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O objetivo deste desafio é fazer com que você coloque em prática o que estudamos na
aula 01, o que estamos vendo a respeito da utilização de um medicamento
denominado como “off-label” em um momento de pandemia, além de praticar o Direito
Médico.
Então, vamos ao desafio. Eu vou deixar abaixo uma pequena minuta de ação de
ressarcimento por danos morais e materiais, decorrente de uma situação que poderá
ser frequente em um futuro próximo.
Compreenda que a situação posta é apenas para exercitarmos nosso raciocínio. Não
estou estimulando ações indenizatórias, não quero que profissionais da saúde se
sintam pressionados, este é apenas um exercício hipotético, em um ambiente voltado
ao estudo do Direito Médico.
Até porque, quem quiser, fará o desafio 02, que é, justamente, o outro lado desta
situação tão complexa que estamos vivenciando.
A situação concreta é:
Se você tem a vocação para atender paciente, o seu desafio para esta semana é
preparar uma ação judicial de responsabilidade civil em face do médico e do hospital.
Exercite seu Direito Médico, não se preocupe com o resultado enfim... o importante,
neste momento, é que você possa construir uma tese indenizatória para discutirmos.
Apenas isso. Abaixo, uma minuta para você iniciar seus trabalhos.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM. VARA CÍVEL DA COMARCA DE (CIDADE /
ESTADO)
Importante:
Não esqueça de observar o artigo 319, do Código de Processo Civil (requisitos da
inicial).
1. PRELIMINARMENTE.
Da Audiência de Conciliação.
Nos termos do art. 319, VII, do Código de Processo Civil, a Autora requer seja
designada audiência conciliatória, a fim de ver a demanda possivelmente solucionada o
quanto antes.
A Autora é pobre na acepção jurídica no termo, não possuindo condições de arcar com
os custos decorrentes da presente demanda.
(desenvolver
(desenvolver os fatos – use sua criatividade – crie datas, fatos, momentos... a história
deve ser o mais convincente possível.
Dados importantes:
Em uma ação envolvendo possível má prática médica, deve-se provar a culpa
(negligência, imprudência ou imperícia). Este é o foco da inicial.
Obter cópia de toda a documentação do paciente junto ao hospital. A família possui
esse direito (Recomendação CFM n. 3/14)
Solicitar ao autor da ação um resumo escrito dos fatos, em dias, horas, com o maior
detalhamento possível.
Do Direito
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Verifica-se, diante do caso concreto, portanto, que o médico não agiu com acerto ao
prescrever o tratamento indicado ao paciente, ante a falta de amparo científico ao
mesmo, ocasionando seu óbito, portanto.
Resta evidenciada que o ato médico praticado o foi sob total imprudência do
profissional, trazendo à baila sua responsabilidade subjetiva diante da conduta,
caracterizada pela utilização de medicação ainda sem comprovação científica
definitiva.
Observação:
Neste tópico é importante fornecer os fundamentos legais que embasam a
ação.
Discorrer sobre a Responsabilidade Civil do Médico e do Hospital.
Características próprias da Responsabilidade Civil (citar autores importantes da
área: recomendação: Prof. Miguel Kfouri Neto).
Buscar Jurisprudência a respeito.
Construir a tese da imprudência (ou outra que você achar melhor).
Lembrar da base da responsabilidade civil: ação ou omissão – culpa – dano
(nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o dano).
1
http://www.portalmedico.org.br/biblioteca_virtual/bioetica/ParteIVerromedico.htm
Do Dano Moral
(desenvolver este tópico com doutrina e jurisprudência sobre Dano Moral por má
prática médica).
Diante do exposto, resta evidente que deve, a Autora, ser ressarcida moralmente ante
a precoce perda de seu esposo, pai de seus dois filhos, cuja vida fora abreviada em
decorrência da utilização de medicamento ainda sem eficácia comprovada, em
quantum a ser fixado por esse MM. Juízo, levando-se em consideração o quanto
disposto no artigo 944 do Código Civil, em patamar não inferior a R$ (indicar o valor
que entende justo).
A autora era dependente economicamente de seu esposo, cuja renda era a que
garantia a subsistência da família.
Neste sentido, é importante que seja fixado, a título de indenização por danos morais, o
valor que seria por ele percebido em contrapartida de seu trabalho até os 75 anos de
idade, idade média laborativa no Brasil, segundo dados do IBGE.
Observação importante:
Para aprender mais sobre a valoração dos danos morais, verificar artigos 927 a
954 do Código Civil.
Busque também Jurisprudência a respeito do pensionamento.
Há, também, possibilidade de se requerer a fixação de pensão provisória, até o
julgamento da demanda, a depender de uma análise do caso concreto.
3. CONCLUSÃO
Diante de tudo quanto exposto, requer-se seja a presente ação julgada absolutamente
procedente para condenar os Réus a, solidariamente, ressarcirem moralmente a
autora, na forma acima debatida, bem como seja fixado dano material sob a forma de
pensionamento, conforme exposto alhures.
Ao final sejam os Réus condenados a pagarem a indenização por danos morais (valor)
e materiais (valor), bem como sejam condenados nas verbas sucumbenciais de praxe,
em especial honorários sucumbenciais a serem fixados por esse MM. Juízo na forma
do artigo 85 do CPC.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado
OAB.
Compreenda que a situação posta é apenas para exercitarmos nosso raciocínio. Não
estou estimulando ações indenizatórias, não quero que profissionais da saúde se
sintam pressionados, este é apenas um exercício hipotético, e um ambiente voltado ao
estudo do Direito Médico.
A situação concreta é:
Apenas isso. Abaixo, uma minuta de contestação para você iniciar seus trabalhos.
CONTESTAÇÃO – DESAFIO 02
ESSA É UMA SUGESTÃO DE REDAÇÃO DO EXERCÍCIO – FIQUE A VONTADE
PARA ELABORAR DA SUA MANEIRA
USE A SUA IMAGINAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM. VARA CÍVEL DA COMARCA DE (CIDADE /
ESTADO)
Processo n.
Contestação
Importante:
Não esqueça de observar o artigo 335 e seguintes do Código de Processo Civil
(requisitos da inicial).
Dr. (FULANO DE TAL) ou (HOSPITAL XXX) já qualificado nos autos da ação Ação de
Ressarcimento por Danos Materiais e Morais movida por (SRA. FULANA DE TAL),
todos devidamente qualificados na inicial vem, à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 335 e seguintes do CPC, apresentar CONTESTAÇÃO, com base nas
razões de fato e de direito a seguir articuladas:
I – BREVE RESUMO
Trata-se de ação ajuizada sob o rito ordinário, cujo objetivo principal é demonstrar a
existência de um possível ato de má-prática profissional, consubstanciado na
prescrição de hidroxicloroquina associada a azitromicina, a paciente acometido com
COVID19, em estado grave de saúde, cujo óbito fora constatado no dia (XXX).
Segundo relatado pela Autora (fazer um resumo da inicial – quanto aos fatos).
II – DO MÉRITO
Quanto ao mérito, a situação não sustenta. Senão, vejamos:
Do Tratamento Proposto
Da Morte (in)evitável.
Os profissionais saúde que estão atuando na linha de frente tem convivido diariamente
com a morte. Esta é, infelizmente, a sua realidade e o tratamento a partir da
hidroxicloroquina tem se mostrado eficaz em muitas situações semelhantes à do
paciente em voga.
A questão é clara aqui. Não o nexo de causalidade evidente entre o ato médico e o
óbito. A princípio, o estado de saúde do paciente evoluía de forma muito ruim, sendo
que, conforme as estatísticas atuais, diante de seu quadro geral de saúde, dificilmente
o mesmo conseguiria sobreviver ao vírus.
Da Conclusão.
Termos em que,
Pede deferimento.
Advogado
OAB.
Observações finais.