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Desafio.

Maratona Direito Médico


Responsabilidade Civil
DESAFIO 01 – LEIA COM ATENÇÃO

O objetivo deste desafio é fazer com que você coloque em prática o que estudamos na
aula 01, o que estamos vendo a respeito da utilização de um medicamento
denominado como “off-label” em um momento de pandemia, além de praticar o Direito
Médico.

Aqui não há certo ou errado. O momento é de praticar, treinar, exercitar o raciocínio,


para que possamos ter a certeza de que estamos no caminho certo quanto à evolução
de nossos estudos. Apenas isso.

Então, vamos ao desafio. Eu vou deixar abaixo uma pequena minuta de ação de
ressarcimento por danos morais e materiais, decorrente de uma situação que poderá
ser frequente em um futuro próximo.

Compreenda que a situação posta é apenas para exercitarmos nosso raciocínio. Não
estou estimulando ações indenizatórias, não quero que profissionais da saúde se
sintam pressionados, este é apenas um exercício hipotético, em um ambiente voltado
ao estudo do Direito Médico.

Até porque, quem quiser, fará o desafio 02, que é, justamente, o outro lado desta
situação tão complexa que estamos vivenciando.

A situação concreta é:

Paciente homem, 55 anos, casado, dois filhos maiores e capazes, possui um


emprego fixo, salário mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais). Com sintomas de
febre e tosse, vai ao hospital e é diagnosticado com COVID19. Possui diabetes. É
encaminhado para tratamento domiciliar. Com piora dos sintomas e falta de ar,
retorna ao hospital. É internado, entubado e permanece na UTI. Hospital privado,
atendimento por convênio médico.
Chega à família a possibilidade de utilização do seguinte protocolo:
Hidroxicloroquina, Azitromicina e corticoides.
Família informada e esclarecida dos possíveis riscos: comprometimento de visão,
função renal e hepática, arritmia cardíaca, óbito em alguns casos.
A família autoriza e o protocolo é iniciado.
Paciente falece após 3 dias de tratamento devido a complicações causadas pelo
COVID-19 e concausa uma arritmia cardíaca desenvolvida após o início do
tratamento.
Família procura advogado para ingressar com medida judicial em face do hospital
e do médico pelo óbito do paciente.

Se você tem a vocação para atender paciente, o seu desafio para esta semana é
preparar uma ação judicial de responsabilidade civil em face do médico e do hospital.
Exercite seu Direito Médico, não se preocupe com o resultado enfim... o importante,
neste momento, é que você possa construir uma tese indenizatória para discutirmos.
Apenas isso. Abaixo, uma minuta para você iniciar seus trabalhos.

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abril 2020.
Desafio. Maratona Direito Médico
Responsabilidade Civil
Agora, se a sua vocação é defesa dos médicos e hospitais, vá para o desafio 02.
Apenas um desafio deverá se feito por você! (se quiser fazer os dois, ótimo... rsrs...
mas o importante é que vc faça um deles ao menos).

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abril 2020.
Desafio. Maratona Direito Médico
Responsabilidade Civil

MINUTA – INICIAL RESPONSABILIDADE CIVIL


INDENIZATÓRIA – DESAFIO 01
ESSA É UMA SUGESTÃO DE REDAÇÃO DO EXERCÍCIO – FIQUE A VONTADE
PARA ELABORAR DA SUA MANEIRA
USE A SUA IMAGINAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM. VARA CÍVEL DA COMARCA DE (CIDADE /
ESTADO)

Importante:
Não esqueça de observar o artigo 319, do Código de Processo Civil (requisitos da
inicial).

(FULANA DE TAL), brasileira, viúva... (qualificação completa), endereço eletrônico, por


seu patrono que a presente subscreve vem, à presença de Vossa Excelência, ajuizar
Ação de Ressarcimento por Danos Materiais e Morais em face de (médico e hospital –
qualificar), com fulcro nos artigos 186 e 927 do Código Civil, art. 14 do Código de
Defesa do Consumidor, bem com base nas razões de fato e de direito a seguir
articuladas:

1. PRELIMINARMENTE.
Da Audiência de Conciliação.

Nos termos do art. 319, VII, do Código de Processo Civil, a Autora requer seja
designada audiência conciliatória, a fim de ver a demanda possivelmente solucionada o
quanto antes.

Dos Benefícios da Justiça Gratuita.

A Autora é pobre na acepção jurídica no termo, não possuindo condições de arcar com
os custos decorrentes da presente demanda.

(verificar requisitos nos artigos 99 e 105 do CPC).

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2. MÉRITO
Resumo dos Fatos:

Trata a presente ação de reparação por danos morais e materiais em decorrência do


óbito do Sr. (FULANO DE TAL) que, no dia XX de abril de 2020 passou a desenvolver
os sintomas típicos da COVID-19

(desenvolver
(desenvolver os fatos – use sua criatividade – crie datas, fatos, momentos... a história
deve ser o mais convincente possível.

Dados importantes:
Em uma ação envolvendo possível má prática médica, deve-se provar a culpa
(negligência, imprudência ou imperícia). Este é o foco da inicial.
Obter cópia de toda a documentação do paciente junto ao hospital. A família possui
esse direito (Recomendação CFM n. 3/14)
Solicitar ao autor da ação um resumo escrito dos fatos, em dias, horas, com o maior
detalhamento possível.

Do Direito

A Responsabilização de ordem civil encontra guarida legal no artigo 186 do Código


Civil, que disciplina a caracterização do chamado “ato ilícito”:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

No seu turno, o artigo 927 dispõe que:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.

A questão posta ainda encontra-se protegida pelo Código de Defesa do Consumidor,


cuja redação contida no artigo 14 assim dispõe, in verbis:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:

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I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante a verificação de culpa.

Verifica-se, diante do caso concreto, portanto, que o médico não agiu com acerto ao
prescrever o tratamento indicado ao paciente, ante a falta de amparo científico ao
mesmo, ocasionando seu óbito, portanto.

(localizar estudos contrários à hidroxicloroquina).

Resta evidenciada que o ato médico praticado o foi sob total imprudência do
profissional, trazendo à baila sua responsabilidade subjetiva diante da conduta,
caracterizada pela utilização de medicação ainda sem comprovação científica
definitiva.

Assim já definiu o Conselho Federal de Medicina1:

Há três possibilidades de suscitar o dano e alcançar o erro: imprudência,


imperícia e negligência. Esta, a negligência, consiste em não fazer o que
deveria ser feito; a imprudência consiste em fazer o que não deveria ser
feito e a imperícia em fazer mal o que deveria ser bem feito. Isto traduzido
em linguagem mais simples.
A negligência ocorre quase sempre por omissão. É dita de caráter
omissivo, enquanto a imprudência e a imperícia ocorrem por comissão.
O mal provocado pelo médico no exercício da sua profissão, quando
involuntário, é considerado culposo, posto não ter havido a intenção de
cometê-lo. Diverso, por natureza, dos delitos praticados contra a pessoa
humana, se a intenção é ferir, provocar o sofrimento com dano psicológico
e/ou físico para negociar a supressão do mal pela maldade pretendida.

Observação:
Neste tópico é importante fornecer os fundamentos legais que embasam a
ação.
Discorrer sobre a Responsabilidade Civil do Médico e do Hospital.
Características próprias da Responsabilidade Civil (citar autores importantes da
área: recomendação: Prof. Miguel Kfouri Neto).
Buscar Jurisprudência a respeito.
Construir a tese da imprudência (ou outra que você achar melhor).
Lembrar da base da responsabilidade civil: ação ou omissão – culpa – dano
(nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano).

Da Responsabilidade Objetiva e Solidária.


Verifica-se, in casu, a existência de um liame inseparável entre médico e hospital,
fazendo com que surja a responsabilidade entre eles.

1
http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIVerromedico.htm

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Aliás, trata-se de verdadeira responsabilidade civil objetiva, na medida em que o
hospital é o prestador de serviços, conforme caput do artigo 14 do Código de Defesa
do Consumidor, sendo hipótese da chamada Responsabilidade Objetiva derivada, a
partir da culpa do profissional, com reflexo direto na atividade hospitalar.
(buscar jurisprudência específica sobre Responsabilidade Solidária)

Do Dano Moral

(desenvolver este tópico com doutrina e jurisprudência sobre Dano Moral por má
prática médica).

Diante do exposto, resta evidente que deve, a Autora, ser ressarcida moralmente ante
a precoce perda de seu esposo, pai de seus dois filhos, cuja vida fora abreviada em
decorrência da utilização de medicamento ainda sem eficácia comprovada, em
quantum a ser fixado por esse MM. Juízo, levando-se em consideração o quanto
disposto no artigo 944 do Código Civil, em patamar não inferior a R$ (indicar o valor
que entende justo).

Do Dano Material. Pensionamento.

A autora era dependente economicamente de seu esposo, cuja renda era a que
garantia a subsistência da família.

Neste sentido, é importante que seja fixado, a título de indenização por danos morais, o
valor que seria por ele percebido em contrapartida de seu trabalho até os 75 anos de
idade, idade média laborativa no Brasil, segundo dados do IBGE.

Observação importante:
Para aprender mais sobre a valoração dos danos morais, verificar artigos 927 a
954 do Código Civil.
Busque também Jurisprudência a respeito do pensionamento.
Há, também, possibilidade de se requerer a fixação de pensão provisória, até o
julgamento da demanda, a depender de uma análise do caso concreto.

3. CONCLUSÃO

Diante de tudo quanto exposto, requer-se seja a presente ação julgada absolutamente
procedente para condenar os Réus a, solidariamente, ressarcirem moralmente a
autora, na forma acima debatida, bem como seja fixado dano material sob a forma de
pensionamento, conforme exposto alhures.

Ademais, requer-se seja designada audiência de conciliação, na forma do artigo 319,


VII do CPC, bem como sejam os Réus citados a apresentarem contestação, sob pena
de ser decretada a revelia com a consequente aplicação dos seus efeitos.

Ao final sejam os Réus condenados a pagarem a indenização por danos morais (valor)
e materiais (valor), bem como sejam condenados nas verbas sucumbenciais de praxe,
em especial honorários sucumbenciais a serem fixados por esse MM. Juízo na forma
do artigo 85 do CPC.

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Pugna-se, ainda, pela produção de prova testemunhal e pericial, se assim for


necessário, bem como seja determinada a inversão do ônus da prova, sob a forma do
artigo 6º. VIII do Código de Defesa do Consumidor.

Termos em que,
Pede deferimento.

Advogado
OAB.

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DESAFIO 02 – LEIA COM ATENÇÃO

Seguindo a mesma linha do Desafio 01, o objetivo aqui é o exercício de teses, o


desenvolvimento do raciocínio do Direito Médico, fazer com que haja a discussão deste
assunto tão importante neste momento.

Novamente, aqui não há certo ou errado. O momento é de praticar, treinar, exercitar o


raciocínio lógico-jurídico, dentro do Direito Médico, para que possamos ter, apenas e
tão-somente, a convicção de que estamos no caminho certo quanto à evolução dos
estudos. Apenas isso.

Então, vamos ao desafio.

Compreenda que a situação posta é apenas para exercitarmos nosso raciocínio. Não
estou estimulando ações indenizatórias, não quero que profissionais da saúde se
sintam pressionados, este é apenas um exercício hipotético, e um ambiente voltado ao
estudo do Direito Médico.

Até porque, neste momento, é hora de defendermos o hospital e o médico. Então,


mãos a obra:

A situação concreta é:

Paciente homem, 55 anos, casado, dois filhos maiores e capazes, possui um


emprego fixo, salário mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais). Com sintomas de
febre e tosse, vai ao hospital e é diagnosticado com COVID19. Possui diabetes. É
encaminhado para tratamento domiciliar. Com piora dos sintomas e falta de ar,
retorna ao hospital. É internado, entubado e permanece na UTI.
Chega à família a possibilidade de utilização do seguinte protocolo:
Hidroxicloroquina, Azitromicina e corticoides.
Família informada e esclarecida dos possíveis riscos: comprometimento de visão,
função renal e hepática, arritmia cardíaca, óbito em alguns casos.
A família autoriza e o protocolo é iniciado.
Paciente falece após 3 dias de tratamento devido a complicações causadas pelo
COVID-19 e concausa uma arritmia cardíaca desenvolvida após o início do
tratamento.
Citados, médico e hospital devem apresentar defesa.
Ação pede R$ 100 mil Danos Morais. Danos materiais (pensionamento)
calculados com base no salário que ele receberia até a média de vida de 75 anos.
Tese principal: afirma que não poderiam ter consentido com o uso de
medicamento experimental ainda – uso off label; que o consentimento neste caso
é viciado; que os médicos deveriam saber dos riscos; que a hidroxicloroquina
possui muitos efeitos colaterais; que houve uma imprudência na utilização do
medicamento neste momento, ainda sem eficácia comprovada.
O desafio é fazer uma das defesas (do médico ou do hospital, não há
necessidade de fazer as duas -mas se quiser fazê-las, melhor ainda).

Apenas isso. Abaixo, uma minuta de contestação para você iniciar seus trabalhos.

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CONTESTAÇÃO – DESAFIO 02
ESSA É UMA SUGESTÃO DE REDAÇÃO DO EXERCÍCIO – FIQUE A VONTADE
PARA ELABORAR DA SUA MANEIRA
USE A SUA IMAGINAÇÃO

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM. VARA CÍVEL DA COMARCA DE (CIDADE /
ESTADO)

Processo n.
Contestação

Importante:
Não esqueça de observar o artigo 335 e seguintes do Código de Processo Civil
(requisitos da inicial).

Dr. (FULANO DE TAL) ou (HOSPITAL XXX) já qualificado nos autos da ação Ação de
Ressarcimento por Danos Materiais e Morais movida por (SRA. FULANA DE TAL),
todos devidamente qualificados na inicial vem, à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 335 e seguintes do CPC, apresentar CONTESTAÇÃO, com base nas
razões de fato e de direito a seguir articuladas:

I – BREVE RESUMO

Trata-se de ação ajuizada sob o rito ordinário, cujo objetivo principal é demonstrar a
existência de um possível ato de má-prática profissional, consubstanciado na
prescrição de hidroxicloroquina associada a azitromicina, a paciente acometido com
COVID19, em estado grave de saúde, cujo óbito fora constatado no dia (XXX).

Segundo relatado pela Autora (fazer um resumo da inicial – quanto aos fatos).

Sendo este o breve resumo dos fatos, vamos ao mérito da ação.

II – DO MÉRITO
Quanto ao mérito, a situação não sustenta. Senão, vejamos:

(1. Falar do termo de consentimento e da concordância diante dos riscos).


(2. Desenvolver um pouco sobre a questão da Iatrogenia).

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Do Tratamento Proposto

O tratamento proposto, ao contrário do que foi apresentado, possui evidências


científicas e foi proposto a partir dos protocolos clínicos estabelecidos pelo Ministério
da Saúde, ANVISA e Conselho Federal de Medicina.

(buscar os protocolos publicados e trazer parte deles à contestação).

Há também grandes evidências a partir de estudos nacionais e internacionais a


respeito, tais como:

(buscar estudos e evidências demonstrando a eficácia, aplicável às características do


paciente.).

Da Morte (in)evitável.

Os profissionais saúde que estão atuando na linha de frente tem convivido diariamente
com a morte. Esta é, infelizmente, a sua realidade e o tratamento a partir da
hidroxicloroquina tem se mostrado eficaz em muitas situações semelhantes à do
paciente em voga.

Todavia, a grande questão que se coloca neste momento é a presença da morte


evitável ou inevitável.

Evidentemente que a gravidade do caso se mostra pela presença do COVID-19 ou


Sars-Cov.2 no organismo do paciente e sua rápida evolução a quadro respiratório
grave, principalmente em razão de um quadro de comorbidade (diabetes).

Segundo o que vem se demonstrando na atual realidade, a presença de doenças


crônicas como a diabetes, hipertensão, problemas renais etc. forma um quadro
favorável à má evolução do paciente... (prosseguir desenvolvendo).

Da ausência de nexo de causalidade.

A questão é clara aqui. Não o nexo de causalidade evidente entre o ato médico e o
óbito. A princípio, o estado de saúde do paciente evoluía de forma muito ruim, sendo
que, conforme as estatísticas atuais, diante de seu quadro geral de saúde, dificilmente
o mesmo conseguiria sobreviver ao vírus.

A utilização da cloroquina, na forma estabelecida pelos critérios protocolados, como


demonstrado alhures...

(desenvolver um pouco a questão da ausência de nexo de causalidade, que está, na


verdade, ligado ao tópico anterior).

Dos Danos Morais.

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Dos Danos Materiais.

(aqui é uma parte mais “protocolar” da defesa, em que se busca afastar


qualquer possibilidade de fixação de indenização).

Mas, é sempre importante afirmar algo do tipo: “Entretanto, em havendo


alguma forma de indenização, jamais poderá ser fixada no patamar
estabelecido pela peça vestibular, na medida em que...”

(não esquecer de contestar a questão do pensionamento quanto ao mérito – idade do


paciente, capacidade laborativa da autora, ausência de provas quanto à dependência
econômica etc.)

Da Conclusão.

Diante do exposto, requer seja julgada improcedente a presente demanda, condenando


a Autora no pagamento das verbas sucumbenciais de praxe, em especial honorários
advocatícios.

(analisar a questão da perícia – se é importante ou não para a defesa, ou seja bastam


os documentos científicos).

(Trazer aos autos a documentação hospitalar a respeito do tratamento).

(Informar se pretende ou não audiência de conciliação).

Termos em que,
Pede deferimento.

Advogado
OAB.

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Observações finais.

As minutas em questão são apenas um documento de orientação.


Reafirmo meu compromisso com todos os profissionais que estão na linha de frente,
sendo que, aqui, o debate é acadêmico e necessário, na medida em que estas
questões terão que ser enfrentadas adiante.
Estude o tema, aprofunde. Essa é a minha forma de adquirir conhecimento. Nadando
no raso não se aprende muito.
Faça o desafio pelo seu aprendizado. O certificado é apenas um símbolo do seu
comprometimento. E não será fácil obtê-lo. Você vai ter que maratonar muito até o final
desta semana.
Conte comigo nesta trajetória.

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