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NT — Np =n ray MULTIVIX Capitulo 1 ee O Psicodiagnéstico Clinico na Atualidade 0 psicodiagnéstico esta recuperando-se de uma época de crise durante a qual poderiamos dizer que havia caido no descrédito da maioria dos profissionais da satide mental. Considero imprescindivel revalorizar a etapa diagnéstica no trabalho clinico e sustento que um bom diagnéstico clinico esta na base da orientacao voeacional ¢ profissional, do trabalho como peritos forenses ou trabalhistas, etc. ‘Se somos consultados é porque existe um problema, alguém sofre ou esta incomodado ¢ devemos indagar a verdadeira causa disso. Fazer um diagnéstico psicologico nao significa necessariamente 0 mesmo que fazer um psicodiagnéstico. Este termo implica automaticamente a administra: {Ga0 de testes e estes nem sempre sio necessarios ou convenientes. Mas um diagnéstico psicol6gico t4o preciso quanto possivel ¢ imprescindivel por diversas razoes: Para saber o que ocorre e suas causas, de forma a responder ao pedido ‘com 0 qual fol iniciada a consulta. 9. Porque iniciar um tratamento sem 0 questionamento prévio do que real- mente acorre representa um risco muito alto. Significa, para o paciente, a certeza de que poderemos “curé-lo” (usando termos cléssicos). 0 que ocorre se logo aparecem patologias ou situacdes complicadas com as quais no sabemos lidar, que vo além daquilo que podemos absorver, através de supervisées ¢ anilises? Buscaremos a forma de interromper (consciente out inconscientemente) 0 tratamento com @ conseguinte hos- tilidade ou decepedo do paciente, 0 qual tera muitas diividas antes de tornar a solicitar ajuda. 3, Para proteger 0 psicélogo, que ao inictar um tratamento contrat auto- maticamente um compromisso em dois sentidos: clinico € ético. Do pon- to de vista clinico deve estar certo de poder ser idéneo perante 0 caso sem cair em posturas ingénuas nem onipotentes. Do ponto de vista éti- co, deve proteger-se de situagdes nas quais est implicitamente com- prometendo-se a fazer algo que néo sabe exatamente 0 que é. No entanto, as conseqiiéncias do nao cumprimento de um contrato terapéutico sao, em alguns paises, a cassagao da carteira profissional 5 ——_—ets 6 Garcia Arzeno Por estas razbes insisto na importdneia da etapa dlagndstichy sejam quals forem 0S {nstrumentos cientificos utilizados na mesma. Na ‘obra “A iniciagho do iratamento” Freud fala da Tmportancia desta etapa, & gU ‘cle dedicava os primel- ros meses do tratamento. Coloca que ela € vantajosa ‘tanto para o paciente quanto para o profissional, que Ratha assim se poderd ou nao chess & ‘uma conclus’o positiva. ‘cao sou favordvel & iia de dediess tanto tempo ao diagnostic, poraNe Fe cestabelece assim uma relagao transferencial muito difell de dissolver se a decisdo for a de nao continuar. Alem ‘do mais, dispomos na atualidade de todos 08 TeCUTSS eseritos neste livro (e multos ros) que permite solucionar & duvidas © tempo menor. ‘Vejamos agora com que finalidades pode ser utilizado 0 psicodiagnostico. 1) Diagndstce. Conforme © exPOs® selma é dbvio que a primeira € principal sinatidade de vm estudo psicadiagntsen oa estabelecer um dlagnésticn. B cabe Patarecer que isto nao equivale & separ um rotulo”, mas a explicar 0 que corre Stem do que o paciente pode descreec conscientemente. ‘Durante a primeira entrevista ‘elaboramos certas hipateses presuntivas. Mas a entrevista projetiva, mesm> reno imapreseindivel, nao é sufllene para um diag: néstico cientificamente fundamentado. ‘Getpremos do que diz Karl Meninge 0° foi diretor da Meninger Clinic {BUAA) no prefielo do lvro de David Rapapor?™ Durante séculs o dingnéstico PSHIBHNTS dependeu fundamentalmente da obser fo ctinica. Todas as esandes ge rasa nosologiapsiautsic-) foram realizadas sem ja das teencas de labora. nest imum dos instrumentos de Preis! que atualmente aia amos como desenvotimento Ge tye moderna. Tanto 2 psguiatrin 00 séeulo XIX racing primera parte do seeulo XX: en ria impresses cea Oc como Fgura sas A ger

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