E-Book Bruno Rodrigues - Empreender Com Propósito

Direitos Autorais ©
Empreender com Propósito.

Ano 2019.
Todos os direitos reservados. Material para uso

pessoal. Proibida a reprodução total ou parcial desta
obra, de qualquer forma ou meio eletrônico e mecânico,
sem a autorização explícita dos autores, exceto em
citações breves com uma indicação da fonte. (Lei nº
9.610, de 19.02.1998).
Organizadoras: Andrea Cardoso e Léia Faustino
Autoras: Alessandra Pedroso; Bárbara Mean; Bianca

Trevisan; Larissa Markewicz; Luciana Belizário; Nielma
Leal; Ninita Lucena; Roberta Martines; Suiani Fustinoni e
Viviane Maciel.
Design & Diagramação do E-book:

Vitali Design - Studio de Criação
contato@vitalidesign.com.br / (41) 9.9662-6376
Crédito de Imagens:
Pixabay.com & Freepik.com
Este livro foi produzido pela Mentoria do
Curso Marketing para Psicólogos
SUMÁRIO
Prefácio 07
Capítulo 01
O Psicólogo Como Protagonista no Sucesso de
sua Profissão
Roberta Martines 10
Capítulo 02
Como Se Preparar Para as Adversidades do
Empreendedorismo - Os 7 erros que podem
surgir no percurso do empreendedor
Alessandra Pedroso 18
Capítulo 03
Do CLT ao Empreendedorismo Minha Trajetória
Profissional e a Conquista de um Sonho
Bárbara Mean 28
Capítulo 04
Empreender em Sociedade: de Prestadora de
Serviços à Dona do Meu Negócio
Larissa Markewicz 38
Capítulo 05
Empreendedorismo Social
Suiani Fustinoni 46
Capítulo 06
Empreendedorismo e Carreira do Psicólogo
Sob a Ótica da Constelação Familiar Sistêmica
Luciana Belizário
56
SUMÁRIO
Capítulo 07
Empreendedorismo: A Alma da Psicologia
Ninita Lucena 66
Capítulo 08
A Importância do Autoconhecimento
Viviane Maciel 72
Capítulo 09
Empreendedorismo Digital: a Importância da
Sua Identidade Visual e de Sua Marca
Bianca Trevisan 79
Capítulo 10
Escrita Criativa – A Magia Agregando Valor à
Psicologia
Leia Faustino 87
Capítulo 11
Psicólogo, faça vídeos e veja seu negócio
crescer!
Nielma Leal 95
Capítulo 12
Em busca do propósito do seu negócio
Andrea Cardoso 102
Capítulo 13
Termos úteis no dia a dia do Empreendedor 113
Bibliografia 124
EMPREENDER COM PROPÓSITO
Agradecimentos
Somos gratas a todas as coautoras desse livro, que

aceitaram o desafio da escrita, demonstrando serem
mulheres incríveis, repletas de experiências profissionais
e de vida. Nossa admiração pelas histórias de superação,
persistência e amor pela profissão, que transformaram a
todas em Empreendedoras de sucesso.
Agradecemos as nossas famílias que sempre nos

apoiaram em nossos sonhos e projetos, e tiveram
compreensão com este nosso amor incansável pela
psicologia.
Gratidão ao Bruno Rodrigues, que nos presenteou com

este prefácio maravilhoso, e mais uma vez nos inspirou a
acreditar que é possível viver da Psicologia.
Andrea Cardoso e Léia Faustino

(organizadoras e autoras)
06
Prefácio
Empreender é algo incrível. É uma possibilidade que devia ser
ensinada desde a infância. Aprendi que empreender é resolver
problemas. Qual solução você oferece ao mundo, de tal forma
que as pessoas queiram seu produto, serviço, projeto? Pensando
de forma mais profunda, que valor você oferece ao mundo, que
em troca as pessoas te darão dinheiro?
Dinheiro é apenas uma das formas de pagamento. Os ativos

mudam com o tempo. A atenção, carinho, a indicação do seu
trabalho, a alegria dos seus clientes em falarem de ti, talvez seja
o maior ativo.
Cresci ouvindo que precisava estudar para ter um bom emprego.

Por um lado foi bom, estudei muito, pensando em um bom
emprego, estudei até o que não gostava. Tenho um tio, hoje
engenheiro, que me incentivou a enveredar pela Eletrônica e
assim aconteceu. Eu dizia para todos que meu sonho era ser
técnico eletrônico. Embora meu forte fosse Humanas,
criatividade. Escrevia poemas e espalhava entre colegas da
escola. Aos 7 anos, eu desenhava e vendia meus desenhos por 1
real, que valia muito na época, o Real tinha acabado de surgir.
Empreendia, criava desenhos, pintava tão bem que os colegas da
sala pagavam por eles. Eu não percebia que estava fazendo
negócios, era tão simples, tudo começou quando um colega viu
meu desenho, tão bem feito que ele me disse, que comprava por
1 real, repito 1 real era bastante na época, eu vendi. Foi a primeira
07
venda da minha vida, mas eu queria mesmo era brincar,

desenhar, jogar bola.
Poderia ter virado um negócio. Poderia ter escalado, desenhado

mais, vendido mais. Mas eu nem pensei nisso. Ainda bem, tive
uma ótima infância.
Lembro de uma outra vez, quando estava lavando meu tênis no

tanque. Eu caprichava tanto na limpeza que meus calçados,
incluindo os brancos, pareciam novos. Cheguei a pensar em lavar
para fora, sair perguntando se os vizinhos queriam que eu
lavasse. Pensei isso várias vezes, mas nunca executei.
Esses dois exemplos são os únicos que me lembro, envolvendo a

ação de empreender. Fora isso fui engolido pelo pensamento da
maioria. Emprego, concurso, salário no final do mês e assim eu
fiz. Tornei-me técnico em eletrônica, trabalhei por 3 anos e era
infeliz. Foi quando decidi aos 20 anos fazer Psicologia, era o ano
de 2004, posso dizer que conheci a Psicologia em 2004, comecei
a fazer terapia, ler livros, entender o que era um Psicólogo e em
2005 entrei na faculdade.
Tornei-me psicólogo, peguei o CRP (registro de psicólogo) em

março 2010, levei um ano para pedir demissão do emprego e em
2011 comecei a atender como psicólogo. Mas sem conhecimento
algum, sem nenhuma preparação. Era uma pessoa forjada no
pensamento de ter chefe, ter carteira assinada e agora tinha
pedido demissão e começado a atender. A partir de agora, tudo
08
dependeria de mim. Empreender não é fácil. Mas o que é fácil na

vida? Empreender é uma possibilidade. Há quem prefira o
concurso, o emprego e que bom que tem espaço para todos.
Este livro foi escrito durante a mentoria de um dos meus cursos.

Falar em empreendedorismo na Psicologia foi uma inovação, sei
que nos últimos anos tenho influenciado milhares de psicólogas
e psicólogos no Brasil e fora do país. Ao ler este livro, antes de
escrever o prefácio, fiquei com os olhos marejados de lágrimas.
Ainda estou emocionado. Que alegria em ler os textos, tão bem
escritos, embasados, algumas informações tão importantes que
eu mesmo não me lembrava.
Foi então que percebi que as sementes foram germinadas. Que

este livro, que agora você lê, possa ser entendido como um
repositório de sementes preciosas que serão transferidas para
você, que possam ser cultivadas e ganharem forma com o
tempo.
Parabéns para as autoras, belíssimo trabalho, que me deixou

feliz, orgulhoso, emocionado e convicto de que estou no
caminho.
Boa leitura! Bruno Rodrigues. 8 de junho de 2019.
“que o dinheiro seja uma justa consequência

do valor que distribuem ao mundo”
Bruno Rodrigues
09
CAPÍTULO 01 Roberta Martines
O PSICÓLOGO COMO
PROTAGONISTA NO SUCESSO
DE SUA PROFISSÃO
Se você é Psicólogo(a) e hoje tem dificuldades em

promover o seu trabalho porque durante toda a faculdade
te ensinaram apenas Psicologia e não te ensinaram como
fazer dinheiro com a Psicologia, quero dizer que eu te
entendo perfeitamente. Eu já passei por isso e sei como é
difícil ter um diploma nas mãos que parece não dar
dinheiro. Esse cenário é realmente muito triste e
frustrante. Como é difícil, depois de anos de investimento
de tempo e dinheiro, ver sua família e amigos
questionando suas escolhas profissionais, mas ao mesmo
tempo saber que ama essa profissão e acredita que ainda
pode conquistar uma vida próspera enquanto ajuda outras
pessoas com a Psicologia. Felizmente, eu consegui virar o
jogo através de três princípios fundamentais de sucesso na
Psicologia, e que falarei no decorrer deste capítulo para
ajudar você a conquistar o seu sucesso como Psicólogo (a).
10
Eu me formei em Psicologia em 2013 e como disse

anteriormente, não tive nada a respeito de marketing e
empreendedorismo na graduação, uma infeliz realidade da
maioria dos Psicólogos do Brasil. O contexto é tão crítico
que alguns professores da área afirmam serem contrários
às práticas de marketing do Psicólogo e sua
autopromoção. Atualmente, eu não sei se alguns desses
temas são abordados nos cursos de graduação em
Psicologia, mas posso garantir que eles fazem muita falta
assim que você se forma e não sabe bem o que fazer e
qual caminho seguir.
O psicólogo que não decide trabalhar em

uma empresa ou em algum cargo público
é sim um empreendedor; não pode
simplesmente sentar em seu consultório
e aguardar os pacientes chegarem,
mesmo que tenha distribuído quinhentos
ou mil cartões de visita (o que nem é
mais recomendável fazer). Devemos ter
consciência de que não há nada de errado
em se autopromover, logicamente
sempre respeitando o código de ética.
11
AUTORRECONHECIMENTO PROFISSIONAL
O primeiro princípio de sucesso na Psicologia é o

autorreconhecimento profissional. É preciso se reconhecer
como o principal e único responsável pelos resultados do
seu trabalho. Mesmo que você tenha condições de
contratar um especialista de marketing para promover o
seu trabalho, por exemplo, você ainda será o principal
responsável pela conquista de novos pacientes/clientes e
pela sua influência na sociedade. Assumir esse
autorreconhecimento irá eliminar possíveis desculpas e
"culpados" que estão te impedindo de crescer.
É essencial você reconhecer sua responsabilidade pelo

número de pessoas que estão procurando o seu trabalho
atualmente. É sua tarefa fundamental garantir que sua
influência alcance um número cada vez maior de pessoas
para contribuir com a sociedade, enquanto você conquista
novos pacientes/clientes. Às vezes, nós Psicólogos nos
sabotamos, temos dificuldade de reconhecer nossa
competência e compromisso com a nossa profissão. Para
ter sucesso como Psicólogo (a), você precisa deixar esses
pensamentos para trás e assumir definitivamente o
comando da sua carreira.
12
MARKETING COM ÉTICA
O segundo princípio de sucesso na Psicologia é o

marketing com ética. As estratégias de marketing, sempre
somadas à ética profissional, são poderosas para promover
seu trabalho e aumentar o alcance da sua mensagem e
influência na sociedade. Com o marketing, você irá definir
seu público-alvo, seu posicionamento, seus diferenciais
como psicólogo e sua estratégia de comunicação.
Uma das estratégias mais poderosas de marketing

atualmente, é desenvolver e promover o seu conteúdo nas
mídias sociais. O objetivo dessa estratégia é se conectar
com as pessoas, para que elas possam se identificar com
aquilo que você está trazendo de conteúdo e também com
você. Por isso, também é importante ser autêntico ao
passar esses conteúdos, pois muitas pessoas irão te seguir
porque também gostaram do seu jeito. Claro que nunca
iremos agradar a todos, mas ninguém é melhor do que
você na arte de ser você mesmo.
Você vai oferecer aquilo que elas estão buscando, se

conectar com a "dor" delas naquele momento. E isso é
muito importante! Por isso é preciso produzir conteúdo de
13
qualidade e com periodicidade, mostrando seu

conhecimento e sua capacidade enquanto Psicólogo
naquela(s) especialidade(s). Outra estratégia eficaz é
promover seu atendimento. Em todos os meus vídeos e
conteúdos para as mídias sociais, por exemplo, eu convido
meus seguidores a entrarem em minha lista de emails, pois
dessa forma, posso enviar mais conteúdo de qualidade e
estimulá-los a agendarem sessões de terapia e coaching
comigo. Por isso não se deve simplesmente produzir e
postar conteúdos, mas é preciso ter um objetivo e uma
estratégia por trás disso!
BUSCA POR EXCELÊNCIA
O terceiro e último pilar de sucesso na Psicologia é a busca

constante por excelência. É preciso aceitar que você pode
ser o melhor e trabalhar para isso, não aceitando ser
apenas mais um, ser medíocre ou mediano, mesmo que
isso signifique trazer novas e desafiadoras
responsabilidades. E como fazer para ser o melhor na
prática? Acredito ser muito importante sempre explorar
novas oportunidades e tendências, como aulas ao vivo, as
famosas lives, os stories no Instagram e os atendimentos
online. Esses são alguns exemplos de ferramentas que não
14
são tão novas assim, mas que para muitos Psicólogos

ainda são uma grande novidade.
Apesar da Psicologia ser uma ciência, quase todos os dias

eu tomo conhecimento de alguma nova ferramenta ou
algum novo tipo de exercício, das mais diversas linhas
teóricas, que podem auxiliar nos tratamentos e/ou
atendimentos. Essas ferramentas estão sendo
desenvolvidas também acompanhando o estado de saúde
mental da população. Então, se diz respeito ao seu nicho,
ao seu público, é muito importante manter seu
conhecimento atualizado. Quando se investe em novos
canais de comunicação, você maximiza e qualifica o
alcance da sua mensagem e influência. Você consegue
alcançar muito mais pessoas, potencializando assim, novos
pacientes/clientes e contribuindo para uma sociedade
mais saudável.
É fato que existe uma carência e até uma certa resistência

em introduzir conceitos de marketing e
empreendedorismo nas graduações em Psicologia no país
afora, o que acaba sendo muito frustrante para a grande
maioria dos (as) psicólogos (as). Porém, é possível
conquistar uma carreira próspera através do seu trabalho
aplicando três princípios fundamentais de sucesso na Psi-
15
cologia, que são o autorreconhecimento profissional, o

marketing com ética e a busca por excelência. Eu sei, por
experiência própria e de colegas, que adotando esses
princípios e outras técnicas e ferramentas que estão
disponíveis na internet, é totalmente possível se tornar um
(a) Psicólogo (a) protagonista no sucesso de sua própria
profissão.
16
Roberta Carréa Martines Rodrigues
É psicóloga (CRP: 06/128075), formada pela PUC/RS, é
especialista em ajudar as pessoas a explorarem seus potenciais
através da Psicologia Positiva. Coach, com formação em
Coaching Psychology pela Academia do Psicólogo. Pós-
graduanda em Psicologia Positiva pela PUC/RS. Tem
especialização em Terapia Cognitivo Comportamental pela
Centre of Excellence, de Londres/UK. Casada, mãe de duas
meninas e sócia na empresa Escola do Marketing Digital.
(11) 9.9876-8942 Roberta Martinesl
/robertamartinesoficial robertamartines.com.br
@robertamartinesoficial
17
CAPÍTULO 02 Alessandra Pedroso
COMO SE PREPARAR PARA AS

ADVERSIDADES DO EMPREENDEDORISMO
OS 7 ERROS QUE PODEM SURGIR NO
PERCURSO DO EMPREENDEDOR
Quando nós, profissionais do crescimento pessoal e da

Psicologia decidimos empreender, nos deparamos com
diversas dificuldades que aparecem ao longo do caminho.
Caminhada que não é fácil e nos pede bastante
flexibilidade mental, autocontrole e manejo das emoções.
As adversidades podem aparecer em momentos
inusitados, mas em geral, os primeiros passos costumam
ser mais desafiadores, já que ainda desconhecemos o
caminho.
Enquanto avançamos, também nos deparamos com

momentos onde acreditamos estar próximos de alcançar
nossa meta e de repente, tudo se modifica! Nosso esforço,
as horas de dedicação, as expectativas de finalizar o
processo de criação para realizar nosso sonhado
lançamento ou início na prática clínica são adiados; esse é
18
um daqueles cenários onde as más notícias não param de

chegar.
O esgotamento físico e mental e o investimento de energia

nos afetam com intensidade! Como enfrentar as
dificuldades e a frustração em momentos assim? O ideal é a
prevenção, buscar conhecer a problemática que envolve o
empreendedorismo na Psicologia, do início até a finalização
de nosso projeto. As possíveis adversidades devem ser
detectadas com tempo hábil para poder ocupar-se delas e
assim evitar preocupar-se depois. Foi pensando nisso que
descrevi esse capítulo, alguns possíveis Erros com os quais
podemos nos deparar no transcurso de nosso caminho
empreendedor.
1- NÃO FAZER UM PLANO DE NEGÓCIOS
O Plano de Negócios é fundamental para todo negócio que

queira se manter em longo prazo. Muitos empreendedores,
motivados e entusiasmados com seus projetos, pecam no
excesso de confiança e se esquecem de detalhes muito
básicos como um bom estudo de mercado, uma estratégia
de localização, um estudo econômico de previsão de
gastos, os passos burocráticos e administrativos
necessários para dar ação ao futuro projeto!
19
2- NÃO FAZER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Este ponto, diretamente relacionado com o anterior,

costuma ser um dos motivos mais habituais do
fechamento de alguns consultórios em seus primeiros
anos de vida. Aqui entram conceitos que não são
dominados por muitos Psicólogos e este desconhecimento
pode marcar a diferença entre o êxito e o fracasso. Após
fazer seu plano de negócios é importante descobrir quais
são suas possibilidades econômicas para montar seu
consultório ou colocar seu projeto no mundo. Vejamos
alguns conceitos importantes:
Custos Fixos
São aqueles gastos fixos, recorrentes e independentes de haver ou não trabalho,
como aluguel, gastos de consumo, transporte, telefone, internet, etc.
Custos Variáveis
São aqueles outros gastos que podem ser esperados ou inesperados, mas não são
recorrentes, como o custo de seu site, um curso de marketing, materiais de
escritório, uma campanha publicitária ou uma janela quebrada que não esteja
assegurada.
Capital de Giro
O item mais importante de todos, aqui se deve levar em conta os fatores
anteriores, e dele depende a possibilidade de garantir e sustentar o negócio nos
primeiros meses, de preferência, no primeiro ano. Ter uma reserva prevista
de dinheiro para manter tudo funcionando naqueles meses de pouco movimento
te dará mais segurança e estabilidade para que possa focar sua energia em outros
pontos fortes para seguir adiante com seu negócio.
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3- QUERER FAZER TUDO SOZINHO(A)
No início do trabalho empreendedor é comum que por

motivos econômicos procuremos fazer tudo nós mesmas
(os); é possível, mas nem sempre aconselhável, já que nós
não podemos ser especialistas em todas as tarefas
requeridas para chegar ao êxito. Se você pode delegar a
outros profissionais assuntos tão importantes como seu
site, o desenho de logotipo e gestão fiscal, verá que seu
tempo se ampliará para outros temas que realmente
dependem só de você, como sua marca pessoal, o
marketing de relacionamento ou as publicações em seu
blog; assim, evitamos a procrastinação e o eterno
desenvolvimento de um projeto que nunca chega ao fim.
4- QUANDO UMA PORTA FECHA ANTES DE

ABRIR OUTRA
Em muitas ocasiões, o Psicólogo (a) tem um emprego

estável em uma clínica, empresa ou centro terapêutico,
mas está sonhando e fazendo planos para efetuar uma
transição ambiciosa e deixar para trás esta “estabilidade” e
investir sua experiência e conhecimentos em um projeto
próprio. Começamos o plano B, colocamos
21
em ação, desenvolvemos nosso projeto com calma,

ocupando nossas horas livres para avançar de forma
segura e consistente. Mas e se de repente, uma porta se
fecha e nos vemos desempregados (a)? Em minha
recente experiência pessoal, embora eu soubesse que
meu posto de trabalho seria finalizado, a empresa me
dava a entender que eu ainda teria uns seis meses mais
de trabalho, mas para minha surpresa me avisam
repentinamente do fechamento da empresa no prazo de
apenas um mês. Depois de quinze anos de trabalho, eu
não teria se quer uma indenização por tempo de
trabalho e me vi com a necessidade de que meu projeto
saísse do ‘stand by’. Meu projeto já estava finalizado em
95%, só faltava colocar meu site no ar, começar com as
campanhas de publicidade e compartilhar meus
conteúdos, que já se encontravam finalizados há dois
meses. E nada, absolutamente nada estava funcionando,
primeiro tive problemas com a plataforma, depois com a
hospedagem da página e para somar e multiplicar o
problema, o web designer perdeu todo o trabalho que
tinha levado tempo para fazer. Nada encaixava, nada
funcionava, mais de três meses de espera por um
projeto que eu havia desenvolvido há dez meses e que
já estava preparado para o lançamento. Era realmente
incompreensível tanta má sorte ao mesmo
tempo. Como convivi com isso tudo? Com perseverança
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e paciência! Chorei, desabafei, me senti impotente e

finalmente aceitei que não dependia de mim, que eu
havia feito tudo a meu alcance e já não tinha mais o que
fazer. Meditei e auto apliquei minhas ferramentas de
trabalho, que incluo em meu método de mentoria para
gestão de emoções, aguentei firme e confiante, com o
pensamento positivo de que tudo só podia melhorar.
5- NÃO DISPOR DE RECURSOS ECONÔMICOS

PARA SEGUIR ADIANTE
É bastante comum que após a graduação, por

insegurança ou falta de oportunidade, o recém-
graduado (a) comece a trabalhar em outra área e na
dedicação a este trabalho encontramos a desculpa ideal
para justificar não realizar o sonho de viver da
Psicologia! É preciso tomar uma decisão contundente
sobre nosso futuro, colocar na balança e medir quais são
nossos reais interesses e valores; não esperar que as
dificuldades se solucionem sozinhas! Meditar com
honestidade se o que lhe impede é realmente a falta de
recurso econômico ou se existe um impedimento
pessoal, como a baixa autoestima ou insegurança. É
importante buscar alternativas, focar na disciplina,
criatividade, colaboração com outros profissionais,
23
aprendizagem de estratégias e persistência. Lembre-se:

você não está sozinho (a)! Existem outras pessoas que
passaram ou estão passando por essas adversidades
também, porém, não desistiram, conseguiram triunfar,
iniciar a prática clínica, formar grupos de estudos, trabalhar
online e viver plenamente da psicologia! Se elas puderam,
você também pode!
6- OS CLIENTES NÃO APARECEM
Segundo minha própria experiência e de outros

companheiros de profissão, os erros básicos dos
Psicólogos são: utilizar as ferramentas de publicidade
clássicas, distribuir cartões de visita, alugar uma sala,
colocar alguma publicação em alguma rede social e
esperar que num passe de mágica os clientes apareçam.
Felizmente, o paradigma da publicidade dentro da
Psicologia está mudando muito e cada vez existem mais
meios para nos aproximar de nossos clientes de uma
forma ética, mas também eficaz. Se você está lendo este e-
book é porque está buscando fazer as coisas diferentes!
Estatisticamente existem centenas de clientes em
potencial para cada Psicólogo formado atualmente,
portanto, seus clientes estão esperando por você e é você
quem tem que aprender a chegar até eles para que eles
24
possam finalmente vir até você. Os clientes não

aparecerão se você não atua de forma proativa para que
isso aconteça; entenda que nada vai mudar em seu
mentor entorno se você continuar fazendo o mesmo
constantemente! É preciso mudança de estratégia e de
mindset.
7- NÃO SABER MANEJAR AS EMOÇÕES NAS

ADVERSIDADES
Um bom terapeuta se ocupa de manter sua saúde

emocional e mental em níveis adequados, isso implica
saber manejar suas emoções, saber ser objetivo com os
problemas externos e poder controlar o estresse que
estes possam produzir. Não somos impermeáveis aos
acontecimentos, principalmente aqueles que nos afetam
de forma profunda porque estão relacionados com
nossa sobrevivência. O Psicólogo e empreendedor deve
cultivar sua saúde mental e emocional frequentando
sessões de psicoterapia, praticando atividades
prazerosas, promovendo sua qualidade de vida, fazendo
supervisão e conhecendo técnicas efetivas para seu
autodesenvolvimento. O empreendedor irá se deparar
com circunstâncias que exigirão bastante autocontrole e
força pessoal, caso contrário, pode se deixar consumir
25
pelas adversidades que envolvem a dinâmica de

empreender. Fácil não é, impossível tão pouco, mas um
Psicólogo com recursos emocionais tem muito mais
possibilidades de chegar ao êxito sem queimar-se pelo
caminho. Se você é proativo (a), mas mesmo assim às
vezes sente que as coisas vão perder o rumo, lembre-se
que existem profissionais que como você já passaram
pelo mesmo e que podem lhe ajudar com uma mentoria
ou acompanhamento personalizado.
26
Alessandra Pedroso dos Santos
É estudante do último ano em Psicologia, pré-colegiada nº
P441, do Colégio Oficial de Psicólogos de Catalunya. Natural de
Ilhéus-Bahia e filha adotiva de Barcelona – Espanha.
Empreendedora e terapeuta, atua com técnicas terapêuticas
complementares há mais de quinze anos. É também
Naturopata e facilitadora de grupos de meditação e yoga.
Idealizadora do projeto de mentoria para Psicólogos e
terapeutas iniciantes.
+34 639 74 39 14
/AlessandraPedrosoAsesorial
@alessapedroso19
alessapedroso.com
27
CAPÍTULO 03 Bárbara Mean
DO CLT AO EMPREENDEDORISMO:
MINHA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
E A CONQUISTA DE UM SONHO
Empreender na Psicologia sempre foi meu sonho, desde

pequena, quando ainda nem sabia o que era
empreendedorismo, só sabia que queria ter meu “próprio
negócio”. Não me recordo de onde veio essa ideia, mas o
importante é que consegui e hoje faço o que sempre
sonhei em fazer. Nesse capítulo, vou contar um pouco
para vocês da minha trajetória profissional e como foi esse
processo de migrar de um trabalho registrado, para a
conquista de um sonho, que é viver do trabalho que eu
amo.
Tudo começou aos doze anos, quando conheci uma

mulher, que era Psicóloga e achei incrível quando ela me
explicou o que fazia. A partir dali, comecei a falar que
queria ser Psicóloga também e comecei a ler sobre
Psicologia em livros. Aos quinze anos a decisão foi tomada,
28
através de uma professora de Psicologia que tive no

Ensino Médio de uma escola pública e que me fez me
apaixonar pela profissão, quando mostrou as inúmeras
possibilidades de áreas que um Psicólogo poderia exercer.
Desde então, não parei mais, e dali em diante, sabia que
era isso que ia fazer. Passei a pesquisar mais sobre a área e
sentia que era a minha profissão! Infelizmente, antes da
faculdade, não achei opções de cursos que eu pudesse
fazer sobre Psicologia para conhecer mais sobre.
Desde nova, também queria ter meu próprio dinheiro,

comecei a vender várias coisas para ter uma renda, e ali eu
já notava uma veia empreendedora, mas só percebi a
importância dessa ação muitos anos depois; aprender a
vender me ajudou muito na carreira da Psicologia. Aos
dezesseis, consegui meu primeiro trabalho formal, em uma
secretaria de escola, como estagiária, através de um
programa para estudantes. E, desde então, não parei mais.
Aos dezoito anos, consegui meu primeiro trabalho
registrado, em outra escola. Ao todo foram quase cinco
anos trabalhando na área de secretaria escolar, em quatro
escolas diferentes. Em paralelo com o trabalho, continuei
durante todo o tempo, vendendo várias coisas para
complementar a renda e eu realmente gostava muito de
vender.
29
Comecei a faculdade de Psicologia um pouco depois de ter

meu primeiro trabalhado registrado. Muitas pessoas
tentaram me desmotivar em relação à profissão,
desacreditavam que eu poderia ter sucesso com ela,
inclusive minha família e até outros Psicólogos me diziam
isso, mas eu sempre acreditei que quando se faz o que
ama, todo o restante, como o retorno financeiro, ou seja lá
o que for ter sucesso (isso é muito particular para cada
um), seria consequência de um trabalho motivado e com
paixão!
Fui ano após ano me apaixonando mais pela profissão e

sabia que realmente a Psicologia estava atrelada não só a
um simples trabalho, mas a toda uma missão de vida. E eu
sempre acreditei, desde aquela época ao iniciar a
faculdade, que a profissão seria muito valorizada num
futuro próximo. No terceiro ano de faculdade, consegui
um estágio na área de Recursos Humanos, o que foi muito
bom tanto na minha vida profissional como pessoal. Aqui,
também, muitos me desencorajaram, achando um
absurdo eu trocar um trabalho CLT por um estágio, mas eu
sabia que eu precisaria fazer alguns sacrifícios e escolhas
naquele momento que lá na frente me gerasse o que eu
realmente queria, que era a experiência na área.
30
Eu sempre tive uma visão positiva das coisas e acho que

posso me considerar teimosa, mas visionária. Fui
contratada para a vaga; ali percebi que meus esforços
estavam trazendo retorno. Tanto que, um ano após ser
contratada nessa empresa, fui efetivada no setor como
Assistente de RH. Nesse momento, aquelas pessoas que
acharam que eu estava fazendo escolhas erradas,
começaram a me ver com “outros olhos” e alguns até
reconheceram que a minha persistência e teimosia
estavam me proporcionando coisas boas. Ponto para mim!
Quase três anos trabalhando na empresa e já no final da

graduação, surgiu uma oportunidade de promoção para
31
outra unidade do Grupo. Pensei muito, pois era uma

oportunidade de ter novas experiências, mas
financeiramente não era tão compensador assim, pela
distância. Fui informada que a unidade que eu estava
prestes a assumir, estava para fechar, pois seria transferida
para o interior de São Paulo, porém o prazo era de um ano.
Mesmo assim, aceitei o desafio, dessa vez com apoio da
família, pois aqui eles já acreditavam mais em mim e na
minha profissão. E fui. Foi um baita desafio e na empresa
que encerraria as atividades em um ano, eu trabalhei por
quase três anos. Esse ponto é muito importante para o que
viria a seguir. Sempre fui econômica e organizada
financeiramente, desde a adolescência, e a partir desse
momento eu comecei a controlar e planejar melhor meu
financeiro.
Terminei a faculdade, e alguns meses depois eu decidi

começar a Pós-Graduação na sequência. Não estava nos
planos, mas surgiu uma boa oportunidade e optei por
fazer. Me formei em Sociodrama e Psicodrama. Nesse
meio tempo, as coisas para o fechamento da empresa
começaram a caminhar e intensifiquei meu planejamento
financeiro, uma vez que na vida pessoal havia feito alguns
compromissos importantes e que demandavam um bom
controle disso. Esse planejamento foi fundamental na
32
minha vida, principalmente quando a transferência da

empresa começou a efetivamente acontecer. Eu me
preparava mensalmente para a possibilidade do meu
desligamento a qualquer momento. Mês a mês eu fazia
contas de quanto tempo conseguiria arcar com meus
custos mesmo sem trabalhar. Fazia esse cálculo todos os
meses.
Surgiu uma oportunidade de voltar para a unidade em que

eu comecei na empresa, porém em outro setor. Nesse
momento, eu já estava finalizando minha Pós-Graduação,
e sabia que era um setor de RH muito Administrativo e
Estratégico, o que ia muito longe do que eu realmente
queria fazer em minha profissão. Aceitei tentar, mas para
quem era da unidade que eu estava, tínhamos um acordo,
a opção de pedir para ser desligado a qualquer momento,
mesmo com a proposta de transferência. Atuei três meses
nesse setor e foram os únicos meses que eu trabalhei
nessa empresa completamente desmotivada; eu sabia que
meu trabalho ali estava chegando ao fim.
Eu não estava feliz, acordava todos os dias desanimada

para ir trabalhar, e já tinha investido sete anos da minha
vida na profissão, então sabia que era hora de sair dali.
Nesses meses, comecei a fazer mais e mais planejamentos
33
de como seria minha vida, com tudo o que estava

acontecendo, pois estava prestes a casar e tinha várias
dívidas por conta disso. Nesse momento, comecei a me
planejar para começar a atuar em paralelo com a área
clínica e minha ideia era pedir para ser desligada após meu
casamento. Porém, nem tudo depende de nós, e três
meses antes do meu casamento, fui desligada. Mas eu
tinha um bom planejamento de tudo, já estava fazendo
algumas atividades como Psicóloga e eu tinha a segurança
financeira de que se nada de dinheiro entrasse nos
próximos doze meses, eu teria como manter tudo aquilo
que eu tinha.
34
Em setembro de 2015, poucos dias após voltar da minha

viagem de casamento, eu já estava com tudo organizado
para atender meus primeiros clientes de Psicoterapia. E
desde lá não parei mais, nem de trabalhar, nem de estudar
muito. Pensei em alguns momentos, logo no início em me
recolocar no mercado, porém, o tempo foi passando e eu
sabia que estava fazendo aquilo que a minha vida inteira
eu queria e sonhava em fazer. E mesmo diante das
dificuldades e desafios que é a vida de uma
empreendedora, fazer o que eu amava era o que me dava
força e motivação de me superar a cada dia e não desistir,
assim como eu não tinha feito em nenhum outro
momento, quando eu acreditei que valia a pena o que eu
estava fazendo.
No ano seguinte do início do meu próprio negócio, fiz duas

formações de Coaching e outros cursos, também participei
de eventos de empreendedorismo e pouco a pouco fui
construindo minha carreira empreendedora e hoje vivo do
meu sonho! Se você tem um sonho e sente que aquilo é
importante para você, não desista tão fácil! Acredite em
você, mesmo que você seja a única pessoa que acredita,
pois isso é o mais importante mesmo! Depois, planeje
muito suas ações. O planejamento, a disciplina, o foco,
entre outras coisas, foram fundamentais para que eu
35
pudesse me manter realizando o que eu queria e o que era

mais importante na minha vida: que é acordar a cada dia
feliz com minhas escolhas, feliz por fazer o que amo, saber
que meu trabalho está atrelado a minha missão de vida e
que eu posso dizer que consegui viver do meu sonho, viver
do meu propósito e aqui estou hoje para dividir isso com
você. Espero que minha história possa incentivar você e
tantas outras pessoas que têm o mesmo objetivo e sonho
que eu.
36
Bárbara Mean de Araújo
É Psicóloga (CRP 06/118343), Psicodramatista e Coach de
Mulheres. Apaixonada pela profissão e pelo Empreendedo- rismo,
sua missão e visão é promover o desenvolvimento humano e o
crescimento pessoal, levando mais qualidade de vida e bem estar,
para seres humanos no mundo, através do cuidado da saúde
mental e emocional. Com ampla experiência em atendimentos
online, realiza atendimentos para brasileiras pelo mundo. Além da
Psicoterapia Online, Bárbara oferece os serviços de: Coaching de
Carreira e Life Coaching; Consultoria e Mentoria de Carreira para
Psicólogas; Mentoria para Empreendedoras; Além de, Supervisão e
Cursos Online na área de Psicologia, Psicodrama e Atendimentos
Online.
(11) 9.4126-1431 @meanpsicologia

/meanpsicologia meanpsicologia@yahoo.com.br
Bárbara Mean
37
CAPÍTULO 04 Larissa Markewicz
EMPREENDER EM SOCIEDADE:
DE PRESTADORA DE SERVIÇOS
À DONA DO MEU NEGÓCIO
Que loucura seria pensar alguns anos atrás que eu poderia

escrever um capítulo de um e-book, principalmente por
nem saber o que era um. Costumo dizer que eu fui
escolhida pela Psicologia, já que até hoje não sei explicar
como cheguei à essa graduação, mas tenho certeza que o
amor foi capaz de manter essa decisão até hoje, e será
sempre! Minha jornada com a Psicologia, assim como da
maioria, incluía, segundo alguns professores, a
impossibilidade de sucesso profissional nos primeiros dez
anos; crença que vinha de uma figura de autoridade,
também psicólogo e profissional formado há anos. “Só
poderia ser verdade”, acreditava eu naquela época.
Com o tempo, percebi o quanto minha forma de pensar

reforçou algumas crenças e a força delas em minha
existência. Ao escutar o professor dizer que "psicólogo só
38
começa a fazer sucesso depois de dez anos de formação”,

guardei tal informação como uma verdade absoluta
durante anos, mesmo o meu caminho me mostrando o
contrário. Ao terminar minha graduação, já iniciei meu
trabalho como prestadora de serviço numa clínica, um
trabalho exclusivo com convênios. Uma pequena
porcentagem me era repassada apenas quando os
convênios pagavam a clínica, ou seja, mal dava pra cobrir
minhas despesas de deslocamento e alimentação.
Mas persisti, aprendi muito, ganhei experiência, e surgiu

uma oportunidade numa clínica que fazia pagamento
mensal daquela mesma porcentagem, pensei ter
encontrado o “céu dos psicólogos”! Receber todo mês, que
luxo! E permaneci atendendo nas duas clínicas. Algum
tempo depois, surgiu uma oportunidade única, trabalhar
numa ONG, com carteira assinada, perto da minha casa e
bem remunerada! “Agora sim cheguei no céu de vez”,
poder sair de casa e em menos de quinze minutos chegar
ao local de trabalho, poder almoçar em casa, que sonho!
Organizei-me quanto aos meus atendimentos nas clínicas,

outros profissionais foram colocados em meu lugar e fui
Psicóloga Social por um ano. Que momento de
aprendizado singular! Quanta coisa essa experiência me
39
proporcionou! Ao término do contrato com a ONG, me vi

tendo que voltar a prestar serviço, era final de ano, “época
onde os pacientes somem”, então como uma boa
brasiliense, decidi estudar para um concurso público, mas
a verdade é que nunca me dediquei o suficiente para ser
aprovada. Esse universo não fazia sentido algum pra mim.
E foi no dia da última prova de concurso público, que
surgiu mais uma oportunidade para o trabalho clínico, uma
amiga estava saindo de uma sociedade e me ofereceu a
vaga dela. Graças ao meu trabalho na ONG, eu tinha o
valor necessário para investir na compra da cota.
Nessa época eu estava noiva; eu, meu noivo e minha mãe

decidimos por fazer o investimento na sociedade, que me
renderia emprego até quando eu quisesse, ao invés de
uma festa de casamento de alto padrão. Não preciso nem
dizer que a escolha foi muito assertiva, sem contar que o
casamento também foi um sucesso! Com minha entrada
na sociedade, comecei a ter contato com coisas que eu
nem sabia que existiam, rotinas administrativas, impostos,
responsabilidades completamente diferentes das de
prestadora ou de funcionária. Confesso que inicialmente
fiquei um pouco acomodada por estar numa equipe
grande, então me deixava levar pelas decisões dos sócios
mais antigos.
40
Aos poucos, metade da equipe mudou e diversas questões

emergiram; procurei aprender um pouco mais sobre a
rotina de uma empresa, e as possibilidades de atuação do
Psicólogo no campo dos negócios. Eu precisava me
empoderar de minha nova versão de sócia-proprietária de
uma clínica de Psicologia! O Marketing para Psicólogos
passou a fazer sentido e me inscrevi no curso, que em
diversos momentos me trouxe uma ampliação de
consciência que incomodava e trazia medo, mas que ao
mesmo tempo se fazia necessária; e não somente no
campo individual, mas pensando na clínica, na equipe e na
sociedade como um todo.
41
O curso se ajustou de tal maneira, que as mesmas

questões que emergiram em mim, também estavam se
apresentando como figura para diversos sócios, cada um
ao seu tempo, cada um com sua percepção, mas a maioria
incomodados e querendo melhorias, querendo novidades
e desejando fazer diferentes formas de Psicologia. Juntos,
percebemos a necessidade de mudanças reais, que
extrapolassem o campo do imaginário e fossem postas em
prática; desde as decisões das reuniões até os
questionamentos necessários sobre a cultura
organizacional que se criou ao longo dos anos de
existência da clínica.
Hoje somos dez sócios numa clínica formada

exclusivamente por gestalt-terapeutas. Cada um
atendendo com sua forma de ser no mundo, uns realizam
atendimento a crianças, outros atendem adultos, casais,
idosos e fazem orientação vocacional, aplicando testes.
Começamos um trabalho maior nas redes sociais,
modificamos nosso site, modernizamos nossa logo
mantendo a essência. Temos aprendido a criar fluxo de
caixa, a organizar todos os procedimentos administrativos
que existem na clínica, estabelecemos um calendário
anual de reuniões, organizamos a “papelada”, temos
sonhos e metas a serem alcançados e que hoje sabemos
42
que possivelmente todos se tornarão realidade.
Estamos entendendo que somos mais que Psicólogos

clínicos, somos empresários da e na Psicologia,
dependendo de nós que as coisas aconteçam de fato, que a
nossa profissão seja vista e que ela alcance um maior
número de pessoas. Falo no presente porque creio que
após esse início, será difícil definir um término para esse
movimento, e tomara que não termine mesmo! Tomara
que cada vez mais os psicólogos e as pessoas como um
todo, percebam a importância da psicologia em suas vidas.
O fato é que existe muito a ser feito e temos que fazê-lo

respeitando a individualidade de cada sócio ou parceiro, por
43
vezes temos que lidar com a frustração de nossas

propostas não serem aceitas pela maioria. Sem contar as
surpresas que acontecem, manutenções e compras que
devem ser feitas, o cuidado com o espaço físico, com a
organização pessoal e do espaço que é compartilhado por
todos, e vez ou outra esquecer a chave e ter que pedir
socorro para o sócio que estiver mais próximo. Somos dez
numa clínica hoje formada apenas por sócios, convivemos
em harmonia, nos respeitamos, estamos aprendendo
muita coisa nova na área empresarial e principalmente,
amamos o que fazemos e não temos intenção alguma de
desistir!
44
Larissa Oliveira Markewicz
É Psicóloga (CRP 01/17947), formada pela Universidade
Paulista de Brasília - UNIP. Especialista em Psicologia Clínica
na abordagem da Gestalt-Terapia pelo Instituto de Gestalt-
Terapia de Brasília - IGTB. Formação em Resolução e Mediação
de Conflitos pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação -
ENAM. Experiência na área social (atuou como Psicóloga Social
numa ONG ministrando palestras e realizando acolhimento,
encaminhamento e orientação aos beneficiários). Experiência
no atendimento clínico de crianças e pacientes bariátricos.
Atua como psicóloga clínica no atendimento de jovens e
adultos. Sócia na Contato Consultoria e Psicologia. E agora,
coautora desse e-book.
(61) 9.9100-7305 www.contatopsi.com.br

@larissamkz.psi
45
CAPÍTULO 05 Suiani Fustinoni
EMPREENDEDORISMO SOCIAL
Empreendedorismo Social - conheci essas palavras juntas

há pouco tempo e fiquei muito feliz com esse encontro,
pois foi o que proporcionou representar algumas ideias
que eu já tinha e que ainda não estavam organizadas. Vou
compartilhar algumas delas aqui com vocês e a partir disto
vamos construindo esse diálogo sobre a questão do
Empreendedorismo na Psicologia. A ideia de que a
Universidade e a sociedade precisam ter um canal de
comunicação é indispensável. Mas como assim? Qual a
relação?
Quando vamos para uma universidade entramos em

contato com um saber, construímos um conhecimento a
longo prazo. São estudos que vão de três a seis anos de
formação. E ainda saímos de lá sentindo que precisamos
aprender mais. Na Psicologia, pela complexidade da nossa
46
atuação, isso é muito intenso. Mas uma coisa é fato: não

podemos ignorar que já temos um conhecimento (mesmo
que inicial) significativo. Algo que as pessoas que não
cursaram Psicologia não fazem nem ideia.
“Se você se formou tem no mínimo cinco

anos de estudos e de conteúdo”
Bruno Rodrigues
Observo que isso se torna ainda mais significativo quando

voltamos nosso olhar para a sociedade e nos
questionamos sobre a maneira que o nosso saber pode
contribuir. “Se eu estudei tanto, como posso melhorar o
meu entorno? Minha comunidade, minha escola, posto de
saúde, praça, entre outros, o meu território?”. Qual o
sentido de ter um conhecimento que não possa ser
compartilhado para auxiliar outros que ainda não tem? Ao
pesquisar, descobri que o empreendedorismo social tem o
objetivo de estabelecer benefícios permanentes para a
sociedade. O objetivo principal do empreendedorismo
social é promover a atuação para uma parcela da
sociedade que encontra dificuldades ou algum tipo de
carência.
47
Esse empreender busca resgatar as pessoas que correm

algum risco social, a melhora da condição de vida, a
inclusão e até emancipação social.

Esse objetivo vai ao encontro do nosso propósito na
Psicologia, que é o de promover a saúde emocional. Trazer
um diálogo para o debate e afirmar que a comunicação é a
melhor maneira de lidar com as nossas dificuldades.
Estamos acompanhando situações catastróficas
referentes ao comportamento humano e é importante que
nos posicionemos diante desses fatos e busquemos
alternativas viáveis para contribuir com a melhora
almejada.
Sabemos que muitas dessas catástrofes poderiam ser

evitadas se tivéssemos uma educação emocional, ou
algum espaço que pudesse favorecer o diálogo acerca das
questões de nossa vida no cotidiano. Talvez esses espaços
ainda não existam porque tal importância precisa ser dita e
repetida. E quem tem essa voz para se posicionar somos
nós, profissionais de saúde mental. Por isso a importância
de vencermos nossas barreiras internas de timidez,
desvalia, por exemplo, para que possamos contribuir para
o desenvolvimento de outras pessoas.
Há pessoas que estão em sofrimento e nem, ao menos, sa-
48
bem reconhecer essa situação e as possibilidades de

conseguir sair dela. Dizer de saúde mental ainda é recente,
ainda causa estranhamento e resistência.
Gosto de pensar em aproveitar a ideia do nicho para iniciar

esse empreendimento, pois dessa forma já realizamos um
recorte do assunto que queremos abordar. Outra
alternativa é você fazer um levantamento no seu bairro ou
cidade para saber quais são as principais dificuldades
daquelas pessoas e poder propor alguma solução que as
ajudem a enfrentá-las e ao mesmo tempo diminua
fragilidades pessoais e sociais.
Caminhando nesse desenvolvimento chegamos a mais um

ponto importante: o lucro, o dinheiro, a ideia de obter
algum ganho financeiro. No empreendedorismo social o
principal objetivo é pelo valor que está sendo agregado e
não pelo dinheiro. É comum que um empreendedor vise
uma oportunidade que gere lucro e manter sua procura
por oportunidades rentáveis. Porém, no empreende-
dorismo social o ganho financeiro não é o primeiro
objetivo do foco da atuação, mas ele também não é
desconsiderado.
O alvo é a população carente, desfavorecida socialmente
49
que não tem recursos pessoais e nem financeiros para

iniciar a sua mudança de forma individual ou com auxilio.
Em nosso trabalho conseguimos nos organizar para

promover essas duas frentes e conseguir atingir um
número maior de pessoas que podem se beneficiar do
nosso conteúdo. A estrutura do empreendedorismo social
acontece pela formação de três componentes principais:
A identificação de um acontecimento ou local que

excluí uma parcela de sujeitos da sociedade, onde o
seguimento dessa sociedade promove sofrimento e
com a atuação intencional pode gerar transformação no
coletivo ou no singular.
Identificação de uma situação que se apresenta como

problema, desenvolvendo atuação criativa e ação de
melhoria.
A criação de uma situação que apresente um equilibrio,

de espaço para um potencial inexplorado até então e
alivie o sofrimento daquele grupo alvo. Assegurando
efeitos dessa atuação que percorrem em gerações
naquele espaço micro até o macro da sociedade em
geral.
O principal aqui é agregar valor, o empreender que

impulsiona o progresso econômico em várias esferas
sociais; por exemplo, na economia, na política, na educa-
50
ção, na saúde e no lazer. Ele não é estático, aqui o

movimento é constante.
O empreendedor vai identificar uma oportunidade de

material, produto ou negócio e organizar sua
implementação. O empreendedor espalha suas ideias, há
uma espécie de explosão criativa que transforma aquele
núcleo a sua volta e pode se expandir para maiores, como
um efeito em cadeia que ventila e renova os propósitos e
promovem mudanças à curto, médio e longo prazo.
E QUEM SERIA ESSE EMPREENDEDOR?
Alguém que tenha o perfil de ter o desejo de sempre

iniciar algo ou promover mudanças. Sua atuação tem
impacto na economia e ele responde à ele com
criatividade e visão de outras oportunidades. É alguém
atendo ao seu meio e com o desejo de melhorá-lo.
COM QUANTAS IDEIAS, PROJETOS E AÇÕES,

NÓS PODEMOS CONTRIBUIR?
As ferramentas de marketing podem ajudar na

organização do nosso conteúdo e do público que quere-
51
mos atingir. Descobrir o próprio nicho pode ser um ponto

de partida para o desenvolvimento do nosso trabalho de
empreender. O empreendedorismo social se diferencia do
ativismo e da assistência social, pois nesse caso o
empreendedor possui criatividade, visão sistêmica e
analítica, inspiração, criatividade e coragem. Os ativistas
sociais costumam ter uma ação indireta, recorrendo às
Ongs, consumidores, colaboradores entre outros para
depois propor um serviço às pessoas. É apenas um jeito
diferente de mostrar o trabalho.
O empreendedor social e que seja um psicólogo, como

aqui nesse diálogo está sendo proposto, é um profissional
que realiza o contato direto com seu público. Por exemplo,
52
ele pode ter materiais gratuitos que vão ajudar naquela

parcela de pessoas, conteúdos que vão auxiliá-las na
construção do exercício da cidadania porque vão ajuda-las
a construir seu posicionamento de sujeitos inseridos num
meio social. Acredito que é um trabalho bem amplo e que
pode funcionar com qualquer público, faixa etária e
proposta.
MAS, AFINAL, O QUE ISSO TEM A VER COM

A GENTE?
Talvez para outras áreas o lucro seja algo tão importante

que não consiga abrir mão num primeiro momento. E
talvez a Psicologia possa continuar contribuindo nesse
movimento de fazer o exercício de olhar para a
subjetividade e também para o coletivo onde estamos
inseridos.
É uma ferramenta pouco explorada e acredito que auxilie

muito em nosso processo de descoberta do impacto que
podemos causar nas pessoas. Amenizar os problemas da
sociedade. Alguém que observa a negligencia e deseja
ultrapassá-la.
Acredito que nós temos muito ainda a explorar dentro
53
dessa perspectiva e mais ainda em promover benefícios

para um número maior de pessoas.
54
Suiani Oliveira Fustinoni
É Psicóloga (CRP 06/123188), pedagoga e psicanalista. Iniciou seus
estudos numa cidade do interior de São Paulo e depois deu
continuidade na capital. Sempre gostou muito de crianças e isso a
possibilitou ingressar no curso de Pedagogia, seguir com o de
Psicologia e se aprofundar na formação em psicanálise. Estudando
as relações familiares e suas configurações, observou como alguns
comportamentos contribuem para algum tipo de adoecimento no
corpo (psicossomática) e sobre como oferecer um bom tratamento
para dar uma oportunidade para que aquele sujeito conquiste sua
saúde ou melhore sua qualidade de vida. Realiza atendimento
clínico a todas as idades, e tem certa aproximação com os idosos.
Gosta de literatura, teatro e esportes. Encontrou no
empreendedorismo social uma maneira de atingir mais pessoas com
o seu trabalho e contribuir de alguma forma para a saúde da
sociedade. Acredita que quanto mais a gente se cuida mais
agradáveis ficamos para nós mesmos e para aqueles que estão ao
nosso lado. Atende na região da Vila Mariana e em Pinheiros,
também realiza supervisão individual e grupo de estudos em
Psicologia Hospitalar.
Suiani Fustinoni /suani.psicologa
suiani.psicologa@gmail.com @saudenodiva
55
CAPÍTULO 06 Luciana Belizário
EMPREENDEDORISMO E CARREIRA
DO PSICÓLOGO SOB A ÓTICA DA
CONSTELAÇÃO FAMILIAR
SISTÊMICA
O Empreendedorismo na Psicologia é um movimento

relativamente novo na profissão. Durante a graduação, os
estudantes de Psicologia aprendem sobre diversas teorias
e técnicas, sobre o comportamento humano, as emoções,
os transtornos psicológicos e sobre como podem auxiliar
um indivíduo em sofrimento psíquico, mas o curso não nos
ensina a empreender! Muitos talvez nem saibam o
significado do termo Empreendedorismo, que está
relacionado à criação de algo novo e diferente dentro de
um mercado, trazendo inovações e formas de repensar as
práticas dentro de uma área.
Para empreender na Psicologia é preciso que os

Psicólogos sejam criativos e destemidos, pois eles são o
seu próprio instrumento de trabalho e deverão mostrar ao
grande público o quanto esse trabalho é importante para a
56
população. Na Psicologia, o que vemos são profissionais

que terminam o curso sem muitas perspectivas com
relação ao mercado de trabalho e logo pensam em atuar
na área clínica, reforçando a ideia de que o trabalho do
Psicólogo se restringe ao consultório. Montam um
consultório, distribuem cartões de visita e aguardam os
clientes. Esse é um comportamento padrão de muitos
profissionais. Mas, o que tem de errado nisso? Esse
comportamento sem iniciativa, de esperar o outro e, até
mesmo de se esconder, não se posicionar na profissão,
negando à população o direito de conhecer os benefícios
da nossa profissão. A não divulgação do seu trabalho está
ligada ao fato dos Psicólogos não terem conhecimento de
estratégias sobre como empreender, mas também está
relacionado a dificuldades de ordem pessoal dos
Psicólogos.
O Psicólogo é também humano e como tal, possui uma

história de vida que pode ser atravessada por diversas
questões. Um dos pilares da Psicologia é a terapia pessoal
do Psicólogo. Cada abordagem psicológica vai nos mostrar
uma explicação para aquela demanda específica do
profissional. De acordo com a técnica da Constelação
Familiar Sistêmica, criada pelo alemão Bert Hellinger,
entendemos que a ausência de empreendedorismo pode
estar vinculada a uma desordem que se origina no siste-
57
ma familiar do Psicólogo. Ele entende que há um

emaranhamento sistêmico, ou seja, conflitos não
resolvidos na família daquele profissional que podem
influenciar na vida dele, o impedindo de fazer o
movimento de crescimento e de prosperar na profissão.
Por lealdade a um parente, de maneira inconsciente, o
Psicólogo repete um padrão de comportamento, um
destino difícil que ocorreu com este familiar no passado.
Esta dinâmica ocorre porque a pessoa, no caso o
Psicólogo, desrespeita o que Bert Hellinger descreveu
como as Três Leis Universais dos Relacionamentos.
As três leis universais são a Lei da Ordem, a Lei do

Pertencimento e a Lei do Equilíbrio. A Lei da Ordem
significa que cada pessoa tem um lugar em seu sistema
familiar. Quando algum membro da família sai do seu
papel, alterando a ordem do sistema, podem surgir
consequências, dificuldades na vida do indivíduo causando
mal estar e um peso maior do que ele é capaz de suportar.
De acordo com a teoria sistêmica, é preciso respeitar a
linhagem, compreendendo a importância de quem veio
primeiro, ou seja, as gerações anteriores.
A Lei do Pertencimento diz respeito ao fato de que todos

pertencem ao sistema. Nenhum membro da família deve
ser excluído ou esquecido. Algumas famílias negam esse
58
ser excluído ou esquecido. Algumas famílias negam esse

direito a um indivíduo por vergonha ou raiva dele. Esse
movimento de exclusão provoca uma tensão na dinâmica
familiar. Essa tensão só irá se extinguir quando o excluído
é incluído no sistema.
Já a Lei do Equilíbrio corresponde à reciprocidade nos

relacionamentos. O Dar e receber é fundamental para que
as relações sejam harmoniosas. Um relacionamento no
qual só uma pessoa está disponível para receber e a outra
só para dar, sem que haja uma troca está fadado ao
fracasso. Os seres humanos precisam uns dos outros, mas
é necessário que ocorra um equilíbrio para que as relações
sejam saudáveis, possibilitando o crescimento pessoal.
59
A força do pai e da mãe no sistema familiar é um aspecto

muito importante a ser considerado na técnica da
Constelação Familiar. Dizemos que ao olhar um individuo,
nós vemos metade sua mãe e metade seu pai. Se uma
pessoa rejeita seu pai ou sua mãe, ele rejeita uma parte
sua, o que lhe causa muito sofrimento e dificuldades,
impedimentos na vida. Para Bert Hellinger, os pais nos
deram o maior presente de todos: A VIDA. Mas antes disso,
eles eram apenas um homem e uma mulher que se
encontraram cada um com sua vasta e intensa bagagem (a
força da história de suas famílias). Eles são os pais
perfeitos para seus filhos. O essencial foi dado. Devemos
sempre expressar gratidão aos nossos pais pela benção da
vida, pois sem eles não estaríamos aqui. Além disso,
devemos deixar de lado os julgamentos com relação às
ações deles. Quando julgamos nossos pais, nós estamos
burlando as leis universais dos relacionamentos também
conhecidas como ordens do amor.
Os pais são muito representativos no sistema familiar.

Segundo Bert Hellinger, o movimento de buscar
prosperidade e dinheiro está relacionado a mãe. A mãe nos
gerou e nos deu o nosso primeiro sustento, força para ir
para vida, para crescer. Já o pai representa nossa profissão.
Ele é o símbolo da expansão, de movimento. Se uma
pessoa rejeita seus pais, ele rejeita a si mesmo (lembra da
60
combinação 50% pai e 50% mãe?) se sente vazio, sem

propósito de vida, trocando várias vezes de profissão ou
não se comprometendo com nenhuma atividade
profissional. Para ter sucesso e êxito na vida é preciso
aceitar os pais. Isso não implica aceitar as negligências ou
irresponsabilidades que eles tenham cometido e sim
aceitar que eles foram perfeitos do ponto de vista da
existência humana e da vida. Sem eles não teríamos
nascido.
Quando aceitamos os nossos pais, a vida flui naturalmente,

o dinheiro também e sentimos a sensação de realização na
vida. Fazer as pazes com o passado é libertador e libera a
pessoa para um futuro mais leve e feliz. O dinheiro, de
acordo com a visão sistêmica é uma energia de
agradecimento. Se ele não aparece é sinal de que é preciso
olhar para história pessoal com atenção. Quando
trabalhamos, nós estamos fornecendo algo para outra
pessoa (um serviço, um conhecimento) e esta ação é
retribuída com dinheiro. Esta relação precisa ser
equilibrada e justa para todos os envolvidos. O meu serviço
não pode ser nem caro, nem barato demais do que o
benefício que ele pode propiciar.
É preciso olhar para o dinheiro com gratidão e dar um

significado ao trabalho.
61
Qualquer trabalho bem-sucedido está a serviço da vida.

Trabalhar sem amor ao que se faz será difícil, desanimador
e provocará um sentimento de infelicidade. A pessoa que
se sente desconfortável ao falar de dinheiro ou cobrar pelo
trabalho precisa rever suas crenças. O objetivo da
Constelação Familiar é trazer à tona as influências das
dinâmicas familiares em nossas vidas e as complicações
que elas trazem quando não são olhadas com respeito e
carinho, uma vez que fazem parte do nosso sistema. A
constelação familiar não está baseada em achismo,
misticismo ou forças sobrenaturais. A teoria está
embasada nos estudos sobre terapia familiar, tendo como
referência o trabalho da Psicoterapeuta norte americana
Virginia Satir e o estudo dos campos morfogenéticos, de
Rupert Sheldrake, um biólogo britânico.
A técnica da constelação familiar pode contribuir muito

para o desenvolvimento pessoal dos Psicólogos. O método
pode ser combinado com a terapia do Psicólogo,
auxiliando a ultrapassar as barreiras que o impedem de
crescer profissionalmente. O psicólogo interessado em
conhecer a técnica pode optar por participar de um grupo
de constelação, no qual existem pessoas que irão
representar figuras de seu sistema familiar e ele será
constelado, ou seja, ele irá escolher um tema, como
dificuldades na profissão para olhar para o seu sistema.
62
O constelador, aquele que será o responsável por conduzir

esse processo, usará o seu conhecimento para observar
como o inconsciente familiar atua no grupo e fará as
intervenções necessárias, utilizando os exercícios
sistêmicos e as frases de solução.
Uma outra maneira de fazer uma constelação é

individualmente utilizando como recurso bonecos que
serão os representantes familiares. É importante dizer que
uma constelação não é a solução para todos os problemas.
O Psicólogo que passa por esse processo precisa entrar

em contato com a sua história e isso nem sempre é fácil.
63
Muitas vezes o Psicólogo, também conhecido como

cuidador ferido tem um passado doloroso e foi isto que o
conduziu na escolha da profissão. Olhar o modo de
funcionamento do seu sistema e aceitar isso não é uma
tarefa fácil. Os efeitos da constelação são sutis, aos poucos
irão reverberando na vida do profissional e
consequentemente em sua carreira.
O Psicólogo sentirá as mudanças em sua postura, no seu

movimento de ir para a vida, percebendo que embora o
passado da sua família seja pesado, ele não pode modificá-
lo, tampouco, carregar o peso com ele. O movimento certo
é o de olhar para o futuro, de aceitar que o que aconteceu
era a única coisa possível no momento e que é preciso
respeitar o movimento dos seus ancestrais. Bert Hellinger
se refere ao trabalho de constelação familiar como a cura
da alma. É um trabalho simples, direto e profundo, no qual
a gratidão ao nosso passado e a tarefa de amar o real em
cada um são os grandes responsáveis pela mudança. O
profissional que compreende e aceita o seu lugar no
sistema familiar encontra o seu lugar no mundo, fazendo
escolhas mais conscientes que lhe permitam prosperar na
carreira transmitindo o seu conhecimento e contribuindo
para a humanidade.
64
Luciana Karla de Araújo Belizário
É Psicóloga Clínica (CRP 05/37080). Formada pela
Universidade Estácio de Sá em 2008. Especialista em Gestalt
Terapia pelo Centro Universitário Celso Lisboa. Especialista em
Psicopedagogia pela Universidade Cândido Mendes e
Consteladora Familiar Sistêmica em Formação. Iniciou a sua
carreira profissional na clinica infanto-juvenil e começou a
desenvolver um trabalho de orientação aos pais com relação
às dificuldades presentes nas dinâmicas familiares. Atualmente
o seu trabalho se dirige a Psicoterapia para adultos, sob o olhar
sistêmico da constelação familiar. Atua em São Gonçalo,
Niterói e no centro do Rio de Janeiro.
@lucianabelizariopsi
lbelizariopsi@gmail.com
65
CAPÍTULO 07 Ninita Lucena
EMPREENDEDORISMO: A
ALMA DA PSICOLOGIA
Assim como o violino precisa de alma em seu interior para

emitir sons deslumbrantes e que toquem os corações
transmitindo sentimento anímico, a Psicologia necessita
das funções próprias da alma, funções estruturais e
acústica.
A função estrutural trata da organização, estrutura,

constituição das partes no todo. Isto é a base formativa de
algo ou de alguma coisa. Podemos considerar a partir das
funções dos hemisférios cerebrais as execuções
específicas de cada hemisfério na diversidade de tarefas a
se realizar. Sabendo que o hemisfério esquerdo é
responsável pela razão, lógica, funções verbais e
globalização, o hemisfério direito se encarrega do
comportamento místico, intuitivo, arte e orientação
espacial. Os dois hemisférios dão conta, portanto, das
66
partes e do todo, da estrutura e da acústica, que se

complementam num ser que é soma - alma e espírito,
respectivamente.
A acústica marca a voz vibrante que dá sentido, toca

corações, desperta para a vida, reestrutura os paradigmas
responsáveis por crenças limitantes que aprisionam o ser,
entulhos que dificultam a nossa jornada. A voz humana,
com sua acústica, transforma-se em palavras, estruturas
verbais que criam um campo de ação que une alma
e empreendedorismo em um gatilho que dispara a ação
para o desejo do conhecimento e da descoberta, num
olhar focal e periférico, visualizando novos campos de
atuação.
O empreendedor é um realizador de sonhos que coloca

em prática novas ideias por meio da criatividade. São
pessoas que dão a volta por cima e conseguem
transformar crises em oportunidades. Ninguém nasce
empreendedor, o empreendedor se constitui através de
estudos, convivendo com pessoas empreendedoras,
saindo da zona de conforto na busca dos seus sonhos e do
sucesso. Sem conhecimento não há experiência e sem
experiência não há conhecimento. Os dois andam de mãos
dadas. Conhecer é um acontecimento que se estabelece
67
na relação viva com o objeto que se encontra

com algo novo para se recriar. O Psicólogo empreendedor
faz uso das funções executadas pelos dois hemisférios.
A psicologia com alma é formada por profissionais

empreendedores, na diversificação de possibilidades que
se descortinam cada vez que um novo olhar enxerga além
do padronizado. Ver não é a mesma coisa que olhar. Olhar
é enxergar detalhes que fazem a diferença. O
Empreendedorismo na Psicologia, impulsionada pelo
Marketing, vai criando, recriando, garimpando
possibilidades, estudando, pesquisando e se constituindo
livre, sentindo-se, assim, empoderada, interativa,
contagiante e contagiada, sem esquecer da ética
na ultrapassagem aos limites do aprendizado da academia.
É um salto quântico que desvenda espaços nunca
imagináveis.
68
Independente das abordagens da Psicologia, nasce um elo

de união que possibilita avanços. Elo que se chama
Empreendedorismo. O espírito empreendedor tem sede de
sucesso, valoriza o trabalho e o que ele traz de retorno.
Ensina a se administrar a vida financeira na certeza de que
fazemos jus ao que ganhamos. A Psicologia Sem
Fronteiras tem como meta principal dar oportunidade aos
psicólogos para conhecerem novas formas de viver, não
somente da clínica, mas da Psicologia, abrindo um leque
de oportunidades que avançam na direção do sucesso.
Trata-se de uma mudança de mentalidade e de ótica que

propicia o crescimento e a autorrealização. Impulsiona a
certeza de que é possível se viver da Psicologia realizando
o sonho um dia sonhado: sonho de ser Psicólogo.
Às vezes, com as dificuldades surgidas, o profissional que

tanto se esforçou e sonhou com a Psicologia, se frustra,
chegando até a pensar em um emprego ou mudar para
outra área, visando sobreviver. Porém, ao se ver como
empreendedor, adquire o potencial para ressignificar as
ações e, de avanço em avanço, o entusiasmo se faz
presente com intensidade, gerando um profissional
realizado com a profissão e consigo mesmo. Entrei neste
caminho e ainda estou avançando, mas hoje, acredito ser
69
possível viver bem da psicologia sendo uma profissional

realizada, atuante e feliz. Daí ter propriedade para ratificar
que o empreendedorismo é a alma da Psicologia.
70
Maria das Dores Lucena
Fernandes Marques
É Psicóloga (CRP 17/2173). Nascida em Natal – RN, é Pedagoga,
Psicanalista, Empreendedora, Escritora, Poeta e Amante da
Vida!
(84) 9.9969-1495
ninitafernandes@yahoo.com.br
NinitaLucena.Psicuidando
@lucenaninita.psi
71
CAPÍTULO 08 Viviane Maciel
A IMPORTÂNCIA DO
AUTOCONHECIMENTO
Assim como se preparam os músculos e eles respondem

com o tempo, nossa cognição, nossos comportamentos e
nossas emoções podem ser descobertas e investigadas
com um tempo de investimento pessoal. Nada, nada
mesmo é feito do dia para a noite. Aliás, o
autoconhecimento deve ser um processo longo e
duradouro. Pode até ser motivado por um concurso, um
filho ou um sonho realizado, mas deve ser focado em uma
melhora da sua qualidade de vida; consequentemente, as
outras áreas da sua vida melhorarão.
A SEGUIR ALGUMAS
DICAS PARA GUIÁ-LO
NA SUA BUSCA PELO
AUTOCONHECIMENTO:
72
1- SEJA SEU PRÓPRIO REFERENCIAL
Mas se vivemos com as outras pessoas, se precisamos

delas para nos relacionar, em quem devo me basear, no
outro ou em mim? Em VOCÊ! O outro serve para nos
ajudar a expressar o que temos de valores, de crenças, de
hábitos, etc. Precisamos ser sempre o nosso próprio
referencial. Confiar em você, se conhecer e saber o que
quer de verdade, te ajuda a ser melhor com as pessoas.
Não vivemos isolados. Aliás, quando nos isolamos, é o
primeiro sinal que algo de errado está acontecendo dentro
de nós. Na relação com o outro consigo me ver, mas a
verdade é de cada um. O que é bom pra um nem sempre é
bom pra todos. Se baseie sempre em sua própria
experiência de vida, no que você tem para conquistar, no
que tanto deseja e no que acredita.
Toda vez que se colocar como centro, você estará

assumindo seus atos e as consequências deles. Escolher
seguir seus próprios referenciais não é fácil. Talvez por isso
várias pessoas escolham seguir “a cabeça dos outros”, mas
nunca saberão a delícia de conquistar algo que se planejou
ou correu muito atrás e conseguiu. Não tenha medo das
consequências. Faça por você e pra você.
73
2- SAIA DA ZONA DE CONFORTO
Quando somos os melhores em algo, é hora de mudarmos

e melhorarmos para não estagnarmos e ficarmos na zona
de conforto. Se é bom em algo, deseje ser melhor, se
inspire nos melhores, em quem você admira. O outro
servirá de inspiração para ir em busca de novos caminhos,
mas dentro da sua realidade de vida, do que você pode
fazer e deseja!
Quando queremos realizar um projeto profissional, o

primeiro passo é pesquisarmos sobre o trabalho e
atividades envolvidas. Em seguida, vamos atrás de
parcerias, estudar o que se faz para sermos o melhor
profissional e nos destacarmos na área escolhida. Sucesso
e reconhecimento profissional leva tempo para se
concretizar e, se não há disciplina e persistência, tudo se
acaba no meio do caminho. Assim é com o
empreendimento da nossa vida pessoal também.
Escolhemos o que queremos fazer, pesquisamos tudo a
respeito e podemos ir atrás de parcerias que agregarão
mais valor ao meu projeto.
74
3- USE A RELAÇÃO COM O OUTRO PARA

SE CONHECER
Investigaremos com as pessoas mais próximas o que elas

acham de nós, como nos veem e qual a ideia que fazem de
nós. É importante identificar o que é nosso e o que não é,
mas que acabamos transmitindo para as pessoas e porquê
fazemos isso. Essa investigação já contribuirá para nos
dizer dos traços da minha personalidade, como gosto de
atuar no cenário social e se é bem diferente ou não do
meu cenário familiar. Estaremos investigando as
“personas”, as nossas máscaras, os comportamentos que
são meus por conveniência e os que dizem de quem eu
sou de fato.
4- EVITE AS MULETAS EMOCIONAIS
Um próximo passo é o autopoliciamento dos nossos

comportamentos. O propósito aqui é identificarmos
nossas “muletas emocionais”, aqueles comportamentos
que nos prendem a alguém ou a alguma situação e não
nos deixam evoluir. Todo mundo em algum momento da
vida utiliza algo ou alguém como muleta emocional, o
problema se dá quando ficamos por muito tempo com
75
elas. O autoconhecimento traz uma abertura para novas

possibilidades. Você vai descobrindo aos poucos o que
pode ser essa muleta. Você vai se redescobrindo, se
fortalecendo para as diversidades que virão.
5- A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA
O autoconhecimento nos levará para o desenvolvimento

da nossa inteligência emocional, adormecida dentro de
nós mesmos; podemos tomar posse e melhorar a
qualidade de vida quando desejamos ser donos de nós
mesmos. Devemos lembrar que, como seres de falta,
estamos por natureza tentando “tapar” nossos buracos
existenciais e, nessa trajetória, o importante é usarmos
nossa atenção para aprendermos com tais questões. Um
trabalho de “formiguinha”, mas muito gratificante e
libertador. Enquanto Psicólogos, temos um diferencial em
relação às outras pessoas, conhecemos conceitos e
estudos na área da Psique e isso, com certeza nos ajuda
nessa busca por nós mesmos. Quando eu vou em direção
a isso, muitas outras coisas boas podem aparecer, mas
também outras ruins podem se abrir a minha frente como
um horizonte a ser descoberto. E a pergunta é: será que eu
quero saber aquilo que tenho de relevante e minhas reais
potencialidades? Não é fácil lidarmos com o que temos,
76
mas mais difícil ainda é lidarmos com o que sabemos que

não temos. No caminho do autoconhecimento também
podemos nos deparar com falhas, traumas e conflitos
existentes, com os quais não conseguimos lidar sozinhos.
Daí a importância de sermos acompanhados em
psicoterapia.
6- SEJA EMPREENDEDOR DE SI MESMO
A grande questão é que podemos ser empreendedores de

nós mesmos. Isso nos fortalecerá para conseguirmos
empreender qualquer outro grande projeto na vida. Não
há um caminho único a ser seguido. Cada um, em suas
limitações e questões, pode buscar se questionar como e
porque faz o que faz: “qual o objetivo que me leva a agir
dessa maneira e como isso me traz paz ou consolo nas
relações sociais?”. Todos os dias, podemos avançar um
pouquinho nessa autodescoberta! Um caminho trilhado
por cada um, mas refletido em várias pessoas que
convivem conosco e mesmo com quem não nos conhece.
Quando nos conhecemos, melhoramos nosso
relacionamento conosco, com nossa família e com o
mundo! Temos mais paciência, planejamento, interesse,
escuta e vontade de vencer àquilo que sabemos ser
capazes.
77
Viviane Alves Maciel
É Psicóloga (CRP 04/18449). Psicóloga Clínica e Organizacional,
Pós-Graduada em Pedagogia Empresarial e Gestão de Pessoas
pela FGV. Experiência de dezoito anos na área clínica e com
avaliação psicológica de concursos públicos e empresas
privadas. É credenciada pela Polícia Federal e idealizadora da
página Viviane Maciel Psicóloga, que tem o propósito ajudar
quem deseja se conhecer para vencer nos concursos públicos.
Atendimento clínico online e presencial.
(31) 9.9164-9240
vivianemacielpsicologa
@vivianemacielpsicologa
viviane@vivianepsicologa.com.br
78
CAPÍTULO 09 Bianca Trevisan
EMPREENDEDORISMO DIGITAL:
A IMPORTÂNCIA DA SUA
IDENTIDADE VISUAL E DE SUA
MARCA
Entendemos como identidade visual o conjunto de todas

as informações que representam a sua marca, o seu
produto, a sua empresa ou seus serviços. Projetar no papel
e desenhar o seu estilo vai além daquilo que
supostamente chamamos atualmente de logomarca ou
logotipo. Criar a sua identidade visual requer
conhecimento de sua identidade interna, suas
características profissionais precisam estar alinhadas com
os seus serviços, com o seu público e com a referência que
você quer deixar no mercado.
A identidade visual é um conjunto de símbolos que

representa a sua empresa, um produto ou serviço que
você oferece. Ao iniciar no empreendedorismo digital é
preciso ficar claro de que as pessoas chegarão até você
através de computadores, celulares ou tablets; é extrema-
79
mente importante que você pense em quais são as cores,

símbolos, desenhos e formatos que te representarão no
mercado de trabalho.
O primeiro contato com seu cliente será firmado pelos

olhos e isso precisa ser transmitido com segurança o
suficiente para que ele possa confiar em seus produtos ou
serviços. O processo de construção da sua imagem precisa
ser algo muito sólido, que impacte o cliente e que
permaneça em sua memória, porque toda vez que ele
visualizar sua imagem, já saberá de que se trata dos seus
serviços. É como nas grandes marcas, como o McDonald's,
que possuem símbolos e cores significativos, quando
olhamos um M bem grande e amarelo, já sabemos tratar-
se do McDonald's.
Durante o processo de construção da sua imagem é

necessário que você faça um briefing, que é o primeiro
passo para essa criação. Neste briefing, você precisa
responder algumas perguntas para poder finalizar a sua
identidade visual. Entre elas: Como você descreve o seu
produto/serviço? Como você quer que o seu público te
identifique? Quem é o seu público? Qual é o seu
diferencial? Quem são seus concorrentes?
Nós, Psicólogos, lidamos com a mente, com o comporta-

80
mento e com o ser humano. É extremamente natural que

as logomarcas de Psicólogos tenham desenhos como
cérebro, cabeça, árvore, raiz ou bonequinhos; será que
esses símbolos representam os seus serviços? Podemos
citar como exemplo, o trabalho de um Psicólogo que
trabalha com gestantes, a sua logomarca pode ser apenas
um feto ou um embrião ou o esboço de uma mulher
grávida com o símbolo da Psicologia em sua barriga. Mas
isso são apenas ideias e exemplos da amplitude da
atuação do Psicólogo e da criatividade no processo de
criação de sua identidade visual. Ao começar a colocar no
papel as respostas das perguntas acima citadas, irá surgir
um belo brainstorming (tempestade de ideias) e quanto
maior o número de ideias, mais criativo, efetivo e inovador
será a sua identidade visual.
81
A maioria dos Psicólogos costumam colocar em sua

logomarca as mesmas cores da decoração do seu
consultório, pois a partir do momento que ele recebe o
cliente/paciente para uma visita ou para uma consulta, as
cores ficam memorizadas, ficando mais fácil para que o
cliente associe a imagem de sua identidade visual com o
ambiente onde ele foi acolhido. É muito natural
encontrarmos logotipos ou logomarcas de Psicólogos
representados por borboletas, flor de lótus e outros
elementos que representem transformação, motivação e
superação. Entretanto, é necessário lembrar que quanto
mais criativo e diferente for a sua logomarca, mais
impactante você será no mercado.
A identidade visual também é representada nas frases que

chamamos de slogan, que precisa estar alinhado com a
essência dos serviços que você oferece. Tomando como
exemplo o serviço do Psicólogo que trabalha com
gestantes, o seu slogan poderia ser "gerando a vida com
equilíbrio". Pergunte e responda a si mesmo: - Que tipo de
serviço você vai oferecer? Qual o público você quer
atingir? Qual é a marca que você quer deixar no mercado?
Respondendo a essas e outras perguntas, ficará mais fácil
e claro o que compreenderá sua identidade visual. Quanto
mais natural for este processo, mais fácil será para você
explicar sobre ele na internet ou nas mídias sociais, pois fi-
82
cará mais fácil de atingir o seu público-alvo.
QUANDO CONTRATAR UMA EQUIPE PROFISSIONAL

PARA ELABORAR SUA IDENTIDADE VISUAL?
É muito provável que com os recursos digitais e

tecnológicos que temos a nosso favor, que consigamos
fazer e criar a nossa própria identidade visual, entretanto é
necessário e muito importante saber que uma equipe
profissional executará os serviços de modo atingir os seus
objetivos com relação ao seu público-alvo e aos serviços
que você oferece, lhe dando o todo suporte quando
necessário. Alguns recursos estão disponíveis e de muito
fácil acesso para os leigos, mas é necessário entender que
esses recursos requerem o mínimo de entendimento e
conhecimento de alguns softwares, programas ou
sistemas para finalizar a sua arte. Algumas empresas e
profissionais especializados oferecem os serviços
completos de identidade visual como: logomarca, logotipo,
slogan, cartão de visita, cartão virtual, flyers, folders, sites,
blogs e banners para redes sociais, deixando seu trabalho
com aspecto mais profissional.
Quando não temos conhecimento de todos esses recursos

é necessário a contratação de uma equipe especializada,
83
que dedicará seu tempo e seu profissionalismo para

desenvolver um projeto que melhor atenda os seus
serviços e a sua demanda. Também é importante que se
faça uma pesquisa de mercado da empresa que irá ser
contratada, busque referências em relação à qualidade dos
serviços, a pontualidade da entrega do projeto e do preço
a ser cobrado. Solicite indicação de amigos, observe os
depoimentos e a reputação das empresas pesquisadas. Há
muitas variedades no mercado, então faça um
levantamento dos serviços oferecidos e verifique o que se
encaixa melhor em seu projeto e orçamento.
DIVULGANDO SUA MARCA
Assim como as coisas evoluem na sociedade, a Psicologia

também evolui e graças aos recursos tecnológicos, os
Psicólogos podem usar destes mecanismos para fazer a
divulgação de seus serviços em Psicologia. É muito claro
para os profissionais da área que devemos seguir o código
de ética da profissão ao divulgar nosso trabalho, as mídias
sociais ajudam a fazer a divulgação, levando a informação
numa velocidade desproporcional daquilo que nós
imaginamos dentro da realidade virtual.
Colocar o seu nome, seus serviços e sua identidade visual

84
na internet requer alguns cuidados, é necessário

transparecer ética e confiança a quem te procura ou a
quem chega até você através de indicações ou no mundo
virtual, pois agregar valor na vida das pessoas é o código-
chave para o sucesso na sua divulgação, seja no mundo
online ou off-line, porque de alguma forma as pessoas irão
buscar referências de você no mercado de trabalho e
pesquisar sobre os seus serviços nos mecanismos de
busca da internet. O empreendedorismo digital vinculado
com a sua identidade visual requer ética, responsabilidade
e respeito à sua profissão e aos seus futuros pacientes.
Para finalizar este capítulo responda à seguinte pergunta:
“qual é a marca que você deseja deixar no mundo?”.
85
Bianca Rezende Carreiro Trevisan
É Psicóloga Clínica (CRP 06/66560), tem 40 anos, é formada
desde 2001 pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Guarulhos. É empreendedora digital, especializada em TCC
pela USP e pós-graduada em Psicologia do Trânsito e
Avaliação Psicológica. Atende em consultório particular ou
online sob a óptica da TCC (Terapia Cognitivo-
Comportamental) com foco e dedicação especial aos
portadores de Transtornos de Ansiedade.
(11) 9.6060-5309 /psicologabiancatrevisan

(11) 2495-1462
@psicologabiancatrevisan
www.biancatrevisan.com.br
bianca.terapiaonline@gmail.com
86
CAPÍTULO 10 Léia Faustino
ESCRITA CRIATIVA – A MAGIA

AGREGANDO VALOR À
PSICOLOGIA
Escrever é como um mergulho em nossa própria essência.

A escrita nos toma a alma quando permitimos que nossas
emoções venham para o mundo como palavras. Você já
teve a sensação de que algum texto foi escrito para você?
Já sentiu que algum livro tenha descrito exatamente como
você se sente? Já se sentiu tão próximo do autor como se
ele mesmo lhe contasse a história? Eu me lembro de
minhas primeiras leituras, desde criança fiz dos contos
meu refúgio. Fui uma garotinha tímida e de poucos
amigos, mas que encontrou na leitura um caminho mágico
para várias aventuras. Eu me sentia parte de cada história,
cada enredo me convidava a conhecer uma parte diferente
de minha alma: em alguns dias fui princesa, em outros a
bruxa má; em alguns dias rainha e em outros, estava
radiante a voar como um belo dragão.
A magia esteve presente em minha vida mesmo antes dela

87
começar. Meu nome foi inspirado por uma personagem:

Princesa Léia, filha de Darth Vader. Confesso, sempre me
emociono ao narrar essa história: a que fala do meu
próprio conto de vida. Princesa Léia é a força feminina em
Star Wars, mas ela não é uma princesa qualquer, não é
uma princesa indefesa, é independente, forte e
empoderada; é símbolo de resistência, ao mesmo tempo
que traz o amor como fundamental e incondicional em
suas escolhas. Meu pai, não poderia ser diferente: é
apaixonado por Star Wars; impossível saber quantas vezes
já assistimos juntos aos filmes. Seu personagem preferido
é Darth Vader, que representa de forma incrível nossa
sombra, as trevas que todos nós temos e que tanto
tentamos repreender, afogar, suprimir. Acredito que minha
grande paixão por vilões tenha reflexo nessa herança, não
só genética, mas herança de afeto, de compartilhar.
Herança que me permitiu perder medo de tapetes
voadores e ter certeza que com um pouco de pó de fada
podemos mudar nossa história.
Eu não tenho dúvida: muitos autores e autoras que li ao

longo de minha vida hoje fazem parte de quem sou e
continuam vivos em minhas escolhas e sensações. Alguns
se conectaram tanto comigo que possibilitaram
transformação, outros descreveram minhas emoções de
forma tão mágica que me permitiram autoconhecimento.
88
Mas nem todas as leituras me fizeram tanto sentido assim,

alguns livros pareciam sem vida e em pouco tempo
viravam apenas mais um a ocupar espaço na estante.
Quando eu era pequena eu não entendia o que me fazia
gostar mais de um livro do que de outro ou me reconhecer
mais numa história do que em outra; hoje, trabalhando
com escrita criativa posso dizer: os textos que conectam
são aqueles onde a essência do escritor está presente! Não
vejo possibilidade para uma escrita autêntica sem entrega
Nesse exato momento estou aqui, entregue à esse texto.

Eu, uma xícara de chá, meu caderno e minhas memórias –
elas são fonte de informações para tudo que escrevo.
Entre um gole quente de chá de hortelã e uma nova frase,
memórias invadem meu pensamento em busca de
vivências e sensações que possam ajudar a você que dese-
89
ja utilizar da escrita criativa como ferramenta para levar a

Psicologia para o mundo. Quero compartilhar um pouco
do que acredito na esperança de que você se conecte com
essa criatividade que eu tenho certeza: já vive em você!
Todos podemos escrever! Em minhas oficinas de escrita
criativa já conheci várias Psicólogas que diziam não
conseguir escrever e que não acreditavam ser capazes de
escrever um texto com a magia da conexão; mas
acreditem: todas elas conseguiram, quando tiveram a
coragem de olhar para dentro! Nesse capítulo, te convido a
fazer o mesmo!
Suas habilidades e suas dificuldades podem te ajudar no

processo de escrita. Quais as potencialidades que você
tem e que podem ser ferramentas para aprimorar sua
escrita? Você já parou para pensar que você já tem vários
pontos fortes que podem ser ponte para a escrita? Se
nesse momento você não consegue reconhecer essas
habilidades provavelmente é porque está colocando foco
em suas dificuldades. E tudo bem: elas também
fazem parte da vida e do processo de criação! Mas eu
quero lhe contar algo que fez muita diferença em minha
trajetória: as suas dificuldades são essenciais para a escrita
criativa! É isso mesmo, você não leu errado: suas
dificuldades são importantes para acessar a escrita!
90
Nossa história não é escrita apenas de bons momentos, os

capítulos difíceis do seu viver também contribuíram para
que você seja exatamente quem é, inclusive foram
influência para que tenha feito a escolha de ler esse livro
digital. E aquela garotinha tímida e que tinha dificuldade
em fazer amigos, hoje ainda vive em mim, aliás, é ela quem
hoje escreve para você! Foi dela também a escolha de três
passos que podem te ajudar a começar a escrever. Papel e
caneta na mão?
NÃO É APENAS DE TÉCNICA QUE SE FAZ

UM BOM TEXTO
A escrita precisa estar alinhada ao seu público. Conhecer o

leitor é fundamental para que seu texto tenha conexão.
Como entregar uma boa mensagem se não sabemos para
quem desejamos enviá-la? Técnicas de escrita podemos
aprender, mas um texto criativo vai além de técnicas e
citações, sua essência precisa aparecer no texto e se
conectar com o leitor. Caso contrário, corremos o risco de
escrever “apenas mais um texto”. Você pode não se dar
conta, mas existe um pouco de você em tudo que você já
escreveu. Cada texto, cada palavra... é parte de você – não
se esconda na floresta escura, você é escritor e
personagem, você é autor, mas também história!
91
NÃO DESISTA NOS PRIMEIROS TEXTOS
A escrita é prática! É treino! É processo! Você pode

conversar com diversos escritores e tenho certeza que a
maioria deles irá lhe dizer que sua escrita se aprimorou
com a experiência! Precisamos ensinar para o nosso
coração como encontrar a criatividade; esse desafio não é
fácil e por isso nos pede treino, dedicação e aprendizado.
Aprenda o quanto puder e coloque em prática, no seu
tempo, em seu ritmo, mas sem deixar que se perca o
movimento. A leitura é prática fundamental para uma boa
escrita! Um bom exercício é realizar a leitura de um
livro infantil, que na maioria das vezes nos traz uma
narrativa linear emocional.
EXERCITE A OBSERVAÇÃO
Se você deseja aprimorar a escrita, então precisa observar

mais! Muitos Psicólogos me perguntam como encontrar
inspiração para escrever. Temos a ideia de que é preciso
estar num estado de humor correto para ter inspiração,
como se o momento perfeito fosse surgir para nos trazer o
texto certo. Bom, isso não vai acontecer na maioria das
92
vezes! E por vezes, na espera desse momento ideal de

inspiração deixamos passar tanta coisa – e tanto tempo!
Todos os dias histórias passam por nós, em nossa casa, na
rua, no barulho que ouvimos, no silêncio que fazemos, na
chuva, nos sabores, nos desamores! Tudo conta história! E
a magia está por todo lado – inclusive em você!
93
Léia A Faustino
É Psicóloga (CRP 06/127588), Escritora, Coach, Palestrante e Supervisora
Clínica. Formada em Terapia Cognitivo Comportamental. Atua em SP
Capital, desenvolvendo projetos voltados à Psicologia da Mulher. Trabalha
com atendimento à mulheres nas modalidades presencial e online.
Idealizadora do Blog Alice Empoderada. É coautora do livro A Arte de Ser
Mulher e autora organizadora dos livros: TPM – Tudo Para Mudar, Diário da
Alma Feminina e A Vida Imita os Contos. É também responsável pela
Oficina Alice Empoderada, levando a magia da escrita para Psicólogos (as)
que desejam aprimorar a escrita criativa. Apaixonada pela magia dos
contos de fada, acredita que possamos através do autoconhecimento ser
autoras de nossa própria história.
(11) 9.9162-7231 LISTA DE TRANSMISSÃO

ALICE EMPODERADA
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Psicologia.
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Te espero para o Chá!
94
CAPÍTULO 11 Nielma Leal
PSICÓLOGO, FAÇA VÍDEOS E

VEJA SEU NEGÓCIO CRESCER!
Quando falamos de empreendedorismo, estamos falando

de garra, coragem, persistência, aprendizagem e inovação!
Precisamos nos pré-dispor a fazer coisas que muitas vezes
nem imaginamos sermos capazes. É preciso nos reinventar,
estar atentos ao mercado e ao que “está em alta” para que
possamos implementar, inovar e investir em nosso próprio
negócio! Uma das coisas que está em evidência, cada vez
mais acessível para todas as pessoas é a internet; nela não
há limites geográficos para o nosso trabalho de divulgação.
Nosso negócio pode ser mostrado e apreciado por pessoas
de vários lugares do Brasil e do mundo! É muito importante
que você consiga mostrar seu trabalho na internet de uma
forma concisa, real, concreta, que cative as pessoas e façam
elas se identificarem com o seu trabalho. E você sabe qual
é a melhor maneira de fazer isso? Bom, pelo título do
capítulo você deve suspeitar não é mesmo?
95
Quando você faz vídeos você consegue mostrar a um

possível cliente o seu negócio de uma maneira muito
realista. Afinal, nos vídeos as pessoas estão tendo uma
experiência única de ver quem você é de verdade, sua
forma de falar, de gesticular e de pensar. A televisão é uma
das plataformas que nos permitiu entrar em contato com
os vídeos pela primeira vez. Você deve lembrar-se de
vários filmes, programas e novelas que você tenha
assistido durante sua vida. Pense em uma pessoa que você
já acompanhou na televisão: pode ser um ator, uma
apresentadora, um cantor, enfim, escolha qualquer um. Já
escolheu? Certo! Você tem uma opinião formada sobre
essa pessoa? Como você a descreveria para mim? Jeito?
Forma de falar? De se expressar? O que você gosta nessa
pessoa? E por quê? Você conseguiria responder essas
perguntas? Conseguiria sim, não é verdade?
96
Mas sabe o que é mais interessante? Você não conhece

essa pessoa! Você apenas a vê em vídeos e mesmo que
você não a conheça pessoalmente, já tem uma opinião
formada sobre ela. Imagine a quantidade de pessoas que
se dizem fãs de artistas e cantores porque os conhecem
em programas de televisão, entrevistas e possuem uma
profunda admiração sobre elas; isso acontece porque
pessoas se conectam com pessoas e quando vemos
alguém em vídeos, nós temos uma demonstração de
quem ela é e podemos rapidamente nos identificamos
muito com ela - mesmo não as conhecendo pessoalmente.
Temos a total percepção e acreditamos que a conhecemos
profundamente porque a acompanhamos por vídeos. Eu
trouxe antes o exemplo da televisão, porque não tem
como você me dizer que nunca acompanhou ninguém por
lá, mas vamos dar uma atualizada no nosso cenário: vamos
voltar para a internet!
A grande maioria das pessoas possuem acesso a internet

hoje em dia e vivem quase que 24h por dia com um
smartphone por perto. Onde está o seu celular nesse
momento? Se você não estiver lendo este livro digital com
ele, eu acredito que ele está a pouquíssimos metros de
distância de você! Imagine: seu negócio, sua empresa, sua
marca e seu nome podem aparecer para muitas pessoas a
partir de um aparelho que estão com elas o tempo todo!
97
Você precisa se apropriar, divulgar seu negócio para o

mundo a partir do mundo digital. Quando você decidir se
divulgar na internet a partir de vídeos o resultado é mais
incrível ainda. Porque de novo: Pessoas se conectam com
pessoas; e quando as pessoas acompanham alguém na
internet, elas querem conhecer um pouquinho mais sobre
ela.
Você não precisa falar da sua vida privada na internet, você

pode fazer vídeos mostrando o seu conhecimento para elas!
Ensinando algo, aliviando alguma dor ou trazendo alguma
reflexão - tudo isso a partir de vídeos! Quando você faz isso,
a pessoa te conhece um pouquinho mais, ela vai te ouvir,
ver você falando sobre o assunto e pode tranquilamente se
identificar com você como profissional. Eu sei que quando
não estamos acostumados com a ideia de fazer vídeos, isso
parece meio assustador. Lembro que antes de começar a
gravar meus próprios vídeos, eu tinha vários pensamentos
do tipo: “eu? Gravar vídeos? Não. Já pensou as pessoas me
assistindo? O que elas vão pensar de mim? Eu vou falar
tudo errado! Mas o que eu falaria nesses vídeos afinal?”.
Eu lembro muito bem quando comecei! Desde os primeiros

vídeos a repercussão foi enorme! As pessoas perguntavam,
comentavam e participavam muito mais do que todos meus
outros formatos de divulgação. Muito mais do que os textos
98
imagens e frases que eu publicava – foi quando entendi que

deveria investir cada vez mais em vídeos. Me aperfeiçoar e
não desistir! Era preciso continuar enfrentando meus
medos, minhas inseguranças e continuar mostrando meu
rosto ao mundo e trazendo conteúdo e conhecimento para
as pessoas. Cada vez que invisto em vídeos, mais coisas
incríveis acontecem. Pessoas que nem conheciam meu
trabalho começaram a entrar em contato dizendo coisas do
tipo: “nossa, fui fazer uma pesquisa sobre tal assunto e
encontrei um vídeo seu, muito bom! Obrigada por
compartilhar seu conhecimento!” ou “estou em uma aula
da faculdade e acabaram de passar seu vídeo, gostei
bastante do conteúdo!” ou “estava pesquisando sobre tal
assunto e encontrei seu vídeo, gostaria de marcar uma
sessão porque preciso trabalhar isso em mim”.
99
Psi, se estamos falando em divulgar o seu negócio, levá-lo

mais longe, gerar engajamento, envolvimento e
aproximação com seu público, precisamos sim falar sobre
vídeos e investir nessa ferramenta tão poderosa e atual. As
pessoas consomem muitos vídeos todos os dias e você
pode usar isso a seu favor e fazer seu negócio crescer cada
vez mais! E de novo: sei que envolve medo, insegurança e
dúvidas sobre para onde ir e por onde começar, afinal, pode
ser que você nunca tenha pensado antes nessa
possibilidade, mas cá entre nós, aproveite essa
oportunidade.
Você pode gravar vídeos usando o seu próprio celular e ter

um resultado incrível para o seu negócio. Antes de dizer
não, pense nessa possibilidade! Aprenda sobre o assunto e
experimente o novo! Experimente crescer o seu negócio e
levá-lo para muitas e muitas pessoas a partir dos vídeos!
Conte comigo nessa caminhada e tenho certeza que você
vai se surpreender com a repercussão que os vídeos podem
te trazer!
100
Nielma de B. Leal
É Psicóloga (CRP 06/138464). Formada na Terapia Cognitivo
Comportamental. Fundadora do Treinamento Psi, plataforma
para psicólogos que desejam evoluir cada vez mais como
profissionais. Palestrante e treinadora há muitos anos, ama
passar conhecimento e inspiração para as pessoas a partir de
um conteúdo de qualidade, proporcionando um novo olhar aos
participantes.
(11) 97076-4664 nielmaleal@gmail.com

treinamentopsi.com.br Treinamento Psi
Lista de Transmissão Treinamento Psi

Se você quiser ajuda de como começar esse processo me mande uma
mensagem no Whats. Eu faço o trabalho de mandar gratuitamente dicas
de gravação de vídeos para psicólogos. E com essas dicas você pode
começar a produzir seus vídeos com muita qualidade e ter resultados
incríveis! Para receber as dicas me mande uma mensagem com “dicas de
vídeos” para o número (11) 97076-4664 e vamos fazer seu negócio
crescer! Você não precisa fazer esse caminho sozinho psi, conte comigo!
101
CAPÍTULO 12 Andrea Cardoso
EM BUSCA DO PROPÓSITO
DO SEU NEGÓCIO
Atualmente tem sido muito comum que as pessoas

reclamem de seus trabalhos, algumas dizem que estão
muito estressadas, outras que estão cansadas da rotina e
tem aquelas que não têm vontade nem de sair da cama
para ir trabalhar as segundas-feiras. Existem pessoas que
trabalham em boas empresas, com ótimas remunerações,
mas que não se sentem felizes. Este grupo esta infeliz com
seu trabalho. Por outro lado, há um outro grupo de
pessoas que têm seus próprios negócios, têm mais
responsabilidade, não ganham muito bem (ainda), têm
uma carga horária extensa, mas ainda sim se sentem
realizadas. Mas afinal o que diferencia o primeiro grupo de
pessoas do segundo? Porque algumas se sentem
satisfeitas, enquanto outras se sentem infelizes? A
resposta é simples: - A busca de um propósito!
102
Quando pequenos sonhamos com as profissões daqueles

que nos rodeiam e que de alguma forma nos inspiram.
Nesta idade ainda não conseguimos diferenciar o que
pode ser uma admiração do outro (projeção), do que de
fato é aquilo que nos amamos fazer e que é o nosso papel
na vida: - A que viemos! - Crescemos com algumas ideias
do que é ter um propósito profissional ou de vida. São
tantos insights que recebemos dos nossos pais,
professores, amigos, religiosos ou líderes do trabalho; e
assim vamos formando esse quebra-cabeça de quem
cremos ser. Fazem-nos acreditar que encontramos nosso
propósito absorvendo todos esses conteúdos externos,
mas na verdade a chave para entender nosso propósito
esta muito mais associada ao nosso interior e ao que nós
sentimos, por isto é fundamental conhecer a nós mesmos.
É muito importante que você entenda que a busca do

propósito não é só conceitual ou teórica. Foi quando eu
comecei a me permitir: sentir, experimentar e ter a
liberdade de ser quem eu queria ser, é que a minha luz
interior começou a acender em direção ao meu propósito.
Foi vivendo diversas situações profissionais, pessoais,
conhecendo muita gente boa pelo caminho, tendo
experiências surpreendentes, me abrindo para o que o
universo trouxesse em minha rede de conexões, é que fui
103
encontrando meu propósito. Mas eu precisava ter certeza

disso, então comecei a me observar nas situações em que
eu sentia entusiasmo interno, uma paixão sem explicação
(aparente), uma capacidade de superar os meus limites, de
produzir incansavelmente, de sentir um quentinho no
peito, um aconchego na alma, foi assim que fui chegando
cada vez mais perto do que procurava. Um propósito não
se vive sozinho, então me conectei com aquelas pessoas
que mais gostava de trabalhar e de servir (futuros clientes).
Por fim, encontrei o meu propósito de vida, que é
desenvolver as pessoas para serem agentes de
transformação e influenciadoras dos cenários futuros que
passarão a ser realidade no nosso planeta. Meu trabalho
será no sentido de preparar as pessoas e psicólogos para
participarem da construção destas tecnologias futuras em
prol do bem-estar da humanidade. Contribuirei com a
formação dessas pessoas, disponibilizando meus serviços
de conteúdos, palestras e experiências sobre inovação,
tecnologia e futuro. Sim, com isto espero expandir a
consciência dos psicólogos no sentido de mudarmos da
posição de plateia das tecnologias futuras, para a posição
de agentes de transformação de um mundo mais
saudável, mais justo e melhor de se viver.
Dito isto, assim como buscamos o autoconhecimento no
104
contexto pessoal, esta busca também se aplica ao

contexto profissional e de negócios.
Um propósito bem definido pode impulsionar e dar

sentido a todo o seu negócio, afetando a estratégia das
diversas áreas da empresa, gerando sinergia entre as
equipes de trabalho, envolvendo fornecedores, engajando
seus clientes e agregando valor a sociedade. Um bom
propósito é um ciclo que gera fluxo de crescimento entre
todos que fazem parte da cadeia de valor.
105
Nas gerações anteriores, acreditava-se na separação do

aspecto profissional do pessoal, que de fato as pessoas
eram umas no trabalho e outras em suas casas. Como se
existisse uma separação interna tão clara quanto as
separações físicas entre os ambientes. Mas com o passar
do tempo, constatamos que este conceito caiu em desuso,
entendeu-se que somos seres integrados e que todas as
áreas de nossa vida se conversam, todas as áreas
impactam e são impactadas entre si. Logo se estou com
problemas no trabalho naturalmente isto vai afetar no
meu comportamento com minha família ou na minha
saúde. O inverso também se aplica, se estamos com
problemas pessoais, nossa produtividade no trabalho ou
relações profissionais podem ser prejudicadas.
Diante desta explanação anterior concluímos que a

geração de um propósito para o seu negócio deve estar
intimamente ligada com o seu propósito de vida. Desta
forma, propõe-se a seguir a aplicação de um método
integrado de geração de propósito.
106
fonte: IKIGAI BRASIL
MANDALA DO PROPÓSITO
(após leitura, preencher as linhas abaixo)
107
O QUE VOCÊ AMA
É importante pensar naquilo que você mais gosta de

realizar na sua vida, a atividade em si é importante, mas o
fundamental é o que esta atividade gera, e porque você
sente amor em fazê-la. Quando amamos algo, por trás
existe uma explicação, algumas vezes não identificamos
de cara, mas ela está lá. Por exemplo, eu amo realizar
palestras, o que esta por trás disto? Percebi que há duas
coisas que se complementam, a necessidade de estudar e
aprender novos conteúdos (que eu amo) e por outro lado a
satisfação de oferecer ao ouvinte um conteúdo que possa
contribuir para o seu conhecimento e até expandir sua
consciência (que me dá uma satisfação enorme). Depois
de acessar novos conhecimentos, a gente cresce, fica
maior, então não é mais possível voltar ao tamanho
original. Entendem?!?
O QUE VOCÊ É BOM EM FAZER
O que você faz tão bem, que te diferencia das outras

pessoas? Por que as pessoas te elogiam ou agradecem?
Sabe quando alguém te fala: - Você é incrível. Gratidão!
108
Reparem que esta reflexão deve estar muito associada ao

olhar do outro, como as pessoas te observam, te veem.
Muito cuidado para não considerar o que você acha de si
mesmo. Neste momento é preciso entender que atividade
você realiza que agrega valor a pessoa que a recebe e se
beneficia dela?
O QUE VOCÊ PODERIA SER PAGO PARA FAZER
Agora que já refletiu o que você ama, e o que as pessoas

amam em você, então tente pensar em como isso pode se
converter em uma remuneração para você e seu negócio.
Pense em como você se sentiria pleno para cobrar por
seus serviços, uma vez que as atividades envolvidas são
boas para você e agregam valor aos seus clientes. Aqui
vale pensar em formas de monetizar os seus serviços ou
produtos. Neste momento é importante que você se sinta
bastante seguro sobre o seu valor e por consequência o
valor do seu serviço ou produto. E desta forma se autorize
a cobrar de forma justa sobre eles. Reforço isto porque
muitas vezes as pessoas confundem fazer o que gostam e
beneficiar o outro, a algo de valor social, principalmente
entre os psicólogos. Por isto é importante esta construção
e certeza do que as pessoas pagariam para você fazer.
109
O QUE VOCÊ ACREDITA QUE O MUNDO PRECISA
Esta parte é bem difícil de pensar, pois envolve o todo,

diversas pessoas e componentes estão envolvidos nesta
resposta sobre: - O que o mundo precisa? Ou como o
mundo precisa de mim? E este pensamento inicialmente é
mais sistêmico, pois devo perguntar do ponto de vista da
sociedade, do meio ambiente, da comunidade, até chegar
nas pessoas mais próximas do meu convívio. O que eu
faço e gosto de fazer para contribuir e gerar um impacto
positivo para o mundo? Corresponde a nossa parcela de
contribuição para a humanidade.
110
Por exemplo, considerando o futuro e as novas

tecnologias, acredito que o mundo precisa cuidar das
relações entre humanos e máquinas, de forma a garantir
um desenvolvimento com mais consciência social e
ambiental, e mais saudável, trazendo um impacto positivo
para a sociedade.
A intersecção entre estas quatro áreas descritas acima é

o seu propósito de vida e do seu negócio. Nesta
Integração entre as áreas estão a nossa Paixão, a
Profissão, o Talento (vocação) e a Missão.
A utilização da Mandala do Propósito é um ótimo meio

para definir o seu propósito de vida e do seu negócio.
Agora que terminou a leitura, utilize as linhas da figura
acima para preenchimento e declare seu propósito ao
mundo!
111
Andrea Cardoso de Oliveira
Maida Coelho
É Psicóloga graduada pela UNIP (CRP 06/142530), com pós-
graduação em Gestão Estratégica de Negócios pela FGV.
Idealizadora da Startup FUTUROS. Empreendedora e
Palestrante na Psicologia. Realiza atendimento em
psicoterapia e orientação profissional para estudantes e
psicólogos recém-formados. Atua em Osasco e Alphaville. Seu
propósito é conectar os psicólogos com as inovações e
tecnologias, capacitando-os para contribuir e influenciar no
futuro da sociedade e das relações humanas.
(11) 9.7644-1477 futurosx.com.br
/futurosx Andrea Cardoso

(andrea-cardoso-6a210534)
@futurosx
andreacardoso03@gmail.com
112
CAPÍTULO 13
TERMOS ÚTEIS NO DIA A

DIA DO EMPREENDEDOR
A
ACELERADORA
É o nome ‘moderno’ para as incubadoras. Enquanto as incubadoras
estão mais ligadas a universidades e a projetos governamentais, as
aceleradoras são financiadas com capital privado e apoiam startups,
empresas de alto potencial de crescimento. A aceleração pode
incluir apoio financeiro, mas está baseada principalmente no suporte
à criação e ao desenvolvimento do negócio, com sessões de
coaching e mentoring durante um período.
APORTE
De maneira geral, aporte é um subsídio dado para determinados fins.
Para empreendedores, é o investimento financeiro investido na sua
empresa.
113
B
BREAK-EVEN
Em português, um ‘ponto de equilíbrio’. É quando os custos da
empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a empresa
recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período),
acaba sendo 0, nesse caso.
BRAINSTORMING
É uma técnica que propõe que um grupo se reúna e utilize a
diversidade de pensamentos e experiências para gerar soluções
inovadoras, sugerindo qualquer pensamento ou Ideia que vier à
mente a respeito do tema tratado. Com isso, espera-se reunir o
maior número possível de ideias, visões, propostas e possibilidades
que levem a um denominador comum e eficaz para solucionar
problemas e entraves que impedem um projeto de seguir adiante.
Inicialmente, define-se o problema, pode subdividir o problema em
várias partes. Depois é necessário colher toda a informação que
pode relacionar-se com o problema. Depois, busca-se a solução e
por fim, avalia e seleciona as melhores ideias.
BENCHMARKING
Processo contínuo de avaliação e comparação do nível de
desempenho das melhores empresas do mercado, com o objetivo
de obter melhorias de desempenho. Este tipo de análise utiliza a
concorrência como termo comparativo, podendo também utilizar
empresas ligadas a outros setores de atividade.
114
BOOTSTRAPPING
Processo no qual o próprio empreendedor financia os gastos, ideias,
pagamentos e projetos da sua empresa, sem contar com a adição de
capital externo de outras instituições.
BUDGET
É o orçamento, normalmente, anual de uma empresa. O processo de
planejamento financeiro anual deve ser precedido de uma definição
de objetivos, estratégias, prioridades, pessoal e organização,
processados numa modelagem financeira em planilhas Excel ou
equivalente. É importante envolver pelo menos cinco áreas da
empresa: marketing, engenharia, logística e/ou produção, vendas,
treinamento e finanças.
BUSINESS MODEL
Utilizado na fase de criação de uma empresa, o business model traz
as técnicas e processos que os empreendedores precisarão
enfrentar para tirar as suas ideias do papel, como as atividades
realizadas, o relacionamento com os clientes, a situação do mercado,
os custos e orçamentos, dentre outros aspectos.
BUSINESS PLAN
É o plano de negócios das empresas. É ele quem delimitará como
será feito o seu business model. Esse planejamento traz os dados da
empresa, sócios, descrição de produtos e serviços, estratégias de
comunicação e marketing, métricas, e assim por diante. O business
plan geralmente é o documento apresentado para investidores
durante a apresentação da empresa.
115
B2B
É o negócio feito entre duas empresas, em que não há a participação
do cliente final. Business to Business, de Negócio para Negócio.
B2C
É o negócio entre uma empresa e o consumidor final. Business to
Consumer, de Negócios para o Consumidor.
C
CANVAS
O método Canvas é um modelo de negócios, ou business model,
muito utilizado no mundo empreendedor. Sua estratégia consiste
em planejar e desenvolver os valores e metas de uma empresa,
através de um mapa visual formado por nove blocos com tópicos
como: segmentação de clientes, custos, recursos e parcerias, fontes
de receita, atividades principais, dentre outros.
CAPITAL DE GIRO
São os recursos financeiros utilizados para cobrir os custos do dia a
dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de despesas e
o recebimento da receita de clientes.
CAPTAÇÃO DE RECURSOS
Obter investimentos, o que pode ser feito por meio de empréstimos
bancários, agências de fomento, fundos de investimentos ou
investidores-anjos.
116
CLOUD COMPUTING
Cloud computing é o nome em inglês para “computação em nuvem”.
A expressão se refere ao uso da memória, e processamento, de
servidores e programas de internet seja para armazenar arquivos ou
acessá-los de maneira mais prática.
CO-WORKING
Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que
passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos.
CROWDFUNDING
Obtenção de capital através de financiamento coletivo, em geral de
pessoas físicas interessadas na iniciativa.
CUSTOMER DEVELOPMENT
Empresas iniciantes costumam enfrentar problemas ao definir seu
modelo de negócios por fazerem uma visão errônea sobre o
mercado em que atuam. O Customer Development permite que
tudo possa ser testado, validado e mudado quando preciso, mesmo
que o produto já tenha sido lançado.
D
DESIGN THINKING
Modo de pensar “graficamente”. É uma abordagem que facilita
pensar e atuar “fora da caixa”, bem como utilizar a criatividade de
forma colaborativa para gerar e implantar ideias (criatividade e
117
inovação), a partir das necessidades reais dos stakeholders (grupos

de interesse). (Bárbara Mean)
DOMÍNIO
É o nome exclusivo que se dá a uma web para que se possa
identificar e buscar nos buscadores de internet. O propósito principal
dos nomes de domínios em Internet e do sistema de nomes de
domínio é traduzir as direções IP de cada ativo na rede de forma
fácil de encontrar. A maioria dos empreendedores costumam usar
seu próprio nome como domínio principal.
E
EARLY STAGE
São consideradas empresas em early stage (estágio inicial) as que
possuem até três anos de existência.
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO OU
INTRAEMPREENDEDORISMO
Significa empreender dentro da organização na qual se trabalha. O
intraempreendedor enxerga nos problemas do dia a dia
oportunidades de crescimento para a empresa, sendo capaz de
inovar sistêmica e constantemente.
EMPREENDEDORISMO SOCIAL
O empreendedor social cria negócios com fins lucrativos, mas que
propõem soluções inovadoras para problemas sociais ou ambientais,
como lixo, educação e saúde. Ele está focado em mobilizar pessoas
118
e trabalhar por uma causa para realizar verdadeiras transformações

na sociedade.
ESCALABILIDADE
Capacidade de replicar o produto/serviço com facilidade atendendo
a um grande público ou abrangendo um grande mercado
consumidor.
F
FUNILL
É como se chama a maneira em que uma empresa planeja captar
um cliente. Quer dizer que, todo o processo desde que o cliente se
põe em contato com a empresa até que se fecha a venda ou serviço.
Este funil de vendas é especialmente importante já que nos ajudará
a determinar que parte do processo de venda está falhando para
poder resolver e melhorar nosso rateio de conversão.
I
INVESTIDOR-ANJO
Os anjos são profissionais experientes que têm capital disponível
para investir em novos empreendimentos. Em troca desse capital,
esperam um percentual da empresa investida.
INCUBADORA
As incubadoras têm um perfil mais adequado para quem precisa de
119
tempo e muito conhecimento para estruturar seu negócio. Depende

de subsídios governamentais e provavelmente vai precisar de uma
quantidade relativamente grande de investimentos para acontecer.
INBOUND
Inbound marketing é um conjunto de estratégias de marketing que
tem como objetivo a atração voluntária de clientes potenciais para a
empresa. Também conhecido como Marketing de Atração ou Novo
Marketing, este conjunto de estratégias é baseado na ideia de
criação e compartilhamento de conteúdos voltados para um
público-alvo específico, onde seja possível conquistar a permissão
para se comunicar com estes de maneira maisdireta
L
LANDING PAGE
Página de aterrissagem ou página de destino é definida como
qualquer página por onde um visitante entra no seu site. Geralmente
dentro das estratégias de marketing é justo onde o usuário encontra
o conteúdo gratuito de divulgação: vídeo, e-book, masterclass.
LEADS
É um cliente em potencial. Resumidamente é uma pessoa
interessada por seu produto, serviço ou empresa. Esse interesse é
entendido a partir do momento que o usuário realiza o
preenchimento dos formulários de inscrição para recebimento
de ofertas, materiais ricos ou até mesmo a assinatura de um
newsletter.
120
M
MEI
Sigla para ‘Micro Empreendedor Individual‘, é a pessoa que trabalha
por conta própria e se legaliza como empresário.
N
NETWORKING
Ter ou estabelecer uma rede de contatos. ‘Fazer networking’, como é
empregado, costuma ser uma ótima forma de ampliar a qualidade
de seus relacionamentos e transformá-los em benefício mútuo no
meio profissional.
O
OUTSOURCING
É a expressão em inglês para o que conhecemos como terceirização.
Ou seja, é a ação na qual uma empresa é contratada para
desenvolver uma área específica de outra empresa.
P
121
PITCH
É uma apresentação simples e resumida do negócio, em geral feita
de 3 a 5 minutos, que tem como objetivo despertar o interesse do
destinatário – seja ele investidor, cliente ou outro stakeholder. O
pitch deve conter informações sobre o problema que o
empreendedor quer solucionar, dados sobre o tamanho do
mercado, a solução desenvolvida pelo empreendedor, os diferenciais
do negócio e por que aquele é o time certo para fazer acontecer.
Também conhecido como "Discurso de Elevador".
PME
É a sigla para pequenas e médias empresas. Uma pequena empresa
possui de dez a 49 funcionários. Já uma empresa de médio porte
possui entre 50 e 249 funcionários.
R
ROI
Sigla da tradução de ‘Retorno sobre Investimento’, corresponde a
um percentual da quantidade de dinheiro ganho em relação à
quantidade de dinheiro investido.
S
STORYTELLING
O storytelling consiste na partilha de uma história única e real de
122
uma empresa ou de um produto, criando uma relação de

proximidade entre a empresa e o cliente. Uma boa história revela a
grande vantagem que a empresa em questão trouxe para a vida do
consumidor, esta história costuma ser interativa, visual, tem um
clímax (um ponto de viragem na história), é capaz de despertar
emoções, usa diálogo realista, é apelativa aos sentidos, tem um
personagem com o qual o público se identifica e tem um conflito
facilmente identificado e que é resolvido.
STAKEHOLDERS
Stakeholders são todos os impactados pelo negócio, sejam eles
sócios, acionistas, funcionários, clientes ou segmentos da sociedade.
STARTUPS
Uma empresa projetada desde o início para ser grande! Eric Ries,
autor do livro ‘Lean startup’, define startup como ‘um grupo de
pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável,
trabalhando em condições de extrema incerteza’. Descubra
ferramentas para começar o seu negócio no curso online da
Endeavor para Startups.
U
UNICÓRNIO
É como se chama a maneira em que uma empresa planeja
123
BIBLIOGRAFIA
https://cursomarketingparapsicologos.club.hotmart.com/
Acessado em 28/04/19.
http://crieseunorte.com/ferramentas-de-autoconhecimento-
paraempreendedores/ Acessado em 28/04/19.
https://www.ecycle.com.br/6518-empreendedorismo-social.html/
Acessado em 22/03/19.
E-book: Guia do Marketing Digital para Iniciantes. Escola do

Marketing Digital.
HELLINGER, Bert. A fonte não precisa perguntar o caminho.

Minas
Gerais: Editora Atman, 2005.
HELLINGER, Bert. Histórias de amor. Editora Atman, 2007.
HELLINGER, Bert. Ordens da ajuda. Editora Atman, 2008.
HELLINGER, Bert. Ordens do amor. Editora Cultrix, 2010.
HELLINGER, Bert. Constelações familiares. Editora Cultrix, 2010.
https://ikigaibrasil.com/filosofia-ikigai/ Acessado em 28/04/19
124
"Empreender é algo
incrível. É uma
possibilidade que
devia ser ensinada
desde a infância".
Bruno Rodrigues

E-Book Bruno Rodrigues - Empreender Com Propósito

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Empreender com Propósito.

Todos os direitos reservados. Material para uso

Organizadoras: Andrea Cardoso e Léia Faustino

Autoras: Alessandra Pedroso; Bárbara Mean; Bianca

Design & Diagramação do E-book:

Somos gratas a todas as coautoras desse livro, que

Agradecemos as nossas famílias que sempre nos

Gratidão ao Bruno Rodrigues, que nos presenteou com

Andrea Cardoso e Léia Faustino

Dinheiro é apenas uma das formas de pagamento. Os ativos

Cresci ouvindo que precisava estudar para ter um bom emprego.

venda da minha vida, mas eu queria mesmo era brincar,

Poderia ter virado um negócio. Poderia ter escalado, desenhado

Lembro de uma outra vez, quando estava lavando meu tênis no

Esses dois exemplos são os únicos que me lembro, envolvendo a

Tornei-me psicólogo, peguei o CRP (registro de psicólogo) em

dependeria de mim. Empreender não é fácil. Mas o que é fácil na

Este livro foi escrito durante a mentoria de um dos meus cursos.

Foi então que percebi que as sementes foram germinadas. Que

Parabéns para as autoras, belíssimo trabalho, que me deixou

Boa leitura! Bruno Rodrigues. 8 de junho de 2019.

“que o dinheiro seja uma justa consequência

Se você é Psicólogo(a) e hoje tem dificuldades em

Eu me formei em Psicologia em 2013 e como disse

O psicólogo que não decide trabalhar em

O primeiro princípio de sucesso na Psicologia é o

É essencial você reconhecer sua responsabilidade pelo

MARKETING COM ÉTICA

O segundo princípio de sucesso na Psicologia é o

Uma das estratégias mais poderosas de marketing

Você vai oferecer aquilo que elas estão buscando, se

qualidade e com periodicidade, mostrando seu

BUSCA POR EXCELÊNCIA

O terceiro e último pilar de sucesso na Psicologia é a busca

são tão novas assim, mas que para muitos Psicólogos

Apesar da Psicologia ser uma ciência, quase todos os dias

É fato que existe uma carência e até uma certa resistência

cologia, que são o autorreconhecimento profissional, o

(11) 9.9876-8942 Roberta Martinesl

COMO SE PREPARAR PARA AS

Quando nós, profissionais do crescimento pessoal e da

Enquanto avançamos, também nos deparamos com

um daqueles cenários onde as más notícias não param de

O esgotamento físico e mental e o investimento de energia

1- NÃO FAZER UM PLANO DE NEGÓCIOS

O Plano de Negócios é fundamental para todo negócio que

2- NÃO FAZER UM PLANEJAMENTO FINANCEIRO

Este ponto, diretamente relacionado com o anterior,

3- QUERER FAZER TUDO SOZINHO(A)

No início do trabalho empreendedor é comum que por

4- QUANDO UMA PORTA FECHA ANTES DE

Em muitas ocasiões, o Psicólogo (a) tem um emprego

em ação, desenvolvemos nosso projeto com calma,

e paciência! Chorei, desabafei, me senti impotente e

5- NÃO DISPOR DE RECURSOS ECONÔMICOS

É bastante comum que após a graduação, por

aprendizagem de estratégias e persistência. Lembre-se:

6- OS CLIENTES NÃO APARECEM

Segundo minha própria experiência e de outros

possam finalmente vir até você. Os clientes não

7- NÃO SABER MANEJAR AS EMOÇÕES NAS