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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CÂMPUS APUCARANA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

FÁBIO HENRIQUE DAS MERCÊS MUNHOZ

GABRIEL COELHO DE ÁVILA

MOISÉS DE PEDRI VALDEVINO

VINÍCIUS GAINOR BONIFÁCIO BARBOSA

MATERIAIS CERÂMICOS

APUCARANA – PR

2018
FÁBIO HENRIQUE DAS MERCÊS MUNHOZ

GABRIEL COELHO DE ÁVILA

MOISÉS DE PEDRI VALDEVINO

VINÍCIUS GAINOR BONIFÁCIO BARBOSA

MATERIAIS CERÂMICOS

Relatório elaborado na disciplina de Materiais


de Construção Civil A do curso de Engenharia
Civil, do Campus Apucarana da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.

Professor: Sandro M. Chagas

APUCARANA - PR

2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 1

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1

2.1. ETAPA 1 1

2.2. ETAPA 2 2

2.3. ETAPA 3 2

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3

3.1. ETAPA 1 3

3.2. ETAPA 2 3

3.3. ETAPA 3 5

3.4. CÁLCULO DA DENSIDADE APARENTE 5

4 CONCLUSÕES 6

REFERÊNCIAS 7
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1 INTRODUÇÃO

Os produtos cerâmicos, sob o ponto de vista dos materiais de construção civil,


são obtidos pela moldagem, secagem e queima de argila ou de misturas contendo
argila. A argila é um material composto basicamente por silicatos de alumínio
hidratados, formando em contato com a água uma pasta plástica, podendo se
transformar nos diversos materiais cerâmicos utilizados na construção civil
(RIBEIRO et al, 2012). Dentre esse materiais tem-se as telhas cerâmicas, os tijolos,
os blocos cerâmicos, os pisos cerâmicos e outros materiais, que possuem diversas
características de acordo com sua utilização e do local de utilização. Esses materiais
se diferenciam por suas diferentes propriedades de absorção de água, resistência a
abrasão, porosidade, condutibilidade térmica e elétrica entre outras, que definem
sua finalidade e qualidade.

O objetivo desta prática foi a comparação de propriedades e características de


diversos materiais cerâmicos presentes na construção civil.

2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

2.1. ETAPA 1

Na etapa 1, foram analisadas 3 tipos de telhas com o objetivo de observar suas


diferenças em relação a absorção de água e suas características. Foram
umedecidos 3 papéis, estes que conseguintemente foram alocados na parte superior
de cada uma da telhas para nível de análise de quais telhas obtivessem uma maior
absorção e o porque do ocorrido. Conseguintemente após observar o resultado da
aplicação, foram diagnosticadas e explanadas as características de cada telha
utilizada. Para finalizar esta etapa foram mostradas as diferentes telhas contidas no
laboratório para análise tátil dos alunos presentes e uma discussão sobre as demais
telhas e suas principais aplicações.
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2.2. ETAPA 2

Na etapa 2, foram analisados diferentes tipos de pisos e pastilhas com o


objetivo de identificação do material base e acabamento das mesmas, além de se
pontuar sobre a diferença do acabamento bold e retificado . Primeiramente foram
explanados sobre o biscoito da cerâmica vermelha, grês e porcelanato. Apontando
suas principais diferenças em relação à qualidade e absorção, além do valor
econômico que cada tipo de argila agrega ao valor do piso final. Posteriormente
avaliado a parte superficial do piso, ou seja, o material de acabamento, explanando
sobre a diferença do piso polido, convencional e antiderrapante, além de suas
qualidades e características (abrasão, porosidade e tenacidade), pontos fortes e
fracos em relação à situação a ser utilizado o piso, além de seu valor econômico.

Outros fatos a serem discutidos, foram em relação ao acabamento dos pisos


tradicionais e porcelanatos. Sendo que para cada tipo de piso necessitava de um
diferente tipo de acabamento de acordo com a geometria final do piso, de como
estes foram produzidos. Por conseguinte foram apresentados alguns tipos de
pastilhas e suas características, além do acabamento final necessário para estas.
Por fim à análise tátil de cada um dos alunos com relação aos pisos e pastilhas.

2.3. ETAPA 3

Na etapa 3, foram analisados os blocos cerâmicos, com relação a suas


características e usos, além da medição de suas densidades aparentes.
Primeiramente foram apresentados os diversos tipos de blocos cerâmicos contidos
em laboratório e apontados os tipos de argilas empregados, além das diferenças de
aplicações de cada bloco cerâmico, enfatizando seu custo e os locais a serem
aplicados os materiais. Após isso, foram distribuídos os blocos cerâmicos entre os
alunos para análise tátil dos mesmos, além de posteriormente o cálculo de medição
da densidade aparente, realizados por cada grupo com três blocos cada.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. ETAPA 1

A análise da absorção de água pela telha comum teve como resultado uma
absorção relativamente alta, visto que a água do papel ficou retida na peça, sem
escorrer. Isso ocorreu porque a telha não passou por nenhum tipo de tratamento
após sair do forno, mantendo sua camada externa muito porosa, facilitando a
absorção. Já a telha impermeabilizada teve um resultado diferente, visto que pouca
água ficou retida na cerâmica. Isto porque após sair do forno, as telhas
impermeabilizadas passaram pelo processo de aplicação de uma camada
impermeabilizante em sua superfície, que tem a finalidade de tampar os poros dessa
peça cerâmica, impedindo a retenção de líquidos. E por fim, a telha esmaltada não
teve água retida em sua superfície, devido à aplicação de uma camada de esmalte
sobre a telha, fazendo com que todos os poros sejam fechados e que a água
escorra livremente, sendo até possível secá-la com um pano seco.

Todas as telhas, sejam elas permeabilizadas ou não, contém um padrão para o


encaixe, informações a cerca das dimensões da telha e do fabricante e um formato
característico, podendo ser curva ou plana. Mais precisamente, o encaixe dessas
telhas é composta de gargas, local para encaixe da telha na terça, e um modelo
baseado no sistema capa canal, que encaixa uma peça na outra, e algumas
apresentam furos para fazer uma amarração entre elas caso sua inclinação seja
grande. Vale notar também que existem modelos que os encaixes são sutis, sendo
obrigatório então fazer a amarração entre elas para que se sustentem na cobertura
da edificação.

3.2. ETAPA 2

A coloração do biscoito utilizado para a produção dos pisos e pastilhas


depende principalmente da quantidade de determinados metais presentes no solo
de onde foram retirados. Por exemplo, um solo com a concentração elevada de ferro
tem sua coloração mais avermelhada, enquanto um solo com a concentração mais
elevada de feldspato tem sua coloração mais acinzentada.
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Os pisos grês e os porcelanatos, por sua vez, são peças que tem uma taxa de
absorção de água menor que a de cerâmica vermelha, sendo que o grês absorve de
0,5 a 3% de sua massa em água e o porcelanato, de 0 a 0,5%, sendo esta uma
peça de melhor qualidade, porém de custo mais elevado.

Superficialmente, os pisos possuem diversas características que se comportam


melhor em determinadas situações. A princípio, os pisos polidos são melhores
utilizados em ambientes fechados, como no interior de casas, por se tornar muito
escorregadio quando molhado e também por refletir os raios solares de maneira
mais intensa. Isso ocorre devido à aplicação de uma camada de gloss sobre o piso,
o tornando muito mais brilhoso e chamativo, facilitando também a limpeza, sendo
que não é necessária a utilização de produtos mais específicos para limpá-la. O piso
convencional é feito aplicando-se uma camada de esmalte em sua superfície,
tornando-o permeável apenas na parte de baixo. Por ser uma cerâmica mais
comum, seu preço é mais acessível e é extensamente utilizado em residências. Os
pisos antiderrapantes, como por exemplo o acetinado, são amplamente utilizados
em ambientes externos, pois mesmo molhados eles conferem uma aderência com o
sapato ou até mesmo a sola do pé, evitando acidentes. Este esmalte então é feito
adicionando-se sílica, dando uma textura de que há pequenas pedrinhas em sua
superfície, e então é aplicado no biscoito. Entretanto, sua desvantagem está na
limpeza, que por não ter uma superfície uniforme, danifica as escovas e faz-se
necessário o uso de produtos de limpeza mais potentes para deixa-la com aspecto
de nova.

Quanto ao acabamento dessas cerâmicas, foram explanados dois tipos, o


acabamento “bold” e o retificado. O acabamento “bold” está presente em peças mais
simples, sendo que ele é moldado pelo próprio molde do piso, que pode se danificar
com o tempo. Já o acabamento retificado é feito realizando um corte com jato de
água no biscoito já queimado que então é esmaltado, sendo possível reproduzir
peças idênticas e com acabamento mais fino, o que não é possível de se obter em
peças sem esse acabamento.

As pastilhas, por sua vez, são compostas de pequenas peças de piso


recortadas e unidas por uma malha, formando um mosaico, que serão utilizadas em
áreas geralmente molhadas ou como decoração, visto que seu custo é bem elevado
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em comparação com as demais, tanto no valor do metro quadrado quanto no gasto


de argamassa necessária para sua fixação.

3.3. ETAPA 3

O principal uso dos blocos cerâmicos está na construção de alvenarias


estruturais, por apresentarem diversos formatos, tamanhos e serem resistentes. Os
blocos furados são mais utilizados para o fechamento de paredes por não
suportarem uma carga muito elevada, mas apresentam um bom isolamento acústico
e térmico, ideal para construção de prédios e residências. Apesar de apresentarem
colorações diferentes, este fator não influencia diretamente em sua resistência.

Os blocos para alvenaria à vista apresentam um maior número de furos e são


mais tratados e acabados em relação aos demais tijolos. Deste modo, terão maior
durabilidade, visto que essa alvenaria ficará sujeita a intemperes. Também são
produzidas peças com cantos para uma melhor visualização da estrutura.

Os blocos maciços são produzidos com a finalidade estrutural para reduzir a


carga recebida pelos pilares. Não é feito um preparo muito sofisticado durante a
produção desse material, que geralmente e feito em pequenas olarias, e apresenta
em sua superfície diversas erupções, fruto do tipo de preparo dessa cerâmica.

Foi apresentada também a cerâmica refratária, que é utilizada em locais onde a


temperatura em sua interior é muito elevada. Essa cerâmica tem a função de isolar a
temperatura e dificultar a passagem de calor para o meio externo.

3.4. CÁLCULO DA DENSIDADE APARENTE

Realizando as medições para o cálculo do volume da cerâmica refratária e


utilizando uma balança para medição de sua massa, obteve-se um volume de
628,31cm³ e uma massa de 1217 g. Sendo assim, sua densidade aparente foi de
1,94 g/cm³ aproximadamente.

Para o bloco maciço “batido na areia”, foram feitas as medições de suas


dimensões e obteve-se um volume de 998,35 cm³ e uma massa de 1881 g. Sendo
assim, sua densidade aparente foi de 1,88 cm³.
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Para o bloco cerâmico de seis furos, calculando seu volume total e retirando o
volume dos furos temos um volume final de 2303,70 cm³ e uma massa de 1571 g.
Então sua densidade aparente foi de 0.68 g/cm³.

Para o bloco cerâmico de oito furos, calculando seu volume total e retirando o
volume dos furos temos um volume final de 3173,95 cm³ e uma massa de 2520 g.
Então sua densidade aparente foi de 0.79 g/cm³.

Realizando um processo semelhante ao anterior para o cálculo do volume do


tijolo a vista, obteve-se um volume de 1100,27 cm³ e uma massa de 1132 g. Então
sua densidade aparente foi de 1,03 g/cm³.

4 CONCLUSÕES

Em síntese, conclui-se que a cerâmica está presente em quase todo lugar,


devido as suas características. Porém, como observado no experimento, os
materiais cerâmicos devem ser selecionados corretamente de acordo com sua
finalidade de uso, pois cada processo de fabricação propicia a cada peça
características particulares, sejam elas mecânicas, visuais ou logísticas.
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REFERÊNCIAS

RIBEIRO, C. C.; PINTO, J. D. S.; STARLING, T. Materiais de


Construção Civil. Belo Horizonte: UFMG, 2012.

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