Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Noelí Novais.
Sendo a saúde uma das áreas em que os avanços constitucionais foram muito
significativos. O Sistema Único de Saúde (SUS), integrante da Seguridade Social é uma
das proposições do Projeto de Reforma Sanitária, foi regulamentada em 1990, pela Lei
Orgânica da Saúde (LOS). Ao compreender o Sistema Único de Saúde (SUS), como uma
estratégia, o Projeto de Reforma Sanitária tem como base o Estado democrático de
direito, responsável pelas políticas sociais, publicas e privadas conseqüentemente a
assistência à saúde. Norteada pela proposta de democratização do acesso; a
universalização das ações, melhoria da qualidade dos serviços com a adoção do modelo
assistencial, pautado, na integralidade e equidade dessas ações, na democratização das
informações e transparência no uso e recursos do governo; a descentralização com
controle social democrático; a interdisciplinaridade nas ações tem como premissa básica a
defesa da “saúde como direito de todos e dever do Estado”, determina:
A referida Portaria traz como pressupostos, políticas nacionais diversas, tais como:
de Atenção Básica; de Promoção da Saúde; de Integração da Pessoa com
Deficiência; de Alimentação e Nutrição; de Saúde da Criança e do Adolescente; de
Atenção Integral à Saúde da Mulher; de Práticas Integrativas e Complementares;
de Assistência Farmacêutica; da Pessoa Idosa; de Saúde Mental; de Humanização
em Saúde, além da Política Nacional de Assistência Social (caderno de Atenção
Básica, P.10).
.
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca promover a qualidade de vida da
população brasileira e intervir nos fatores que colocam a saúde em risco, como falta de
atividade física, má alimentação, o consumo de tabaco, dentre outros. Com atenção
integral, equânime e contínua, a Estratégia Saúde da Família (ESF) se fortalece como a
porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), caracteriza-se por ser a porta de
entrada, de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde, tendo em sua
responsabilidade um território definido, com uma população delimitada, partindo do
conhecimento do perfil epidemiológico e demográfico de sua área de atuação, podendo
intervir sobre os fatores de riscos, dos quais a comunidade está exposta, de forma a
oferecer às pessoas atenção integral, permanente e de qualidade, (Caderno de Atenção
Básica).
O Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza ferramentas importantes,
oferecendo relevante suporte para pleno desenvolvimento, e para agregar valores nos
atendimentos para toda população, essas ferramentas serão usadas de maneira otimizadas,
no trabalho em equipes multiprofissional e também de forma interdisciplinares. No
contexto dos atendimentos nas unidades de saúde, o uso da Epidemiologia que congrega
métodos e técnicas de três áreas principais de atuação e de conhecimentos: estatísticas,
ciências da saúde, e ciências sociais, e é aplicada na avaliação de impactos
compreendendo; Epidemias que é a elevação brusca, inesperada e temporária da
incidência de determinada doença, ultrapassando os valores esperados para a população
no período em questão. Pandemia é a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga
distribuição espacial, atingindo várias nações. Endemia refere- se a uma doença
habitualmente presente entre os membros de determinado grupo, dentro do limite
esperado, em uma determinada área geográfica, por um período de tempo limitado,
(Medronho, 2003, P.9).
Possibilitando identificar micro áreas de riscos ou aquelas com indicadores
sociais e de saúde, indicadores de diagnóstico, desenvolvimento, desempenho e
planejamento na avaliação dos programas e serviços de saúde, os indicadores de saúde se
faz primordial para as equipes de saúde local. O diagnóstico epidemiológico possibilita
informações capazes de revelar as desigualdades nas condições de vida, a forma de
adoecimento e morte entre os diferentes grupos sociais, que habitam aquela localidade e
até mesmo as iniqüidades no atendimento de um serviço de saúde, considerando a
distribuição dos casos, segundo variáveis tais como: ocupação, escolaridade, raça, idade e
local de moradia. Neste contexto a epidemiologia, inclui a investigação dos caminhos
biológicos, comportamentais, e psicossociais que operam ao longo da vida do indivíduo,
assim como também indicar através das estatísticas os determinantes da saúde mental,
como a analise de determinado contexto social, permitindo identificar as variáveis,
responsáveis por tornar determinada parcela da população, propensa ao desenvolvimento
de transtornos mentais, e mensurar os determinantes da saúde dos usuários de álcool e
outras drogas. E permite estruturar as políticas de atendimentos em toda rede de saúde,
voltadas para a saúde mental, e para recursos de tratamento, de acordo com a
epidemiologia apresentada, torna-se os procedimentos mais eficientes e diminuindo as
taxas de incidências, tais análises, deve ser de notificação compulsória e imediata, por
parte dos estabelecimentos de saúde, possibilitando o uso dessas informações tanto para o
acionamento da rede de atenção, quanto para o acompanhamento dos casos. (Saúde da
Família e Epidemiologia).
Entende-se como o aparato, á saúde mental, que dispõe da Política Nacional
de Saúde Mental, é resultado de mobilizações de usuários e familiares e trabalhadores da
saúde na década de 1.980, objetivando a mudanças dos manicômios, onde se tinham
pessoas com transtornos mentais em confinamento em situação desumana, o movimento
social da luta antimanicomial, e de um projeto coletivamente produzido de mudanças do
modelo de atenção e de gestão do cuidado: a reforma psiquiátrica e desinstitucinalização
de moradores de manicômios, e fechamentos de hospitais psiquiátricos. A rede de saúde
mental, segundo essa perspectiva, deve ser composta por diversas ações e serviços de
saúde mental: ações de saúde mental na Atenção Primária, Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS), ambulatórios, residências terapêuticas, leitos de atenção integral em
saúde mental (CAPS III, em hospital geral), Programa de Volta para Casa, cooperativas
de trabalho e geração de renda, centros de convivência e cultura, entre outros. (Caderno
de atenção básica, pag.36).
Código de Ética do/a Assistente. Social. CFESS. 10ª Edição. Revista e. Atualizada. Lei.
8662/93- Conselho. Federal de. Serviço. Social.
Faleiros, Vicente de Paula, 1941- Estratégias em Serviço Social – 10°. Edição. São
Paulo: Editora Cortez, 2011.P.
Lei de saúde mental acesso em: 06/08/2020. Proteção e Direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais.
www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/L10216.htm
Ministério da Saúde
http://www.saude.gov.br/acoes-e-programas /específicas cesso 27/07/2020.
OPAS/OMS. BRASIL
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5652:folha-
informativa-transtornos-mentais&Itemid=839 acesso27/07/2020.
O direito à saúde na Constituição Federal de 1988 – Âmbito.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito -constitucional/o-direito-a-
saude-na-constituicao-federal-de-1988/ Acesso em:01/07/ 2020.
SILVA, Eroy Aparecida – Família: Uso e abuso de drogas entre o risco e a proteção- In:
Andrade Guerra Arthur - Integração de Competências no Desempenho da Atividade
Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas 2° Edição. - Brasília: Ministério da
Justiça, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2015.275-289 p.Il,color.