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Oralidade e letramento
Escrita e fala hábitos tão diferentes, mas ao mesmo tempo iguais cada um com sua
característica, modo de expressar diferentes, porem o proposito de ambos está bem explícito,
em si à comunicação podemos considerar com a atividade fim da fala e da escrita. No sentido
natural da vida aprendemos primeiro a fala para posteriormente a escrita com o decorrer de
estudos em casa e fora de casa, a fala também é aprimorada com o tempo, fato que é
importante citar, de que a fala e escrita é multifacial, pois existem varias línguas, dialetos,
modos de escritas diferentes ao redor do mundo.
A visão da dicotomia estrita deixou claro que a fala é o lugar de erros e do caos
gramatical e a escrita como o lugar da norma e do bom uso da língua.
A tendência culturalista foi criticada por Biber (1988), onde o mesmo afirma que foi a
escrita que permitiu tornar a língua um objeto de estudo sistemático, surgiu a
institucionalização rigorosa do ensino formal da língua como objeto básico de toda formação
individual para enfrentar as demandas das sociedades ditas letradas.
E uma terceira tendência que trata do papel da escrita e da fala sob o ponto de vista
dos processos educacionais ela não faz distinção entre e escrita e sim a observação de
variedades linguísticas distintas. Alguns autores cogitaram a ideia de um domínio do dialeto
padrão na atividade da escrita e não padrão no desempenho oral.
E uma quarta perspectiva que trata das relações entre fala e escrita dentro da
perspectiva dialógica, este modelo tem a vantagem de perceber com maior clareza a língua
como fenômeno interativo e dinâmico, voltado para as atividades dialógicas. Tem como
desvantagem o baixo potencial explicativo e descritivo dos fenômenos sintáticos e
fonológicos da língua. Essa perspectiva interacionista não tem as categorias linguísticas como
dadas a priori, mas como construídas interativamente e sensíveis aos fatos culturais,
preocupa-se com a análise dos gêneros textuais e seus usos em sociedade.
Há praticas sociais medidas preferencialmente pela escrita e outras pela tradição oral,
como por exemplo, a área jurídica, na qual e usada a escrita e a oralidade. A escrita foi
tomada pela maioria dos estudiosos como estruturalmente elaborada, complexa, formal e
abstrata, a fala era tida como concreta, contextual e estruturalmente simples e é sem sombra
de dúvida que a escrita e complexa pelo fato de ter muitas regras gramaticais e a fala se torna
aparentemente mais simples, tendo também suas regras para uma fala formal.
O autor Rey-Debove (1996) estabeleceu quatro níveis para entender a relação entre o
oral e o escrito.
3- Nível do conteúdo.
A língua escrita mantém relações e diferenças que vão além do código, saindo da
superfície das formas para os processos. No propósito ou objetivo da retextualização, essa não
é diferente aos seus objetivos ou propósitos. Quanto a relação entre produtor do texto original
e transformador, um texto pode ser refeito pela mesma pessoa que produziu o original ou por
outro. Na relação tipológica a transformação de um gênero textual falado para o mesmo
gênero textual escrito produz modificações menos trágicas do que um gênero a outro. De
acordo com as quatro variáveis, pode se sustentar que as operações de retextualização na
passagem da fala para a escrita são atividades conscientes que seguem os mais variados tipos
de estratégias.
Taylor & Cameron (1987) denominam regras de editoração regras usadas pelos
gramáticos para idealizar os dados orais. Essas regras podem surgir como uma primeira
aproximação e um ponto de partida heurístico, sendo um processo de idealização dos dados
com o objetivo de torná-los gramaticais e analisáveis.
Enfim, a fala e a escrita são pontos importantes para a sociedade a evolução de cada
um com o passar dos tempos sempre irá virar um modo de questionamento. Fato a se observar
é que cada um dos dois tem suas características, uma sendo atrelada a outra, tão distintas e tão
iguais. Regras a serem seguidas para uma forma culta da linguagem, podemos dizer que a
escrita possui mais regras que a fala. Cada local tem seu modo de falar, mas geralmente o
modo de escrita é o mesmo para todos os locais.