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TEMA: Efeitos da implantação da lei seca no Brasil

A terceira lei de Newton sugere que, para toda ação, existe uma reação. Quando o
assunto é bebida alcoólica e direção, a aplicação da Física é muito mais que uma triste
constatação, já que muitas pessoas morrem diariamente no Brasil. Para reverter tal
quadro, o governo criou a Lei Seca para inibir essa terrível combinação. Porém, é preciso
entender os limites e desafios de uma lei que, apesar de pertinente, ainda encontra
obstáculos.

Em primeiro lugar, é impossível negar a redução de acidentes e de vítimas fatais. O


fortalecimento das punições àqueles que dirigem alcoolizados fez com que muitos
temessem a perda da carteira e o valor em dinheiro da multa, além de uma possível
prisão. Assim, por meio de campanhas midiáticas, a opção por táxi ou pelo “motorista da
rodada” ganhou força. Para que isso não se perca, é muito importante que as punições se
mantenham. Nesse sentido, a mídia tem protagonismo na exposição de estatísticas e
dados.

No entanto, não se pode fechar os olhos para o fato de que a lei possui entraves. Na
rede social Twitter, a conta que mostra onde os postos de monitoramento estão
localizados tem milhões de seguidores. Basta um clique para que o cidadão que ingeriu
bebidas alcoólicas modifique seu caminho e fuja de uma blitz. Aliado a isso, o aparato
fiscalizador é falho, pois não há operações em todos os horários necessários,
concentrando-se na madrugada, como se houvesse hora marcada para beber. É papel do
Estado ampliar e intensificar a fiscalização.

Fica claro, portanto, que a Lei Seca é extremamente benéfica, mas, para que seus
efeitos sejam ainda mais positivos, há muito o que fazer. Nesse contexto, educação é
fundamental. Escolas devem mostrar desde cedo as consequências fatais da mistura de
álcool e direção, para que crianças cresçam responsáveis e não cometam tais infrações
quando adultas. Além disso, auto-escolas devem aumentar o número de aulas a respeito
de consciência no trânsito. Só assim será possível parodiar Drummond: “Stop. O
automóvel parou, a vida, não.”.

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