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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM

FICHAMENTO/CITAÇÃO

Faculdade Centro Universitário Dom Pedro II


Curso Licenciatura em história
Disciplina Teorias do Desenvolvimento Semestre/Turma
Docente Júlio Cézar Barbosa Data: 16 /06/21 Nota:
Discente Helenildo Martins dos Santos Junior

ATIVIDADE AVALIATIVA DE APRENDIZAGEM


FICHAMENTO

Assunto: Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do


desenvolvimento de duração da vida. (p. 1-15).

Fonte: LIMA, Caroline Costa Nunes. Psicologia da Educação. Sagah.

“Os cinco sistemas ambientais da teoria ecológica de Bronfenbrenner [...] De acordo


com essa teoria, é por meio do contexto social que se pode compreender os processos
a respeito do desenvolvimento humano. Assim, compreendem o indivíduo pelo
resultado de sua interação com o ambiente. [...] Microssistema: é o ambiente do dia a
dia no lar, na escola, no trabalho ou na vizinhança, incluindo relacionamentos face a
face com cônjuge, filhos, pais, amigos, colegas de classe, professores, empregadores
ou colegas de trabalho; Mesossistema: é o entrelaçamento de vários microssistemas.
Poderá incluir vínculos entre o lar e a escola ou entre a família e o grupo de colegas.
Por exemplo, um mau dia de um dos pais no trabalho poderá afetar as interações com
o filho de um modo negativo no final do dia. Apesar de nunca ter ido ao local de
trabalho, mesmo assim a criança é afetada; Exossistema: consiste em vínculos entre
um microssistema e sistemas de instituições externas que afetam a pessoa
indiretamente. Como o sistema de trânsito de uma comunidade afeta as oportunidades
de trabalho? A programação na televisão que encoraja o comportamento pró-social
torna as crianças mais prestativas; Macrossistema: consiste em padrões culturais
abrangentes, como as crenças e ideologias dominantes, e sistemas econômicos e
políticos. Como um indivíduo é afetado por viver numa sociedade capitalista ou
socialista; Cronossistema: adiciona a dimensão do tempo, a mudança ou constância
na pessoa e no ambiente. Isso pode incluir mudanças na estrutura da família, no lugar
de residência ou no emprego, e também mudanças culturais abrangentes, como
guerras e ciclos econômicos (períodos de recessão ou de relativa prosperidade). [...] É
importante enfatizar que Bronfenbrenner [...] considera que o indivíduo não é somente o
resultado de seu desenvolvimento e, sim, como alguém que é capaz de moldar esse
desenvolvimento de acordo com suas características biológicas e psicológicas.” (p.2-5).

“No modelo bioecológico, são reapresentados quatro aspectos multidirecionais inter-


relacionados, o que é designado como modelo PPCT: “pessoa, processo, contexto e
tempo”. Pessoa: refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser
humano em desenvolvimento, no decorrer de sua existência. A abordagem reformulada
ressalta a importância de se considerar as características do indivíduo em
desenvolvimento, como convicções, nível de atividade, temperamento, além de metas e
motivações dele. Para o autor, isso tudo tem considerável impacto na maneira pela qual
os contextos são experienciados pela pessoa, tanto quanto os tipos de contextos nos
quais o sujeito se insere. Características do tipo pessoais, como gênero ou cor da pele,
que podem influenciar na maneira pela qual outros lidam com a pessoa em
desenvolvimento, como valores e expectativas que se tem na relação social, devem ser
consideradas. Processo: tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e está
constituído por papéis e atividades diárias da pessoa em desenvolvimento. Para se
desenvolver intelectual, emocional, social e moralmente, o ser humano, a criança ou o
adulto requerem — para todos eles — a mesma coisa: participação ativa em interação
progressivamente mais complexa, recíproca com pessoas, objetos e símbolos no
ambiente imediato. Para ser efetiva, a interação tem que ocorrer em uma base bastante
regular em períodos estendidos de tempo. Contexto: quando o autor fala em contexto
de desenvolvimento, ele está se referindo ao meio ambiente global em que o indivíduo
está inserido e onde se desenrolam os processos desenvolvimentais. Os vários
ambientes subdivididos pelo autor, abrangendo tanto os ambientes mais imediatos nos
quais a pessoa em desenvolvimento vive, como os mais remotos, em que a pessoa
nunca esteve, mas que se relacionam e têm o poder de influenciar o curso de
desenvolvimento humano. Esses ambientes são denominados micro, meso, exo e
macrossistemas, e sobre eles será escrito mais adiante. Tempo: pode ser entendido
como o desenvolvimento no sentido histórico ou, em outras palavras, o modo como as
mudanças ocorrem nos eventos no decorrer dos tempos, devido às pressões sofridas
pela pessoa em desenvolvimento. Outro exemplo de como o tempo influencia o
desenvolvimento da pessoa é a diferença na maneira de os pais criarem seus filhos na
década de 40 e 80 ou na atualidade.” (p.6).
“Os oito estágios de desenvolvimento humano da teoria de Erikson [...] você pode
observar que cada um desses estágios representa um momento que confronta a
pessoa com uma crise intermediada por seu potencial e sua vulnerabilidade,
defrontando aspectos positivos e negativos. De acordo com Erikson (1987), é
fundamental, ao analisar essas fases, considerar o contexto histórico e cultural em que
o indivíduo está inserido, pois, a partir dessas observações, será possível relacionar o
social e o individual, visto que, na concepção do pesquisador, desse modo é que se
pode construir a análise da formação da identidade. [...] Confiança versus
desconfiança: É o primeiro estágio psicossocial de Erikson. Ocorre no primeiro ano de
vida. O desenvolvimento da confiança requer uma criação afetuosa e educativa. O
resultado positivo é uma sensação de conforto e medo mínimo. A desconfiança se
desenvolve quando os bebês são tratados negativamente ou são ignorados (Infância,
primeiro ano) [...] Autonomia versus vergonha e dúvida: é o segundo estágio
psicossocial de Erikson. Ocorre na infância e com crianças de um a três anos. Depois
de ganhar confiança em seus cuidadores, os bebês começam a descobrir que o
comportamento deles é o seu próprio. Eles afirmam sua independência e compreendem
sua vontade. Se os bebês são muito reprimidos ou punidos muito severamente,
desenvolvem um senso de vergonha e dúvida. Infância (de 1 aos 3 anos). [...] Iniciativa
versus culpa: corresponde à primeira infância, por volta dos três aos cinco anos. Como
crianças de hoje experimentam um mundo social mais amplo, são mais desafiadas que
nós quando éramos crianças. Para enfrentar esses desafios, precisam se empenhar
num comportamento ativo e determinado. Nesse estágio, os adultos esperam que as
crianças se tornem mais responsáveis e exigem que elas assumam alguma
responsabilidade no cuidado de seus corpos e pertences. O desenvolvimento de um
senso de responsabilidade aumenta a iniciativa. As crianças desenvolvem
desconfortáveis sentimento de culpa, se têm comportamento irresponsável ou se
deixadas muito ansiosas. Primeira infância (anos pré-escolares, dos 3 aos 5 anos). [...]
Esforço versus inferioridade: corresponde aproximadamente aos anos do ensino
fundamental, dos seis anos de idade até a puberdade ou início da adolescência. A
iniciativa das crianças faz com que elas tenham contato com uma riqueza de novas
experiências. Ao entrarem para o ensino fundamental, direcionam sua energia para
dominar o conhecimento e as habilidades intelectuais. Em nenhuma época as crianças
são mais entusiasmadas com relação à aprendizagem do que ao final da primeira
infância, quando sua imaginação é expansiva. O perigo dos anos do ensino
fundamental é desenvolver um senso de inferioridade, improdutividade e
incompetência. Infância média e tardia (anos do ensino fundamental, dos 6 à
puberdade). [...] Identidade versus confusão de identidade: corresponde aos anos
da adolescência. Os adolescentes tentam descobrir quem são, o que são e para onde
estão indo na vida. Eles são confrontados com muitos novos papéis e status de adultos
(tais como o vocacional e o amoroso). É preciso permitir que os adolescentes explorem
diferentes caminhos para alcançar uma identidade saudável. Se eles não explorarem
adequadamente diferentes papéis e não estabelecerem um caminho futuro positivo,
poderão permanecer confusos sobre sua identidade. Adolescência (dos 10 aos 20
anos). [...] Intimidade versus isolamento: corresponde aos anos da juventude, dos 20
aos 30 anos. A tarefa desenvolvimental é estabelecer relacionamentos próximos
positivos com os outros. Erikson descreve a intimidade como se encontrar, mas se
perder em outra pessoa. O risco desse estágio é que se pode falhar ao estabelecer
uma relação íntima com um companheiro amoroso ou amigo e se tornar socialmente
isolado. Para tais indivíduos, a solidão pode se tornar uma nuvem negra sobre suas
vidas. Idade adulta primária (20, 30 anos). Produtividade versus estagnação:
corresponde aos anos da idade adulta média, dos 40 aos 50 anos. A produtividade
significa transmitir algo positivo para a próxima geração. Isso pode envolver papéis
como criação e ensino, por meio dos quais os adultos auxiliam a próxima geração a
desenvolver vidas proveitosas. Erikson descreve a estagnação como a sensação de
não ter feito nada para ajudar a próxima geração. Idade adulta média (40, 50 anos). [...]
Integridade versus desespero: corresponde aos últimos anos da maturidade, dos 60
anos até a morte. Adultos idosos reveem suas vidas, refletindo sobre o que fizeram. Se
a avaliação retrospectiva é positiva, desenvolvem um senso de integridade. Ou seja,
eles veem sua vida como positivamente integrada e vá ida. Do contrário, os idosos
ficam desesperados se seu olhar para trás é especialmente negativo. Maturidade (dos
60 anos em diante).” (p.7-10).

“Competências essenciais para o desenvolvimento socioemocional dos alunos [...] ter


determinada competência não significa apenas identificar qual situação, problema e
decisão devem ser resolvidos, e, sim, deve-se ter a explicitação de quais saberes,
capacidades e pensamentos serão requisitados para lidar com a circunstância dessa
situação. [...] Intencionalidade e reciprocidade: quanto mais claros são os objetivos
do professor, quanto mais as metas são transformadas em ações concretas para serem
alcançadas, mais será gerada a reciprocidade (o desejo de aprender) no estudante. [...]
Significado: explicar claramente o conceito, as implicações, as interligações com
outros conceitos e outras áreas do conhecimento e da experiência humana. Garantir
que seja significativo para o aluno, que ele perceba valor na aprendizagem. Conferir
sentidos, verificar se aquilo que o aluno está entendendo é o que se imagina que ele
esteja entendendo. [...] Transcendência: ultrapassar o “aqui e agora”, articular as
aprendizagens com outros contextos e saberes. Aplicar o que se aprende na vida. [...]
Regulação e controle do comportamento: ajudar o aluno a regular suas próprias
ações, adequando-as às exigências da situação; promover o pensamento
autorreflexivo. [...] Compartilhamento: promover o desenvolvimento dos vários
aspectos subjetivos inerentes a situações de interação. Cultivar um clima de respeito e
ajuda mútua; ressaltar a importância de aprender a lidar com as emoções (próprias e
dos outros), de se expressar de maneira clara, de buscar o equilíbrio entre os objetivos
pessoais e os grupais, de resolver conflitos, etc. [...] Planejamento e busca por
objetivos: ajudar o aluno a identificar suas metas e traçar planos (concretos e
realizáveis) para alcançá-las. [...] Sentimento de pertença: trazer à consciência dos
alunos os seus grupos de pertencimento; ‘[...] ajudar o aluno a construir a sua
personalidade por meio da escolha e do reconhecimento dos grupos com os quais pode
se identificar’ (ABED, 2014, p. 69 apud ABED, 2016, p. 21)”

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