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Órgãos Linfóides:
Órgãos primários ou centrais
- Regulam o desenvolvimento dos linfócitos.
- Se formam no início da fase embrionária.
- Não tem contato com o antígeno.
- Involui conforme o animal fica adulto.
- Timo, medula óssea e a Bursa de Fabrício.
- Medula óssea: órgão hematopoiético = forma as células do sangue,
encontra-se nos ossos chatos e no esterno. Na medula ocorre a
diferenciação e maturação dos linfócitos B.
- Bursa de Fabricius: presente somente nas aves, acima da cloaca e
tem a mesma função da medula óssea.
- Timo: em EQUI, BOVI, OVI, SUI e galinhas ele se estendo do pescoço
até a tireoide. A medida que o animal envelhece o timo diminui de
tamanho e é trocado por tecido adiposo. As células T originam-se na
medula óssea, mas logo migram para o timo. É formado por lóbulos
(córtex-parte externa e medula – parte interna).
- Placas de Peyer: localizadas no intestino delgado e auxiliam na
produção de linfócitos B.
CITOCINAS
São proteína secretadas e produzidas por células do sistema imune que
medeiam e regulam as reações imunes e inflamatórias contra
microrganismos e outros antígenos.
Se ligam aos receptores específicos das membranas da célula alvo.
São proteínas de vida curta, não são armazenadas, podem agir local ou
sistematicamente e são cuidadosamente reguladas.
Uma citocina pode se ligar a diferentes células e induzem diferentes
respostas isso se denomina de PLEIOTROPISMO.
Pode ocorrer a redundância, quando várias citocinas diferentes que atuam
na mesma célula e causam o mesmo efeito.
Sinergismo = quando o somatório de duas citocinas causa um efeito.
Antagonismo = duas citocinas diferentes que vão levar a funções
contrárias. IFN- gama vai ativar os macrófagos e IL-10 inibe eles.
Locais de ação: 3 maneiras que as citocinas podem se ligar aos seus
receptores.
- Autócrina: ligando em receptor da própria célula que a secretou.
- Parácrina: ligando em receptor de uma célula-alvo nas proximidades da
célula produtora.
- Endócrina: ligando em receptores de células-alvo em locais distantes do
corpo. Vai pela circulação.
Principais familia de citocinas:
- Interleucinas (IL)
- Medeiam a sinalização entre os linfócitos e outros leucócitos.
- Ações variadas,
- Interferons (IFN)
- Produzidas em respostas a infecções virais ou a estimulação imunológica.
- Interferem no RNA viral e na síntese proteica.
- Fator de Necrose Tumoral (TNF)
- Secretados por macrófagos e linfócitos.
- Destruição de células tumorais.
- Mediadores de inflamação: recruta neutrófilos e monócitos para a
infecção.
- Fator de crescimento e transformação (TGF)
- Controlam a produção de leucócitos.
- Regulam a atividade das células troncos.
- Garantem que o corpo possua o número de células suficientes para se
defender.
- Quimiocinas
- Recrutam as células de defesa para o local de infecção.
- Regula o trafego de leucócitos através dos tecidos linfoides periféricos.
- Promovem angiogenese e cura de feridas.
- Secretadas por macrófagos.
INFLAMAÇÃO
ANTÍGENOS
Auto antígenos:
- São situações anormais, onde uma resposta imune é direcionada contra
o organismo saudável.
- Resposta autoimune – doença autoimune.
Antigenicidade = capacidade de gerar uma resposta imunológica
Imunogenicidade = tamanho de uma resposta gerada, quanto ele estimulou
Um antígeno para ele ser bom precisa de:
Estranheza:
- Precisa ser o mais estranho possível do que é encontrado naturalmente
no corpo do animal.
Tamanho:
- Quanto maior a molécula mais difícil é a sua degradação.
Complexidade:
- Quanto mais complexa, maior a Antigenicidade.
Estabilidade:
- Precisam manter os formatos para serem bom antígenos, moléculas
flexíveis ou sem forma fixa são os maus antígenos.
As proteínas são os melhores antígenos.
Os polissacarídeos simples (amido) não são bons antígenos pois são
facilmente degradados. Os mais complexos (LPS – lipossacarideo) são bons
pois não são facilmente degradáveis.
Os lipídeos não são bons antígenos pois são simples e instáveis
estruturalmente.
Nem todas as moléculas estranhas vão estimular o sistema imunológico,
como por exemplo os pinos ósseos, válvulas cardíacas que são
consideradas inertes e de uma uniformidade molecular.
Epítopos:
São moléculas especificas na superfície do antígeno que vão permitir
ligações com os anticorpos e fagócitos.
Antígenos grandes apresentam vários epítopos.
Haptenos:
É uma molécula pequena que sozinha não tem capacidade de gerar uma
resposta imunológica, mas quando associada a outra molécula como uma
proteína ela consegue a desencadear a resposta imune.
EX: alergias a medicamentos.
Reações cruzadas:
São epítopos idênticos ou semelhantes em moléculas que não possuem
relação, mas que podem estimular uma resposta muito parecida.
Ex: Brucella abortus x Yersinia enterocolitica
- A Yersinia pode estimular os bovinos a produzirem anticorpos que
reagem cruzadamente com a B. abortus (dando um falso positivo).
ANTICORPOS
Resposta imune:
Celular: linfócitos Taux e Tcit
Humoral: linfócitos B – plasmócitos
Resposta imune adquirida:
- Resposta adquirida humoral = direcionada contra microrganismos
invasores extracelulares ou exógenos.
- Resposta adquirida celular = direcionada contra microrganismos
intracelulares ou endógenos.
Anticorpo = imunoglobulinas, são glicoproteínas que se ligam de forma
especifica a moléculas conhecidas como antígenos.
É especifico para determinado antígeno/epítopo.
Possui 5 classes: IgA, IgG, IgE, IgM e IgG
Representam 20% do peso das proteínas do plasma.
São moléculas solúveis.
Composição da molécula de uma imunoglobulina:
Quatro cadeias polipeptídicas – duas cadeias leves e duas cadeias
pesadas unidas por pontes dissulfeto.
Porções variáveis e porções constantes.
- Região variável = variável para cada Ag eu entrar em contato. Uma
vez formado o anticorpo ele não mudara mais.
- Região constante = possui a mesma sequência de aminoácidos das
membranas celulares.
Porção Fab e porção Fc
- Fab = os fragmentos Fab constituem a região de ligação com o
antígeno.
- Fc = o fragmento Fc é responsável pela atividade biológica dos
anticorpos (fixação do complemento e ligação a monócitos).
Região de dobradiça.
- A presença de uma região de dobradiça no meio de cada cadeia
pesada confere as moléculas de imunoglobulina uma flexibilidade
grande.
- Permitindo que os dois sítios de ligação com o antígeno operem
independentemente.
Estrutura de uma imunoglobulina:
- Parte em verde é a cadeia pesada e a em amarela é a cadeia leve.
- Parte de cima é a região Fab = ligação com o antígeno ocorre aqui.
- Região Fc é uma parte constante.
IgM
Produzida e secretada pelos plasmócitos.
Encontrados no baço, ME e linfonodos.
Consiste de cinco subunidades
Primeiro anticorpo produzido.
O seu tamanho muito grande a confina na corrente sanguínea.
É o anticorpo mais importante da resposta imune primaria – seus níveis
elevados indicam que é uma infecção recente.
Funções: opsonização (se liga no antígeno Fab e a região Fc fica para
ligar com o macrófago), ativação do sistema complemento e neutraliza
vírus e toxinas.
IgG
Produzida e secretada pelos plasmócitos, encontrados no baço, ME e
linfonodos.
Anticorpo em maior concentração no sangue – 80%
Pode facilmente sair dos vasos em processos inflamatórios.
Atravessa a barreira placentária e passa para a circulação fetal em
algumas espécies.
É o mais importante para a resposta imune secundária.
Funções: opsonização, ativação do sistema complemento e neutraliza
vírus e toxinas.
IgA
Secretada pelos plasmócitos localizados nas superfícies corpóreas.
Segunda imunoglobulina mais abundante no soro.
As moléculas de IgA se combinam com uma cadeia J (formando
dímeros).
Produzida nas paredes do intestino, trato respiratório, pele, sistema
urinário e na glândula mamaria. Encontrada na saliva, lagrima, leite,
secreções respiratórias e intestinais.
Não ativa o sistema complemento pois está nas superfícies.
Funções: neutraliza vírus e toxinas e seu principal modo de ação é o
impedimento da aderência de antígenos as superfícies corpóreas.
IgE
Encontrada em concentrações extremamente baixa no soro não podendo
se ligar aos antígenos ou recobri-los
Encontrada na membrana de mastócitos e basófilos.
Ativam eosinófilos através de citocinas.
Desencadeia a inflamação aguda atuando como uma molécula de
transdução de sinal.
Não ativa o sistema complemento.
Relacionada com resposta alérgica.
Testes de imunodiagnóstico:
- Presença de antígenos
- Servem também para detectar hormônios e drogas e detectar processor
alérgicos também.
- Como escolher o melhor teste??
* Sensibilidade e especificidade.
* Facilidade de uso
* Custo, matéria necessário e o tempo do resultado
Sensibilidade = quanto menor a concentração de anticorpos ou antígenos
ele for capaz de detectar mais sensível é o teste.
São glicoproteínas
Grande região genômica ou família de genes
Fornece a identidade dos indivíduos – somente gêmeos monozigóticos
possuem MHC idêntico
Precisa ter um grande polimorfismo (variabilidade).
Função: codificar proteínas de superfície que consigam ser reconhecidas
e apresentar antígenos próprios ou externos para o nosso sistema imune
adaptativo.
A célula apresentadora de antígeno precisa estar ligada a MHC
Quanto maior a variedade do MHC em um indivíduo, a mais antígenos
ele poderá responder e apresentar, assim o indivíduo será capaz de
responder a um número maior de infecções (resistência a infecções).
Esse complexo pode ser dividido m 3 classes:
MHC I = receptores para antígeno endógenos
- Presente na maioria das células nucleadas
- Apresenta duas cadeias polipeptídicas uma cadeia longa (alfa) e
outra curta (beta).
MHC II = receptores para antígenos exógenos
- Presente nas células apresentadoras de antígenos
- Duas cadeias polipeptídicas alfa e beta do mesmo tamanho
MHC III = componentes do sistema complemento
Apresentação de antígeno:
- Tem como objetivo estimular a imunidade adaptativa
- O antígeno deve ser capturado, processado, fragmentado e
apresentado as células da imunidade adquirida.
- As células apresentadoras de antígenos fazem esse papel.
- O processo começa quando os macrófagos e células dendriticas são
atraídas pelas alarminas e PAMPs para o local de infecção.
Processamento de antígeno:
- Exógeno: MHC classe II
* bactérias, protozoários e fungos
* linfócito TH
SISTEMA COMPLEMENTO
Funções
-Auxilia o sistema imune na destruição dos microrganismos invasores
*eliminação dos complexos Ag-Ac
*Opsonização
*alguns dos seus fragmentos atuam como mediadores inflamatórios
*lise das células alvo
Via alternativa:
- Foi descoberta após a via clássica
- Desencadeada pelo contato entre a parede celular do microrganismo
com os componentes do SC na corrente sanguínea.
- Proteína C3 é a mais importante, está em alta concentração no soro e é
produzida pelas células hepáticas e macrófagos.
Via clássica:
- Desencadeada pelo complexo antígeno anticorpo
- Só pode ser ativada após a produção de Ac
- Resposta imune adaptativa
- O complexo C1 reconhece a ligação antígeno e anticorpo e se liga ali.
- Após se ligar o C1 inativado de se ativa.
Funções do SC:
- Opsonização.
- Inflamação
Regulação do SC:
- Uma das formas é a proteína H que inativa.
- É feita pelas proteínas de controle
- Previnem ativação descontrolada
- Permitem a diferenciação do próprio e não próprio impedindo a lesão
tecidual
- A ativação do C1 é evitada pela presença de uma proteína chamada de
inibidor do C1 que é a INH-C1, a qual evita a ação das C1r e C1s na
formação do C4b2b
- A C3 e a C5 convertase são inibidas pela CD55 que se conjunta com as
convertase e acelera sua decomposição.
- Fator I inibe C3b
- Controle do complexo C56789 é mediado pela vitronectina, clusterina e
CD59 (protectina). Inibem o complexo de ataque a membrana.
Deficiência do SC:
- Deficiência de C3 no cão:
* Falha na função fagocitária
* Falha na montagem de uma resposta imune
* Maior susceptibilidade a infecções
* Insuficiência renal – imunocomplexos
Resposta imune humoral:
- Estimulação pelos receptores CD40 (linfócito B) e CD154 (linfócito T)
- Antigeno se liga ao BCR (linfo B).
- LT Helper é ativado através da apresentação do mesmo antígeno por
uma APC.
HIPERSENSIBILIDADE
Tolerância imunológica:
- Situação em que o sistema imunológico não responde a um
antígeno especifico.
- Começa já na vida fetal
- BVD = animais persistentemente infectados
* Femea infectada aos 40-120 dias de gestação, o feto se torna
imunotolerante ao vírus (acha que faz parte), sendo assim o animal
não vai produzir AC para esse vírus.
Tolerância – Linfócitos B
- Linfócitos auto-reativos imaturos dentro dos órgãos linfoides
primários.
- Alguns linfócitos se ligam a auto-antigenos e conseguem evitar a
apoptose, chegando nos órgãos linfoides secundários.
- Pode ocorrer uma Tolerância periférica (quando chega nos órgãos
linfoides secundários).
Tolerância – Linfócito T
- Tolerância central: os linfócitos que são auto-reativos no timo
também sofrem apoptose.
- O timo tem um gene regulador mostra para o linfócito T que aquilo
é próprio do organismo, e os macrófagos trazem antígenos teciduais
normais.
- Seleção negativa: apoptose de timócitos.
AUTOIMUNIDADE
VACINAS