[1] O documento resume as teorias do desenvolvimento socioemocional de Bronfenbrenner e Erikson. [2] A teoria ecológica de Bronfenbrenner explica como o desenvolvimento é influenciado pelas interações em diferentes sistemas de contexto. [3] A teoria dos estágios do desenvolvimento de Erikson descreve oito estágios que desafiam o indivíduo a lidar com crises de confiança, autonomia, iniciativa e outras questões.
Descrição original:
Título original
Desenvolvimento socioemocional Teoria Ecológica e Teoria do Desenvolvimento de Duração da Vida
[1] O documento resume as teorias do desenvolvimento socioemocional de Bronfenbrenner e Erikson. [2] A teoria ecológica de Bronfenbrenner explica como o desenvolvimento é influenciado pelas interações em diferentes sistemas de contexto. [3] A teoria dos estágios do desenvolvimento de Erikson descreve oito estágios que desafiam o indivíduo a lidar com crises de confiança, autonomia, iniciativa e outras questões.
[1] O documento resume as teorias do desenvolvimento socioemocional de Bronfenbrenner e Erikson. [2] A teoria ecológica de Bronfenbrenner explica como o desenvolvimento é influenciado pelas interações em diferentes sistemas de contexto. [3] A teoria dos estágios do desenvolvimento de Erikson descreve oito estágios que desafiam o indivíduo a lidar com crises de confiança, autonomia, iniciativa e outras questões.
Curso Licenciatura em história Disciplina Teorias do Desenvolvimento Semestre/Turma Docente Júlio Cézar Barbosa Data: 16 /06/21 Nota: Discente Helenildo Martins dos Santos Junior
ATIVIDADE AVALIATIVA DE APRENDIZAGEM
FICHAMENTO
Assunto: Desenvolvimento socioemocional: teoria ecológica e teoria do
desenvolvimento de duração da vida. (p. 1-15).
Fonte: LIMA, Caroline Costa Nunes. Psicologia da Educação. Sagah.
“Os cinco sistemas ambientais da teoria ecológica de Bronfenbrenner [...] De acordo
com essa teoria, é por meio do contexto social que se pode compreender os processos a respeito do desenvolvimento humano. Assim, compreendem o indivíduo pelo resultado de sua interação com o ambiente. [...] Microssistema: é o ambiente do dia a dia no lar, na escola, no trabalho ou na vizinhança, incluindo relacionamentos face a face com cônjuge, filhos, pais, amigos, colegas de classe, professores, empregadores ou colegas de trabalho; Mesossistema: é o entrelaçamento de vários microssistemas. Poderá incluir vínculos entre o lar e a escola ou entre a família e o grupo de colegas. Por exemplo, um mau dia de um dos pais no trabalho poderá afetar as interações com o filho de um modo negativo no final do dia. Apesar de nunca ter ido ao local de trabalho, mesmo assim a criança é afetada; Exossistema: consiste em vínculos entre um microssistema e sistemas de instituições externas que afetam a pessoa indiretamente. Como o sistema de trânsito de uma comunidade afeta as oportunidades de trabalho? A programação na televisão que encoraja o comportamento pró-social torna as crianças mais prestativas; Macrossistema: consiste em padrões culturais abrangentes, como as crenças e ideologias dominantes, e sistemas econômicos e políticos. Como um indivíduo é afetado por viver numa sociedade capitalista ou socialista; Cronossistema: adiciona a dimensão do tempo, a mudança ou constância na pessoa e no ambiente. Isso pode incluir mudanças na estrutura da família, no lugar de residência ou no emprego, e também mudanças culturais abrangentes, como guerras e ciclos econômicos (períodos de recessão ou de relativa prosperidade). [...] É importante enfatizar que Bronfenbrenner [...] considera que o indivíduo não é somente o resultado de seu desenvolvimento e, sim, como alguém que é capaz de moldar esse desenvolvimento de acordo com suas características biológicas e psicológicas.” (p.2-5).
“No modelo bioecológico, são reapresentados quatro aspectos multidirecionais inter-
relacionados, o que é designado como modelo PPCT: “pessoa, processo, contexto e tempo”. Pessoa: refere-se ao fenômeno de constâncias e mudanças na vida do ser humano em desenvolvimento, no decorrer de sua existência. A abordagem reformulada ressalta a importância de se considerar as características do indivíduo em desenvolvimento, como convicções, nível de atividade, temperamento, além de metas e motivações dele. Para o autor, isso tudo tem considerável impacto na maneira pela qual os contextos são experienciados pela pessoa, tanto quanto os tipos de contextos nos quais o sujeito se insere. Características do tipo pessoais, como gênero ou cor da pele, que podem influenciar na maneira pela qual outros lidam com a pessoa em desenvolvimento, como valores e expectativas que se tem na relação social, devem ser consideradas. Processo: tem a ver com as ligações entre os diferentes níveis e está constituído por papéis e atividades diárias da pessoa em desenvolvimento. Para se desenvolver intelectual, emocional, social e moralmente, o ser humano, a criança ou o adulto requerem — para todos eles — a mesma coisa: participação ativa em interação progressivamente mais complexa, recíproca com pessoas, objetos e símbolos no ambiente imediato. Para ser efetiva, a interação tem que ocorrer em uma base bastante regular em períodos estendidos de tempo. Contexto: quando o autor fala em contexto de desenvolvimento, ele está se referindo ao meio ambiente global em que o indivíduo está inserido e onde se desenrolam os processos desenvolvimentais. Os vários ambientes subdivididos pelo autor, abrangendo tanto os ambientes mais imediatos nos quais a pessoa em desenvolvimento vive, como os mais remotos, em que a pessoa nunca esteve, mas que se relacionam e têm o poder de influenciar o curso de desenvolvimento humano. Esses ambientes são denominados micro, meso, exo e macrossistemas, e sobre eles será escrito mais adiante. Tempo: pode ser entendido como o desenvolvimento no sentido histórico ou, em outras palavras, o modo como as mudanças ocorrem nos eventos no decorrer dos tempos, devido às pressões sofridas pela pessoa em desenvolvimento. Outro exemplo de como o tempo influencia o desenvolvimento da pessoa é a diferença na maneira de os pais criarem seus filhos na década de 40 e 80 ou na atualidade.” (p.6). “Os oito estágios de desenvolvimento humano da teoria de Erikson [...] você pode observar que cada um desses estágios representa um momento que confronta a pessoa com uma crise intermediada por seu potencial e sua vulnerabilidade, defrontando aspectos positivos e negativos. De acordo com Erikson (1987), é fundamental, ao analisar essas fases, considerar o contexto histórico e cultural em que o indivíduo está inserido, pois, a partir dessas observações, será possível relacionar o social e o individual, visto que, na concepção do pesquisador, desse modo é que se pode construir a análise da formação da identidade. [...] Confiança versus desconfiança: É o primeiro estágio psicossocial de Erikson. Ocorre no primeiro ano de vida. O desenvolvimento da confiança requer uma criação afetuosa e educativa. O resultado positivo é uma sensação de conforto e medo mínimo. A desconfiança se desenvolve quando os bebês são tratados negativamente ou são ignorados (Infância, primeiro ano) [...] Autonomia versus vergonha e dúvida: é o segundo estágio psicossocial de Erikson. Ocorre na infância e com crianças de um a três anos. Depois de ganhar confiança em seus cuidadores, os bebês começam a descobrir que o comportamento deles é o seu próprio. Eles afirmam sua independência e compreendem sua vontade. Se os bebês são muito reprimidos ou punidos muito severamente, desenvolvem um senso de vergonha e dúvida. Infância (de 1 aos 3 anos). [...] Iniciativa versus culpa: corresponde à primeira infância, por volta dos três aos cinco anos. Como crianças de hoje experimentam um mundo social mais amplo, são mais desafiadas que nós quando éramos crianças. Para enfrentar esses desafios, precisam se empenhar num comportamento ativo e determinado. Nesse estágio, os adultos esperam que as crianças se tornem mais responsáveis e exigem que elas assumam alguma responsabilidade no cuidado de seus corpos e pertences. O desenvolvimento de um senso de responsabilidade aumenta a iniciativa. As crianças desenvolvem desconfortáveis sentimento de culpa, se têm comportamento irresponsável ou se deixadas muito ansiosas. Primeira infância (anos pré-escolares, dos 3 aos 5 anos). [...] Esforço versus inferioridade: corresponde aproximadamente aos anos do ensino fundamental, dos seis anos de idade até a puberdade ou início da adolescência. A iniciativa das crianças faz com que elas tenham contato com uma riqueza de novas experiências. Ao entrarem para o ensino fundamental, direcionam sua energia para dominar o conhecimento e as habilidades intelectuais. Em nenhuma época as crianças são mais entusiasmadas com relação à aprendizagem do que ao final da primeira infância, quando sua imaginação é expansiva. O perigo dos anos do ensino fundamental é desenvolver um senso de inferioridade, improdutividade e incompetência. Infância média e tardia (anos do ensino fundamental, dos 6 à puberdade). [...] Identidade versus confusão de identidade: corresponde aos anos da adolescência. Os adolescentes tentam descobrir quem são, o que são e para onde estão indo na vida. Eles são confrontados com muitos novos papéis e status de adultos (tais como o vocacional e o amoroso). É preciso permitir que os adolescentes explorem diferentes caminhos para alcançar uma identidade saudável. Se eles não explorarem adequadamente diferentes papéis e não estabelecerem um caminho futuro positivo, poderão permanecer confusos sobre sua identidade. Adolescência (dos 10 aos 20 anos). [...] Intimidade versus isolamento: corresponde aos anos da juventude, dos 20 aos 30 anos. A tarefa desenvolvimental é estabelecer relacionamentos próximos positivos com os outros. Erikson descreve a intimidade como se encontrar, mas se perder em outra pessoa. O risco desse estágio é que se pode falhar ao estabelecer uma relação íntima com um companheiro amoroso ou amigo e se tornar socialmente isolado. Para tais indivíduos, a solidão pode se tornar uma nuvem negra sobre suas vidas. Idade adulta primária (20, 30 anos). Produtividade versus estagnação: corresponde aos anos da idade adulta média, dos 40 aos 50 anos. A produtividade significa transmitir algo positivo para a próxima geração. Isso pode envolver papéis como criação e ensino, por meio dos quais os adultos auxiliam a próxima geração a desenvolver vidas proveitosas. Erikson descreve a estagnação como a sensação de não ter feito nada para ajudar a próxima geração. Idade adulta média (40, 50 anos). [...] Integridade versus desespero: corresponde aos últimos anos da maturidade, dos 60 anos até a morte. Adultos idosos reveem suas vidas, refletindo sobre o que fizeram. Se a avaliação retrospectiva é positiva, desenvolvem um senso de integridade. Ou seja, eles veem sua vida como positivamente integrada e vá ida. Do contrário, os idosos ficam desesperados se seu olhar para trás é especialmente negativo. Maturidade (dos 60 anos em diante).” (p.7-10).
“Competências essenciais para o desenvolvimento socioemocional dos alunos [...] ter
determinada competência não significa apenas identificar qual situação, problema e decisão devem ser resolvidos, e, sim, deve-se ter a explicitação de quais saberes, capacidades e pensamentos serão requisitados para lidar com a circunstância dessa situação. [...] Intencionalidade e reciprocidade: quanto mais claros são os objetivos do professor, quanto mais as metas são transformadas em ações concretas para serem alcançadas, mais será gerada a reciprocidade (o desejo de aprender) no estudante. [...] Significado: explicar claramente o conceito, as implicações, as interligações com outros conceitos e outras áreas do conhecimento e da experiência humana. Garantir que seja significativo para o aluno, que ele perceba valor na aprendizagem. Conferir sentidos, verificar se aquilo que o aluno está entendendo é o que se imagina que ele esteja entendendo. [...] Transcendência: ultrapassar o “aqui e agora”, articular as aprendizagens com outros contextos e saberes. Aplicar o que se aprende na vida. [...] Regulação e controle do comportamento: ajudar o aluno a regular suas próprias ações, adequando-as às exigências da situação; promover o pensamento autorreflexivo. [...] Compartilhamento: promover o desenvolvimento dos vários aspectos subjetivos inerentes a situações de interação. Cultivar um clima de respeito e ajuda mútua; ressaltar a importância de aprender a lidar com as emoções (próprias e dos outros), de se expressar de maneira clara, de buscar o equilíbrio entre os objetivos pessoais e os grupais, de resolver conflitos, etc. [...] Planejamento e busca por objetivos: ajudar o aluno a identificar suas metas e traçar planos (concretos e realizáveis) para alcançá-las. [...] Sentimento de pertença: trazer à consciência dos alunos os seus grupos de pertencimento; ‘[...] ajudar o aluno a construir a sua personalidade por meio da escolha e do reconhecimento dos grupos com os quais pode se identificar’ (ABED, 2014, p. 69 apud ABED, 2016, p. 21)”