Você está na página 1de 9

CURSO DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

ROTEIRO DE ESTUDO

DESENVOLVER TEXTOS COM OS TEMAS ABAIXO

1– DIVERSIDADE NA ESCOLA

Ensinar a importância do respeito que se deve ter com as diferenças dos colegas
no ambiente escolar é de fundamental importância, esse ensino deve ser aplicado
desde os primeiros anos de escolaridade.
Em primeiro lugar, convém explicar a complexibilidade do termo preconceito,
considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos,
mas também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas
das inúmeras formas de discriminação. Sendo assim, é de extrema importância que
seja eliminado o preconceito desde os primeiros anos da Educação Infantil.
É fundamental que, desde o início, a hipocrisia seja deixada de lado na afirmação
de que todos somos iguais, mesmo porque se todos realmente fossem iguais não
haveria preconceito. É a partir das diferenças que surgem os preconceitos. É
notório que muitas escolas são reprodutoras da própria discriminação e que não
desenvolvem, nem se quer tem interesse em buscar, propostas pedagógicas para
se contrapor em relação às questões apresentadas.
O ideal é que o educador, antes de trabalhar o assunto em questão na sua sala de
aula, deixe bem claro para o seu alunado três conceitos fundamentais, são eles:
• Preconceito: julgamento ou ideia preconcebida, a respeito de uma pessoa ou de
um povo.
• Discriminação: quando os preconceitos são exteriorizados em atitudes ou ações
que invadem os direitos das pessoas, utilizando como referência critérios injustos
(idade, religião, sexo, raça, etc.)
• Racismo: superioridade de certa raça humana em relação às demais,
características intelectuais ou morais por se considerar superior a alguém.
O ideal é que todo educador tenha em mente a importância de propiciar ao seu
aluno um ambiente que priorize e estimule o respeito à diversidade, ajudando a
formar cidadãos mais educados e respeitosos que se preocupam com os outros,
possuindo o espírito de coletividade.
2- O PROFESSOR FRENTE AOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A educação não é um objeto que pode ser adquirido em qualquer esquina, ela é
uma construção e precisa de atenção, paciência, cuidado, pessoas dispostas.
O que muita gente não sabe é que dentro do espaço escolar, onde o conhecimento
pedagógico é construído e repassado, muitos indivíduos, mesmo estando
fisicamente ali, não conseguem se desenvolver e processar as informações de
modo a produzir as ligações necessárias para a construção do conhecimento.
A deficiência intelectual, de acordo com a Associação Americana sobre Deficiência
Intelectual do Desenvolvimento, consiste em funcionamento intelectual inferior à
média (QI), associado a limitações adaptativas em pelo menos duas áreas de
habilidades (comunicação, autocuidado, vida no lar, adaptação social, saúde e
segurança, uso de recursos da comunidade, determinação, funções acadêmicas,
lazer e trabalho), que ocorrem antes dos 18 anos de idade.
Muitas vezes, a família não é a primeira a perceber os sinais dessas dificuldades, já
que elas se acentuam nos momentos que exigem atenção, concentração e
disciplina para aprendizagem,  mas a escola logo entende a atipicidade daquela
criança. Seja no desenvolvimento das atividades em grupo, ou no trato social que o
aluno não tem, ou em uma agressividade excessiva e uma reação negativa aos
NÃOS do dia a dia.
O maior problema nesse momento é a identificação do problema, a aceitação por
parte da família e o processo de intervenções necessárias por parte da escola para
que o direito a educação seja respeitado para cada criança. Não adianta perceber
uma dificuldade e não interferir no desenvolvimento da criança sem a devida
atenção.
Em muitos diagnósticos clínicos, o comportamento intelectual á atípico:
 Autismo
 Síndrome de Down
 Comprometimentos ou ausência da fala
 TDAH
 Déficit de atenção
 Hipertatividade
 Síndrome de Tourret
 Além dos mais de 400 transtornos de aprendizagem
As alterações intelectuais não são doenças, mas condições neurobiológicas fora
dos padrões, o aluno não precisa de cura, ele precisa de compreensão, material
adequado e terapias que o auxiliem na superação da dificuldade!
Mas e aí, esse diagnóstico limita o aluno?
“Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la
da maneira que ela pode aprender”. Marion Welchmann
Essa deve ser a premissa do educador e da escola ao olhar para esse aluno.
O laudo não determina o que o indivíduo consegue ou não consegue aprender. O
laudo não determina a capacidade cognitiva dessa criança. As condições
intelectuais atípicas existem em pelo menos 60% da população escolar do Brasil
(Censo escolar 2016) e é preciso, enquanto escola e educadores, encarar essa
realidade da maneira mais positiva possível, recebendo esses alunos, dando a
atenção necessária e valorizando cada um dos seus esforços.
Qual é a importância do Laudo?
O laudo médico dá nome a uma dificuldade, orienta os profissionais em relação as
terapias necessárias, mas ele não tem o poder de determinar até onde esse aluno
pode chegar, tudo depende das pessoas que vão cruzar os eu caminho e o
emprenho dos seus em ajuda-lo. Nada, nem o laudo, substitui o fator humano, o
poder de transformação que um professor exerce sobre a vida de uma criança,
sobretudo daqueles que possuem dificuldades diversas é extraordinário.
Hoje, em sala de aula, muitos são os alunos que apresentam variados transtornos
de aprendizagem e atrasos intelectuais, mas não foram diagnosticados. Para esses
alunos também é necessário debruçar nosso olhar. Por mais que ainda não exista
uma determinação clínica acerca daquela dificuldade, a criança ainda precisa de
ajuda, ela ainda está em sala de aula e segue sendo um cidadão de direito que tem
garantido seu direito a educação de qualidade de uma maneira que seja capaz de
suprir suas necessidades pedagógicas sem a expor ou constrange-la diante dos
colegas e de si mesmo.

QUESTÕES DISCURSIVAS

1– QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS COM


DEFICIÊNCIA MENTAL?

As principais características da deficiência intelectual são a falta de concentração, a


dificuldade em interagir e se comunicar e a baixa capacidade de compreensão
linguística (não compreendem a escrita ou precisam de um sistema de aprendizado
especial).
Na área motora, poderá haver alterações nos movimentos mais finos, dificuldades
em manter o equilíbrio, dificuldade na coordenação motora, locomoção e
manipulação de objetos.
Na área cognitiva, as maiores dificuldades estão na concentração, memória e
solução de problemas, o que torna o aprendizado mais lento.
Quando à comunicação, a deficiência mental provoca dificuldades para se
expressar, fazendo com que a pessoa seja pouco compreendida.
Já na área sócio-educacional existe uma diminuição das interações sociais em
ambiente escolar, uma vez que a idade mental está atrasada em relação à idade
real.

2– APRESENTE EM FORMA DE PLANEJAMENTO DIDÁTICO DUAS


EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORES COM ATENDIMENTO DE ALUNOS
COM DEFICIÊNCIA MENTAL? CASO NÃO CONSIGA FAÇA O SEU PLANO.

Plano Pedagógico Especializado para o aluno com Deficiência Intelectual

NOME DO ALUNO: C.R.G.


SÉRIE: 4.º ano do Ensino Fundamental
ANO: XXXX
DATA DE NASCIMENTO: XX/XX/XX - IDADE ATUAL: 13 ANOS
PERÍODO DA EXECUÇÃO DO PDI: XXXX
PROFESSORA DO AEE: XXXX
PROFESSORA DA CLASSE REGULAR: XXX

Ações necessárias para atender às necessidades educacionais especiais


do aluno

Âmbito: Escola
Ações necessárias já existentes:
- Atendimento na Sala de Recursos Multifuncional;
- Currículo e materiais adaptados às suas necessidades educacionais
especiais;
- Orientar a equipe escolar sobre as necessidades educacionais do aluno;
- Participação do aluno em todas as atividades propostas pela escola.

Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas:


- Informar a família do aluno a respeito de seu desempenho nas atividades
escolares e seu potencial
de aprendizagem;
- Reduzir o número total de alunos em sala de aula e o número de alunos com
necessidades educacionais especiais que frequentam a mesma sala de C.R.G.
Responsáveis:
- Diretor da escola;
- Coordenador pedagógico.

Âmbito: Sala de aula


Ações necessárias já existentes
- Uso de materiais pedagógicos adaptados às necessidades do aluno;
- Orientação individual e sistemática ao aluno frente às suas necessidades
específicas;
- Desenvolvimento de atividades que favoreçam o trabalho de memória,
atenção e concentração
do aluno;
- Atividades diferenciadas que desenvolvam a leitura, a escrita e o raciocínio
matemático.

Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas


- Ampliar o uso de material pedagógico adaptado;
- Realizar atividades em grupo para melhora da autoestima, socialização e
diminuição dos episódios
de agressividade frente a frustrações;
- Desenvolver atividades que melhorem a qualidade da comunicação.

Responsáveis
- Professor da sala regular;
- Coordenador pedagógico;
- Professor da Sala de Recursos Multifuncional.

Plano de Desenvolvimento Individual para o Atendimento Educacional


Especializado

Âmbito: Família
Ações necessárias já existentes
- Envolvimento dos pais nas reuniões propostas pela escola;
- Orientar os pais quanto à realização das tarefas escolares;
- Orientar os pais quanto à estimulação do aluno em atividades domésticas que
auxiliem em sua
concentração, atenção, comunicação e memória.
Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas
- Orientar os pais quanto ao oferecimento de atividades que estimulem a leitura
e a escrita;
- Orientar os pais quanto ao oferecimento de atividades que estimulem a
comunicação, visando à melhora de suas produções orais;
- Envolver os pais nas diferentes atividades propostas pela escola;
- Orientar os pais quanto à importância do acompanhamento do aluno nos
atendimentos especializados fora da escola.

Responsáveis
- Pais e irmãos;
- Professor da sala regular;
- Professor da Sala de Recursos Multifuncional;
- Coordenador pedagógico.

Âmbito: Saúde
Ações necessárias já existentes:
-Consulta ao oftalmologista para avaliação e indicação de lentes corretivas para
os problemas visuais;
-Acompanhamento médico sistemático para prevenção e controle de doenças
respiratórias e controle dos problemas visuais.
Ações necessárias que ainda precisam ser desenvolvidas:
- Manter acompanhamento médico sistemático.

Responsáveis:
- Família;
- Médicos especializados.

Com base no texto e utilizando de outras fontes busque as respostas as


questões abaixo.
- O que é um aluno com deficiência?
De acordo com a ONU, é aquele que tem impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.

- O que é um aluno com altas habilidades/ superdotação?


É aquele que demonstra potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas,
isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e
artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e
realização de tarefas em áreas de seu interesse.

- O que é o Atendimento Educacional Especializado (AEE)?


É um serviço da Educação Especial, de caráter complementar ou suplementar,
voltado para a formação dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, considerando as suas

necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação


nas atividades escolares. Ele perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de
ensino, sem substituí-los, garantindo o direito de todas as crianças, jovens e
adultos à educação escolar comum. Ele constitui oferta obrigatória dos sistemas de
ensino, todavia, participam do AEE os alunos que dele necessitam. O AEE é
realizado no turno inverso ao da sala de aula comum.

- O que é a Sala de Recursos Multifuncionais?


É o espaço localizado na escola de educação básica onde se realiza o Atendimento
Educacional Especializado – AEE. Ela é constituída de mobiliários, materiais
didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos e
de professores com formação para realizar o AEE.

- Quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE)?


Professor com formação inicial ou continuada em Educação Especial para realizar
o AEE.

05- Você acredita que está acontecendo uma verdadeira inclusão social nas
escolas brasileiras?
Ainda não há inclusão de fato na educação. Para isso realmente acontecer, é
necessário oferecer a estrutura correta e estabelecer os objetivos corretos, para o
aluno ter condições de alcançar.
Para que uma sala de aula possa ser considerada inclusiva deve haver um
comprometimento do profissional que atua nesse espaço, buscando a tecnologia
assistiva como aliada e que diferentes metodologias possam ser ajustadas com o
objetivo de mudar a realidade existente.
Mesmo já tendo sido mostrada a necessidade de inclusão de alunos com
deficiência no Ensino Regular, muitas crianças com deficiência vêm sendo excluída
ou mesmo segregadas, embora os documentos legais tragam a orientação que
nenhum aluno deve ficar fora da escola, não devendo ser negada a matricula, o
acesso e a permanência dessas crianças na sala de aula comum ainda é
questionados por algumas escolas, com o discurso de que não estão preparadas
para atender a esse público.

06- Na sua prática educativa possui alunos que apresentam distúrbios de


necessidades especiais para construir a aprendizagem? Se possui faça um
relato de suas experiências. Se não faça uma entrevista com um professor
que possui e faça um relatório dessa entrevista.
Pesquisei na internet um relato de experiência, a utilização de tecnologias
interativas e assistivas no atendimento educacional especializado – Sala de
Recursos Multifuncional. Desafiados com o problema de um aluno do 5° ano, com
15 anos de idade, que apresentava diagnóstico de baixa visão, défict cognitivo,
sem aquisição da leitura e escrita e defasagem de série/idade, utilizaram recursos
tecnológicos do Dosvox, através de jogos, e também a mediação do professor que
possibilitou a utilização destes recursos no processo ensino aprendizagem. O relato
propõe uma reflexão nas possibilidades e caminhos do fazer e do saber, a
descoberta do eu professor e do eu aluno e a dinâmica entre ambos para o avanço
no desenvolvimento educacional. Como resultado desta experiência, percebi o
estabelecimento de uma relação de confiança e afetividade entre professor e aluno,
uma maior aceitabilidade do aluno com a mediação tecnológica e ludicidade dos
jogos e uma aprendizagem significativa mais efetiva.
O papel do professor, numa escola que se pauta nos princípios de uma Educação
Inclusiva, é de facilitador no processo de busca de conhecimento que parte do
aluno. Ele é quem organiza situações de aprendizagem adequadas às diferentes
condições e competências, oferecendo oportunidade de desenvolvimento pleno
para todos os alunos.

07-Os profissionais da Educação podem e devem avaliar suas ações de


intervenção, já que é somente com esta informação que eles podem manter
um trabalho eficiente e de qualidade, no atendimento às peculiaridades
individuais de todos os seus alunos, e na resposta às necessidades
educacionais especiais presentes no grupo. Existem fatores que permitem
identificar se um programa de atenção pedagógica a alunos que apresentam
cegueira está sendo eficiente e eficaz. Você concorda com essa afirmação.
Fundamente sua resposta!
Geralmente, o professor é a primeira pessoa a observar comportamentos não
adaptados apresentados pelo aluno, e solicitar orientação para a equipe técnica e a
direção da unidade, para que sejam providenciados encaminhamentos para
profissionais especializados, quando necessário.

Apesar desses comportamentos muito provavelmente já serem conhecidos no


contexto familiar, na maioria das vezes os familiares, até então, “viraram-se” como
puderam, tentando administrar, nos meandros do cotidiano doméstico, a
convivência com o problema.
Esses registros têm o objetivo de contribuir para a identificação das necessidades
educacionais do aluno, de modo que a escola busque respostas adequadas para
seu processo de aprendizagem.

Você também pode gostar