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O filme “Coringa”, dirigido por Todd Phillips, narra a vida de Arthur Fleck, o qual foi diagnosticado com

um distúrbio mental chamado “Transtorno da Expressão Emocional Involuntária”, ou seja, suas ações
não condizem com as suas emoções. Devido ao preconceito da sociedade apresentada no filme, o
protagonista é afastado da sociedade, levando-o a psicopatia. No Brasil, análogo a ficção, a intolerância
da população perante aos distúrbios mentais, é extremamente recorrente. Ademais, há a existência do
tabu da sociedade sobre esse tema.
Primeiramente, vale ressaltar que o Artigo 1° da Constituição Federal afirma que todos têm direito a
dignidade, porém, houve um decreto, não autorizado, que pedia a criação de salas de aulas e escolas
diferentes para crianças e adolescentes portadoras de doenças mentais, sendo assim, o próprio
governo está incitando a segregação dessa parte da sociedade, por consequência, os mesmos crescem
com a ideia de que essas pessoas são inferiores. Além disso, o mercado de trabalho se encontra cada
vez mais fechado para pessoas que possuem doenças mentais, por consequência, as mesmas são
excluídas da sociedade. É de grande urgência que esse problema seja minimizado.
Também é válido destacar que 86% dos brasileiros sofrem com algum tipo de distúrbio mental, porém
apenas uma pequena porcentagem faz o tratamento adequado, pois o tabu gerado pela sociedade leva
ao déficit de discussão sobre o tema e, consequentemente, ao desestímulo do indivíduo a procurar a
ajuda necessária que, algumas das vezes, pode ser por medo de julgamentos vindo até mesmo da
família. Então, é indubitável que esse fato seja minorado.
Logo, é necessário que a inclusão social do cidadão que tem doenças mentais seja feita desde a
infância até sua fase adulta com políticas de inclusão, tanto nas escolas quanto nos ambientes de
trabalho, instituídas pelo Governo, por meio de cotas, para que a segregação seja minimizada e os
indivíduos sejam vistos como iguais. Além disso, cabe as ONGs, promoverem campanhas publicitárias,
com o intuito de conscientizar sobre a importância da discussão desse tópico, para que, assim, a ideia
de tabu seja quebrada e as pessoas se conscientizem sobre a importância do tratamento das doenças
mentais, minimizando a banalização desse assunto.

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