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Abordagem

A pesquisa aborda o luto, suas fases e características, o choque emocional


causado na família, consequências clínicas e possíveis intervenções que a
psicologia pode fazer com o objetivo de trabalhar e amenizar a dor e a prevenir um
possível luto patológico.

Luto
O luto é uma das experiências universais mais desorganizadora e assustadora
que vive um ser humano, e depois desta experiência é que se sabe se o indivíduo
(enlutado) desenvolverá um luto patológico ou um desenvolvimento normal de um
luto
O luto pela morte sempre será tratado como algo importante. Não é uma
superficialidade e nunca será tratado dessa forma. As causas de distúrbios
neuróticos e psicóticos estão sempre se divergindo pelos psicólogos e psiquiatras.
Até hoje não há como provar totalmente a ligação do luto como causa psicológica
com os sintomas psicológicos.
O luto pode não causar dores físicas, mas geralmente causa muito desconforto
nas pessoas mais próximas do falecido, podendo até mesmo alterar funções e
comportamentos do dia dia. Os familiares geralmente assumem o compromisso de
ajudar o enlutado fazendo visitas e assumindo compromissos que até então era o
enlutado que exercia.
Uma das maiores reações do luto analisada pela psicologia é a Depressão
Reativa. Outra reação principal e ainda mais importante é um tipo de ansiedade, a
ansiedade de separação, saudade, a busca pelo ente falecido, essas são
características essenciais da dor do luto.
A psicologia não trata o luto como um estado, e sim um processo.
O impacto psicológico da perda causa reações de revolta e/ou desnorteamento,
muitas vezes recorrendo a força para conter as reações físicas. Mesmo assim são
sentimentos considerados normais.
O luto só passa a ser diagnosticado como uma patologia quando esses
sentimentos se perpetuam de forma intensa e contínua.
O apoio psicológico pode ser dado após uma semana, pois entende-se que
neste período o processo de elaboração de documentos burocráticos, o processo
fúnebre e o sepultamento já estarão tratados dando oportunidade do enlutado parar
pra pensar e descansar.
O apoio da psicologia é importante neste momento, é trabalhado as formas de
acolhimento, poder ouvir e entender os sentimentos das pessoas atingidas pela
perda de seus entes, sentimento que até então não haviam sentido e, portanto, são
considerados novos. Em casos de óbitos infantis, esses sentimentos podem ser
descritos como: negação da morte da criança; a impossibilidade da visualização da
criança morta ou distorção do que estão vendo diante de seus olhos, havendo
esperanças de que a qualquer momento a criança acordará; a culpa por terem
gerado um filho doente; a importância por não conseguirem salvar a criança ou curá-
la se for caso de doença; dúvidas sobre o futuro e a falta de interesse em um novo
investimento afetivo.
Acompanhar os familiares permite ao psicólogo observar o melhor momento, a
melhor maneira de intervir, de acordo com a personalidade e características que por
ele veio sendo analisado durante o processo da morte.
No ambiente hospitalar, além do comprometimento já descrito a cima, o
psicólogo encarrega-se também em analisar quem, dentre os familiares, terá
condições de receber orientações referente a parte burocrática, encaminhamento à
Assistência Social se for necessário e orientações referente aos trâmites legais para
o sepultamento.
É nesse aspecto que o trabalho da psicologia se organiza, em prol do auxílio e
apoio aos familiares, além de um reforço aos vínculos de apoio familiar com o
objetivo de fazer com que o processo de luto dos familiares seja mais prováveis e
menos devastadores, prevenindo um possível luto patológico com possíveis
consequências físicas e emocionais.
Bibliografia
COVÁCS, Maria Júlia. Morte e desenvolvimento humano. São Paulo, Casa
do Psicólogo, 1992. Google Livros [online]. Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?/psicologiadoluto/morteedesenvolvimentohuman
o> Acesso em 27 fev. 2011
SOUSA, Aniele Lima de. O acompanhamento psicológico a óbitos em
unidade pediátrica. Revista da SBPH, v 10 n.1 Rio de Janeiro, jun 2007 [online]
Disponível em: <http://pepsic.homolog.bvsalud.org> Acesso em 27 fev. 2011

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