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Chantal Fernando
Toxic Girl
Livro Único
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~2~
AVISO
A tradução em tela foi efetivada pelo Grupo de Traduções Pepper
Girl de forma a propiciar ao leitor o acesso à obra, incentivando-o à
aquisição integral da obra literária física ou em formato e-book. O grupo
tem como meta a seleção, tradução e disponibilização apenas de livros
sem previsão de publicação no Brasil, ausentes de qualquer forma de
obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos
autorais e contratuais de autores e editoras, o grupo, sem prévio aviso e
quando julgar necessário poderá cancelar o acesso e retirar o link de
download dos livros cuja publicação for veiculada por editoras
brasileiras.
~3~
SINOPSE
Todo mundo tem segredos.
Mas acabou que manter o meu segredo não era tão fácil como eu
pensava que seria.
~4~
Prólogo
Eu aperto meus olhos fechados por um segundo, reunindo
coragem.
Por quê?
Porque é incrível o que você pode fazer quando você não tem
escolha.
~5~
Capítulo Um
Aperto a correia da minha mochila, engatando-a mais acima no
meu ombro. Dizer que eu estava oprimida era um eufemismo. Há pouco
mais que eu podia fazer a não ser olhar com os olhos arregalados para a
unidade que eu havia sido transferida. Estou no meu segundo ano,
nova na cidade, e só conheço uma pessoa - minha companheira de
quarto, Anaya. Nós estamos compartilhando um apartamento de dois
quartos a cerca de cinco minutos a pé daqui. O lugar não é nada para
se gabar, mas é a nossa casa por enquanto.
~6~
— Eu sou Grayson, — ele diz, olhando para mim. Sua expressão
aberta e curiosa, procurando.
Eu pisco uma vez, não respondo. Abro minha boca para dizer
alguma coisa, mas não sai nada.
— Limites, — eu disse.
— História antiga é por aquele caminho, Paris, — ele diz com uma
risada. Eu me viro e o vejo apontando na direção oposta. Vermelha, me
viro e vou para onde ele estava apontando.
*****
~7~
Me sento no primeiro lugar vago que eu encontro no fundo da
sala, mantendo meus olhos para baixo e não olho para ninguém. Eu
não preciso de nenhuma atenção; eu tenho mais que suficiente, após o
horário escolar. Alguém está sentado à mesa ao meu lado, mas eu não
olho para cima ou até mesmo arrisco um olhar.
— Que bom que você guardou um lugar para mim, — veio uma
voz profundamente familiar. Seu perfume invade mais uma vez os meus
sentidos.
Grayson.
— Isso você fez, — diz ele. Ele vira seu corpo em direção a mim. —
Que aula você tem depois dessa?
— Seus pais te chamaram disso por uma razão, — ele diz, dando
de ombros.
~8~
— É essa a sua versão de uma cantada? — eu pergunto,
puxando meu caderno e abrindo. Tudo organizado em categorias de cor
codificadas. Do jeito que eu gosto.
~9~
— O que foi? — ele pergunta, franzindo as sobrancelhas em
confusão.
Ele luta contra um sorriso. — Não, você não tem nada em seu
rosto.
— Então o que é?
~ 10 ~
Ele sorri. — Eu estou, e se eu não estivesse, estaria agora.
*****
Finalmente eu viro a cabeça para olhar para ele. Ele está sentado
contra a árvore com uma perna esticada e a outra dobrada. Seu braço
está pendurado para fora da perna dobrada, com uma bebida na mão.
~ 11 ~
Eu pego minha garrafa de água e desenrosco a tampa. — Estou
vendo.
— Merda, — ele diz, eu olho para cima para ver seu rosto cair
momentaneamente.
~ 12 ~
— Como solteira? — ele pergunta, sorrindo.
— Ei, Grayson, — diz uma voz feminina. Eu olho para cima e vejo
duas meninas na nossa frente, sorrindo para Grayson, e olhando para
mim, talvez insinuando para uma introdução e me avaliando, ao mesmo
tempo. Isso é exatamente o que eu não queria. Eu prefiro manter o
anonimato. Seria mais fácil dessa maneira, porque eu não quero que as
pessoas me reconheçam ou sabem onde eu trabalhava. Parece que
Grayson está se tornando uma exceção.
~ 13 ~
— Olá, — diz Leah, me dando um sorriso genuíno. — Nós vamos
ver Dylan. Você vem? — ela pergunta.
— Eu tenho que ir, mas eu te vejo por aí, — diz ele, se levantando
e escovando a grama fora de seu jeans. — Guarda um lugar para mim,
— acrescenta ele, piscando antes de seguir sua irmã. Ver ele por aí?
Meu plano para hoje era manter minha cabeça para baixo, estudar pra
caramba, e não chamar a atenção para mim. Eu suspiro, jogando o
resto do meu almoço fora, e pego minha bolsa.
~ 14 ~
Capítulo Dois
Eu sou daquelas pessoas que não conseguem obter boas notas
sem estudar. Eu gostaria de ser capaz de ficar tranquila e relaxar, até
meu exame, mas eu não sou tão sortuda, e nem muito esperta. Eu
fecho meu livro depois de duas horas de estudo. Li até coisas que nem
sequer nos foi passado hoje. Sendo o primeiro dia, foi principalmente
trabalho de introdução, que cobria o programa do curso. Eu decidi ler
sobre o trabalho da próxima semana, assim eu realmente saberia o que
estava acontecendo.
— Não há nenhuma razão. Essa noite eu vou ficar com Paul. Vejo
você amanhã. Que horas você tem aula? — pergunta ela. Paul é o atual
namorado de Anaya. Eu tento esconder minha expressão feliz, porque
ela não vai estar em casa esta noite. De fato, durante a última semana,
ela esteve com Paul mais frequentemente do que aqui, e funcionava
muito bem para mim.
Perfeitamente, verdade.
~ 15 ~
Hesito antes de concordar. — Claro, parece bom.
*****
Seus olhos caem para meus lábios. — Você tem um pouco... — ele
trilha, olhando.
~ 16 ~
boca com as costas da minha mão. Eu pensei que eu tinha tirado tudo
isso, mas acho que eu estava errada. Espero que meus olhos não
tenham qualquer preto em torno deles a partir do delineador e rímel
que eu usei na noite passada.
— Você não tem que fazer isso, — ele diz, franzindo a testa. — Eu
não quis dizer nada de mal com isso...
Ele franze a testa. — Você está certa; teria. Mas eu achei que...
Ele fica em silêncio por cerca de dez minutos antes de ele começar
a falar novamente. — Você mora com seus pais?
~ 17 ~
— Será que ela vai me deixar entrar? — ele brinca, tentando
aliviar o clima.
Não havia como negar que Grayson despertou algo em mim. Mas
não era a hora de me envolver com ninguém.
******
Paris!
~ 18 ~
Eu rio. — Eu sei. Mas tudo isso é um perigo desconhecido, — eu
brinco. Ou pelo menos tento fazer uma piada.
Seu rosto cai um pouco, eu quero mudar de ideia e dizer que sim,
mas eu não faço isso. Em vez disso, eu sorrio e digo: — Eu te vejo
amanhã.
— Você vai fazer isso difícil para mim, não é? — ele pergunta,
sorrindo então suas covinhas aparecem.
~ 19 ~
— Você não tem que responder agora, — diz ele, sorrindo para
mim. Ele se inclina para frente e diz em voz baixa: — Eu sou um
homem muito paciente.
Com isso, ele se vira e monta sua moto. Eu não fico observando
ele ir embora; em vez disso, eu viro e vou para casa, seus comentários
repetindo mais e mais na minha cabeça.
~ 20 ~
Capítulo Três
No dia seguinte, vou almoçar debaixo de uma árvore, quando
Grayson junta se a mim. — Será que isso vai ser o nosso local de
almoço para o resto do semestre? — pergunta ele casualmente, se
sentando e puxando para fora uma maçã vermelha.
— Como o quê?
~ 21 ~
que estar por perto de Grayson não está me ajudando a atingir meu
objetivo de ser invisível.
— Eu vou esperar que você me diga que você quer sair comigo, —
ele acrescenta, mordiscando o lábio inferior.
~ 22 ~
— Você não pode falar uma música aleatória, você tem que
prometer que é a sua música realmente favorita de todos os tempos, —
ele diz seus olhos escuros brilhando com humor.
Ele inclina a cabeça e parece que ele está pensando. — Sim. Acho
que deveríamos. Eu sei que você não quer esse encontro, — ele diz, com
um olhar divertido.
O quê? Sem chance nem no inferno ele escutaria isso. Ele rola
para baixo em seu iPod e toca a música. Bem, merda.
— Parece bom para mim, — diz ele. — Então, onde você trabalha?
— pergunta ele, depois de alguns momentos de silêncio. Por que eu fiz a
menção de trabalho? Às vezes, eu falo sem pensar.
~ 23 ~
desinteressada, mas Grayson ainda parece ansioso para me
conhecer. Por quê? Isso me faz um pouco suspeita, porque eu não
consigo entender por que ele está tão interessado em mim. Havia tantas
meninas bonitas ao redor, e eu sei que não seria difícil ele obter
atenção.
— Ok, — eu digo.
— E Paris?
~ 24 ~
— Hummm, tudo bem.
*****
Brody nunca falou sobre isso comigo. Nos mudamos de volta para
a nossa casa de família, que tinha sido alugada durante todo esse
tempo. Brody pagou todas as contas, até London e eu tivéssemos idade
suficiente para trabalhar em empregos em tempo parcial para
ajudar. Tudo estava indo bem até que Brody conheceu Elizabeth. Eles
se casaram dentro de seis meses, e London e eu o saímos um mês
depois disso. Elizabeth deixou claro que não éramos bem-vindas. Não
sei se Brody sabia a extensão da sua malícia. Como alguém tão amável
como meu irmão acabar com uma bruxa como ela, eu nunca vou
entender. London e eu realmente nunca entendemos isso, mesmo
quando crianças, e sem Brody lá para nos manter juntas, nós seguimos
nossos caminhos separados.
~ 25 ~
acabou por ser um total idiota. Eu queria terminar o meu diploma para
que eu pudesse conseguir um bom emprego, e eu precisava
desesperadamente de dinheiro extra. Toxic era um clube de strippitize
bem conhecido, com vários locais diferentes. Meninas toxics são
conhecidas por serem bonitas e talentosas. Eles não aceitavam
qualquer uma para trabalhar nos clubes, e isso só me relatou um fato,
não podia ser egoísta. Com o meu cabelo comprido branco loiro,
grandes olhos azuis, vamos apenas dizer que me acolheu de braços
abertos. Quando Brody descobriu onde eu trabalhava, ele me
cortou. Ele disse que nunca mais queria me ver novamente. Tenho
certeza de que Elizabeth o mandou fazer isso, mas de qualquer forma,
eu dei a ele o que ele pediu.
Desde então não falei com ele. Doeu e ainda dói até hoje, mas a
vida continua.
~ 26 ~
— Ok, obrigada, — eu respondo, minha voz morta até mesmo
para os meus próprios ouvidos. Eu me levanto me esquecendo como me
tornar Snow. Eu bloqueio tudo e me concentro em apenas uma
coisa; no desempenho. Eu tomo algumas respirações profundas, e
depois mando para baixo uma dose tequila. Estremeço quando o líquido
desliza na minha garganta, mas eu preciso da coragem líquida. Eu
arrumo meu batom, e depois saio para o palco.
~ 27 ~
Capítulo Quatro
~ 28 ~
Eu só espero que a noite passe depressa.
*****
Grayson.
Seria uma mentira dizer que eu não estava animada para o nosso
encontro. Ok, eu tenho borboletas apenas de pensar em nosso
encontro. Eu desligo o chuveiro me enrolo na toalha macia branca. Eu
conferi duas vezes meu rosto no espelho, pegando um produto de
limpeza para remover o restante das manchas negras debaixo dos meus
olhos. Então eu seco meu corpo e cabelo e coloco o meu pijama. Deslizo
para baixo dos meus lençóis, eu suspiro de contentamento. Meus pés
doíam de usar aqueles saltos ridiculamente altos, e não muito antes de
eu cair em um sono profundo.
*****
~ 29 ~
P.s: Vista algo casual.
~ 30 ~
Capítulo Cinco
Preocupada, mordo meu lábio inferior, eu olho para a minha
roupa no espelho. Grayson disse casual, por isso opto por jeans
desbotado e um top azul de seda. Eu ouço uma batida na porta, então
rapidamente aliso meu cabelo mais uma vez antes de sair do meu
quarto. Anaya atende a porta, e eu posso ouvi-la dizer algo e depois
sorrir. Grayson entra segundos depois.
Anaya olha para mim. — Você não me disse que ia sair com
Grayson, — disse ela, mexendo as sobrancelhas para mim. Ela olha
para Grayson. — Seja bonzinho com ela.
~ 31 ~
— Contanto que você perceba. — acrescento secamente, olhando
para frente quando ele puxa para fora e dirige para a estrada
principal. — Você vai me dizer para onde estamos indo? — pergunto,
brincando com a barra da minha blusa.
— Ainda não, mas você está perfeita. Linda como sempre, — ele
diz, piscando com um sorriso antes de olhar de volta para a estrada.
~ 32 ~
enorme casa térrea. Quando ele estaciona o carro, eu abro minha boca
e, levanto o dedo no ar.
~ 33 ~
— Por que eu não faço a salada, e você lida com os bifes? — eu
ofereço. Grayson me dá um sorriso tímido e acena, parecendo
agradecido.
— Bem, eu estou feliz que você veio, — diz ele em voz baixa.
Assim como eu. Estou realmente feliz por ter vindo esta
noite. Estava prestes a dizer isso a ele quando ele coloca seu dedo
indicador contra os meus lábios. Ele olha nos meus olhos, conectando
seus olhos escuros com luz, e se inclina para frente lentamente. Move o
dedo para longe, e o substitui com seus lábios suaves e cheios. Meus
olhos se fecham. O beijo é diferente de tudo que eu já tinha
experimentado. Seus lábios se movem contra os meus, exigindo, mas
ainda gentis. Seus dedos emaranharam nos meus cabelos, me puxando
mais para perto. Meus dedos encontraram suas costas musculosas,
cavando um pouco. Quando ele puxa para trás, eu fico confusa. E sem
equilíbrio. Eu engulo seco e limpo minha garganta. Eu ainda posso
sentir seu gosto em meus lábios, me deixando querendo mais. Grayson
~ 34 ~
inclina a cabeça, em silêncio, me estudando. Seus olhos quentes, eu
acho que vi um flash de perplexidade neles, mascarado quase que
instantaneamente. Ele me beija mais uma vez, desta vez na minha
testa. — Eu te prometi o jantar.
~ 35 ~
Capítulo Seis
Justin se ajusta mais uma vez, claramente apreciando o show. Eu
odeio fazer as danças privadas de colo. Odeio isso. Eu prefiro estar no
palco. Uma dança de colo era muito mais pessoal, e ao contrário de
quando eu estava no palco, eu podia ver os olhos da pessoa em mim.
Justin é um regular aqui, ele vem pelo ao menos uma vez por
semana. Ele me paga por uma dança no colo toda cada vez. Eu viro as
costas para ele, uma desculpa para não olhar para ele, e sedutoramente
balanço meus quadris. Eu levanto o meu cabelo do meu pescoço, e em
seguida, puxo um pouco a corda do meu top. Eu estendo minhas mãos
nas costas para retirar a última corda segurando meu top no meu
corpo. Ele cai no chão, meus mamilos com um pico devido ao ar frio. Eu
estremeço interiormente e viro o rosto para Justin. Ele lambe os lábios,
o olhar preso em meus seios. Você acha que ele nunca viu um par deles
antes. Eu continuo a dançar, me movendo ao ritmo da música. É quase
mecânico, cada movimento feito tantas vezes antes, eu nem tenho que
pensar nisso. A canção termina, e meu tempo da dança privada acabou.
— Eu fui uma boa menina, boas gorjetas hoje à noite, — diz ela,
sorrindo amplamente e puxando notas fora de seu top. — Você quer
sair? Desfrutar de uma noite na cidade? — ela pergunta, levantando
uma sobrancelha finamente arqueada.
~ 36 ~
Ela faz uma pausa. — Você é uma boa menina, Paris, — ela diz,
usando meu nome real pela primeira vez. Ela me pisca mais um sorriso
antes de sair do vestiário.
*****
~ 37 ~
— Sim, não dormi muito na noite passada.
Vou para o outro lado da cama e deslizo do lado dele. Assim que
minha cabeça bate no travesseiro, ele chega e me embala em seus
braços. — Eu poderia me acostumar com isso, — ele resmunga
sonolento. Eu também. Estava um pouco desconfortável no início,
deitada assim com ele, mas em breve eu ouvi sua respiração, e sabia
que ele estava dormindo. Por que ele veio aqui? Eu tinha que saber. Ele
estava obviamente cansado depois do trabalho. Será que ele não queria
ir direto para casa?
~ 38 ~
— Então, nós estamos? — veio uma voz sonolenta
divertida. Bem, que merda.
— Ei, — eu digo.
— Você tem um gosto tão bom, — ele diz, os olhos sorrindo para
mim.
Distração é fundamental.
~ 39 ~
Capítulo Sete
— Como é que você me convenceu a ir a essa festa? — pergunto a
Anaya pela terceira vez.
Seu namorado pode ficar com ciúmes de ver você falar com
todos esses caras.
~ 40 ~
covinhas. Ele me disse que me encontraria depois do trabalho, então
eu pensei que seria mais tarde.
~ 41 ~
— Porra, você é sexy, — ele sussurra em meu ouvido,
empurrando meu cabelo para trás e para o lado. Fico feliz por ele
pensar assim. A canção termina, e então eu noto Dylan ali de pé, os
braços cruzados, os olhos em mim. E ela não parece
feliz. Instantaneamente desconfiada, eu me lembro de perguntar a
Grayson qual era o problema com ela. Passamos o resto da noite
desfrutando da companhia um do outro. Quando chego em casa,
percebo alguma coisa. Eu precisava dizer a verdade a Grayson. Se
alguém dissesse a ele, eu poderia perdê-lo para sempre. Eu odiaria
perder o jeito que ele olhava para mim. A forma de seus olhos suaves e
gentil, como se eu fosse algo precioso para ele. Algo a ser protegido,
nutrido.
*****
~ 42 ~
— Graças à porra, — ele resmunga, se inclinando e me beijando
profundamente. Eu gemo em sua boca enquanto ele saboreia a minha,
e me beija de um jeito que me excita, e eu quero mais. Eu preciso de
mais. Estou ofegante quando ele se afasta para retirar sua camiseta,
jogando-a no chão. Seu corpo está perfeitamente musculoso. Sua pele é
lisa e bronzeada em um peito impressionantemente esculpido. Eu achei
que um corpo como este não existia na vida real.
~ 43 ~
Ele sorri para mim como um lobo.
— Camisinha? — eu pergunto.
~ 44 ~
Capítulo Oito
Eu não sento no meu lugar habitual para o almoço debaixo da
árvore. Eu pulo minha próxima aula e vou para casa no almoço em vez
disso. Grayson me ligou e mandou mensagem sem parar desde o
‗incidente‘, como costumo chamar, mas eu não quero falar com ele. Já
se passaram dois dias. Eu não tenho ideia por que ele agiu assim, sair
sem dar uma palavra. Eu acho que realmente eu não o conhecia. Evitei
seu olhar suplicante na aula de hoje, e mesmo quando ele se sentou ao
meu lado, eu ignorei sua presença com o melhor que pude. Eu fui a
primeira a sair da classe, andando o mais rápido que minhas pernas
poderiam me levar. E é por isso que você não deve começar algo com
alguém que você tem que ver o tempo todo. Era estranho e,
sinceramente, doía olhar para ele.
~ 45 ~
Eu zombei. — Havia um buraco do tamanho de Grayson na
parede.
— Você não quer dizer isso, — ele diz, caminhando até mim. Eu
endureço quando ele se inclina para me beijar na testa. Meus olhos
fecham enquanto seus lábios tocam na minha pele. — Eu estraguei
tudo. Fiquei surpreso, isso é tudo. Eu queria que você tivesse me dito.
— Me deixe fazer as pazes com você, por favor, — ele diz, com os
olhos suplicantes. — Você não entende.
~ 46 ~
— Ei, — ele disse, segurando meu rosto em suas mãos. — Vai ser
incrível entre nós.
*****
~ 47 ~
— Eu aposto, — ele diz, parecendo se divertir. Jake era bonito de
uma maneira formal. Não realmente o meu tipo, mas eu ainda podia
apreciar seus olhos azuis e sorriso encantador. — Gray não vem hoje,
— ele acrescenta.
Algumas desculpas.
— Eu pensei que desde que Gray não iria estar aqui, eu te faria
companhia, — ele diz, sacudindo a caneta entre os dedos. Eu forço um
sorriso e, em seguida, me concentro no livro na minha frente.
— Não, obrigada.
~ 48 ~
Ele balança a cabeça, parecendo divertido. — Essa foi uma
rejeição educada. — será que o homem não ia parar? Eu não ficaria por
aqui para descobrir.
Nada.
~ 49 ~
Capítulo Nove
Grayson se senta ao meu lado na sala de aula, e eu posso sentir
seus olhos em mim. Já se passaram cinco dias desde que eu o vi, uma
vez que tínhamos tido qualquer contato.
— Ei, Paris, — ele diz em voz baixa, seu tom cuidadoso. Eu olho
para cima. Ele está lindo como sempre, seu cabelo escuro ligeiramente
úmido, vestido com uma calça jeans e uma camiseta branca.
— Você sabe sobre o que dizer Paris, — ele diz. Eu olho e vejo
suas mãos apertadas em cima da mesa, com os olhos em mim. Eu vejo
um brilho de preocupação neles, antes dele conseguir conter. Com o
que ele poderia estar preocupado? Ele foi único que fez uma decisão
consciente de colocar espaço entre nós, foi embora sem sequer uma
palavra. Ele está me enviando uma mensagem, e cara, eu entendi
perfeitamente.
Ele passou a mão pelo cabelo, como se quisesse omitir isso. — Fui
com meu pai em uma viagem de negócios.
~ 50 ~
Eu quero dizer, ‗ eles não tinham telefones onde vocês estavam?‘
mas eu não digo isso. O resto da classe passa em um silêncio
tenso. Grayson segue atrás de mim quando eu saio da classe,
agarrando suavemente meu pulso e me puxando para parar quando
atingimos o parque de estacionamento.
Eu puxo meu braço para fora de seu controle e viro o rosto para
ele. — Olha Grayson, eu acho que devemos ser apenas amigos.
~ 51 ~
Talvez Grayson Mills não fosse para mim, afinal.
*****
~ 52 ~
— Enquanto eu ainda tenho os olhares, — diz ela, rindo. — O
dinheiro é bom, e para ser honesta, eu gosto da atenção.
~ 53 ~
Capítulo Dez
Eu suspiro dramaticamente quando vejo uma chamada não
atendida da minha irmã, London. Eu não tinha nenhuma ideia do
porquê ela poderia estar ligando, então adiei a ideia de retornar sua
chamada. Eu amo minha irmã, mas necessariamente eu não gosto de
receber chamada dela. Verdade seja dita, ela é a razão de eu ter essa
enorme dívida. Era a dívida dela. Ela emprestou dinheiro de um ex-
namorado dela e quando minha irmã o deixou, se recusando a ficar com
ele, ele ameaçou machucá-la. Ele veio para a nossa casa procurando
por ela, e eu estava com ela. Não foi bonito. Ele destruiu a casa e a
ofendeu verbalmente e tirou a merda fora dela. Ela tentou bater em
troca, e ele deu um tapa no seu rosto. Ele estava levantando o punho
para dar um soco nela quando eu pulei em cima dele e gritei que eu iria
pagar a ele o dinheiro.
— Oh, vamos lá, eu vou fazer valer a pena, — ele me insulta, seus
olhos vidrados nos meus seios com avidez.
~ 54 ~
com alívio. No entanto, quando ele se levanta, ele me empurra contra a
parede, sua dureza esfregando contra a minha bunda. — É isso aí, —
ele diz. Eu o acotovelo no estômago, em seguida, coloco a cabeça para
fora da porta, sinalizando para o segurança de plantão. Ele rapidamente
entra, e eu digo a ele o que aconteceu. Ele pega o homem e o leva para
fora. Eu me inclino contra a parede, respirando pesadamente, meu
pulso acelerado.
Sim, eu mal podia esperar até virar as costas para Snow para
sempre.
*****
~ 55 ~
Uau. Me pegou de surpresa, eu viro e olho para ele. — Não é isso,
e você sabe disso, — eu cerro, minha mandíbula apertada. — Mas,= se
você vai ser um idiota, então por favor, saia.
— Bem, você não vai me deixar falar sobre isso, então eu não
consigo nem explicar, — diz ele, parecendo frustrado. Eu não sei por
que, mas eu não posso deixar de sentir um ar culpado nele. Estava
ficando louca? Eu não quero ser uma daquelas mulheres que questiona
tudo o que o homem faz, porque, no fundo, elas sabem que não podem
confiar nele. Sim, isto eu nunca seria.
~ 56 ~
aqui? Essa coisa toda é uma bagunça enorme. Eu me levanto e limpo a
garganta, e ele olha para mim.
*****
~ 57 ~
Concordo com a cabeça, engolindo em seco. Incapaz de manter
contato visual com ela, eu olho ao redor do meu quarto, à procura de
uma distração.
~ 58 ~
Capítulo Onze
Depois de contar Anaya a verdade, eu estou me sentindo mais
leve do que nunca. Tem sido alguns dias desde que tivemos nossa
conversa profunda e significativa. Também falamos sobre Grayson. O
próprio homem entra na aula, assim quando eu estou pensando sobre
ele. Ele olha para onde estou sentada, e caminha em minha
direção. Sentado em sua cadeira de costume, ele me dá um pequeno
sorriso.
~ 59 ~
— Eu sinto sua falta também, — eu admito calmamente. Eu
inconscientemente me aproximo, inalando seu cheiro. Ele sempre
cheira tão bom.
— Você já fez alguma coisa que você gostaria que pudesse ter
como voltar, mais do que qualquer coisa, mas você não pode? Então
tudo que você pode fazer é sentir pena de si mesmo, sabendo que você,
você mesmo, é a causa de sua própria miséria?
~ 60 ~
Grayson procura na geladeira algo para fazer. — Como vai sobre
tostas? — ele pergunta quando ele verifica a falta de mantimentos.
— Obrigada.
Eu dou uma mordida. — Eu não sei. Eu não acho que você deve
parar seu trabalho do dia ainda.
— Grayson —
Ele ri, ri, na verdade. — Você é tão bonita quando está com raiva.
Fico feliz que ele se sente assim, porque pela aparência das
coisas, eu vou ficar muito chateada quando estou perto dele. Abro a
boca para dizer a ele exatamente isso quando ele se inclina e me
beija. Ele está jogando sujo. Não há nenhuma maneira que eu possa
~ 61 ~
resistir a ele, não quando ele está certo; há algo aqui entre nós. Algo
que nos atrai para o outro. Algo que vale a pena a aposta.
— Hey, — ele diz, olhando para mim. — Você tem certeza que
quer fazer isso? Eu posso esperar, o tanto que você precisa.
Sua risada traz o meu olhar para cima à sua boca. Ele inclina a
cabeça e me dá um sorriso. Aparentemente, eu disse isso em voz alta.
Então eu o ataco.
~ 62 ~
minha bunda, que ele aperta e dá um tapa de brincadeira. — Sem
pressa, Paris, temos a noite toda, — ele sussurra em meu ouvido,
enviando arrepios na espinha. Ele lentamente desabotoa minha calça e
puxa para baixo o zíper. Eu levanto os meus quadris para cima e mexo
como ele os remove, me deixando em nada, além da minha calcinha
preta. Eu gostaria de poder dizer que elas eram de renda, em vez de
algodão liso, mas o olhar em seus olhos me dá a confiança que eu
preciso. Tomando sua mão, eu corajosamente a deslize dentro da minha
calcinha.
Eu pego o cinto de sua calça jeans e puxo para que ele deite em
cima de mim. Eu posso sentir a dureza de sua excitação através de seu
jeans, me levando a fazer um zumbido no fundo da minha garganta.
— Porra, — diz ele quando ele observa minha nova posição. Posso
dizer que ele gosta um inferno de um lote. — Babe, você tem certeza —
ele começa, mas eu o interrompo, tomando sua dureza na minha mão e
acariciando. Então, eu lambo a cabeça e chupo um pouco, antes de
deslizar o comprimento em minha boca.
— Isso excitou você, — ele fala em meu ouvido. Ele faz um som de
aprovação misturado com um gemido.
— Você está bem? — pergunta ele com uma voz rouca e baixa. Eu
posso dizer que ele está se segurando, querendo ir suave e lento.
— Foder não, Paris nunca com você, — diz ele, antes dele me
beijar. Ele puxa para trás por um momento e nossos olhos se
conectam. Seus estão cheios de admiração e desejo. O jeito que ele me
olha me faz sentir como a coisa mais preciosa do mundo. Espero que o
olhar nos meus olhos permite a ele saber que ele é tudo para mim,
~ 64 ~
também. Eu levanto os meus quadris para cima e sigo o seu ritmo da
melhor forma que posso. Logo eu posso sentir outro orgasmo coroando,
e eu cavo minhas unhas em suas costas enquanto eu tenho o
clímax. Grayson me segue logo depois, seu corpo sacudindo quando ele
termina. Eu fico olhando para o seu rosto o tempo todo, observando o
prazer em sua expressão. Acho que eu poderia ficar viciada nesse
momento.
— O quê?
~ 65 ~
Capítulo Doze
Eu reviro os olhos quando I‘m In Love With A Stripper1 de T-Pain
toca em seguida. A multidão ainda fica selvagem sobre esta canção. Eu
giro em torno do pole, espalhando minhas pernas largas, antes de parar
para remover sedutoramente meu top. Eu estou vestindo um top de
couro rosa que se fecha na frente, por isso é fácil de remover. Eu sou
tudo sobre a conveniência. Quando eu acordei esta manhã, eu tomei
uma decisão. Eu estou parando com Toxic. Não há nenhuma maneira
que eu posso ser uma menina toxic e ter Grayson, então algo tem que
sair. Vou ter que pensar em outra coisa para pagar a dívida. Eu estou
querendo saber o quanto as pessoas estão pagando por órgãos no
mercado negro nos dias de hoje, quando a música muda para ‗Drunk In
Love‘ por Beyoncé; Eu desacelero meus movimentos, para moer no pole
no tempo com a música.
*****
1
Estou apaixonado por uma Stripper.
~ 66 ~
— Só mais uma hora mais ou menos, — eu digo, fechando o livro
que eu estava lendo e sigo em frente para o próximo. Ele olha ao redor
da biblioteca, observando o lugar vazio.
Ele olha para minha cara e começa a ri. — O que está passando
pela sua cabeça agora?
Só porque.
~ 67 ~
— Só porque o quê? — eu pergunto em voz alta, brincando com
um botão de rosa.
Ele sorri para mim. — Só queria ter certeza de que haveria coisas
que você gosta.
— Obrigada.
*****
~ 68 ~
— A que horas você termina o trabalho amanhã à noite? —
Grayson me pergunta na semana seguinte, me levantando para o seu
colo. Eu envolvo meus braços em volta de seu pescoço.
~ 69 ~
— Você quer outra bebida? — pergunta ele.
Silêncio.
— Ela é sua ex? Eu sabia que você não era um santo antes de me
conhecer, mas por que mentir sobre isso? — pergunto assim que entro
no carro.
~ 70 ~
Ele suspira. — Nossos pais trabalham juntos. Eu a conheço há
anos. Ela tem realmente uma boa amizade com a minha irmã.
— E agora?
— Desculpa por não ter contato para mim ou ter sido mentindo?
— eu pergunto, minha voz embargada.
— Você está certo, eu não posso. Mas eu espero que você seja
honesto comigo, — digo a ele. Eu fui honesta com ele sobre tudo...
menos que uma coisa. Eu empurro esse pensamento da minha
mente. Eu vou ter que lidar com isso mais tarde. E enfrentar as
consequências também. Porra, eu sou a maior hipócrita.
~ 71 ~
Capítulo Treze
Eu fico olhando para meu reflexo, perguntando pela terceira vez
se o que eu estou usando é bom.
~ 72 ~
— Pelo menos eu sei que você não está comigo pelo meu
dinheiro, — ele brinca. Eu levanto e esmago no ombro dele.
— Será que isso vai ser um daqueles jantares onde são quatro
garfos diferentes, e eu não vou saber qual deles usar? — pergunto
irritada. Eu sinto seu corpo tremer em riso silencioso. Ainda bem que
pode ser tão divertido.
*****
O que seus pais fazem? Não muito, porque eles estão mortos.
~ 73 ~
E assim a noite continuou. Descobri que havia vários garfos e
Grayson começou a rir quando eu dei a ele um olhar que dizia ‗eu
avisei‘. A mãe de Grayson, Laura, é o epítome da sofisticação. Ela tem
cabelo escuro, cortado em um corte curto, olhos castanho-claros, e uma
voz suave. Seu pai, Derek, se parece com uma versão mais antiga de
Grayson com cabelos e olhos escuros, e um conjunto de covinhas. A
única diferença é os olhos dele não são brincalhões ou divertidos como
os de Grayson geralmente são; em vez disso, eles parecem um pouco
astutos e calculistas.
~ 74 ~
— Você vai ficar na minha casa hoje à noite? — ele pergunta
como se puxar para a estrada principal.
~ 75 ~
Capítulo Catorze
No dia seguinte, eu olho para as chamadas não atendidas no meu
celular, perguntando por que minha irmã e irmão estão ambos me
ligando. Eu envio uma mensagem de texto para London rapidamente,
perguntando a ela se está tudo ok, e então vou para a aula. Não é
inédito para London me ligar, geralmente quando ela precisa de alguma
coisa, mas o meu irmão? Ele nunca me liga. Eu coloco meus óculos de
sol, e caminho rapidamente para o campus, não querendo me atrasar
para minha aula. Quando eu ando em direção ao prédio, Leah, a irmã
de Grayson, me para.
~ 76 ~
Leah encolhe os ombros e diz, — Ela está namorando o meu
irmão. Eu gostaria de conhecê-la.
Leah faz uma carranca. — Paris é diferente. Ele é louco por ela.
Prioridades.
*****
~ 77 ~
— É sempre assim? — eu pergunto, me levantando para que eu
possa ver seu rosto.
Ele ternamente toca meu rosto com os dedos. — Nunca foi assim.
*****
~ 78 ~
para baixo ainda mais. Eu sigo o seu abs com meu dedo indicador,
deixando ele tenso.
Seus olhos abrem. — Babe, você não tem ideia. Confie em mim
quando eu digo que eu sou a pessoa de sorte. — ele me puxa para baixo
ao lado dele, e beija minha testa, minhas bochechas, e, finalmente
meus lábios. — Eu quis dizer o que eu disse na noite passada.
Abro a boca para falar, mas ele coloca o dedo em meus lábios. —
Você não tem que dizer nada.
Ele está certo. Eu odeio branco, porque é isso que eles me fazem
geralmente vestir no Show.
— Eu sei que você faz este pequeno gemido quando você está
prestes a gozar, — diz ele, passando a mão sobre o meu peito. — Quer
que eu prove? — pergunta ele.
~ 79 ~
— Que tal eu te mostrar o quanto eu sei sobre você? — eu
ronrono, me despindo e jogando minhas roupas no chão.
Prioridades.
~ 80 ~
Capítulo Quinze
Quando estou andando para a aula no dia seguinte, eu posso
dizer que algo não está certo. Eu corro e vejo uma multidão se
formando em um círculo. Empurrando através dos acessos de pessoas,
algumas delas gritando, alguns deles torcendo, eu vejo pelo que o
alarido é. No centro do círculo está Grayson, que está batendo em um
cara.
~ 81 ~
— O que aconteceu, Gray? — eu pergunto, olhando para seus
machucados, suas juntas inchadas. Ele faz um som no fundo da
garganta, quase um grunhido, como se lembrando pelo que ele ficou
com tanta raiva em primeiro lugar.
— Gray, — eu estalo quando ele não diz nada, só vai embora. Ele
não responde. Quando estamos a meio caminho de sua casa, eu posso
dizer que ele está indo mais rápido do que o limite de velocidade. —
Devagar, — digo em uma voz calma. Ele me ouve, e fica mais lento, indo
ao limite. Quando ele estaciona em sua casa, ele bate os punhos no
volante, me fazendo saltar no meu lugar.
— Todo esse tempo, — ele rosna, caindo sobre o sofá, como ele
não tivesse energia. Como se eu tivesse drenado tudo. Eu e os meus
problemas.
~ 82 ~
— Não se desculpe. Me diga por quê, — diz ele, seu olhar se
conectando com o meu. Seus olhos estão frios. Duros. Machucados.
— Não é isso. Me diga por que você não foi honesta comigo, — diz
ele, seu tom insípido.
Ele zomba, e olha para longe. — Acabei de dar uma surra em meu
melhor amigo achando que ele estava desrespeitando você, quando ele
estava certo o tempo todo.
*****
~ 83 ~
— Eu andei até em casa, — eu digo, me recostando contra a
parede e dando de ombros.
— Oh, assim que, agora que você sabe que eu sou uma stripper
está tudo bem para falar comigo desse jeito? — eu pergunto, rangendo
os dentes.
— Tão bonita... — diz ele, levantando meu queixo para cima com
os dedos. — É uma vergonha que isso foi compartilhado com todos.
— Paris...
~ 84 ~
para você sobre isso, e provavelmente é imperdoável, mas eu não
mereço você falando assim de mim. Por favor, saia, — eu digo, minha
voz embargada. Eu abaixo o meu olhar.
— Você poderia ter vindo para mim, — diz ele, com a voz
baixa. Eu arrisco um olhar para ele. Ele não está olhando para mim; ele
está ali perdido em pensamentos. — Eu tenho mais dinheiro do que eu
sei o que fazer com ele. E a minha mulher está tirando a roupa para
pagar alguma merda? Porra, — diz ele, se virando de costas para
mim. Ele enfia as mãos atrás do pescoço, olhando para baixo. — Você
pensa tão pouco de mim? — pergunta ele, balançando a cabeça.
Ele zomba. — Bem, você tem muita certeza disso, não é? — com
esse tiro de despedida, ele finalmente sai.
~ 85 ~
Capítulo Desesseis
Eu aplico meus cílios falsos, espero eles secarem, e depois me
levanto. O material branco de renda do meu vestido agarra no meu
anel.
— Sim?
Eu rio. — Eu também.
~ 86 ~
pole. Eu levanto o meu vestido para cima e sobre a cabeça, dançando
sensualmente enquanto eu faço isso. Eu fico lá em um sutiã branco de
renda, calcinhas, e minhas botas. Eu não quero olhar para ele. Eu
realmente não sei, mas meus olhos dardam em sua direção como por
própria vontade. Seu rosto está agora para baixo, escondido nas
sombras, mas ele parece tenso. Sua postura está rígida e implacável, e
eu o vejo olhar para um dos homens assobiando alto. Eu engulo seco,
girando de modo que os homens tenham uma bela vista da minha
bunda. Esta noite era para ser o show mais fácil, meu final; em vez
disso, é o pior que eu já tive que fazer. Grayson está me cortando aberta
por estar aqui esta noite, me fazendo sangrar por todo o palco em frente
a ele. Eu gostaria de saber o que se passa na cabeça dele agora.
~ 87 ~
— O quê?
Ele me quer.
~ 88 ~
profundas, como eu lentamente começo a moer para baixo em seu
pênis. Ele está duro como uma rocha, e eu mordo meu lábio inferior,
quando eu caio contra o peito, e depois enfio meu rosto na curva de seu
pescoço enquanto eu me empurro de joelhos. Eu nunca dei um baile
como este antes, e eu espero que ele não ache que é assim para todos
os meus clientes. Porque não é. É só para ele.
— Estou feliz por esta é sua última noite aqui, — diz ele. Eu olho
em seus olhos escuros e suspiro.
*****
~ 89 ~
— Como é a sensação de estar desempregada? — Anaya pergunta
com a boca cheia de cereal na manhã seguinte.
~ 90 ~
— Se você tem de dizer às pessoas que você é um cavalheiro,
então você provavelmente não é, — diz Anaya, sorrindo. Estes
dois. Quando Grayson caminha de volta com Paul poucos segundos
depois, não posso esconder a minha surpresa.
~ 91 ~
— Eu tinha acabado de descobrir que o amor da minha vida era
uma stripper, — diz ele secamente, encolhendo os ombros em um ‗o que
você esperava?‘.
~ 92 ~
Capítulo Dezessete
Eu entrego meu currículo para o gerente do restaurante,
agradecendo a ele e, em seguida, saio. Eu tenho colocado meus
currículos em dez lugares diferentes hoje, e é bom ser produtiva. Meu
telefone vibra com uma mensagem de texto de London. Ela me
respondeu dizendo para ligar para ela, que eu tinha me esquecido de
fazer.
~ 93 ~
— Alguma vez você já trabalhou em um bar antes? — pergunta
ele, esfregando a nuca no queixo.
— Que tal te dar um teste? Você pode vir amanhã e podemos ver
como você vai, — diz ele.
*****
~ 94 ~
Ele engole, os olhos correndo ao redor antes de olhar diretamente
para mim. — Eu sinto sua falta.
— Eu gostaria que você pudesse ter vindo para mim. Dói ainda
mais que você poderia, mas não fez, — diz ele, fechando os olhos por
um segundo.
~ 95 ~
— Você a levou para casa e é isso? Ela não tentou nada? —
pergunto quando estamos em sua sala de estar.
— Eu vejo. Quando foi a última vez que você foi lá? — digo,
realmente querendo saber essa resposta. Algo não bate certo. Dylan
continua a agir como ela tivesse uma chance com ele, como se ela
soubesse algo que eu não sei. E eu não gosto disso.
— Ela não é nada, Paris. Você está pensando demais. Não é como
o que temos entre nós. Com ela, foi só sexo, puro e simples. Foi
liberação sem emoção, — diz ele, com os olhos implorando para eu
entender. — Foi diferente, e eu sabia disso. Depois que eu te conheci,
não havia como voltar com isso. Eu não quero estar com mais ninguém,
e estar com Dylan provou isso. Eu disse a ela naquela noite que não ia
acontecer de novo, e não aconteceu.
~ 96 ~
envolve em seus braços, e eu não me afasto. Eu não faço nada. Eu
apenas sento lá, uma espécie de tonta e com o coração partido.
Todo o seu corpo fica tenso. — Nunca, — ele diz, com a voz
forte. — Nunca, nenhuma vez isso passou pela minha cabeça. Nós só
precisamos ser mais abertos um com o outro, eu acho. Parar de manter
as coisas um do outro. Tudo isso poderia ter sido evitado com um pouco
de honestidade.
— Quanto?
~ 97 ~
É bom ter alguém cuidando de mim, mas eu não me sinto bem
em aceitar qualquer dinheiro dele ou qualquer outra pessoa. — Eu não
sei...
— Espere, o quê? Por que sua irmã não pode pagar por isso? —
pergunta ele, praticamente rosnando.
— Eu não sei. Nós nem estamos perto, mas eu sou mais velha do
que ela, e eu não quero que nada aconteça com ela. O cara que ela
devia o dinheiro estava ameaçando ela. No fim, ainda somos do mesmo
sangue. Eu disse que pegaria o dinheiro. Ele disse que eu poderia
pagar. Acho que ele sentiu pena de mim limpando as merdas de
London.
— O quê?
— O que você quer dizer com o quê? Sua irmã está, obviamente,
tirando vantagem de você e fazendo você lidar com os problemas
dela. Você deve dizer a ela para pagar sua maldita própria dívida, — diz
ele, assinalando um músculo em sua mandíbula.
— É por isso que você estava tirando a roupa? Para pagar a dívida
dela? — pergunta ele, fervendo.
Ele olha para o teto. — E você ainda está protegendo ela. Ina-
porra-creditavél.
— Sim, bem, ela é a única irmã que eu tenho. E pelo menos ela
fala comigo de vez em quando.
— Esta é a primeira vez que você falou sobre a sua irmã, — diz
ele, massageando meus ombros.
~ 98 ~
— Sim, nada muito a dizer. — de repente eu me lembro que eu
tenho trabalho hoje à noite, e eu me levanto. — Merda, eu tenho
trabalho às seis, você pode me levar para casa?
— Obrigada.
~ 99 ~
Capítulo Dezoito
— Então, onde você trabalhou antes daqui? — Aiden
inocentemente pergunta, me fazendo quase engasgar com a minha
bebida.
— Vamos lá, não vou te julgar sobre isso. Eu juro, — diz ele,
atravessando o coração com o dedo.
Ele olha para meu corpo. — Eu acho que eu poderia ver isso.
~ 100 ~
Ele balança a cabeça para mim. — Oh, por favor. Todo mundo
gosta de mim.
Desafio aceito.
*****
~ 101 ~
Eu coloco minhas mãos para cima. — Diga. Não seja um covarde,
— eu exijo.
— Hmmph.
— Ciúmes? Sério?
— Acho que ela está pensando em te pedir para sair com ela neste
fim de semana, — diz ele, empurrando o meu cabelo do meu pescoço
para o lado.
— Será que Dylan vai estar lá? — pergunto, odiando admitir que
eu preferia não ver o rosto dela.
— Não se preocupe com ela, ok. Ela não me tem; ela nunca
teve. Eu sou todo seu. Vou dizer a Leah para se certificar de que Dylan
não esteja por perto.
~ 102 ~
Eu suspiro. — Sim, está bem.
— Qualquer coisa.
— Se você quiser falar sobre isso, nós podemos. Só, por favor, não
faça pequenos comentários, porque eles realmente machucam.
2
É a tradução de coming, que significa tanto ir a algum lugar quanto gozar. Ela quis ser ambígua.
~ 103 ~
— Eu quero que você lute por nós, — digo a ele, minha voz fraca.
~ 104 ~
Capítulo Dezenove
Eu desligo o telefone, e caio na minha cama, gemendo no
travesseiro. London será a minha morte. Eu finalmente retorno a
ligação para ver o que diabos estava acontecendo. Aparentemente, ela
quer vir me visitar. Eu imagino com quem ela está puta da vida para vir
de repente para Perth. Uma batida na porta me lembra que Grayson
está vindo para me pegar. Eu pulo da cama e praticamente corro para a
porta, abrindo em tempo recorde. Ele permanece lá, segurando uma
dúzia de rosas e com um sorriso doce.
— Não me provoque!
~ 105 ~
— Eu senti sua falta também, — eu respiro ofegante, enfiando
minhas mãos em seus cabelos e puxando-o de volta para mais. Sua
boca logo deixa os meus lábios e se direcionam para o sul, beijando
meu pescoço e depois meus seios. Puxando para baixo o meu top e os
bojos do meu sutiã, ele pega meu mamilo e coloca em sua boca e
chupa. Minha boca retrai em um pequeno O, e minhas costas se
arqueiam para trás de prazer. Suas mãos percorrem minhas coxas,
levantando minha saia e deslizando em minha calcinha enquanto sua
boca continua a trabalhar a magia nos meus mamilos.
*****
~ 106 ~
— Ahhh, aqui está ela, — Aiden diz enquanto eu me aproximo,
piscando para mim.
— Nada. Eu só quero que você conheça meu primo, Tag. Tag essa
é Paris. A nova garota que acabei de contratar, — diz ele, acenando com
a cabeça para mim.
— O prazer é todo meu, — diz ele com uma voz que pode fazer
calcinhas derreter. — Este é Xander. E a pequena princesa é a minha
filha, Bella.
— Eu amo você também, Aiden, — diz ela, em tom sério. Aiden vai
até ela e a beija no topo de sua cabeça. Xander, Tag, e Bella saem um
pouco mais tarde, e Aiden e eu voltamos ao trabalho.
~ 107 ~
— Sim, por favor, eu adoraria, — diz ele. Me viro para a geladeira
e tiro uma garrafa de sua cerveja favorita. Aiden escolhe esse momento
para sair da parte de trás e vir até mim.
— Sim, — eu respondo.
~ 108 ~
— Aiden Rivers. Ele costumava ser o vocalista da banda, Ageless
Devastation. Eles costumavam ser muito populares em Perth antes
deles se separaram a cerca de dois anos atrás.
— Não. Quero dizer que ele é bonito, — ele olha com a cara feia,
— Mas ele não é meu tipo. Além disso, isso não importa de qualquer
maneira, eu sou uma mulher de um homem só.
~ 109 ~
— Me Chame se alguma vez você tiver que ficar aqui sozinha, —
diz ele, ganhando minha atenção. — Eu virei e esperarei com você. Eu
não gosto da ideia de você ficar aqui sozinha.
— Gray —
— Tudo bem.
~ 110 ~
Capítulo Vinte
Eu entro no clube, Anaya ao meu lado, nós duas vestidas para
matar. Sexta-feira a noite chegou rápido, e eu disse a Grayson que eu o
encontraria aqui. Claro, ele não gostou disso; ele queria me pegar, mas
eu disse a ele que Anaya estava dirigindo, então não precisava. Ele
resmungou, mas surpreendentemente aceitou. Eu o localizo
rapidamente no bar com sua irmã. Anaya me dá sua mão, enquanto
caminhamos em direção a eles. Eu sei o segundo que Grayson me
percebe, porque ele vira e paralisa. Eu escondo meu sorriso quando eu
paro diante dele. Antes que eu possa falar, ele acaricia o meu rosto com
suas mãos e me beija. Ele então coloca seus lábios em meu ouvido e
diz, — Você está de tirar o fôlego.
~ 111 ~
pista de dança, deixando Grayson sozinho no bar. Quando voltamos,
ele não está sozinho.
— Ele vai voltar para mim, você sabe. Ele sempre volta, — diz ela,
fazendo beicinho com seus lábios vermelhos.
— Eu também te amo."
~ 112 ~
Quando eu chego em casa essa noite, eu vejo que minha irmã
deixou uma mensagem de texto.
Merda.
*****
— Aparentemente, sim.
— Ok, então não se estresse. Você sabe que eu poderia ter pegado
ela no aeroporto, certo? — diz ele, não pela primeira vez.
~ 113 ~
— Isso seria ótimo, — eu digo, amarrando meu cabelo no topo da
cabeça em um coque bagunçado. Eu não sei como eu me sinto com
visita a London. Ela é uma encrenqueira e uma oportunista. Eu não
quero ser rude, mas eu realmente não quero que ela fique aqui. Eu
disse que ela podia ficar por alguns dias até que ela achasse algo para
fazer. Há uma batida na porta e o pavor me enche.
— Ei, — eu digo.
— Você também.
— Nenhuma razão. Lugar bonito que você tem aqui, — diz ela,
olhando ao redor.
~ 114 ~
— Tudo bem, só tenho uma dor de cabeça, — diz ele, forçando
um sorriso.
Ela faz beicinho. — Não é possível uma menina visitar sua irmã
mais velha?
— Não. Ele estava me sustentando. Ele era muito rico. Tudo o que
me resta são as joias que ele comprou para mim quando estávamos
juntos.
~ 115 ~
— Sim, dissemos, — eu digo, acenando para ele continuar.
— Quando você era virgem, eu percebi que não era ela. É por isso
que eu estava tão confuso, e eu saí. Eu não entendi, você parecia com
ela. Claro, isso não importava realmente, eu estava apaixonado
por você . Eu não me importava que não fosse ela. Eu nem sabia quem
ela era. Eu só dormi com ela uma vez. Eu nem sequer sabia o nome
dela ou qualquer coisa, — diz ele, torcendo as mãos. — Puta merda, eu
estou fazendo um trabalho de merda em tentar explicar isso. Resumo,
eu pensei que você fosse ela. Quando eu vi que não era, eu não dei a
mínima. Eu estava confuso sobre isso, porque você parecia tanto com
ela. Eu nem sequer pensei nisso novamente. Quando você mencionou
que tinha uma irmã, eu esperava que não fosse ela...
~ 116 ~
— Você queria que eu fosse como ela? — eu digo, calando todas
as suas palavras.
— Não! Não, isso não é nada disso. Eu amo você. Você é linda,
gentil e inteligente. Você é tudo que eu poderia sonhar em uma
mulher. Ela é... Estou tão feliz que te conheci, Paris. Você é a melhor
coisa que já me aconteceu.
~ 117 ~
— Deve ter sido bom sexo se você a procurou novamente, — falo
em um estalo.
~ 118 ~
Capítulo Vinte e Um
— Se eu pudesse voltar no tempo, eu não o teria transado com
ele, — diz London, tentando me animar. Ela está sentada na minha
cama com um pote de sorvete, tentando me fazer comer um pouco.
— Me diga, — eu rosno.
— Você deveria ter visto a cara dele quando ele saiu da sala. Eu
me senti mal pelo cara.
~ 119 ~
Ela considera. — Nós poderíamos ficar ricas fazendo isso, você
sabe.
— London! — eu agarro.
— Eu estou apenas brincando, — diz ela, mas parece que ela não
está. Ela me preocupa seriamente.
Ela acena com a cabeça. — Talvez. Mas você precisa manter seus
olhos no prêmio. Grayson é um achado, e se você não quer ele, confie
em mim, outra mulher quer.
Eu gemo e cubro o rosto com as mãos. — Isto não é como hoje era
para ir.
— Sim? Então você também. Você é muito mais forte agora, — diz
ela, olhando para mim com orgulho.
~ 120 ~
*****
Eu suspiro. — Pervertido.
~ 121 ~
— Eu não estou indo a lugar algum, — eu digo, revirando os
olhos para ele.
— O que ele fez? — pergunta ele, agora de cara feia. Aww, meu
chefe é um pouco protetor comigo, ao que parece.
Eu preciso de tempo.
~ 122 ~
Isso é tudo que eu tenho para oferecer no momento.
~ 123 ~
Capítulo Vinte e Dois
Duas semanas se passaram desde a última vez que falei com
Grayson. Eu não respondi às suas chamadas. Me sento em um assento
diferente nas classes que compartilhamos, e eu evito ele tanto quanto
eu posso. As poucas vezes que ele tentou falar comigo ou apareceu na
minha casa, eu me desculpei ou não atendi a porta. Tem sido um
inferno, e eu fui andando a vida no piloto automático vivo. London tem
um lugar próprio, cerca de cinco minutos de distância da minha
casa. Ela está ficando em pé e trabalhando em ser independente, e eu
não poderia estar mais feliz por ela. Ela ainda é egoísta e egocêntrica,
mas eu acho que eu deveria tomar qualquer melhoria que posso obter
dela e não empurrar minha sorte. Ela não vai se tornar uma pessoa
melhor durante a noite; isso é claro. Depois do trabalho, eu peço a
Aiden para me deixar na casa de Grayson. Eu não sei o que estou
fazendo, mas ignorar ele esteve machucando nós dois, e eu tive o
suficiente. Estou confusa, e eu não sei o que diabos fazer para superar
isso.
~ 124 ~
— Grayson! Apresse-se! — alguém chama de dentro da
casa. Meus olhos se arregalam quando eu reconheço a voz. Puta.
Merda.
— Olá.
— É claro, me dê um minuto.
Mas o que ele esperava quando ele tinha a minha irmã na casa
dele?
*****
~ 125 ~
— Desculpe-me? — eu rosno de volta.
— Eu sei que eu dormi com ele antes de você conhecer ele, mas
que tipo de pessoa você acha que eu sou se dormisse com ele agora?
— O tipo de pessoa que permite que tira da irmã para pagar suas
dívidas? — eu digo em um tom doce e falso.
— Então por que diabos você estava lá? E quantas vezes você já o
viu?
— Explique, — eu exijo.
~ 126 ~
Ignorando ela, eu me levanto e caminho até a porta da frente e,
em seguida, do lado de fora. Como London disse, Grayson está sentado
em seu carro, olhando para alguma coisa, seu telefone eu acho. Ele
levanta a cabeça quando eu abro a porta do passageiro.
— Não foi nada. Não tem de quê, — diz ele, se recostando no sofá.
~ 127 ~
— Paris, — diz ele, balançando a cabeça. — Eu não quero o
dinheiro de volta. Eu não dou a mínima para o dinheiro, eu só quero
você. Eu quero que você me perdoe, e eu quero começar de novo.
— Grayson, — eu suspiro.
— Eu vou te dar tempo, se é isso que você precisa. Mas por favor,
não me deixe de fora ou me impeça de te ver. Nós podemos ir devagar,
construir a confiança entre nós novamente. Estou lutando, Paris. Eu
estou fodidamente lutando aqui, e eu preciso de você para lutar comigo,
— diz ele, segurando as extremidades de seu cabelo em frustração.
~ 128 ~
braços. — Você sabe o quanto eu senti sua falta? Parecia que eu estava
perdendo a porra de um membro ou algo assim. O que você fez para
mim?
— Eu acho que qualquer coisa que valha a pena não vem sem um
preço, — diz ele no meu pescoço, me beijando lá. Suas mãos a
vagueiam mais para baixo.
— Ái, — diz ele, rindo. — Lento. Acho que vou ter uma ducha fria
depois disso.
~ 129 ~
Meu corpo treme com o riso silencioso. Droga, é tão bom quando
ele ri. — Você nunca será inatingível para mim, Sr. Mills.
— Ou o quê?
~ 130 ~
Capítulo Vinte e Três
Eu metodicamente escrevo notas, na esperança de não perder
nada que eu preciso saber para os exames. Estou estressada ao
máximo, querendo fazer bem e tentando equilibrar o trabalho com
algum tipo de vida social também. E com isso quero dizer o tempo gasto
com Grayson e Anaya. Eu vejo London suficiente no trabalho, e para ser
honesta, London, em pequenas doses é definitivamente o caminho certo
a seguir, se você quiser sair com a sua sanidade. Foi pouco mais de
uma semana desde que Grayson e eu decidimos começar de novo. Nós
não dormimos juntos ainda. Apesar de ter havido vezes que eu queria
desistir, é bom levar as coisas um pouco mais lentas e começar a se
conectar em um nível diferente de novo. Isso não significa que eu não
estou morrendo de vontade de deixar ele nu, porque confia em mim, eu
estou.
— É preciso ir ao meu, — diz ele, sem olhar para mim. Algo está
definitivamente errado.
Ele faz uma careta. — Eu não sei por quê. Eu tenho essa
mensagem, — diz ele, levantando seu telefone e mostrando para mim.
~ 131 ~
London: Leve Paris em outro lugar depois da aula. Não a
leve de volta para seu apartamento, apenas não ainda por
favor! É importante.
— Você sabe que nós temos que ir lá e ver o que está acontecendo
agora, certo? — eu digo, marchando para fora do quarto.
— Não grite com ele! Estamos tentando uma coisa nova onde
somos completamente honestos um com o outro, — eu digo, meus olhos
não deixando Brody.
— Eu entendo isso! Mas vamos lá, Paris, você realmente quer vê-
lo? — ela pergunta, parecendo preocupada. Pela primeira vez na vida de
London, ela estava tentando me proteger. Estou sem palavras. Grayson
coloca a mão na minha parte inferior das costas, em sinal de apoio
silencioso. Estou grata e pisco a ele um olhar que diz isso.
~ 132 ~
Meus testa enruga, me perguntando por que a mudança de
coração. — Você me odeia, — eu digo, as palavras me prejudicando até
mesmo a dizer.
~ 133 ~
— London! — exclamo, minha voz saindo sufocada em sua
colorida escolha de palavras.
É fácil ceder ao ódio. Mas algumas horas, não há mais força que
no perdão.
~ 134 ~
Capítulo Vinte e Quatro
— Adivinha o quê! — grita London quando ela anda em minha
casa.
— Sim, sai e vai vê-lo, diz ela, correndo para a porta da frente. Me
levanto e sigo atrás dela. Quando eu entro no parque de
estacionamento, eu a vejo de pé ali, abraçando um carro branco, um
pedaço de merda. É um lixo. A pintura está descascando, e eu estou
meio que surpresa que ela conseguiu trazer ele até aqui sem
quebrar. Mas o olhar em seu rosto.
Orgulho.
Ela fez isso tudo sozinha, sem um cara comprando para ela. E ela
está orgulhosa. Ela deveria estar.
— Eu espero que você tenha pego isso com alguém que saiba
alguma coisa sobre carros.
~ 135 ~
— Eu peguei Aiden. Eu não sei se ele realmente sabe alguma
coisa sobre carros, mas ele falou que tinha certeza que eu não iria ser
estraçalhada, — diz ela.
— Aiden, hein?
— London —
*****
~ 136 ~
— Sou eu, babe, — sussurra Grayson, a minha volta.
~ 137 ~
— Venha aqui, — ele rosna, querendo claramente alguma
atenção.
~ 138 ~
Capítulo Vinte e Cinco
No dia seguinte na uni, eu ando em linha reta em alguém que eu
prefiro nunca veria novamente. Jake. Nós vimos um ao outro ao redor, é
claro, mas não dissemos nada um ao outro. Até agora.
— Eu nunca vi Grayson tão louco, — diz ele. — Ele não vai falar
comigo agora.
*****
~ 139 ~
— Qual escolha é o próximo? — pergunto ao grupo, depois que
terminar a minha, que foi o primeiro Harry Potter. Eu queria assistir
todos os filmes, mas foi informada o inferno que não.
— Merda, mulher, você tem mãos. Eu não tenho que fazer tudo
por você, — diz ele, agora parecendo divertido.
Grayson volta com pipoca e uma bebida para mim, sorrindo para
Anaya e para as travessuras de Paul. Os dois sempre fazem quando eles
ficam juntos, mas eu sei que eles não levam nada a sério, porque dois
segundos depois, as suas línguas são goela abaixo do outro.
~ 140 ~
— Obrigada, — eu disse, aconchegando volta para ele quando ele
se senta ao meu lado e possessivamente envolve um braço em volta de
mim.
*****
— Minha mãe quer que eu passe lá, então eu acho que eu vou ir
lá antes do trabalho. Você? — pergunta ele.
~ 141 ~
Eu: Um caminho familiar para você. digito para trás, rindo
para mim.
~ 142 ~
Concordo com a cabeça lentamente. — Somos. Ele é um bom
amigo.
— É claro que isso é tudo o que ele quer ser. Além disso, todo
mundo sabe como eu sou louca por você.
— Babe, ele nem sequer contou a ninguém. Ele poderia ter feito a
minha vida um inferno, se quisesse, — eu digo.
— Tudo bem, eu não sei, ele falou comigo e ele parecia triste.
Ele se senta- reto. — Ele falou com você? — pergunta ele, sua voz
baixa.
— Oh, vamos lá, Gray, — eu digo, não querendo que ele entre em
outra briga em cima de mim. É no passado, e eu quero deixá-lo lá. Hora
de olhar para frente agora. Não comece uma merda sem nenhum
motivo.
~ 143 ~
Pelo sabor mentolado dele, eu posso dizer que ele escovou os
dentes, provavelmente quando eu estava fazendo o café da manhã. Eu
contorço para fora. — Onde você pensa que vai? — pergunta ele.
~ 144 ~
Capítulo Vinte e Seis
Eu sabia que isso iria acontecer. Claro, a minha sorte não é tão
grande, mas nunca achei que isso iria acontecer em um momento como
este. Em função do negócio do pai de Grayson.
~ 145 ~
— Eu posso e eu vou. Não se estresse, babe, — diz ele, me dando
um olhar possessivo. O olhar diz: ‗Eu vou cuidar de tudo‘. Eu sopro um
suspiro, balançando a cabeça uma vez. — Meu pai quer que eu fale com
um de seus colegas de trabalho. Você quer vir comigo?
— Eu estou indo para o bar. Vamos, Paris, — diz ela, seus olhos
me implorando para se juntar a ela.
~ 146 ~
sobre ela e uma blusa que se agarra ao seu corpo como uma segunda
pele.
— Eu sei sobre você, você sabe, — diz ela, mexendo a bebida com
a palha.
— Ele não fez, mas ele teve que me explicar por que, de repente,
Grayson odeia ele. E por que Grayson bateu a merda fora dele, — diz
ela.
— Não é culpa sua, Paris. Jake não deveria ter dito nada. E para
que conste, eu não estou julgando. Tenho certeza que você teve suas
razões. Você é uma boa pessoa.
~ 147 ~
Meu bom humor cai um pouco com a menção do nome dela. —
Ela está então? Ela não deveria estar aqui esta noite, considerando que
seus pais são amigos?
Leah coloca seu copo agora vazio para baixo e sinaliza o bartender
para outro. — O pai dela está aqui. Eu não sei onde ela está. Eu não
sou exatamente a pessoa favorita dela atualmente. E antes que comece,
isso não é sua culpa também, — diz ela antes que eu possa me
desculpar por isso também.
~ 148 ~
— Agora que você está aqui para fazer companhia a Paris, eu
estou indo socializar, — diz ela, se levantando e saindo.
Ele coloca as mãos para cima. — Você sabe o que quero dizer.
— Eu acabei.
Ele ri. — Quase, babe. Vamos lá, vamos encontrar Leah. Vou
elogiá-la em algo para compensar antes. Alguma ideia?
Eu sei um jeito que ele pode chegar a ela. Deixar ela ficar com
Jake sem falar merda.
~ 149 ~
— Talvez deixe ela saber que você ama e a apoia, não importa o
que, — eu sugiro com um encolher de ombros.
— Filho, como foi tudo? — o pai dele pergunta. Eu olho para ele,
tentando agir casualmente.
Ele acena para Grayson, então se vira para mim com um sorriso
antes de partir. Eu posso sentir Grayson olhando para mim assim que
eu olho para ele. — Babe, — diz ele, os lábio curvando.
— O quê?
— É, — ele responde.
~ 150 ~
Todo o humor desaparece do rosto. — Babe, eu não me importo
com o que pensam. Só importa o que eu penso. Sim, eu amo minha
família, mas eles não controlam a minha vida.
— Eu te amo. Isso não vai mudar, não importa o que alguém diz
sobre você. Eu conheço seu verdadeiro eu, eles não. Eu amo tudo sobre
você.
— Louco por você. Agora vamos lá, vamos encontrar Leah e nos
certifique de comer alguma coisa, — diz ele, me ajudando a levantar da
cadeira.
— Grayson?
— Porra, eu te amo.
~ 151 ~
Capítulo Vinte e Sete
As provas vieram e foram antes que eu perceba. Agora, estou de
férias, e estou pegando mais horas no bar. O resto do meu tempo é
gasto com Grayson. A toalha de chá dá uma tapa minha bunda, me
puxando para longe de meus pensamentos.
Sua boca cai aberta. — Sua garota loura, eu não sabia que você
tinha isso em você! — então, ela começa a rir em seu próprio
comentário. — Entendeu? — ela ri um pouco mais, dobrando
agora. Aiden começa a rir junto com ela.
~ 152 ~
Aiden cruza os braços contra o peito. — Vou levá-la para um
encontro.
— Por que você não disse nada? — pergunta ele. Ele não parece
com raiva de tudo, apenas curioso.
~ 153 ~
— Hey! — eu grito, empurrando seu abs.
London leva isso como um desafio. — Oh, por favor. Meu pênis
vai assumir o seu pênis qualquer dia.
*****
Merda .
~ 154 ~
— Você está maravilhosa, Paris, — diz Mark. Ouço Grayson fazer
um som de fundo de sua garganta. Espero que Mark atenda o aviso.
— Você deixou ele te ver, — ele irrita para fora, olhando para a
frente na estrada. — Tocar em você.
~ 155 ~
— Isso é o mais longe que conseguiu, — eu digo, me perguntando
qual diabos era o grande negócio. Então ele me viu sem blusa, grande
coisa. Segundo, tanto quanto ele tem, e eu dei tudo para Grayson.
Eu desfaço seu jeans, puxando seu pênis para fora, logo que
chegamos à garagem. Assim quando a porta da garagem se fecha atrás
de nós, eu me escarrancho sobre ele. Ele empurra o banco de trás, e em
seguida, entra em mim, levantando seus quadris e empurrando
duro. Eu lamento. Suas mãos apertam minha bunda, controlando meus
movimentos. De repente, o meu vestido é puxado sobre a minha cabeça,
e meu sutiã é desfeito. Totalmente nua, eu o monto duro e rápido.
~ 156 ~
movem para a minha bunda. — E isso, — diz ele, levantando seus
quadris para cima com uma longa estocada, — É meu.
~ 157 ~
Capítulo Vinte e Oito
Estou limpando o balcão no trabalho, quando Dylan entra. As
coisas com ela tem sido tranquilas, embora nós nos vemos por aqui e
ali. Quando ela vem e fica na frente de mim, eu tenho a sensação de
que isso está prestes a mudar.
— Então, Grayson está partindo hoje à noite, — diz ela, com uma
inclinação presunçosa nos lábios.
— Não importa o que você pensa. Três noites com Grayson. Ele
sempre gostou desta coisa que eu faço com o meu...
— Além do fato de que o meu namorado está indo viajar com sua
ex-namorada e não teve a decência de me dizer? — eu agarro, olhando
para ele com raiva e mágoa em meus olhos.
~ 158 ~
— Dylan veio ao meu trabalho hoje e disse que ela vai com você
para Sydney e como eu deveria estar preocupada...
— Eu não ouvi nada sobre isso. Se o pai dela está indo, talvez ela
vai junto. Mas o que isso importa? Eu nunca iria trair você, e eu pensei
que você sabia disso, — diz ele, balançando a cabeça em descrença.
— Sim, bem, ele está com London agora. Então, — diz ele
encolhendo os ombros.
— E daí?
— Então ele não é uma ameaça, — diz ele com honestidade direto
para fora.
~ 159 ~
— Bajulação vai te levar em todos os lugares, — ele brinca,
puxando o telefone longe de sua orelha. — Ele não está respondendo,
por isso vou enviar uma mensagem. — ele digita a mensagem, em
seguida, coloca o telefone longe. Aiden responde alguns minutos depois.
*****
— Você costumava dar lap dances3 para o pai dele! — ele rosna,
colocando as mãos nos bolsos.
— Tudo o que eu estou dizendo é que Leah sabe que eu era uma
stripper. E ela não segurou isso contra mim. Ela me aceitou. Eu acho
que você deveria fazer o mesmo por ela e Jake, — eu digo, esperando
que ele entenda onde eu estou tentando chegar. Sem
julgamento. Apenas seguir em frente.
3
São danças que as mulheres fazem no colo dos homens.
~ 160 ~
— Está vendo? Ela nem sequer disse nada. Você tem sorte de ter
uma irmã como ela, — eu digo a ele quando eu me deito na cama, me
sentindo cansada do voo.
*****
~ 161 ~
Ele bebe sua bebida e balança a cabeça para mim. — Você tem
sorte que você é tão bonita.
Ela revira os olhos para mim. — Oh, por favor, estava escrito
sobre ele.
— Hora de ir, babe. — diz Grayson quando Leah diz que eles
estão saindo.
~ 162 ~
— Tudo bem. Onde está o Dylan? — eu pergunto, olhando em
volta por ela. Eu posso não gostar dela, mas não podemos deixá-la aqui
sozinha.
— Ela disse que vai voltar para o quarto dela mais tarde, — diz
ele. Eu dou de ombros e coloco minha mão na sua, deixando ele me
levar de volta para o quarto. — Você está cansada? — pergunta ele,
quando nós abrimos a porta do quarto.
~ 163 ~
Capítulo Vinte e Nove
— Quando é que você vai morar comigo? — Grayson
pergunta. Tem sido uma semana desde que voltamos de Sydney, e
nosso relacionamento está mais forte do que nunca. Nós não somos
perfeitos, é claro, e estamos aprendendo muito à medida que
avançamos, mas estamos juntos nisso. Para longo prazo.
Ele olha para o teto, deitado de costas na cama. — Você está aqui
praticamente todos os dias. E eu amo isso. Eu quero que você
permanentemente, — diz ele, levantando a cabeça para olhar para mim.
~ 164 ~
prefiro que você poupe o seu dinheiro, v diz ele, cruzando os braços
atrás da cabeça e me estudando.
~ 165 ~
— Para quem essas mensagens? — eu pergunto, tentando ver a
tela.
— Anaya. Disse a ela que você está se mudando para cá. Eu vou
pagar o aluguel até que ela encontre uma outra companheira de quarto.
*****
~ 166 ~
— O que você está fazendo aqui? — ele pergunta a ela. Em vez de
responder, ela corre para ele, e envolve seus braços em volta dele. Ele
endurece, me atirando um olhar de desculpas.
— Tive uma briga com meu pai. Não tenho mais para onde ir,
então eu estava esperando que eu poderia ficar aqui. Você sempre disse
que se eu precisasse de um lugar para dormir...
~ 167 ~
— Bem, ela conseguiu, — eu digo.
— Paris...
~ 168 ~
Capítulo trinta
— Você tem um pau enfiado na bunda? v London pergunta,
parecendo preocupada.
— Vou ser tia? Sou muito jovem para ser tia! — diz ela
dramaticamente.
~ 169 ~
— Não acho que você quer saber, confie em mim.
— É para isso que a família serve, certo? Para estar com você
quando fizer merda! — seu comentário devia me deixar com raiva, em
vez disso, começo a rir. É um daqueles momentos. Aqueles onde a
pessoa só pode rir ou chorar.
Eu escolho rir.
*****
~ 170 ~
— Saia. Não vou fazer xixi na sua frente, — falo, empurrando-a
porta a fora.
— Acho que você não vai precisar da carona depois de tudo, — diz
ela, me beijando na bochecha, acenando para Grayson antes de
caminhar para dentro e fechar a porta.
~ 171 ~
— Por causa desta manhã? — pergunto, surpresa. Não vou fugir
por causa de uma ex-aleatória, mesmo que isso tenha me irritado. E
machucado. Muito.
— Não vou a lugar nenhum, — digo a ele. Ele abre a porta para eu
entrar. Penso sobre o que dizer a ele todo o caminho até em casa. Ele
nunca mencionou se gostaria ou não de filhos, então não tenho ideia do
que esperar de sua reação.
— Sim, quero dizer, acho que sim. Fiz um teste e deu positivo,
mas posso estar errada, eu acho. Vou amanhã ao médico e ver com
certeza, — divago nervosamente.
— Você ainda usa a pílula? — diz ele, fazendo isso soar como uma
pergunta.
— Marque uma consulta para amanhã e vou com você, — diz ele,
beijando minha cabeça.
~ 172 ~
— Por que você não está surtando? — pergunto, virando para
olhar para o rosto dele.
— Ok, — sussurro.
— Agora, vamos para a cama, — diz ele. — Quero fazer amor com
a mão do meu bebê. — toco seu estômago, o que me excita, porque a
minha mão toca seus abdominais definidos. — Você tem sorte que estou
quente.
— Sim? — respondo.
Poderia?
~ 173 ~
Capítulo tinta e um
Estou grávida.
— Você não vai morrer. Venha, vou pegar alguns biscoitos para
você mastigar, — diz ele, se levantando e saindo do banheiro. Me limpo
e vou para a cozinha.
~ 174 ~
Coloco o biscoito para baixo. — Nós podemos fazer isso. Você
sabe disso, né?
Ele balança a cabeça. — Eu sei isso. Você vai ser uma mãe
incrível. Nosso bebê tem tanta sorte. — pisco furiosamente tentando
impedir meu choro. — Babe, — diz ele, balançando a cabeça quando me
vê emocionada.
Espreito entre meus dedos. — Minha irmã está grávida, — diz ela.
— Quero saborear o momento.
*****
~ 175 ~
Posso sentir seu olhar em mim durante a aula. Quando
finalmente acaba, saímos juntos.
— Não vou mimar você. Só quero ter certeza de que está tudo
bem, — ele diz, soando um pouco magoado com o meu comentário.
— Por que você não tira uns dias de folga e relaxa? Já disse a
Aiden que você está saindo do bar, — diz ele casualmente.
Sua cabeça vira para mim. — Você está grávida. Não precisa
trabalhar quando tenho os meios para cuidar de você. Você ficará
esgotada!
Esfrego minha testa. — Você não pode decidir por mim. Estando
juntos ou não. Sim, estou esperando seu bebê, mas você não pode me
controlar. Se você queria que eu parasse de trabalhar, deveria ter
discutido isso comigo!
— Eu sabia que você seria contra isso! E você não vai trabalhar!
— diz ele, erguendo a voz.
Assim que o carro para, eu saio. Pego minha chave, abro a porta,
e trovejo para dentro. Grayson vem cerca de um minuto depois,
suspirando pesadamente, e coloca as chaves do carro em cima da mesa.
Pego meu telefone e coloco no meu ouvido.
— Hey Aiden, — digo antes que o telefone seja tirado de mim. Ele
desliga depois se vira para olhar para mim, sua mandíbula apertada.
~ 176 ~
— Você não pode trabalhar e estudar, Paris, é demais!
Especialmente quando você não precisa! — ele rosna, começando a
andar de um lado para outro. — Por que você não pode simplesmente
me deixar cuidar de você?
— Então, você quer que eu confie em você para tudo? Então vou
ter que te pedir dinheiro, já que não terei o meu? Vai fazer o que, me
dar um subsídio semanal ou algo assim? — grito.
Ele para de andar e vira seu olhar para mim. — Não sei por que
diabos você está comigo quando, obviamente, acha tão pouco de mim,
— diz ele, antes de pegar as chaves e sair. Ele não bate a porta, mas
fecha com um baque retumbante que é a mesma coisa.
*****
~ 177 ~
— Já estou chegando, — digo, desligando o telefone. Verifico a
hora, dez horas. Não posso acreditar que ele não voltou. Claro, nós já
tivemos uma briga, mas ele nunca me deixou assim antes. Envio uma
mensagem para London e pergunto se ela pode vir me pegar, e ela diz
que sim. Rapidamente, visto uma calça jeans e um top branco,
empurrando meus pés em minhas sapatilhas.
~ 178 ~
levanta sua camisa, revelando seu quadradinhos sexys e enxuga a
cerveja do rosto.
— Escuta aqui, sua vaca, ele não quer você. Tenha um pouco de
auto respeito do caralho. Estou esperando um filho dele. Então, por que
você não vai encontrar alguém para perseguir? v rosno, vendo vermelho.
Ela tenta sair de meu controle, então aperto mais. — Concorde, se você
me entende.
— Claro, mas...
— Não, Leah, — digo, balançando a cabeça. Sei que ela quer que
eu o leve para casa, para consertar as coisas. Mas desta vez eu não
posso. Viro e vou embora. Ouço ele me chamando e então ele começa a
gritar. Faço meu caminho até o carro e entro nele, batendo a porta atrás
de mim.
~ 179 ~
— Quer ficar na minha casa? — ela pergunta.
~ 180 ~
Capítulo trinta e dois
Mais tarde naquela noite, eu recebo uma mensagem de texto de
alguém que eu nunca pensei que eu iria ouvir de novo.
Diamond - Eu não queria fazer isso, mas o chefe insistiu. Ele quer
você para um evento na próxima semana. Uma coisa off. 10 mil, se você
estiver interessada. Cuide-se, meu doce.
Dez mil dólares por uma noite? Onde diabos estava este evento
quando eu precisava para saldar a dívida de London? Eu olho para o
meu estômago. Esse dinheiro poderia fazer muito para mim agora. Eu
poderia comprar todas as coisas para o bebê e reduzir o tempo no
trabalho. Eu estava realmente pensando em fazer isso? Eu envio uma
mensagem de texto de volta ao Diamant, em seguida, vou dormir.
******
~ 181 ~
— Estou grávida e não uma inválida.
— Bem, ela não quer te ver. Então cai fora, — diz ela, cheia de
atitude.
— Você não deveria ter saído em primeiro lugar! Você estava com
raiva, então eu fui te pedir desculpas e te levar para casa; em vez disso,
você estava sentado ali ao lado dela! E você sabe como me sinto sobre
ela. Você sabe! E você não dá a mínima! — eu digo com raiva, me
levantando ao lado do sofá.
— Por que diabos ela ainda está ligando para você? — eu grito.
Ele passa as mãos pelo seu rosto. — Liguei para ela para gritar
sobre a merda que ela fez. Ela não respondeu, mas depois ela me ligou
quando eu estava no bar. Eu mencionei que eu estava lá; ela, então,
simplesmente apareceu.
~ 182 ~
Eu rio, mas não há humor nele. — Então essa é a sua desculpa?
Que fodido, Grayson. Suas palavras dizem uma coisa, mas suas ações
dizem claramente outra coisa. Como você se sentiria se eu saísse de
casa, porque eu estava com raiva, e depois fosse para um bar e bebesse
com o meu ex?
London vai até mim com uma garrafa de água e alguns biscoitos.
— Obrigada, — eu digo a ela. O rosto de Grayson cai ainda mais. Ele
normalmente faz essas coisas para mim.
— Por favor, venha para casa para que possamos conversar, — diz
ele em voz baixa para que só eu possa ouvi-lo.
~ 183 ~
para te dar uma vida mais fácil. Você está carregando o meu bebê e eu
quero vocês dois saudáveis. Então tente olhar para isso do meu ponto
de vista. Eu só estou tentando cuidar da minha família o melhor que
posso.
— Sinto muito, babe, você não precisa desse estresse, — diz ele,
me pegando e me deitando no sofá. — Descanse. Eu vou vir te ver
amanhã. — ele me beija no meu nariz. — Eu te amo.
— Ele estará aqui hoje à tarde, — diz ela. — Você sabe, eu tenho
um quarto de hóspedes; simplesmente não há cama lá dentro. Eu me
sinto mal; você parece desconfortável. Você poderia, por favor, tomar o
quarto? Eu me sentiria um inferno de muito melhor.
~ 184 ~
Como se vê, não precisei me preocupar. Grayson tinha uma nova
cama e colchão entregues à sua casa na manhã seguinte.
~ 185 ~
Capítulo trinya e três
Dois dias se passaram antes de voltar para casa. Grayson e eu
falamos ao telefone, mas ele respeitou os meus desejos por espaço.
Quando entro em casa, vejo uma das portas dos quartos aberta.
Curiosa, entro e engasgo com o que vejo. As paredes foram pintadas de
amarelo, e há um berço branco no canto. Um baú branco de gavetas,
uma mini mesa e cadeiras e um travesseiro gigante decorando o quarto.
— Tenho certeza.
~ 186 ~
— Nada mais de tempo longe, Paris. Se você quiser ficar com
raiva de mim, fique com raiva de mim aqui, onde eu possa te ver. Ok?
Não fuja mais, — diz ele enquanto me despe. — Nunca vou deixar você
escapar por entre meus dedos.
*****
— Você não trabalha mais aqui, — diz Aiden, sorrindo torto para
mim.
— Fiz um acordo com Grayson e disse que vou trabalhar aqui dois
turnos por semana. Isso é justo, eu acho, — digo. — Vou ficar enquanto
puder. Então vou terminar o meu curso on-line depois de ter o bebê.
~ 187 ~
Comecei a rir de sua expressão assustada. — Tio Aiden. Você é
um dos meus bons amigos, e está namorando a minha irmã; é lógico.
— Por quê?
— Por quê? Por tudo! Por me dar um emprego, estar aqui quando
precisava de alguém. E agora que você está com minha irmã. Sério,
você é meu herói.
— Oh, por favor, nem sequer ouvi sua música emo, — digo, me
referindo a sua antiga banda.
*****
~ 188 ~
— Estou bem, um pouco de náusea, mas nada que não possa
resolver, — respondo. Grayson ri, provavelmente lembrando do meu
comentário dizendo: ‗eu vou morrer‘.
Seus olhos amolecem. — Você vai ser uma mãe incrível, Paris.
4
Em inglês = Mothers I"d Like to Fuck, termo foi criado pelos jovens americanos cujos amigos tem a mãe
muito gostosa.
~ 189 ~
Seus lábios descem sobre os meus, e todos os nossos amigos
torcem.
~ 190 ~
Epílogo
— Nem pense em tentar chamá-la de Edimburgo ou Dublin ou
algo assim, — Grayson me diz enquanto olha fixamente para o nosso
pacote perfeito de alegria. Os pais deles vieram visitar depois. Eles não
estavam tão entusiasmados quanto nós quando descobriram, mas
posso dizer que se apaixonaram por ela, tanto quanto nós.
— Bom, — ele olha para ela com admiração. Seus olhos estão os
mais suaves que já vi. Ele está apaixonado por ela. É a coisa mais linda
de se ver. Quero tirar uma foto deles com a minha câmera, capturando
o momento. — Como você quer chamá-la?
— Quero dar a ela o nome de minha mãe com seu nome do meio,
então Ivy Kate. O que você acha? — pergunto.
— Depois que ela terminar de mamar, vou levá-la para que você
possa dormir, — diz ele, sorrindo para nós.
— Obrigado por me dar ela. Por me dar você. Vou ser o melhor
pai. Prometo, — ele diz.
~ 191 ~
— Eu sei que você vai ser, — digo a ele.
Eu sei disso.
~ 192 ~