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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL

Resenha Crítica de Caso ZARA


WALTER DE OLIVEIRA DÓRO FILHO

Trabalho da disciplina GESTÃO DE OPERAÇÕES, PRODUÇÃO E


SERVIÇOS
Tutor: Prof. JOSÉ MANOEL BERNAR BORGES

RIO DE JANEIRO
2019

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ZARA: MODA RÁPIDA

Referências: GHEMAWAT P. NUENO, J.I. ZARA: MODA RÁPIDA-HAVARD BUSINESS


SCHOOL. DEZEMBRO DE 2006.

No texto, o autor apresenta o grupo espanhol Inditex, que é proprietário da marca Zara.
Aborda resumidamente a história de crescimento da empresa, de seu fundador Amancio
Ortega e as proporções patrimoniais da organização que atua ramo de vestuário. Discorre
sobre processo de produção, terceirização, logística, substituição de mão de obra por capital,
fragmentação no processo produtivo entre outros.

É praxe haver disputa por mercado em redes de lojas, para tanto a Inditex possuía a
proposta de “Fast Fashion” ou na tradução livre “moda rápida” que seria uma forma de
desenhar, produzir e vender peças de um modo rápido e eficiente. A intenção era que roupas
passassem a ser consumidas em um tempo bem menor, como se perecíveis fossem, o que
geraria naturalmente maior volume de vendas. A organização prometia, e para tanto detinha
investimento em estrutura para tal, entregar em qualquer lugar do mundo em até 2 dias, dai a
justificativa do nome Fast Fashion.

Ao longo do texto, o autor detalha como era o método de produção nos mínimos
detalhes, inclusive os procedimentos de logística, politicas de eliminação de armazéns,
mantendo baixo nível de estoque a fim de reduzir custos e aumentar a eficiência do
processo.

Discorre sobre a façanha da Zara em criar desenhos que em poucos dias eram
disponibilizados para comercialização na linha final, demonstrando extrema agilidade. Fato
que surpreendia o padrão tradicional que demandava muitas vezes alguns meses para
transformar uma ideia no papel em um produto concluído disponível para venda.

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Além dessas inovações estabeleceu o sistema “just in time” que em tradução livre seria
“em tempo real” e um mecanismo avançado de conexão entre a corporação, os pontos de
fornecimento, as áreas de produção e os pontos de vendas. O desenvolvimento dessa
técnica permitiu a Zara uma redução da necessidade de capital de giro, uma vez que sua
produção era facilitada, aumentando assim seu poder de reação frente aos concorrentes.

Ao longo, o autor, descreve como era o processo produtivo antes do modelo fast
fashion, narrando que era bastante normal uma produção fragmentada, na qual indústrias de
grande porte faziam uso de mão de obra terceirizada para reduzir os gastos com a produção
e elevar a margem de lucro.

Dentro deste escopo, o autor aproveitou para apontar o papel desempenhado pelas
empresas intermediárias “transfronteiriças”, que tinham a função de levar o vestuário desde a
fábrica que exportava até as lojas de países que importavam os produtos.

Discorreu sobre a problemática de se comercializar produtos dentro de países com


culturas diferentes, o que era solucionado com uma interação entre a equipe de criação e os
gerentes das lojas. Não obstante, deve-se salientar que a Zara não orientava sua fábrica
para desenvolver produtos para atender a demanda exclusiva de um determinado país, pois
apesar das especificidades, a padronização cultural tornou-se mais maleável no decorrer do
tempo com o rompimento das fronteiras imaginárias do globo. As diferenças pontuais
permitiam, inclusive, que itens que não se encaixassem nos anseios do público consumidor
de uma localidade, possuíssem melhor demanda em outra região, desta forma, o
investimento em marketing era focado no ponto de venda.

Ainda de acordo com o texto, foi possível concluir que o Grupo Inditex, possuía os
conceitos de missão e foco muito bem definidos, pois conheciam o cliente e os desafios
inerentes ao mercado, e para tanto, produziu roupas com desenho inovador e preço baixo.
Buscou terceirizar a mão de obra, operou pelo just time, negociou insumos e otimizou toda
cadeia produtiva.

Em suma, a leitura do caso Zara reforçou a concepção de que atualmente, a empresa


que melhor aproveita seus recursos e o converte em resultados positivos possui maior
possibilidade de sobrevivência no mercado. O público consumidor, cada vez mais exigente,

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busca a melhor relação custo benefício para concentrar seus gastos. Dentro desta
perspectiva, para manter-se dentro de um universo extremamente competitivo, figurando
como uma opção viável para o cliente é fundamental ter a ciência de que se deve priorizar a
redução de custo em lugar de aumentar o preço.

O contexto atual globalizado, marcado por metamorfoses de ordem econômica e


também social, exige dos gestores, técnica, experiência e habilidade para atuar em situações
de extrema complexidade. O espaço mercadológico é determinante na reformulação de
novos arquétipos de gestão empresarial.

Desta forma, o investimento em técnicas inovadoras que acelerem a produção, são


certamente essenciais para obtenção de respostas positivas em um negócio. Considerando
as diversas tipologias de processos de gerenciamento e de produção existentes, a Zara
compreendeu perfeitamente que o cliente ainda é a mola propulsora da atividade negocial e
por esta razão construiu um império admirável.

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