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Objetivos
1
Protocolo especialmente elaborado como subsídio para os cursos de pós-graduação em psicopedagogia. Para a boa aplicação, este
material deve estar acompanhado de estudo em suas fontes, garantindo, assim, uma boa aplicação e interpretação dos dados.
2
Pedagoga pela PUC-SP (1984); Especialização em Psicopedagogia pelo Sedes Sapientiae de São Paulo (2000); Mestre em
Educação pela Unesp/ Marília (2001); Formação psicopedagógica pelo EPISIBA/Argentina (2009) e Terapeuta Familiar pelo
CEOAFE/SP (2018).
1. Receber a queixa espontânea da família sobre o paciente. No caso de
continuidade, abrir espaço para se inteirar do que já foi feito e o que ainda está
por fazer na percepção dos pais.
2. Procurar saber sobre as expectativas quanto ao trabalho psicopedagógico.
3. Apresentar em linhas gerais a área da psicopedagogia clínica e o que ela se
propõe, assim como as regras da instituição.
4. Estabelecer contrato da parceria.
Como realizar
1º Momento
CASO NOVO
O psicopedagogo abre espaço para ouvir o que os trazem ao serviço da psicopedagogia.
A ordem de abertura não é sempre igual, ainda que em geral leve em conta o fazer
referência a alguma situação que permite abrir o espaço de confiança necessário para a
tarefa.
Observações:
Ao escutar a queixa, levar em consideração:
A queixa não é apenas uma frase falada no primeiro contato, ela precisa
ser escutada ao longo de diferentes sessões diagnósticas, sendo
fundamental refletir-se sobre o seu significado.
“Algumas vezes, a queixa da escola, apontada como motivo manifesto, é
repetida pelos pais sem qualquer elaboração (...). Ao longo do processo,
ela vai se transformando e se revelando de menor importância, ao mesmo
tempo em que vai surgindo um motivo latente que realmente mobilizou
os pais para a consulta.”(WEISS, 2000 p.45)
É claro que, apesar de ter solicitado a consulta e assumindo as
consequências, os pais apresentem obstáculos e resistências à ação do
psicólogo. (PAÍN, 1985)
Os pais precisam sentir-se protegidos, e somente percebendo uma boa
escuta, não crítica, terão o espaço de confiança necessário e terapêutico.
Nossa função não é julgar se foram bons ou maus pais, mas favorecer e
expressão, criando um clima afetuoso e compreensivo. (FERNÁNDEZ,
2000 p. 145)
O enquadre da situação de consulta, por si mesmo, translada o lugar de
conhecimento dos pais para o terapeuta. Como psicopedagogos, devemos
sair desse lugar, para que se mobilize a circulação do conhecimento no
grupo familiar (FERNÁNDEZ,1991)
Ao receber a queixa,
observar a formulação da demanda, quem a diz, o que quer dizer, por que
diz, o que significa o que está sendo dito e por que isto é importante.
Estar atenta ao significado do sintoma na família:
a via pela qual o paciente chegou até nós;
a ansiedade demonstrada pelo solicitante;
ao objetivo dos pais: consulta ou tratamento;
a linguagem e os giros idiomáticos, pois eles revelam dificuldades em
receber, conservar, devolver ou nos mostram que algo está paralisado e
o que os pais pensam ser causa do problema que o(a) filho(a) enfrenta.
Observar o nível de comunicação da família ou cuidadores e como eles se
relacionam
com o sintoma:
como um se refere ao outro;
como a palavra é utilizada;
qual é o papel que cada um define para si e para o outro na vida familiar
e social e como cada um assume este papel e como o paciente participa
desta triangulação. (PAÍN, 1985)
Caso seja necessário, aclarar a queixa pedindo exemplos situações, cenas etc.
2º Momento
3º Momento
Referências
WEISS, Maria Lúcia Lemme. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos
problemas de aprendizagem. 7 ed Rio de Janeiro: DP&A, 2000.