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Rio de Janeiro
2010
Lucio Rodrigues Neto
Luiz Felipe de Oliveira Soares
Rio de Janeiro
Junho de 2010
ii
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM ÁREAS CLASSIFICADAS
ELABORAÇÃO DA LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA
LABORATÓRIOS EM ÁREAS CLASSIFICADAS
Aprovado por:
Em primeiro lugar não poderíamos deixar de agradecer a Deus por permitir e abençoar mais
essa etapa, importantíssima de nossas vidas, sempre nos mostrando o caminho, nos
iluminando e nos cobrindo com seu manto sagrado.
Agradecemos ao nosso orientador Jorge Nemésio Sousa que aceitou esse desafio e nos
ajudou de todas as formas possíveis, nos dando apoio, suporte, orientação e incentivo para
que mais essa etapa de nossas vidas fosse finalizada. As professoras Beatriz, Marcileny e aos
técnicos dos laboratórios da Coppe Comb que nos receberam muito bem e nos deram todo o
suporte para implementarmos a ferramenta desenvolvida nesse nosso projeto.
Resumo
The present work is to check compliance of electrical equipment in areas with explosive
atmospheres in accordance with auditing standards. From the existence of electric equipment
in hazardous areas and the recent fatal accidents in the oil sector, contacted the importance
that the process of normalization would escalate not only at national level with international.
Thus, the study focuses environments that have the final work product gases and vapors.
With the review of standards from ABNT, was drawn up a checklist that encompassed the
main forms or types of protection anti-explosion used in electrical equipment. Such
verification of compliance with technical visit was applied in laboratories carrying out
analysis of fuels and biofuels. Complementing the study was made a photographic report
aiming to signal the non-conformities found.
In conclusion, it is worth noting, which is proven concern for the safety requirements of staff
and equipment in the oil sector, since the risk of ignition is inherent to electrical equipment
and will cause explosions. Therefore, it is reported the feasibility of using the checklist to
ensure compliance with standards in force.
Tabela 1 – Definição, quanto às zonas, das três possíveis classificações de área segundo
ABNT...................................................................................................................................................8
Tabela 2: Divisão em grupos................................................................................................................8
Tabela 3: Classe de Temperatura de Acordo com a Máxima de Superfície........................................9
Tabela 4: Tipos de Proteção...............................................................................................................13
Tabela 5: Comparativo Técnico-Econômico......................................................................................27
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão)...........................................................................................................................37
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................38
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................39
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d(Equipamento
á prova de explosão) (Continuação)...................................................................................................40
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................41
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado).......................................................................................42
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................43
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................44
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................45
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................46
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................47
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................48
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................49
Tabela 7: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................50
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível).............................................................................................................51
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................52
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................53
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................54
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................55
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................56
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................57
Tabela 8: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex n
(Equipamento não acendível) (Continuação).....................................................................................58
Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório...............................................59
Tabela 9: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório(Continuação)........................60
Tabela 10: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.................................................61
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão)...................................................................................................66
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................67
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................68
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................69
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d
(Equipamento á prova de explosão) (Continuação)...........................................................................70
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado).......................................................................................71
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................72
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................73
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................74
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................75
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................76
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................77
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................78
Tabela 12: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex p
(Equipamento com invólucro pressurizado) (Continuação)...............................................................79
Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório.............................................80
Tabela 13: Requisitos de conformidade das instalações do laboratório(Continuação)......................81
Tabela 14: Requisitos de conformidade do ambiente do laboratório.................................................82
1. INTRODUÇÃO
1.1 Considerações Iniciais
1.2 Objetivo
1
Em nosso projeto de graduação teremos como resultado um documento de avaliação e
adequação de instalações de laboratórios, onde possa haver risco de ignição devido à presença
de gás ou vapor inflamável misturado com o ar, considerando que sob condições atmosféricas
que incluem variações acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa e 20ºC (293 K),
desde que as variações tenham um efeito desprezível nas propriedades dos materiais
inflamáveis.
A presente pesquisa foi focada nas normas brasileiras e internacionais para áreas
classificadas com presença de gases ou vapores combustíveis. E a pesquisa sobre as normas
terá como resultado uma lista de verificação que verifique a aplicação das normas de áreas
classificadas em ambientes laboratoriais, assim como a proposição de soluções a serem
tomadas para a adequação e conformidade do ambiente às normas vigentes.
Situação problema
Conclusões e Recomendações
Conforme Gil (1999) apud Adinolfi (2007), do ponto de vista dos seus objetivos a
pesquisa pode ser:
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos (Gil [11], 1999) apud Adinolfi [9]
(2007), pode ser:
Bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado, constituído
principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material
disponibilizado na internet.
Documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam tratamento
analítico.
Experimental: quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis
de influência, definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto.
Levantamento: quando a pesquisa envolve a interrogação direta das pessoas cujo
comportamento se deseja conhecer.
Estudo de Caso: quando envolve o estudo profundo e exaustivo de um ou poucos
objetos de maneira que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento.
Ex Post Facto: quando o experimento se realiza depois dos fatos.
Ação: realizada em estreita associação com a resolução de um problema coletivo. Os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou de problemas estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo.
Participante: quando se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e
membros das situações investigadas.
Assim sendo, de acordo com Gil [11] (1999), este trabalho pode ser classificado como
uma pesquisa exploratória, pois visa proporcionar familiaridade com o assunto e se baseia em
levantamento bibliográfico e um estudo de caso.
3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA A RESPEITO DE ÁREAS
CLASSIFICADAS
3.1 Definições e Funções da Norma Segundo a Norma ABNT
NBR IEC 60079-10
Antes de qualquer coisa vamos introduzir algumas definições consideradas por nós
como sendo importantes e que são facilmente encontradas no inicio de qualquer norma NBR
referente a atmosferas explosivas.
Primeiramente, uma área é definida como uma região ou espaço tridimensional e uma
atmosfera explosiva de gás é toda mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de
substâncias inflamáveis na forma de gás ou vapor, na qual após ignição, inicia-se uma
combustão auto-sustentada através da mistura remanescente. Com as definições acima
podemos definir uma área classificada como a área na qual está presente uma atmosfera
explosiva de gás, ou ainda é esperado estar presente, em quantidades tais que requeiram
precauções especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos e por consequência
definimos as zonas de classificação como sendo as áreas classificadas divididas, baseadas na
frequência da ocorrência e duração de uma atmosfera explosiva de gás. As zonas de
classificação segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, são mais bem
ilustradas na Tabela 1, explicitando cada uma das zonas e uma breve descrição.
Tabela 1: Definição, quanto às zonas, das três possíveis classificações de área segundo a ABNT [1].
ABNT Descrição
ZONA 0 Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é contínua,
ou existe por longos períodos.
Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável
ZONA 1 de acontecer em condições normais de operação do equipamento de
processo.
Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco
ZONA 2 provável de acontecer e se acontecer é por curtos períodos, estando
associado à operação anormal do equipamento de processo.
Além de se dividir em zonas, também são estabelecidas pela ABNT que sejam
identificadas por grupos as áreas classificadas de acordo com a área de operação e o gás
presente na mesma. Na Tabela 2 segue a relação dos grupos, áreas de operação e seus
respectivos gases.
Acetona, Acetaldeído,
monóxido de carbono, Álcool,
Amônia, Benzeno,
Para operação em instalações de
GRUPO IIA Petróleo e seus
superfície onde pode existir
derivados(Butano, Gasolina,
perigo devido ao grupo do
Hexano, Metano, Nafta, Gás
propano.
Natural, Propano), vapores de
solventes.
Acroleína, óxido de Eteno,
Para operação em instalações de Butadieno, óxido de Propileno,
GRUPO IIB
superfície onde pode existir Ciclopropano, Éter Etílico,
perigo devido ao grupo do etileno. Etileno, Sulfeto de Hidrogênio.
T1 450
T2 300
T3 200
T4 135
T5 100
T6 85
3.1.2 Segurança e Classificação de Áreas
Classificada como fonte de risco se for estabelecido que o equipamento pode liberar
material inflamável para a atmosfera, em primeiro lugar, determinar-se o grau de risco de
liberação de acordo com as definições, estabelecendo a frequência e a duração da liberação.
Deve ser reconhecido que, segundo a norma ABNT NBR IEC 60079-10, a abertura de partes
de sistemas de processo fechados também será considerada fonte de risco quando da
elaboração da classificação de áreas e por meio deste procedimento, cada fonte de risco deve
ser denominada como grau “contínuo”, “primário” ou “secundário”.
A probabilidade de presença de uma atmosfera explosiva de gás, bem como o tipo de
zona, depende, principalmente, do grau da fonte de risco e da ventilação. Uma fonte de risco
de um grau contínuo normalmente leva a uma zona 0, uma fonte de risco de grau primário a
uma zona 1 e uma fonte de risco de grau secundário a uma zona 2. Porém, mais adiante tais
zonas serão mais bem classificadas de acordo com seu grau de ventilação e extensão.
Quanto maior for a taxa de liberação do material inflamável, maior é a extensão da
área classificada. Sendo a mesma dependente da geometria de risco que se relaciona
diretamente com as características físicas da fonte de risco, com a velocidade de liberação que
está relacionada à pressão de processo e à geometria da fonte de risco. Com a concentração
que é a vazão de liberação aumenta com a concentração de gás ou vapor inflamável da
mistura liberada, com a volatilidade de um líquido inflamável que se relaciona principalmente
à pressão de vapor e a entalpia de vaporização e com a temperatura do líquido, visto que
como a pressão de vapor aumenta com a temperatura, aumenta a vazão de liberação devido à
evaporação.
Ainda falando sobre extensão da zona, devemos levar em conta a densidade relativa do
gás ou vapor na liberação, condições climáticas e topografia.
Ventilação, como mencionado anteriormente, gás ou vapor liberado na atmosfera pode
ser diluído por dispersão ou difusão no ar até que sua concentração esteja abaixo do limite
inferior de inflamabilidade. Taxas adequadas de ventilação também podem evitar a
persistência de uma atmosfera explosiva de gás, e influenciar o tipo de zona.
O fator mais importante segundo a norma ABNT [1] é que o grau ou nível de
ventilação esteja diretamente relacionado ao tipo de fonte de liberação e suas correspondentes
taxas de liberação. Portanto, condições ótimas de ventilação em áreas classificadas podem ser
alcançadas quanto maior a quantidade de ventilação em relação às possíveis taxas de
liberação.
A ventilação artificial de uma área pode ser do tipo geral ou local e, para ambos os
casos, podem ser necessários diferentes graus de movimentação do ar e de trocas.
Com a utilização de ventilação artificial é possível obter: redução do tipo e/ou
extensão das zonas e diminuição do tempo de permanência da atmosfera explosiva de gás.
Um sistema de ventilação artificial que é projetado para a proteção contra explosão
deve incluir requisitos tais como efetividade controlada e monitorada além de levar também
em conta à classificação de áreas dentro do sistema de exaustão, imediatamente fora do seu
ponto de descarga e outras aberturas deste sistema. Para ventilação de uma área classificada, o
ar deve ser obtido de uma área não classificada, levando-se em conta os efeitos de sucção nas
áreas adjacentes e, antes de se determinar as dimensões e o projeto do sistema de ventilação,
deve ser definida a taxa de liberação e o grau da fonte de risco.
A norma ABNT [1], estabelece um código para cada tipo de equipamento. Este código
é composto do símbolo Ex, que é utilizado pela norma NBR/IEC [1], para identificar produtos
para instalação em área classificada (atmosfera explosiva) seguido pelo tipo de proteção. A
tabela abaixo exemplifica cada tipo de proteção e como fica sua respectiva simbologia.
Segundo a norma NBR IEC 60079-2 [7], neste tipo de proteção, uma pressão positiva
superior à pressão atmosférica é mantida no interior do invólucro de modo a evitar a
penetração de uma atmosfera explosiva que venha a existir ao redor do equipamento.
São definidos pela norma três tipos de pressurização que reduz a classificação no interior do
invólucro pressurizado, px Zona 1 para área não classificada ou Grupo I para área não
classificada, py – Zona 1 para Zona 2 e pz – Zona 2 para área não classificada.
Tem como características principais à integridade das gaxetas de vedação e ajuste do
pressostato e da válvula reguladora de pressão. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas
previamente na Tabela 2.
Segundo a norma NBR IEC 60079-6 o equipamento elétrico é imerso em óleo de tal
modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa
do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais distâncias mínimas entre partes com tensão e
superfície do óleo, distâncias mínimas entre partes com tensão e paredes do invólucro e
qualidade do óleo referente ao poder dielétrico, umidade e contaminantes. Aplicado em Zonas
1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
3.2.4 Imerso em Areia – Símbolo Ex q
Segundo a norma NBR IEC 60079-5 o equipamento elétrico é imerso em areia de tal
modo que não inflame uma atmosfera inflamável acima do meio isolante ou na parte externa
do invólucro. Este tipo de proteção é aplicável somente para equipamentos fixos.
Tem como características principais o teor de umidade, a faixa granulométrica e as
distâncias mínimas entre partes com tensão e superfície da areia e entre partes com tensão e
parede do invólucro. Aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
Segundo a norma NBR IEC 60079-11 [6], equipamentos Ex i são aqueles que em
condições normais (isto é, abertura e fechamento do circuito) ou anormais (curto circuito,
falta a terra) não liberam energia suficiente para inflamar a atmosfera explosiva.
Os equipamentos elétricos de segurança intrínseca são classificados em duas
categorias: “ia” – estes são projetados de tal forma que não são capazes de causar uma ignição
em operação normal e mesmo com aplicação de duas falhas evidentes mais as falhas não
evidentes; e “ib” – que são aqueles incapazes de causar uma ignição em operação normal e
com a aplicação de uma falha evidente mais a aplicação das falhas não evidentes.
Tem como características principais premissas de projeto para operação com baixa
energia, dispositivo associado para limitar energia, limitação de temperaturas de
componentes, análise de circuitos, simulação de defeitos e etc.
Segundo a norma, falha evidente é aquela que está em conformidade com os requisitos
(regras de construção da norma IEC 60079-11) de construção básicos do tipo de proteção; e as
falhas não evidentes são aquelas em não conformidade com essas regras. “ia” aplicado em
Zona 0 ; e “ib” aplicado em Zonas 1 e 2 apresentadas previamente na Tabela 2.
Segundo catálogo Nutsteel não há uma definição neste tipo de proteção, que foi
previsto para permitir o desenvolvimento de novos tipos de proteção pelos fabricantes.
3.3 Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas
De acordo com a Norma ABNT NBR IEC 60079-17: 2005 [3] é essencial, por razões
de segurança, que durante a vida útil das instalações elétricas em áreas classificadas, a
integridade destas características especiais sejam preservadas e sendo assim elas requerem
inspeção inicial e também inspeções periódicas regulares e também supervisão contínua
executada por pessoal qualificado.
3.3.1.1 Documentação
Para a realização de uma inspeção e manutenção, devem ser disponibilizadas as
seguintes documentações: a classificação de áreas, grupo dos equipamentos e classe de
temperatura e registros que permitam a manutenção do equipamento para áreas classificadas,
de acordo com seu tipo de proteção.
3.3.1.3 Inspeções
Antes que uma planta ou equipamento seja colocado em serviço, deve ser feita uma
inspeção inicial. Após qualquer substituição, reparo, ajuste ou modificação, os itens
respectivos devem ser reinspecionados.
Se em algum momento houver mudança na classificação de área, ou se algum
equipamento for movido de um lugar para outro, uma verificação deve ser realizada para
assegurar que o tipo de proteção, o grupo do equipamento e a classe de temperatura são
adequados às novas condições.
Tipos de inspeção
O primeiro tipo são as inspeções iniciais. Devem ser utilizadas para verificar se o tipo
de proteção selecionado e sua instalação são apropriados. O segundo são as inspeções
periódicas que podem ser visuais ou apuradas. A inspeção visual ou apurada pode levar à
necessidade de ser feita uma inspeção detalhada posteriormente. E por fim as inspeções
periódicas regulares requerem pessoal que tenha conhecimento de classificação de áreas e
conhecimento técnico suficiente para avaliar as implicações sobre os locais sob consideração.
Os mesmos devem ter independência suficiente das demandas das atividades da manutenção,
de tal forma que suas conclusões sejam isentas e confiáveis.
Definir precisamente um intervalo entre inspeções periódicas pode não ser
fácil, mas tal intervalo deve ser determinado levando-se em conta a deterioração esperada.
A intenção deste item é após uma análise e um juízo crítico dos trabalhadores, que
para isso foram devidamente instruídos no processo de autorização para trabalhos com
eletricidade, tenham a iniciativa, diante de um fator adverso iminente que possa expor a risco
os trabalhadores, suspenda de imediato o andamento normal dos trabalhos. Incluindo como
ocorrência de perigo, a liberação de acesso a pessoas não autorizadas; alterações no nível de
iluminamento, intempéries, atmosferas nocivas que possam influenciar a segurança, entre
outros.
O convívio das instalações elétricas com áreas sujeitas a incêndio ou explosões (áreas
classificadas) só é possível com instalações apropriadas com base em normas específicas e
que pressupõe uma prévia classificação de áreas, que indicará quais as técnicas e categorias de
equipamentos recomendáveis.
As áreas classificadas, assim como outras com elevado risco de incêndio, não
suportam a ocorrência de situações toleráveis em outras instalações elétricas e por isso
necessitam de medidas adicionais de prevenção contra o sobreaquecimento de superfícies, o
surgimento de arco elétrico devido a sobretensão, inerente até mesmo à operação normal de
dispositivos de manobra e de proteção.
Os autorizados a trabalhar com instalações elétricas devem ter atenção em suas ações
ou omissões que impliquem negligenciam imprudência ou imperícia, zelando tanto pela sua
segurança e saúde como pela de outras pessoas que possam ser afetadas, podendo ter de
responder civil e criminalmente.
b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive os procedimentos internos de segurança e saúde;
Ainda segundo a norma ABNT NBR IEC 60079-17 a corrosão das partes metálicas ou
as influências de produtos químicos (em especial, solventes) em componentes plásticos ou
elastoméricos podem afetar o grau e o tipo de proteção do equipamento. Se o invólucro ou
componente estiver severamente corroído, deve ser substituído. Os invólucros de plástico
podem apresentar rachaduras superficiais que podem afetar a integridade do invólucro. Os
invólucros metálicos devem, se necessário, ser protegidos com um revestimento apropriado
contra corrosão, sendo a frequência e natureza deste tratamento determinada pelas condições
do ambiente. Deve-se verificar se o equipamento foi projetado para suportar a mais alta e a
mais baixa temperatura ambiente esperadas no local da instalação. Deve ser enfatizada que se
a marcação do equipamento para áreas classificadas não indica a faixa de temperatura
ambiente, este equipamento somente deve ser utilizado no intervalo de temperatura de – 20°C
a + 40°C. Se, ao contrário, a faixa de temperatura for indicada, o equipamento só deve ser
utilizado neste intervalo.
Todas as partes dos equipamentos devem ser mantidas limpas e livres de acúmulo de
poeira, sal ou outras substâncias agressivas que possam causar um aumento excessivo na
temperatura.
Devem ser tomadas precauções para que a proteção do equipamento contra as
intempéries seja mantida. As gaxetas danificadas devem ser substituídas.
A norma ABNT NBR IEC 60079-17 determina que dispositivos anticondensação, tais
como respiros, drenos ou elementos aquecedores devem ser examinados para se ter certeza de
que operam corretamente.
Se o equipamento estiver sujeito a vibrações, deve-se verificar com atenção se os
parafusos de fixação e as entradas de cabos permanecem apertados.
Durante a limpeza de equipamentos elétricos cujas superfícies são de materiais não
condutores, devem-se tomar precauções para evitar a geração de eletricidade estática.
Em áreas perigosas, unidades seladoras são essenciais para impedir que a pressão de
uma explosão num invólucro a prova de explosão, se propague através dos eletrodutos que se
conectam a ele.
Nenhum sistema de eletrodutos é totalmente estanque à entrada de ar e umidade,
portanto, a condensação do vapor dentro dos eletrodutos pode deixar os condutores
completamente imersos, induzindo falhas na isolação e a ocorrência de curto-circuitos. Por
isso algumas unidades seladoras vêm com um sistema de drenagem para retirar essa umidade.
Figura 3: Unidade Seladora com Dreno [1].
Uma só unidade seladora é suficiente entre dois invólucros à prova de explosão, que
requeiram unidades seladoras, e estejam interligados através de niples ou por lance de
eletrodutos de comprimento não maior do que 90 cm. A unidade seladora não deve se situar a
mais do que 45cm de cada invólucro.
Uma unidade seladora é necessária onde um eletroduto deixa uma área classificada.
Ela pode ser instalada em qualquer um dos dois lados, a não mais que 3m da fronteira. Exceto
pela redução à prova de explosão na unidade seladora, nenhum outro acessório é permitido
entre a unidade seladora e a fronteira.
3.7.4 Componentes Ex
Os componentes Ex podem ser montados completamente no interior do invólucro do
equipamento, como por exemplo: componentes de chaveamento ou termostatos à prova de
explosão, fontes com o tipo de proteção segurança intrínseca (Ex i) e etc, completamente no
exterior do invólucro do equipamento, como por exemplo: sensores, intrinsecamente seguros
ou parte no interior e parte no exterior do invólucro do equipamento, por exemplo: botoeiras,
chaves fim de curso, indicadores intrinsecamente seguros.
No caso de montagens completamente no interior de invólucros, as únicas
partes a serem ensaiadas ou avaliadas são aquelas que não podem ser ensaiadas ou avaliadas
como um componente separado.
No caso de montagens externas ao invólucro ou com partes no exterior e partes
no interior de invólucro a interface entre o componente Ex e o invólucro deve ser ensaiada ou
avaliada para atender aos requisitos dos tipos de proteção empregados.
3.7.5.5 Luminárias
A fonte de luz de luminárias deve ter uma proteção transparente, podendo ser equipada
adicionalmente com uma grade composta por uma malha de aberturas não inferiores a 50 mm
de aresta. Se as aberturas possuírem arestas superiores a 50 mm, a luminária deve ser
considerada desprotegida (sem grade).
A montagem das luminárias não pode depender de um único parafuso. Um único olhal
pode ser usado somente se fizer parte integrante da luminária, por exemplo, fundido ou
soldado ao invólucro, ou se roscado, o olhal deve ser travado por outros meios que impeçam
seu afrouxamento quando torcido.
Exceto nos casos de luminária intrinsecamente segura (conforme a NBR 8747 [6]), as
tampas de acesso ao soquete da lâmpada e outras partes internas da luminária devem ser
intertravadas por dispositivo que desconecte automaticamente todos os pólos do soquete da
lâmpada, tão logo se inicie o processo de abertura da tampa e uma placa de advertência com
os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
No caso do intertravamento descrito acima, quando é necessário manter partes
energizadas, que não os soquetes das lâmpadas, deve-se, de forma a minimizar os riscos para
o pessoal de manutenção, proteger as partes energizadas empregando uma das proteções
descritas na tabela 2 ou garantir as distâncias de isolação e escoamento entre as fases (pólos) e
a terra de acordo com os requisitos da norma de segurança aumentada NBR 9883 [5], utilizar
um invólucro interno suplementar (que pode ser o refletor para a fonte de luz) contendo as
partes energizadas e garantindo um grau de proteção mínimo de IP 30 (conforme NBR 6146),
arranjado de forma tal que nenhuma ferramenta possa entrar em contato com as partes
energizadas através de qualquer abertura ou empregar no invólucro interno adicional uma
placa de advertência com os seguintes dizeres: “NÃO ABRA QUANDO ENERGIZADO”.
As lâmpadas contendo sódio metálico livre (por exemplo, lâmpadas de sódio de baixa
pressão, conforme IEC 192) não são permitidas. As lâmpadas de sódio de alta pressão
(conforme EN 60662) podem ser usadas.
4 LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA LABORATÓRIOS
EM ÁREAS CLASSIFICADAS
4.1 Introdução
4.2 Metodologia
37
Tabela 6: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
7.11.2 A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por
um composto de vedação ou resina endurecida? CF
A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por Foram utilizadas caixas de passagem comuns do tipo “T”, sem qualquer
um anel de vedação de material elastomérico? NC tipo de selagem.
A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
7.11.2 um composto de vedação ou resina endurecida? NC
12.6
Os invólucros contendo somente partes condutoras isoladas Para uso exclusivo para locais cobertos ou não expostos a intempéries ou
4.9.2 devem ser protegidos, no mínimo, com grau de proteção IP NA ao tempo.
44?
Por se tratar de uma geladeira e ter seus circuitos embutidos.
Os instrumentos com bobinas móveis não são
5.4.5
permitidos?
NA
12.2
a) o nome do fabricante ou a sua marca registrada? CF
g) o número de série? CF
12.2
c) o símbolo BR-EX? CF
Está mantida a separação entre os circuitos intrinsecamente Não se aplica por ser instalação laboratorial.
seguros e os circuitos não intrinsecamente seguros em caixas
11
de distribuição ou painel de relés?
NA
62
o bom estado dos dispositivos de proteção, assim como o ajuste adequado aos níveis de curto
circuitos encontrados. Porém, na figura 7 é visível a não conformidade em relação a terminação e
isolamento de cabos não utilizados.
66
Tabela 11: Requisitos de conformidade de equipamento do tipo de proteção Ex d (Equipamento á prova de explosão) (Continuação).
Equipamento: Tipo de Proteção: Ex d (ABNT NBR 5363)
Item Questionamento Situação Descrição e Recomendações de Adequação
A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por Foram utilizadas caixas de passagem comuns do tipo “T”, sem qualquer
um anel de vedação de material elastomérico? NC tipo de selagem.
A vedação das entradas para cabos deve ser assegurada por O mesmo caso do que foi descrito no item anterior.
7.11.2 um composto de vedação ou resina endurecida? NC
12.6
Está mantida a separação entre os circuitos intrinsecamente Não se aplica por ser instalação laboratorial.
seguros e os circuitos não intrinsecamente seguros em caixas
11
de distribuição ou painel de relés?
NA
83
Figura 13: Quadro de comando da capela.
Fonte: Acervo Pessoal.
O item 8.2.3 da norma NBR 5420 [7] não foi atendido para o quadro de comando da
exaustão da capela, pois a posição liga / desliga está atrelada a uma lâmpada, impossibilitando saber
no caso de algum problema na lâmpada se o motor está ou não desligado.
84
5 CONCLUSÃO