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Curso 79

Aula 01 – 13/03
Revolução do Pensamento
Huberto Rohden
Transcrição de Mário Seidl

Abordei no ano passado, atrasado, mas não completei, e temos que tratar
muito mais profundamente aquele assunto: tratar de nós mesmos: O homem!
Porque nós somos um eterno mistério aqui na Terra.
Escrevem livros e mais livros sobre nós, e todos dizem que somos um
enigma, um mistério, um paradoxo, etc.
Vamos voltar ao assunto e investigar um pouco, racionalmente nós podemos
descobrir um pouquinho sobre o homem, sua natureza - qual é a nossa natureza?
Não é material, nem é mental e nem espiritual e é tudo isso ao mesmo tempo.
Quer dizer que nós somos um coquetel, uma mistura de muitas coisas > Material,
mental e até espiritual – que nós não chamamos “espiritual” na filosofia, mas
racional. Mas, como vocês estão habituados a identificar “intelectual” com “racional”,
infelizmente, eu tenho que dizer muitas vezes espiritual, em vez de racional. Mas
vocês saibam, desde já, que quando eu digo “espiritual” eu entendo “racional”, mas
não intelectual.
O homem deve ser qualificado como:
1 – Sensorial
2 – Intelectual
3 – Racional.
Os gregos já usavam isto na antiguidade, nós recaímos na “bagunça”.
De maneira que nós vamos tratar da natureza mental ou intelectual e racional
do homem. Do material nós não vamos tratar que é o que temos de comum com os
animais.
Estamos hoje no dia 13 de março, amanhã é 14 de março, dia do primeiro
centenário do nascimento de Albert Einstein (14 de março de 1879 — 18 de abril de
1955). Todo mundo está falando dele, no oriente e no ocidente, não se fala mais em
outra coisa, toda a imprensa, revistas, jornais, etc. Nunca houve um entusiasmo tão
eufórico e universal como desta vez. Ninguém sabe por quê.
A revista americana “Time” entrou profundamente nessa história do
entusiasmo mundial em torno de Einstein, diz que foi uma verdadeira “ressurreição”.
Por algum tempo depois da morte dele, não se falava mais dele, agora houve uma
ressurreição de “entusiasmo einsteiniano”. E esta revista não trata do porquê deste
entusiasmo só diz “que”.
Eu pergunto a mim mesmo: Por que este entusiasmo internacional?
Dizem alguns: “- É porque ele é o autor da teoria da relatividade.” Esta não é
a razão! Porque ninguém sabe o que é relatividade, não há nem 1% da humanidade
que saiba o que é relatividade. As pessoas não podem fazer nada com a
relatividade. Não podem melhorar a sua vida, as condições sociais, etc.
Relatividade é uma teoria muito bonita e verdadeira, mas não afeta a vida
humana. Será que a humanidade pode se entusiasmar por causa de uma teoria
matemática, física, abstrata, longínqua e que não está em contato com a vida
humana? Não é possível! Podem os jornais dizer isto, mas não é a razão do
entusiasmo.
Então, e que outra razão haveria?

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“- Bem,” dizem: “Einstein era um homem bom, muito humanitário, defendeu
sempre os direitos humanos, queria a paz universal, queria um governo mundial” –
que ele sugeriu, mas não deu certo, é claro! Nós não estamos em condições de
termos um governo planetário, com leis iguais para todos os homens, como ele
queria. Isto também não foi a razão do entusiasmo, o povo não sabe nada disto.
Eu não cheguei a uma conclusão do porquê do entusiasmo, até que li uma
reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, lá bem no fim da reportagem
encontrei um titulo maravilhoso: “Einstein – O homem que revolucionou a arte de
pensar”. Agora sim, isso interessa a todo o mundo. A arte de pensar interessa a
todos, porque nós somos a única creatura aqui na Terra capaz de pensar. Então eu
descobri a razão do entusiasmo. E, o que quer dizer isto? Qual foi a revolução que
Einstein introduziu na arte de pensar? Pensar todo mundo sabe, há milhões de anos
nós pensamos. Hoje, pensar é uma acrobacia mental terrível.
Vamos ver um pouco o que é esta revolução na arte de pensar, esta
revolução para melhorar nosso modo de pensar, pode suscitar um grande
entusiasmo no mundo inteiro. Pensar, outrora, o ideal é o seguinte: Fazer análises
intelectuais, isto é pensar. Uma premissa maior uma premissa menor e uma
conclusão, isto se aprende na lógica, isto é pensar, silogismos, análises, que é feito
pela inteligência. A nossa inteligência pensa.
E a revolução, onde está?
Einstein ultrapassou a inteligência; ele não rejeita a inteligência, porque
pensar analiticamente é a primeira parte do pensamento para ele. Mas, ele usava
uma segunda parte no modo de pensar.
Vamos desenhar isto para melhor explicar:

Modo de pensar analítico


HORIZONTAL

E como é que se pode fazer uma revolução neste modo de pensar?


Muitos pensam que pensar com mais intensidade, fazemos uma revolução.
Não, isso não é revolução! É continuar o pensamento no plano horizontal. Eu posso
pôr um plano mais alto em cima do meu pensamento, mas não saímos da
horizontalidade:

Plano mais alto: “Pensar com mais intensidade”

Modo de pensar analítico


HORIZONTAL

Einstein descobriu que há um outro modo de pensar que não é análise, que
não é lógica. Isto, na verdade, não foi descoberta dele; isto se sabia desde o início
do mundo. Alguns sabiam disto: Buda, Gandhi, Jesus e alguns outros também
sabiam de um outro modo de pensar, que não era analítico. E por que não se
revolucionou tanto em outros tempos? Porque estes homens antigos não eram
conhecidos como cientistas. Um cientista, por via de regra, só confia no pensamento
analítico, puramente intelectual. Quase toda a ciência até o fim do século XIX e

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princípios do século XX jurava sobre a inteligência; - o que não se pode provar
intelectualmente não é certo. Dizia toda a ciência. Muitos diziam que ciência não era
só análise, mas estes eram rejeitados. Aí aparece Einstein e afirma coisas inauditas.
Uma vez o entrevistaram na Universidade de Princeton, na ocasião ele ia
editar um livro sobre o “campo unificado”, que ele nunca publicou porque não
chegou a uma conclusão definitiva. Mas naquele tempo ainda estava no fervor do
assunto. Os repórteres dos grandes jornais de Nova Iorque foram a Princeton para
entrevistar Einstein sobre o conteúdo do seu livro sobre o campo unificado. Um
deles perguntou: “- Professor Einstein, o senhor tem certeza da verdade daquilo que
o senhor está escrevendo no seu livro?” Einstein respondeu: “- Tenho plena
certeza.”; e o repórter continuou: “- O senhor pode provar que isto é verdade?” “-
Não, não posso provar”, disse Einstein. “- Ora”, disse o repórter, “- Se o senhor não
pode provar e ainda diz que tem certeza, a certeza não vem das provas?” O que
Einstein deveria ter respondido, como cientista unilateral? A certeza vem das
provas... E onde não há provas, não há certeza, mas ele não respondeu isto, para o
grande desapontamento do repórter. Einstein respondeu: “Eu não posso provar o
que vou dizer no meu livro, mas tenho a absoluta certeza de que está certo!”
Perguntou o repórter: “- De onde vem a certeza, que o senhor não pode provar?”
Einstein respondeu: “- A certeza não vem das provas. A certeza é anterior a
qualquer prova.” Então, pergunta o repórter: “- Então para que estas provas que o
senhor vai escrever no seu livro?” Einstein responde:
“– As provas são para justificar a certeza para aqueles que não têm certeza.”
Isto é uma revolução!
Dizer que podemos ter certeza de uma coisa que nunca se provou.
E assim, Einstein afirma isto muitas vezes em seus livros. Por exemplo,
aquelas outras palavras dele:
“– Do mundo dos fatos não há nenhum caminho que conduza ao mundo dos
valores.” Porque os valores vêm de outra região.
Como é que um cientista comum pode compreender tais coisas? O mundo
dos fatos são as coisas que podemos provar: física, química, eletricidade, eletrônica,
são os fatos. Ele afirma que além do mundo dos fatos, há outro mundo, muito
superior aos fatos, que ele chama de “os valores”. E, os valores não vêm dos fatos e
nenhum fato pode conduzir aos valores. Que é essa outra região que não seja os
fatos?

Então, Einstein afirma que por mais que multipliquemos os fatos, os fatos da
ciência, da física, da química, da eletricidade, nós nunca vamos chegar ao mundo
dos valores. E de onde vêm os valores? “- Vêm de outra região”, ele diz. Os valores
não são produzidos pelos fatos.
Você pode descobrir quantos fatos quiser, nunca vai chegar a um valor,
porque só vai descobrir fatos. Ele diz: “- A nossa vida humana aqui na Terra não tem
nenhum valor por causa dos fatos.” Imaginem um cientista dizer tal coisa! E ele diz

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num livro: “– Vão me acusar que eu sou inimigo da ciência. Eu não sou inimigo da
ciência”.
Ciência é dos fatos. Consciência é dos valores. Ele joga com: Ciência e
consciência. A consciência crea valores, dentro de nós, não fora. Valor é uma coisa
subjetiva, fato é uma coisa objetiva na natureza. A natureza não pode crear valores,
mas a minha consciência pode crear valores tanto positivos, bons, como também
negativos, maus. A minha consciência me pode fazer melhor do que eu sou e me
pode fazer pior do que eu sou. Os fatos me deixam no “status quo”, não me tornam
melhor nem pior. Se eu sou formado em todas as ciências e tenho diplomas de
todas as faculdade e universidades, evidentemente, eu sou um descobridor de
muitos fatos, mas não me torno melhor por causa disto. Se um indivíduo tem um
valor “10” antes de fazer os seus estudos, depois de todos os estudos, ainda estará
no “10”.
O indivíduo não se valoriza pelo fato de descobrir fatos.
Como é que o indivíduo se valoriza? O indivíduo só se valoriza de dentro, não
de fora. Fatos são coisas de fora de nós. Consciência é uma coisa interior. O modo
como o indivíduo usa a sua consciência o valoriza, ou o desvaloriza.
Para um cientista falar deste modo (Einstein) é inaudito, porque os cientistas
não falavam em consciência, não falavam em valores, tinham horror destas
palavras. Diziam: “- Você fala em consciência, isso é bobagem, isso é lá das igrejas,
da filosofia, mas não é da ciência. Deixe essas coisas de consciência e fique só com
a ciência...”.
Einstein afirma que a consciência é que nos dá valores e os fatos só nos dão
ciência. A ciência descobre fatos e a consciência é creadora de valores.
Quer dizer, Einstein revolucionou a arte de pensar. Saiu da horizontal e
passou para a vertical.
Ele não rejeita os fatos, foi um grande descobridor de fatos. A teoria da
relatividade é um fato, e muitas outras coisas que descobriu. Mas ele sempre dizia:
“- Eu não sou melhor porque descobri muitos fatos da natureza, isto me aconteceu,
mas isto não me valoriza. Se eu não me fizer melhor pela consciência, eu não sou
bom pela ciência”. Einstein com este pensamento está entrando abertamente na
filosofia. Filosofia se refere ao homem, a ciência se refere a natureza. A ciência é
cosmocêntrica a filosofia é antropocêntrica. O centro da filosofia é o homem e o
centro da ciência é o cosmos, o mundo. Então, Einstein entra corajosamente no
âmbito da filosofia. Dizendo que o homem se valoriza pela consciência e depois dele
muitos outros cientistas criaram coragem para segui-lo. Muitos já pensavam assim
como Einstein, mas todos tinham medo de dizer tal coisa. Dizer: A consciência me
dá valor e a ciência só me dá descobrimentos. Porque os outros cientistas têm medo
de perder a sua “auréola” de glória científica, tinham medo de afirmar que o homem
se valoriza pela consciência. Então aparece um gigante como Einstein célebre pela
ciência, pelas descobertas que realizou e simplesmente afirma que o homem não é
bom pela ciência, é bom pela consciência. Introduziu na ciência o conceito de valor,
o conceito de consciência. Isto já é uma grande revolução. Isto ele chama de “a
minha Intuição”.
‘Intuere’ em latim quer dizer: Ver por dentro. Einstein diz que nós temos a
análise dos fatos e intuição de nós mesmos. Podemos analisar os fatos e podemos
intuir a nós mesmos. Analisar é ver por fora e intuir é ver por dentro, quer dizer, uma
visão externa e uma visão interna. E Einstein afirma que as próprias leis do universo
não podem ser descobertas por simples análises. Quer dizer, se usamos só a
horizontal, que é a inteligência, temos a ciência, e Einstein chama essa ciência

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analítica de imperfeita. Ciência completa, para Einstein, é inteligência com razão.
Unindo as duas linhas: a horizontal das análises intelectuais com a vertical da
intuição racional, temos a ciência completa, como mostra a figura abaixo:

Einstein introduziu no plano da ciência a palavra intuição.


Intuição outrora não era palavra científica; intelecto, inteligência eram
palavras científicas. Antes diziam: “- Mas um cientista não pode falar em intuição,
isto é degradar a ciência.” Mas, Einstein fala claramente a todo o momento em
intuição, quando diz que as grandes leis do universo não podem ser descobertas
apenas por análise e lógica, mas necessitam da intuição, por isso ele revolucionou a
arte do pensar científico, não só a arte de pensar humano, de cada dia, mas
revolucionou a arte de pensar em moldes de ciência. Isto ele chama de ciência
integral. Ciência parcial é a intelectual.
Ciência Integral para Einstein é igual a: horizontal + vertical, inteligência +
razão, análise + intuição. E ainda afirma que tudo o que ele fez na ciência, foi feito
por intuição. Parece fugir da ciência, parece apelar para uma outra coisa que não é
ciência. Mas ele fez uma revolução unindo a análise intelectual com a intuição
racional.
Ninguém sabe dizer o que ele chama de intuição. O povo usa essa palavra
com outro sentido, trocam intuição por pressentimento.
O que Einstein chama por intuição é uma mensagem que nos vem, além da
inteligência. Vamos ilustrar:
Este círculo é a nossa inteligência, onde nós fazemos análises:

As mensagens recebidas pela inteligência da própria inteligência não se trata


de intuição. Forma um espécie de círculo vicioso. Um conhecimento após o outro,
analítico. Um egopensante não pode mandar intuição a outro egopensante.

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Se o homem recebesse uma mensagem fora do âmbito do ego, então ele
teria intuição:

Nós sempre pensamos que a intuição vem do cosmos, vem de fora. E é


verdade, mas não vem do cosmos de fora de nós, vem do cosmos de dentro de nós,
da nossa razão, do logos, a alma, o espírito, o nosso Eu.
A nossa natureza tem dois polos:
- O polo periférico da inteligência;
- O polo central da razão.
O homem não é só “egopensante”, ele também é “cosmopensado”.
O nosso cosmos interno é racional, mas as periferias do nosso ego não são
racionais, são “apenas” intelectuais.
Quando alguém consegue ultrapassar a periferia da sua intelectualidade e
deixar-se invadir pelo centro da sua racionalidade, então ele está na intuição. A
intuição não é algo fora de nós. Não é o Deus de fora que nos manda uma
mensagem, não é nenhum misticismo, não é dom divino, não! A intuição é a eclosão
do Centro da nossa própria natureza humana. Eu disse antes que era uma invasão,
mas quando falo isso, as pessoas entendem que é algo que vem das estrelas, então
não vamos mais dizer que a intuição é uma invasão cósmica, vamos dizer que a
intuição é uma eclosão. Algo que estava dentro de mim, incubado, sem eu saber e
que eclodiu. Eu não tinha consciência do meu Centro, só tinha consciência da
periferia, como um intelectual. De repente me aconteceu uma erupção, um despertar
do Centro para a periferia, da razão para a inteligência. E eu passei a ver o mundo
com outros olhos, de maneira que eu cheguei a saber coisas que a inteligência
nunca me havia dito. Isto é o que Einstein fala, quando diz: “Eu penso 99 vezes, não
descubro a verdade. Eu deixo de pensar, mergulho num grande silêncio e eis que a
verdade me é revelada.” Exatamente o que nós chamamos de intuição! Porque a
razão não funciona, enquanto a inteligência está fazendo barulho. Porque a
inteligência faz muito barulho. Pensamento faz barulho! Um atrás do outro... Uma
quantidade interminável de pensamentos. Bem, nesta barulheira dos pensamentos,
não há intuição.
Einstein fala das verdades das leis do universo, não das verdades “religiosas”.
Nós não podemos conhecer as leis do universo somente com o pensamento, se não
trabalharmos também com a razão. Porque ciência não é só inteligência, também é
razão, a ciência completa, para Einstein.
Nós vamos tratar mais tarde da natureza do homem e da sua evolução. Isto é
uma grande evolução, quando a razão começa a falar. Há muitos milhares de anos a
inteligência está falando, mas quando a razão começa a falar para dentro da
inteligência, é um gigantesco passo para frente. Porque nós ficamos sabendo de

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coisas do universo que a inteligência não pode descobrir. Isto é a evolução do
homem. A natureza do homem e a sua evolução tem a ver com os dois polos da
natureza humana:
1 - O polo periférico, intelectual;
2 - O polo Central, racional.
Se o homem chegar à plenitude desta evolução, fazendo funcionar os dois
polos da sua natureza, então ele chegou a um alto grau da evolução humana.
Geralmente a intuição é momentânea. Muitas vezes nós temos lampejos de
intuição, mas dura apenas um segundo, às vezes nem isso. Um segundo de lampejo
de intuição racional, vale mais do que 100 anos de estudos científicos, nós temos
uma visão do universo muito mais precisa do que está em qualquer livro.
Portanto, provocar a intuição, esvaziando-se de vez em quando de qualquer
pensamento, mergulhando num grande silêncio e eis que a verdade nos será
revelada. Isto é a revelação do pensamento.
Um grande cientista norte-americano, Tomas Edison, a quem nós devemos
esta maravilhosa luz elétrica, disse em um dos seus livros: Eu necessito de 90% de
inteligência para ter 10% de razão. Ele não diz exatamente com estas palavras, ele
diz: “Eu necessito de 90% de transpiração, para ter 10% de inspiração”.
Transpiração ele chama de trabalho, que cansa que faz suar, trabalho
intelectual, muito pensar, analisar.
Quer dizer, Einstein não é o único que revolucionou a arte de pensar, outros
grandes gênios também revolucionaram.
O talento é o poder da inteligência.
O gênio é quando há uma invasão da racionalidade central dentro das
periferias da inteligência. Os gênios recebem mensagem do seu centro racional.
Inteligência é comum, gênio não é comum.
Bem, isto é um prelúdio para as nossas aulas que vão começar na semana
que vem onde vamos tratar da natureza humana, da origem e da evolução do
homem.

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