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depende do processo de produçã o. Durante as pró ximas sessõ es iremos verificar que existem vá rios regimes
de produçã o, de acordo com o tipo de empresa e, este, irá condicionar o apuramento do custo dos seus
produtos.
O custo de um produto só é igual ao somató rio simples dos elementos que o integram (matérias-primas,
despesas com pessoal e gastos gerais) quando se trata de uma produçã o de um ú nico bem numa secçã o com
apenas uma operaçã o. Na realidade esta situaçã o raramente acontece. Normalmente existem vá rias
operaçõ es mais ou menos complexas a executar em diferentes secçõ es homogéneas.
De seguida iremos analisar o efeito dos regimes de fabrico no apuramento dos custos dos produtos.
(1) Simples O processo produtivo é simples e existe uma ú nica operaçã o fabril (exemplo:
Fabricaçã o de caixas de conservas)
Complexa Há vá rias operaçõ es fabris dando lugar a um ou a mais produtos (exemplo: as
fá bricas de lacticínios: leite, manteiga, queijo, natas, etc.)
Com base no regime de fabrico existem os seguintes métodos de cá lculo do custo do produto/serviço:
MÉTODO CARACTERÍSTICAS
Método Directo Fabricaçã o por encomenda
(ou custeio por Produçã o diversificada, descontínua e variá vel
ordens de
Produto identificado ao longo de todo o processo de fabrico (produtos
produção ou
encomendas) perfeitamente distinguíveis entre si)
Sã o identificados e determinados todos os custos de produçã o directos,
relativos a cada produto, ao longo de todo o processo de fabrico
Os custos sã o acumulados em “Fichas de Custo” e em contas divisioná rias da
conta “94 – Fabricaçã o”, geralmente designadas por Ordens de Produçã o
(OP) ou Obras em Curso
Facilidade de calcular o CIPA de cada obra e identificar as obras em curso no
final do período
Método Indirecto Fabricaçã o de um ú nico produto ou um nú mero reduzido de produtos,
( ou do Custeio geralmente em grandes quantidades
por Processo) Produçã o contínua e ininterrupta ou por séries de produtos homogéneos
Acumulaçã o mensal, por produtos, dos custos industriais, determinando-se o
custo unitá rio (médio) de cada unidade
Os custos industriais sã o frequentemente decompostos pelas principais
fases da produçã o
Matérias
Directas
Armazém de
Matérias
FASE I FASE II Produtos
Directas Semi-produtos Acabados
Custos de Custos de
Transformação Transformação
Método Misto Combinam características dos métodos directo e indirecto
Processo contínuo até uma certa fase (custeio por processo) e depois
descontínuo e individualizado (custeio por obra)
A primeira grande diferença entre estas duas empresas é ao nível do produto final:
Empresa de Construção de Imóveis Empresa Fabricante de lâmpadas
Ao construir imó veis, cada produto final é uma Estando especializada na produçã o de
obra perfeitamente distinta e individualizada lâ mpadas, produz grandes quantidades de um
com características específicas (cada imó vel é ú nico produto. Desta forma, os produtos finais
diferente do outro) da empresa B sã o perfeitamente iguais e, nã o é
possível, distinguir entre uma lâ mpada de
outra.
Estas características do produto final afectam e condicionam o processo de fabrico das duas empresas:
Antes de prosseguirmos para o apuramento dos custos, é importante referir que apenas entram os custos de
produçã o. Daí tornar-se importante que os custos de uma empresa sejam subdivididos, relativamente ao
processo produtivo, em custos de produçã o e em custos do período.
Para proceder ao apuramento dos custos implicará , como se pode antever pelas características apresentadas,
imputar a cada unidade os custos, directos e indirectos, sacrificados na sua produçã o.
Assim, os custos dos produtos será o somató rios das parcelas, referentes á s diferentes categorias dos custos
de custos de produçã o, que lhe forem imputadas:
Custo Produtos = Materiais Directos (MD) + Mão-de-Obra Directa (MOD) + Custos Indirectos de Fabrico (GGF/CIF)
Identifique o regime de fabrico de cada uma das seguintes empresas colocando um (X) :
Regime de Fabrico
Tipo de Empresa
Por Ordem / Encomenda Série / Por Processo
Empresa de Artes Grá ficas
Fá brica de Sabã o
Processamento Amendoim
Mó veis e Decoraçã o
Oficinas de Reparaçã o de automó veis
Fabricaçã o de Velas
Regimes de fabrico
Objectivo
Timing de apuramento do custo dos produtos
O PROCESSO PRODUTIVO
Uma empresa realiza operaçõ es externas e internas. As transacçõ es externas permitem identificar as
modificaçõ es dos recursos que têm origem na permuta com o mundo exterior à empresa, enquanto as
internas, dizem respeito a factos e/ou fenó menos que provocam a transformaçã o de uns recursos em outros.
Todo o processo supõ e a existência de um conjunto de operaçõ es que permitem a transformaçã o de factores
em produtos:
Os FACTORES sã o todos os recursos econó micos adquiridos para ser utilizados na sua actividade econó mica;
As OPERAÇÕES realizam-se com a utilizaçã o de uma certa tecnologia e de uma forma estruturada num
conjunto de funçõ es realizadas de forma coordenada. A realizaçã o destas funçõ es supõ e o consumo de
factores para a obtençã o de produtos ou serviços
O processo produtivo é um conjunto de operaçõ es de natureza produtiva necessá rias para transformar as
matérias-primas em produto acabado.
Para fabricar uma t-shirt é necessá rio transformar o tecido numa peça de vestuá rio.
Fases de elaboraçã o dum produto serã o assim as sucessivas alteraçõ es que é possível observar no produto
durante o seu processo de transformaçã o.
O processo produtivo pode idealmente ser visto e representado por um segmento de recta divisível ou nã o,
em segmentos menores.
Preparaçã o
Corte
Costura
Estampagem
Embalagem
Para cada fase do Processo Produtivo é necessá rio reconhecer as Principiais Fases do Produto, que
incorporam diversas operaçõ es:
A estrutura do processo produtivo mostra a forma como as sucessivas operaçõ es se combinam no decurso do
processo produtivo. Neste sentido, a estrutura pode ser linear, convergente, divergente ou mista. Se o nú mero
de fases de fabrico for elevado, a estrutura refere-se à forma como essas fases se combinam e nã o apenas ser
operaçõ es simples.
A estrutura diz-se LINEAR se a cada operaçã o se sucede de forma directa uma e só uma operaçã o, formando
uma série linear de operaçõ es.
Modelagem Acabamento
Diz-se CONVERGENTE se uma dada operaçã o é precedida de duas ou mais séries lineares de operaçõ es.
Tecido em rolo
Tecido T-Shirt
Tecido em retalhoCortado
Diz-se divergente se uma dada operaçã o se sucedem duas ou mais séries lineares de operaçõ es
T-Shirt Simples
Tecido Tecido
T-Shirt Estampada
Cortado
Finalmente diz-se mista se consiste numa combinaçã o de duas ou mais das estruturas anteriores.
FIGURA 7- ESTRUTURA MISTA
Tecido T-Shirt
Tecido em retalho T-Shirt Estampada
Cortado
A Empresa CHEIRA BEM fabrica perfumes e á gua-de-coló nia. Para o efeito, efectua o tratamento das pétalas
de flores, dando origem ao “perfume”. Durante este processo é libertado um semi-produto, o ó leo o qual apó s
um processo de tratamento dá origem à á gua-de-coló nia. O líquido é colocado em garrafas e levado para o
Armazém.
a) Com base o no processo acima descrito identifique as fases do processo produtivo e a sua estrutura.
b) Identifique o tipo de estrutura deste sistema Produtivo
Seleccione a afirmaçã o mais correcta para cada uma das questõ es:
A produçã o efectiva do período (Pe) será determinada somando a existência final de produtos em vias (curso)
de fabrico (EFPVF) com a produçã o acabada (PA) no final do período e subtraindo a existência inicial de
produtos em vias (curso) de fabrico (EIPVF). Ou seja,
Pe = EFPVF + PA – EIPVF
Nem todas as empresas utilizam a sua capacidade má xima. A capacidade má xima é a resultante da utilizaçã o
má xima de todos os factores, enquanto a capacidade normal é aquela que resulta de uma situaçã o da
capacidade normal dos factores envolvidos.
A capacidade é a quantidade má xima de produtos ou serviços que podem ser produzidos numa unidade
produtiva, num determinado período de tempo. Assim, a produçã o má xima é definida como a produçã o anual
que a empresa poderia produzir assumindo perfeitas condiçõ es, isto é, se nã o houvesse problemas, tais como
o tempo de inactividade causada por falta de materiais ou falhas de má quinas.
A produçã o normal é um nível de produçã o média esperada ao longo dos vá rios anos que vem, isto é,
considerado as variaçõ es desfavorá veis em alguns anos e as variaçõ es favorá veis em outros anos
FACTORES PRODUTIVOS
Para realizar a actividade produtiva, o Homem necessita de dispensar energia física e intelectual (trabalho),
de assegurar a utilizaçã o de outros bens (capital), nã o esquecendo as matérias-primas. Assim, trabalho e
capital sã o dois factores essenciais à produçã o e produzir consiste em combiná -los, de forma a obter bens e
serviços. Da combinaçã o dos factores trabalho e capital dependerá também a eficá cia da produçã o.
Factores de Trabalho
Produção Recursos
Ou Naturais
Factores
Produtivos
Capital
À autores que nã o incluem o factor Recursos Naturais como factor de produçã o. O factor de produçã o
recursos naturais inclui todas as componentes do processo produtivo que sã o disponibilizadas pela natureza
e como tal nã o sã o objecto de qualquer transformaçã o prévia.
Os recursos naturais estã o na origem de todo o processo produtivo e podemos classificá -los em, recursos
naturais nã o renová veis (aqueles que se esgotarã o um dia) e os recursos naturais renová veis (aqueles que
nã o se esgotam, possibilitando mú ltiplas utilizaçõ es sem que umas condicionem as outras.
O Capital
No sentido vulgar, o termo capital pode ser utilizado como sinó nimo de patrimó nio ou riqueza, ou seja, um
conjunto de bens que um indivíduo ou um grupo de indivíduos possui. No entanto, em sentido econó mico,
nem todo o patrimó nio constitui capital. Com efeito, o conceito econó mico de capital abrange apenas o
conjunto de bens (riqueza) que sã o utilizados na actividade produtiva, isto é, aqueles que se destinam à
obtençã o de novas riquezas.
Assim, quando o patrimó nio nã o é utilizado na actividade produtiva, ele constitui apenas riqueza. Se por
exemplo uma indú stria adquiriu um andar para habitaçã o pró pria, esta será considerada riqueza ou
patrimó nio. No entanto, se o mesmo indivíduo adquirir um andar para instalar os escritó rios da sua empresa,
entã o, neste caso, será considerado capital.
Capital
Circulante
Técnico
Capital Capital fixo
Financeiro
Vejamos as diferenças:
Capital Financeiro é constituído pela moeda e pelo conjunto de valores mobiliá rios, tais como,
acçõ es, obrigaçõ es, títulos de tesouro, etc. Igualmente se inclui no capital
financeiro
Capital Técnico: é o conjunto dos bens de produçã o que permitem a obtençã o dos bens de
consumo (por exemplo: edifícios, má quinas, matérias-primas).
Capital circulante: os bens que sã o destruídos ou transformados durante o proceso produtivo,
constituem o capital circulante, como por exemplo, a energia eléctrica
(matéria subsidiá ria) e as matérias-primas;
Capital fixo: os bens sã o utilizados no decorrer de vá rios processos de produçã o, como
por exemplo, as má quinas, a viaturas, etc., constituem o capital fixo
Existem livros que incluem o capital humano. De facto estes dois factores sã o importantes. O primeiro é
referente a todas as matérias-primas, mas como já se inclui este tipo custos nos factores de produçã o
recursos naturais, preferi suprimi-los do corpo do texto. Quanto ao capital humano, está subjacente, como é
ó bvio no factor de produçã o trabalho, é de realçar que aqui é realçado todo o percurso feito pelo trabalhador,
tais como, a aquisiçã o de conhecimentos e a experiencia profissional.
O Trabalho
Um dos factores de produçã o é a força de trabalho. Esta é a capacidade do Homem desempenhar uma tarefa
que se concretiza na transformaçã o de objectos de trabalho através da utilizaçã o de determinados meios de
trabalho. Em sentido lato, podemos dizer que o trabalho é toda a actividade humana que leva à produçã o de
bens e serviços e pela qual se aufere uma remuneraçã o.
O trabalho pode assumir diversas formas, tendo em conta as características das funçõ es desempenhadas no
processo produtivo, consoante o tipo de esforço predominantemente desenvolvido e a natureza das funçõ es
desempenhadas. Assim, podemos distinguir:
O factor trabalho num país corresponde ao conjunto da populaçã o em condiçõ es para participar no processo
produtivo. Este conjunto da populaçã o residente recebe o nome de populaçã o activa. Ao conjunto de
indivíduos excluído por o conjunto acima apresentado dá -se o nome de populaçã o inactiva, ou seja a parte da
populaçã o que nã o faz parte do processo produtivo.
Quando um determinado processo produtivo utiliza mais intensivamente o capital dá -se o nome de capital
intensivo e diz-se de trabalho intensivo, se utilizam intensivamente o trabalho ou mã o-de-obra.