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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO – FAVENI

DIREITO APLICADO AO TRÂNSITO

ESPÍRITO SANTO
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................3

2 LEI SECA: ACERTOS, EQUÍVOCOS, ABUSOS E IMPUNIDADE ............. 4

2.1 Diferença entre a infração administrativa (art. 165) e a penal (art.


306)
............................................................................................................. 4

2.2 Não pode haver crime de perigo abstrato ....................................... 12

2.3 Aspectos probatórios controvertidos ............................................. 14

2.4 Lei seca gera impunidade .............................................................. 15

3 INFORMAÇÕES SOBRE O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO-CTB ...


.................................................................................................................. 17

3.1 O CONTRAN .................................................................................18

3.2 Trânsito: quem é quem? ............................................................... 19

3.3 A segurança nos veículos ............................................................. 20

3.4 Bicicletas .................................................................................. .... 20

3.5 Transporte escolar ......................................................................... 21

3.6 Crianças ........................................................................................ 21

3.7 Educação para o trânsito .............................................................. 22

3.8 Pedestres ........................................................................................... ...22

3. Habilitação ............................................................................................. 22

4 TIPOS DE VIAS E LIMITES DE VELOCIDADE ........................................ 23

4.1 Quebra-molas ............................................................................... 25

5 CRIMES DE TRÂNSITO ........................................................................... 25

5.1 Multa reparatória ............................................................................ 27

6 PENALIDADES ADMINISTRATIVAS ....................................................... 27

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6.1 As multas ................................................................................ ...... 28

6.2 Tabelas de Multas Atualizadas em 2020 ....................................... 28


6.3 Suspensão do direito de dirigir ...................................................... 48

6.4 Cassação da habilitação ............................................................... .49

6.5 Medidas administrativas ............................................................... ..50

6.5 Da responsabilidade ....................................................................... 50

Álcool ............................................................................................. 50
6.6 Viaturas policiais e veículos prestadores de serviço de utilidade pública
........................................................................................................... 52

6.7 Produtos perigosos ............................................................................ 52

7 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 55

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1 INTRODUÇÃO

Assim como a sociedade tem evoluído, os meios de locomoção e as estradas


também passam por esse processo. Com o trânsito não é diferente, pois justamente
pelas mudanças no contexto social e cultural, ele também veio sendo normatizado.
Segundo Vilson Rodrigues Alves, em “Acidentes de Trânsito e
Responsabilidade Civil”, o trânsito pode ser definido como “a utilização isolada ou
grupal das vias por meio de pessoas, veículos e semoventes. Esse uso pode efetivarse
para fins de circulação, parada e estacionamento, inclusive para as operações de
cargas ou descargas de bens”
Geralmente, compreende-se o trânsito como um fenômeno simples, mas é mais
amplo que essa ideia, por englobar todos os usuários das vias terrestres, até mesmo
aqueles que não se encontram embarcados em veículos, ou que não se encontram
em deslocamento, estão sujeitos às imposições das normas do Código de Trânsito
Brasileiro.
Segundo Waldyr de Abreu,

A autonomia legislativa do direito de trânsito é bem caracterizada pelos


códigos de trânsito, que regulam, pelo menos, parte relevante desta novel
disciplina, assim como sua autonomia científica […] está suficientemente
demonstrada nos princípios fundamentais norteadores dos referidos códigos.

Com base nisso, o Estado (gestor da Administração Pública), pensando no


andamento perfeito do processo administrativo do trânsito, cria o Sistema Nacional de
Trânsito, de acordo com a Lei 9.503/97 – Lei de Trânsito.
No artigo 5º da legislação, é possível identificar o conjunto de órgãos e
entidades da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, que se integram com o
objetivo de planejar, administrar, pesquisar, registrar e licenciar veículos, formar,
educar, construir, operar o sistema viário, policiar, fiscalizar e julgar infrações e os
recursos para aplicação de penalidades.
Alguns princípios que informam sobre o Direito de Trânsito:
• Preservar a segurança;
• Garantir fluidez;
• Respeitar a corrente de trânsito, da confiança e da direção defensiva.

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Partindo desse princípio, condutores, pedestres, ciclistas, ou seja, usuários das
vias, não podem causar prejuízo ou incômodo à circulação, obedecendo e
comportando-se de acordo com a legislação.
O artigo 26 do Código de Trânsito Brasileiro expressa claramente esses

princípios, cujo conteúdo encontrado é o seguinte: Artigo 26: Os usuários das vias terrestres

devem:

I – abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o


trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a
propriedades públicas ou provadas;
II – abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando,
depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando
qualquer outro obstáculo.

Tais normas relativas ao comportamento, abrangem e alcançam outros bens


jurídicos amparados pelo Código de Trânsito Brasileiro, como a preservação da saúde
e do meio ambiente, o conforto e a educação para o trânsito e a proteção à via e à
incolumidade física da pessoa. Todos encontrados no artigo 1º, § 5º; artigo 6º, inciso
I e artigo 269, §1º, respectivamente.

2 LEI SECA: ACERTOS, EQUÍVOCOS, ABUSOS E IMPUNIDADE

Diferença entre a infração administrativa (art. 165) e a penal (art. 306)

O trânsito vem crescendo no decorrer dos anos, e como consequência, o


desrespeito também acompanha esse crescimento. Os altos índices de acidentes e
as tristes estatísticas colocam o Brasil entre os campeões mundiais de mortes no
trânsito. As estatísticas apontam que ocorrem cerca de 30 a 45 mil mortes no trânsito
por ano no Brasil, e entre elas, aproximadamente 70% estariam ligadas ao consumo
de álcool.
Na tentativa de reduzir essas tristes estatísticas, foi sancionada a Lei 11.705/08
(Lei Seca) que alterou significativos dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, que
cuidam da embriaguez ao volante, na esfera criminal e administrativa.
Com certeza, dentre as modificações, as mais comentadas e discutidas são as
dos artigos 165 e 306, que tratam do crime de embriaguez ao volante, do teste do
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bafômetro e das penalidades previstas para o condutor que se recusar à submissão
do teste.
A todo tempo as leis sofrem alterações com o objetivo de melhoria e adequação
aos dias atuais. O Código de trânsito não é diferente, visando diminuir as tristes
estatísticas, devido a irresponsabilidade e imprudência de alguns motoristas, faz-se
necessário modificações nas leis para chegarmos a um trânsito mais seguro para
todos.
A primeira legislação de trânsito brasileira, era chamada de Código Nacional de
Trânsito, instituído pelo Decreto-lei nº 2.994/41. Ainda em 1941, foi aprovado o
Decreto-lei nº 3.651 que criou o CONTRAN. Em 1967, o Decreto-lei nº 237, instituiu o
DENATRAN. Posteriormente, em 1997, visando consertar as falhas existentes e
solucionar os problemas ocorridos, foi publicada a Lei 9.503, instituindo o atual Código
de Trânsito Brasileiro. Ao contrário do anterior, o atual Código impõe sanções aos
motoristas que queiram conduzir seus veículos de forma imprudente e irresponsável,
colocando em risco a vida das demais pessoas. O legislador foi enérgico e adotou
medidas mais drásticas com o objetivo de diminuir o alto índice de acidentes e mortes
ocorridas no trânsito brasileiro.
Como sabemos, os princípios são a base de qualquer norma, são mandamentos
que norteiam o caminho jurídico. Como muito bem definido pelo brilhante Ministro do
Supremo Tribunal Federal, Celso Antônio Bandeira de Mello,

princípio é, por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro


alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas
compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão
e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema
normativo no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.

Desta forma, a Constituição Federal, assegura aos cidadãos, princípios


importantes relacionados ao presente tema, quais sejam, a presunção de inocência e
não autoincriminação. Tais princípios, nos afirmam que ninguém será considerado
culpado, até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (artigo 5º, LVII) e
de que ninguém é obrigado a produzir prova em seu prejuízo (artigo 5º, LXIII).
Portanto, deve-se salientar a importância desses princípios elencados na
Constituição Federal, pois são princípios que asseguram aos cidadãos garantias
importantes, visando a tutela da liberdade pessoal do indivíduo e a inexigibilidade de
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autoincriminação, que não mais é do que uma limitação ao poder punitivo do Estado,
deixando a cargo deste, o dever de encontrar outros meios próprios para comprovar a
culpa do infrator.
Por outro lado, existem princípios que visam o interesse coletivo, a preservação
da vida e a sobreposição do interesse público, com o objetivo de um trânsito mais
seguro para todos. São eles, o princípio da verdade real dos fatos e a supremacia do
interesse público sobre o privado.

Fonte: azcamsvermedia.azureedge.net

O princípio da verdade real, nada mais é do que a possibilidade de chegarmos


ao mais fiel retrato do fato ocorrido, obter a mais precisa realidade, ou seja, chegar o
mais perto de como realmente se deram os fatos. Caminhando no mesmo sentido, o
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, nos demonstra que em
determinados casos, é necessário que o Estado interfira em direitos individuais do
particular para assegurar direitos à toda coletividade.
Como muito bem afirmado pelo ilustre autor Marcelo Alexandrino, “existindo
conflito entre o interesse público e o interesse particular, deverá prevalecer o primeiro,
tutelado pelo Estado, respeitados, entretanto, os direitos e garantias individuais
expressos na Constituição Federal ou dela decorrentes”.

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Portanto, percebe-se o tamanho da discussão envolvendo este tema, que
atualmente vem sendo debatido com bastante veemência no universo jurídico.
Devido à conduta de vários motoristas, associando álcool e direção, causando
graves acidentes e alavancando tristes e horríveis estatísticas pelo país, o legislador
sentiu-se na obrigação de modificar o Código de Trânsito Brasileiro, no intuito de tentar
conscientizar os motoristas do problema e chagar-se a um trânsito mais seguro.
A irresponsabilidade do motorista está atingindo níveis intoleráveis. O condutor
embriagado não só colocar sua vida em risco, como também de todas as pessoas ao
seu redor. Embriagado, o condutor perde suas noções mais elementares e deixa de
controlar os movimentos do próprio corpo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a embriaguez é

toda forma de ingestão de álcool que excede ao consumo tradicional, aos


hábitos sociais da comunidade, considerada quaisquer que sejam os fatores
etiológicos responsáveis e qualquer que seja a origem desses fatores, como
a hereditariedade, a constituição física ou as alterações fisiopatológicas
adquiridas. Dessa forma, a embriaguez é um estado de intoxicação aguda,
produzida por causas de origem diversa, em que o indivíduo está de tal forma
influenciado pela substância psicoativa, que perdeu o governo de suas
faculdades ao ponto de tornar-se incapaz de executar com prudência a função
a que se consagra no momento.

Diante das lacunas deixadas pela lei e as condutas insensatas de alguns


motoristas, fez-se necessária a alteração e complemento de artigos no Código de
Trânsito Brasileiro.
A atual redação do artigo 306 está da seguinte forma:

Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada


em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que
determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1º. As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue
ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; II - Sinais
que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
§ 2º. A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste
de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova
testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o
direito à contraprova.
§ 3º. O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de
alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado
neste artigo.

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Pode-se perceber que além da quantidade do álcool por litro de sangue que já
era prevista, foi incluída a possibilidade de se responsabilizar o condutor pelo crime
de embriaguez ao volante, com outros meios de prova, como vídeos e testemunhas.
Na mesma linha, para a configuração da infração administrativa basta que o
condutor esteja sob a influência de álcool ou qualquer outra substancia, que determine
dependência física ou psíquica, conforme vejamos os artigos 165 e 165-A, em suas
atuais redações.

Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância


psicoativa que determine dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)
meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção
do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23
de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de
reincidência no período de até 12 (doze) meses.
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância
psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze)
meses;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção
do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de
reincidência no período de até 12 (doze) meses.

Percebe-se que pelo simples fato de negativa quanto a procedência do exame,


ao condutor de imediato será aplicada a penalidade da multa, conforme previsto no
artigo 165-A, ignorando completamente o princípio da presunção de inocência
consagrado pela Constituição Federal.
No mesmo sentido, revelando ainda mais os sinais de rigor das alterações,
vejamos a atual redação do artigo 277:

Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito


ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste,
exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de
álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
§ 1º (Revogado).
§ 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante
imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada
pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de
quaisquer outras provas em direito admitidas.

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§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas
no art. 165-A deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a
qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo.

Pode-se perceber que o § 3º, diz que o condutor que se recusar a prestar o
teste do bafômetro, a ele será aplicada as penalidades e medidas administrativas
previstas no artigo 165-A, ou seja, em caso de recusa, sofrerá de imediato, as sanções
previstas no referido artigo.
Vale lembrar que, uma mesma conduta pode caracterizar tanto a infração
administrativa quanto o crime de embriaguez ao volante. Nesse caso, o condutor
responderá tanto perante os órgãos de trânsito quanto perante a justiça criminal.
São inúmeras as críticas atribuídas as modificações ocorridas nos referidos
artigos, sob o argumento de que tal alteração mostra-se flagrantemente
inconstitucional, haja vista que confronta princípios consagrados como a presunção
de inocência e não autoincriminação, previstos no artigo 5º da Constituição Federal.
O renomado professor Luiz Flávio Gomes repudia a obrigatoriedade dos testes,
“em matéria de prova de embriaguez há, de qualquer modo, uma premissa básica a
ser observada: ninguém será obrigado a fazer prova contra si mesmo (direito a não
autoincriminação)”.
De modo diverso, amparados pelos princípios da verdade real dos fatos,
supremacia do interesse público sobre o privado e outros, estão os que defendem a
obrigatoriedade à realização do teste do bafômetro e a imposição da multa aos
condutores que se recusarem a submeter-se aos exames.
Afirmam que o princípio da não autoincriminação, como os outros, não são
absolutos, e imputar a ele essa condição estimularia a prática de crimes e a violação
de bens jurídicos, pois não haveria prova contrária.
Cumpre ressaltar que, conforme jurisprudência majoritária, o condutor não está
obrigado a submeter-se ao teste de alcoolemia, exames e perícias, cabendo à
autoridade a demonstração do fato por outros meios autorizados por lei.
Vale frisar que, o agente de trânsito ou qualquer outra autoridade não pode
forçar ninguém a fazer o teste do bafômetro ou outro procedimento que possa produzir
prova em seu desfavor.

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Caso o motorista se recuse ao teste, não poderá ser conduzido coercitivamente
a outro local para realizar o exame, a única hipótese permitida para ser conduzido
forçosamente é se preso em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante.
Se não houver sinais evidentes de embriaguez, o agente comete abuso de
autoridade se prender ou conduzir o condutor a fazer exame coercitivamente.
Diante da negativa por parte do condutor em prestar o exame, deverá haver
uma substituição da prova técnica por outra. A lei processual penal nos afirma que
quem alega deve provar, cabendo ao Estado angariar provas da condição de
embriaguez do condutor.
O que não nos parece razoável é admitir que o Estado possa aplicar de imediato
a penalidade de multa em face da negativa à submissão do teste do bafômetro,
ignorando o consagrado princípio da presunção de inocência elencado na
Constituição Federal.
Nota-se que o legislador assumiu posição intolerante quanto a embriaguez ao
volante, inserindo sanções mais rígidas, com o objetivo de proteger a segurança de
todos no trânsito e reduzir os índices de acidentes envolvendo álcool e direção.
Em contrapartida, abriu-se a discussão quanto a inconstitucionalidade dessas
alterações, haja vista que rebatem princípios consagrados pela Constituição Federal
em seu artigo 5º, como a presunção de inocência e não autoincriminação.
A culpa de alguém pela prática de determinado ato não se presume, sendo sua
inocência a regra. Enquanto não tiver totalmente comprovada, através de provas
admitidas em direitos, que o condutor estava sob a influência de álcool ou outra
substância análoga, a este, não se pode atribuir qualquer penalidade, mesmo que se
recuse submeter-se a qualquer tipo de exame.
Impor penalidade a alguém pelo simples fato de se recusar a submissão do
bafômetro, fere gravemente o princípio da presunção de inocência, mostrando-se
flagrantemente inconstitucional.
A recusa, constitui-se exercício regular de um direito, não podendo este simples
fato ser punido em qualquer esfera. Cabe à autoridade competente produzir provas da
embriaguez, não podendo ser o condutor obrigado a produzi-las em seu prejuízo.
Estamos diante de um Estado Democrático de Direito, que pressupõe liberdade
individual, e para sua garantia, é necessário que os cidadãos não sejam compelidos
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compulsoriamente a se auto incriminarem, caso contrário, estaremos diante de um
Estado autoritário, em que as autoridades poderiam usar de meios ilegítimos para
obter provas, que por si só não conseguiriam.
Ao dispor que o cidadão que legitimamente exercer seu direito de não produzir
prova em seu desfavor será automaticamente punido, sem qualquer prova
contundente, o Código de trânsito Brasileiro, simplesmente desconsidera a existência
da supremacia da Constituição Federal, sendo este o posicionamento majoritário.
A violência do trânsito no Brasil pode ser demonstrada em números. Por ano,
pelo menos 35 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes. Só em rodovias
federais essa quantidade se aproxima a 7 mil. Numa lista de causas de desastre, a
ingestão de álcool aparece entre os sete vilões das estradas. Portanto, não há como
negar que motoristas alcoolizados potencializam a gravidade dos acidentes.
O álcool é um forte depressor do sistema nervoso central. Por isso, quem bebe
e pega o volante tem seus reflexos prejudicados. Fica mais corajoso, mas reage de
forma lenta e perde a noção de distância. Quando é vítima de desastre de trânsito,
resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre são fatais.

Fonte: leveimulta.com.br

Assim como no Brasil, países da Europa e das Américas vêm mudando suas
legislações de trânsito. Em alguns Estados norte-americanos, se o condutor recusar ao

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teste do bafômetro, há presunção de embriaguez e apreensão imediata do veículo e da
carteira de habilitação. O motorista também é preso em flagrante e tem penas
equivalentes a um condutor reprovado pelo teste. O conjunto de medidas fez com que o
número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes nos Estados Unidos caísse
de 50% nos anos de 1970 para 20% atualmente.
As estatísticas brasileiras envolvendo condutores embriagados demonstram
nossa triste realidade. A associação de volante e álcool é responsável pela maioria
dos acidentes.
Antes da Lei Seca, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, os números
dos acidentes ultrapassavam a marca de 1 milhão de acidentes por ano, sendo que
45 mil resultavam em mortes e em 70% destes, o fator álcool estava presente.
Importante citar que, o Brasil ocupa o 5º lugar em mortes no trânsito, sendo este
o segundo maior problema de saúde pública do país, que perde apenas para
desnutrição, gerando aos cofres públicos, prejuízo de cerca de 2 bilhões de dólares
por ano.
Com a entrada em vigor da Lei Seca e alterações sofridas, os índices
diminuíram, consequentemente as mortes hospitalares e os gastos do governo. Um
estudo feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego apontou uma queda
de 28% nas internações e 13% nas mortes hospitalares e contribuíram para a redução
entre 30 e 40% nos índices de mortes e acidentes de trânsito
No entanto, apesar das melhoras citadas, não se pode aceitar que essas
modificações cerceiem direitos individuais assegurados pela Constituição Federal,
como a presunção de inocência e não autoincriminação, mostrando-se
inconstitucional e inaceitável a obrigatoriedade do bafômetro ou em caso de recusa, a
imposição imediata do penalidade de multa.

Não pode haver crime de perigo abstrato

Os crimes de perigo não exigem a efetiva produção de um dano e sim exige


apenas que a prática de uma conduta típica produza um perigo ou a lesão a um bem
jurídico tutelado pelo Estado, isso significa dizer a possível ocorrência de um dano.

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Assim sendo, o perigo, seria entendido como probabilidade de um dano a um bem
jurídico-penal.
Quando o legislador cria uma figura típica daquilo que é perigo, está ali impondo
ou proibindo que se pratique ou que se deixe de praticar determinada conduta,
entendendo que tal conduta tem o condão de lesar bens jurídicos.
Os legisladores entendem que o crime de perigo é um antecedente do crime de
dano. Por conseguinte, pune-se o comportamento perigoso com a intenção de
futuramente evitar o crime de dano.
O crime se refere à necessidade de qualificação de uma conduta que é perigosa
e que deve ser tratada como um problema de possibilidade de dano no caso concreto,
atendendo aos bens jurídicos possivelmente postos em perigo e ao âmbito de
atividade de onde se desenvolve essa situação, independentemente se o autor pode
evitar a lesão quer seja por meio de recursos normais ou extraordinários.
Dessa maneira, nosso raciocínio e nível de inteligência nos permite entender
que perigo é a possibilidade de dano, ou seja, a probabilidade de lesão ao bem jurídico
tutelado pelo Estado.
É o perigo que já é considerado pela lei (de maneira presumida) por
simplesmente praticar conduta típica.
O disposto no tipo penal retrata e descreve tão limitada a conduta, sem fazer
referência ao resultado naturalístico, ou seja, não faz referência ao resultado oriundo
daquele ilícito penal.
Por essa razão grande parte dos doutrinadores denominaram tais crimes de

“crime de mera conduta”.


Trata-se de presunção legal absoluta de perigo, independentemente de
instrução probatória.
O legislador aplica uma pena àquela conduta por considerar que ela seja
perigosa, ainda que não venha a existir o perigo real no caso concreto.
Neste tipo a consumação do crime se dá com a conduta; o juiz entende que
houve proximidade do perigo ao bem jurídico tutelado pelo Estado e à probabilidade
de lesão, a partir desse entendimento aplica a pena.

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Neste tipo penal a consumação se dá com o resultado, exige uma comprovação
de que realmente houve perigo de risco e de que houve uma lesão ao bem jurídico.
O delito dependerá sempre do resultado.
São os crimes que necessitam de efetiva comprovação no caso concreto
mediante instrução probatória.
Não existe presunção legal, contudo, a configuração do crime vai depender de
comprovação concreta de que existiu risco de perigo e de lesão.
A análise da ocorrência de perigo é feita mediante verificação de que a conduta
gerou ou não um perigo de dano no caso concreto.
Nesses crimes é necessária comprovação e que seja confirmado que tal
conduta, seja, ela positiva ou negativa trouxe efetivamente o perigo de dano ou lesão
a um bem jurídico tutelado.

Aspectos probatórios controvertidos

Desde que o Código de Trânsito entrou em vigor, o artigo 165 passou por três
alterações: a 1ª delas, em 2006, com a Lei n. 11.275/06; a 2ª, em 2008, com a Lei n.
11.705/08 (conhecida como “Lei seca”) e a mais recente, em dezembro de 2012, com
a Lei n. 12.760/12. Desde a primeira destas alterações, a infração administrativa
passou a se configurar com qualquer quantidade de álcool, o que se confirma pela
previsão atual do artigo 276: “Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou
por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165”.
Apesar disso, até 2012, a legislação brasileira chegou a admitir um limite
mínimo de álcool, posto que o parágrafo único do artigo 276 (com redação dada pela
Lei n. 12.760/12) estabeleceu a possibilidade de que o CONTRAN disciplinasse
margens de tolerância quando a infração fosse apurada por meio de aparelho de
medição, o que já havia sido tratado pelo Decreto n. 6.488/08, que tolerava até um
décimo de miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões (equivalente a
dois decigramas de álcool por litro de sangue).
Atualmente, porém, NÃO EXISTE tolerância para a quantidade de álcool no
organismo, mas tão somente um erro máximo admissível do etilômetro (por se tratar
de um equipamento metrológico), o que é previsto na Portaria do INMETRO n. 006/02
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e ratificado na Resolução do CONTRAN n. 432/13, a qual apresenta uma “tabela de
valores referenciais para etilômetro”, com desconto de 0,04 miligramas em cada
medição.
Quando, entretanto, a constatação da infração se der por meio do exame de
sangue ou pela existência de sinais de alteração da capacidade psicomotora
(verificados por exame clínico de médico perito ou pela constatação objetiva do próprio
agente de trânsito, nos termos da Resolução n. 432/13), não haverá qualquer
tolerância aplicável.
Além da infração administrativa, o condutor também poderá responder pelo
crime de trânsito previsto no artigo 306, mas desde que tenha sido verificada a
alteração da capacidade psicomotora do condutor (pela concentração mínima de seis
decigramas de álcool por litro de sangue ou três décimos de miligrama de álcool por
litro de ar expelido pelos pulmões, ou, ainda, pela existência de sinais desta alteração).
Embora o dispositivo legal abranja tanto a influência de álcool quanto outra “substância
psicoativa que determine dependência”, existe uma dificuldade técnica para que a
fiscalização de trânsito comprove a utilização de outras substâncias, uma pela
ausência de testes específicos para tal finalidade, outra pela larga abrangência do
termo utilizado pela própria lei (há a necessidade de se constatar que a substância
utilizada pelo condutor é capaz de determinar dependência).
Esta é uma das duas únicas infrações de trânsito que preveem a penalidade de
suspensão do direito de dirigir, por um prazo pré-determinado: exatos doze meses (a
outra é a prevista no artigo 253-A), enquanto que, nos demais casos, a suspensão
pode variar, nos termos do artigo 261. E a punição pode ser ainda mais severa: se o
condutor for reincidente nesta mesma infração, no período de doze meses, ocorrerá a
cassação (definitiva) do documento de habilitação, de acordo com o artigo 263, II (para
voltar a dirigir, o interessado deverá aguardar o prazo de dois anos, para submeter-se
a novo processo de habilitação).

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Lei seca e redução de acidentes

Quem for pego pela Operação Lei Seca dirigindo alcoolizado ou se recusar a
fazer o teste do bafômetro, a partir do dia 1º de novembro de 2016, pagará uma multa
muito superior ao valor cobrado anterior a referida data.
O motorista que falar ao celular enquanto dirige também será penalizado com
mais rigor. E quem estacionar indevidamente em vaga de idoso ou deficiente também
receberá sua punição.
De acordo com o coordenador da Lei Seca, tenente-coronel da Polícia Militar,
Marco Andrade, para que o trânsito seja humanizado, é necessário a contribuição de
todos. Existe o esforço legal de tentar inibir as transgressões através das
penalizações. A multa é para chamar a atenção. “O grande objetivo é a reeducação,
não temos prazer em multar”, explicou.
A Operação Lei Seca, iniciada em 2009, trouxe uma mudança para a realidade
da segurança nas ruas e estradas. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública
(ISP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de mortes em
2009 foi de 59 por 100 mil veículos.
Segundo o coronel Marco Andrade, "quando começamos, há sete anos, 20%
dos motoristas eram flagrados sob efeito do álcool. Hoje, este número caiu para 7%.
Da mesma forma, esperamos um amadurecimento com relação ao uso do cinto de
segurança no banco de trás, com a não utilização do celular ao volante e o respeito
às regras de velocidade. Precisamos que a sociedade compre essa ideia", afirmou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quarto
país do mundo com o maior número de mortes em acidentes de trânsito por ano. O
país tenta cumprir uma meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU):
uma redução em 50%, no período 2011-2020, de casos fatais em acidentes viários. 3
INFORMAÇÕES SOBRE O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO-CTB

16
Fonte: cdn.autopapo.com.br

Começou a vigorar a partir do dia 1º novembro de 2016 a Lei 13.281, que altera
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além das alterações de categorias de multa por
dirigir utilizando telefone celular e por estacionar em vagas de deficientes e idosos, se
recusar a fazer o teste do bafômetro passa a ser caracterizado como infração.
Também há alteração no tempo de suspensão do direito de dirigir e a criação de um
sistema eletrônico de notificação das autuações.
Todos os anos, mais de 1,2 milhões de pessoas ao redor do mundo vão à óbito
em acidentes de trânsito por razões que vão do excesso de velocidade e falta de uso
de itens de segurança à mistura de bebida e direção. No Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), estão dispostos direitos e deveres aplicáveis a qualquer veículo, bem como
aos proprietários e condutores dos veículos em território nacional. Com tópicos sobre
infrações, fiscalização e educação viária, a legislação brasileira objetiva uma
mobilidade segura e é considerada referência por especialistas.
“Em relação aos principais fatores de risco, a legislação de trânsito brasileira
tem se mostrado cada vez mais rigorosa”, declara o Tenente Coronel da Brigada Militar
em Porto Alegre, Ordeli Gomes sobre a embriaguez ao volante, a negligência quanto
aos itens de segurança e a adoção de altas velocidades. Especialista em gestão e
legislação de trânsito, ele enfatiza a importância do art. 165, que considera dirigir sob
influência de álcool multa gravíssima, com valor multiplicado por dez e suspensão do

17
direito de dirigir por doze meses. Conforme o volume etílico e as condições ao dirigir,
o motorista pode, ainda, responder pelo crime de trânsito do art. 306, com detenção
de seis meses a três anos.
Mas esse não é o único marco visualizado pelo especialista no CTB: “dessas,
pode-se destacar a Lei 11.910/09, que tornou obrigatório o air bag aos veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1º de novembro de 2014, à qual o
CONTRAN acresceu os freios ABS. Com isso, ganhamos muito em segurança no
trânsito, o que causou a diminuição dos valores do Seguro DPVAT em 2017, por
exemplo, graças à redução do volume de feridos com gravidade”, salienta.
Outra alteração no CTB aconteceu no ano de 2016, em decorrência da Lei
13.281/16, minirreforma que alterou 33 artigos e acrescentou outros quatro ao Código.
“Com ela, há uma nova tentativa de possibilitar a inspeção veicular em centros
especializados, a exemplo do que já acontece na França e na Suíça. Hoje, a inspeção
depende do contingente de agentes para vistoriar os veículos, portanto, a tecnologia
desses centros traria um grande ganho em segurança no trânsito”, relaciona.
A mesma lei discorreu sobre um tema controverso e cada vez mais em voga: o
uso indiscriminado do celular. Desde novembro de 2016, há duas possibilidades de
autuação nesse sentido. A primeira delas continua a ser infração aos que fizerem uso
do celular, mesmo em viva voz. Já a segunda se aplica aos casos em que o motorista
segurar ou manusear o dispositivo, infração considerada gravíssima, com sete pontos
na carteira.

O CONTRAN

Compete ao Ministério das Cidades a coordenação máxima do Sistema


Nacional de Trânsito. O Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN é órgão
integrante do Sistema Nacional de Trânsito, presidido pelo dirigente do Departamento
Nacional de Trânsito – DENATRAN, órgão máximo executivo de trânsito da União, é
composto ainda por um representante de cada um dos seguintes órgãos:
• Ministério da Ciência e Tecnologia;
• Ministério da Educação;
• Ministério da Defesa;

18
• Ministério do Meio Ambiente;
• Ministério dos Transportes;
• Ministério das Cidades; Ministério da Saúde.
As competências do CONTRAN estão estabelecidas no artigo 12 do CTB: Art.

12. Compete ao CONTRAN:

I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as


diretrizes da Política Nacional de Trânsito;
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, objetivando a
integração de suas atividades;
III - (VETADO)
IV - criar Câmaras Temáticas;
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o funcionamento
dos CETRAN e CONTRANDIFE;
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI;
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste
Código e nas resoluções complementares;
VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para a aplicação das multas
por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados; IX -
responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas à aplicação da
legislação de trânsito;
X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habilitação,
expedição de documentos de condutores, e registro e licenciamento de
veículos;
XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os
dispositivos e equipamentos de trânsito;
XII - apreciar os recursos interpostos contra as decisões das instâncias
inferiores, na forma deste Código;
XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos de
competência ou circunscrição, ou, quando necessário, unificar as decisões
administrativas; e
XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no
âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
XV - normatizar o processo de formação do candidato à obtenção da Carteira
Nacional de Habilitação, estabelecendo seu conteúdo didático pedagógico,
carga horária, avaliações, exames, execução e fiscalização.

Trânsito: quem é quem?

O Código de Trânsito Brasileiro estabeleceu, para sua aplicação, as seguintes


competências:

ESTADO MUNICÍPIO POLÍCIA MILITAR

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O registro e a vistoria de Ao Município cabe o Poderá atuar na fiscalização de
veículos, o processo de planejamento, a trânsito, na condição de agente,
habilitação de motoristas e a quando houver convênio firmado,
arrecadação das multas e dos regulamentação, a sinalização com o órgão executivo de trânsito
valores relacionados com sua e operação das vias, urbano ou rodoviário, sem prejuízo
competência, constituem suas de suas atribuições constitucionais,
principalmente, no que tange à
principais atribuições (art. 21). devendo atuar de ofício nos crimes
circulação, estacionamento e de trânsito (art. 23)
parada, cabendo-lhe aplicar e
arrecadar multas e outros
valores ligados à sua
competência (art. 24)

A segurança nos veículos

Objetivando tornar mais seguros os veículos que trafegam na vias brasileiras, o


Código de Trânsito Brasileiro instituiu a obrigatoriedade do encosto de cabeça e do
uso do cinto de segurança (exceto nos veículos de transporte de passageiros em
percursos que seja permitido viajar em pé), em qualquer situação (artigos 65, 105 e
167).
Para motocicletas, motonetas e ciclomotores o uso de capacete, com viseira ou
óculos de proteção, e de vestuário apropriado (a ser definido pelo CONTRAN) serão
obrigatórios, sendo proibida a circulação dos ciclomotores na via de trânsito rápido e
sobre a calçada (art. 57).
Todo ônibus, circulando em faixa própria, e as motocicletas, motonetas e
ciclomotores deverão usar o farol de luz baixa durante o dia e à noite (art. 40 e 250).
Além das obrigações tributárias, todos aos veículos deverão ser submetidos,
anualmente, a inspeção veicular, para que sejam licenciados (art. 104 e 131 § 3º).

Bicicletas

A circulação de bicicletas deverá ocorrer, sempre que houver, nas ciclovias,


ciclo faixas ou acostamento. Caso contrário, deverão ser conduzidas nas bordas da
pista, sempre no sentido de circulação da via (art. 58).

20
Toda bicicleta deverá possuir além de sinalização noturna dianteira, traseira,
lateral e nos pedais, campainha e espelho retrovisor do lado esquerdo (art. 105, inciso
VI).
Os ciclistas desmontados empurrando as bicicletas equiparam-se ao pedestre,
podendo, neste caso, trafegarem pela calçada (art. 68, § 1º).

Transporte escolar

O transporte escolar – realizado por veículos terceirizados ou pela própria


escola – tem sido uma opção cada vez mais interessante para os residentes de
grandes centros urbanos que, além de precisar encontrar tempo para levar os filhos à
escola, também sofrem com o estresse do trânsito nos horários de pico.
Porém, apesar da comodidade, existem alguns cuidados que todos os pais que
cogitam essa possibilidade precisam ter antes de contratar o serviço de transporte
escolar.
Os veículos de transporte escolar deverão ser equipados com cintos de
segurança em número igual à sua lotação. O motorista deve ter mais de 21 anos, ser
habilitado na categoria D, julgado apto em exame de perícia psicológica, ser aprovado
em curso especializado, conforme normas do CONTRAN e não cometer nenhuma
infração grave ou gravíssima no período de um ano, nem ser reincidente em infrações
médias.

Crianças

Por questão de segurança, as crianças devem andar sempre no banco de trás,


usando o cinto de segurança. Passa a ser considerada infração gravíssima a
condução de menor de dez anos no banco da frente (art. 64 e 168).
O transporte de menores de sete anos em motocicletas, motonetas e
ciclomotores também será considerado infração gravíssima, cabendo, além da multa
a suspensão do direito de dirigir.

21
Educação para o trânsito

Passa a ser matéria obrigatória na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus


que será tratado nas diversas matérias de cada curso (art. 76).
Campanhas de Trânsito serão desenvolvidas, principalmente, por ocasião da
Semana Nacional de Trânsito (18 a 25 de setembro), período de férias escolares e
feriados prolongados (art. 326).

Pedestres

Ao pedestre é assegurada a utilização das calçadas ou passagens apropriadas,


das ruas e avenidas e dos acostamentos das rodovias e estradas.
Para atravessar uma pista o pedestre deverá tomar, sempre, precauções de
segurança, utilizando, quando existir, a faixa de travessia ou passarela e obedecer a
sinalização específica (art. 68 a 71).
O não cumprimento das normas pelo pedestre constitui infração leve, cabendo
multa correspondente a 50% do valor previsto para as infrações desta natureza (art.
254).

Habilitação

Os candidatos à habilitação, após realizar os exames de aptidão física e mental,


sobre legislação de trânsito, noções de primeiros socorros e de direção, quando
aprovados, receberão a Permissão para Dirigir, que terá validade de um ano (art. 148,
§2º).
A Carteira Nacional de Habilitação - CNH definitiva será devida ao candidato que,
ao término do período de um ano, não tenha cometido infração de natureza grave ou
gravíssima, ou duas de natureza média (art. 148, §3º).
Ao renovar a CNH, o candidato que não tenha realizado Curso de Direção
Defensiva e de Primeiros Socorros deverá a eles ser submetido, conforme normas
estabelecidas pelo CONTRAN (art. 150).

22
O Código de Trânsito Brasileiro estabeleceu as seguintes categorias de
habilitação (art. 143):

CATEGORIA VEÍCULO

A Veículos motorizados de duas ou três rodas, com ou sem carro


lateral.

B Veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso


bruto total não exceda a 3.500 Kg e a lotação não ultrapasse a
oito lugares, excluído o do motorista.

C Veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso


bruto total exceda a 3.500 Kg.

D Veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja


lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista.

E Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora


se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg
(seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja
lotação exceda a 8 (oito) lugares.

Os tratores de roda esteira ou misto, e os destinados à movimentação de


cargas, execução de trabalho agrícola, de terraplanagem, de construção ou de
pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas
categorias C, D ou E (art. 144).

4 TIPOS DE VIAS E LIMITES DE VELOCIDADE

O Código de Trânsito classifica as vias em urbanas e rurais, cabendo a cada


uma, quando não sinalizada de forma diferente, os respectivos limites de velocidade
(art. 60, 61 e 62).

23
VIA DESCRIÇÃO VELOCIDADE Km/h

Trânsito Rápido Caracterizada por acessos especiais 80


com trânsito livre, sem interseções em
nível, sem acesso direto às vias laterais
e sem travessia de pedestres em nível.

Arterial É aquela em que existem interseções em 60


nível, geralmente é controlada por
semáforo e conta com acesso às vias
laterais, permitindo o trânsito entre as
regiões de uma cidade.

Coletora Destinada a coletar e distribuir o trânsito 40


que tenha necessidade de entrar ou sair
das vias de trânsito rápido ou arteriais,
permitindo o trânsito dentro de regiões
de uma cidade.

Local É a via destinada apenas ao acesso local 30


ou a áreas restritas, caracterizada por
interseções em nível não semaforizadas.

Rodovia Via rural pavimentada Pista dupla: 110


(automóveis camionetas e
motocicletas) e 90 (para os
demais veículos);
Pista simples: 100
(automóveis, camionetas e
motocicletas); e 90 km/h
(noventa quilômetros por
hora) para os demais
veículos;

Estrada Via rural não pavimentada 60

Em nenhuma via urbana ou rural a velocidade mínima poderá ser inferior à


metade da velocidade máxima permitida.
O órgão responsável pela via poderá regulamentar, por meio de sinalização,
velocidades superiores ou inferiores às estabelecidas (art. 61 § 2º).

24
Quebra-molas

Fica proibida a utilização das “ondulações transversais” e de sonorizadores como


redutores de velocidade, salvo em casos especiais estabelecidos pelo CONTRAN (art.
94, parágrafo único).

5 CRIMES DE TRÂNSITO

Algumas condutas no trânsito, além de infrações, passaram a ser classificadas


como crime culposo (não intencional), com penas que variam de seis meses a quatro
anos de detenção.
Todo motorista condenado por crime de trânsito deverá ser submetido a novos
exames para que possa voltar a dirigir, segundo normas estabelecidas pelo
CONTRAN (art. 160).
São os seguintes os crimes previstos no Código de Trânsito Brasileiro:

CRIME ARTIGO

Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor. 302

Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. 303

Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato 304


socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa,
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública

Afastar o condutor de veículo do local de acidente para fugir à 305


responsabilidade que lhe possa ser atribuída.

Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão 306


da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência.

Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação 307


para dirigir

25
Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, 308
disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada.

Dirigir veículo automotor em via pública sem a devida Permissão para Dirigir 309
ou Habilitação ou ainda se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de
dano.

Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não 310


habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou,
ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.

Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de 311


escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros,
logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração
de pessoas, gerando perigo de dano.

Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na 312


pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial
ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir
a erro o agente policial, o perito, ou juiz.

Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima,


não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral
socorro àquela. (art. 301).

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é


aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:

I- não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;

III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
26
vítima do acidente;

IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de


transporte de passageiros.

Multa reparatória

Devida em favor da vítima ou de seus sucessores, sempre que houver prejuízo


material resultante de crime de trânsito. A Multa Reparatória será aplicada pelo juiz,
sem ultrapassar o prejuízo demonstrado no processo (art. 297).

Fonte: qcveiculos.com.br

6 PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Independente das punições cabíveis aos crimes de trânsito, foram


estabelecidas as seguintes penalidades administrativas (art. 256):
• Advertência por escrito;
• Multa;
• Suspensão do Direito de Dirigir
• Cassação da Carteira Nacional de Habilitação;

27
• Cassação da Permissão para Dirigir;
• Frequência Obrigatória em Curso de Reciclagem;

As multas

As infrações punidas com multas classificam-se de acordo com sua gravidade,


cabendo a cada uma os seguintes valores e pontos (art. 258 e 259).

Tabela de Multas Atualizada em 20203

Confira abaixo os novos valores de multas para infrações de trânsito, que


passaram a vigorar a partir de 01/11/2020.

INFRAÇÃO VALOR GRAVIDE PONTOS SUSPENÇÃO


DA CNH
Dirigir sob a R$ 2.934,70 GRAVÍSSIMA 7 SUSPENÇÃO
influência de DA CNH
álcool
Recusar o teste R$ 2.934,70 GRAVÍSSIMA 7 SUSPENÇÃO
do bafômetro DA CNH
Deixar de dar R$ 293,47 GRAVÍSSIMA 7
preferência a
pedestre que se
encontre na
faixa
Excesso de R$ 130,16 MÉDIA 4
velocidade até
20%
Excesso de R$ 195,23 GRAVE 5
velocidade de
20% até 50%
Excesso de R$ 880,41 GRAVÍSSIMA 7 SUSPENÇÃO
velocidade DA CNH
além 50%
Avançar o sinal R$ 293,47 GRAVÍSSIMA 7
vermelho ou o
de parada
obrigatória
Fonte: www.tabelademultas.com.br
28
Os valores das multas poderão ser multiplicados, de acordo com a gravidade da
infração, conforme índice específico previsto no Código para cada uma delas, como é
o caso dos exemplos abaixo.

INFRAÇÃO ARTIGO GRAVÍSSIMA VALOR

Dirigir veículo sem possuir a Carteira Nacional de 162, I Gravíssima R$880,01


Habilitação, Permissão para Dirigir ou Autorização para
Conduzir Ciclomotor.

Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação, 162, II Gravíssima R$1.467,35


Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir
Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir.

Dirigir com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão 162, III Gravíssima R$880,41
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo

Dirigir com validade da Carteira Nacional de Habilitação 162, V Gravíssima R$293,47


vencida há mais de trinta dias.

Dirigir sem usar lentes corretoras de visão, aparelho 162, VI Gravíssima R$293,47
auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do
veículo impostas por ocasião da concessão ou da
renovação da licença para conduzir:

Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições 163 Gravíssima R$293,47 a


previstas no artigo 162. R$1.467,35

Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do 164 Gravíssima R$293,47 a
art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a R$1.467,35
conduzi-lo na via.

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra 165 Gravíssima R$2.934,70


substância psicoativa que determine dependência (suspende a
CNH)

Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia 165-A Gravíssima R$2.934,70
ou outro procedimento que permita certificar influência de (suspende a
álcool ou outra substância psicoativa, na forma
estabelecida pelo art. 277. CNH)

29
Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, 166 Gravíssima R$293,47
mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
estiver em condições de dirigi-lo com segurança.

Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de 167 Grave R$195,23


segurança.

Transportar crianças de modo irregular. 168 Gravíssima R$293,47

Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à 169 Leve R$88,38


segurança.

Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando 170 Gravíssima R$293,47


a via pública, ou os demais veículos. (suspende a
CNH)

Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou 171 Média R$130,16


veículos, água ou detritos.

Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou 172 Média R$130,16


substâncias.

Disputar corrida. 173 Gravíssima R$2.934,70


(suspende a
CNH)

Promover, na via, competição, eventos organizados, 174 Gravíssima R$2.934,70


exibição e demonstração de perícia em manobra de (suspende a
veículo, ou deles participar, como condutor, sem
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição CNH)
sobre a via.

Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra 175 Gravíssima R$2.934,70


perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou (suspende a
frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus.
CNH)

Condutor envolvido em acidente deixar de prestar socorro. 176, I Gravíssima R$1.467,35


(suspende a
CNH)

Condutor envolvido em acidente não adotar medidas de 176, II Gravíssima R$1.467,35


segurança no local. (suspende a
CNH)

30
Condutor envolvido em acidente não facilitar o trabalho de 176, III Gravíssima R$1.467,35
perícia. (suspende a
CNH)

Condutor envolvido em acidente se recusar a mover o 176, IV Gravíssima R$1.467,35


veículo do local. (suspende a
CNH)

Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de 176, V Gravíssima R$1.467,35


identificar-se ao policial e lhe prestar as informações (suspende a
necessárias à confecção do boletim de ocorrência.
CNH)

Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente 177 Grave R$195,23


de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus
agentes.

Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de 178 Média R$130,16


remover o veículo.

Reparar veículo na faixa de rolamento quando for possível 179, I Grave R$195,23
a remoção.

Reparar veículo nas demais vias quando for possível a 179, II Leve R$88,38
remoção.

Ter seu veículo imobilizado na via por falta de 180 Média R$130,16
combustível.

Estacionar o veículo nas esquinas. 181, I Média R$130,16

Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (50cm – 181, II Leve R$88,38


1m).

Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (mais de 181, III Grave R$195,23
1m).

31
Estacionar o veículo em desacordo com o CTB. 181, IV Média R$130,16

Estacionar veículo na pista. 181, V Gravíssima R$293,47

Estacionar o veículo sobre hidrantes de incêndio. 181, VI Média R$130,16

Estacionar o veículo nos acostamentos. 181, VII Leve R$88,38

Estacionar o veículo no passeio, faixa de pedestre, 181, VIII Grave R$195,23


ciclovia ou ciclofaixa.

Estacionar o veículo em garagem. 181, IX Média R$130,16

Estacionar o veículo impedindo a movimentação de outro 181, X Média R$130,16


veículo.

Estacionar o veículo em fila dupla. 181, XI Grave R$195,23

Estacionar o veículo em cruzamento. 181, XII Grave R$195,23

Estacionar o veículo em parada de ônibus. 181, XIII Média R$130,16

Estacionar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. 181, XIV Grave R$195,23

Estacionar o veículo na contramão de direção. 181, XV Média R$130,16

32
Estacionar o veículo pesado em aclive ou declive sem 181, XVI Grave R$195,23
calço.

Estacionar o veículo em desacordo com a sinalização. 181, XVII Grave R$195,23

Estacionar o veículo em locais proibidos (placa – proibido 181, XVIII Média R$130,16
estacionar).

Estacionar o veículo em locais proibidos (placa proibido 181, XIX Grave R$195,23
parar e estacionar).

Parar o veículo nas esquinas. 182, I Média R$130,16

Parar o veículo afastado da guia da calçada (50cm – 1m). 182, II Leve R$88,38

Para o veículo afastado da guia da calçada (mais de 1m) 182, III Média R$130,16

Parar o veículo em desacordo com o CTB. 182, IV Leve R$88,38

Parar o veículo na pista. 182, V Grave R$195,23

Parar o veículo na faixa de pedestres. 182, VI Leve R$88,38

Parar o veículo na área de cruzamento. 182, VII Média R$130,16

Parar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. 182, VIII Média R$130,16

33
Parar o veículo na contramão de direção. 182, IX Média R$130,16

Parar o veículo em locais proibidos (placa – proibido parar). 182, X Média R$130,16

Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de 183 Média R$130,16


sinal.

Transitar na faixa direita, exclusiva para um tipo de veículo. 184, I Leve R$88,38

Transitar na faixa esquerda, exclusiva para um tipo de 184, II Gravíssima R$293,47


veículo.

Deixar de conservar o veículo na faixa correta. 185, I Média R$130,16

Deixar de conservar o veículo lento na faixa da direita. 185, II Média R$130,16

Transitar pela contramão em via de mão dupla, salvo 186, I Grave R$195,23
ultrapassagem.

Transitar pela contramão em via de sentido único, 186, II Gravíssima R$293,47

Transitar em locais e horários não permitidos. 187, I Média R$130,16

Transitar ao lado de outro veículo perturbando o trânsito. 188 Média R$130,16

34
Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de 189 Gravíssima R$293,47
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de
polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às
ambulâncias, quando em serviço de urgência e
devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitentes.

Seguir veículo em serviço de urgência. 190 Grave R$195,23

Forçar passagem entre veículos. 191 Gravíssima R$2.934,70


(suspende a
CNH)

Deixar de guardar distância de segurança. 192 Grave R$195,23

Transitar com o veículo em local proibido (calçadas, 193 Gravíssima R$880,41


ciclovias, etc.).

Transitar em marcha à ré, salvo para pequenas manobras 194 Grave R$195,23
seguras.

Desobedecer às ordens da autoridade competente de 195 Grave R$195,23


trânsito.

Deixar de sinalizar a parada do veículo ou mudança de 196 Grave R$195,23


direção.

Não mudar de pista com antecedência para dobrar. 197 Média R$130,16

Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado. 198 Média R$130,16

Ultrapassar pela direita. 199 Média R$130,16

35
Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo 200 Gravíssima R$293,47
parado para embarque.

Deixar de guardar a distância lateral (1m50cm) ao 201 Média R$ $130,16


ultrapassar bicicleta.

Ultrapassar veículo pelo acostamento. 202, I Gravíssima R$1.467,35

Ultrapassar veículo em interseções e passagens de nível. 202, II Gravíssima R$1.467,35

Ultrapassar pela contramão em curvas, aclives e declives. 203, I Gravíssima R$1.467,35

Ultrapassar pela contramão veículo nas faixas de 203, II Gravíssima R$1.467,35


pedestre.

Ultrapassar pela contramão veículo em pontes, viadutos ou 203, III Gravíssima R$1.467,35
túneis.

Ultrapassar pela contramão veículo parado por 203, IV Gravíssima R$1.467,35


impedimento à circulação.

Ultrapassar em faixa amarela contínua. 203, V Gravíssima R$1.467,35

Não aguardar no acostamento e oportunidade de cruzar a 204 Grave R$195,23


pista.

Ultrapassar cortejo, préstito, desfile e formações militares 205 Leve R$88,38


sem autorização.

Executar operação de retorno em locais proibidos pela 206, I Gravíssima R$293,47


sinalização.

36
Executar retorno nas curvas, aclives, declives, pontes, 206, II Gravíssima R$293,47
viadutos e túneis.

Executar retorno passando por local proibido (calçadas, 206, III Gravíssima R$293,47
ciclovias, etc.0

Executar retorno entrando na contramão da via transversal. 206, IV Gravíssima R$293,47

Executar retorno com prejuízo da circulação ou da 206, V Gravíssima R$293,47


segurança.

Executar operação de conversão à direita ou à esquerda 207 Grave R$195,23


em locais proibidos.

Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada 208 Gravíssima R$293,47


obrigatória.

Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem 209 Grave R$195,23
sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às

áreas destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se


para não efetuar o pagamento do pedágio.

Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial. 210 Gravíssima R$293,47


(suspende a
CNH)

Ultrapassar veículos em fila, parados em sinal luminoso, ou 211 Grave R$195,23


qualquer obstáculo.

Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea. 212 Gravíssima R$293,47

Deixar de parar o veículo por agrupamento de pessoas 213, I Gravíssima R$293,47


(passeatas).

37
Deixar de parar o veículo por agrupamento de veículos 213, II Grave R$195,23
(cortejos).

Deixar de dar preferência a pedestre que se encontre na 214, I Gravíssima R$293,47


faixa.

Não deixar pedestre concluir a travessia, mesmo com sinal 214, II Gravíssima R$293,47
verde.

Deixar de dar preferência a portadores de deficiência, 214, III Gravíssima R$293,47


crianças, idosos e gestantes.

Deixar de dar preferência a pedestre quando houver 214, IV Grave R$195,23


iniciado a travessia.

Deixar de dar preferência a pedestre que esteja 214, V Grave R$195,23


atravessando a via transversal para onde se dirige o
veículo.

Deixar de dar preferência em interseção a veículo 215, I Grave R$195,23


circulando por rodovia, rotatória ou que venha da direita.

Deixar de dar preferência nas interseções com sinalização 215, II Grave R$195,23
de “dê a preferência”.

Entrar ou sair de áreas lindeiras sem as precauções de 216 Média R$130,16


segurança.

Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar 217 Média R$130,16
preferência de passagem a pedestres e a outros veículos.

Transitar em velocidade superior à máxima permitida em 218, I Média R$130,16


até 20%.

Transitar em velocidade superior à máxima permitida em 218, II Grave R$195,23


mais de 20% até 50%.

38
Transitar em velocidade superior a 50% da máxima 218, III Gravíssima R$880,41
permitida. (suspende a
CNH)

Transitar em velocidade inferior à metade permitida. 219 Média R$130,16

Deixar de reduzir a velocidade ao se aproximar de 220, I Gravíssima R$293,47


passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles.

Deixar de reduzir a velocidade onde o trânsito esteja sendo 220, II Grave R$195,23
controlado por agente.

Deixar de reduzir a velocidade ao aproximar-se da calçada 220, III Grave R$195,23


ou acostamento.

Deixar de reduzir ao aproximar-se de interseção não 220, IV Grave R$195,23


sinalizada.

Deixar de reduzir a velocidade nas vias rurais cuja faixa de 220, V Grave R$195,23
domínio não esteja cercada.

Deixar de reduzir a velocidade nos trechos em curva de 220, VI Grave R$195,23


pequeno raio.

Deixar de reduzir a velocidade nos trechos com obras ou 220, VII Grave R$195,23
trabalhadores na pista.

Deixar de reduzir a velocidade sob chuva, neblina, cerração 220, VIII Grave R$195,23
ou ventos fortes.

Deixar de reduzir a velocidade quando houver má 220, IX Grave R$195,23


visibilidade.

Deixar de reduzir a velocidade quando o pavimento for 220, X Grave R$195,23


escorregadio, defeituoso ou avariado.

39
Deixar de reduzir a velocidade ao se aproximar de animais 220, XI Grave R$195,23
na pista.

Deixar de reduzir a velocidade em declive. 220, XII Grave R$195,23

Deixar de reduzir a velocidade ao ultrapassar ciclista. 220, XIII Grave R$195,23

Deixar de reduzir a velocidade perto de escolas, hospitais, 220, XIV Gravíssima R$293,47
estações de embarque e desembarque de passageiros ou
onde haja intensa movimentação de pedestres.

Portar no veículo placas de identificação irregulares. 221 Média R$130,16

Não ligar giroflex nas situações de atendimento de 222 Média R$130,16


emergência (ambulâncias e viaturas).

Transitar com o farol desregulado ou com luz alta. 223 Grave R$195,23

Fazer uso de luz alta em vias providas de iluminação 224 Leve R$88,38
pública.

Deixar de sinalizar a via quando tiver de remover o veículo 225, I Grave R$195,23
da pista ou permanecer no acostamento.

Deixar de sinalizar a via quando a carga for derramada 225, II Grave R$195,23
sobre a via.

Deixar de retirar objeto que tenha sido utilizado para 226 Média R$130,16
sinalização temporária da via.

Usar buzina em situação que não a de advertência ao 227, I Leve R$88,38


pedestre ou a condutores.

40
Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer 227, II Leve R$88,38
pretexto.

Usar buzina entre as vinte e duas e as seis horas. 227, III Leve R$88,38

Usar buzina em locais e horários proibidos pela 227, IV Leve R$88,38


sinalização.

Usar buzina em desacordo com estabelecido pelo 227, V Leve R$88,38


CONTRAN.

Usar som no veículo em volume não autorizado pelo 228 Grave R$195,23
CONTAN. (retenção do
veículo para
regularização)

Usar alarme ou aparelho que produza sons e ruído que 229 Média R$130,16
perturbem o sossego público.

Conduzir o veículo com placa ou qualquer elemento de 230, I Gravíssima R$293,47


identificação violado ou falsificado.

Transportar passageiros em compartimento de carga. 230, II Gravíssima R$293,47

Conduzir o veículo com dispositivo antirradar. 230, III Gravíssima R$293,47

Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de 230, IV Gravíssima R$293,47
identificação.

Conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente 230, V Gravíssima R$293,47
licenciado.

Conduzir o veículo com placa ilegível. 230, VI Gravíssima R$293,47

41
Conduzir o veículo com a cor ou característica alterada. 230, VII Grave R$195,23

Conduzir o veículo não inspecionado, quando obrigatório. 230, VIII Grave R$195,23

Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório. 230, IX Grave R$195,23

Conduzir o veículo com equipamento obrigatório em 230, X Grave R$195,23


desacordo com o CONTRAN.

Conduzir o veículo com descarga livre ou silenciador 230, XI Grave R$195,23


defeituoso.

Conduzir o veículo com equipamento ou acessório 230, XII Grave R$195,23


proibido.

Conduzir o veículo com o sistema de iluminação e de 230, XIII Grave R$195,23


sinalização alterados.

Conduzir o veículo com registrador de velocidade viciado 230, XIV Grave R$195,23
ou defeituoso, quando obrigatório.

Conduzir o veículo adesivado, salvo quando autorizado 230, XV Grave R$195,23


pelo CTB.

Conduzir o veículo com vidros cobertos por películas, 230, XVI Grave R$195,23
painéis decorativos ou pinturas.

Conduzir o veículo com cortinas ou persianas fechadas, 230, XVII Grave R$195,23
não autorizadas pela legislação.

Conduzir o veículo em mau estado de conservação 230, XVIII Grave R$195,23


comprometendo a segurança ou reprovado na avaliação
de inspeção de segurança e de emissão de poluentes e
ruído.

42
Conduzir o veículo sem acionar o limpador de para-brisa 230, XIX Grave R$195,23
sob chuva.

Conduzir o veículo sem portar a autorização para 230, XX Grave R$195,23


condução de escolares.

Conduzir o veículo de carga sem inscrição da tara e demais 230, XXI Média R$130,16
previstas no CTB.

Conduzir o veículo com defeito de iluminação, de 230, XXII Média R$130,16


sinalização ou com lâmpadas queimadas.

Conduzir o veículo de carga ou passageiros em desacordo 230, XXIII Média R$130,16


com os intervalos para descanso.

Transitar com o veículo danificando a via. 231, I Gravíssima R$293,47

Transitar com o veículo derramando carga, combustível, 231, II Gravíssima R$293,47


lubrificante ou qualquer objeto que traga risco de acidente.

Transitar produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis 231, III Grave R$195,23
superiores aos fixados pelo CONTRAN.

Transitar com o veículo de dimensões ou de sua carga 231, IV Grave R$195,23


superiores aos limites.

Transitar com o veículo com excesso de peso. 231, V Média R$130,16

Transitar em desacordo com a autorização para transitar 231, VI Grave


com dimensões excedentes, ou com esta vencida.

Transitar com o veículo com lotação excedente. 231, VII Média R$130,16

43
Efetuar transporte remunerado de passageiros sem 231, VIII Média R$130,16
autorização.

Transitar com o veículo desligado ou desengrenado, em 231, IX Média R$130,16


declive.

Transitar com o veículo excedendo a capacidade máxima 231, X Gravíssima R$293,47


de tração.

Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório 232 Leve R$88,38


referidos no CTB.

Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta 233 Grave R$195,23


dias.

Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de 234 Gravíssima R$293,47


identificação do veículo.

Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas 235 Grave R$195,23
do veículo.

Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em 236 Média R$130,16
casos de emergência.

Transitar com o veículo sem a simbologia e identificação 237 Grave R$195,23


exigidas.

Recursar-se a entregar os documentos à autoridade. 238 Gravíssima R$293,47

Retirar do local veículo legalmente retido 239 Gravíssima R$293,47


para regularização.

Deixar o responsável de promover a baixa de veículo 240 Grave R$195,23


irrecuperável ou definitivamente desmontado.

44
Deixar de atualizar o cadastro de registro de veículo ou de 241 Leve R$88,38
habilitação do condutor.

Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro, 242 Gravíssima R$293,47
licenciamento ou habilitação.

Empresa seguradora não comunicar a ocorrência de 243 Grave R$195,23


perda total do veículo e devolver as placas e documentos.

Conduzir moto sem usar capacete com viseira ou óculos e 244, I Gravíssima R$293,47
vestuário de acordo com o CONTRAN. (suspende a
CNH)

Conduzir moto transportando passageiro sem o capacete 244, II Gravíssima R$293,47


ou fora do assento correto. (suspende a
CNH)

Conduzir moto fazendo malabarismo ou empinando. 244, III Gravíssima R$293,47


(suspende a
CNH)

Conduzir moto com os faróis apagados. 244, IV Gravíssima R$293,47


(suspende a
CNH)

Conduzir moto transportando criança menor de 07 anos. 244, V Gravíssima R$293,47


(suspende a
CNH)

Conduzir moto rebocando outro veículo. 244, VI Grave R$195,23

Conduzir moto sem segurar o guidom com ambas as mãos. 244, VII Grave R$195,23

Conduzir moto transportando carga incompatível. 244, VIII Grave R$195,23

Conduzir moto efetuando transporte remunerado em 244, IX Grave R$195,23


desacordo com a lei.

45
Utilizar a via para depósito de mercadorias, meterias ou 245 Grave R$195,23
equipamentos, sem autorização.

Deixar de sinalizar obstáculo à livre circulação, à 246 Gravíssima R$293,47 a


segurança, ou obstaculizar a via indevidamente. R$1.467,35

Deixar de conduzir veículos de tração humana ou animal 247 Média R$130,16


pelo bordo da pista, em fila única.

Transportar em veículo destinado ao transporte de 248 Grave R$195,23


passageiros carga excedente.

Não acender as luzes de posição à noite quando estiver 249 Média R$130,16
parado para embarque ou carga de mercadorias.

Deixar de manter acesa a luz baixa a noite. 250, I, “a” Média R$130,16

Deixar de manter acesa a luz baixa de dia, nos túneis e 250, I, “b” Média R$130,16
nas rodovias.

Veículo de transporte coletivo deixar de manter acesa a luz 250, I, “c” Média R$130,16
baixa de dia e de noite, circulando em faixas ou pistas a
eles destinadas.

Deixar de manter acesa a luz baixa de dia e de noite, 250, I, “d” Média R$130,16
tratando-se de ciclomotores.

Deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição 250, II Média R$130,16
sob chuva forte, neblina ou cerração.

Deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite. 250, III Média R$130,16

Utilizar o pisca alerta, exceto em imobilizações ou situações 251, I Média R$130,16


de emergência.

46
Dar sinal de luz, salvo para alertar ultrapassagem. 251, II Média R$130,16

Dirigir o veículo com o braço do lado de fora. 252, I Média R$130,16

Dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou 252, II Média R$130,16


volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas.

Dirigir o veículo com incapacidade que comprometa a 252, III Média R$130,16
segurança do trânsito.

Dirigir usando calçado que não se firme nos pés ou que 252, IV Média R$130,16
comprometa a utilização de pedais.

Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, salvo quando 252, V Média R$130,16
necessário.

Dirigir o veículo utilizando-se de fones nos ouvidos. 252, VI Média R$130,16

Bloquear a via com veículo. 253 Gravíssima R$293,47

Usar veículo para interromper a circulação da via sem 253-A Gravíssima R$5.869,40
autorização. 20x

Organizar interrupção da circulação da via sem 253-A §1º Gravíssima R$17.608,20


autorização. 60x

É proibido ao pedestre andar nas pistas, exceto para 254, I Leve


cruzálas onde for permitido.

É proibido ao pedestre cruzar a pista nos viadutos, pontes, 254, II Leve R$44,19
ou túneis, salvo onde exista permissão.

47
É proibido ao pedestre atravessar a via dentro das áreas de 254, III Leve R$44,19
cruzamento, salvo sinalizado.

É proibido ao pedestre usar a via para evento (passeata) 254, IV Leve R$44,19
sem autorização.

É proibido ao pedestre andar fora da faixa, passarela, 254, V Leve R$44,19


passagem aérea ou subterrânea.

É proibido ao pedestre desobedecer à sinalização de 254, VI Leve R$44,19


trânsito específica.

Conduzir bicicleta em calçada onde não seja permitida a 255 Média R$130,16
circulação desta, ou de forma agressiva.

Fonte: doutormultas.com.br

Suspensão do direito de dirigir

A suspensão do direito de dirigir será aplicada nos casos previstos no CTB ou


quando o motorista atingir 20 pontos por infrações cometidas que preveem, de forma
específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir (art. 261).
Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do direito de dirigir são
os seguintes:
• No caso do infrator atingir a contagem de 20 (vinte) pontos, no período de 12
(doze) meses: de 6 (seis) meses a 1 (um)ano e, no caso de reincidência no
período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses a 2 (dois) anos;
• No caso de transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações
preveem, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir:
de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para as infrações com prazo descrito no
dispositivo infracional, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze)
meses, de 8 (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do
art. 263.

48
Cassação da habilitação

Conforme art. 263, a cassação do documento de habilitação ocorrerá:


1- Quando o infrator for encontrado dirigindo estando suspenso seu direito
para tal;
2- Quando for condenado judicialmente por delito de trânsito;
3- Quando reincidir, no período de doze meses, na prática das seguintes
infrações:

INFRAÇÃO ARTIGO

Dirigir veículo automotor com a Carteira Nacional de 162 III


Habilitação ou Permissão para Dirigir cassada ou com
suspensão do direito de dirigir.

Entregar a direção de veículo automotor a pessoa 163


inabilitada.

Permitir que pessoa inabilitada tome posse de veículo 164


automotor e passe a conduzi-lo na via.

Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer substância 165


entorpecente.

Disputar “pega” 173

Promover ou participar de competições e eventos 174


esportivos de perícia em manobra de veículo na via, sem
permissão da autoridade de trânsito.

Utilizar-se veículo automotor para demonstrar manobras de 175


arrancada brusca, derrapagem ou frenagem

Decorridos dois anos da cassação da carteira, o infrator poderá requerer sua


habilitação, submetendo-se a todos os exames previstos para a habilitação.

49
Medidas administrativas

Independente das penalidades impostas por infrações previstas no Código


deverão ser adotadas pelas autoridades de trânsito ou seus agentes, dentro de suas
circunscrições as seguintes medidas administrativas (art 269).
• Retenção de veículo;
• Remoção de Veículo;
• Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
• Recolhimento da Permissão para Dirigir;

• Recolhimento do Certificado de Registro;

• Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;


• Transbordo do excesso de carga;
• Realização de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente;
• Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias;
• Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de
primeiros socorros e de direção veicular.

Da responsabilidade

Ao condutor caberá sempre a responsabilidade pelas infrações decorrentes de


atos praticados na direção de veículos e ao proprietário destes as decorrentes da
regularização do veículo (art. 257).

Álcool

A aplicação da Lei Seca (Lei 11.705/2008) tem ajudado a diminuir o número de


acidentes no trânsito. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram ligeira
redução no número de acidentes ocorridos por influência do álcool, após a lei ter
estabelecido tolerância zero e aumentado o valor da multa para quem for flagrado
embriagado ao volante, em 2012.
A Lei 13.546/2017, sancionada por Temer em dezembro de 2017, altera alguns
artigos da Lei 9.503/1997, que regulamenta o Código de Trânsito Brasileiro. Uma das

50
mudanças se deu no Artigo 302, que dispõe sobre “homicídio culposo na direção de
veículo automotor”, ou seja, trata apenas de casos de acidentes com vítimas.
O texto assinado pelo presidente acrescentou ao artigo 302 um terceiro
parágrafo, que prevê aumento de penas a quem provoca acidentes automobilísticos
com morte “sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência”. Com a nova lei, as punições, que antes variavam entre 2 e
4 anos, agora partem de 5 anos e podem chegar a 8 anos, além da suspensão do
direito de obter habilitação para dirigir.

Fonte:
dc.rbsdirect.com.br

Conforme o artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, incluído pela Lei


12.760/2012, conhecida como Nova Lei Seca, dirigir “com capacidade psicomotora
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que
determine dependência” gera penas que variam de seis meses a três anos de
detenção, além de multa e suspensão da habilitação. O Artigo 165 considera infração
gravíssima estar ao volante nestas condições.

51
Viaturas policiais e veículos prestadores de serviço de utilidade pública

As viaturas policiais, de socorro de incêndio e ambulâncias os veículos


destinados à fiscalização e operação de trânsito gozam de livre circulação,
estacionamento e parada. Para tanto, devem estar devidamente identificados por
dispositivos de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente e encontrarem-se
em serviço (art. 29, inciso VII).
Nos casos de atendimento de emergência, se o sistema de iluminação
intermitente destes veículos e viaturas não estiver ligado, ainda que parado, o
condutor estará cometendo infração, média prevista no (art. 222).
Os veículos prestadores de serviço de utilidade pública (Água/ Esgoto, Energia
Elétrica e Telefone) também gozam do direito à livre parada e estacionamento, desde
que devidamente identificados por sistema de iluminação (art. 29, inciso VIII).

Produtos perigosos

O transporte de produtos perigosos será feito obedecendo a critérios de


segurança específicos para cada material. A identificação do produto transportado
poderá ser feita através de uma das seguintes formas:
• Pelo número de quatro algarismos, estabelecido pela Organização das Nações
Unidas - ONU -, fixado nas laterais, traseira e dianteira do veículo transportador.
• Pelo documento fiscal, pela embalagem do produto ou pela Ficha de
Emergência expedida pelo fabricante, que acompanha o produto durante o seu
transporte.
• Pela placa em forma de losango, afixada nas laterais, dianteira e traseira do
veículo transportador. Caso o losango não traga o nome do produto, a
numeração a seguir, nele pintado, identifica sua classe:

NÚMERO CLASSE NÚMERO CLASSE

1 Explosivo 6 Produto tóxico

2 Gás inflamável 7 Produto radioativo

52
3 Líquido Inflamável 8 Produto corrosivo

4 Sólido inflamável 9 Produto perigoso não

5 Produto oxidante Identificado

Em caso de acidentes com produtos perigosos é importante adotar os seguintes


procedimentos:
1- Mantenha distância segura, para não se transformar na
próxima vítima.
2- Utilizar, sempre que necessário, o kit de emergência existente
no veículo transportador.
3- Permaneça de costas para o vento, para evitar a inalação de
gases, fumaça e vapores.
4- Isole o local e afaste os curiosos.
5- Procure identificar o produto, através do número da ONU,
documento fiscal ou placa ilustrada na forma de losango.

Fonte: www.hazmatnews.com.br

6- Comunique com o Corpo de Bombeiros, onde houver e solicite


reforço policial.

53
7- Comunique com a Pró-Química, através do telefone
0800118270, cuja ligação é gratuita para qualquer parte do Brasil. A Pró-
Química mantém plantão durante as 24 horas do dia.
8- Comunique com as autoridades do local do acidente,
principalmente se houver risco de contaminação de pessoas ou do meio
ambiente.
9- Comunique com a Defesa Civil.

54
7 BIBLIOGRAFIA

ANDERSON, Vanessa. Crime de perigo abstrato e crime de perigo concreto.


Disponível em <https://vanessinhateinha.jusbrasil.com.br/artigos/4023
23200/crimede-perigoabstrato-e-crime-de-perigo-concreto> Acesso dia
19/05/17.
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Disponível em <http://www.ctbdigital.com.br/?p=Comentarios&Regis tro=37&campo
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e retificada em 31 de agosto de 2010. Regulamenta o credenciamento de instituições
ou entidades públicas ou privadas para o processo de capacitação, qualificação e
atualização de profissionais, e de formação, qualificação, atualização e reciclagem de
candidatos e condutores e dá outras providências.

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