uma decisão é comparável aos processos seguidos pelos
cientistas quando abordam um problema. Como um bom cientista, Arlene seguiu vários passos para uma tomada de decisão. Primeiro, ela observou seu ambiente (“Vejo que meu carro não funciona”). A seguir, ela fez perguntas (“Como posso permanecer na faculdade e manter meu trabalho se meu carro não funcionar?”, “Devo mandar consertar meu carro?”, “Devo comprar um carro mais novo?”, “Que outras opções tenho?”). Terceiro, ela antecipou as respostas (“Posso mandar consertar meu carro, comprar um mais novo, depender dos amigos para o transporte ou abandonar a faculdade”). Quarto, ela percebeu relações entre os eventos (“Abandonar a faculdade significaria voltar para casa, adiar ou desistir de meu objetivo de me tornar uma engenheira e perder boa parte de minha independência”). Quinto, ela levantou hipóteses acerca das soluções possíveis para seu dilema (“Se eu mandar consertar meu carro velho, isso pode custar mais do que o carro vale, mas, se eu comprar um modelo mais recente usado, vou ter que fazer um empréstimo”). Sexto, ela fez mais perguntas (“Se eu comprar um carro diferente, que marca, modelo e cor quero?”). A seguir, ela previu os resultados potenciais (“Se eu comprar um carro confiável, poderei permanecer na faculdade e continuar em meu emprego”). E, por fim, ela tentou controlar os eventos (“Comprando esse carro, vou ficar livre para ir dirigindo para o trabalho e ganhar dinheiro suficiente para permanecer na faculdade”). Mais tarde voltaremos ao dilema de Arlene, antes vamos abordar um panorama da teoria dos construtos pessoais, conforme postulada por George Kelly