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ESPÍRITO SANTO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................3
3. Habilitação ............................................................................................. 22
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6.1 As multas ................................................................................ ...... 28
Álcool ............................................................................................. 50
6.6 Viaturas policiais e veículos prestadores de serviço de utilidade pública
........................................................................................................... 52
7 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 55
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1 INTRODUÇÃO
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Partindo desse princípio, condutores, pedestres, ciclistas, ou seja, usuários das
vias, não podem causar prejuízo ou incômodo à circulação, obedecendo e
comportando-se de acordo com a legislação.
O artigo 26 do Código de Trânsito Brasileiro expressa claramente esses
princípios, cujo conteúdo encontrado é o seguinte: Artigo 26: Os usuários das vias terrestres
devem:
Fonte: azcamsvermedia.azureedge.net
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Portanto, percebe-se o tamanho da discussão envolvendo este tema, que
atualmente vem sendo debatido com bastante veemência no universo jurídico.
Devido à conduta de vários motoristas, associando álcool e direção, causando
graves acidentes e alavancando tristes e horríveis estatísticas pelo país, o legislador
sentiu-se na obrigação de modificar o Código de Trânsito Brasileiro, no intuito de tentar
conscientizar os motoristas do problema e chagar-se a um trânsito mais seguro.
A irresponsabilidade do motorista está atingindo níveis intoleráveis. O condutor
embriagado não só colocar sua vida em risco, como também de todas as pessoas ao
seu redor. Embriagado, o condutor perde suas noções mais elementares e deixa de
controlar os movimentos do próprio corpo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a embriaguez é
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Pode-se perceber que além da quantidade do álcool por litro de sangue que já
era prevista, foi incluída a possibilidade de se responsabilizar o condutor pelo crime
de embriaguez ao volante, com outros meios de prova, como vídeos e testemunhas.
Na mesma linha, para a configuração da infração administrativa basta que o
condutor esteja sob a influência de álcool ou qualquer outra substancia, que determine
dependência física ou psíquica, conforme vejamos os artigos 165 e 165-A, em suas
atuais redações.
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§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas
no art. 165-A deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a
qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo.
Pode-se perceber que o § 3º, diz que o condutor que se recusar a prestar o
teste do bafômetro, a ele será aplicada as penalidades e medidas administrativas
previstas no artigo 165-A, ou seja, em caso de recusa, sofrerá de imediato, as sanções
previstas no referido artigo.
Vale lembrar que, uma mesma conduta pode caracterizar tanto a infração
administrativa quanto o crime de embriaguez ao volante. Nesse caso, o condutor
responderá tanto perante os órgãos de trânsito quanto perante a justiça criminal.
São inúmeras as críticas atribuídas as modificações ocorridas nos referidos
artigos, sob o argumento de que tal alteração mostra-se flagrantemente
inconstitucional, haja vista que confronta princípios consagrados como a presunção
de inocência e não autoincriminação, previstos no artigo 5º da Constituição Federal.
O renomado professor Luiz Flávio Gomes repudia a obrigatoriedade dos testes,
“em matéria de prova de embriaguez há, de qualquer modo, uma premissa básica a
ser observada: ninguém será obrigado a fazer prova contra si mesmo (direito a não
autoincriminação)”.
De modo diverso, amparados pelos princípios da verdade real dos fatos,
supremacia do interesse público sobre o privado e outros, estão os que defendem a
obrigatoriedade à realização do teste do bafômetro e a imposição da multa aos
condutores que se recusarem a submeter-se aos exames.
Afirmam que o princípio da não autoincriminação, como os outros, não são
absolutos, e imputar a ele essa condição estimularia a prática de crimes e a violação
de bens jurídicos, pois não haveria prova contrária.
Cumpre ressaltar que, conforme jurisprudência majoritária, o condutor não está
obrigado a submeter-se ao teste de alcoolemia, exames e perícias, cabendo à
autoridade a demonstração do fato por outros meios autorizados por lei.
Vale frisar que, o agente de trânsito ou qualquer outra autoridade não pode
forçar ninguém a fazer o teste do bafômetro ou outro procedimento que possa produzir
prova em seu desfavor.
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Caso o motorista se recuse ao teste, não poderá ser conduzido coercitivamente
a outro local para realizar o exame, a única hipótese permitida para ser conduzido
forçosamente é se preso em flagrante pelo crime de embriaguez ao volante.
Se não houver sinais evidentes de embriaguez, o agente comete abuso de
autoridade se prender ou conduzir o condutor a fazer exame coercitivamente.
Diante da negativa por parte do condutor em prestar o exame, deverá haver
uma substituição da prova técnica por outra. A lei processual penal nos afirma que
quem alega deve provar, cabendo ao Estado angariar provas da condição de
embriaguez do condutor.
O que não nos parece razoável é admitir que o Estado possa aplicar de imediato
a penalidade de multa em face da negativa à submissão do teste do bafômetro,
ignorando o consagrado princípio da presunção de inocência elencado na
Constituição Federal.
Nota-se que o legislador assumiu posição intolerante quanto a embriaguez ao
volante, inserindo sanções mais rígidas, com o objetivo de proteger a segurança de
todos no trânsito e reduzir os índices de acidentes envolvendo álcool e direção.
Em contrapartida, abriu-se a discussão quanto a inconstitucionalidade dessas
alterações, haja vista que rebatem princípios consagrados pela Constituição Federal
em seu artigo 5º, como a presunção de inocência e não autoincriminação.
A culpa de alguém pela prática de determinado ato não se presume, sendo sua
inocência a regra. Enquanto não tiver totalmente comprovada, através de provas
admitidas em direitos, que o condutor estava sob a influência de álcool ou outra
substância análoga, a este, não se pode atribuir qualquer penalidade, mesmo que se
recuse submeter-se a qualquer tipo de exame.
Impor penalidade a alguém pelo simples fato de se recusar a submissão do
bafômetro, fere gravemente o princípio da presunção de inocência, mostrando-se
flagrantemente inconstitucional.
A recusa, constitui-se exercício regular de um direito, não podendo este simples
fato ser punido em qualquer esfera. Cabe à autoridade competente produzir provas da
embriaguez, não podendo ser o condutor obrigado a produzi-las em seu prejuízo.
Estamos diante de um Estado Democrático de Direito, que pressupõe liberdade
individual, e para sua garantia, é necessário que os cidadãos não sejam compelidos
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compulsoriamente a se auto incriminarem, caso contrário, estaremos diante de um
Estado autoritário, em que as autoridades poderiam usar de meios ilegítimos para
obter provas, que por si só não conseguiriam.
Ao dispor que o cidadão que legitimamente exercer seu direito de não produzir
prova em seu desfavor será automaticamente punido, sem qualquer prova
contundente, o Código de trânsito Brasileiro, simplesmente desconsidera a existência
da supremacia da Constituição Federal, sendo este o posicionamento majoritário.
A violência do trânsito no Brasil pode ser demonstrada em números. Por ano,
pelo menos 35 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes. Só em rodovias
federais essa quantidade se aproxima a 7 mil. Numa lista de causas de desastre, a
ingestão de álcool aparece entre os sete vilões das estradas. Portanto, não há como
negar que motoristas alcoolizados potencializam a gravidade dos acidentes.
O álcool é um forte depressor do sistema nervoso central. Por isso, quem bebe
e pega o volante tem seus reflexos prejudicados. Fica mais corajoso, mas reage de
forma lenta e perde a noção de distância. Quando é vítima de desastre de trânsito,
resiste menos tempo aos ferimentos, já que as hemorragias quase sempre são fatais.
Fonte: leveimulta.com.br
Assim como no Brasil, países da Europa e das Américas vêm mudando suas
legislações de trânsito. Em alguns Estados norte-americanos, se o condutor recusar ao
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teste do bafômetro, há presunção de embriaguez e apreensão imediata do veículo e da
carteira de habilitação. O motorista também é preso em flagrante e tem penas
equivalentes a um condutor reprovado pelo teste. O conjunto de medidas fez com que o
número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes nos Estados Unidos caísse
de 50% nos anos de 1970 para 20% atualmente.
As estatísticas brasileiras envolvendo condutores embriagados demonstram
nossa triste realidade. A associação de volante e álcool é responsável pela maioria
dos acidentes.
Antes da Lei Seca, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, os números
dos acidentes ultrapassavam a marca de 1 milhão de acidentes por ano, sendo que
45 mil resultavam em mortes e em 70% destes, o fator álcool estava presente.
Importante citar que, o Brasil ocupa o 5º lugar em mortes no trânsito, sendo este
o segundo maior problema de saúde pública do país, que perde apenas para
desnutrição, gerando aos cofres públicos, prejuízo de cerca de 2 bilhões de dólares
por ano.
Com a entrada em vigor da Lei Seca e alterações sofridas, os índices
diminuíram, consequentemente as mortes hospitalares e os gastos do governo. Um
estudo feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego apontou uma queda
de 28% nas internações e 13% nas mortes hospitalares e contribuíram para a redução
entre 30 e 40% nos índices de mortes e acidentes de trânsito
No entanto, apesar das melhoras citadas, não se pode aceitar que essas
modificações cerceiem direitos individuais assegurados pela Constituição Federal,
como a presunção de inocência e não autoincriminação, mostrando-se
inconstitucional e inaceitável a obrigatoriedade do bafômetro ou em caso de recusa, a
imposição imediata do penalidade de multa.
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Assim sendo, o perigo, seria entendido como probabilidade de um dano a um bem
jurídico-penal.
Quando o legislador cria uma figura típica daquilo que é perigo, está ali impondo
ou proibindo que se pratique ou que se deixe de praticar determinada conduta,
entendendo que tal conduta tem o condão de lesar bens jurídicos.
Os legisladores entendem que o crime de perigo é um antecedente do crime de
dano. Por conseguinte, pune-se o comportamento perigoso com a intenção de
futuramente evitar o crime de dano.
O crime se refere à necessidade de qualificação de uma conduta que é perigosa
e que deve ser tratada como um problema de possibilidade de dano no caso concreto,
atendendo aos bens jurídicos possivelmente postos em perigo e ao âmbito de
atividade de onde se desenvolve essa situação, independentemente se o autor pode
evitar a lesão quer seja por meio de recursos normais ou extraordinários.
Dessa maneira, nosso raciocínio e nível de inteligência nos permite entender
que perigo é a possibilidade de dano, ou seja, a probabilidade de lesão ao bem jurídico
tutelado pelo Estado.
É o perigo que já é considerado pela lei (de maneira presumida) por
simplesmente praticar conduta típica.
O disposto no tipo penal retrata e descreve tão limitada a conduta, sem fazer
referência ao resultado naturalístico, ou seja, não faz referência ao resultado oriundo
daquele ilícito penal.
Por essa razão grande parte dos doutrinadores denominaram tais crimes de
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Neste tipo penal a consumação se dá com o resultado, exige uma comprovação
de que realmente houve perigo de risco e de que houve uma lesão ao bem jurídico.
O delito dependerá sempre do resultado.
São os crimes que necessitam de efetiva comprovação no caso concreto
mediante instrução probatória.
Não existe presunção legal, contudo, a configuração do crime vai depender de
comprovação concreta de que existiu risco de perigo e de lesão.
A análise da ocorrência de perigo é feita mediante verificação de que a conduta
gerou ou não um perigo de dano no caso concreto.
Nesses crimes é necessária comprovação e que seja confirmado que tal
conduta, seja, ela positiva ou negativa trouxe efetivamente o perigo de dano ou lesão
a um bem jurídico tutelado.
Desde que o Código de Trânsito entrou em vigor, o artigo 165 passou por três
alterações: a 1ª delas, em 2006, com a Lei n. 11.275/06; a 2ª, em 2008, com a Lei n.
11.705/08 (conhecida como “Lei seca”) e a mais recente, em dezembro de 2012, com
a Lei n. 12.760/12. Desde a primeira destas alterações, a infração administrativa
passou a se configurar com qualquer quantidade de álcool, o que se confirma pela
previsão atual do artigo 276: “Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou
por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165”.
Apesar disso, até 2012, a legislação brasileira chegou a admitir um limite
mínimo de álcool, posto que o parágrafo único do artigo 276 (com redação dada pela
Lei n. 12.760/12) estabeleceu a possibilidade de que o CONTRAN disciplinasse
margens de tolerância quando a infração fosse apurada por meio de aparelho de
medição, o que já havia sido tratado pelo Decreto n. 6.488/08, que tolerava até um
décimo de miligrama de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões (equivalente a
dois decigramas de álcool por litro de sangue).
Atualmente, porém, NÃO EXISTE tolerância para a quantidade de álcool no
organismo, mas tão somente um erro máximo admissível do etilômetro (por se tratar
de um equipamento metrológico), o que é previsto na Portaria do INMETRO n. 006/02
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e ratificado na Resolução do CONTRAN n. 432/13, a qual apresenta uma “tabela de
valores referenciais para etilômetro”, com desconto de 0,04 miligramas em cada
medição.
Quando, entretanto, a constatação da infração se der por meio do exame de
sangue ou pela existência de sinais de alteração da capacidade psicomotora
(verificados por exame clínico de médico perito ou pela constatação objetiva do próprio
agente de trânsito, nos termos da Resolução n. 432/13), não haverá qualquer
tolerância aplicável.
Além da infração administrativa, o condutor também poderá responder pelo
crime de trânsito previsto no artigo 306, mas desde que tenha sido verificada a
alteração da capacidade psicomotora do condutor (pela concentração mínima de seis
decigramas de álcool por litro de sangue ou três décimos de miligrama de álcool por
litro de ar expelido pelos pulmões, ou, ainda, pela existência de sinais desta alteração).
Embora o dispositivo legal abranja tanto a influência de álcool quanto outra “substância
psicoativa que determine dependência”, existe uma dificuldade técnica para que a
fiscalização de trânsito comprove a utilização de outras substâncias, uma pela
ausência de testes específicos para tal finalidade, outra pela larga abrangência do
termo utilizado pela própria lei (há a necessidade de se constatar que a substância
utilizada pelo condutor é capaz de determinar dependência).
Esta é uma das duas únicas infrações de trânsito que preveem a penalidade de
suspensão do direito de dirigir, por um prazo pré-determinado: exatos doze meses (a
outra é a prevista no artigo 253-A), enquanto que, nos demais casos, a suspensão
pode variar, nos termos do artigo 261. E a punição pode ser ainda mais severa: se o
condutor for reincidente nesta mesma infração, no período de doze meses, ocorrerá a
cassação (definitiva) do documento de habilitação, de acordo com o artigo 263, II (para
voltar a dirigir, o interessado deverá aguardar o prazo de dois anos, para submeter-se
a novo processo de habilitação).
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Lei seca e redução de acidentes
Quem for pego pela Operação Lei Seca dirigindo alcoolizado ou se recusar a
fazer o teste do bafômetro, a partir do dia 1º de novembro de 2016, pagará uma multa
muito superior ao valor cobrado anterior a referida data.
O motorista que falar ao celular enquanto dirige também será penalizado com
mais rigor. E quem estacionar indevidamente em vaga de idoso ou deficiente também
receberá sua punição.
De acordo com o coordenador da Lei Seca, tenente-coronel da Polícia Militar,
Marco Andrade, para que o trânsito seja humanizado, é necessário a contribuição de
todos. Existe o esforço legal de tentar inibir as transgressões através das
penalizações. A multa é para chamar a atenção. “O grande objetivo é a reeducação,
não temos prazer em multar”, explicou.
A Operação Lei Seca, iniciada em 2009, trouxe uma mudança para a realidade
da segurança nas ruas e estradas. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública
(ISP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de mortes em
2009 foi de 59 por 100 mil veículos.
Segundo o coronel Marco Andrade, "quando começamos, há sete anos, 20%
dos motoristas eram flagrados sob efeito do álcool. Hoje, este número caiu para 7%.
Da mesma forma, esperamos um amadurecimento com relação ao uso do cinto de
segurança no banco de trás, com a não utilização do celular ao volante e o respeito
às regras de velocidade. Precisamos que a sociedade compre essa ideia", afirmou.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quarto
país do mundo com o maior número de mortes em acidentes de trânsito por ano. O
país tenta cumprir uma meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU):
uma redução em 50%, no período 2011-2020, de casos fatais em acidentes viários. 3
INFORMAÇÕES SOBRE O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO-CTB
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Fonte: cdn.autopapo.com.br
Começou a vigorar a partir do dia 1º novembro de 2016 a Lei 13.281, que altera
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além das alterações de categorias de multa por
dirigir utilizando telefone celular e por estacionar em vagas de deficientes e idosos, se
recusar a fazer o teste do bafômetro passa a ser caracterizado como infração.
Também há alteração no tempo de suspensão do direito de dirigir e a criação de um
sistema eletrônico de notificação das autuações.
Todos os anos, mais de 1,2 milhões de pessoas ao redor do mundo vão à óbito
em acidentes de trânsito por razões que vão do excesso de velocidade e falta de uso
de itens de segurança à mistura de bebida e direção. No Código de Trânsito Brasileiro
(CTB), estão dispostos direitos e deveres aplicáveis a qualquer veículo, bem como
aos proprietários e condutores dos veículos em território nacional. Com tópicos sobre
infrações, fiscalização e educação viária, a legislação brasileira objetiva uma
mobilidade segura e é considerada referência por especialistas.
“Em relação aos principais fatores de risco, a legislação de trânsito brasileira
tem se mostrado cada vez mais rigorosa”, declara o Tenente Coronel da Brigada Militar
em Porto Alegre, Ordeli Gomes sobre a embriaguez ao volante, a negligência quanto
aos itens de segurança e a adoção de altas velocidades. Especialista em gestão e
legislação de trânsito, ele enfatiza a importância do art. 165, que considera dirigir sob
influência de álcool multa gravíssima, com valor multiplicado por dez e suspensão do
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direito de dirigir por doze meses. Conforme o volume etílico e as condições ao dirigir,
o motorista pode, ainda, responder pelo crime de trânsito do art. 306, com detenção
de seis meses a três anos.
Mas esse não é o único marco visualizado pelo especialista no CTB: “dessas,
pode-se destacar a Lei 11.910/09, que tornou obrigatório o air bag aos veículos
produzidos no país ou importados a partir de 1º de novembro de 2014, à qual o
CONTRAN acresceu os freios ABS. Com isso, ganhamos muito em segurança no
trânsito, o que causou a diminuição dos valores do Seguro DPVAT em 2017, por
exemplo, graças à redução do volume de feridos com gravidade”, salienta.
Outra alteração no CTB aconteceu no ano de 2016, em decorrência da Lei
13.281/16, minirreforma que alterou 33 artigos e acrescentou outros quatro ao Código.
“Com ela, há uma nova tentativa de possibilitar a inspeção veicular em centros
especializados, a exemplo do que já acontece na França e na Suíça. Hoje, a inspeção
depende do contingente de agentes para vistoriar os veículos, portanto, a tecnologia
desses centros traria um grande ganho em segurança no trânsito”, relaciona.
A mesma lei discorreu sobre um tema controverso e cada vez mais em voga: o
uso indiscriminado do celular. Desde novembro de 2016, há duas possibilidades de
autuação nesse sentido. A primeira delas continua a ser infração aos que fizerem uso
do celular, mesmo em viva voz. Já a segunda se aplica aos casos em que o motorista
segurar ou manusear o dispositivo, infração considerada gravíssima, com sete pontos
na carteira.
O CONTRAN
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• Ministério do Meio Ambiente;
• Ministério dos Transportes;
• Ministério das Cidades; Ministério da Saúde.
As competências do CONTRAN estão estabelecidas no artigo 12 do CTB: Art.
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O registro e a vistoria de Ao Município cabe o Poderá atuar na fiscalização de
veículos, o processo de planejamento, a trânsito, na condição de agente,
habilitação de motoristas e a quando houver convênio firmado,
arrecadação das multas e dos regulamentação, a sinalização com o órgão executivo de trânsito
valores relacionados com sua e operação das vias, urbano ou rodoviário, sem prejuízo
competência, constituem suas de suas atribuições constitucionais,
principalmente, no que tange à
principais atribuições (art. 21). devendo atuar de ofício nos crimes
circulação, estacionamento e de trânsito (art. 23)
parada, cabendo-lhe aplicar e
arrecadar multas e outros
valores ligados à sua
competência (art. 24)
Bicicletas
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Toda bicicleta deverá possuir além de sinalização noturna dianteira, traseira,
lateral e nos pedais, campainha e espelho retrovisor do lado esquerdo (art. 105, inciso
VI).
Os ciclistas desmontados empurrando as bicicletas equiparam-se ao pedestre,
podendo, neste caso, trafegarem pela calçada (art. 68, § 1º).
Transporte escolar
Crianças
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Educação para o trânsito
Pedestres
Habilitação
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O Código de Trânsito Brasileiro estabeleceu as seguintes categorias de
habilitação (art. 143):
CATEGORIA VEÍCULO
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VIA DESCRIÇÃO VELOCIDADE Km/h
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Quebra-molas
5 CRIMES DE TRÂNSITO
CRIME ARTIGO
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Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, 308
disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada
pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada.
Dirigir veículo automotor em via pública sem a devida Permissão para Dirigir 309
ou Habilitação ou ainda se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de
dano.
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à
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vítima do acidente;
Multa reparatória
Fonte: qcveiculos.com.br
6 PENALIDADES ADMINISTRATIVAS
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• Cassação da Permissão para Dirigir;
• Frequência Obrigatória em Curso de Reciclagem;
As multas
Dirigir com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão 162, III Gravíssima R$880,41
para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo
Dirigir sem usar lentes corretoras de visão, aparelho 162, VI Gravíssima R$293,47
auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do
veículo impostas por ocasião da concessão ou da
renovação da licença para conduzir:
Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do 164 Gravíssima R$293,47 a
art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a R$1.467,35
conduzi-lo na via.
Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia 165-A Gravíssima R$2.934,70
ou outro procedimento que permita certificar influência de (suspende a
álcool ou outra substância psicoativa, na forma
estabelecida pelo art. 277. CNH)
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Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, 166 Gravíssima R$293,47
mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não
estiver em condições de dirigi-lo com segurança.
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Condutor envolvido em acidente não facilitar o trabalho de 176, III Gravíssima R$1.467,35
perícia. (suspende a
CNH)
Reparar veículo na faixa de rolamento quando for possível 179, I Grave R$195,23
a remoção.
Reparar veículo nas demais vias quando for possível a 179, II Leve R$88,38
remoção.
Ter seu veículo imobilizado na via por falta de 180 Média R$130,16
combustível.
Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (mais de 181, III Grave R$195,23
1m).
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Estacionar o veículo em desacordo com o CTB. 181, IV Média R$130,16
Estacionar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. 181, XIV Grave R$195,23
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Estacionar o veículo pesado em aclive ou declive sem 181, XVI Grave R$195,23
calço.
Estacionar o veículo em locais proibidos (placa – proibido 181, XVIII Média R$130,16
estacionar).
Estacionar o veículo em locais proibidos (placa proibido 181, XIX Grave R$195,23
parar e estacionar).
Parar o veículo afastado da guia da calçada (50cm – 1m). 182, II Leve R$88,38
Para o veículo afastado da guia da calçada (mais de 1m) 182, III Média R$130,16
Parar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. 182, VIII Média R$130,16
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Parar o veículo na contramão de direção. 182, IX Média R$130,16
Parar o veículo em locais proibidos (placa – proibido parar). 182, X Média R$130,16
Transitar na faixa direita, exclusiva para um tipo de veículo. 184, I Leve R$88,38
Transitar pela contramão em via de mão dupla, salvo 186, I Grave R$195,23
ultrapassagem.
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Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de 189 Gravíssima R$293,47
batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de
polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às
ambulâncias, quando em serviço de urgência e
devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitentes.
Transitar em marcha à ré, salvo para pequenas manobras 194 Grave R$195,23
seguras.
Não mudar de pista com antecedência para dobrar. 197 Média R$130,16
Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado. 198 Média R$130,16
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Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo 200 Gravíssima R$293,47
parado para embarque.
Ultrapassar pela contramão veículo em pontes, viadutos ou 203, III Gravíssima R$1.467,35
túneis.
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Executar retorno nas curvas, aclives, declives, pontes, 206, II Gravíssima R$293,47
viadutos e túneis.
Executar retorno passando por local proibido (calçadas, 206, III Gravíssima R$293,47
ciclovias, etc.0
Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem 209 Grave R$195,23
sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às
Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea. 212 Gravíssima R$293,47
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Deixar de parar o veículo por agrupamento de veículos 213, II Grave R$195,23
(cortejos).
Não deixar pedestre concluir a travessia, mesmo com sinal 214, II Gravíssima R$293,47
verde.
Deixar de dar preferência nas interseções com sinalização 215, II Grave R$195,23
de “dê a preferência”.
Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar 217 Média R$130,16
preferência de passagem a pedestres e a outros veículos.
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Transitar em velocidade superior a 50% da máxima 218, III Gravíssima R$880,41
permitida. (suspende a
CNH)
Deixar de reduzir a velocidade onde o trânsito esteja sendo 220, II Grave R$195,23
controlado por agente.
Deixar de reduzir a velocidade nas vias rurais cuja faixa de 220, V Grave R$195,23
domínio não esteja cercada.
Deixar de reduzir a velocidade nos trechos com obras ou 220, VII Grave R$195,23
trabalhadores na pista.
Deixar de reduzir a velocidade sob chuva, neblina, cerração 220, VIII Grave R$195,23
ou ventos fortes.
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Deixar de reduzir a velocidade ao se aproximar de animais 220, XI Grave R$195,23
na pista.
Deixar de reduzir a velocidade perto de escolas, hospitais, 220, XIV Gravíssima R$293,47
estações de embarque e desembarque de passageiros ou
onde haja intensa movimentação de pedestres.
Transitar com o farol desregulado ou com luz alta. 223 Grave R$195,23
Fazer uso de luz alta em vias providas de iluminação 224 Leve R$88,38
pública.
Deixar de sinalizar a via quando tiver de remover o veículo 225, I Grave R$195,23
da pista ou permanecer no acostamento.
Deixar de sinalizar a via quando a carga for derramada 225, II Grave R$195,23
sobre a via.
Deixar de retirar objeto que tenha sido utilizado para 226 Média R$130,16
sinalização temporária da via.
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Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer 227, II Leve R$88,38
pretexto.
Usar buzina entre as vinte e duas e as seis horas. 227, III Leve R$88,38
Usar som no veículo em volume não autorizado pelo 228 Grave R$195,23
CONTAN. (retenção do
veículo para
regularização)
Usar alarme ou aparelho que produza sons e ruído que 229 Média R$130,16
perturbem o sossego público.
Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de 230, IV Gravíssima R$293,47
identificação.
Conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente 230, V Gravíssima R$293,47
licenciado.
41
Conduzir o veículo com a cor ou característica alterada. 230, VII Grave R$195,23
Conduzir o veículo não inspecionado, quando obrigatório. 230, VIII Grave R$195,23
Conduzir o veículo com registrador de velocidade viciado 230, XIV Grave R$195,23
ou defeituoso, quando obrigatório.
Conduzir o veículo com vidros cobertos por películas, 230, XVI Grave R$195,23
painéis decorativos ou pinturas.
Conduzir o veículo com cortinas ou persianas fechadas, 230, XVII Grave R$195,23
não autorizadas pela legislação.
42
Conduzir o veículo sem acionar o limpador de para-brisa 230, XIX Grave R$195,23
sob chuva.
Conduzir o veículo de carga sem inscrição da tara e demais 230, XXI Média R$130,16
previstas no CTB.
Transitar produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis 231, III Grave R$195,23
superiores aos fixados pelo CONTRAN.
Transitar com o veículo com lotação excedente. 231, VII Média R$130,16
43
Efetuar transporte remunerado de passageiros sem 231, VIII Média R$130,16
autorização.
Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas 235 Grave R$195,23
do veículo.
Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em 236 Média R$130,16
casos de emergência.
44
Deixar de atualizar o cadastro de registro de veículo ou de 241 Leve R$88,38
habilitação do condutor.
Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro, 242 Gravíssima R$293,47
licenciamento ou habilitação.
Conduzir moto sem usar capacete com viseira ou óculos e 244, I Gravíssima R$293,47
vestuário de acordo com o CONTRAN. (suspende a
CNH)
Conduzir moto sem segurar o guidom com ambas as mãos. 244, VII Grave R$195,23
45
Utilizar a via para depósito de mercadorias, meterias ou 245 Grave R$195,23
equipamentos, sem autorização.
Não acender as luzes de posição à noite quando estiver 249 Média R$130,16
parado para embarque ou carga de mercadorias.
Deixar de manter acesa a luz baixa a noite. 250, I, “a” Média R$130,16
Deixar de manter acesa a luz baixa de dia, nos túneis e 250, I, “b” Média R$130,16
nas rodovias.
Veículo de transporte coletivo deixar de manter acesa a luz 250, I, “c” Média R$130,16
baixa de dia e de noite, circulando em faixas ou pistas a
eles destinadas.
Deixar de manter acesa a luz baixa de dia e de noite, 250, I, “d” Média R$130,16
tratando-se de ciclomotores.
Deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição 250, II Média R$130,16
sob chuva forte, neblina ou cerração.
Deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite. 250, III Média R$130,16
46
Dar sinal de luz, salvo para alertar ultrapassagem. 251, II Média R$130,16
Dirigir o veículo com incapacidade que comprometa a 252, III Média R$130,16
segurança do trânsito.
Dirigir usando calçado que não se firme nos pés ou que 252, IV Média R$130,16
comprometa a utilização de pedais.
Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, salvo quando 252, V Média R$130,16
necessário.
Usar veículo para interromper a circulação da via sem 253-A Gravíssima R$5.869,40
autorização. 20x
É proibido ao pedestre cruzar a pista nos viadutos, pontes, 254, II Leve R$44,19
ou túneis, salvo onde exista permissão.
47
É proibido ao pedestre atravessar a via dentro das áreas de 254, III Leve R$44,19
cruzamento, salvo sinalizado.
É proibido ao pedestre usar a via para evento (passeata) 254, IV Leve R$44,19
sem autorização.
Conduzir bicicleta em calçada onde não seja permitida a 255 Média R$130,16
circulação desta, ou de forma agressiva.
Fonte: doutormultas.com.br
48
Cassação da habilitação
INFRAÇÃO ARTIGO
49
Medidas administrativas
Da responsabilidade
Álcool
50
mudanças se deu no Artigo 302, que dispõe sobre “homicídio culposo na direção de
veículo automotor”, ou seja, trata apenas de casos de acidentes com vítimas.
O texto assinado pelo presidente acrescentou ao artigo 302 um terceiro
parágrafo, que prevê aumento de penas a quem provoca acidentes automobilísticos
com morte “sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que
determine dependência”. Com a nova lei, as punições, que antes variavam entre 2 e
4 anos, agora partem de 5 anos e podem chegar a 8 anos, além da suspensão do
direito de obter habilitação para dirigir.
Fonte:
dc.rbsdirect.com.br
51
Viaturas policiais e veículos prestadores de serviço de utilidade pública
Produtos perigosos
52
3 Líquido Inflamável 8 Produto corrosivo
Fonte: www.hazmatnews.com.br
53
7- Comunique com a Pró-Química, através do telefone
0800118270, cuja ligação é gratuita para qualquer parte do Brasil. A Pró-
Química mantém plantão durante as 24 horas do dia.
8- Comunique com as autoridades do local do acidente,
principalmente se houver risco de contaminação de pessoas ou do meio
ambiente.
9- Comunique com a Defesa Civil.
54
7 BIBLIOGRAFIA
CORRÊA, Douglas. Lei seca: multa ficará mais pesada para quem for pego
alcoolizado ao volante. Disponível em
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-10/lei-seca-multa-
maispesadapara-quem-pego-ao-volante-alcoolizado> Acesso dia 30/05/2017.
HOFFMANN, Maria Helena; CRUZ, Roberto Moraes; ALCHIERI, João Carlos.
55
Comportamento humano no trânsito. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
MACEDO, Gislene Maia de. Estudo das relações entre o nível de habilidade e
direção segura, a irritabilidade e o cometimento de violações e erros do
motorista e o seu possível envolvimento em acidentes de trânsito. Tese de
Doutorado. Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo: São Paulo, 2004.
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