Introdução
Modernidade e modernismo
Através de Berman “tudo que é sólido se desmancha no ar” descreve a sensação dos autores
da época de como tudo estava se fragmentando (Goethe, Marx, Baudelaire, Dostoiévski,
Biely), mundo, um mundo efêmero (22).
A conceituação de modernidade pode ser rastreada a partir do iluminismo, com a crença que
partir da ciência, da investigação, do trabalho de pesquisa de cada homem, seria possível
romper com passado, e livrar-se dos males da natureza e da sociedade. O século XX, e a
experiência das duas guerras mundiais deitou por terra essa crença. (23).
Para Harvey, o cerne é entender que o pós-modernismo está em abandonar por completo o
projeto iluminista, (para mim: e portanto, seus desdobramentos modernista de racionalmente
projetar e construir a sociedade). (24)
Destruição Criativa (26). Processo na qual a modernidade surge e cresce, o faz sobre a ruína de
outras estruturas. Talvez isso também seja novo no pensamento ocidental. Que não há
“espaço novo”, que para algo surgir, incluindo uma estrutura social, ela deve fazer-se sobre
uma outra. É o melhor exemplo disso no modernismo, materializada é a operação de
Haussman, e por consequência, todo o urbanismo conseguinte, no século XIX e começo do XX
(Brasília é inédita nesse sentido). Ele forma o conceito a partir de Nietzsche. Cita Schumpeter,
reconhecendo que esta já utilizou o conceito, mas não o formula partir dele, CHUPA DPCT
A arte, se volta para a necessidade de dar conta de uma “mitologia que pudesse aprumar a
sociedade” (41) no entre guerras. Tais mitologias também procuraram superar a luta de classe
por exemplo, o que resultaria na facismo. Assim, o fascismo e o nazismo mostraram o lado
mais trágico do que a modernidade poderia produzir.
O alto modernismo, pós segunda guerra, é assim mais “harmônico” entre sí, quando visto
sobre a hegemonia norte-americana fordista. (42). Um modernismo “positivista, tecnocêntrico
e racionalista”) feito como “obra planejada” de uma elite técnica ou artística. A reconstrução
da Europa é feita com grande velocidade e eficiência, demandas de trabalhadores foram
atendidas (embora seja necessário contextualizar essas conquistas). O que se viu também foi a
necessidade de afastar o nazismo do pensamento modernista, como que a segunda guerra
fora a luta “da civilização contra a barbárie”, mas também precisava espantar os ideias
socialistas com quem havia divido espaço nos anos 30. O modernismo é despolitizado, nos EUA
com o expressionismo abstrato. Caras como o Pollock conseguiam demonstrar uma arte
despolitizado, mas “liberta”, que dava aval aos anseios humanos, se opondo ao “totalitarismo
soviético” (43). A cultura moderna é pretensamente global, “neutra” politicamente, e
abastecida pelo consumo, com as verdadeiras experimentações ao alcance apenas da elite.
O esgotamento desse processo é que culmina nos movimentos de contracultura nos anos 60
(44). Se voltando contra a burocracia, a tecnocracia, as formas coorporativas e
governamentais. Busca a “auto realização do indivíduo” (44). Esse movimento falha, mas é o
que funda o pós-modernismo na década subsequente.
Pós-modernismo 45
Debate dos arquitetos, era necessário construir para as pessoas, e não mais para o Homem.
Começam a escrever sobre o “fim dos planos de grande-escala”, como por exemplos os planos
cheios de uso de tecnologia e quantificadores para o planejamento metropolitano. A
revitalização urbana substituiu renovação urbana.
Onda pós-estruturalista e pós marxista com “raiva do humanismo e seu legado do Iluminismo”
(46). É a aversão a qualquer projeto único de emancipação do homem, seja pela razão,
tecnologia ou ciência.
(48) Tabela do Hassan (aquela da prova de Estética) entre termos “antagônicos” entre
modernismo e pós-modernismo. Se para Baudelair o modero é efêmero e fragmentado, na
busca do eterno e imutáveis, o pós-modernismo abraçará o efêmero sem buscar por sua
contraparte enterna (49). Para o pós-modernismo, a mudança é tudo o que há.
Foucault faz uma “história” do poder, indo de sua maior escala até as de dominação global,
teorizando sobre sua intima relação com os dicursos (sistemas de conhecimento). Diversas
manifestações do poder, como asilos ou pisquiatrias, não podem ser explicadas pela lógica
totalizadora da luta de classes. Assim, culmina em afirmar que numa pretensão utópica pode
escapar de relações de discurso repressivas. A repressão soviética é inevitável quando
reproduzia os mesmo sistemas de conhecimento que o capitalismo. O único caminho seria
então atuar sobre o sistemas conhecimento. O ataque deverá ser multifacetado contra as
formas de exploração do capitalismo, de maneira a não reestabelecer em seu lugar outros
discursos que não contestassem as formas de poder. Lyotard tem argumentos semelhantes, no
âmbito da lingusitica.
Chegasse á uma conclusão que não é possível agir de forma global, e o pragmatismo toma
conta do discurso (56).
(62) O movimento pós-modernista se relaciona com a vida cotidiana se integra a ela. A arte e a
arquitetura então passam a “dar a pessoas o que elas querem” e experimentar observar as
“produções populares”. Uma manifestação disso é o artigo “Mickey Mouse ensina os
arquitetos”, onde Venturi afirma que a Disneylândia tem muito a ensinar aos arquitetos o que
as pessoas querem.
Para Crimp (64) o pós-modernismo está ralacionado com a tomada das artes pelas
corporações. Também há o fenômeno da comercialização da história e das formas culturais
“industria da herança” segundo Jameson, terminado “o pós modernismo é a lógica culturral do
capitalismo avançado” (65). O debate então fica entre se os movimentos contraculturais nos
anos 60 exprimiram uma demanda individual não atendida, que o mercado correu para
satisfazer com suas produções; ou se o capitalista em sua necessidade de avançar sobre novos
mercados criou nas pessoas novas demandas, e portanto instisfação individual (65).
A produção é fragmentada, uma colagem, e a concepção das cidades acaba por também ser
fragmentada.
A ruptura total com o passado, presente no modernismo, é essencial para separação entre
trabalho e capital. A “alteridade” é fundamental no capitalismo, no processo de apagar o
reconhecimento do trabalhar no outro e fortalecer sua luta (100). EU: contudo, a resposta
média talvez tenha sido fraca a responder a isso como o “trabalhar homem universalizado”.