SIMULADO
Cabelos brancos
Olá, pessoal da revista CHC. Meu nome é Maria Eduarda, tenho nove anos e estou no 4º ano A, na Escola
Municipal Dr. Álvaro Coelho. Eu gostei muito da reportagem da CHC 159 “Por que os cabelos ficam brancos?”. Ela
mostra como acontece esse processo. Queria muito que publicassem minha carta. Muitos beijos e abraços para
vocês.
A função da arte
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava
na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
– Me ajuda a olhar!
GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Trad. Eric Nepomuceno 5ª ed. Porto Alegre: Editora L & PM, 1997.
E.C.T.
Que por descuido abriu uma carta que voltou Levou um susto que lhe abriu a boca
Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado Retrato de 3 x 4 pra batizado distante
Dizendo “eu caso contente, papel passado, presente Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera
A) coloquial.
B) formal.
C) jornalística.
D) literária.
Conversa fiada
Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava pescando num lago.
Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e ficava pescando no mesmo
lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no mesmo momento, exatamente no mesmo
instante, sentiram aquela puxadinha que indica que o peixe mordeu a isca. [...] Quando apareceram os respectivos
peixes, porém, decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!
– Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da vida que lhe resta.
O menino respondeu:
– E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe que ele viva mais um pouco!
O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempo, jogaram os peixes no lago.
Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago, cumprimentam os peixes e matam o
tempo jogando conversa fora.
FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996
Mercado do tempo
Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – precisava
um dia maior para pôr tudo em dia.
Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de priorização,
planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita
diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para
outros lugares. [...] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.
Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por
fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de
encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo,
antes que ele acabe ultrapassando você.
Nesse texto, no trecho “Mas a ciência tem uma receita diferente:...” (2° parágrafo), a palavra destacada estabelece
relação de
A) oposição.
B) conclusão.
C) explicação.
D) adição.
Quintais
Adriana Lisboa
No principal, o portão se abria para a rua, e ali ficava a casa propriamente dita, e por cima do muro baixo a
gente via as cabeças das pessoas que passavam pela rua, sempre tão devagar. Às vezes vinha dar na varanda o
cheiro do rio, um cheiro de pano e de barro. Na garagem descoberta, sobre os cascalhos, dormia a Variant marrom
do meu avô.
À esquerda, separado por um muro com uma passagem, ficava o universo dos abacateiros e o quartinho que
o meu avô chamava de Petit Trianon. Nós apanhávamos abacates para fazer boizinhos com palitos de fósforo. O
Petit Trianon eu não me lembro para que servia, ficava quase sempre fechado. Mas eu tinha pesadelos com ele.
À esquerda, separado por outro muro com outra passagem, ficava um universo híbrido em que cabiam
orquídeas numa estufa, galinhas, goiabeiras [...]
À direita do quintal principal, ficava o último, e quase proibido. Havia o muro, mas na passagem tinha um
portãozinho baixo de madeira, que às vezes a gente pulava por prazer. [...]
Fonte: http://www.releituras.com/adrilisboa_quintais.asp
No trecho do terceiro parágrafo “Mas eu tinha pesadelos com ele.”, a palavra grifada se refere ao
(B) avô.
(C) quartinho.
A partir do momento em que a lógica popular desenrola diante de nós sua sequência de surpresas, é
inevitável que vejamos surgir a figura do grande contador de histórias turco, Nasreddin Hodja. Ele é o mestre nessa
matéria. Aos seus olhos a vida é um despropósito coerente, ao qual é fundamental que nós nos acomodemos.
Deste modo, quando era jovem ainda, seu pai um dia lhe disse:
– Porque é um hábito muito bom. Um dia eu me levantei ao amanhecer e encontrei um saco de ouro no meu
caminho.
– Alguém o tinha perdido na véspera, à noite?
– Não, não – disse o pai. – Ele não estava lá na noite anterior. Senão eu teria percebido ao voltar para casa.
– Então – disse Nasreddin –, o homem que perdeu o ouro tinha se levantando ainda mais cedo. Você está
vendo que esse negócio de levantar cedo não é bom para todo mundo.
(CARRIÈRE, Jean-Claude. O círculo dos mentirosos: contos filosóficos do mundo inteiro. São Paulo: Códex, 2004.)
Sinceridade de criança
Era uma época de “vacas magras”. Morava só com meu filho, pagando aluguel, ganhava pouco e fui convidada
para a festa de aniversário de uma grande amiga. O problema é que não tinha dinheiro messmoooooo.
Fui a uma relojoaria à procura de uma pequena joia, ou bijuteria mesmo, algo assim, e pedi à balconista:
– Queria ver alguma coisa bonita e barata para uma grande amiga!
Ela me mostrou algumas peças realmente caras, que na época eu não podia pagar.
Então eu pedi:
– Posso ver o que você tem, assim... alguma coisa mais baratinha?
Quando chegamos ao aniversário, (eu e meu filho) fomos cumprimentar minha amiga, que, ao abrir o
presente, disse:
E meu filho, na sua inocência de criança bem pequena, sem saber bem o que significava a expressão
“baratinha” completou:
A) da chegada ao aniversário.
B) da inocência da criança.
C) do convite para o aniversário.
D) do presente comprado.
AS ESTRELAS
Numa das noites daquele mês de abril estava Dona Benta na sua cadeira de balanço, lá na varanda, com olhos
no céu cheio de estrelas. A criançada também se reunira ali.
Súbito, Narizinho, que estava em outro degrau da escada fazendo tricô, deu um berro.
Mas Dona Benta não ouviu. Não tirava os olhos das estrelas. Estranhando aquilo, os meninos foram se
aproximando. E ficaram também a olhar para o céu, em procura do que estava prendendo a atenção da boa velha.
— Que é vovó, que a senhora está vendo lá em cima? Eu não estou enxergando nada. - disse Pedrinho. Dona
Benta não pôde deixar de rir-se. Pôs nele os óculos e puxou-o para o seu colo e falou:
— Não está vendo nada, meu filho? Então olha para o céu estrelado e não vê nada?
Fonte: LOBATO, Monteiro. As estrelas. In: ______ . Viagem ao céu. 19. ed. São Paulo: Brasiliense, 1971. Fragmento.
Os pesquisadores não têm certeza de como funciona o sono dos golfinhos. Uma das hipóteses é que eles
nunca dormem totalmente e uma parte de seu cérebro permanece ativa, enquanto outra repousa, pois precisam
subir à superfície para respirar. É possível também que eles tirem apenas cochilos para descansar. Há ainda a
possibilidade de revezarem o descanso com os companheiros de grupo para evitar o ataque de predadores.
A) alternância.
B) causa.
C) condição.
D) explicação.
[...] Filho, esta história inteira, desde o início até o fim, é sobre o seu nome, o meu nome, e o nome de nossos
antepassados desde a época de Muzamba. O povo de Muzamba falava uma língua chamada swahili. [...]
No exato dia em que meu pai me contou porque eu me chamava Uhuru, decidi que meu filho teria o mesmo
nome, mesmo que ele pareça tão estranho para quem não conhece esta história.
Uhuru parou e pensou. Olhou para cima e viu a lua cheia, brilhando e deixando a noite clara como nunca.
Ouviu os grilos cantando no jardim, e os sapos coaxando na lagoa próxima. [...] De longe, ele julgou ouvir um grito
de um falcão, quando a resposta lhe veio à mente, escapando de sua boca quase como um grito.
− Liberdade!
− Muito bem, meu filho! Uhuru significa liberdade na língua swahili. [...] LIBERDADE!
LOBÃO. Alexandre Santos. O que significa Uhuru. In: Uhuru – uma história de liberdade.Brasília: LGE Editora, 2009. p. 97-8. Fragmento.
No trecho “Ouviu os grilos cantando no jardim,...” (5° parágrafo), a expressão destacada exprime circunstância de
A) causa.
B) lugar.
C) modo.
D) tempo.
(Português: linguagens, 7ª série/William Roberto Cereja, Thereza Analia Cochar Magalhães. – São Paulo: Atual, 1998.)
Sabemos que fatos como este continuam acontecendo e que cada vez mais nosso planeta está sendo ameaçado.
(A) o autor introduz, no segundo quadrinho, personagens diferentes daqueles do primeiro quadrinho.
(C) Cebolinha estava tão distante da cena que tinha visto, apenas, vultos.
O LOBO DESATENTO
Certa noite, um lobo andava pela floresta em busca de comida. E já estava empenhado nessa tarefa havia um
bom tempo, sem qualquer resultado prático, quando sentiu no aro cheiro de carneiros. “Até que enfim”, foi o
pensamento que lhe veio à cabeça de imediato, e então, imaginando o que de bom poderia encontrar mais adiante
para aplacar a fome que sentia, ele caminhou rapidamente na direção que o seu faro indicava.
Logo à frente, as árvores davam lugar a uma grande área coberta de relva, e era nesse pedaço de chão que
os carneiros descansavam protegidos por um cão. O lobo não se preocupou com isso. O que fez foi sair andando
passo a passo, o mais devagar que podia, procurando se aproximar do ponto que ficava mais distante do vigia, onde
algumas das possíveis presas dormiam sossegadas.
E já estava quase lá, quando uma de suas patas traseiras descuidou-se um momento e pisou em um pedaço
de tábua já meio apodrecido. Esta rangeu sob o peso do animal, e o barulho que fez soou tão alto em meio ao
silêncio da noite que acordou o cão de guarda, fazendo-o sair na mesma hora em perseguição ao lobo desastrado.
Que por sua vez, coitado, não teve outra coisa a fazer senão fugir em desabalada carreira, esfomeado e sem
alimento.
Moral da história: Quem não presta atenção no que faz, algum dia vai acabar se metendo em apuros.
Os pancararés
Conhecedores de cada canto da região em que viveram os cangaceiros, os pancararés, quando a volante
passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando. Hoje, uma comunidade remanescente dos pancararés vive na
Baixa do Chico, um pequeno povoado situado no interior do Raso da Catarina. Embora as condições de vida sejam
bastante simples, os moradores parecem saudáveis. Vivem em casas rústicas de pau-a-pique e recebem água de
um poço artesiano porque a região é árida e agreste. Dedicam-se a pequenas lavouras de milho e feijão e à criação
de gado.
www.almg.gov.br/revistalegis/saofrancisco/população.
No trecho “...quando a volante passava, ajudavam a esconder Lampião e seu bando.”, a expressão destacada demonstra
uma circunstância de
(A) dúvida.
(B) condição.
(C) tempo.
(D) comparação.
Acho uma boa idéia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionados por alguém
responsável pelos jogos ou qualquer opção de lazer que se ofereça no dia. A comunidade poderia interagir e
participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e até churrascos dentro da escola.
(A) alternância.
(B) oposição.
(C) adição.
(D) explicação.