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Gravidez na adolescência em questão no Brasil

Obras musicais como “Reconhecimento”, da cantora Isadora Canto, e “No Receio” de Cássia
Eller, retratam a felicidade que maternidade pode oferecer quando possível e desejada.
Porém, contrapondo totalmente esse cenário agradável, a gestação no período da
adolescência pode ser um grande obstáculo para a vida da futura mãe. Isso ocorre pois,
independente da classe social, os adolescentes estão iniciando sua vida sexual mais cedo ao
mesmo tempo que não tem a devida orientação. Nesse sentido, o alto índice de gravidez na
adolescência no Brasil apenas reforça a necessidade de medidas preventivas e minimizadoras,
das consequências da gestação precoce.

Na temporada de “Malhação - Viva a Diferença”, após dar à luz a uma criança, uma jovem
estudante de São Paulo tem sua vida totalmente transformada pela maternidade, em meio aos
dilemas da adolescência. Longe das telas, a realidade não é diferente, e a gestação antes da
maioridade se tornou de fato mais decorrente. Tal incidência se deve a muitos fatores, dentre
eles principalmente, a persistência na falta de diálogo resultante da herança histórica judaico-
cristã. Por esse motivo, o sexo é visto como tabu e meninas, assim como a protagonista do
seriado, engravidam pela falta de informações sobre o ato e suas consequências posteriores.
Ademais, também podem ser citados, a sexualização precoce da criança e a romantização da
relação amorosa/maternidade, como incentivadores do desejo adolescente em ter relações
sexuais.

Como resultado disso, pôde-se notar na vida da genitora diversos impactos negativos.
Comumente, a menina por timidez (causada pelo preconceito) ou pela dificuldade de conciliar
os estudos com os cuidados com o bebê, abandona a escola e perde diversas oportunidades.
Não o bastante, as gravidezes que antecedem os 24 anos são as principais causas de morte nas
Américas, além de trazer empecilhos pela falta de maturação da garota em seu
desenvolvimento psicossocial. Em paralelo, também é importante ressaltar os prejuízos do
filho, sujeito a nem sempre receber seus direitos de infância que deveriam ser garantidos.
Nesse aspecto, ao falar que toda criança deve estudar, ter um lar, família e não passar fome, a
autora Ruth Rocha crítica de forma simples e clara em seu livro infantil “Os Direitos das
Crianças segundo Ruth Rocha”, que nem todas as crianças tem tais direitos respeitados.

Pobre conclusão

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