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Introdução
Função é uma forma de estabelecer uma ligação entre dois conjuntos, sujeita a algumas
condições. Antes, porém, será exposta uma forma de correspondência mais geral, chamada
relação.
Sejam dois conjuntos A e B. Uma relação S entre os dois conjuntos é qualquer subconjunto de
A x B (A cartesiano B).
Definida uma relação, podemos considerar dois novos conjuntos, domínio e imagem:
O domínio de S, D(S), é o conjunto dos elementos x ∈ A para os quais existe um y ∈ B tal que
(x,y) ∈ S.
A imagem de S, Im(S), é o conjunto dos y ∈ B para os quais existe um x ∈ A tal que (x,y) ∈ S.
Temos que D(S) ⊂ A e Im(S) ⊂ B
Por exemplo, sejam os conjuntos A = {1,2,3} e B = {2,3,4,5} e seja a relação dada por
S = {(x, y) ∈ A x B / y = x+1}
Conceito de Função
Então, uma função é formada por três elementos: dois conjuntos, A e B, e uma regra f que
associa a cada elemento de A, o domínio da função, apenas um único elemento em B, o contra
domínio.
A imagem y é representada por f(x), onde x é a variável independente e y é a variável
dependente.Temos que Im(S) ⊂ B.
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Capítulo 3 – Funções
CÁLCULO – FUNÇÕES DE UMA E VÁRIAS VARIÁVEIS
Pedro A. Morettin, Samuel Hazzan, Wilton de O. Bussab.
Domínio
Dada uma função, muitas vezes devemos saber qual o domínio da função, ou seja, para quais
valores da variável independente x a função está definida.
Quando não é mencionado o domínio da função, convenciona-se como sendo os reais.
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Por exemplo, f ( x) = , esta função está definida para todos os reais exceto para x=3. Então
x −3
o domínio da função é D(f) = - {3}
Seja uma função f definida num intervalo [a,b], em que x1 e x2 pertencem a este intervalo.
1
N* = {1, 2, 3,...}
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-2 -1 0 1 2 3 4 5
Vemos que para x = 3, esta função atinge seu menor valor, chamado de mínimo absoluto. Isto
significa que para qualquer outro valor de x ∈ D, a função assume um valor maior. Por outro lado,
para x = 0 a função atinge um ponto de mínimo, chamado mínimo relativo. Abaixo serão
formalizadas estas idéias.
Seja uma função definida num domínio D. Um ponto x0 ∈ D é um ponto de máximo relativo se
existir um intervalo aberto A, com centro em x0, tal que
f ( x) ≤ f ( x0 ) ∀x ∈ A ∩ D
f ( x ) ≥ f ( x0 ) ∀x ∈ A ∩ D
f ( x) ≤ f ( x0 ) ∀x ∈ D
f ( x) ≥ f ( x0 ) ∀x ∈ D
No gráfico acima, o ponto x=0 é mínimo relativo, x=1 é máximo relativo e x=3 é mínimo
absoluto.
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Função Constante
3,5
2,5
1,5
0,5
0
-6 -4 -2 0 2 4 6
Função do 1º grau
0
-4 -2 0 2 4 6
-1
-2
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O coeficiente angular é encontrado escolhendo dois pontos que pertencem à reta y=x+1, por
3−2
exemplo, A(2,1) e B(3,2), que resulta em m= =1, ou seja, dada uma variação de uma
2 −1
unidade em x ocorrerá a variação de uma unidade em y.
Em geral, quando m>0, a função é crescente e quando m<0, a função é decrescente.
Note que o coeficiente angular é igual à tangente do ângulo entre a reta e o eixo x.
y − y0
Então, como m = , temos que y - y0 = m (x-x0) é a equação geral da reta.
x − x0
Daí, para se caracterizar uma reta basta um coeficiente angular e um ponto.
Função Quadrática
y = ax 2 + bx + c ,
Em que a,b e c são constantes reais com a ≠ 0. O gráfico deste tipo de função é chamado de
parábola.
O comportamento da parábola depende em parte de a e em parte do valor de ∆ .
Se a > 0, a concavidade é voltada para cima e se a < 0 é voltada para baixo.
Se ∆ > 0, a função tem duas raízes reais;
Se ∆ = 0 , a parábola tem duas raízes iguais e interceptará o eixo x em um único ponto;
Se ∆ < 0 a parábola não tem raízes reais.
-4 -2 0 2 4 6
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Função Polinomial
f ( x ) = a0 x n + a1 x n −1 + a2 x n − 2 + ... + an −1 x1 + a0
Então, a função constante é uma função polinomial de grau zero, a função linear, de grau um e a
função quadrática é uma função polinomial de grau 2.
Função Racional
1
Um caso importante é a função f ( x) = , que é uma hipérbole.
x
O domínio desta função são os reais exceto o zero.
O gráfico de uma hipérbole, para valores positivos de x é mostrado abaixo:
12
10
0
0 1 2 3 4 5
1
Vemos que à medida que x se aproxima de zero o valor tende ao infinito.
x
Função Potência
f ( x) = x n n∈
1
Daí, uma função potência pode ser f(x) = x2 ou f(x) = x -1 = , ou f(x) = x1/ 2 = x
x
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De um modo geral, se uma grandeza com valor inicial y0 crescer a uma taxa igual a k por unidade
de tempo, então, após um tempo x, medida na mesma unidade de k, o valor dessa grandeza será
dado por:
y = y0 (1 + k ) x
Logaritmos
O uso de logaritmos tem sua motivação para resolver questões onde a variável está no expoente.
Por exemplo, 2x = 8. Como 8 = 23, temos que x = 3.
Em geral temos
a y = N ⇔ y = log a N
Daí, y é o logaritmo do número N na base a.Os valores N e a devem ser positivos e diferentes de
um.
As bases mais utilizadas são a base 10 e a base e (número de Euler, e = 2,718284...).Este último
é indicado por lnN = lgeN.
Propriedades de Logaritmos
( P1) log a M .N = log a M + log a N
M
( P 2) log a = log a M − log a N
N
( P3) log a M α = α log a M
log c M
( P 4) log a M = (mudança de base)
log c a
O gráfico do logaritmo se altera quando a > 1 e quando a ∈ ]0,1[.
O gráfico de Logaritmo na base 2 é esboçado a seguir:
4
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-2
-4
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Vemos também, que o logaritmo não está definido para valores negativos de x e que quanto mais
próximo x estiver de zero o logaritmo tende para menos infinito.
Quando a base do logaritmo está entre zero e um, o formato da curva se altera:
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
-2
-4
Neste caso quando x se aproxima de zero a função tende para mais infinito.
Funções Trigonométricas
1,5
0,5
-0,5
-1
-1,5
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Capítulo 3 – Funções