Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Este artigo tem por objetivo caracterizar a fisiologia do parto normal das cadelas, apresentando as
formas mais freqüentes das distocias de causa materna e fetal e as alternativas básicas de como e
quando fazer a intervenção.
60
PRESTES, N. C. Como e quando intervir no parto de cadelas / Ho'H/ and whe" 10 intervene in lhe parturilion of birches./ Rev. educo contin. CRMY-SP / Continuous Education
Journal CRMV-SP, São Paulo, volume 4, fascículo 2, p. 60 - 64, 2001.
mente 24 horas), ocorre a expulsão dos filhotes pela rência de diarréia nas cadelas que ingerirem os anexos
ação das contrações das musculaturas abdominal e ute- fetais, e a involução uterina integral acontece em 12 a l5
rina. A temperatura volta ao normal ou permanece li- semanas pós-parto.
geiramente abaixo.
No terceiro estágio, acontece a expulsão das pla- Distocia: É definida como uma dificuldade de nas-
centas se os anexos não forem eliminados concomitante cer ou a inabilidade materna em expelir os fetos pelo ca-
ou logo após ao respectivo filhote. A secreção puerperal nal do parto, sem assistência. É mais freqüente nas ca-
imediata tem coloração esverdeada para as cadelas e delas que nas gatas e, de modo geral, apresenta incidên-
vermelha ou marrom para as gatas. É esperada a ocor- cia de 5%, podendo atingir a 100% em algumas raças,
61
PRESTES. N. C. Como e quando intervir no parto de cadelas I How and when to interven~ in tire parturitioll ofbitches.1 Rev. educo contin. CRMV-SP I Conlinuous Education
Jouma) CRMV-SP, São Paulo. volume 4. fascículo 2. p. 60 - 64. 2001.
62
PRESTES, N. C. Como e quando intervir no parto de cadelas! How a"d when lO interve"e in the parturition ofbitches.! Rev. educo contin. CRMV-SP! Continuous Education
Journal CRMV-SP. São Paulo, volume 4, fascículo 2, p. 60 - 64, 2001.
sendo mais comum nos animais de alta linhagem, quando em resposta aos estímulos endógeoos característi-
comparados aos sem raça. cos do parto. Síndrome do feto único, excesso de
líquidos fetais, fetos absolutos ou relativos grandes,
Inércia uterina: é subdividida em primária e se- distúrbio nutricional, infiltração de gordura, disfun-
cundária, com a seguinte definição: ção hormonal ou doenças sistêmjca materna, entre
Primária: quando o útero falha em contrair, outras.
Figura 1. Massa tumoral no corpo uterino, bloqueando a expulsão Figura 4. Prolapso lOtaI de um corno uterino, durante o parto
dos filhotes. normal.
Figura 2. Imagem do útero aberto, exibindo os filhotes mortos Figura 5. Prolapso parcial de ambos os cornos uterinos. durante a
e alteração na coloração dos líquidos fetais. fase expulsiva em cadela. A área anelar mais escura, representa o local
da justaposição placentária.
Figura 3. Torção uterina, evidenciando-se início de necrose, em Figura 6. Sinais de hemorragia na via fetal mole, com emissão de
cadela submetida à cesariana. coágulos em cadela em trabalho de parto.
63
PRESTES. N. C. Como e quando intervir no pano de cadelas I How and when lo inlervene in lhe parturitio'l of bilclles. I Rev. educo contiDo CRMV-SP I Continuous Education
Journal CRMV-SP. São Paulo, volume 4, fascfculo 2. p. 60 - 64, 2001.
SUMMARY
The objective of this paper is to characterize tbe physiology of normal parturition in bitches. Special
emphasis is given to the more common maternal and fetal dystocias as weU as to the basic alternati-
ves on how and when to intervene.
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
J. CONCANNON, P. w.; McCANN, J. P.; TEMPLE, M. Biology 5. GAUDET, D. A. Retrospective study of 128 cases of canine
and endocrinology of ovulation, pregnancy and parturition in the dystocia. JournaJ or the American Animal Hospital Associa-
dog. Journal of Reproduction and Fertility, v. 39, p. 3-25, tion, v. 21, n. 6, p. 813·816,1985.
1989. Supplement.
6. KUNJYUKl, A. H.; HUGHES, M. J. Pregnancy diagnosis by
biochemical assay. Problems in Veterinary Medicine-Canine
2. EKSTRAND, c.; L1NDE-FORSBERG, C. Dystocia in the cat:
Reproduction, v. 4, n. 3, p. 505-530, 1992.
a retrospective study of 155 cases. Journal or 8mall Animal
Practice, v. 35, n. 8, p. 459-464, 1994. 7. LALIBERTE, L. Pregnacy, obstetrics and postpartum manage-
mem or the queen. ln: MORROW, D. A. Current therapy in
3. DARVELlD, A. W.; L1NDE-FORSBERG, C. Dysticia theriogenology: diagnosis, treatmem and prevention or repro-
in the bitck: a retrospective study of 182 cases. Jour- ductive disease in smali and large animais. 2. ed. Philadelphia:
nal or 8mall Animal Practice, v. 35, n. 8, p. 402-407, W. B. Saunders, 1986. p. 8 J 2-821.
1994.
8. L1NDE-FORSBERG, c.; ENEROTH, A. Manual or small
animal reproduction and neonatology. Shurdington: Bri·
4. FIENI, F.; DUMON, c.; TAINTURJER, D.; BRUYAS, J. F. tish Small Animal Veterinary Association, 1998. p. 126-142.
Clinicai protocol for pregnancy termination in bitches using pros-
taglandin F2a. Journal orReproduction and Fertility, v. 51, p. 9. RONSIN, P.; BERTHELOT, X. Aborto provocado em cadelas.
245-250, 1997. Supplement. A Hora Veterinária, ano 16, n. 94, p. 68-73, 1996.
64