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HISTÓRIA

9 ano - Assunto: Revolução Russa - 1

1) Leia o texto e responda as perguntas.


No final do século XIX, o Império Russo era o maior país do mundo (22 milhões de Km 2) e abrigava
uma população de cerca de 160 milhões de habitantes, composta de dezenas de povos com línguas e
costumes próprios.
O regime político era a Monarquia absolutista e todo o poder se concentrava nas mãos do czar. O czar
e sua família, a nobreza (os boiardos) e o clero possuíam enormes privilégios e eram donos da maior parte
das terras russas.
A maioria da população do império vivia no campo. Uma parte desses camponeses era formada por
arrendatários; já a maioria deles, os mujiques, era explorada por seus senhores, pagava ao governo altos
impostos pelo uso da terra e, por isso, vivia pobremente. Eram eles os mais atingidos pelo analfabetismo,
pelas doenças e pelas crises de fome que assolavam o país com frequência.
Por isso, na história da Rússia imperial, ocorreram várias rebeliões camponesas. A maior delas foi a
Rebelião Pugatchev (1773-1775), que só foi derrotada pelo exército czaristas depois de muita luta.
Outra resposta dos camponeses à pobreza e à opressão czarista foi migrar do campo para as cidades.
Entre 1863 e 1914, a população urbana da Rússia mais que triplicou: passou de 6 milhões para 18,3 milhões.
Nas cidades, esses trabalhadores buscavam emprego nas indústrias nascentes.
Na segunda metade do século XIX, o Império Russo estava se industrializando graças à entrada de
capitais estrangeiros (alemães, franceses e belgas) e à mão de obra farta e barata, vinda do campo, além disso
a industrialização também era impulsionada pela exploração do petróleo, pela produção de aço e pela
construção de ferrovias, entre as quais a Transiberiana. No governo do czar Nicolau II (1894-1917), o
capitalismo russo continuou se desenvolvendo e surgiram centros industriais em cidades como São
Petersburgo, Moscou e Kiev.
Nas fábricas, porém, os salários eram muito baixos, os riscos de acidentes, altos, e a jornada de
trabalho chegava a 14 horas por dia. Reagindo a isso, o operariado russo promovia greves e passeatas; essas
manifestações, no entanto, eram reprimidas, sempre com muita violência, pela polícia czarista, a Okhrana .
Esse contexto opressivo facilitou a entrada de ideias socialistas nos meios operários e intelectuais da Rússia.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História Sociedade & cidadania – 9 ano. 4.ed. São Paulo: FTD, 2018. Páginas 94,95

Czar: soberano tido como eleito por Deus e que, além disso, tinha o título de
autokrator, isto é, “chefe do exército”. A palavra czar vem do latim caesar.

a) Qual era o regime político da Rússia? Quem eram os privilegiados desse regime político? 3L
b) Por que os mujiques eram tão pobres? 2L
c) Em quais cidades da Rússia surgiram centros industriais? 2L

2) Leia o texto e responda as perguntas.

Indiferente à situação de penúria de seu povo, o governo da Rússia se envolvia em disputas


imperialistas. Em 1904, entrou em guerra contra o Japão pelo controle da Manchúria. Os efeitos do conflito
sobre os mais pobres e os baixos salários pagos aos trabalhadores levaram à explosão de uma revolta
operária em São Petersburgo. Em um domingo de 1905, operários em greve e suas famílias caminharam
desarmados pelas ruas de São Petersburgo cobertas de neve em direção ao Palácio de Inverno, sede do
governo czarista, com um abaixo-assinado para ser entregue ao czar.
O documento não chegou a ser entregue ao czar, pois ele mandou que seus soldados atirassem contra a
multidão à queima-roupa. Muitos manifestantes foram mortos e milhares deles ficaram feridos. O episódio
ficou conhecido como Domingo sangrento.
Populares reagiram ao Domingo sangrento promovendo uma série de greves e revoltas. A mais famosa
delas foi a revolta dos marinheiros do Encouraçado Potemkin contra os castigos corporais e a fome a que
eram submetidos na marinha czarista. A onda de rebeldia culminou com levantes populares organizados
pelos sovietes.
Enquanto isso, a Rússia era derrotada na guerra contra o Japão, e o czarismo saía do conflito
desmoralizado. Pressionado pelo povo, o czar convocou a Duma, uma assembleia composta de deputados
eleitos pela população. Mas logo em seguida, vendo-se fortalecido, dissolveu a Duma e voltou a governar de
forma autoritária.
Em 1914, com a intenção de controlar o acesso ao Mar Mediterrâneo pelo Mar Negro, a Rússia
czarista resolveu entrar na Primeira Guerra Mundial. O Império Russo lançou contra os alemães cerca de 13
milhões de soldados, mas esse exército numeroso carecia de fuzis, botas, cobertores e, sobretudo, de
treinamento adequado. O resultado foi trágico: em pouco tempo cerca de 3 milhões de soldados foram
mortos. A população civil também foi fortemente atingida pelo desemprego, pela inflação e pela fome.
O povo culpava o czar Nicolau II pelas sucessivas derrotas e pela permanência da Rússia na Primeira
Guerra. Uma onda de protestos com saques a armazéns e lojas se alastrou pelo país.
Tecelãs e operários de São Petersburgo marcharam em direção ao prédio do governo. Muitos soldados
do exército czarista também se juntaram aos rebeldes. E, unidos a eles, invadiram o Palácio de Inverno,
derrubaram o imperador e proclamaram a República. Formou-se então um governo provisório.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História Sociedade & cidadania – 9 ano. 4.ed. São Paulo: FTD, 2018. Páginas 97,98,99

a) O que foi a Duma? 2L


b) Por que a Rússia entrou na Primeira Guerra mundial? 3L
c) O que a população fez para derrubar o imperador da Rússia? 4L

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