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Da Administração Pública

Art. 37. A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e, também, ao seguinte:
      I -  os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei;
      II -  a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
      III -  o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período;
      IV -  durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
      V -  os cargos em comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente,
por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições
previstos em lei;
      VI -  é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
      VII -  o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei
complementar;
      VIII -  a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
      IX -  a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
      X -  a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre
servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data;
      XI -  a lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração
dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos
Poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, por membros
do Congresso Nacional, Ministros de Estado e Ministros do Supremo Tribunal Federal e seus
correspondentes nos Estados, no Distrito Federal e nos Territórios, e, nos Municípios, os valores
percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;
      XII -  os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
      XIII -  é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração
de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no art. 39, § 1º;
      XIV -  os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento;
      XV -  os vencimentos dos servidores públicos, civis e militares, são irredutíveis e a
remuneração observará o que dispõem os arts. 37, XI, XII, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
      XVI -  é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:
          a)   a de dois cargos de professor;
          b)   a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
          c)   a de dois cargos privativos de médico;
      XVII -  a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo poder público;
      XVIII -  a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
      XIX -  somente por lei específica poderão ser criadas empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação pública;
      XX -  depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em
empresa privada;
      XXI -  ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
  § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos
deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.
  § 2º A não-observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição
da autoridade responsável, nos termos da lei.
  § 3º As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei.
  § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a
perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
  § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
  § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Dos Servidores Públicos Militares


Art. 42. São servidores militares federais os integrantes das Forças Armadas e servidores
militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal os integrantes de suas polícias militares e de
seus corpos de bombeiros militares.
  § 1º As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas em
plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados das Forças Armadas, das polícias
militares e dos corpos de bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal,
sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.
  § 2º As patentes dos oficiais das Forças Armadas são conferidas pelo Presidente da República,
e as dos oficiais das polícias militares e corpos de bombeiros militares dos Estados, Territórios e
Distrito Federal, pelos respectivos Governadores.
  § 3º O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente será transferido para a
reserva.
  § 4º O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva,
ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo
de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois
anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.
  § 5º Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.
  § 6º O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partidos políticos.
  § 7º O oficial das Forças Armadas só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em
tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.
  § 8º O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a
dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
parágrafo anterior.
  § 9º A lei disporá sobre os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência
do servidor militar para a inatividade.
  § 10. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus pensionistas, o disposto no
art. 40, §§ 4º e 5º.
  § 11. Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o disposto no art. 7º, VIII, XII, XVII,
XVIII e XIX.
Da Organização dos Poderes
Do Congresso Nacional
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal.
  Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema
proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.
  § 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-
se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.
  § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal,
eleitos segundo o princípio majoritário.
  § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.
  § 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro
anos, alternadamente, por um e dois terços.
  § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas
comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
Das Atribuições do Congresso Nacional
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da
União, especialmente sobre:
      I -  sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
      II -  plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito,
dívida pública e emissões de curso forçado;
      III -  fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
      IV -  planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
      V -  limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
      VI -  incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados,
ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
      VII -  transferência temporária da sede do Governo Federal;
      VIII -  concessão de anistia;
      IX -  organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da
União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do
Distrito Federal;
      X -  criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas;
      XI -  criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública;
      XII -  telecomunicações e radiodifusão;
      XIII -  matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
      XIV -  moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
      I -  resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
      II -  autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente,
ressalvados os casos previstos em lei complementar;
      III -  autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País,
quando a ausência exceder a quinze dias;
      IV -  aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou
suspender qualquer uma dessas medidas;
      V -  sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa;
      VI -  mudar temporariamente sua sede;
      VII -  fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em cada
legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
      VIII -  fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice-Presidente
da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e
153, § 2º, I;
      IX -  julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo;
      X -  fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder
Executivo, incluídos os da administração indireta;
      XI -  zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa
dos outros Poderes;
      XII -  apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e
televisão;
      XIII -  escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
      XIV -  aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
      XV -  autorizar referendo e convocar plebiscito;
      XVI -  autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e
a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
      XVII -  aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior
a dois mil e quinhentos hectares.
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão
convocar Ministro de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto
previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação
adequada.
  § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados
ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa
respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
  § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos
escritos de informação aos Ministros de Estado, importando crime de responsabilidade a recusa,
ou o não-atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
Das Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na
disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da
Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem.
  § 1º Lei complementar estabelecerá as normas gerais a serem adotadas na organização, no
preparo e no emprego das Forças Armadas.
  § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.
  § 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que, em
tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se como tal o
decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de
atividades de caráter essencialmente militar.
  § 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo de
paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
Da Segurança Pública
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
      I -  polícia federal;
      II -  polícia rodoviária federal;
      III -  polícia ferroviária federal;
      IV -  polícias civis;
      V -  polícias militares e corpos de bombeiros militares.
  § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em carreira,
destina-se a:
      I -  apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
      II -  prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas
de competência;
      III -  exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;
      IV -  exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
  § 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
  § 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira, destina-se, na
forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
  § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.
  § 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.
  § 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.
  § 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.
  § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1.º O Estado do Rio Grande do Sul, integrante com seus Municípios, de forma indissolúvel,
da República Federativa do Brasil, proclama e adota, nos limites de sua autonomia e
competência, os princípios fundamentais e os direitos individuais, coletivos, sociais e políticos
universalmente consagrados e reconhecidos pela Constituição Federal a todas as pessoas no
âmbito de seu território.
Art. 2.º A soberania popular será exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com igual valor para todos e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III -
iniciativa popular. TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES
PRELIMINARES
Art. 3.º É mantida a integridade do território do Estado.
Art. 4.º A cidade de Porto Alegre é a capital do Estado, e nela os Poderes têm sua sede. 2
Art. 5.º São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário. Parágrafo único. É vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, e ao
cidadão investido em um deles, exercer função em outro, salvo nos casos previstos nesta
Constituição.
Art. 6.º São símbolos do Estado a Bandeira Rio-Grandense, o Hino Farroupilha e as Armas,
tradicionais.
Parágrafo único. O dia 20 de setembro é a data magna, sendo considerado feriado no Estado.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 11, de 03/10/95)

Art. 7.º São bens do Estado: I - as terras devolutas situadas em seu território e não
compreendidas entre as da União; II - os rios com nascente e foz no território do Estado; III - as
águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas neste
caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União, situadas em terrenos de seu domínio;
IV - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União, inclusive as situadas em rios federais
que não sejam limítrofes com outros países, bem como as situadas em rios que constituam
divisas com Estados limítrofes, pela regra da acessão; V - as áreas, nas ilhas oceânicas e
costeiras, que estiverem sob seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, dos
Municípios ou de terceiros; VI - os terrenos marginais dos rios e lagos navegáveis que correm
ou ficam situados em seu território, em zonas não alcançadas pela influência das marés; VII -
os terrenos marginais dos rios que, embora não navegáveis, porém caudais e sempre
corredios, contribuam com suas águas, por confluência direta, para tornar outros navegáveis;
VIII - a faixa marginal rio-grandense e acrescidos dos rios ou trechos de rios que, não sujeitos à
influência das marés, divisem com Estado limítrofe; IX - os bens que atualmente lhe pertencem
e os que lhe vierem a ser atribuídos; X - as terras dos extintos aldeamentos indígenas; (Vide
ADI n.º 255/STF, DJ de 24/05/11) XI - os inventos e a criação intelectual surgidos sob
remuneração ou custeio público estadual, direto ou indireto.
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES
Art. 46. Os integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são servidores
públicos militares do Estado regidos por estatutos próprios, estabelecidos em lei
complementar, observado o seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 67, de
17/06/14)
I - remuneração especial do trabalho que exceder à jornada de 40 (quarenta) horas semanais
e outras vantagens que a lei determinar; (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 78, de
03/02/20)
II - acesso a cursos ou concursos que signifiquem ascensão funcional, independentemente de
idade e de estado civil;
III - regime de dedicação exclusiva, nos termos da lei, ressalvado o disposto na Constituição
Federal;
IV - estabilidade às praças com cinco anos de efetivo serviço prestado à Corporação.

§ 1.º Lei complementar disporá, observado o disposto no art. 42, § 1.º, da Constituição
Federal, sobre as matérias do art. 142, § 3.º, inciso X, da Constituição Federal. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n.º 78, de 03/02/20)
§ 2.º Lei Complementar disporá sobre a promoção extraordinária do servidor militar que
morrer ou ficar permanentemente inválido em virtude de lesão sofrida em serviço, bem como,
na mesma situação, praticar ato de bravura. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 17,
de 16/07/97) (Vide Lei Complementar n.º 11.000/97)
§ 3.º Os servidores militares integrantes do Corpo de Bombeiros perceberão adicional de
insalubridade. (REVOGADO pela Emenda Constitucional n.º 78, de 03/02/20)
§ 4.º É assegurado o direito de livre associação profissional.
§ 5.º Fica assegurada a isonomia de remuneração entre os integrantes da Brigada Militar, do
Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º
67, de 17/06/14)(Declarada a inconstitucionalidade do dispositivo na ADI n.º 5260/STF, DJE de
29/10/18)

Art. 47. Aplicam-se aos servidores militares do Estado as normas pertinentes da Constituição
Federal e as gerais que a União, no exercício de sua competência, editar, bem como o disposto
nos arts. 29, I, II, III, V, IX, X, XI, XII e XIII; 31, §§ 6.º e 7.º; 32, § 1.º; 33, “caput” e §§ 1.º, 2.º, 3.º,
4.º, 9.º e 10; 35; 36; 37; 38, § 3.º; 40; 41; 42; 43; 44 e 45 desta Constituição. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n.º 78, de 03/02/20)
Art. 48. A lei poderá criar cargos em comissão privativos de servidores militares,
correspondentes às funções de confiança a serem desempenhadas junto ao Governo do
Estado e aos Presidentes da Assembléia Legislativa e dos Tribunais estaduais. Parágrafo único.
Os titulares dos cargos previstos neste artigo manterão a condição de servidor público militar e
estarão sujeitos a regime peculiar decorrente da exonerabilidade “ad nutum”

DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 124. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública, das prerrogativas da cidadania, da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - Brigada Militar; II - Polícia Civil; III -
Instituto-Geral de Perícias. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19, de 16/07/97)
(Vide ADI n.º 2827/STF) IV - Corpo de Bombeiros Militar. (Incluído pela Emenda Constitucional
n.º 67, de 17/06/14)
Art. 125. A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela
segurança pública, de maneira a assegurar-lhes a eficiência das atividades. 38 Parágrafo único.
O Estado só poderá operar serviços de informações que se refiram exclusivamente ao que a lei
defina como delinqüência.
Art. 126. A sociedade participará, através dos Conselhos de Defesa e Segurança da
Comunidade, no encaminhamento e solução dos problemas atinentes à segurança pública, na
forma da lei.
Art. 127. O policial civil ou militar, o bombeiro militar, e os integrantes dos quadros dos
servidores penitenciários e do Instituto-Geral de Perícias, quando feridos em serviço, terão
direito ao custeio integral, pelo Estado, das despesas médicas, hospitalares e de reabilitação
para o exercício de atividades que lhes garantam a subsistência. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n.º 67, de 17/06/14) Parágrafo único. Lei Complementar disporá sobre a
promoção extraordinária do servidor integrante dos quadros da Polícia Civil, do Instituto-Geral
de Perícias e dos serviços penitenciários que morrer ou ficar permanentemente inválido em
virtude de lesão sofrida em serviço, bem como, na mesma situação, praticar ato de bravura.
(Incluído pela Emenda Constitucional n.º 18, de 16/07/97) (Vide Lei Complementar n.º
11.000/97) (Vide ADI n.º 2827/STF)
Art. 128. Os Municípios poderão constituir: I - guardas municipais destinadas à proteção de
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei; II - serviços civis e auxiliares de
combate ao fogo, de prevenção de incêndios e de atividades de defesa civil. Seção II Da
Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (Redação dada pela Emenda Constitucional
n.º 67, de 17/06/14)
Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial da ativa do quadro da
Polícia Militar, do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo
Governador do Estado, incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública e a
polícia judiciária militar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 73, de 12/07/17)
Art. 130. Ao Corpo de Bombeiros Militar, dirigido pelo(a) Comandante-Geral, oficial(a) da ativa
do quadro de Bombeiro Militar, do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e
exoneração pelo(a) Governador(a) do Estado, competem a prevenção e o combate de
incêndios, as buscas e salvamentos, as ações de defesa civil e a polícia judiciária militar, na
forma definida em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 67, de
17/06/14) Parágrafo único. São autoridades bombeiros militares o(a) Comandante-Geral do
Corpo de Bombeiros Militar, os(as) oficiais(las) e as praças em comando de fração destacada.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 67, de 17/06/14)
Art. 131. A organização, o efetivo, o material bélico, as garantias, a convocação e a
mobilização da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar serão regulados em lei
complementar, observada a legislação federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º
67, de 17/06/14) § 1.º A seleção, o preparo, o aperfeiçoamento, o treinamento e a
especialização dos integrantes da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar são de
competência das Corporações. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 67, de
17/06/14) 39 § 2.º Incumbe às Corporações militares coordenar e executar projetos de
estudos e pesquisas para o desenvolvimento da segurança pública na área que lhes for afeta.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 67, de 17/06/14)
Art. 132. Os serviços de trânsito de competência do Estado serão realizados pela Brigada
Militar.

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