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POESIA BRASILEIRA – RELATÓRIO II – GIOVANNA ALBERTIN

Na aula síncrona do dia 21/05, o professor explorou a poesia contemporânea


brasileira, dividindo-a em três momentos, mas falando apenas de dois. Sobre o primeiro
momento (1945-1964), professor destaca o momento de redemocratização no Brasil,
que trouxe grande avanço da economia e das culturas de massa. Destaca a geração de
45, grupo de poetas de São Paulo que queriam acabar com a extravagância do
modernismo, cultuando temas elevados e formas fixas. Destaca, também, o concretismo
(1956), forma de poesia “cerebral”. Como dissidências a este, tem-se o neoconcretismo,
por Ferreira Gullar, que dava sentido mais afetivo à palavra em seus poemas-objeto, e a
Poesia Práxis, que retoma o engajamento histórico, político e social, bem como a
linguagem verbal. Como desdobramentos do concretismo, tem-se a Poesia Semiótica —
que radicaliza e não faz uso da palavra — o Poema processo e o Grupo tendência.
Ao falar do segundo momento da poesia contemporânea (1964-1985) o
professor destaca o contexto da ditadura militar, o tropicalismo, a poesia marginal dos
anos 70 (valorização do corpo e da expressão pessoal, resistência contra a ditadura e
linguajar prosaico e coloquial), a poesia viva e a arte postal. Em seguida, o professor
apresenta “Os desmandamentos”, manifesto por Geraldo Carneiro e Salgado Maranhão
(2009), que mostra como dois poetas contemporâneos enxergam a poesia “hoje”. Por
fim, o professor analisa alguns poemas contemporâneos, entre eles “Dita”, de Antônio
Cícero, “Língua-mar” e “A rendeira”, de Adriano Espínola, e “A arte poética”, de
Donizete Galvão.
Na aula gravada “Leitura de poesia contemporânea I (depois de 45)”, o professor
lê e analisa alguns poemas contemporâneos, entre os quais “Canto Autoral”, de
Anderson Braga Horta (que ajuda muito a compreender a geração de 45), poemas de
Hilda Hilst em Da morte: Odes Mínimas, “O microscópio”, de Bruno de Rivera,
“Urna”, de Rodrigo Petrônio e “O aluno”, de José Paulo Paes.
No vídeo “Noigandres - Poetas de Campos e Espaços - TV Cultura”, tem-se a
história do grupo composto por Augusto de Campos, Aroldo de Campos e Décio
Pignatari, e de sua invenção: a poesia concreta. O documentário acompanha a evolução
do concretismo através dos anos 50 e 60, explorando os passos do grupo, os desafios
que a poesia concreta enfrentou e sua influência em outras artes, como a música, por
exemplo.
Assim, conclui-se que a aulas ministradas e o documentário são complementares
e extremamente necessários para se obter maior entendimento acerca do período
contemporâneo na poesia. É interessante observar, também, tanto nas aulas quanto no
documentário, a evolução do concretismo, que ainda influencia as artes gráficas
brasileiras e se expandiu para muitos contextos diferentes de arte. Além disso, as
diferentes reações ao movimento também se fazem interessantes, pois permitem
entender mais sobre as configurações (e tensões) sociais e artísticas da época.

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