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Módulo:
Investigação e Processo
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL APLICADOS
Patrono Regente
Guilherme de Souza Nucci
Supervisor Acadêmico
Rafael Barone Zimmaro

INVESTIGAÇÃO E PROCESSO

Tema 01
Investigação Criminal
Tema 02
Procedimento do Inquérito Policial
Tema 03
Características do Inquérito Policial
Tema 04
Prisão Temporária
Tema 05
Finalização da Investigação
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Tema 06
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Ação Penal
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Tema 07
Denúncia e Queixa
Tema 08
Reparação do Dano em Decorrência do Crime
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Tema 09
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Competência I
Tema 10
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Tema 01:
Investigação Criminal

Aula 01 – Inquérito Policial - I

Quando ocorre um fato infringente da norma penal, surge para o Estado uma preten-
são punitiva, ou seja, o Estado passa a ser interessado em investigar o ocorrido, processar
o réu e julgar o infrator para, então, ao final, impor uma pena. Do momento da ocorrência do
fato criminoso até a execução da sanção, há a necessidade de uma intensa atividade por
parte dos órgãos estatais. Tal atividade se desenvolve basicamente em dois momentos: (i)
fase preparatória ou pré-processual e (ii) fase processual (que tem início com o oferecimen-
to da denúncia ou queixa).
A fase que prepara o Processo Penal está consubstanciada, em regra, no Inquérito
Policial (apesar de existirem outros meios de investigação, conforme veremos ainda neste
módulo). Nesse sentido, fica clara a extrema importância do Inquérito Policial no nosso
sistema de justiça criminal. O Estado precisou criar meios pelos quais pudesse investigar
um fato criminoso cometido e, ainda, dar credibilidade ao sistema de justiça, fazendo com
que a ação penal apenas entre em curso se presentes os requisitos mínimos sobre a auto-
ria e a materialidade da infração. É, portanto, um instrumento relevante para que o Estado
atinja o seu objetivo de manter a ordem legal, através da sanção penal, mas também para
a proteção ao indivíduo, que não sofrerá uma ação penal temerária e sem embasamento
consistente. É o que nos ensina NUCCI (2016, 94):
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O Estado pode e deve punir o autor da infração penal, garantindo com isso
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a estabilidade e a segurança coletiva, tal como idealizado no próprio texto


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constitucional (art. 5.º, caput, CF), embora seja natural e lógico exigir-se uma
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atividade controlada pela mais absoluta legalidade e transparência. Nesse


contexto, variadas normas permitem que órgãos estatais investiguem e
procurem encontrar ilícitos penais ou extrapenais. O principal instrumento
investigatório no campo penal, cuja finalidade precípua é estruturar, funda-
mentar e dar justa causa à ação penal, é o inquérito policial.
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Apesar disso, o Inquérito Policial não está isento de críticas. Há algumas vozes que
argumentam no sentido de que não seria este o modelo ideal para preparar a propositura
de uma ação penal. Tais críticas serão analisadas oportunamente. Por ora, basta sabermos
que elas existem.
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Quando tratamos do histórico do instituto, já se tinha notícia de Inquérito Policial


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pela Lei 3/1841 e seu Decreto 120 de 1842. Assim, à época do Império já se mencionava
a existência de um Inquérito Policial, os delegados de polícia já existiam, mas exerciam
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funções judicantes. Posteriormente, com a Lei 2033/1871 e o decreto 4824/71, o Inquérito
ganhou a conotação de hoje e os delegados perderam suas pequenas funções judicantes e
assumiram, em definitivo, a presidência da investigação. Nesse sentido, NUCCI (2016, 95):
A denominação inquérito policial, no Brasil, surgiu com a edição da Lei 2.033,
de 20 de setembro de 1871, regulamentada pelo Decreto-lei 4.824, de 28 de
novembro de 1871, encontrando-se no art. 42 daquela Lei a seguinte defini-
ção: “O inquérito policial consiste em todas as diligências necessárias para
o descobrimento dos fatos criminosos, de suas circunstâncias e de seus
autores e cúmplices, devendo ser reduzido a instrumento escrito”. Passou
a ser função da polícia judiciária a sua elaboração. Apesar de seu nome ter
sido mencionado pela primeira vez na referida Lei 2.033/71, suas funções,
que são da natureza do processo criminal, existem de longa data e torna-
ram-se especializadas com a aplicação efetiva do princípio da separação
da polícia e da judicatura. Portanto, já havia no Código de Processo de 1832
alguns dispositivos sobre o procedimento informativo, mas não havia o no-
men juris de inquérito policial (cf. TOURINHO FILHO, Processo penal, v. 3, p.
175-176; CANUTO MENDES DE ALMEIDA, Princípios fundamentais do pro-
cesso penal, p. 62).

Um dado que chama atenção é que, com a proclamação da República, nosso Pro-
cesso Penal foi fragmentado. Dessa forma, cada estado da federação tinha seu próprio
Código de Processo Penal. Nesse período, o estado de São Paulo adotou o Inquérito Poli-
cial do antigo código imperial. Com a reunificação do nosso Código de Processo Penal, em
1941, o atual Código adotou o modelo de Inquérito Policial que era previsto no Código Pau-
lista. O modelo atual de Inquérito Policial é, portanto, um modelo que se baseia no Código
Imperial.
Assim, o surgimento do Inquérito Policial tal como conhecemos hoje retoma à
década de 1930, quando se discutia o atual Código de Processo Penal (1941). No cenário
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da época, haviam duas grandes discussões dentro do processo penal: (i) se deveria ser
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adotado um sistema acusatório ou um sistema misto; (ii) se o processo deveria se pautar


pela forma escrita ou pela oralidade.
Naquele momento, venceu a ideia de que o processo deveria se pautar pela forma
escrita, ou seja, mesmo os atos praticados oralmente devem ser reduzidos a termo. Quanto
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à estrutura, optou-se pelo sistema acusatório, ou seja, desenhou-se um Processo Penal de


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partes. Vale ressaltar que a reforma promovida pelo Pacote Anticrime (Lei 13.964/19) evi-
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denciou a opção pelo sistema acusatório ao introduzir o novo art. 3ª-A, in verbis:
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do
juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão
de acusação.
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Abaixo temos as principais características dos sistemas acusatório e inquisitivo:


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• Sistema inquisitivo: ausência de publicidade dos atos, inclusive em relação ao


acusado. Ausência de contraditório, cabendo ao inquisidor definir quais provas o acusado
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poderia produzir. Inexistência de presunção de inocência. O próprio inquisidor fazia as vezes
da acusação e julgador (junção das funções de acusador e julgador na mesma pessoa).
• Sistema acusatório: diametralmente oposto ao sistema inquisitivo. O processo
é público e, excepcionalmente, haverá restrição da publicidade externa. Amplo direito de
defesa e contraditório. Incidência da presunção de inocência. Separação das funções de
acusação e julgamento. O sistema deve ser adversarial, verdadeiro processo de partes. É
admitido, porém, o impulso oficial do magistrado.

No Brasil, embora adotemos o sistema acusatório, não podemos afirmar trata-se de


um sistema puro, pois a legislação prevê algumas exceções, tais como:
• Art. 156 do CPP: que permite ao juiz produzir prova de ofício (prova antecipa-
da ou para dirimir dúvida relevante).
• Possibilidade de determinar interceptação telefônica de ofício.
• Art. 385 do CPP: o juiz pode condenar mesmo se o MP pedir a absolvição.
• Recurso de ofício em relação à decisão que concede ordem de habeas corpus.

Outros exemplos eram o art. 28 do CPP e a possibilidade de decretação de prisão


preventiva de ofício, hipóteses alteradas pelo Pacote Anticrime.
Então, qual seria, em termos breves, a finalidade do Inquérito Policial? Olhemos
para o art. 4º do Código de Processo Penal:
Art. 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais
no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração
das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único.  A competência definida neste artigo não excluirá a de au-


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toridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.


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Fica claro, portanto, que a finalidade do Inquérito é a apuração das infrações penais
e a respectiva autoria. Não há outro fim para o Inquérito senão o de reunir elementos de
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prova que habilitem o titular da ação penal (pública ou privada) a promover a denúncia ou
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queixa.
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Importante também olharmos para a Constituição Federal, mais precisamente no


art. 144, que trata da segurança pública:
Art. 144 da CF/88. A segurança pública, dever do Estado, direito e respon-
sabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da
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incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:


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I - polícia federal;
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II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis;

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.

Assim sendo, o Inquérito Policial tem base na própria regra constitucional.


Tanto o Código de Processo Penal quanto a Constituição Federal falam em Polí-
cia Judiciária. Aqui, se faz importante a distinção entre a Polícia Judiciária e a Polícia de
Segurança. A Polícia Judiciária é investigativa, auxiliar do juízo e do Ministério Público, e
intervém quando a infração penal já foi praticada. Já a Polícia de Segurança é preventiva
e repressiva, ou seja, intervém para evitar que o crime ocorra e reprimir o crime que está
ocorrendo. Normalmente, a função de Polícia Judiciária é exercida pela Polícia Civil e de
Polícia de Segurança pela Polícia Militar, mas isso não é uma regra – por exemplo, quando
se instaura um Inquérito Policial Militar, ele é presidido por um oficial da Polícia Militar, que
exerce funções de Polícia de Segurança. Além disso, a Polícia Judiciária tem como função
precípua a apuração de uma infração penal e da respectiva autoria, mas também reúne
funções secundárias e funções mediatas, conforme o art. 13 do Código de Processo Penal:
Art. 13 do CPP. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instru-


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ção e julgamento dos processos;


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II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;

III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;


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IV - representar acerca da prisão preventiva.


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Por fim, o Inquérito Policial, como fase pré-processual num Estado Democrático de
Direito, visa à manutenção da ordem legal a partir do alcance da verdade material. Assim,
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encerramos com um o seguinte entendimento de NUCCI (2016, 95):


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É importante repetir que sua finalidade precípua é a investigação do crime e


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a descoberta do seu autor, com o fito de fornecer elementos para o titular da


ação penal promovê-la em juízo, seja ele o Ministério Público, seja o particu-
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lar, conforme o caso. Nota-se, pois, que esse objetivo de investigar e apontar
o autor do delito sempre teve por base a segurança da ação da Justiça e do
próprio acusado, pois, fazendo-se uma instrução prévia, por meio do inqué-
rito, reúne a polícia judiciária todas as provas preliminares suficientes para
apontar, com relativa segurança, a ocorrência de um delito e o seu autor. O
simples ajuizamento da ação penal contra alguém provoca um fardo à pes-
soa de bem, não podendo, pois, ser ato leviano, desprovido de provas e sem
um exame pré-constituído de legalidade. Esse mecanismo auxilia a Justiça
Criminal a preservar inocentes de acusações injustas e temerárias, garantin-
do um juízo inaugural de delibação, inclusive para verificar se se trata de fato
definido como crime.

Leitura Complementar

(...) O ato que marca temporalmente seu início, conforme o caso, se dá pela
portaria de instauração do inquérito policial, ou por meio da formalização do
auto de prisão em flagrante, no segundo caso.
No caso dos crimes de ação penal pública, o CPP prevê, seu artigo 5°, duas
formas de início: de ofício ou mediante requisição da autoridade judiciária,
do Ministério Público, ou requerimento do ofendido ou seu defensor. (...)

PARA LEITURA DO TEXTO


NA ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI:

Legislação

Código Processo Penal


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Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz
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na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de


suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua
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autoria.
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Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autorida-


des administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:


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I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


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II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;


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-III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
IV - representar acerca da prisão preventiva.

Jurisprudência

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL DA DEFESA E DO MINISTÉRIO


PÚBLICO. HOMICÍDIO NO TRÂNSITO. 1. OFENSA AO SISTEMA ACUSATÓRIO. PRODU-
ÇÃO DE PROVA DE OFÍCIO. IMPARCIALIDADE DO MAGISTRADO. 2. INDEFERIMENTO DE
OITIVA DA VÍTIMA HOSPITALIZADA. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA. 3. SENTENÇA DE
PRONÚNCIA. ELEMENTOS INDICIÁRIOS. 4. DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO. DOLO
EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE. 5. PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DE MATÉ-
RIA CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DOS VÍCIOS DO ART. 619 DO CPP. 6. COEXISTÊN-
CIA DE DOLO EVENTUAL COM QUALIFICADORAS - MEIO CRUEL E MOTIVO FÚTIL. 7.
AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.1.1. A suposta violação dos arts.
156, II, e 402 do Código de Processo Penal não foi apreciada pelo Tribunal a quo, por se
tratar de inovação recursal.1.2. O processo é produto da atividade cooperativa triangular
entre o juiz e as partes, onde todos devem buscar a justa aplicação do ordenamento jurídico
no caso concreto.1.3. A produção de prova testemunhal de ofício está ligada aos princípios
da verdade real, do impulso oficial e da persuasão racional (livre convencimento motivado).
O juiz pode entender pela nec-essidade de produção de prova essencial ao esclarecimento
da verdade, em nítido caráter complementar.2.1. A jurisprudência desta Corte é firme no
sentido de que, em regra, salvo situação excepcionalíssima, não se acolhe alegação de
nulidade por cerceamento de defesa, em função do indeferimento de diligências, porquanto
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o magistrado é o destinatário final da prova, logo, compete a ele, de maneira fundamentada


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e com base no arcabouço probatório produzido, analisar a pertinência, relevância e neces-


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sidade da realização da atividade probatória pleiteada (ut, AgRg no AREsp 1082788/SP,


Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, Quinta Turma, DJe 15/12/2017) 2.2. No caso, a oitiva da
vítima, além de ter sido requerida pelo MP, foi indeferida por ausência de previsão acerca
da alta hospitalar e para evitar o agravamento de seu quadro clínico.3.1. Nos termos da ju-
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risprudência desta Corte Superior, é admissível o uso do inquérito policial como parâmetro
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de aferição dos indícios de autoria imprescindíveis à pronúncia, sem que isto represente
violação ou negativa de vigência ao art. 155 do CPP.3.2. Ademais, na hipótese, o Magis-
trado de primeiro grau fundamentou a existência de indícios de autoria nos depoimentos
testemunhais e no interrogatório do réu.4.1. O pleito defensivo de desclassificação da con-
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duta/impronúncia encontra óbice na impossibilidade de revolvimento do material fático-pro-


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batório dos autos em sede de recurso especial, a teor da Súm. n. 7/STJ. Não se pode ge-
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neralizar a exclusão do dolo eventual em comportamentos humanos voluntários praticados


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no trânsito.5.1. A jurisprudência desta Corte é uníssona ao afirmar que mesmo os recursos
que pretendem o prequestionamento de tema constitucional demandam a demonstração
concomitante da existência de um dos vícios do art. 619 do CPP, o que incorreu no caso
dos autos.6.1. Inexiste incompatibilidade entre o dolo eventual e o reconhecimento do meio
cruel para a consecução da ação, na medida em que o dolo do agente, direto ou indireto,
não exclui a possibilidade de a prática delitiva envolver o emprego de meio mais reprovável,
como veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel [...] (art. 121,
§ 2o, inciso III, do CP).6.2. A anterior discussão entre autor e vítima não é suficiente para
afastar a qualificadora do motivo fútil, cuja incidência é possível, ainda que se trate de dolo
eventual.7.1. Agravo regimental a que se nega provimento.(STJ, AgRg no REsp 1573829/
SC, 5ª T., Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, j. em 09/04/2019, grifamos)

ANSELMO, Márcio Adriano. Passo a passo dos atos praticados no inquérito po-
licial. Conjur. Disponível em: < https://www.conjur.com.br/2017-ago-22/passo-passo-atos-
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Brasília, DF. Disponível em :< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.
htm>. Acesso em 27 de maio de 2020.

NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. Rio de Janeiro:


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Forense, 2020.
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NUCCI, Guilherme de Souza. Pacote Anticrime comentado. Forense: Rio de Janeiro:


2020.

OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
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Tema 01 - Aula 01 11
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