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EM EAD
PRÁTICAS DE ENSINO
PARA LICENCIATURAS
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. 2
Plano de Ensino .............................................................................................................................. 7
Unidade 1 - Considerações sobre Interdisciplinaridade..................................................... 9
Unidade 2 – Práticas Interdisciplinares .................................................................................. 14
Unidade 3 – Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica: Unidade
Unidade 4 – Da crítica à Proposição: Formulação e Execução ...................................... 20
Unidade 5 – Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica:
Unidade 6 – Elaborações de Questões: dos princípios aos objetivos do ensino..... 26
Unidade 7 – Elementos constitutivos da organização curricular da educação básica
............................................................................................................................................................31
Unidade 8 – A formação da identidade da escola: o Projeto Pedagógico................ 35
Unidade 9 – Organização Curricular: Conceito, Limites, Possibilidades. .................... 38
Unidade 10 – Como considerar a cultura do aluno no ensino: do diagnóstico aos
objetivos do ensino ..................................................................................................................... 41
Unidade 11 – Formas para a organização curricular ......................................................... 45
Unidade 12 – A organização do percurso formativo: os espaços e os tempos
pedagógicos .................................................................................................................................. 50
Unidade 13 – Formação Básica Comum e Parte Diversificada....................................... 55
Unidade 14 – Legislação comentada sobre a parte diversificada do currículo ....... 59
Unidade 15 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil .................. 63
Unidade 16 – Práticas Institucionais na educação infantil: o educar e o cuidar ....... 66
Unidade 17 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental ............ 69
Unidade 18 – A articulação entre os princípios, objetivos e os saberes dos alunos72
Unidade 19 - Os aspectos estruturantes da organização curricular do ensino
fundamental ................................................................................................................................... 76
Unidade 20 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio ........................ 80
APRESENTAÇÃO
1
“A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um
só se transforma em conhecimento através da análise sistemática
das práticas. Uma análise que é a análise individual, mas que é
também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em
situações de formação”.
Antonio Nóvoa
Philippe Perrenoud
J. Gimeno Sacristán
Caro aluno,
2
As Práticas de ensino têm como foco formativo o trabalho pedagógico que
se realiza em instituições escolares e não escolares, ou seja, nos diversos espaços
onde se exerçam práticas educativas.
Nessa perspectiva, concebe-se um conjunto de atividades de natureza
prático-teórica, que visa a propiciar ao aluno a formação de uma imagem, a partir
das múltiplas realidades educacionais encontradas, que lhe sirva como referência
para o desenvolvimento de sua prática profissional. Tal formação implica o
estudo, a problematização, a reflexão e a proposição de caminhos para o
processo de ensino.
Busca-se, dessa forma, o desenvolvimento de competências para atuação
no ensino, na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais
e na produção e difusão do conhecimento, em diversas áreas da educação, tendo
a docência como base obrigatória de sua formação e identidade profissional.
Ao formular uma proposta para as Práticas de ensino, considera-se um
conjunto de competências e habilidades que devem compor o processo formativo
do professor. Ressalta-se a importância do conhecimento e análise dos espaços
institucionais e não institucionais onde ocorre o ensino e a aprendizagem, assim
como das comunidades e culturas em que se inserem. Implica, ainda, a leitura das
teorias e práticas pedagógicas presentes nestes espaços educacionais, bem como
envolve o conhecimento, a utilização e a avaliação de objetivos, conteúdos,
técnicas, métodos e procedimentos pedagógicos referentes ao processo de
ensinar e aprender em situações distintas.
3
no final do currículo. Na perspectiva reflexiva e artística, a prática é o núcleo e a
sua volta gira todo o currículo. Ela é mais do que um contexto de aplicação,
representa um processo de investigação na ação, onde a complexidade do real
direciona a compreensão, o questionamento, a experiência alternativa e a
reconstrução da realidade escolar.
Objetivos
As Práticas de Ensino têm como objetivos:
Conhecimento e análise dos espaços institucionais e não
institucionais onde ocorre o ensino e a aprendizagem;
Leitura das teorias e práticas pedagógicas presentes nos
espaços educacionais;
Conhecimento, utilização e avaliação dos objetivos, conteúdos,
técnicas, métodos e procedimentos pedagógicos referentes ao
processo de ensino/aprendizagem em situações diversas;
Construção de conhecimentos experiências contextualizados e
de instrumentos para a intervenção pedagógica;
Tematização da prática pedagógica, a partir dos recursos
teóricos e experiências, de forma a contemplar a complexidade e
a singularidade da natureza da atuação do professor,
favorecendo o desenvolvimento de um estilo pedagógico próprio,
mediante a reflexão sobre vivências pessoais, sobre a implicação
4
Integração e conhecimento do aluno com a realidade social,
econômica e do trabalho de sua área/curso – interlocução com os
referenciais teóricos do currículo / aproximação entre as ações
propostas pelas disciplinas / áreas / atividades;
Iniciação à pesquisa e ao ensino, articulando teoria e prática,
na perspectiva de vincular a formação profissional à prática
investigativa;
Iniciação profissional através da observação, participação em
projetos e regência como um saber-fazer orientado pelas teorias
práticas pedagógicas;
Contribuição para o movimento ação-reflexão-ação, na medida
Metodologia
As práticas estão organizadas em: leituras de textos; planejamento da ação
docente; análise da execução de atividades práticas, de modo que o licenciando
possa articular o trabalho teórico com o trabalho prático, reflexivo e investigativo
da prática docente. Dado o fato de essa disciplina ser oferecida na modalidade à
distância (EAD), incentiva-se a formação de grupos de estudo autônomos,
orientados pelo tutor, privilegiando-se a aplicação prática dos pressupostos
teóricos desenvolvidos, com vistas à formação de um educador crítico, reflexivo e
capaz de interpretar a diversidade e complexidade do contexto escolar.
Avaliação
Pretende-se avaliar:
5
a expressão escrita nas atividades programadas; o trabalho com a pesquisa
bibliográfica e a socialização de estudos e vivência;
o empenho na execução das tarefas, de planejamento, elaboração de
planos e projetos de ensino;
domínio de conteúdos e teorias pedagógicas;
Plano de Ensino
6
Currículo e Interdisciplinaridade: Bases Conceituais e Legais
Ementa:
Atividades interdisciplinares para articulação entre os conhecimentos estudados
na academia e a realidade socioeducacional. Contexto socioeconômico e cultural
do entorno escolar. Investigação e interferências das concepções e condições
sociais e educacionais da escola. O processo do ensino e da aprendizagem.
Programa da Disciplina
Currículo e Interdisciplinaridade
Condicionantes sociais do diferentes contextos escolares
O processo do ensino e da aprendizagem.
Bibliografia Básica
FAZENDA, I. (org.). Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. SP: Papirus,
2007.
VILLA BOAS, B. M. de F. Portfólio, Avaliação e Trabalho Pedagógico. Campinas:
Papirus, 2004.
ZABALA, A. A prática educativa- como ensinar. PA: Artmed, 2007.
Bibliografia Complementar
CASTRO, A. D. e CARVALHO, A. M. P. (orgs.). Ensinar a ensinar. SP: Pioneira, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, SP,
Paz e Terra, 1997.
FREITAS, L. C. de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da dialética.
Campinas: Papirus, 1996.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas.
SP: EPU, 1986. . .
TARFIF, M. Saberes Docentes e Formação profissional. RJ: Vozes, 2002.
7
Unidade 1 - Considerações sobre Interdisciplinaridade
ESTUDANDO E REFLETINDO
A origem epistemológica da disciplinaridade encontra sua base na ciência
moderna, que se sustentou nos princípios das especializações como forma de
obtenção da verdade e da autonomia. Essa base histórica do conhecimento
científico incorporou-se aos fundamentos da pedagogia moderna e referenciou a
organização, predominantemente, arbórea ou radicular dos currículos escolares.
Essa visão monolítica e compartimentada dos conhecimentos científicos e
escolares começou a receber algumas influências questionadoras a partir dos
estudos iniciados em fins do século dezenove e início do século vinte, nos quais se
propunha a inclusão de princípios como da indeterminação, da incerteza e da
relatividade nas orientações dos processos de elaboração do
conhecimento científico.
Novas orientações levam a estudos interdisciplinares no campo da
ciência, como uma tentativa de recompor as conexões perdidas nos processos de
especializações. Sobre esse processo, Gallo afirma que
8
interdisciplinaridade passa a ser pensada como uma possibilidade de novas
organizações do trabalho educativo, com planejamentos coletivos envolvendo
professores das diferentes áreas do conhecimento.
Muitas definições surgem com o propósito de promover conexões entre os
diferentes campos do conhecimento. No espaço concernente aos debates
científicos, temos presentes algumas definições para essas terminologias.
Nicolescu (2000) nos oferece algumas definições que consideramos
contribuições significativas. Por pluridisciplinaridade esse autor define como sendo
"o estudo de um objeto de uma mesma e única disciplina por várias disciplinas ao
mesmo tempo". Segundo essa interpretação, o tratamento pluridisciplinar não
confere transformações à estrutura disciplinar, uma vez que sua contribuição não
excede a fronteira da disciplina propositora do estudo; "em outras palavras, a
abordagem pluridisciplinar ultrapassa as disciplinas, mas sua finalidade continua
inscrita na estrutura da pesquisa disciplinar" (NICOLESCU, 2000, p. 14).
Já a interdisciplinaridade tem um propósito diferente, "ela diz respeito à
transferência de métodos de uma disciplina para outra". Nela, é possível distinguir
três níveis de ação: aplicação (utilização de métodos de uma área do
conhecimento em outra), epistemológico (Ex: "a transferência de métodos da
lógica formal para o campo do direito produz análises interessantes na
epistemologia do direito") e geração de novas disciplinas (Ex: "a transferência de
métodos da física de partículas para a astrofísica gerou a cosmologia quântica"). A
interdisciplinaridade promove transposição de métodos de análise, porém
9
No caso da escolarização institucionalizada, é necessário ter certa cautela
no que diz respeito às diferentes interpretações que se apresentam para as
terminologias que dizem respeito à interdisciplinaridade. A simples transposição
dos debates existentes no campo da ciência para os processos de organização e
operacionalização dos currículos escolares pode promover interpretações pouco
úteis para o avanço das práticas pedagógicas.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Nesse sentido, Follari (1995, p.137-139) aponta alguns desafios que
podemos adotar como referências para se promover uma ação interdisciplinar no
âmbito escolar:
1. manter claro o processo de des-fundamentação pelo qual vem passando a
ciência contemporânea e, consequentemente, a concepção de
conhecimento escolar;
2. mostrar que a interdisciplinaridade não implica, necessariamente,
homologações conceituais de alta coerência;
3. manter viva a ideia de que a interdisciplina é etapa superior das disciplinas
e não negação supostamente superadora delas;
4. apoiar-se progressivamente em grupos de pesquisas interdisciplinares;
5. aprender a definir previamente os papéis dos grupos de trabalho; cada
detentor de uma profissão deve restringir-se a trazê-la a debate e estar
aberto para colocar-se em sintonia com outros saberes, mas não pode
10
8. estar disposto ao fracasso momentâneo e à espera, sendo negativo o
discurso apologético sobre a interdisciplina que motiva a expectativa de
resultados prontos e positivos.
11
ESTUDANDO E REFLETINDO
Após os estudos dos conceitos apresentados na unidade anterior,
desenvolva as propostas aqui apresentadas e comunique-se por meio do fórum e
do chat, a fim de estruturar uma argumentação própria sobre a temática da
interdisciplinaridade.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão 1
Leia o texto e responda a questão objetiva a seguir. A resposta supõe o conhecimento
sobre o funcionamento da Língua Portuguesa. Portanto, ela tem a dimensão disciplinar,
da princesa.
(Questão do Enade/Pedagogia/2011)
ESTUDANDO E REFLETINDO
O aluno deverá realizar a leitura do texto que define as Diretrizes
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica para, em seguida,
desenvolver a questão proposta.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
RESOLVE:
Art. 1º A presente Resolução define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para o conjunto
orgânico, sequencial e articulado das etapas e modalidades da Educação Básica, baseando-se no
direito de toda pessoa ao seu pleno desenvolvimento, à preparação para o exercício da cidadania
e à qualificação para o trabalho, na vivência e convivência em ambiente educativo, e tendo como
fundamento a responsabilidade que o Estado brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir a
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
democratização do acesso, a inclusão, a permanência e a conclusão com sucesso das crianças, dos
jovens e adultos na instituição educacional, a aprendizagem para continuidade dos estudos e a
extensão da obrigatoriedade e da gratuidade da Educação Básica.
TÍTULO I
OBJETIVOS
Art. 2º Estas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica têm por objetivos:
I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na Constituição, na
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos
legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a formação básica comum
nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola;
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a execução e a
avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação Básica;
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais da
Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e as escolas que os
integram, indistintamente da rede a que pertençam.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão 1
3.1. Leia agora um texto complementar a respeito das Diretrizes Curriculares
Nacionais
Fonte Bibliográfica:
Cordão, Francisco Aparecido (B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 37,
nº 3, set./dez. 2011.
Básica;
3. orientar os cursos destinados à formação inicial e continuada de profissionais –
docentes, técnicos, funcionários – da Educação Básica, os sistemas educativos dos
diferentes entes federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede
a que pertençam.
3. a Educação Básica como direito é considerada, contextualizadamente, em um
projeto de Nação, em consonância com os acontecimentos e suas determinações
histórico-sociais e políticas no mundo;
4. a dimensão articuladora da integração das Diretrizes Curriculares Nacionais
compondo as três etapas e as modalidades da Educação Básica, fundamentadas
na indissociabilidade dos conceitos referenciais de cuidar e educar;
5. a promoção e a ampliação do debate sobre a política curricular que orienta a
organização da Educação Básica como sistema educacional articulado e
integrado;
Questão 2
O foco das Diretrizes Curriculares Nacionais é a democratização do ensino, a fim
de viabilizar a cidadania, tendo como referência os objetivos constitucionais
(1988).
Com base no artigo 208 da Constituição atual (citada na questão anterior) e do
texto das Diretrizes Curriculares Nacionais, discuta o papel do Estado no processo
ESTUDANDO E REFLETINDO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
TÍTULO I
OBJETIVOS
Art. 2º Estas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica têm por objetivos:
BUSCANDO CONHECIMENTO
(...) Problematização
reprodução da existência.
Na origem do conhecimento, está colocado um problema. Do ponto de vista
pedagógico, quanto mais próximo for o processo de direção, por parte do
educador, do processo de elaboração do conhecimento, maiores serão as
probabilidades de uma assimilação eficaz. Mais próximo não significa,
necessariamente, "mais concreto", no sentido vulgar (como empírico, palpável) e
sim, mais concreto no sentido filosófico (síntese de múltiplas determinações). A
situação pedagógica deve, tanto quanto possível, recuperar a situação de
elaboração original de conhecimento, onde há uma disposição integral do sujeito
(afeto e razão) para conhecer, buscar, procurar, investigar, resolver o problema,
decifrar o objeto em estudo. Exige-se esforço, dedicação, atenção, abertura,
levando a um prazer, a uma alegria quando se compreende, por se estar
conseguindo dominar a realidade.
... a natureza intrínseca do conhecimento, a essência lógica que exprime a sua
realidade como fato objetivo, é sempre a mesma: é a capacidade que o ser vivo
possui de representar para si o estado do mundo em que se encontra, de reagir a
ele conforme a qualidade das percepções que tem, e sempre no sentido de
superar os obstáculos, de solucionar as situações problemáticas, que se opõem à
finalidade, a princípio inconsciente, de sua sobrevivência como indivíduo e como
espécie, mais tarde tornada plenamente consciente na representação do mais
desenvolvido dos seres vivos, o homem.
Percebemos, portanto, que o desafio, a problematização, é fundamental para
desencadear a ação de constituição do conhecimento no sujeito. A educação
dialética, apropriando-se dessa percepção, procura traduzi-la pedagogicamente
para a situação de sala de aula, onde também se coloca a necessidade de
construção do conhecimento, respeitadas as devidas diferenças. Pela
problematização o educador estabelece contradição com o conhecimento parcial,
equivocado, que o aluno traz, possibilitando a superação deste estágio de
conhecimento. (...)”
ESTUDANDO E REFLETINDO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
RESOLVE:
Art. 1º A presente Resolução define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para o conjunto
orgânico, sequencial e articulado das etapas e modalidades da Educação Básica, baseando-se no
direito de toda pessoa ao seu pleno desenvolvimento, à preparação para o exercício da cidadania
e à qualificação para o trabalho, na vivência e convivência em ambiente educativo, e tendo como
fundamento a responsabilidade que o Estado brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir a
democratização do acesso, a inclusão, a permanência e a conclusão com sucesso das crianças, dos
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
TÍTULO II
REFERÊNCIAS CONCEITUAIS
Art. 4º As bases que dão sustentação ao projeto nacional de educação responsabilizam o poder
público, a família, a sociedade e a escola pela garantia a todos os educandos de um ensino
ministrado de acordo com os princípios de:
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, permanência e sucesso na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e aos direitos;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da legislação e das normas dos respectivos
sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Art. 5º A Educação Básica é direito universal e alicerce indispensável para o exercício da cidadania
em plenitude, da qual depende a possibilidade de conquistar todos os demais direitos, definidos
na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), na legislação ordinária e
nas demais disposições que consagram as prerrogativas do cidadão.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão 1
O fazer docente pressupõe a realização de um conjunto de operações didáticas
coordenadas entre si. São o planejamento, a direção do ensino e da
dos estudantes.
IV. Domínio do conteúdo do livro didático adotado, que deve conter todos os
conteúdos a serem trabalhados durante o ano letivo.
É correto apenas o que se afirma em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
(Enade/Pedagogia 2011)
ESTUDANDO E REFLETINDO
Questão 1
Dando sequência ao quadro já desenvolvido na unidade 4, estabeleça uma
relação entre princípios, objetivos e problematização dos conteúdos, alcançando
uma prática propositiva:
Igualdade de
condições para o
acesso, inclusão,
permanência e
scesso na escola.
Liberdade de
aprender,
ensinar,
pesquisar e
divulgar a
cultura, o
pensamento, a
arte e o saber.
Pluralismo de
ideias e de
concepções
pedagógicas.
Respeito à
liberdade e aos
direitos.
Coexistência de
instituições
públicas e
privadas de
ensino.
Gratuidade do
ensino público
em
estabelecimentos
oficiais.
Valorização do
profissional da
educação
escolar.
Gestão
democrática do
ensino público,
na forma da
legislação e das
normas dos
respectivos
sistemas de
ensino.
Garantia de
padrão de
qualidade.
Valorização da
experiência
extraescolar.
Vinculação entre
a educação
escolar, o
trabalho e as
práticas sociais.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão 2
Faça a leitura do texto complementar sobre os princípios da educação indígena:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 22 DE JUNHO DE 2012 (*)
Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a
TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
Art. 3º Constituem objetivos da Educação Escolar Indígena proporcionar aos
indígenas, suas comunidades e povos:
I - a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades
étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
II - o acesso às informações, conhecimentos técnicos, científicos e culturais da
sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-indígenas.
Parágrafo único A Educação Escolar Indígena deve se constituir num espaço de
construção de relações interétnicas orientadas para a manutenção da pluralidade
cultural, pelo reconhecimento de diferentes concepções pedagógicas e pela
afirmação dos povos indígenas como sujeitos de direitos.
Art. 4º Constituem elementos básicos para a organização, a estrutura e o
comunidades indígenas.
Art. 6º Os sistemas de ensino devem assegurar às escolas indígenas estrutura
adequada às necessidades dos estudantes e das especificidades pedagógicas da
educação diferenciada,garantindo laboratórios, bibliotecas, espaços para
atividades esportivas e artístico-culturais,assim como equipamentos que garantam
a oferta de uma educação escolar de qualidade sociocultural.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Leitura
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
TÍTULO VII
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PARA A ORGANIZAÇÃO DAS
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Art. 42. São elementos constitutivos para a operacionalização destas Diretrizes o projeto político-
pedagógico e o regimento escolar; o sistema de avaliação; a gestão democrática e a organização
da escola; o professor e o programa de formação docente.
CAPÍTULO I
O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E O REGIMENTO ESCOLAR
Art. 43. O projeto político-pedagógico, interdependentemente da autonomia pedagógica,
administrativa e de gestão financeira da instituição educacional, representa mais do que um
documento, sendo um dos meios de viabilizar a escola democrática para todos e de qualidade
social.
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
Art. 44. O projeto político-pedagógico, instância de construção coletiva que respeita os sujeitos
das aprendizagens, entendidos como cidadãos com direitos à proteção e à participação social,
deve contemplar:
I - o diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do processo educativo, contextualizados no
espaço e no tempo;
II - a concepção sobre educação, conhecimento, avaliação da aprendizagem e mobilidade escolar;
III - o perfil real dos sujeitos – crianças, jovens e adultos – que justificam e instituem a vida da e na
escola, do ponto de vista intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeconômico, como base da
reflexão sobre as relações vida-conhecimento-culturaprofessor-estudante e instituição escolar;
IV - as bases norteadoras da organização do trabalho pedagógico;
V - a definição de qualidade das aprendizagens e, por consequência, da escola, no contexto das
desigualdades que se refletem na escola;
VI - os fundamentos da gestão democrática, compartilhada e participativa (órgãos colegiados e de
representação estudantil);
VII - o programa de acompanhamento de acesso, de permanência dos estudantes e de superação
da retenção escolar;
VIII - o programa de formação inicial e continuada dos profissionais da educação, regentes e não
regentes;
IX - as ações de acompanhamento sistemático dos resultados do processo de avaliação interna e
externa (Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, dados estatísticos,
pesquisas sobre os sujeitos da Educação Básica), incluindo dados referentes ao IDEB e/ou que
complementem ou substituam os desenvolvidos pelas unidades da federação e
outros;
X - a concepção da organização do espaço físico da instituição escolar de tal modo que este seja
compatível com as características de seus sujeitos, que atenda as normas de acessibilidade, além
da natureza e das finalidades da educação, deliberadas e assumidas pela
comunidade educacional.
Art. 45. O regimento escolar, discutido e aprovado pela comunidade escolar e conhecido por
todos, constitui-se em um dos instrumentos de execução do projeto políticopedagógico, com
transparência e responsabilidade.
Parágrafo único. O regimento escolar trata da natureza e da finalidade da instituição, da relação da
gestão democrática com os órgãos colegiados, das atribuições de seus órgãos e sujeitos, das suas
normas pedagógicas, incluindo os critérios de acesso, promoção, mobilidade
do estudante, dos direitos e deveres dos seus sujeitos: estudantes, professores, técnicos e
funcionários, gestores, famílias, representação estudantil e função das suas instâncias colegiadas.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Questão 1
O quadro abaixo apresenta os elementos constitutivos de Projeto Político
Pedagógico. Descreva cada um dos itens apresentados, indicando o que a escola
deverá realizar:
Concepção de educação.
Conhecimento.
Avaliação da aprendizagem.
Mobilidade escolar.
O programa de formação.
instituição escolar.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão 2
O regimento escolar trata da natureza e da finalidade da instituição, da relação da gestão
democrática com os órgãos colegiados, das atribuições de seus órgãos e sujeitos, das suas normas
pedagógicas, incluindo os critérios de acesso, promoção, mobilidade
do estudante, dos direitos e deveres dos seus sujeitos: estudantes, professores, técnicos e
funcionários, gestores, famílias, representação estudantil e função das suas instâncias colegiadas.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Toda escola deve ter uma alma, uma identidade, uma qualidade que a faz ser
única para todos que nela passam uma parte de suas vidas... Esse vínculo cognitivo e
afetivo deve ser construído a partir das vivências propiciadas a toda a comunidade
escolar. E essa preocupação deve estar presente na elaboração do projeto político
pedagógico, o qual deve contribuir para criar ou fortalecer a identidade da escola.
Quanto a esse aspecto, a comunidade escolar deve levantar as características atuais
da escola, suas limitações e possibilidades, os seus elementos identificadores, a
imagem que se quer construir quanto a seu papel na comunidade em que está
inserida. Esse levantamento dos traços identificadores da escola constitui
um diagnóstico que servirá de base para a definição dos objetivos a perseguir, dos
conteúdos que devem ser trabalhados, das formas de organização do seu ensino.
Algumas questões podem conduzir à realização desse diagnóstico:
Fonte Bibliográfica:
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=14550&chapterid=10908. Acesso em
28/08/2014
Questão 2
Em uma reunião do conselho escolar, os participantes definiram, como estratégia
de aproximação entre escola e famílias, a realização de visitas às casas dos alunos,
a fim de conhecer de perto a realidade em que vivem. Um dos professores foi à
casa de Roberto, aluno que apresentava dificuldades de aprendizagem,
principalmente em matemática. Lá chegando, viu que se tratava de uma moradia
popular, de uma família que não teve oportunidades de estudo. O professor de
Roberto, porém, ficou surpreso ao saber que o menino ajudava o pai, feirante,
como “caixa” na venda de frutas. Se ele sabia calcular valores e fazer o troco, não
havia motivos para ter dificuldades em matemática.
b. Descreva outra ação que favoreça uma integração maior entre escola e
comunidade e argumente por que essa ação é relevante.
(Enade/Pedagogia/2008
TÍTULO V
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: CONCEITO, LIMITES, POSSIBILIDADES
Art. 11. A escola de Educação Básica é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura
herdada, reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes
próprias das diferentes regiões do País.
Parágrafo único. Essa concepção de escola exige a superação do rito escolar, desde a construção
do currículo até os critérios que orientam a organização do trabalho escolar em sua
multidimensionalidade, privilegia trocas, acolhimento e aconchego, para garantir o bem-estar de
crianças, adolescentes, jovens e adultos, no relacionamento entre todas as pessoas.
Art. 12. Cabe aos sistemas educacionais, em geral, definir o programa de escolas de tempo parcial
diurno (matutino ou vespertino), tempo parcial noturno, e tempo integral (turno e contra-turno ou
turno único com jornada escolar de 7 horas, no mínimo, durante todo o período letivo), tendo em
vista a amplitude do papel socioeducativo atribuído ao conjunto orgânico da Educação Básica, o
que requer outra organização e gestão do trabalho pedagógico.
§ 1º Deve-se ampliar a jornada escolar, em único ou diferentes espaços educativos, nos quais a
permanência do estudante vincula-se tanto à quantidade e qualidade do tempo diário de
escolarização quanto à diversidade de atividades de aprendizagens.
§ 2º A jornada em tempo integral com qualidade implica a necessidade da incorporação efetiva e
orgânica, no currículo, de atividades e estudos pedagogicamente planejados e acompanhados.
§ 3º Os cursos em tempo parcial noturno devem estabelecer metodologia adequada às idades, à
maturidade e à experiência de aprendizagens, para atenderem aos jovens e adultos em
escolarização no tempo regular ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1015-1035, out. 2007
Disponível em http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em 28/08/2014
Questão
Leia os textos dessa unidade e destaque os principais pontos no que se refere à
escola e ao contexto cultural:
Fonte Bibliográfica:
Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.1, p. 139-159, jan./abr. 2004
http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n1/a08v30n1.pdf. Acesso em 28/08/2014
Um esforço importante tem sido feito para, de certa forma, retirar os estudos a
respeito da história do currículo e dos programas de ensino da formalidade e do
idealismo a que os mesmos foram submetidos pela tradição historiográfica
educacional brasileira. De um lado, ao mostrar o currículo como um campo de
forças e ao enfocar os aspectos sociais, culturais, políticos, econômicos das
escolhas efetivadas pelos agentes que intervêm continuamente no processo de
escolarização, tais estudos têm contribuído para que tenhamos uma clara
visão do quão é dinâmica a cultura escolar. De outra parte, ao lançar luzes sobre
as práticas de apropriação das quais, de alto a baixo, os saberes escolarizados são
produto, tais investigações nos permitem perceber os constrangimentos sociais e
escolares a que os sujeitos escolares estão submetidos e, por outro lado, as
artimanhas criativas postas em ação por estes mesmos sujeitos para dar conta de
dar sentido às suas ações e, de uma forma mais geral, à própria escola.
Noutra vertente de pesquisas, os investigadores têm, cada vez mais, posto o
acento sobre as práticas escolares, a materialidade e formalidade da cultura
BUSCANDO CONHECIMENTO
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
CAPÍTULO I
FORMAS PARA A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
Art. 13. O currículo, assumindo como referência os princípios educacionais garantidos à educação,
assegurados no artigo 4º desta Resolução, configura-se como o conjunto de valores e práticas que
proporcionam a produção, a socialização de significados no espaço social e contribuem
intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos.
§ 1º O currículo deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres
dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando as condições de
escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção
de práticas educativas formais e não-formais.
§ 2º Na organização da proposta curricular, deve-se assegurar o entendimento de currículo como
experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações
sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir as identidades dos educandos.
§ 3º A organização do percurso formativo, aberto e contextualizado, deve ser construída em
função das peculiaridades do meio e das características, interesses e necessidades dos estudantes,
incluindo não só os componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na legislação e nas
normas educacionais, mas outros, também, de modo flexível e variável, conforme cada projeto
escolar, e assegurando:
I - concepção e organização do espaço curricular e físico que se imbriquem e alarguem, incluindo
espaços, ambientes e equipamentos que não apenas as salas de aula da escola, mas, igualmente,
os espaços de outras escolas e os socioculturais e esportivo recreativos do entorno, da cidade e
mesmo da região;
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão – Discursiva
Em uma Escola de Ensino Fundamental, a professora iniciará atividades para
trabalhar o conceito de representação, importante para a alfabetização geográfica
e desenvolvimento do pensamento histórico.
Considerando as situações que contribuem para a construção do conceito em
foco, analise as atividades apresentadas a seguir.
III - Os alunos observam pinturas famosas que retratam pessoas para reproduzi-
las e destacar as que mais se aproximam das originais. Quais as implicações
conceituais dessa atividade para o ensino de geografia?
Fonte Bibliográfica:
http://www.ufjf.br/espacoeducacao/files/2009/11/cc07_1.pdf
(Acesso em 29/08/2014)
Texto foi produzido a partir do projeto Tempos na escola coordenado pela Prof.
Luciana Pacheco Marques.
.....................................................................................................................
Que tempo é esse de que trata a Modernidade? Que tempo é esse da Atualidade?
O presente é um traço marcante da Modernidade. Vaz (1997, p. 103), ao definir a
Modernidade, a caracteriza como "a época da história porque ela se obrigou a
pensar o acontecimento, certa experiência de tempo onde o passado e o futuro
são momentos do próprio presente". Sendo assim, no pensamento Moderno o
presente constitui a emergência de um possível, o qual se articula, por sua vez, ao
universal, à humanidade. O que virá a ser, a novidade, constitui o valor norteador
da ação humana na Modernidade.
Sobre o tempo na Modernidade, Marques (2001, p. 35) afirma que: O tempo é
concebido de forma linear, onde os eventos constituem uma sucessão de
acontecimentos cronologicamente ordenados. A relação entre o "era" (passado), o
"não é mais" (presente) e o "vir a ser" (futuro) obedece, assim, a uma sucessão
linear de mudanças. A linearidade do tempo está, portanto, relacionada a essa
relação entre passado, presente e futuro. Os acontecimentos obedecem a uma
cronologia, onde o presente é tomado como referência para se pensar o passado
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão
Leia o texto de Drummond Cortar o tempo e faça uma relação com o texto
Questões sobre o tempo no espaço escolar, no que concerne ao conceito de tempo
e espaço escolar na modernidade. Como o professor deve trabalhar com o tempo
de modo a inserir no presente, o passado e o futuro simultaneamente?
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano,
Foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite
da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os
pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.”
(Cortar o tempo – DRUMMOND)
Educação Básica.
ESTUDANDO E REFLETINDO
CAPÍTULO II
FORMAÇÃO BÁSICA COMUM E PARTE DIVERSIFICADA
Art. 14. A base nacional comum na Educação Básica constitui-se de conhecimentos, saberes e
valores produzidos culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas instituições
produtoras do conhecimento científico e tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento
das linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção artística; nas formas diversas
de exercício da cidadania; e nos movimentos sociais.
§ 1º Integram a base nacional comum nacional:
a) a Língua Portuguesa;
b) a Matemática;
c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade social e política, especialmente do Brasil,
incluindo-se o estudo da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena,
d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão, incluindo-se a música;
e) a Educação Física;
f) o Ensino Religioso.
§ 2º Tais componentes curriculares são organizados pelos sistemas educativos, em forma de áreas
de conhecimento, disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade dos diferentes
campos do conhecimento, por meio dos quais se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao
exercício da cidadania, em ritmo compatível com as etapas do desenvolvimento integral do
cidadão.
§ 3º A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos
distintos, com disciplinas específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser organicamente
planejadas e geridas de tal modo que as tecnologias de informação e comunicação perpassem
transversalmente a proposta curricular, desde a Educação Infantil até
o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos político-pedagógicos.
(*) Resolução CNE/CEB 4/2010. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de julho de 2010, Seção 1, p. 824.
Art. 15. A parte diversificada enriquece e complementa a base nacional comum, prevendo o estudo
das características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade
escolar, perpassando todos os tempos e espaços curriculares constituintes do Ensino Fundamental
e do Ensino Médio, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à
escola.
§ 1º A parte diversificada pode ser organizada em temas gerais, na forma de eixos temáticos,
selecionados colegiadamente pelos sistemas educativos ou pela unidade escolar.
§ 2º A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua estrangeira moderna na parte diversificada,
cabendo sua escolha à comunidade escolar, dentro das possibilidades da escola,
que deve considerar o atendimento das características locais, regionais, nacionais e transnacionais,
tendo em vista as demandas do mundo do trabalho e da internacionalização de
toda ordem de relações.
§ 3º A língua espanhola, por força da Lei nº 11.161/2005, é obrigatoriamente ofertada no Ensino
Médio, embora facultativa para o estudante, bem como possibilitada no Ensino Fundamental, do
6º ao 9º ano.
Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB, determinam que sejam incluídos componentes
não disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio ambiente e à condição e direitos do
idoso.
Art. 17. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio, destinar-se-ão, pelo menos, 20% do total da
carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela
escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os estudantes do Ensino Fundamental e do
Médio possam escolher aquele programa ou projeto com que se identifiquem e que lhes
permitam melhor lidar com o conhecimento e a experiência.
§ 1º Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos de modo dinâmico, criativo e flexível, em
articulação com a comunidade em que a escola esteja inserida.
§ 2º A interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade do
conhecimento de diferentes disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o currículo e
propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do conhecimento.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Conhecimento do
mundo físico, natural, da
realidade social e
política.
Educação Física
Ensino Religioso
Questão - Discursiva
Após ter lido o quadro que situa a organização curricular no país, conceitue a
parte diversificada, citando um exemplo de uma região.
ESTUDANDO E REFLETINDO
Fonte Bibliográfica:
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica
file:///C:/Documents%20and%20Settings/debora.souza/Meus%20documentos/Do
wnloads/diretrizes_curiculares_nacionais_2013%20(1).pdf (Acesso em 29/09/2014)
................................................................................................................
...................................................................................................................
BUSCANDO CONHECIMENTO
III – ensinar a compreender o que é ciência, qual a sua história e a quem ela se
destina;
IV – viver situações práticas a partir das quais seja possível perceber que não há
uma única visão de mundo, portanto, um fenômeno, um problema, uma
experiência podem ser descritos e analisados segundo diferentes perspectivas e
correntes de pensamento, que variam no tempo, no espaço, na intencionalidade;
V – compreender os efeitos da “infoera”, sabendo que estes atuam, cada vez mais,
na vida das crianças, dos adolescentes e adultos, para que se reconheçam, de um
lado, os estudantes, de outro, os profissionais da educação e a família, mas
reconhecendo que os recursos midiáticos devem permear todas as atividades de
aprendizagem.
RESOLVE:
Art. 1º - A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil,
a serem observadas na organização das propostas pedagógicas das instituições de educação
infantil integrantes dos diversos sistemas de ensino.
III – As Instituições de Educação Infantil devem promover em suas Propostas Pedagógicas, práticas
de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais,
afetivos, cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e
indivisível.
IV – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil, ao reconhecer as crianças
como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprios, com os demais e o próprio
ambiente de maneira articulada e gradual, devem buscar a partir de atividades intencionais, em
momentos de ações, ora estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação entre as diversas áreas
de conhecimento e aspectos da vida cidadã, contribuindo assim com o provimento de conteúdos
básicos para a constituição de conhecimentos e valores.
V – As Propostas Pedagógicas para a Educação Infantil devem organizar suas estratégias de
avaliação, através do acompanhamento e dos registros de etapas alcançadas nos cuidados e na
educação para crianças de 0 a 6 anos, “sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao
ensino fundamental”.
VI – As Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem ser criadas,
coordenadas, supervisionadas e avaliadas por educadores, com, pelo menos, o diploma de Curso
de Formação de Professores, mesmo que da equipe de Profissionais participem outros das áreas
de Ciências Humanas, Sociais e Exatas, assim como familiares das crianças. Da direção das
instituições de Educação Infantil deve participar, necessariamente, um educador com, no mínimo,
o Curso de Formação de Professores.
VII - O ambiente de gestão democrática por parte dos educadores, a partir de liderança
responsável e de qualidade, deve garantir direitos básicos de crianças e suas famílias à educação e
cuidados, num contexto de atenção multidisciplinar com profissionais necessários para o
atendimento.
VIII – As Propostas Pedagógicas e os regimentos das Instituições de Educação Infantil devem, em
clima de cooperação, proporcionar condições de funcionamento das estratégias educacionais, do
uso do espaço físico, do horário e do calendário escolar, que possibilitem a adoção, execução,
avaliação e o aperfeiçoamento das diretrizes.
Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.
(*)CNE. Resolução CEB 1/99. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de abril de 1999. Seção 1, p. 18.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Fonte bibliográfica:
Segundo Sarmento (2005, p.371, grifo do autor), é preciso que se faça uma
distinção semântica entre infância e criança, categorias que muitas vezes são
apresentadas com o mesmo significado no senso comum:
Por isso a Sociologia da infância costuma fazer, contra a orientação aglutinante do
senso comum, uma distinção semântica e conceptual entre infância, para significar
a categoria social do tipo geracional, e criança, referente ao sujeito concreto que
integra essa categoria geracional e que, na sua existência, para além Educação
infantil da pertença de um grupo etário próprio, é sempre um actor social que
pertence a uma classe social, a um gênero, etc.
Os conceitos de infância podem apresentar diferentes significados, conforme os
referenciais que utilizarmos. A “palavra infância evoca um período que se inicia
com o nascimento e termina com a puberdade.”
Questão – Objetiva
IV - como espaço de guarda e tutela, a creche tem especial cuidado com a saúde
e a higiene das crianças.
APENAS:
(A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV
(Enade/Pedagogia/2008)
BUSCANDO CONHECIMENTO
Até por volta do século XII, a arte medieval desconhecia a infância ou não tentava
representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse à incompetência ou à
falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse
mundo.
Questão - Discursiva
a) desenvolvimento da oralidade;
b) formação do leitor e do escritor;
c) importância da literatura para a socialização da criança e sua formação integral.
(Enade/Pedagogia/2011)
ESTUDANDO E REFLETINDO
RESOLVE:
Art. 2º Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobre princípios,
fundamentos e procedimento da educação básica, expressas pela Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação, que orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino na
organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas.
Art. 3º. São as seguintes as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental:
I - As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:
a) os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem
comum;
b) os princípios dos Direitos e Deveres da Cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à
ordem democrática;
c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações
artísticas e culturais.
II - Ao definir suas propostas pedagógicas, as escolas deverão explicitar o reconhecimento da
identidade pessoal de alunos, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade
escolar e de seus respectivos sistemas de ensino.
(*) Publicada no D.O.U. de 15/4/98 - Seção I – p. 31
(**) Alterada pela Resolução CNE/CEB n.º 1, de 31 de janeiro de 2006
III - As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas pela interação dos
processos de conhecimento com os de linguagem e os afetivos, em consequência das relações
entre as distintas identidades dos vários participantes do contexto escolarizado; as diversas
experiências de vida de alunos, professores e demais participantes do ambiente escolar, expressas
através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para a constituição de identidade
afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar ações autônomas e solidárias em relação a
conhecimentos e valores indispensáveis à vida cidadã.
IV - Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base
nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na
diversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em
torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental e:
a) a vida cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos como:
1. a saúde
2. a sexualidade
3. a vida familiar e social
4. o meio ambiente
5. o trabalho
6. a ciência e a tecnologia
7. a cultura
8. as linguagens.
b) as áreas de conhecimento:
1. Língua Portuguesa
2. Língua Materna, para populações indígenas e migrantes
3. Matemática
4. Ciências
5. Geografia
6. História
7. Língua Estrangeira
8. Educação Artística
9. Educação Física
10. Educação Religiosa, na forma do art. 33 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
V - As escolas deverão explicitar em suas propostas curriculares processos de ensino voltados para
as relações com sua comunidade local, regional e planetária, visando à interação entre a educação
fundamental e a vida cidadã; os alunos, ao aprenderem os conhecimentos e valores da base
nacional comum e da parte diversificada, estarão também constituindo sua identidade como
cidadãos, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis, solidárias e autônomas em
relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.
VI - As escolas utilizarão a parte diversificada de suas propostas curriculares para enriquecer e
complementar a base nacional comum, propiciando, de maneira específica, a introdução de
projetos e atividades do interesse de suas comunidades.
VII - As escolas devem trabalhar em clima de cooperação entre a direção e as equipes
docentes, para que haja condições favoráveis à adoção, execução, avaliação e aperfeiçoamento
das estratégias educacionais, em consequência do uso adequado do espaço físico, do horário e
calendário escolares, na forma dos arts. 12 a 14 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão – Objetiva
(Enade/Pedagogia/2008)
Questão – Discursiva
CONHECENDO A PROPOSTA
Articular os saberes dos alunos aos objetivos e princípios, correspondendo-os.
ESTUDANDO E REFLETINDO
BUSCANDO CONHECIMENTO
Exemplo:
1 – Domínio do cálculo na Realizar equivalência Domínio das
vivência do mercado da entre quantidades. propriedades do cálculo.
cidade, vendendo frutas
com a sua família.
2–
Estratégias didáticas
1–
2–
1. a saúde
2. a sexualidade
3. a vida familiar e social
4. o meio ambiente
5. o trabalho
6. a ciência e a tecnologia
7. a cultura
8. as linguagens.
1. Língua Portuguesa
2. Língua Materna, para populações indígenas e migrantes
3. Matemática
4. Ciências
5. Geografia
6. História
7. Língua Estrangeira
8. Educação Artística
9. Educação Física
10. Educação Religiosa
BUSCANDO CONHECIMENTO
Questão – Objetiva
RESOLVE:
Art. 2º A organização curricular de cada escola será orientada pelos valores apresentados na Lei
9.394, a saber:
I - os fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem
comum e à ordem democrática;
II - os que fortaleçam os vínculos de família, os laços de solidariedade humana e de tolerância
recíproca.
Art. 3º Para observância dos valores mencionados no artigo anterior, a prática administrativa e
pedagógica dos sistemas de ensino e de suas escolas, as formas de convivência no ambiente
escolar, os mecanismos de formulação e implementação de política educacional, os critérios de
alocação de recursos, a organização do currículo e das situações de ensino aprendizagem e os
procedimentos de avaliação deverão ser coerentes com princípios estéticos, políticos e éticos,
abrangendo:
(*) Publicada no D.O.U. de 5/8/98 - Seção I – p. 21
(**) Ver Resolução CNE/CEB n.º 1, de 3 de fevereiro de 2005, que atualiza as Diretrizes Curriculares
Nacionais definidas pelo Conselho Nacional de Educação para o Ensino Médio e para a Educação
Profissional Técnica de nível médio às disposições do Decreto nº 5.154/2004
Art. 4º As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão
competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, previstas pelas
finalidades do ensino médio estabelecidas pela lei:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da autonomia intelectual
e do pensamento crítico, de modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de adaptar-se com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento;
II - constituição de significados socialmente construídos e reconhecidos como verdadeiros sobre o
mundo físico e natural, sobre a realidade social e política;
III - compreensão do significado das ciências, das letras e das artes e do processo de
transformação da sociedade e da cultura, em especial as do Brasil, de modo a possuir as
competências e habilidades necessárias ao exercício da cidadania e do trabalho;
IV - domínio dos princípios e fundamentos científico-tecnológicos que presidem a produção
moderna de bens, serviços e conhecimentos, tanto em seus produtos como em seus processos, de
modo a ser capaz de relacionar a teoria com a prática e o desenvolvimento da flexibilidade para
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
V - competência no uso da língua portuguesa, das línguas estrangeiras e outras linguagens
contemporâneas como instrumentos de comunicação e como processos de constituição de
conhecimento e de exercício de cidadania.
Art. 5º Para cumprir as finalidades do ensino médio previstas pela lei, as escolas organizarão seus
currículos de modo a:
I - ter presente que os conteúdos curriculares não são fins em si mesmos, mas meios básicos
para constituir competências cognitivas ou sociais, priorizando-as sobre as informações;
II - ter presente que as linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos e
competências;
III - adotar metodologias de ensino diversificadas, que estimulem a reconstrução do conhecimento
e mobilizem o raciocínio, a experimentação, a solução de problemas e outras competências
cognitivas superiores;
IV - reconhecer que as situações de aprendizagem provocam também sentimentos e requerem
trabalhar a afetividade do aluno.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Continue a leitura, anotando as práticas da interdisciplinaridade:
RESOLUÇÃO CEB Nº 3, DE 26 DE JUNHO DE 1998
Art. 8º Na observância da Interdisciplinaridade as escolas terão presente que:
I - a Interdisciplinaridade, nas suas mais variadas formas, partirá do princípio de que todo
conhecimento mantém um diálogo permanente com outros conhecimentos, que pode ser de
questionamento, de negação, de complementação, de ampliação, de iluminação de aspectos são
distinguidos;
II - o ensino deve ir além da descrição e procurar constituir nos alunos a capacidade de analisar,
explicar, prever e intervir, objetivos que são mais facilmente alcançáveis se as disciplinas,
integradas em áreas de conhecimento, puderem contribuir, cada uma com sua especificidade, para
o estudo comum de problemas concretos, ou para o desenvolvimento de projetos de investigação
e/ou de ação;
III - as disciplinas escolares são recortes das áreas de conhecimentos que representam, carregam
sempre um grau de arbitrariedade e não esgotam isoladamente a realidade dos fatos físicos e
sociais, devendo buscar entre si interações que permitam aos alunos a compreensão mais ampla
da realidade;
IV - a aprendizagem é decisiva para o desenvolvimento dos alunos, e por esta razão as disciplinas
devem ser didaticamente solidárias para atingir esse objetivo, de modo que disciplinas diferentes
estimulem competências comuns, e cada disciplina contribua para a constituição de diferentes
capacidades, sendo indispensável buscar a complementaridade entre as disciplinas a fim de
facilitar aos alunos um desenvolvimento intelectual, social e afetivo mais completo e integrado;
V - a característica do ensino escolar, tal como indicada no inciso anterior, amplia
significativamente a responsabilidade da escola para a constituição de identidades que integram
conhecimentos, competências e valores que permitam o exercício pleno da cidadania e a inserção
flexível no mundo do trabalho.
Art. 10 A base nacional comum dos currículos do ensino médio será organizada em áreas de
conhecimento, a saber:
I - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, objetivando a constituição de competências e
habilidades que permitam ao educando:
a) Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de
organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e
informação.
b) Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações
específicas.
c) Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com
seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo
com as condições de produção e recepção.
d) Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e
integradora da organização do mundo e da própria identidade.
e) Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações
e a outras culturas e grupos sociais.
f) Entender os princípios das tecnologias da comunicação e da informação, associá-las aos
conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte e aos problemas que se propõem
solucionar.
g) Entender a natureza das tecnologias da informação como integração de diferentes meios de
comunicação, linguagens e códigos, bem como a função integradora que elas exercem na sua
relação com as demais tecnologias.
h) Entender o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida, nos
processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
i) Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros
contextos relevantes para sua vida.
II - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, objetivando a constituição de
habilidades e competências que permitam ao educando:
a) Compreender as ciências como construções humanas, entendendo como elas se desenvolvem
por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento
científico com a transformação da sociedade.
b) Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das ciências naturais.
§ 1º A base nacional comum dos currículos do ensino médio deverá contemplar as três áreas do
conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a interdisciplinaridade e a
contextualização.
§ 2º As propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento interdisciplinar e
contextualizado para:
a) Educação Física e Arte, como componentes curriculares obrigatórios;
b) Conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania.
Faça anotações no que se refere às distinções entre base nacional comum e
diversificada do currículo
RESOLUÇÃO CEB Nº 3, DE 26 DE JUNHO DE 1998
Artigo 11 Na base nacional comum e na parte diversificada será observado que:
I - as definições doutrinárias sobre os fundamentos axiológicos e os princípios pedagógicos que
integram as DCNEM aplicar-se-ão a ambas;
II - a parte diversificada deverá ser organicamente integrada com a base nacional comum, por
contextualização e por complementação, diversificação, enriquecimento, desdobramento, entre
outras formas de integração;
III - a base nacional comum deverá compreender, pelo menos, 75% (setenta e cinco por cento)
do tempo mínimo de 2.400 (duas mil e quatrocentas) horas, estabelecido pela lei como carga
horária para o ensino médio;
IV - além da carga mínima de 2.400 horas, as escolas terão, em suas propostas pedagógicas,
liberdade de organização curricular, independentemente de distinção entre base nacional comum
e parte diversificada;
V - a língua estrangeira moderna, tanto a obrigatória quanto as optativas, serão incluídas no
cômputo da carga horária da parte diversificada.
Artigo 12 Não haverá dissociação entre a formação geral e a preparação básica para o trabalho,
nem esta última se confundirá com a formação profissional.
§ 1º A preparação básica para o trabalho deverá estar presente tanto na base nacional comum
como na parte diversificada.
§ 2º O ensino médio, atendida a formação geral, incluindo a preparação básica para o trabalho,
poderá preparar para o exercício de profissões técnicas, por articulação com a educação
profissional, mantida a independência entre os cursos.
Artigo 13 Estudos concluídos no ensino médio, tanto da base nacional comum quanto da parte
diversificada, poderão ser aproveitados para a obtenção de uma habilitação profissional, em
cursos realizados concomitante ou sequencialmente, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento)
do tempo mínimo legalmente estabelecido como carga horária para o ensino médio.
Parágrafo único. Estudos estritamente profissionalizantes, independentemente de serem feitos
na mesma escola ou em outra escola ou instituição, de forma concomitante ou posterior ao ensino
médio, deverão ser realizados em carga horária adicional às 2.400 horas (duas mil e quatrocentas)
horas mínimas previstas na lei.
Artigo 14 Caberá, respectivamente, aos órgãos normativos e executivos dos sistemas de ensino o
estabelecimento de normas complementares e políticas educacionais, considerando as
peculiaridades regionais ou locais, observadas as disposições destas diretrizes.
Parágrafo único. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino deverão regulamentar o
aproveitamento de estudos realizados e de conhecimentos constituídos tanto na experiência
escolar como na extra-escolar.
Artigo 15 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga as disposições em
contrário.
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