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Personalidade

Do ponto de vista etimológico a palavra personalidade vem do latim “persona” que significa
máscara usada por um actor. Neste sentido, o termo deixava transparecer dois aspectos
essenciais: o aspecto exterior que representa o que se percebe aos olhos do observador e o papel
desempenhado por este. Mais tarde, este termo foi usado para designar um indivíduo digno de
nota, de respeito, que desempenha um papel preponderante.

A Personalidade pode, então, ser precebida como um conjunto de características psicológicas


que, desenvolvidas ao longo da vida e dotadas de uma relativa continuidade, nos diferencia uns
dos outros (apesar de muitas semelhanças que possamos apresentar). Cada indivíduo é dotado de
um modo de ser único no que respeita à forma como se vê a si próprio e aos outros, reage às
situações e à presença ou ausência dos outros. Possui, portanto, uma identidade. Esta identidade
não é estática mas dinâmica, desenvolve-se, aprofunda-se não estando nunca absolutamente
definida. Em suma, compreender a personalidade humana é compreender o ser na sua totalidade.
Conhecido como o maior explorador da psicanálise, Sigmund Freud, nasceu e morreu entre 1856
e 1939. A sua teoria da personalidade foi desenvolvida quando trabalhava com pacientes
neuróticos na busca de “insights” que lhe permitissem entender a personalidade humana. Das
experiências colhidas nas observações construiu uma teoria que se designou de Psicanálise a qual
explicava os eventos normais e anormais e o modo de tratamento destes últimos.

Para Freud, a personalidade é composta por três instâncias fundamentais: o id, o ego e o
superego. Segundo ele, o id é a parte da personalidade dominada pels impulsos. O id não possui
valores morais e guia-se pelo princípio do prazer o qual pressiona-o constantemente para que os
impulsos seam satisfeitos sob o risco de eles se tornarem nocivos a personalidade e criar,
portanto, disturbios psíquicos. Estes prazers podem ser satisfeitos também através do sonho que
constitui portanto, um escape. Freud considera que este processo primário constitui uma forma
infantil de actividade mental.

O ego é para Freud a consciência e surge nas crianças como uma forma de relação com o
ambiente e serve para regular os desejos e necessidades próprias destas. O ego vem do id e foi
modificado pela sua proximidade com o mundo exterior. A tarefa fundamental do ego é
identificar quais os objectos reais capazes de satisfazer as necessidades do id. O ego é
controlável e actual sob o princípio da realidade, isto é, diferentemente do id, ele procura a
satisfação das necessidades olhando para a realidade.

O superego, esta terceira parte da estrutura da personalidade, representa o aspecto moral dos
seres humanos. Ele se desenvolve quando os pais ou outros adultos transmitem valores e as
normas da sociedade à criança. Esta é a última parte da personalidade que é desenvolvida a partir
do ego. Trabalha como censor, informando para o ego o que é certo e errado sobre as atividades
mentais e pensamentos presentes no ego. Freud apresenta três funções do superego: consciência,
auto-observação e formação de ideias. É estabelecido a partir do superego dos pais, sendo este o
veículo de todos os julgamentos e valores que são transmitidos de geração em geração.

Estes três componentes (id, ego e superego) segundo Freud compõem o modelo estrutural da
personalidade que podem representar a impulsividade, racionalidade e a moralidade,
respectivamente, de uma maneira que deve ser entendida como conceito.

Esta divisão constituída por Freud foi um grande passo na história da psicologia. Através da
criação da psicanálise ele colaborou enormemente na medicina para diversos tratamentos das
mais variadas doenças mentais.

Desenvolvimento da personalidade para Freud

Na concepção de Freud a personalidade é moldada a partir da infância quando a criança tenta


satisfazer as suas necessidades através das fases psicossexuais.

O termo psicossexual refere-se a libido (energia sexual) a qual se centra em diferentes partes do
corpo ao longo do desenvolvimento da criança. Segundo Freud esta energia libidinal situa-se
fundamentalmente na boca, no ânus e nos órgãos genitais e vai se focalizando nestas diferentes
zonas ao longo do desenvolvimento da criança. Portanto, quando ela se fixa numa determinada
zona o indivÍduo procura a satisfação dos seus desejos através desta zona.
Fase oral (primeiro ano de vida)

Durante os primeiros momentos de vida da criança, a energia libidinal centra-se na boca


fundamentalmente levando a que o bebé tenha prazer em sugar, morder os objectos com os quais
se relaciona. O desmame constitui uma fase de conflito, porque a criança quererá ainda continuar
a chupar o seio da mãe como uma forma de libertação das energias libidinais que se encontram
alojados na zona buco-labial. Se esta fase nao for suficientemente satisfeita correr-se-á já na vida
adulta o risco de exibir tendências e traços orais que se manifestam através da gula, dependência,
e passividade, fumar, mastigar pastilhas, falar excessivamente.

Fase anal (2-3 anos)

Esta fase ocorre durante o segundo ano de vida da criança e consiste no prazer que ela tem de
reter e expelir as feses. O prazer da criança neste caso consiste em reter e expelir os esfincteres
colidindo assim com as restrições da sociedade.

O grande conflito na criança surge, portanto, na tentativa de educá-la a controlar através do uso
do toilete os seus esfincteres levando a que algumas desobedeçam a ordem dos seus superiores
tentando evacuar em lugares inoportunos. A retenção dos esfincteres pela criança cria um prazer
suave nas paredes dos intestinos levando-as a repetir esta sensação agradável.

Fase fálica (3-5 anos)

Segundo Freud, esta fase é uma fase em que as crinças descobrem os seus órgãos sexuais
genitais e sua função de criação do prazer. É uma fase segundo ele em que a criança começa com
as suas aventuras sexuais como por exemplo a masturbação. Nesta fase, a criança projecta um
amor excessivo ao pai ou mãe do sexo oposto tornando-se rival com um dos pais do mesmo
sexo. Este conflito, quando ocorre com uma criança do sexo feminino é designado de complexo
de electra e quando ocorre com criança do sexo masculino, designa-se de complexo de edipo.

A fase de latência ( 6 anos à puberdade)


Para Freud, a personalidade encontra-se quase essencialmente formada na fase fálica. Nessta fase
as necessidades sexuais da criança encontram-se como que adormecidas sem ocorrência de
algum conflito de personalidade. Este período é também designado de fase de lactência.

A fase genital (adolescência)

Esta fase coincide com a chegada da puberdade em que os interesses sexuais tornam-se
novamente a revelarem-se. Nesta fase, as actividades orientam-se para a cultura e as pessoas
criam relações umas às outras.

Teoria de Freud sobre a personalidade

A psicanálise é a única que é defendida por Sigmund Freud e tem como elementos fundamentais
o seguinte: a personalidade é um conjunto dinâmico constituido por copetentes em confitos,
dominados por forças inconscientes e a sexualidade tem um papel crucial. Refere também a
visão psicanalitica a existência da primeira tópica e da segunda tópica, sendo o inconsciente, o
pré-consciente e o eu, id, superego, respectivamente.

Segundo Freud (1964, cit in Hensenne,2003), existem no desenvolvimento da personalidade,


sendo estas a oral, a fálica o período da latência e a sua fase genital.

Crítica a teoria psicanalítica

A teoria Psicanalítica de Freud teve seu mérito no sentido de que trouxe muitos conceitos para o
público em geral. Conceitos como necessidades orais, impulsos inconscientes, complexos de
édipo, etc, são alguns dos mais comumente usados. Por outro lado, os cientistas concorda com o
facto de que se deve ter em conta a experiência inicial quando se analisa a questão do
desenvolvimento da personalidade e que as pessoas são, por vezes, influenciadas por motivos
inconscientes.

No entanto, a teoria freudiana sofreu duras críticas por não considerar na sua abordagem as
influências sociais e culturais sobre o desenvolvimento da personalidade. Os procedimentos
usados por Freud e a linguagem usada por este é igualmente contestada por alguns cientistas.

Fatores que influenciam no desenvolvimento da personalidade


O desenvolvimento da personalidade pode ser influenciado por vários fatores ou aspectos, tanto
ambientais como da própria pessoa. Os fatores que influenciam no desenvolvimento da
personalidade são:
Por um lado, as situações ambientais externas podem levar as pessoas a adaptarem seus
comportamentos e pensamentos a tais situações. Assim, em relação aos fatores ambientais que
influenciam no desenvolvimento da personalidade, podemos contemplar a cultura, as
experiências, entre outros.
Por outro lado, os aspectos internos da pessoa podem ser combinados para influenciar no
comportamento dos indivíduos. Referindo-nos a esses fatores internos das pessoas, devemos
levar em consideração os fatores biológicos e hereditários, as necessidades (por exemplo, de
realização, de afiliação), os pensamentos, o temperamento, caráter, etc.

O desenvolvimento da personalidade infantil


Na infância, o desenvolvimento da personalidade está intimamente ligado à relação
do temperamento com a realidade que cerca as crianças, ou seja, em função de como o
temperamento das crianças interage com seu entorno, a personalidade será influenciada de um
modo ou outro. Essa estreita relação se deve aos padrões de comportamento que as crianças
adquirem em correspondência com as situações em que geralmente se encontram.
Deixando de lado as etapas de Freud e Erikson comentadas anteriormente, que se encaixam com
as idades compreendidas na infância, as crianças desenvolvem gradualmente diferentes
capacidades e habilidades, tanto cognitivas como físicas, que lhes permitem entrar em contato e
interagir com a realidade e o ambiente que os rodeia. É nesta etapa quando as crianças começam
a desenvolver os vínculos afetivos e o apego com seus progenitores e pessoas próximas.
Além disso, o desenvolvimento da personalidade infantil é influenciado pelos valores, crenças e
normas que as crianças começam a adquirir e que são instigados externamente pelas autoridades,
pais, professores, irmãos mais velhos, entre outros.

O desenvolvimento da personalidade na adolescência


As mudanças físicas que ocorrem na puberdade influenciam muito o desenvolvimento da
personalidade na adolescência, principalmente em termos da autoestima, da segurança, da
confiança, da socialização e da sexualidade.
Trata-se de uma etapa na qual os rapazes e moças tendem a experimentar muito, porque
querem descobrir quem são, o que querem, quais são suas preferências sexuais, o que esperam
deles mesmos, entre outros. Tudo isso implica que em muitas ocasiões, os rapazes e moças se
sentem inseguros e desconfiados porque não se encontram, fato que pode levar à uma baixa
autoestima. Além disso, estão em uma idade na qual o aspecto físico assume grande importância,
portanto, se eles não gostam ou aceitam a eles mesmos, também influenciará em uma baixa
autoestima, um medo da socialização, uma insegurança, etc.
Assim, por se tratar de uma etapa na qual a experiência predomina, o desenvolvimento da
personalidade pode ser bastante influenciado, pois como comentamos anteriormente, a
experiência é um dos fatores ambientais que podem atrapalhar o desenvolvimento da
personalidade.

Factores que influenciam o desenvolvimento da personalidade

O desenvolvimento da personalidade pode ser influenciado por vários fatores ou aspectos


ambientais e da pessoa. Os fatores que influenciam o desenvolvimento da personalidade são:

Por um lado, situações ambientais externas à pessoa que podem levar as pessoas a adaptarem
seus comportamentos e pensamentos a essas situações. Assim, em termos de fatores ambientais
que influenciam o desenvolvimento da personalidade, podemos contemplar cultura, experiências,
entre outros.

Por outro lado, os aspectos internos da pessoa podem ser combinados para influenciar o
comportamento dos indivíduos. Referindo-se a esses fatores internos das pessoas, devemos levar
em consideração fatores biológicos e hereditários, necessidades (por exemplo, realização,
afiliação ...), pensamentos, temperamento, caráter e assim por diante.

O desenvolvimento da personalidade na infância

O desenvolvimento da personalidade do Homem não começa apenas na idade adulta. Podemos


dizer que a idade adulta marca o culmunar de uma série de transformações quer ao nível psíquico
como biológico que ocorreram ao longo do tempo. Desde ao seu nascimento ou mesmo antes
disso, o indivíduo é exposto a uma série de estimulações de diversa ordem. Estas estimulações
influem no seu crescimento, isto é, ditam de certa forma o seu desenvolvimento psíquico,
biológico, quer dizer, da sua personalidade. De entre as diversas estimulações que o indivíduo
recebe e por sinal as mais marcantes parecem ser de origem ambiental. Entendemos por
estimulações do meio ambiente tudo aquilo que circunda o indivíduo.

Contudo, o indivíduo muito antes de tornar um ser social recebe dos seus progenitores uma carga
biogenética que o permite adaptar-se às condiçõesadversas do meio ambinte. A carga genética
(hereditária) é aquilo que o indivíduo recebe como heran,ca física transmitida pelos seus
progenitores (pais) no momento da gestação.

O meio ambiente é influenciado por vários outros factores de entre os quais se destacam: O meio
químico pré-natal que corresponde às influências de ordem química que o fecto recebe na altura
da gestação. É sabido quão são influentes os diferentes agentes químicos (drogas) no
desenvolvimento do fecto. Isto significa que se a mãe do bebé é alcólatra poderá influenciar no
desenvolvimento da criança. Possivelmente se deformará devido aos efeitos nocivos do álcool ou
outras drogas consumidas pela mãe.

Do mesmo modo que as influências químicas pré-natais afectam o desenvolvimento do fecto


materno, o bebé sofrerá outros efeitos químicos após o seu nascimento; o meio químco pós-natal.
Depois de nascer o bebé frequentemente está em contacto com agentes nocivos do ambiente.
Comidas contaminadas por bactérias, falta de oxigénio ou nutrição inadequada afectarão o
desenvolvimento deste bebé.

O outro factor determinante no desenvolvimento do indivíduo são as chamadas experiências


sensoriais constantes. Os órgãos dos sentidos processam uma série de eventos quer antes ou
depois do nascimento do indivíduo. Quando o indivíduo nasce é recebido no meio ambiente por
uma variedade de estímulos que variam constantemente (vozes, sons, cheiros, contactos, etc).
Estes estímulos têm uma influência marcante nos órgãos dos sentidos do bebé.

Eventos físicos traumáticos refere-se à força com que os estímulos actuam no organismo do
indivíduo podendo influenciar a qualidade os órgãos dos sentidos e consequentemente a sua
capacidade de os discernir os diversos elementos da natureza. Imagine, por exemplo, que a
criança sofreu um truma qualquer, esteve exposta a sons violentos. Ela desenvolverá uma fobia
por sons altos. Outro elemento fundamental a ter em conta em relação é o facto de que diversas
crianças possuem condições de crescimento diferentes. Pense, por exemplo, numa criança que
viva numa grande cidade cujos pais sejam bem euducados e possuam uma condição económica
favorável. Esta criança estará rodeiada de brinquedos, computadores, televisão que lhe ajudarão
a se desenvolver rapidamente. Agora pense numa criança cujos pais são camponeses e vivem
numa zona rural remota, sem televisão, nem computador. Esta criança terá uma maneira de
visualizar o mundo que é diferente do da criança que vive na cidade. O meio ambiente interage
continuamente com a hereditariedade influenciando o desenvolvimento do indivíduo. A criança
nasce com o certo material genético do útero da sua mãe e o meio ambiente vai dando forma ao
recém-nascido através de estimulações de diversa natureza. Tanto no meio uterino como fora
deste as condições podem mudar afectando o desenvolvimento do indivíduo.

Na infância, o desenvolvimento da personalidade está intimamente ligado à relação de


temperamento com a realidade que cerca as crianças, ou seja, dependendo de como o
temperamento das crianças interage com o ambiente, a personalidade será influenciada por um
de um jeito ou de outro. Essa estreita relação se deve aos padrões de comportamento que as
crianças adquirem em correspondência com as situações em que geralmente se encontram.

Deixando os estágios de Freud e Erikson discutidos acima, que se ajustam às idades da infância,
durante a infância, as crianças desenvolvem gradualmente diferentes habilidades e habilidades,
tanto cognitivas quanto físicas, que lhes permitem entrar em contato e interagir com a realidade e
o ambiente circundante. É nesta fase que as crianças começam a desenvolver laços emocionais e
apego com os pais e parentes próximos.

Além disso, o desenvolvimento da personalidade na infância é influenciado pelos valores,


crenças e normas que as crianças começam a adquirir e que são instiladas externamente pelas
autoridades, pais, professores, irmãos mais velhos, entre outros.

Desenvolvimento da personalidade na adolescência

As mudanças físicas que ocorrem na puberdade influenciam muito o desenvolvimento da


personalidade na adolescência, principalmente em termos de autoestima, segurança, confiança,
socialização e sexualidade.
É um estágio em que as crianças tendem a experimentar muito, porque querem descobrir quem
são, o que querem, quais são suas preferências sexuais, o que esperam de si mesmas, entre
outras. Tudo isso implica que, em muitas ocasiões, os meninos se sentem inseguros e
desconfiados por não serem encontrados, fato que pode levar à baixa auto-estima. Além disso,
eles estão em uma época em que o aspecto físico se torna muito importante; portanto, se não
gostarem ou não se aceitarem, também influenciará a baixa auto-estima, o medo de socialização,
a insegurança e assim por diante.

Assim, como é um estágio em que a experiência predomina, o desenvolvimento da personalidade


pode ser bastante influenciado, como comentamos anteriormente. A experiência é um dos fatores
ambientais que podem atrapalhar o desenvolvimento da personalidade.

A hereditariedade e desenvolvimento da personalidade do indivíduo

O estudo da forma como a hereditariedade influencia o desenvolvimento do indivíduo tem sido


matéria de estudo pelos psicólogos. Já em 1860 o psicólogo Francis Galton se interessou em
saber o grau de influência da genética sobre os indivíduos génios.

Galton querendo um esclarecimento sobre como os individuos podem ser semelhantes aos seus
progenitores estudou uma série de personalidades ilustres desde engenheiros, advogados,
médicos. Dos resultados obtidos notou que várias destas personalidades tinham parentes que
outrora também se evidenciaram em algumas dessas áreas. Descobriu também que a
consanguinidade desempenhava um papel importante no desenvolvimento das pessoas. Isto é, os
parentes consanguíneos e uma família de ilustres tinham mais probabilidades de serem ilustres
que os não consaguíneos. É o que se diz na linguagem popular “filho de peixe sabe nadar”. Quer
dizer, há uma certa dose de informação genética que é transmitida para o filho que vai
influenciar de certa maneira no desenvolviemento deste.

Em estudos semelhantes com gémeos univolares demonstraram uma coincidência entre os


indivíduos quanto à questão de sociabilidade, pois estes tendiam a ser mais introvertidos
(tímidos, reservados e retraidos) ou extrovertidos (comunicativos, activos e amistosos) do ponto
de vista social que os gémeos fraternos. Estes estudos mostram perfeitamente quão é influente a
questão de hereditariedade no desenvolvimento da persoanlidade do indivíduo.
O meio ambiente e desenvolvimento da personalidade

O meio intra-uterino

Ainda no útero da mãe a criança recebe estímulos de diversa natureza. Uma mãe quando se
movimenta o feto reage de uma certa maneira. Não é por acaso que os médicos aconselham a
mulher grávida para se movimentar com cuidado, não realizar trabalho pesado, priorizar o
descanso, durante a gravidez. Estes movimentos podem afectar o estado do fecto no interior do
útero da mãe. Um outro aspecto importante que advem do meio uterino está ligado com a sua da
mãe durante a fase da gestação. As doenças, especialmente as febres podem prejudicar tambem o
estado do bebé durante a gestação. Outras doenças crônicas tais como tuberculoses, diabetes,
sifilis, gonorreia e infecções urinárias foram diagnosticadas como podendo afectar o estado de
saúde e desenvolvimento do fecto em crescimento. Se uma mãe durante as primeiras semanas de
gravidez tiver rubéola durrante a gravidez existe uma probabilidade muito alta de o bebé nascer
deformado. Isto é devido ao facto de que os órgãos dos sentidos, o coração e o sistema nervoso
do bebé em formação se desenvolvem com muita intensidade neste período.

Um dos aspectos a observar também durante a fase da gestação é a dieta da mulher grávida.
Pense nos conselhos médicos dados à sua parceira ou esposa durante a gravidez. Ela sempre deve
seleccionar os alimentos que come. As mães subnutridas não são capazes alimentar
adequadamente o bebé em crescimento nem a si mesmas e isso ameaça o desenvolvimento do
bebé. Embora seja difícil de fazer um diagnóstico eficaz da influência dos produtos químicos na
saúde da criança é já sabido que seu uso abusivo pela mãe durante a gravidez pode também
afectar o desenvolvimento do bebé. Mencionamos no início deste assunto que uma mãe que
consome drogas, tais como, alcool, marijuana, cocaina, etc., pode afectar a saúde do bebé em
crescimento.

Um outro aspecto importante é o estado emocional da mãe durante a gravidez. Uma mãe
constantemente perturbada pode criar problemas na saúde do bebé. É evidente que as mulheres
grávidas se aborrecem por tudo e por nada respondendo às emoções de cólera, ansidade. Quando
isso acontece ocorre uma secreção abundante de hormonas da supra-renal que escorrem
penetrando na corrente sanguínea do feto em crescimento. Se essa secreção for excessiva pode
causar danos no feto.

Em suma, o desenvolvimento da personalidade de um indivíduo depende dos factores ambientais


e da hereditariedade. O indivíduo herda dos seus progenitores todos os códigos genéticos que
vão permitir adapatar-se no meio. O meio ambiente, por sua vez, vai moldando o indivíduo
estimulando o seu crescimento e adaptação as demandas do próprio meio.

Formas instrumentos utilizados na mensuração da personalidade

Desde há muito tempo se preocuparam sobre como medir a personalidade do indivíduo, como
diagnosticar e expilcar os diversos tipos de personalidade já decritos. Na verdade não é fácil
fazer-se uma mensuração da personalidade.

Nos últimos tempos verificou-se um interesse acentuado no desenvolvimento de instrumentos


capazes de diagnosticar a personalidade de um indivíduo. Destes intrumentos se destacam as
entrevistas, técnicas de observação e Testes.

Entrevistas

Constitui a técnica mais usada para avaliar a personalidade de um indivíduo. Esta técnica é
amplamente usada em ambientes educacionais e vocacionais através de colecta de informação de
uma forma individual aos sujeitos visados.

Na técnica de entrevista, o entrevistador formula uma série de perguntas orais ao sujeito visado
com o intuito de penetrar no seu interior analisando as suas respostas. Uma entrevista pode ser
caracterizada por observação participante. O entrevistador é ao mesmo tempo observador e
participa no processo.
No entanto, uma entrevista tem os seus pontos fortes e pontos fracos. Casos existem em que o
entrevistado é influenciado pelo entrevistador quer sugerindo as respostas que este pode dar, quer
através da sua presença física. A entrevista pode criar um envolvimento emocional entre o
entrevistado e oentrevistador distorcendo, consequentemente, a informação dada pelo
entrevistado. Por outro lado, os dados fornecidos pelo entrevistador podem não ser exactos.
Contudo, as entrevistas têm a vantagem de permitir a que o investigador possa seguir um indício
e depois voltar para trás se constatar que existem falhas na informação dada. A efectividade desta
técnica depende da maneira como o entrevistador obtem e interpreta os dados colhidos.

Observações participantes e experiencias controladas

Às vezes, a medição da personalidade tem como base as observações do comportamento do


indivíduo em condições bem controladas ou em ambientes naturais. As observações e
experiencias controladas tem a vantagem de reduzir as distorções e aumentam a precisão.
Suponhamos que você estivesse interessado em seleccionar alunos com capaidades de construir
uma casa uma palhota, por exemplo. Você pode observar estes indivíduos dando-os uma tarefa
semelhante ao da construção da palhota. Depois seleccionará o mais habilidoso de entre os
participantes na experiência. Um dos problemas, por exemplo, das experiementações é de
colocar as pessoas em situações artificiais e inventadas que não estão de acordo com a realidade.
Nestas situações, o psicólogo não irá se esclarecer a respeito das matérias pessoais.

Os testes de personalidade

Os testes de personalidade dividem-se em dois grandes gupos; os testes objectivos e os testes


projectivos.

Os testes objectivos

Os instrumentos classificados de objectivos são considerados como produzindo os mesmos


dados em qualquer lugar onde são aplicados. Este tipo de testes sofrem pouco das influências do
indivíduo que as aplica. O teste de Estudo de Valores desenvolvido por Gordon Allport e seus
colaboradores é um teste objectivo que visa avaliar os valores das pessoas e baseia-se em seis
tipos de valores; valores religiosos (tem a ver com o senso de unidade no indivíduo), políticos
(aspiração ao poder), sociais ( tem a ver com o serviço e o amor dos seres humanos) estéticos
(forma e harmonia), económicos (enfatiza o que é útil) e os teóricos (que buscam a verdade). O
teste de valores baseia-se em respostas de escolha múltipla e cada opção de resposta corresponde
a um determinado valor. Em estudos efectuados usando este teste onde participaram homens e
mulheres verificou-se que as mulhere tem mais inclinação para os valores religiosos, sociais e
estéticos e os Homens uma inclinação para os valores teóricos, económicos e políticos. Veja na
tabela abaixo o exemplo de perguntas de Teste de Valores de Gordon Allport e seus
colaboradores.

Os testes projectivos

Os testes projectivos tem a sua base na perspectiva psicanalítica. O criador da psicanálise


(Sigmund Freud) acreditava que as pessoas podem inconscientemente projectar ao mundo
externo as suas percepções, emoções e pensamentos. Estes aspectos poderiam ser diagnosticados
através do uso de técnicas projectivas nas quais as pessoas são pedidas para reagirem a estímulos
ambíguos. Por exemplo, o indivíduo pode ser solicitado descrever o que vê num borrão de tinta
constituindo uma história à volta desse borrão.

Limitações das Técnicas Projectivas

Os indivíduos subemtidos a esta técnica podem interpretar as mesmas figuras de uma maneira
totalmente diferente. A informação disponível, a habilidade e a distorção podem influenciar
profundamente a interpretação dos dados obtidos através dos testes projectivos. Isso baixa de
certa maneira a sua confiabilidade.

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