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Coloides
Substâncias que não se separam sob a ação da gravidade, mas é
possível separá-las usando filtros extremamente finos ou processos de
coagulação.
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Coloides Estão sujeitos
à coagulação
• Do ponto de vista enérgico:
Coloides Coloides
reversíveis irreversíveis
Termodinamicamente estáveis Termodinamicamente instáveis
(proteínas, amidos, polímeros cadeias (argilas, óxidos metálicos,
longas) microrganismos)
1. Grupos presentes na superfície sólida podem, ao reagir com a água, receber ou doar
prótons
Substancias orgânicas contendo grupo carboxílico e Óxidos insolúveis, como a sílica e silanol (SiOH)
aminas
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Sendo a carga superficial dependente do pH da solução.
Origem da carga superficial
2. Grupos superficiais podem reagir na água com outros solutos além de
prótons
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Origem da carga superficial
3. Imperfeições na estrutura da partícula (substituição isomórfica), que são
responsáveis em grande parte pelas cargas das argilas minerais
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Potencial zeta
Equação de Smoluchowski (utiliza a mobilidade
eletroforética para determinar o potencial
zeta): O Potencial Zeta não pode ser
medido diretamente, por isso é
4𝜋 .𝜗 𝑀 calculado através do rastreamento do
ζ= 5
= 1,256 . 10 . 𝜇 (𝑒𝑚 𝑚𝑉) movimento de partículas carregadas
𝐸 .𝐷 𝐷
em um campo de tensão, chamada
mobilidade eletroforética (M).
onde,
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Por que o potencial zeta é importante?
• Quanto maior o potencial zeta mais provável que a suspensão seja estável, pois as
partículas carregadas se repelem umas às outras e essa força supera as forças de
van der Waals, as quais promovem agregação.
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O potencial zeta diminui
com o aumento da
concentração iônica
(eletrólitos)
• Reduz a concentração
de íons na camada
difusa
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Mecanismos de coagulação
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Compressão da dupla camada elétrica
Uso de eletrólitos indiferentes (que não
tem características de hidrólise ou de
adsorção, por exemplo cloreto de sódio,
de cálcio)
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Compressão da dupla camada elétrica
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Adsorção e
neutralização de cargas
Se um agente coagulante que tenha carga
contrária ao do coloide for adsorvido em
sua superfície, a carga resultante será
neutra, desestabilizando-o.
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Varredura Varredura
Formação de
precipitados
Adsorção e
Neutralização
de cargas
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Adsorção e formação de pontes
Caracteriza-se pelo uso de polímeros de grandes cadeias moleculares (massa molar >
106), servindo de ponte entre a superfície a qual estão aderidas e outras partículas.
Frequentemente usada em
conjunto com a neutralização
da carga, fazendo crescer
rapidamente os flocos
resistentes às forças de
cisalhamento que provocam a
ruptura.
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Diagramas de
coagulação
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Remoção de
turbidez
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Diagrama de coagulação Mendes (1989)
Unidade de mistura rápida com ressalto hidráulico
Ressalto hidráulico ocorre quando a corrente liquida passa do regime rápido (supercrítico)
para o tranquilo (subcrítico), com a profundidade da água passando de menor para maior
que a profundidade crítica.
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Ressalto hidráulico
O ressalto hidráulico pode ser classificado em função do Número_de_Froude (Fr).
Seguindo o exposto em Chow (1973,2009), tem-se a seguinte classificação:
a) Se 1<Fr<1,7: ressalto hidráulico ondulado. Neste caso não se tem o ressalto propriamente dito, mas sim a
formação de ondas que se propagam para jusante. A dissipação de energia é muito pequena, de modo que o
ressalto não é empregado como dissipador;
b) Se 1,7<Fr<2,5: ressalto hidráulico fraco. Pouca energia é dissipada. Uma série de pequenos vórtices é
formada sob a superfície livre na região do ressalto e a região a jusante do ressalto permanece
aproximadamente uniforme e lisa;
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c) Se 2,5<Fr<4,5: ressalto oscilante. Para este intervalo de Fr1, o ressalto apresenta uma superfície livre com
ondulações e ocorre a formação de ondas que podem se propagar para jusante sobre longas distâncias. Este
fenômeno pode causar erosões em alguns tipos de canais
d) Se 4,5<Fr<9,0: ressalto estável. Este tipo de ressalto é empregado como dissipador de energia em bacias de
dissipação. Aproximadamente 45 a 70% da energia total a montante do ressalto é dissipada ao longo de sua
extensão;
e) Se Fr>9,0: ressalto forte. Este tipo de ressalto não é empregado como dissipador de energia porque há o risco
de ocorrência de erosões significativas em função da elevada turbulência.
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Ressalto hidráulico
• De acordo com Richter (2009), o tipo de ressalto desejável para a mistura
rápida é o estável, com número de Froude entre 4,5 e 9.
Pode ser também aceito o salto
fraco, devendo se evitar o
ressalto ondulado e oscilante.
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Desenho esquemático de uma calha parshall e suas dimensões
Calha ou vertedor Parshall 30
Para mistura rápida em ressaltos
Recomendações Penna (1984), Di Bernardo e Penna (1985) e Coelho
(1989):
• Menor altura possível na lamina líquida da garganta, compatível com as vazões de
medição previstas;
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Tabela 1. Dimensões padronizadas de calha Parshall (cm), vazão (L/s)
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33
Exemplo (pg 339 Di Bernardo)
• Verificar as condições de mistura rápida de um calha Parshall para as
vazões de primeira e segunda etapa: Q1 = 1,3 m³/s e Q2 = 2,6 m³/s
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Equações
1. Vazões em calhas Parshall, com descarga livre na saída, é dada pelas seguintes
equações, nas quais Q (m³/s) e a largura nominal da garganta (w) em m.
𝒗𝒂𝟐
Ea = Ha + + N (m) Equação 4
𝟐𝒈
37
Equações
6. Ângulo:
−𝒈 𝑸
cosƟ= (graus) Equação 6
𝒘 𝟎,𝟔𝟕 𝒈 𝑬𝒂 𝟏,𝟓
onde:
g é aceleração da gravidade (m/s²)
9. Número de Froude:
𝑽𝟏
𝑭𝒓 = Equação 9
𝒈. 𝒚𝟏
10. Altura no final do ressalto (assumindo que se tenha canal na seção retangular
com fundo horizontal)
y1
y3 = 𝟐
𝟏 + 𝟖𝑭𝒓𝟐 − 𝟏 (m) Equação 10
𝑸
V2 = (m/s) Equação 12
𝑪 𝒚𝟐
39
Equações
13. Perda de energia
En = Ea – E2 (m)
Equações 13
𝒗𝟐𝟐
E2 = + 𝒚𝟐 + (𝑵 − 𝑲)
𝟐𝒈
onde: N e K é tabelado
40
Equações
Onde:
γ = 9.980 kg/m³ (peso específico)
µ = 1,167x10-3 N.s/m² (viscosidade
absoluta da água) 41
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Gradiente e tempo de mistura rápida NBR 12216
NBR 12216:
• Gradientes de velocidade de 700 s-1 a
1100 s-1,
• Tempo de mistura < 5 s;
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Demais unidades de mistura rápida com
ressalto hidráulico
• Vertedor retangular (pag. 330 Di Bernardo)
• Resolver exemplo
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Unidades mecanizadas de mistura rápida
Os agitadores de turbina são classificados pelo tipo de fluxo produzido:
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Tipo de
agitadores
usados na
mistura rápida
mecanizada
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Relação entre numero de potencia (ou Ktb) e o numero de Reynolds
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Recomendações NBR 12216
b) períodos de detenção inferiores a 2 s exigem que o fluxo incida diretamente sobre as pás
do agitador;
c) o produto químico a ser disperso deve ser introduzido logo abaixo da turbina ou hélice
do agitador.
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Exemplo (pag 357 Di Bernardo)
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São recomendadas as seguintes relações entre as dimensões da câmera
e do rotor:
𝐿𝑐
• 2,7 ≤ ≤ 3,3 Anteparos
𝐷𝑡𝑏
𝐷𝑡𝑏
• Btb =
4
𝐷𝑡𝑏
Diâmetro (Dtb)
• btb =
5
Comprimento da paleta Largura da
Largura dos (Btb) paleta (btb)
• Le = 0,1 Dtb anteparos (Le)
𝐻𝑢
• 2,7 ≤ ≤ 3,9
𝐷𝑡𝑏
Profundidade
Lado em planta (Lc) Distancia entre a turbina e a
útil (Hu)
ℎ𝑓 base da câmera (hf)
• 0,75 ≤ ≤ 1,3 51
𝐷𝑡𝑏
Potência NBR 12216
A potência fornecida à água por agitadores mecânicos deve ser
determinada pela expressão:
P = μ Vc G2 Equação 17
onde:
P = potência, em W ou N·m/s
μ = viscosidade dinâmica, em Pa.s ou N.s/m²
G = gradiente de velocidade, em s-1
Vc = volume útil do compartimento, em m³
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Equação geral usada para o dimensionamento do agitador usado em unidades de
mistura rápida mecanizadas:
No caso de rotor tipo turbina de paletas
Pu = Ktb ρa Nr3 Dtb5 Equação 18 planas, com escoamento radial, o valor de
Ktb tem sido adotado igual a 5.
onde:
Pu = potencia introduzida na agua (Nm/s)
Ktb = coeficiente que depende do tipo de
rotor e das características da câmera em
que o agitador esta instalado;
ρa = massa especifica da água (kg/m³); Potência do motor (Pm):
Nr = rotação (rps)
Dtb = diâmetro do rotor ou turbina (m) Pm = 2 Pu Equação 19
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