podendo ter a sua proteção comprometida.
Por exemplo, os equipamentos certificados como intrinsecamente seguros possuem, no
mínimo, um grau de proteção IP 20. Quando para uso em grupo I, adota-se IP 54. Entretanto,
o fabricante juntamente com o usuário deve prever a necessidade de proteções adicionais e
solicitar ao laboratório certificador que verifique se o equipamento está apto a ser usado em
condições especiais. A Figura 1 demonstra as regras utilizadas para a definição do grau de
proteção.
Figura 2: Seleção de Equipamentos Segundo Características Inerentes à Área.
Fonte: Catálogo Nutsteel.

Ainda segundo a norma ABNT NBR IEC 60079-17 a corrosão das partes metálicas ou
as influências de produtos químicos (em especial, solventes) em componentes plásticos ou
elastoméricos podem afetar o grau e o tipo de proteção do equipamento. Se o invólucro ou
componente estiver severamente corroído, deve ser substituído. Os invólucros de plástico
podem apresentar rachaduras superficiais que podem afetar a integridade do invólucro. Os
invólucros metálicos devem, se necessário, ser protegidos com um revestimento apropriado
contra corrosão, sendo a frequência e natureza deste tratamento determinada pelas condições
do ambiente. Deve-se verificar se o equipamento foi projetado para suportar a mais alta e a
mais baixa temperatura ambiente esperadas no local da instalação. Deve ser enfatizada que se
a marcação do equipamento para áreas classificadas não indica a faixa de temperatura
ambiente, este equipamento somente deve ser utilizado no intervalo de temperatura de – 20°C
a + 40°C. Se, ao contrário, a faixa de temperatura for indicada, o equipamento só deve ser
utilizado neste intervalo.
Todas as partes dos equipamentos devem ser mantidas limpas e livres de acúmulo de
poeira, sal ou outras substâncias agressivas que possam causar um aumento excessivo na
temperatura.
Devem ser tomadas precauções para que a proteção do equipamento contra as
intempéries seja mantida. As gaxetas danificadas devem ser substituídas.
A norma ABNT NBR IEC 60079-17 determina que dispositivos anticondensação, tais
como respiros, drenos ou elementos aquecedores devem ser examinados para se ter certeza de
que operam corretamente.
Se o equipamento estiver sujeito a vibrações, deve-se verificar com atenção se os
parafusos de fixação e as entradas de cabos permanecem apertados.
Durante a limpeza de equipamentos elétricos cujas superfícies são de materiais não
condutores, devem-se tomar precauções para evitar a geração de eletricidade estática.

3.6 Comparação das Diferentes Técnicas de Proteção sob o Ponto


de Vista Técnico-Econômico
É muito comum observarmos a existência de equipamentos que possuem mais de um
certificado de conformidade, principalmente à prova de explosão e segurança intrínseca. O
motivo desta redundância deve-se, na maioria das vezes, às exigências do usuário, que tem
preferência (talvez por desconhecimento) por esta ou aquela proteção, o que obriga o
fabricante a obter mais de um certificado.
Uma das causas deste desconhecimento é a confusão entre os termos equipamentos
para atmosfera explosiva e equipamentos à prova de explosão. No Brasil, a primeira
expressão equivale a explosion protection, enquanto a segunda equivale a flameproof
enclosure. Esta última refere-se somente a uma das diferenças técnicas para atmosferas
explosivas.
A existência de diferentes técnicas de proteção tem por objetivo adequar, da forma
mais econômica, equipamentos elétricos a locais sujeitos a presença de atmosferas
potencialmente explosivas. Sob o ponto de vista de segurança, todas as técnicas podem ser
empregadas. No entanto a seleção adequada é aquela que minimiza os custos de aquisição,
instalação e manutenção.
A Tabela 5 apresenta para os equipamentos mais comuns, uma comparação entre as
diferentes técnicas de proteção que podem ser aplicadas.

Tabela 5: Comparativo Técnico-Econômico [12].


EQUIPAMENTO PRINCIPAIS TIPOS DE PROTEÇÃO
MOTOR INDUÇÃO Ex i - NÃO SE APLICA
ATÉ 200HP, BAIXA Ex d - PREÇO ALTO, MAIOR PESO, MAIOR CUSTO DE INSTALAÇÃO, MAIOR
TENSÃO, ROTOR NÚMERO DE MANUTENÇÃO, FACILIDADE DE INSTALAÇÃO.
GAIOLA Ex p - PREÇO ALTO, MAIOR CUSTO DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO, É
NECESSÁRIO A EXISTENTE DE UMA ESTRUTURA DE PRESSURIZAÇÃO.
Ex e - PREÇO BAIXO, MENOR PESO, BAIXO CUSTO, MENOR MANUTENÇÃO,
MAIOR CUSTO DE OPERAÇÃO.
TRANSMISSORES Ex i - PREÇO BAIXO, PERMITE AJUSTE EM OPERAÇÃO, ALTO MTBF, MAIOR
DE PRESSÃO, DE CUSTO DE INSTALAÇÃO, MENOR PESO.
TEMPERATURA, Ex d - PREÇO ALTO, NÃO SE PERMITE AJUSTE ENERGIZADO, MAIOR PESO E MENOR
VAZÃO CUSTO DE INSTALAÇÃO.
Ex e - NÃO SE APLICA
TRANSCEPTORES Ex i - MENOR PREÇO, MENOR PESO, FACILIDADE DE OPERAÇÃO, ALTO MTBF, MAIOR
DE UHF E VHF Ex d - PREÇO, MAIOR PESO, DIFÍCIL OPERAÇÃO, ALTO CUSTO DE MANUTENÇÃO
NÃO SE APLICA
Ex e-
EQUIPAMENTOS Ex i- NÃO SE APLICA
COM PARTES Ex e- NÃO SE APLICA
CENTELHANTES Ex d- MENOR PREÇO, MENOR CUSTO DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO,
DE POTÊNCIA MAIOR PESO
ACIMA DE 15W Ex p - MAIOR PREÇO, MAIOR CUSTO DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO,
NECESSÁRIO ESTRUTURA DE PRESSURIZAÇÃO.
EQUIPAMENTOS Ex i - MENOR PREÇO, ALTO CUSTO DE INSTALAÇÃO, MENOR CUSTO DE OPERAÇÃO,
COM PARTES MAIOR MTBF, MENOR PESO.
CENTELHANTES Ex d - BAIXO PREÇO, BAIXO CUSTO DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO, MAIOR
DE POTÊNCIA PESO
INFERIOR A 15W Ex p - MAIOR PREÇO, MAIOR CUSTO DE INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO,
NECESSÁRIO ESTRUTURA DE PRESSURIZAÇÃO.
Ex e - NÃO SE APLICA
LUMINÁRIAS Ex i - NÃO SE APLICA
FLUORESCENTES Ex d - MAIOR PREÇO, MAIOR PESO, MAIOR CUSTE DE INSTALAÇÃO, MAIOR
CUSTO DE MANUTENÇÃO
Ex e - MENOR PREÇO, MENOR PESO, MENOR CUSTO DE INSTALAÇÃO, MENOR
MANUTENÇÃO.
Ex p - NÃO SE APLICA
PROJETORES E Ex i - NÃO SE APLICA
LUMINÁRIAS Ex d - MAIOR PREÇO, MAIOR PESO, ALTO CUSTO DE INSTALAÇÃO, MENOR
CLASSE DE TEMPERATURA.
Ex e - MENOR PREÇO, MENOR PESO, MENOR CUSTO DE INSTALAÇÃO,
MAIOR CLASSE DE TEMPERATURA.
Ex p - NÃO SE APLICA
DISJUNTORES E Ex i - NÃO SE APLICA
SECCIONADORES Ex d - MANOR PREÇO, MENOR PESO, MAIOR CUSTO DE OPERAÇÃO, MENOR CUSTO
DE OPERAÇÃO.
Ex e - NÃO SE APLICA
Ex p - MAIOR PREÇO, MENOR PESO, MAIOR CUSTO DE OPERAÇÃO, MAIOR CUSTO
DE INSTALAÇÃO, NECESSÁRIO ESTRUTURA DE PRESSURIZAÇÃO.
3.7 Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
O equipamento elétrico para uso em atmosferas potencialmente explosivas deve ser
adequado para uso industrial e estar de acordo com as exigências da Norma ABNT NBR 9518
[3], exceto quando estas exigências são modificadas pela norma especifica do respectivo tipo
de proteção. A utilização desses equipamentos e acessórios está condicionada à apresentação
de seu certificado de conformidade.
Segundo a norma NBR IEC 60079-17 o equipamento elétrico para atmosferas
explosivas deve ser construído de modo a não afetar adversamente a segurança de pessoas,
animais domésticos e propriedades, quando apropriadamente instalado, mantido e utilizado,
nas aplicações para as quais foi projetado e produzido.
As normas especificam os métodos de instalação dos diversos equipamentos elétricos
em cada área classificada. Assim temos a descrição dos métodos de instalação para:
transformadores, capacitores, medidores, instrumentos e relés, fiação, unidade seladora e
drenagem, chaves, disjuntores, fusíveis, motores, geradores e etc. Abordaremos aqui, como
exemplos, apenas alguns aspectos da instalação relacionados com a utilização de unidades
seladoras e drenos, pois além de encontrarmos facilmente a descrição completa de todos os
métodos de instalação de equipamentos nas Normas e também ser um assunto muito extenso
para ser apresentado neste trabalho, optamos por esses dois porque podem ser perfeitamente
empregados em instalações laboratoriais, que será o nosso estudo de caso para implementação
de nossa lista de verificação sugerida inicialmente.

 Unidades Seladoras e Drenos

Em áreas perigosas, unidades seladoras são essenciais para impedir que a pressão de
uma explosão num invólucro a prova de explosão, se propague através dos eletrodutos que se
conectam a ele.
Nenhum sistema de eletrodutos é totalmente estanque à entrada de ar e umidade,
portanto, a condensação do vapor dentro dos eletrodutos pode deixar os condutores
completamente imersos, induzindo falhas na isolação e a ocorrência de curto-circuitos. Por
isso algumas unidades seladoras vêm com um sistema de drenagem para retirar essa umidade.
Figura 3: Unidade Seladora com Dreno [1].

O tubo temporário de drenagem é retirado logo que a massa seladora começa a


endurecer, e assim um caminho de escoamento da água é estabelecido.
A área da seção reta ocupada pelos condutores numa unidade seladora não pode
exceder a 25% da área do eletroduto rígido metálico de mesmo tamanho nominal.
Os condutores, dentro da unidade seladora, devem ficar permanentemente separados
uns dos outros e também da parede interna da unidade seladora, de modo que a massa
seladora envolva cada um dos condutores.
Segundo o autor Vitor Sued Mantecon [16] a altura da massa seladora deve ser igual
ou superior ao diâmetro nominal da unidade seladora, mas nunca menor que 16 mm.

3.7.1 Regras para Colocação de Unidades Seladoras em


Eletrodutos
É necessária a colocação de uma unidade seladora em TODOS os eletrodutos
que chegam a um invólucro a prova de explosão contendo chaves desligadoras, disjuntores,
fusíveis, relés, resistores, ou outros dispositivos produtores de arcos, centelhas, ou altas
temperaturas, possível de causar uma ignição.
As unidades seladoras devem ser instaladas o mais próximo possível do
invólucro, mas nunca além de 45 cm do mesmo invólucro segundo artigo do autor Vitor Sued
Mantecon. Entre a unidade seladora e o invólucro à prova de explosão é permitido a
instalação de uniões, niples, reduções, joelhos, conduletes tipo L, T, e X, desde que sejam à
prova de explosão e que o tamanho nominal dos conduletes não ultrapassem o tamanho
nominal do respectivo eletroduto.
Quando o invólucro contém apenas terminais de ligação, emendas e
derivações, unidades seladoras são necessárias em todos os eletrodutos de diâmetro nominal
igual ou maior que a duas polegadas. A distância máxima de 45cm também deve ser
observada.
Figura 4: Figura Ilustrativa do Uso de Unidades Seladoras [1].

Uma só unidade seladora é suficiente entre dois invólucros à prova de explosão, que
requeiram unidades seladoras, e estejam interligados através de niples ou por lance de
eletrodutos de comprimento não maior do que 90 cm. A unidade seladora não deve se situar a
mais do que 45cm de cada invólucro.
Uma unidade seladora é necessária onde um eletroduto deixa uma área classificada.
Ela pode ser instalada em qualquer um dos dois lados, a não mais que 3m da fronteira. Exceto
pela redução à prova de explosão na unidade seladora, nenhum outro acessório é permitido
entre a unidade seladora e a fronteira.

3.7.2 Terminais para os Condutores Equipotenciais e de


Aterramento
Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal específico para a conexão
do condutor equipotencial ou de aterramento.
Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem ter um terminal externo
adicional para ligação do condutor equipotencial ou de aterramento. Este terminal externo
deve estar eletricamente conectado ao terminal interno do equipamento. Este terminal externo
é dispensável em equipamentos elétricos portáteis quando o condutor de aterramento faz parte
do cabo alimentador.

3.7.3 Dispositivos de Conexão e Caixas Terminais


Os equipamentos que são destinados à conexão de circuitos extremos devem possuir
dispositivos para conexão.
Todo equipamento construído com a letra “X” para indicar a necessidade de conectar a
extremidade livre do cabo.
As caixas terminais e suas aberturas de acesso devem ser dimensionadas de tal forma
que os condutores possam ser prontamente ligados sem dificuldade.
As caixas terminais devem ser projetadas de modo que, depois de efetuada a conexão
dos condutores, as distâncias de isolação e escoamento atendam às eventuais exigências
contidas na norma brasileira específica para o tipo de proteção adotado.

3.7.4 Componentes Ex
Os componentes Ex podem ser montados completamente no interior do invólucro do
equipamento, como por exemplo: componentes de chaveamento ou termostatos à prova de
explosão, fontes com o tipo de proteção segurança intrínseca (Ex i) e etc, completamente no
exterior do invólucro do equipamento, como por exemplo: sensores, intrinsecamente seguros
ou parte no interior e parte no exterior do invólucro do equipamento, por exemplo: botoeiras,
chaves fim de curso, indicadores intrinsecamente seguros.
No caso de montagens completamente no interior de invólucros, as únicas
partes a serem ensaiadas ou avaliadas são aquelas que não podem ser ensaiadas ou avaliadas
como um componente separado.
No caso de montagens externas ao invólucro ou com partes no exterior e partes
no interior de invólucro a interface entre o componente Ex e o invólucro deve ser ensaiada ou
avaliada para atender aos requisitos dos tipos de proteção empregados.

3.7.5 Requisitos Suplementares para Equipamentos Elétricos


Específicos

3.7.5.1 Máquinas Girantes


Aberturas de ventilação para ventiladores externos. O grau de proteção das aberturas
de ventilação para ventiladores externos de máquinas elétricas girantes, conforme a NBR
9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada do ar e IP 10 na saída do ar.
Nas máquinas elétricas girantes verticais a penetração de corpos estranhos caindo
verticalmente através das aberturas de ventilação deve ser evitada. Para máquinas elétricas
girantes do grupo I, o grau de proteção IP 10 é suficiente somente quando as aberturas são
projetadas ou posicionadas de modo que corpos com dimensões acima de 12,5 mm não
possam atingir as partes móveis da máquina, seja por queda vertical ou por vibração.
Conversores de freqüência em zona 2. A utilização de conversores de freqüência para
controle de velocidade de motores em zona 2 somente será permitida mediante uma
certificação de conformidade emitida por um OCC.

3.7.5.2 Conjuntos de Manobra


Os conjuntos de manobra para corrente contínua com contatos imersos em óleo não
são permitidos. Conjuntos de manobra para corrente alternada, com contatos imersos em óleo,
não são permitidos em equipamentos elétricos para grupo I, apresentado na Tabela 2, com
tensão até 1 100 V. Estes somente são permitidos para tensões acima de 1 100 V, com pólos
segregados e com um volume de óleo menor do que 5 l por pólo.
Os secionadores do grupo I, apresentados na Tabela 2, com capacidade de interrupção
menor que a da categoria AC 3, conforme IEC 292-1, devem ser intertravados elétrica ou
mecanicamente com um dispositivo de interrupção sob carga adequado. Para secionadores do
grupo II, apresentado na Tabela 2, é suficiente a colocação de uma placa de advertência,
próximo a estes, com os seguintes dizeres: “NÃO OPERAR SOB CARGA”.
Quando um conjunto de manobra contém um secionador, este deve desligar todos os
pólos e deve ser projetado de tal modo que a posição dos contatos seja visível ou que seja uma
indicação confiável da posição “desligado”. Qualquer intertravamento entre o secionador e a
tampa ou porta de conjunto de manobra somente deve permitir que estas sejam abertas
quando a separação dos contatos do secionador for suficiente para desligar a alimentação.
O mecanismo de operação dos secionadores para grupo I deve permitir o travamento
com cadeado na posição “aberto”.
Se os conjuntos de manobra para grupo I, apresentado na Tabela 2, possuem relés de
proteção contra curto-circuito e/ou falta de terra, estes devem ter rearme manual, que por sua
vez deve ser equipado com fecho especial ou deve estar situado no interior do invólucro
contendo os relés.
As tampas que dão acesso ao interior de invólucros contendo equipamentos operados
por controle remoto, com contatos, devem ser intertravadas com um secionador, ou ser
equipadas com uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO
ENERGIZADO”, a menos que as partes que permanecerem energizadas com a tampa aberta
atendam, nesta condição, ainda a um tipo de proteção normalizado. No caso de utilização do
tipo de proteção “e”, deve ser mantido no mínimo o grau de proteção IP 20 para estas partes.
3.7.5.3 Fusíveis
Os invólucros contendo fusíveis devem ser intertravados de tal modo que a
substituição do fusível somente seja possível com a alimentação desligada, possibilitando a
reenergização somente com o invólucro corretamente fechado.
O intertravamento não é necessário quando o invólucro é equipado com uma placa de
advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.

3.7.5.4 Plugues e Tomadas


Os plugues e as tomadas devem ser intertravados mecânica ou eletricamente, de modo
que não possam ser separados com os contatos energizados, bem como os contatos não podem
ser energizados quando estiverem separados.
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são intertravados conforme
anteriormente dito devem ser mantidos acoplados por meio de fechos especiais e devem ser
equipados com uma placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO EXTRAIR/
CONECTAR O PLUGUE QUANDO ENERGIZADO”.
No caso do uso de fechos especiais, onde os contatos não podem ser desenergizados
antes da separação, em função de estarem conectadas a uma bateria, as marcações devem
estabelecer: “SEPARAR SOMENTE EM ÁREA NÃO CLASSIFICADA”.
Os plugues contendo componentes que permanecem energizados quando não estão
acoplados com a tomada não são permitidos.
Os plugues e as tomadas para correntes nominais inferiores a 10 A e tensões nominais
inferiores a 250 Vca ou 60 Vcc não precisam atender aos requisitos de que a parte que
permanece energizada é um terminal de saída, o plugue e a tomada projetados para
interromper a corrente nominal devem ser equipados com mecanismo que retarde a extração
do plugue, de tal modo que permita a extinção do arco antes da separação. Durante o período
de extinção do arco, o plugue e a tomada devem manter as características de um equipamento
à prova de explosão conforme a NBR 5363 [4] e os contatos que permanecem energizados
após a separação devem ser protegidos por um dos tipos de proteção listados na Tabela 4.

3.7.5.5 Luminárias
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção transparente, podendo ser equipada
adicionalmente com uma grade composta por uma malha de aberturas não inferiores a 50 mm
de aresta. Se as aberturas possuírem arestas superiores a 50 mm, a luminária deve ser
considerada desprotegida (sem grade).
A montagem das luminárias não pode depender de um único parafuso. Um único olhal
pode ser usado somente se fizer parte integrante da luminária, por exemplo, fundido ou
soldado ao invólucro, ou se roscado, o olhal deve ser travado por outros meios que impeçam
seu afrouxamento quando torcido.
Exceto nos casos de luminária intrinsecamente segura (conforme a NBR 8747 [6]), as
tampas de acesso ao soquete da lâmpada e outras partes internas da luminária devem ser
intertravadas por dispositivo que desconecte automaticamente todos os pólos do soquete da
lâmpada, tão logo se inicie o processo de abertura da tampa e uma placa de advertência com
os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
No caso do intertravamento descrito acima, quando é necessário manter partes
energizadas, que não os soquetes das lâmpadas, deve-se, de forma a minimizar os riscos para
o pessoal de manutenção, proteger as partes energizadas empregando uma das proteções
descritas na tabela 2 ou garantir as distâncias de isolação e escoamento entre as fases (pólos) e
a terra de acordo com os requisitos da norma de segurança aumentada NBR 9883 [5], utilizar
um invólucro interno suplementar (que pode ser o refletor para a fonte de luz) contendo as
partes energizadas e garantindo um grau de proteção mínimo de IP 30 (conforme NBR 6146),
arranjado de forma tal que nenhuma ferramenta possa entrar em contato com as partes
energizadas através de qualquer abertura ou empregar no invólucro interno adicional uma
placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
As lâmpadas contendo sódio metálico livre (por exemplo, lâmpadas de sódio de baixa
pressão, conforme IEC 192) não são permitidas. As lâmpadas de sódio de alta pressão
(conforme EN 60662) podem ser usadas.
4 LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA LABORATÓRIOS
EM ÁREAS CLASSIFICADAS

4.1 Introdução

O uso da metodologia de aplicação de checklist, ferramenta que auxilia na coleta de


informações e dados, num formato fácil e sistemático, tem tido grande aceitação no meio
profissional na área de engenharia, por ser uma ferramenta de fácil aplicação para quantificar
e qualificar o local e as condições de trabalho, além de servir como parâmetro comparativo
para as melhorias e avaliações futuras.
Estas listas geralmente são úteis para identificar:
 A localização de defeitos ou de peças defeituosas,
 O desempenho de operações em sequência,
 As razões para a não-conformidade,
 A distribuição e o comportamento do processo,
 As causas de defeitos e as verificações da manutenção.

4.2 Metodologia

Nesse trabalho será usado o método de avaliação pelo questionamento de CF -


Conforme, NC - Não Conforme e NA - Não Aplicável. Quando um item não for aplicável,
será justificada a não aplicabilidade, assim como em caso de não conformidade o item será
explicado e uma solução será proposta para a adequação à norma vigente. Com isso, a lista de
verificação será composta por quatro colunas, sendo a primeira para o item da norma em que
consta o questionamento realizado, a seguinte para a pergunta ou questionamento, a terceira
para a situação de conformidade e a última para a descrição e recomendações de adequação.
Ao término de alguns itens verificados será deixado um espaço pautado para
comentários ou observações efetuadas no momento da visita técnica.
As soluções para a adequação às normas da ABNT/IEC quando da não conformidade
e da não aplicabilidade ao laboratório do item avaliado será feita recomendação na última
coluna da checklist para adequação. Também será elaborado um relatório fotográfico
conclusivo da avaliação do local.
4.3 Exemplos de Aplicação

A ferramenta foi colocada em teste em dois laboratórios do Departamento de


Engenharia Química (DEQ), o Laboratório Químico e o Laboratório de Biocombustivel,
ambos do complexo de laboratórios Coppe Comb. Para simplificar a verificação, o checklist
foi dividido nos capítulos da norma a partir de seus itens, conforme ilustrado a seguir. A
verificação dos itens foi feita junto ao responsável técnico pelo laboratório com a autorização
do responsável pelo laboratório junto ao Departamento de Engenharia Química (DEQ).
A primeira visita foi realizada no Laboratório Químico e as tabelas abaixo mostram os
resultados obtidos.
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
O equipamento é adequado à classificação de áreas? CF

O grupo do equipamento está correto? CF


A classe de temperatura do equipamento está correta? CF
A identificação do circuito do equipamento está disponível?
CF
Não há modificações não autorizadas? CF
Para os invólucros que possam ser abertos num tempo menor
que o necessário para que os componentes internos não
ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de
7.1.3
advertência indicando o tempo de espera necessário entre o
NA
desligamento e a abertura do invólucro?

Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do


equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de advertência
7.2.3.1
indicando as medidas de segurança a
NA
serem aplicadas em serviço?
Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção
devem ser construídos de tal forma que sua anulação somente
7.5
seja possível pelo uso de ferramenta especialmente construída
CF
para este fim?
Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal
especifico para a conexão do condutor equipotencial e/ou
7.9.1
aterramento, localizado próximo aos
CF
outros terminais?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável

37
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem


7.9.2 ter um terminal externo adicional para ligação do condutor NA
equipotencial ou de aterramento?

O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de


condutores conforme especificado na NBR 5410(Instalações
7.9.5
de baixa tensão), com seção mínima de 4mm²?
NA

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por


um anel de vedação de material elastomérico? CF

7.11.2 A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por
um composto de vedação ou resina endurecida? CF

A vedação das entradas para cabos deve ser


assegurada por um anel metálico de vedação?
CF
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada
NA
do ar?
8.1.1.1
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 10 na
NA
saída do ar?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Quando um conjunto de manobra contém um seccionador,
este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal
modo que a posição dos contatos seja visível ou que haja CF
uma indicação confiável da
posição "desligado"?
8.2.3
Qualquer intertravamento entre o seccionador e a tampa ou
porta do conjunto de manobra somente deve permitir que
estas sejam abertas quando a separação dos contatos do CF
seccionador for suficiente para desligar
a alimentação?
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são
intertravados devem ser mantidos acoplados por meio de
fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de
8.4.2
advertência com os seguintes dizeres: “NÃO
NA
EXTRAIR/CONECTAR O PLUGUE QUANDO
ENERGIZADO"?
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma
8.5.1
grade composta por uma malha de aberturas não inferiores a
CF
50 mm de aresta?

A montagem das luminárias não pode depender de um único


parafuso?
CF

8.5.2 Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte


integrante da luminária,por exemplo, fundido ou soldado ao
invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser travado CF
por outros meios que impeçam seu afrouxamento quando
torcido?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
As lâmpadas contendo sódio metálico livre não são
8.5.5
permitidas?
CF
Deve existir documentação submetida pelo fabricante que
fornecem uma especificação completa e correta dos aspectos
de segurança do equipamento elétrico, bem como se no
9.2
projeto do equipamento elétrico os requisitos desta Norma e
CF
daquelas para os tipos específicos de proteção, foram
observados?
O equipamento elétrico deve ser marcado na parte principal Não existia nenhum tipo de identificação do tipo Ex.
em um local visível.Esta marcação deve ser legível e durável,
12.1
levando-se em conta uma possível
NC
corrosão química?

A marcação deve incluir:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

12.2 b)identificação do modelo ou tipo? CF

Não existia nenhum tipo de identificação do tipo Ex.


c)o símbolo BR-EX, seguido da logomarca do OCC e do
símbolo do INMETRO, que indicam que o equipamento
elétrico foi ensaiado e certificado por um OCC, conforme NC
normas brasileiras, e é apto para uso em atmosfera explosiva
de gás?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Não existia nenhum tipo de identificação visível do tipo de proteção
adotada.
d)o símbolo correspondente ao tipo de proteção? NC

Não existia nenhum tipo de identificação visível do grupo do


equipamento adotada.
e)o símbolo do grupo do equipamento elétrico? NC

f)para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo


12.2
indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura máxima NA
de superfície em ºC, ou ambas?

g)o número de série? CF

h)o nome ou marca do OCC e a referência à certificação, na


seguinte forma: o número sequencial do certificado, seguido CF
pelo ano da certificação?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

O equipamento é adequado à classificação de áreas? CF

O grupo do equipamento está correto? CF

A classe de temperatura do equipamento está correta? CF

A identificação do circuito do equipamento está disponível?


CF

Não há modificações não autorizadas? CF


Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Se a purga for efetuada manualmente, o invólucro deve ter
uma placa de advertência, bem visível, com os seguintes
dizeres: “ATENÇÃO NO MOMENTO DA PARTIDA, OU
APÓS UMA PARADA CAUSADA PELA PERDA DE
4.1.1.1 PRESSURIZAÇÃO, PURGAR DURANTE ”T“ MINUTOS NA
COM UMA VAZÃO "Q" OU UM VOLUME "V", A
MENOS QUE HAJA CERTEZA DE QUE A
ATMOSFERA INTERNA ESTÁ BEM ABAIXO DO
LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE."?
Quando é necessário manter o equipamento elétrico em
serviço, pode ser aconselhável prever duas fontes de gás de
proteção, de modo que cada uma destas fontes possa CF
substituir a outra no caso de falha de uma delas?
4.2.5

Cada fonte deve ser capaz de manter independentemente o


nível de pressão e/ou a vazão do gás de proteção requerida? CF

Não há nenhum tipo de identificação para este tipo de procedimento, o


que será mostrado no relatório fotográfico feito neste laboratório.
As portas e tampas devem ter uma placa de advertência
4.2.9 indicando o retardo a ser observado após o desligamento do NC
equipamento?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Para os invólucros que possam ser abertos num tempo menor O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
que o necessário para que os componentes internos não
ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de
7.1.3
advertência indicando o tempo de espera necessário entre o
NC
desligamento e a abertura do invólucro?

O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.


Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do
equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de advertência
7.2.3.1
indicando as medidas de segurança a serem aplicadas em
NC
serviço?

Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção


devem ser construídos de tal forma que sua anulação somente
7.5
seja possível pelo uso de ferramenta especialmente construída
NA
para este fim?

Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal


especifico para a conexão do condutor equipotencial e/ou
7.9.1
aterramento, localizado próximo aos outros terminais?
CF

Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem


7.9.2 ter um terminal externo adicional para ligação do condutor NA
equipotencial ou de aterramento?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de
condutores conforme especificado na NBR 5410(Instalações
7.9.5
de baixa tensão), com seção mínima de 4mm²?
CF

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por Foram utilizadas caixas de passagem comuns do tipo “T”, sem qualquer
um anel de vedação de material elastomérico? NC tipo de selagem.

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
7.11.2 um composto de vedação ou resina endurecida? NC

O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.


A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por
um anel metálico de vedação?
NC

O grau de proteção das aberturas de ventilação para


ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada
NA
do ar?
8.1.1.1
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 10 na saída do
NA
ar?
Quando um conjunto de manobra contém um seccionador, A posição liga / desliga está atrelada a uma lâmpada, impossibilitando
este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal saber no caso de algum problema na lâmpada se o motor está ou não
8.2.3 modo que a posição dos contatos seja visível ou que haja NC
uma indicação confiável da
desligado.
posição "desligado"?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Qualquer intertravamento entre o seccionador e a tampa ou O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
porta do conjunto de manobra somente deve permitir que
8.2.3 estas sejam abertas quando a separação NC
dos contatos do seccionador for suficiente para desligar a
alimentação?
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são
intertravados devem ser mantidos acoplados por meio de
fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de
8.4.2
advertência com os seguintes dizeres: “NÃO
NA
EXTRAIR/CONECTAR O PLUGUE QUANDO
ENERGIZADO"?
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma
8.5.1
grade composta por uma malha de aberturas
CF
não inferiores a 50 mm de aresta?

A montagem das luminárias não pode depender de um único


parafuso?
CF

8.5.2 Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte


integrante da luminária,por exemplo, fundido ou soldado ao
invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser NA
travado por outros meios que impeçam seu afrouxamento
quando torcido?

8.5.5 As lâmpadas contendo sódio metálico livre não são


permitidas?
CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Deve existir documentação submetida pelo fabricante que
fornecem uma especificação completa e correta dos aspectos
9.2 de segurança do equipamento elétrico, bem como se no
projeto do equipamento elétrico os requisitos desta Norma e
CF
daquelas para os tipos
específicos de proteção, foram observados?
O equipamento elétrico deve ser marcado na parte principal
em um local visível. Esta marcação deve ser legível e
12.1
durável, levando-se em conta uma possível corrosão
CF
química?
A marcação deve incluir:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

b)identificação do modelo ou tipo? CF


12.2
c)o símbolo BR-EX, seguido da logomarca do OCC e do
símbolo do INMETRO, que indicam que o equipamento
elétrico foi ensaiado e certificado por um NC
OCC, conforme normas brasileiras, e é apto para uso em
atmosfera explosiva de gás?

d)o símbolo correspondente ao tipo de proteção? NC

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

e)o símbolo do grupo do equipamento elétrico? NC


f)para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo
indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura máxima NA
de superfície em ºC, ou ambas?

g)o número de série? NA

h)o nome ou marca do OCC e a referência à certificação,


na seguinte forma: o número sequencial do certificado, NA
seguido pelo ano da certificação?
i)a letra "X" após a referência à certificação, quando o OCC
julgar necessária a indicação no certificado de condições
12.2
especiais para a utilização segura do
NA
equipamento?
k)a letra "U" após a referência à certificação, quando
incluir componente que não pode ser usado
individualmente, quando da certificação do equipamento
NA
ou circuito de que faz parte?

l)qualquer marcação adicional exigida pela norma


especifica para o respectivo tipo de proteção?
NA

m)qualquer marcação normalmente requerida pelas normas


brasileiras de construção do equipamento elétrico? NA

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Os componentes Ex devem ser marcados em um lugar
visível.Esta marcação deve ser legível e durável e deve
incluir somente:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? NC

12.5 b)identificação do modelo ou tipo? NC

c)o símbolo BR-EX? NC

d)sinal para cada tipo de proteção usada? NC

e)símbolo do grupo do componente Ex? NC

12.6

f)nome ou logomarca do OCC? NA

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

g)referência ao certificado seguido pelo sinal "U"? NA

h)marcação adicional prescrita pela norma especifica para o


tipo de proteção concernente?
NC
12.6

i)marcação normalmente requerida pela norma de


construção de componentes Ex?
NC

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
São armazenados no interior do equipamento os seguintes reagentes:
O equipamento é adequado à classificação de áreas? CF Acetona, Álcool, Amônia, Benzeno, Gasolina, Hexano, Metano, Nafta.

O grupo do equipamento está correto? CF

A classe de temperatura do equipamento está correta? CF

A identificação do circuito do equipamento está disponível?


CF

Não há modificações não autorizadas? CF


Os terminais para conexões externas devem ser fixados na
4.1.2 sua base, de maneira a evitar que se afrouxem? CF
Não são permitidos terminais:

a) com cantos vivos que possam danificar os condutores?


CF
4.1.3

O equipamento em questão é uma geladeira com seus circuitos todos


b) que durante o aperto dos condutores possam torcer, virar,
ou sofrer deformação permanente?
NA embutidos.

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Por se tratar de uma geladeira e ter seus circuitos embutidos.
c) que utilizem material isolante na transmissão da pressão de
contato?
NA

Para uso exclusivo para locais cobertos ou não expostos a intempéries ou


Os invólucros contendo partes condutoras nuas sob tensão
ao tempo.
4.9.1 devem ser protegidos, no mínimo, com grau de proteção IP NA
54?

Os invólucros contendo somente partes condutoras isoladas Para uso exclusivo para locais cobertos ou não expostos a intempéries ou
4.9.2 devem ser protegidos, no mínimo, com grau de proteção IP NA ao tempo.
44?
Por se tratar de uma geladeira e ter seus circuitos embutidos.
Os instrumentos com bobinas móveis não são
5.4.5
permitidos?
NA

As baterias devem ser do tipo chumbo-ácido, níquel- cádmio


5.6 ou níquel-ferro e devem atender aos requisitos da Norma CF
NBR 9883/1995.
Para os invólucros que possam ser abertos num tempo menor
que o necessário para que os componentes internos não
ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de
7.1.3
advertência indicando o tempo de espera
CF
necessário entre o desligamento e a abertura do invólucro?

Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do


equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de advertência
7.2.3.1
indicando as medidas de segurança a serem aplicadas em
CF
serviço?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção
devem ser construídos de tal forma que sua
7.5
anulação somente seja possível pelo uso de ferramenta
CF
especialmente construída para este fim?
Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal
especifico para a conexão do condutor equipotencial e/ou
7.9.1
aterramento, localizado próximo aos outros terminais?
CF

Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem


7.9.2 ter um terminal externo adicional para ligação do condutor NA
equipotencial ou de aterramento?
O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de
condutores conforme especificado na NBR 5410(Instalações
7.9.5
de baixa tensão), com seção mínima
CF
de 4mm²?
A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por
7.11.2 um anel de vedação de material elastomérico? CF

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por


um composto de vedação ou resina endurecida? CF

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por


um anel metálico de vedação?
CF
O grau de proteção das aberturas de ventilação para Para uso exclusivo para locais cobertos ou não expostos a intempéries ou
8.1.1.1 ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes, ao tempo.
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na
NA
entrada do ar?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
O grau de proteção das aberturas de ventilação para Para uso exclusivo para locais cobertos ou não expostos a intempéries ou
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes, ao tempo.
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 10 na saída do
NA
ar?
Quando um conjunto de manobra contém um seccionador,
este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal
8.2.3 modo que a posição dos contatos seja visível ou que haja NA
uma indicação confiável da
posição "desligado"?
Qualquer intertravamento entre o seccionador e a tampa ou
porta do conjunto de manobra somente deve permitir que
estas sejam abertas quando a separação NA
dos contatos do seccionador for suficiente para desligar a
alimentação?
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são
intertravados devem ser mantidos acoplados por meio de
fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de
8.4.2
advertência com os seguintes dizeres:
CF
“NÃO EXTRAIR/CONECTAR O PLUGUE QUANDO
ENERGIZADO"?
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma
8.5.1
grade composta por uma malha de aberturas não inferiores a
CF
50 mm de aresta?

A montagem das luminárias não pode depender de um único


8.5.2
parafuso?
NA

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte
integrante da luminária,por exemplo, fundido ou soldado ao
invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser NA
travado por outros meios que impeçam seu afrouxamento
quando torcido?

As lâmpadas contendo sódio metálico livre não são


8.5.5
permitidas?
CF

Deve existir documentação submetida pelo fabricante que


fornecem uma especificação completa e correta dos aspectos
9.2 de segurança do equipamento elétrico, bem como se no
projeto do equipamento elétrico os
CF
requisitos desta Norma e daquelas para os tipos específicos
de proteção, foram observados?
O equipamento elétrico deve ser marcado na parte principal
em um local visível.Esta marcação deve ser legível e durável,
12.1
levando-se em conta uma possível corrosão química?
CF

A marcação deve incluir:

12.2
a) o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

b) identificação do modelo ou tipo? CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
c) o símbolo BR-EX, seguido da logomarca do OCC e do
símbolo do INMETRO, que indicam que o equipamento
elétrico foi ensaiado e certificado por um OCC, conforme CF
normas brasileiras, e é apto para uso em atmosfera explosiva
de gás?

d) o símbolo correspondente ao tipo de proteção? CF

e) o símbolo do grupo do equipamento elétrico? CF


12.2

f) para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo


indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura máxima CF
de superfície em ºC, ou ambas?

g) o número de série? CF

h) o nome ou marca do OCC e a referência à certificação, na


seguinte forma: o número sequencial do certificado, CF
seguido pelo ano da certificação?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
i) a letra "X" após a referência à certificação, quando o OCC
julgar necessária a indicação no certificado de condições
especiais para a utilização segura do equipamento?
CF

j) a letra "U" após a referência à certificação, quando incluir


componente que não pode ser usado individualmente, quando
da certificação do equipamento ou circuito de que faz parte?
NA

12.2

l) qualquer marcação adicional exigida pela norma


especifica para o respectivo tipo de proteção?
CF

m) qualquer marcação normalmente requerida pelas normas


brasileiras de construção do equipamento elétrico? NA

Os componentes Ex devem ser marcados em um lugar


visível.Esta marcação deve ser legível e durável e deve CF
incluir somente:
12.5
a) o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

b) identificação do modelo ou tipo? CF


Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n (Equipamento não acendível) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex n (ABNT NBR IEC 60079-15)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

c) o símbolo BR-EX? CF

d) sinal para cada tipo de proteção usada? CF

e) símbolo do grupo do componente Ex? CF

12.5 f) nome ou logomarca do OCC? CF

g) referência ao certificado seguido pelo sinal "U"? NA

h) marcação adicional prescrita pela norma especifica para o


tipo de proteção concernente?
CF

i) marcação normalmente requerida pela norma de


construção de componentes Ex?
CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório.
Equipamento: Instalação
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Além disso, a identificação de cores também está adequada.
1 O tipo, isolamento a bitola de cabo são adequados? CF
Emendas bem isoladas.
2 Não há danos visíveis nos cabos? CF
Dentro do laboratório a instalação é feita em canaletas, não havendo a
A selagem de eletrodutos, dutos e elementos de passagem necessidade de selagem, mas na ligação com o quadro geral, externo ao
3 estão satisfatórios (isto é,estão completamente preenchidos)? NC laboratório deveria haver uma selagem por ocorrer uma mudança de
zona, para que o gás não chegue até o mesmo e com a ação de um
disjuntor ocorra um arco e consequentemente uma explosão.
Os selos de caixas e de cabos estão devidamente Como foi descrito no item anterior não nenhum tipo de selagem,
4 preenchidos?
NC obrigatório em mudança de zona.
A integridade do sistema de eletrodutos e a interface Tomadas e plugues em perfeito estado.
5 com o sistema de proteção a atmosfera explosiva estão CF
mantidas integras?
As conexões de aterramento, incluindo qualquer ligação de Segundo relato da responsável e de técnicos do laboratório as canaletas
continuidade de aterramento, estão satisfatórias (isto é, as metálicas não encontram-se aterradas, inclusive ocasionando danos aos
6 conexões estão apertadas e os condutores possuem seção reta
NC
adequada)? equipamentos.
Os dispositivos de proteção elétrica automáticos operam Quadro geral muito bem organizado e contendo DR´s (diferenciais
7 dentro dos limites permitidos?
CF residuais) para circuitos de tomadas evitando choque elétrico.
Os dispositivos de proteção elétrica automáticos estão
8 ajustados corretamente (rearme automático não é CF
permitido)?
Os cabos que não estão em uso estão devidamente Dois cabos fora de uso não estavam terminados e isolados corretamente.
9 terminados e isolados?
NC
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório (Continuação).
Equipamento: Instalação
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Não se aplica por ser instalação laboratorial.
O circuito de segurança intrínseca está isolado da terra ou
10
aterrado em somente um ponto?
NA

Está mantida a separação entre os circuitos intrinsecamente Não se aplica por ser instalação laboratorial.
seguros e os circuitos não intrinsecamente seguros em caixas
11
de distribuição ou painel de relés?
NA

Os dutos, tubos e invólucros que alimentam o sistema de


12
proteção Ex p estão em boas condições?
CF

Entrada para exaustão externa ao prédio.


O gás de proteção está substancialmente livre de
13
contaminantes?
CF

O sistema de alarmes encontra-se ligado, mas na ocorrência da queda de


uma fase, o gerador não tem operação automática para o ligamento do
Os indicadores de pressão e/ou vazão, alarmes e mesmo.
14
intertravamentos funcionam corretamente?
CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 10: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.
Equipamento: Ambiente
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

O equipamento está adequadamente protegido contra


corrosão, intempéries, vibração e outros fatores adversos? CF

Não há acúmulo indevido de poeira ou sujeira? CF

O isolamento elétrico está limpo e seco? CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


4.3.1 Laboratório Químico - Relatório Fotográfico da Inspeção
As figuras a seguir servem como complemento do que foi verificado na visita através dos
itens da tabela e para exemplificar o estado das instalações e principalmente dos equipamentos
encontrados neste laboratório.

Figura 5: Sistema de aterramento das tomadas situadas nas bancadas do laboratório.

A figura 5 ilustra o sistema de aterramento que se encontra em conformidade, porém a


mesma exemplifica a não conformidade encontrada no item 6 da tabela 25 já que não existe
aterramento das canaletas e caixas de tomadas que por motivos especiais do laboratório precisam
ser metálicas. No momento da visita foi relatado pela técnica que nos acompanhou o acontecimento
de queima de equipamentos pelo fato de seus plugues terem tocado a carcaça metálica das tomadas.

Figura 6: Quadro de distribuição (QDLF-E) dos laboratórios do Coppe Comb.


A figura 6 ilustra o relatado nos itens 7 e 8 da tabela 25 lista. Exemplificando a organização,

62
o bom estado dos dispositivos de proteção, assim como o ajuste adequado aos níveis de curto
circuitos encontrados. Porém, na figura 7 é visível a não conformidade em relação a terminação e
isolamento de cabos não utilizados.

Figura 7: Quadro de distribuição (QDLF-E) dos laboratórios do Coppe Comb.


Fonte: Acervo Pessoal.
A figura 8 demonstra a desobediência ao item 4.2.9, 7.1.3, 7.2.3.1 da tabela 21 referente à norma
NBR 5420 [7], que obriga a existência de placa de advertência indicando o retardo a ser observado após o
desligamento do equipamento.

Figura 8: Capela de manuseio de inflamáveis.


Fonte: Acervo Pessoal.
Nas figuras 9 e 10 da foram destacados pontos que estão em desacordo com a norma no que
diz respeito aos itens 7.11.2, 8.2.3 por não terem sido utilizados caixas de passagens seladas e muito
menos luminárias e reatores com os selos BR-Ex.

Figura 9: Eletrodutos de chegada da capela pressurizada.


Fonte: Acervo Pessoal.

Figura 10: Luminária da capela pressurizada.


Fonte: Acervo Pessoal.
Um exemplo de equipamento compatível com a área classificada em que se encontra
inserido foi a geladeira de armazenamento de compostos químicos tais como acetona, álcool,
amônia, benzeno, gasolina, hexano, metano e nafta. Sua proteção do tipo não acendível se
encontrava bem sinalizada e a instalação da geladeira estava completamente de acordo com a norma
NBR IEC 60079-15 [6].
Figura 11: Geladeira de armazenamento de reagentes proteção não acendível.
Fonte: Acervo Pessoal.

4.3.2 Laboratório Biocombustivel


O Checklist ainda foi aplicado ao Laboratório de Biocombustivel com o mesmo objetivo,
tendo os mesmos itens verificados e obtendo como resultado as tabelas a seguir.
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
O equipamento é adequado à classificação de áreas? CF

O grupo do equipamento está correto? CF


A classe de temperatura do equipamento está correta? CF
A identificação do circuito do equipamento está disponível?
CF
Não há modificações não autorizadas? CF
Para os invólucros que possam ser abertos num tempo menor
que o necessário para que os componentes internos não
ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de
7.1.3
advertência indicando o tempo de espera necessário entre o
NA
desligamento e a abertura do
invólucro?
Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do
equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de
7.2.3.1
advertência indicando as medidas de segurança a serem
NA
aplicadas em serviço?
Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção
devem ser construídos de tal forma que sua anulação somente
7.5
seja possível pelo uso de ferramenta especialmente construída
CF
para este fim?
Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um
terminal especifico para a conexão do condutor
7.9.1
equipotencial e/ou aterramento, localizado próximo aos
CF
outros terminais?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável

66
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem


7.9.2 ter um terminal externo adicional para ligação do condutor NA
equipotencial ou de aterramento?

O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de


condutores conforme especificado na NBR 5410(Instalações
7.9.5
de baixa tensão), com seção mínima de 4mm²?
NA

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por


um anel de vedação de material elastomérico? CF

7.11.2 A vedação das entradas para cabos deve ser


assegurada por um composto de vedação ou resina CF
endurecida?
A vedação das entradas para cabos deve ser
assegurada por um anel metálico de vedação?
CF
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada
NA
do ar?
8.1.1.1
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 10 na saída
NA
do ar?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Quando um conjunto de manobra contém um seccionador,
este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal
modo que a posição dos contatos seja visível ou que haja CF
uma indicação confiável da
posição "desligado"?
8.2.3
Qualquer intertravamento entre o seccionador e a tampa ou
porta do conjunto de manobra somente deve permitir que
estas sejam abertas quando a separação dos contatos do CF
seccionador for suficiente para desligar a alimentação?

Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são


intertravados devem ser mantidos acoplados por meio de
fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de
8.4.2
advertência com os seguintes dizeres: “NÃO
CF
EXTRAIR/CONECTAR O PLUGUE QUANDO
ENERGIZADO"?
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma
8.5.1
grade composta por uma malha de aberturas
CF
não inferiores a 50 mm de aresta?

A montagem das luminárias não pode depender de um único


parafuso?
NA

8.5.2 Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte


integrante da luminária,por exemplo, fundido ou soldado ao
invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser travado por outros NA
meios que impeçam seu afrouxamento quando torcido?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
As lâmpadas contendo sódio metálico livre não são
8.5.5
permitidas?
NA
Deve existir documentação submetida pelo fabricante que
fornecem uma especificação completa e correta dos aspectos
de segurança do equipamento elétrico, bem como se no
9.2
projeto do equipamento elétrico os requisitos desta Norma e
CF
daquelas para os tipos
específicos de proteção, foram observados?
O equipamento elétrico deve ser marcado na parte principal Não existia nenhum tipo de identificação do tipo Ex.
em um local visível.Esta marcação deve ser legível e durável,
12.1
levando-se em conta uma possível corrosão química?
NC

A marcação deve incluir:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

12.2 b)identificação do modelo ou tipo? CF

Não existia nenhum tipo de identificação do tipo Ex.


c)o símbolo BR-EX, seguido da logomarca do OCC e do
símbolo do INMETRO, que indicam que o equipamento
elétrico foi ensaiado e certificado por um OCC, conforme NC
normas brasileiras, e é apto para uso em atmosfera explosiva
de gás?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Não existia nenhum tipo de identificação visível do tipo de proteção
adotada.
d)o símbolo correspondente ao tipo de proteção? NC

Não existia nenhum tipo de identificação visível do grupo do


equipamento adotada.
e)o símbolo do grupo do equipamento elétrico? NC

f)para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo


12.2
indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura máxima NA
de superfície em ºC, ou ambas?

g)o número de série? CF

h)o nome ou marca do OCC e a referência à certificação, na


seguinte forma: o número sequencial do certificado, seguido CF
pelo ano da certificação?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

O equipamento é adequado à classificação de áreas? CF

O grupo do equipamento está correto? CF

A classe de temperatura do equipamento está correta? CF

A identificação do circuito do equipamento está disponível?


CF

Não há modificações não autorizadas? CF


Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Se a purga for efetuada manualmente, o invólucro deve ter
uma placa de advertência, bem visível, com os seguintes
dizeres: “ATENÇÃO NO MOMENTO DA PARTIDA, OU
APÓS UMA PARADA CAUSADA PELA PERDA DE
4.1.1.1 PRESSURIZAÇÃO, PURGAR DURANTE “T” MINUTOS NA
COM UMA VAZÃO "Q" OU UM VOLUME "V", A
MENOS QUE HAJA CERTEZA DE QUE A
ATMOSFERA INTERNA ESTÁ BEM ABAIXO DO
LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE."?
Quando é necessário manter o equipamento elétrico em
serviço, pode ser aconselhável prever duas fontes de gás de
proteção, de modo que cada uma destas fontes possa CF
substituir a outra no caso de falha de uma delas?
4.2.5

Cada fonte deve ser capaz de manter independentemente o


nível de pressão e/ou a vazão do gás de proteção requerida? CF

Não há nenhum tipo de identificação para este tipo de procedimento, o


que será mostrado no relatório fotográfico feito neste laboratório.
As portas e tampas devem ter uma placa de advertência
4.2.9 indicando o retardo a ser observado após o desligamento do NC
equipamento?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Para os invólucros que possam ser abertos num tempo menor O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
que o necessário para que os componentes internos não
ofereçam risco à segurança, devem ter uma placa de
7.1.3
advertência indicando o tempo de espera necessário entre o
NC
desligamento e a abertura do invólucro?

O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.


Se o risco de ignição não pode ser evitado no projeto do
equipamento, deve-se empregar uma plaqueta de advertência
7.2.3.1
indicando as medidas de segurança a serem aplicadas em
NC
serviço?

Os intertravamentos usados para manter o tipo de proteção


devem ser construídos de tal forma que sua anulação somente
7.5
seja possível pelo uso de ferramenta especialmente construída
NA
para este fim?

Deve ser previsto, dentro da caixa de terminais, um terminal


especifico para a conexão do condutor equipotencial e/ou
7.9.1
aterramento, localizado próximo aos outros terminais?
CF

Os equipamentos elétricos com invólucros metálicos devem


7.9.2 ter um terminal externo adicional para ligação do condutor NA
equipotencial ou de aterramento?

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
O terminal externo deve permitir a conexão efetiva de
condutores conforme especificado na NBR 5410(Instalações
7.9.5
de baixa tensão), com seção mínima de 4mm²?
CF

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por Foram utilizadas caixas de passagem comuns do tipo “T”, sem qualquer
um anel de vedação de material elastomérico? NC tipo de selagem.

A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
7.11.2 um composto de vedação ou resina endurecida? NC

O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.


A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por
um anel metálico de vedação?
NC

O grau de proteção das aberturas de ventilação para


ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 20 na entrada
NA
do ar?
8.1.1.1
O grau de proteção das aberturas de ventilação para
ventiladores esternos de máquinas elétricas girantes,
conforme a NBR 9884, deve ser no mínimo IP 10 na saída do
NA
ar?
Quando um conjunto de manobra contém um seccionador, A posição liga / desliga está atrelada a uma lâmpada, impossibilitando
este deve desligar todos os pólos e deve ser projetado de tal saber no caso de algum problema na lâmpada se o motor está ou não
8.2.3 modo que a posição dos contatos seja visível ou que haja NC
uma indicação confiável da
desligado.
posição "desligado"?
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Qualquer intertravamento entre o seccionador e a tampa ou O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
porta do conjunto de manobra somente deve permitir que
8.2.3 estas sejam abertas quando a separação NC
dos contatos do seccionador for suficiente para desligar a
alimentação?
Alternativamente, os plugues e as tomadas que não são
intertravados devem ser mantidos acoplados por meio de
fechos especiais e devem ser equipados com uma placa de
8.4.2
advertência com os seguintes dizeres: “NÃO
NA
EXTRAIR/CONECTAR O PLUGUE QUANDO
ENERGIZADO"?
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção
transparente, podendo ser equipada adicionalmente com uma
8.5.1
grade composta por uma malha de aberturas
CF
não inferiores a 50 mm de aresta?

A montagem das luminárias não pode depender de um único


parafuso?
CF

8.5.2 Um único olhal pode ser usado somente se fizer parte


integrante da luminária,por exemplo, fundido ou soldado ao
invólucro, ou, se roscado, o olhal deve ser NA
travado por outros meios que impeçam seu afrouxamento
quando torcido?

8.5.5 As lâmpadas contendo sódio metálico livre não são


permitidas?
CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Deve existir documentação submetida pelo fabricante que
fornecem uma especificação completa e correta dos aspectos
9.2 de segurança do equipamento elétrico, bem como se no
projeto do equipamento elétrico os requisitos desta Norma e
CF
daquelas para os tipos
específicos de proteção, foram observados?
O equipamento elétrico deve ser marcado na parte principal
em um local visível. Esta marcação deve ser legível e
12.1
durável, levando-se em conta uma possível corrosão
CF
química?
A marcação deve incluir:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF

b)identificação do modelo ou tipo? CF


12.2
c)o símbolo BR-EX, seguido da logomarca do OCC e do
símbolo do INMETRO, que indicam que o equipamento
elétrico foi ensaiado e certificado por um NC
OCC, conforme normas brasileiras, e é apto para uso em
atmosfera explosiva de gás?

d)o símbolo correspondente ao tipo de proteção? NC

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

e)o símbolo do grupo do equipamento elétrico? NC


f)para o equipamento elétrico do grupo II, o símbolo
indicativo da classe de temperatura, ou a temperatura máxima NA
de superfície em ºC, ou ambas?

g)o número de série? NA

h)o nome ou marca do OCC e a referência à certificação,


na seguinte forma: o número sequencial do certificado, NA
seguido pelo ano da certificação?
i)a letra "X" após a referência à certificação, quando o OCC
julgar necessária a indicação no certificado de condições
12.2
especiais para a utilização segura do
NA
equipamento?
k)a letra "U" após a referência à certificação, quando
incluir componente que não pode ser usado
individualmente, quando da certificação do equipamento
NA
ou circuito de que faz parte?

l)qualquer marcação adicional exigida pela norma


especifica para o respectivo tipo de proteção?
NA

m)qualquer marcação normalmente requerida pelas normas


brasileiras de construção do equipamento elétrico? NA

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Os componentes Ex devem ser marcados em um lugar
visível.Esta marcação deve ser legível e durável e deve
incluir somente:

a)o nome do fabricante ou a sua marca registrada? NC

12.5 b)identificação do modelo ou tipo? NC

c)o símbolo BR-EX? NC

d)sinal para cada tipo de proteção usada? NC

e)símbolo do grupo do componente Ex? NC

12.6

f)nome ou logomarca do OCC? NA

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p (Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex p (ABNT NBR 5420)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

g)referência ao certificado seguido pelo sinal "U"? NA

h)marcação adicional prescrita pela norma especifica para o


tipo de proteção concernente?
NC
12.6

i)marcação normalmente requerida pela norma de


construção de componentes Ex?
NC

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório.
Equipamento: Instalação
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Além disso, a identificação de cores também está adequada.
1 O tipo, isolamento a bitola de cabo são adequados? CF
Emendas bem isoladas.
2 Não há danos visíveis nos cabos? CF
Dentro do laboratório a instalação é feita em canaletas, não havendo a
A selagem de eletrodutos, dutos e elementos de passagem necessidade de selagem, mas na ligação com o quadro geral, externo ao
3 estão satisfatórios (isto é,estão completamente preenchidos)? NC laboratório deveria haver uma selagem por ocorrer uma mudança de
zona, para que o gás não chegue até o mesmo e com a ação de um
disjuntor ocorra um arco e consequentemente uma explosão.
Os selos de caixas e de cabos estão devidamente Como foi descrito no item anterior não nenhum tipo de selagem,
4 preenchidos?
NC obrigatório em mudança de zona.
A integridade do sistema de eletrodutos e a interface Tomadas e plugues em perfeito estado.
5 com o sistema de proteção a atmosfera explosiva estão CF
mantidas integras?
As conexões de aterramento, incluindo qualquer ligação de Segundo relato da responsável e de técnicos do laboratório as canaletas
continuidade de aterramento, estão satisfatórias (isto é, as metálicas não encontram-se aterradas, inclusive ocasionando danos aos
6 conexões estão apertadas e os condutores possuem seção reta
NC
adequada)? equipamentos.
Os dispositivos de proteção elétrica automáticos operam Quadro geral muito bem organizado e contendo DR´s (diferenciais
7 dentro dos limites permitidos?
CF residuais) para circuitos de tomadas evitando choque elétrico.
Os dispositivos de proteção elétrica automáticos estão
8 ajustados corretamente (rearme automático não é CF
permitido)?
Os cabos que não estão em uso estão devidamente Dois cabos fora de uso não estavam terminados e isolados corretamente.
9 terminados e isolados?
NC
Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável
Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório (Continuação).
Equipamento: Instalação
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
Não se aplica por ser instalação laboratorial.
O circuito de segurança intrínseca está isolado da terra ou
10
aterrado em somente um ponto?
NA

Está mantida a separação entre os circuitos intrinsecamente Não se aplica por ser instalação laboratorial.
seguros e os circuitos não intrinsecamente seguros em caixas
11
de distribuição ou painel de relés?
NA

Os dutos, tubos e invólucros que alimentam o sistema de


12
proteção Ex p estão em boas condições?
CF

Entrada para exaustão externa ao prédio.


O gás de proteção está substancialmente livre de
13
contaminantes?
CF

O sistema de alarmes encontra-se ligado, mas na ocorrência da queda de


uma fase, o gerador não tem operação automática para o ligamento do
Os indicadores de pressão e/ou vazão, alarmes e mesmo.
14
intertravamentos funcionam corretamente?
CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


Tabela 14: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.
Equipamento: Ambiente
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação

O equipamento está adequadamente protegido contra


corrosão, intempéries, vibração e outros fatores adversos? CF

Não há acúmulo indevido de poeira ou sujeira? CF

O isolamento elétrico está limpo e seco? CF

Legenda: CF – Conforme, NC – Não-Conforme, NA – Não Aplicável


4.3.3 Laboratório Biocombustivel - Relatório Fotográfico da Inspeção
Assim como para o Laboratório Químico, foram registradas imagens do Laboratório de
Biocombustivel a fim de ilustrar as não conformidades do laboratório.
Basicamente os mesmos problemas encontrados em um laboratório foram identificados no
outro. Como pode ser percebido nas não conformidades encontradas nos equipamentos do tipo à
prova de explosão, invólucro pressurizado, assim como nas conformidades da instalação e
ambiente.

Figura 12: Caixa de passagem da alimentação da geladeira.


A não conformidade encontrada para a caixa de passagem como indicado na lista de
verificação foi a falta de identificação do tipo e grupo da proteção utilizada neste equipamento. O
que acarreta em uma desorientação à norma NBR 5363 [4], além do risco à vida dos funcionários da
manutenção.

83
Figura 13: Quadro de comando da capela.
Fonte: Acervo Pessoal.
O item 8.2.3 da norma NBR 5420 [7] não foi atendido para o quadro de comando da
exaustão da capela, pois a posição liga / desliga está atrelada a uma lâmpada, impossibilitando saber
no caso de algum problema na lâmpada se o motor está ou não desligado.

84
5 CONCLUSÃO

A implantação das normas para equipamentos em áreas classificadas representa um marco


para a segurança dos serviços em eletricidade ou qualquer atividade com risco elétrico,
principalmente pelos trabalhadores que executam serviços em eletricidade nos setores que tem
como produto final o manuseio de derivados do petróleo. Levando-se em conta que os acidentes em
plataformas, petroleiros e refinarias (laboratórios) em sua maioria são catastróficos em relação às
vidas perdidas.
As normas também não são omissas quanto à apreciação dos riscos adicionais que podem
surgir nas atividades que apresentam risco elétrico. As normas defendem a interação de todas as
normas de segurança implementadas na instalação dando total destaque a NBR 5410 [8]
(Instalações em baixa tensão) e a norma regulamentadora Nº10.
Não somente para atendimento das demandas de segurança de seu corpo de colaboradores,
mas para que os alunos do departamento tenham conhecimento de uma normatização que é
obrigatória.
Conforme demonstrado neste estudo, o impacto de um acidente de trabalho não recai
somente sobre os profissionais especialistas no assunto. O engenheiro eletricista que tenha uma
equipe de trabalhadores sob sua responsabilidade deve ser capaz de identificar situações de risco e
ser habilidoso em determinar medidas de segurança que, no mínimo, possam reduzir ou mitigar as
chances de ocorrência de um acidente, ou melhor, eliminar a probabilidade de sua ocorrência.
A ferramenta desenvolvida neste trabalho para a verificação de conformidade das instalações
e equipamentos do laboratório Coppe Comb busca não se restringir aos casos estudados, mas ter
caráter geral, para que possa ser utilizada em qualquer tipo de instalação. O caráter geral da
ferramenta aponta para a facilitação da realização de mais estudos. A aplicação do checklist durante
as visitas foi crucial para que sua aplicabilidade fosse testada e que as adequações necessárias
fossem identificadas, e futuramente implementadas para garantir o caráter geral na sua aplicação. A
utilização de ferramentas simples de avaliação não têm a intenção de tornar o trabalho sem
substância, mas garantir rapidez e eficiência na implementação do estudo.
Ressalta-se que a elaboração e a aplicação do questionário teve como pilar central o estudo e
os comentários que foram realizados no corpo do trabalho sobre normas de equipamentos em áreas
classificadas. A aplicação da ferramenta depende essencialmente da colaboração e dos responsáveis
pelos laboratórios e dos funcionários que lá desempenham suas funções, para que o retrato da
instalação seja fiel à realidade dos serviços lá realizados. Já que raramente é possível, por meio de
uma simples observação de uma planta industrial ou mesmo de um projeto, decidir que partes
daquela industria podem ser enquadradas na definição de zonas (zona 0,1 e 2). É necessário um
estudo mais detalhado e isto envolve a análise das probabilidades básicas de ocorrência de uma
atmosfera explosiva de gás. O primeiro passo é avaliar essa probabilidade de acordo com as
definições de zonas 0, zona 1 e zona 2. Este estudo requer considerações detalhadas a serem
aplicadas para cada item do equipamento de processo que contém o produto inflamável, que poderia
se tornar uma fonte de risco. Caso contrário o estudo apontaria para ações equivocadas no
tratamento das condições de segurança das instalações que foram avaliadas utilizando a ferramenta
elaborada.
A eficiência da ferramenta foi comprovada, pois durante sua aplicação foi posto à tona
situações que apenas por uma inspeção visual e análise somente das instalações e da metodologia de
trabalho não poderiam ser identificadas. As sugestões apresentadas devem ser apreciadas pelo
departamento responsável pelo complexo de laboratórios, que deveria priorizar as medidas que
poderiam ser implementadas para melhoria das condições de segurança das instalações.
O estudo evidenciou que o departamento atende diversas exigências, demonstrando o devido
cuidado com seus funcionários e com os bens materiais existentes. O que existe escrito e atende às
determinações da norma é a descrição da execução das experiências realizadas nos laboratórios e os
reagentes químicos e inflamáveis que são manuseados com suas respectivas temperaturas de
ignição.
O atendimento às normas de segurança tornou-se um diferencial muito valorizado para os
trabalhadores, principalmente para as empresas de maior porte e/ou aquelas que têm verdadeira
noção de sua função junto à sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006, Classificação de Áreas,
NBR IEC 60079-10 e 10.1. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[2] ABNT, 1997, Instalações em Atmosferas Explosivas, NBR IEC 60079-14. Rio de
Janeiro, RJ, Brasil.
[3] ABNT, 1997, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, NBR 9518. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
[4] ABNT, 1998, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Tipo de Proteção
“d”, NBR 5363. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[5] ABNT, 1995, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Tipo de Proteção
“e”, 9883. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[6] ABNT, 1989, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Segurança Intrínseca
- Tipo de Proteção “i”, NBR 8747. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[7] ABNT, 1992, Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Invólucros com
pressurização ou diluição contínua - Tipo de Proteção “p”, NBR 5420. Rio de Janeiro,
RJ, Brasil.
[8] ABNT, 2004, Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, NR - 10. Rio
de Janeiro, RJ, Brasil.
[9] ADINOLFI, Rodrigo Pinto, 2007, Trabalho Final de Conclusão do Curso de MBA em
Gestão de Negócios – Balanced Scorecard. Trabalho de Conclusão de Curso de MBA,
Rio de Janeiro, IBMEC.
[10] GARCIA, K., 2001, Operadores como Agente de Confiabilidade: Estudo de Caso em
uma Indústria de Processos Químicos, Dissertação de Mestrado Programa de Engenharia
de Produção, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
[11] GIL, Antonio Carlos,1991, Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, Atlas.
[12] JORDÃO, Dácio de Miranda, 2007, Manual para Prevenção de Explosões em Indústrias
Químicas, Petroquímicas e do Petróleo. Associação Brasileira para Prevenção de Explosões
ABP-Ex), Rio de Janeiro, QualityMark Editora.
[13] NEMÉSIO SOUSA, Jorge, 2005, Cadeia de valor, ações estratégicas e medição de
desempenho: uma abordagem para organizações de manutenção.Dissertação (Mestrado
em Sistemas de Gestão), Niterói, Universidade Federal Fluminense.
[14] NEMÉSIO SOUSA, Jorge, 2009, Técnicas Preditiva de Manutenção Elétrica. Apostila
da disciplina de Manutenção de Equipamentos e Instalações Elétricas - Capítulo 2 - 22º
Engeman. São Luís: UFRJ.
[15] SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat, 2005, “Metodologia da pesquisa
e elaboração de dissertação”. 4ª ed. Florianópolis: UFSC/ LED - Laboratório de Ensino
a Distância. 138p. Disponível em: http: //www.ppgep.ufsc.br. Acesso em: 02/09/2008.
[16] SOUSA, Rosane, 2010, “Instalação de Equipamentos com Proteções por Invólucros ou por
Segurança Intrínseca”, O Setor Elétrico - 48ª Edição Janeiro, pp. 36-42.

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