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Conflitos da Guerra Fria:

A Guerra da Coreia (1950-1953), a Guerra do Vietnã (1962-1975) e a Guerra do


Afeganistão (1979-1989) são os conflitos mais famosos da Guerra Fria. Além da
famosa tensão na Crise dos mísseis em Cuba (1962) e, também na América do Sul, a
Guerra das Malvinas (1982). Entretanto, durante todo este período, a maior parte dos
conflitos locais, guerras civis ou guerras inter-estatais foi intensificado pela polarização
entre EUA e URSS.

Acontecimento: Revolução Chinesa


Ano: 1949
Local: China
 Causas: no contexto do imperialismo, a China era dominada e explorada pelas
potências européias, principalmente pelo Reino Unido. Esta potência
imperialista, além de explorar a China economicamente, interferia nos assuntos
políticos e culturais da China.
 A distribuição das terras produtivas chinesas também era um outro problema
para o país, pois quase 90% estavam nas mãos de grandes proprietários rurais
(espécies de senhores feudais).
 Entre 1898 e 1900 um ato de rebeldia contra a dominação estrangeira ocorreu
na China. Os boxers fizeram uma revolta de caráter nacionalista que foi
duramente reprimida pelas tropas estrangeiras. Este conflito ficou conhecido
como Guerra dos Boxers.
 Em 1908, Sun Yat-sen fundou o Partido Nacionalista (Kuomintang) cujo principal
objetivo era fazer oposição à monarquia e ao domínio europeu no país.
 Em 1911, com o apoio de grande parte dos militares chineses, Sun Yat-sen foi
proclamado primeiro presidente da República Chinesa. Porém, em várias regiões
do país comandadas por grandes proprietários rurais ocorreram resistências,
mergulhando a China num longo período de guerra civil.
 Em 1925, com a morte de Sun Yat-sen, ocorreu uma disputa pelo controle do
Kuomintang, que acabou por se fundir com o Partido Comunista Chinês.
 Em 1927, o general Chiang Kai-shek assumiu o poder do Kuomintang e, no
comando das tropas chinesas, começou a combater os opositores da República,
entre eles os grandes proprietários rurais e comunistas.
 Os conflitos entre nacionalistas e comunistas ficou suspenso apenas na
Segunda Guerra Mundial, quando combateram, juntos, o Japão que tentava
conquistar a China. Com o término da conflito mundial e a expulsão dos
japoneses do território chinês, as tropas nacionalistas de Chiang Kai-shek
voltaram a perseguir e combater os comunistas de Mao Tse-tung, reiniciando o
conflito armado.
 Em outubro de 1949, os comunistas tomam o poder e proclamam a República
Popular da China, com Mao Tse-tung como chefe supremo. Transformada num
país comunista, a China passou por uma série de reformas como, por exemplo,
coletivização das terras, controle estatal da economia e nacionalização de
empresas estrangeiras.
Lideres: Sun Yat-sem; Chiang Kai-shek e Mao Tse-tung
Desfecho: A Revolução de 1949 implantou um sistema comunista autônomo na nação
chinesa.

Guerra da Coréia
Ano: 25 de Junho de 1950, 27 de Julho de 1953
Local: Península da Coreia
Causa: Tudo começou quando a Coréia do Norte ataca a Coréia do Sul. Os EUA e as
forças das Nações Unidas estavam do lado da Coréia do Sul, e a URSS apoiavam a
Coréia do Norte.
Lideres: Harry Truman, Douglas MacArthur, Syngman Rhee, Chung Il-kwon Kim Il-
Sung, Choi Yong-kun
Desfecho: Cessar fogo e estabelecimento de uma zona desmilitarizada no Paralelo
38° N, que separa as duas Coréias

Revolução Cubana.
Ano: 26 de julho de 1953 - 1 de janeiro de 1959 (movimento armado)
Local: Cuba
Causas: Cuba, na época de Fulgêncio Batista, era apoiada pelos Estados Unidos e
Batista era um ditador. Havana (capital) era um bordel e cassino dos ricaços norte
americanos, enquanto que o povo passava fome, na mais completa miséria. Fidel
Castro, naquela época, era um jovem advogado idealista que teve o apoio da então
União Soviética, que proporcionou os meios para que houvesse a revolução cubana e a
tomada do poder pelas forças de Castro. Milhares de pessoas morreram e outros tantos
tiveram que fugir às pressas para o continente americano e a ditadura de Fulgêncio
Batista caiu.
Desfecho: Implantou-se na ilha o comunismo sob o comando de Fidel Castro, que até
hoje mantém o poder, período superior a 50 anos. Existem pontos positivos em Cuba,
como a educação, medicina, esportes, etc., mas o principal o povo cubano não possui:
LIBERDADE. Existe uma constante vigilância, muitas delações e as prisões vivem
abarrotadas. Enquanto isso os Estados Unidos mantêm bloqueio econônico à ilha e
Cuba sobrevive agora principalmente da exportação de açúcar, run e charutos, já que,
com a queda do comunismo e extinção da União Soviética, Moscou deixou de enviar
milhões de dólares todos os anos para o regime de Fidel, Havana se vira como pode,
amargando dias difíceis.
Participação dos EUA no Golpe Militar Brasileiro:
Ano: 1964
A ditadura em nosso país também deve ser vista como resultado do cenário político
internacional. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, EUA e União Soviética
disputavam cada palmo das nações que estariam sob a sua influência. Capitalismo e
socialismo eram os modelos que imperavam em grande parte das nações espalhadas
pelo mundo.
Nesse clima de disputas, os EUA tinham claras intenções de garantir a sua hegemonia
sobre o continente americano.
Tal preocupação só aumentava na medida em que a Revolução Cubana de 1959
literalmente cravou um ponto de influência socialista nas Américas. Dali em diante, a
grande preocupação norte-americana era fazer o possível para que outras “Cubas” não
surgissem ao longo do continente. Para tanto, apoiaram a instalação de governos
ditatoriais em diferentes locais da América Latina.
Telegrama enviado por Lincoln Gordon, então embaixador norte-americano no Brasil:
"Para minimizar a possibilidade de uma guerra civil prolongada [no Brasil] e garantir o
apoio de um grande número de adeptos, seria crucial a nossa capacidade de
demonstrar apoio e uma certa exibição de força com grande rapidez. Para esse fim, e
de acordo com nossas conversas em Washington no dia 21 de março, uma
possibilidade parece ser o rápido envio de uma força-tarefa naval para manobras no
Atlântico Sul, trazendo-a a uma distância de dois dias de Santos.”

Participação no CHILE (USA)


CIA apoiou ativamente a junta militar após a derrubada de Allende", indicou o
comunicado apresentado ao Congresso. "Muitos oficiais de Pinochet estavam
envolvidos em abusos sistemáticos dos direitos humanos (...) Alguns deles eram
informantes ou agentes da CIA ou das forças armadas americanas", acrescentou.
Submetido a nove processos, Contreras foi condenado em abril no Chile a 15 anos de
prisão pelo seqüestro de um opositor à ditadura, que integra a lista de mais de mil
desaparecidos. Foi sua segunda condenação, depois de ter ficado preso sete anos por
ter mandado matar Letellier e Moffit.
O informe também revelou que a CIA pagou US$ 35 mil a um grupo de militares
chilenos pelo assassinato em 1970 do general René Schneider, comandante-em-chefe
do Exército fiel a Allende, durante um fracassado golpe de estado planejado por
Washington. Isso parece contradizer as declarações que Henry Kissinger, conselheiro
de Segurança Nacional e depois secretário de Estado de Nixon, fez em 1975 a um
Comitê do Senado americano que investigou "As ações secretas da CIA no Chile entre
1963 e 1973".

Ocupação Soviética do Afeganistão


Em 1979, a então URSS invadiu o Afeganistão com o intuito de auxiliar na implantação
do socialismo, pois em 1978, os comunistas tomaram o poder no Afeganistão, os EUA
temendo a expansão soviética tomaram algumas iniciativas, por exemplo, financiaram o
Paquistão onde estavam presentes as bases de ataque. O Afeganistão contava com a
colaboração do combatente Osama Bin Laden.
Com ajuda dos EUA, os Russos se retiraram momentaneamente, e se instalou uma
guerra civil. O Taleban recebeu dinheiro americano.
O território do Afeganistão tornou-se ponto de disseminação do extremismo islâmico,
com isso a Rússia e a China temiam que o extremismo e o fundamentalismo islâmico
chegassem aos seus territórios.
Durante a ocupação, cerca de 5 milhões de pessoas abandonaram o país, 3 milhões se
fixaram no Paquistão.
Depois de anos de intervenção americana e lutas armadas, em 1989, as tropas
soviéticas estavam esgotadas e se retiraram do Afeganistão, provocando alvoroço
islâmico pela vitória, isso significou a ascensão islâmica na Ásia central.

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