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COT N S eguran trabalho Ce de higiene eseguranca ho trabalho de acordo com a legislagéo em vigor: zi ieee ree Identificar os tipos de riscos. Identificar os métodos de andlise de riscos. Identificar os dispositivos de proteccao individual. Aplicar dispositivos de proteccdo individual Identificar os varios tipos de sinalizacao de seguranca. Analisar o espaco oficinal/laboratorial e seus equipamentos na perspectiva da melhoria das condigoes de higiene e seguranca no trabalho. Conhecer os efeitos do ruido no organismo humano. Identificar formas de atenuar os efeitos nocivos do ruido, Conhecer os riscos de contacto com a corrente eléctrica,, Teme eee rece Reese ie ea etc eee eee ron k ne ae ules eee aCe en ets Identificar os agentes extintores consoante 0 tipo de incéndio. Pee ec Co on Conhecer algumas grandezas fotométricas fundamentais. Identificar 0s principais tipos de lampadas. Identificar os inconvenientes do efeito estroboscépico. Cone eee eee ee eet Conhecer principios gerais de socorrismo. feryeetied Introducdo A higiene, seguranca e satide no trabalho apresenta-se, hoje em dia, como uma das prioridades na nossa sociedade. Na gestao industrial mo- derma ha que contabilizar os custos humanos e econémicos que resultam de situacdes como as doencas profissionais, dos acidentes de trabalho, dos. incéndios, explos6es e libertacao de gases toxicos, que afectam trabalhado- res, terceiros, equipamentos, instalacdes e 0 proprio meio ambiente. No actual quadro legislativo e social é imprescindivel implementar um adequado sistema de gestdio de seguranca com 0 objective de diminuir 0 nimero de acidentes de trabalho, actualmente elevado, conforme se pode constatar pelo contetido da noticia. Morre todos os dias um trabalhador num acidente Quarta-feira, 2 de Maio de 2001 Sinistralidade laboral em 2000 Traumatismos com contu- sao, fracturas e electrocussio sao as principais causas de morte 'm morto por dia. Esta foi a média de acidentes labo- rais mortais participados & Inspec- ¢40-Geral do ‘Trabalho em 2000: 249 trabalhadores morreram num ano que teve 248 dias vteis. Em 2000, comparativamente a 1999, registou-se, todavia, uma descida de 34,8 por cento no niimero de ‘mortos em acidentes de trabalho. O total de acidentes laborais ~ contando os mortais, graves ou sem gravidade — cain também para cer- ca de metade em 2000: 362 regis- tos, contra 608 em 1999, segundo dados da Inspeccao-Geral do Tra- balho (IGT), a que a Lusa teve acesso, Os acidentes registados atingi- Tam, no ano pasado, niveis proxi- mos dos de 1998 (314), o mesmo acontecendo com os acidentes mor- tais, que, em 1998, vitimaram 216 trabalhadores. Estes niimeros repre- sentam apenas os acidentes partici- pados & IGT, como determina a lei. Durante aquele periodo, cada dez acidentes provocaram, em média, a morte a sete trabalhadores. Os res- tantes provocaram maioritariamen- te feridos graves (cerea de 25 por cento) ou sem gravidade. Estatisti- cas de 1999 revelam que mais de 50 por cento dos operdrios acidentados mortalmente tém entre 25 ¢ 44 anos de idade, ‘A campanha europeia de infor- magao seré coordenada em Portu- gal pelo Instituto de Desenvolvi- mento e Inspeccaio das Condigdes de Trabalho (IDICT). Fonte: jornal Puiblico Fundamentos da seguranca no trabalho A seguranca como sinénimo de prevencdo de acidentes engloba varios aspectos: Paralelamente & Seguranca Social, foram ctiados | mecanismos tendentes a diminuir os danos sofridos | pelas pessoas, derivados da sua actividade laboral, = Aspectos ético-sociais danos estes que originam sequelas a nivel fisico, mental e moral para as vitimas, assim como para as familias e a sociedade, que se véem privadas do contributo de um dos seus membros, A criacao de legislacao do trabalho derivou da preo- | ‘cupacdo social com a seguranca nos locais de trabalho. Esta legislacao iniciou-se com a protecgao contra ter- ceiros, abrangendo os riscos devidos a instalacao e funcionamento de estabelecimentos industriais. No que diz respeito & proteccao dos trabalhadores, 3 posteriormente foi criada legislaco. Neste mbi- to, deve-se destacar a criagéo da Organizacao Inter- nacional do Trabalho, instituic3o que, desde a sua fundagao, em 1919, muito tem contribuido para a consciencializacéo das sociedades quanto & necessi: dade de se aumentar a seguranca laboral. Em Por- | tugal, 0 organismo que tutela estas matérias € 0 Ministério do Trabalho e da Solidariedade. | Qualquer acidente de trabalho resulta em custos | pare respectiva empresa. Estes custos podem ser divididos em dois tipos: + Custos directos (custos segurados) ~ indemnizacdes pelo prejuizo corporal. 2» | -Aumento do prémio de seguro para a empresa, + Custos indirectos (custos nao segurados) — Penalidades e indemnizagées, custo de reforma do equipamento. | = Perdas de producao, | ~ Perdas por deterioracéo da imagem da empresa. Higiene no trabalho ~ controlo de varidveis no ambiente de trabalho no sentido de reduir a incidéncia de do- lencas profissionais, tais como: —doengas.provocadas por agentes quimicos; — doengas do aparelho respiratério; —doencas.provocades por agentes fisicos, Seguranca no trabalho ~ estudo da utilzacdo e interacgo segura com mé- todos de trabalho, instalagies, equipa- mentos e ambientes de trabalho, com © objective de prevencao. dos riscos profissionais tendente a minimizar os acidentes de trabalho, Acidente de trabalho — & aquele que se veritica no local e no tempo de trabalho e produz, directa ou indirec- tamente, lesS0 corporal, perturbacéo funcional ou doenga de que resulte redugde ma capacidade de trabalho cu de ganho ou a morte Sites a consultar sobre seguranca no trabalho utp: madinfo.ptiprotrabalholle gishtml hetpsfwnnvuidict.goupt Riscas ~ ceusas capazes de provecar uma lesdo ou atentar contra a satide. ‘A seguranga deve ser levada em conta desde 0 momento da con- ‘cepqGo de uma méquina ou equi- pamento, bem como durante todo co periodo da sua vida iti. No método directo, 2 apreciacao dos riscos €felta antecipadamente 8 ocorréncia do acidente, No método indirecto so os aci- dentes que fornecem indicacées re- lativamente aos factores de risco. Analise de riscos Na perspectiva de melhorar as condicées de seguranca no trabalho, € feita prioritariamente uma andlise de riscos de acidentes, sendo seu objec- tivo o levantamento de factores que podem causar acidentes. Compete as empresas e organismos a criacdo de departamentos que implementem politicas de seguranca, que a fiscalizem e que promovam a sua avaliacdo, de modo a melhorar as condicdes de trabalho. Métodos de analise de riscos Causas de acidentes No que diz respeito as causas de acidentes, podemos dividi-las em trés categorias: ~ Causas ligadas ao ser humane (na concepsao, na utilizago) + Ma concepcio da maquina. + ManutengGes nao executadas periodicamente. + Diminuigao da atencao nas tarefas de vigilancia (fadiga). + Destespeito pelos procedimentos. + Acomodacio aos riscos, devide ao habito dos gestos, e banalizagao do comportamento face ao perigo. + Subestimacao dos riscos. + Aumento do stress (ruido, cadéncia). 2 - Causas ligadas as maquinas + Dispositivos de proteccaio néo adaptados. + Maquinas nao adaptadas 8 utilizacdo ou ao ambiente. + Sistemas de controlo e de comando muito sofisticados. + Riscos inerentes a maquina (movimento alternative da maquina, arranque intempestivo, paragem preciria). 3 ~ Causas ligadas as instalagdes + Circulacao das pessoas. + Montagem de maquinas de proveniéncias e tecnologias diferentes. + Fluxo de materiais ou de produtos entre as maquinas. Alguns tipos de riscos Sucgio,enrolamento, arraslamento,priséo. Fig, 1 - Riscos mecanicos. ‘A apreciaggo do tisco permit = reduzir ou eliminar o risco; ~assegurar a proteccio das pes- soas; =escolher 0 nivel adequado de seguranca. ‘A apreciaggo do risco passa pelas seguintes etapas: = conhecimento do ambiente © da utilizacso da maquina; = avaliagao global do risco; = redugdo do sisco. Electrocussao Projeccdo de substancias perigosas. Fig. 2 ~ Riscos eléctricos. Fig, 3 Riscos fisico-quimicos. ‘A proteccéo contra quedas em altura pode ser feita através de um ‘amés ligado a um sistema de para quedas do tipo destizante (fig 4). ‘A Norma Portuguesa NPEN 397, de 1997, refere as caracteristicas que o fabrico dos capacetes de proteccéo deve observar A consulta 8s Nor- mas Portuguesas pode ser feita na Imprensa Nacional Casa da Moeda (ou no Instituto Portugués de Quali- dade (IPQ), As lesGes nos olhas ocasionadas por acidentes de trabalho padem ser devidas a diferentes causas: = acgées mecénicas; ~ acgées quimicas; ~ acghes t&rmicas; = acgbes épticas. Fig. 7 ~ Proteccao do tronco, Processos para limitar os riscos Os riscos, como fenémenos perigosos, sao fontes potenciais de aci- dentes. O seu controlo, dentro de limites aceitéveis, é 0 objective a per- seguir, j4 que a sua eliminacao é algo quase impossivel de se conseguir. Existem fundamentalmente quatro métodos para realizar tal controlo: = limitar/eliminar 0 risco; — envolver o risco; ~ afastar o Homem; ~ proteger o Homem. Com os dois primeitos métodos pretende-se reduzir o risco 0 mais possivel, actuando sobre os processos de construcdo das maquinas. No caso de nao se conseguir tal objectivo, a intervencao centra-se sobre as formas de organizacao do trabalho (rotacao do posto de trabalho). Final- mente, poderdo ser aplicadas regras de comportamento dos trabalhado- res no local de trabalho individuais e de proteccio individual Dispositivos de proteccao individual Fig. 8 ~ Proteccao das vias respiratérias. Fig. 9 —Proteccio das maos e dos membros superiores. Fig. 10 ~ Protecgio dos pés. Fig. 11 ~ Proteccdo dos ouvides. Como complemento a proteccao individual, surgiu a necessidade de se criar uma sinalética adequada a cada campo de aplicacao, Sinalética de seguranga A sistematizacao desta tematica segue as normas expressas na Porta- tia n° 1456-A/95 e na Norma Portuguesa NP 3992, de 1994, que estabe- lecem e definem as varias categorias de sinais. + Sinais de proibicao Forma de coroa circular e banda obliqua a vermelho, simbolo a preto e fundo branco. Proibicao de fumar. Proibigdo de fazer Passagem proibida lume @ de furnar. a pedes. cy os Probie de apagar Agua nio potive Proibida a possagem a com Sgua pessons nao autorizadas assagem proibida a los de mo Ge cages. Fig, 12 Sinais de proibicdo, AA proteccio do tronco ¢ feita atra- vés de vestudrio apropriado. Este deve ser justo 20 corpo para evitar a sua priséo, durante a accéo, por ‘qualquer obstaculo. Na Norma Portuguesa NPEN 133, de 1996, 6 feta a dassificagao dos ‘aparelhos de proteccio respiratéria Os feriments nas maos constituem © tipo de lesd0 mais frequente que corte nos locais de trabalho. A protecgio dos pes deve ser con- siderada quando ha hipdtese de surgirem lesdes a partir de efeitos mecénicos, térmicos, quimicos ou elécticos Sempre que haja rudos suneriores ‘a 85 dB, deverd ser implementada proteccao auditva adequada, Sinalética de seguranca ~ conjunto de sinais relatives & seguranca. As caracteristicas © a5 cores dos sinais esto definidas na Norma Portuguesa NP 2980, de 1986. Nos edificios escolares € obri- gat6ria a sinaliza¢éo de emergén- cia, com indicagéo de said NPEN ~ normas portuquesas har- rmonizadas com normas europeias. + Sinais de aviso Forma triangular, simbolo e contorno a preto e fundo amarelo. > > > Substancias Substancias Substancias t6xicas, inflamavers ou alta cexplosivas temperatura. > > > Substancias ‘Cargas suspensas, Veiculos de radioactivas, Gori movimentacio de cargas. > > > Perigos varios. Raios laser. Substancias comburentes, > > > Forte campo Tropecamento. Queda com desnivel magnético. > > > Baixa temperatura, Substancias nocivas Substancias ‘u irritantes, corrosivas. > > > Perigo de Radiagées no Risco biolégico. electrocussio. Tonizantes. + Sinais de obrigacao Forma circular, simbolo a branco e fundo azul. @ © Proteccio obigatéra Proteccéo obrigatria Proteccio obrigatxia Passagem obrigatria cos hoe dh cabecs dos owidos. para pebes Proteccio abrgatéria Proto oir Protect obrigatria Obrigacbes varias ddas vias respirators. im amine Cacqmpanag eventualmente de uma placa acicional oO @ @ Protecgao obrigatéria Protecsso Protec¢io individual fo corpo. brigat6ria do rost. “obrigatoria contra quedas, Fig, 14 - Sinais de obrigacéo. * Sinais relativos a materiais de combate a incéndios Forma rectangular ou quadrada, simbolo a branco e fundo vermelho. EIOWO ES Agulheta de incendie, Escada, Extintor Telefone a utilizar em Comando manual ou Dispositiv sonoro de caso de emerpéncia. —botdo de alarme. visa de incéndio. Direcco a seguir (sinal de indicagho acional i plats apresentadas em cima Fig. 15 ~ Sinais relativos a materiais de combate a incéndio, + Sinais de salvamento ou de saiide Forma rectangular ou quadrada, simbolo a branco e fundo verde. Vialsafda de emergéncia. a0 a seguir (sina de indicaio diconal & placa apresentadas em sepulda Co) Ge Primeiros socorros. Duche de seguranga. Lavagem dos olhos. ‘Telefone para salvamento e primeiros socorras. os Fig. 16 ~ Sinais de salvamento ou de sade. + Sinais de obstaculos e locais perigosos Forma rectangular com faixas obliquas amarelas/negras ou verme- lhas/brancas. Ly Als Faias amarelase negras ou vermelhas e brancas. Fig, 17 ~ Sinais de obstaculos e locais perigosos. O transporte e o manuseamento de substancias perigosas levou a neces- sidade de identificar e classificar tais substancias, com o objectivo de dimi- nuir a possibilidade de ocorréncia de acidentes. No quadro seguinte sao apresentadas a classificacao e rotulagem de algumas dessas substdncias Classificacao e rotulagem de substancias / preparacées perigosas Corer retary Peete co (rece ero ca reed perigosidade de perigo) eet E Explosivas, Z Toxicas ° Comburentes aw Nocivas Corrosivas F Facilmente inflamaveis 4 Inritantes TH toxicas ae. Perigosas para o ambiente A qualidade e a quantidade de il mminagao de uma rea de trabalho interna devem ter por base os seguintes requisitos: ~ desempenho visual; = melhoria do conforto visual. Fotometria ~ medicéo de quantida- des referentes 4 radiacao emitida, de coro com o efeito visual que produz Vist Imi m2 Uma lmpada de incandescéncia de 100 watt tem uma intensida- de luminosa de 120 candelas. © aparelho de medida para avaliar a iluminancia chama-se luximetro. luminacgao Os olhos tém um papel fundamental na actividade do Homem e no controlo dos seus movimentos. Por esta razdo, é de capital importancia a existéncia de uma iluminacdo adequada para a obtencdo de um bom ambiente de trabalho. © nao cumprimento desta regra é, por si s6, cau- sadora de acidentes de trabalho e danos visuais. Aluz natural 6, por exceléncia, a que proporciona as melhores condicdes de iluminagao; no entanto, nem sempre é possivel a sua utilizacdo, pelo que ha necessidade de a complementar ou substituir pela luz artificial. Ainstalagao de iluminacao artificial num ambiente de trabalho deve ter em conta as seguintes condicdes: — uma conveniente distribuicao dos pontos de luz no local de trabalho; — 0 tipo de actividade a desenvolver no local; — harmonizacao dos tons de luz com as cores do local de trabalho. O estudo de uma iluminacdo adequada a um determinado ambiente de trabalho requer 0 conhecimento de algumas grandezas fundamentais. Grandezas fotométricas + Fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa. Simbolo do fluxo luminoso —> ¢ Unidade de medida —> (limen) Im + Intensidade luminosa é uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada direccao. Simbolo —> I Unidade de medida —> candela (Cd) + lluminancia é uma medida do fluxo luminoso incidente por unidade de superficie. Simbolo —> E Unidade de medida —> lux (Ix) Factores mais importantes da iluminacgao lluminagdo adequada Podemos recorrer a tabelas existentes em manuais técnicos de ilumi- nacao que relacionam valores de iluminancia (niveis de iluminagao) com a actividade a desempenhar. (nee Necessidade de uma boa jistribuigdo de luz. Encandeamento Niveis superiores a 1000 /x aumentam as hipéteses de ocorrer a reflexdo de luz, bastante indesejavel, assim como de aparecerem sombras muito es- curas e haver excessivo contraste. Neste sentido, devem ser evitados niveis de iluminacao elevados. E também necessério ter consciéncia que, se 0 olho humano necessi- ta de contraste para funcionar bem, este nao deve ser muito acentuado. Quanto ao encandeamento instantineo ou permanente, deve-se saber que este surge quando ha uma distribuicao nao uniforme de luminosida- de no campo de visao. Para a obtencao de uma boa distribuicdo de luz e niveis de encandea~ mento aceitéveis, devemas evitar: ) —a utilizacdo de tampos de mesas de trabalho reflectores; ~a insercao de tabuas pretas em paredes brancas; — conjugar paredes brancas brilhantes com soalhos escuros; —a existéncia de elementos de maquinas polidos. Uma correcta distribuicao das fontes de luz no local de trabalho reves- te-se de importancia fundamental na prevengao do encandeamento. A Fig. 18-0 angulo entre a horizontal a linha de luz deve ser superior a 30°. ‘Uma boa iluminago do local de trabalho obtém-se com uma ilu mminagao de, aproximadamente, 1000 Ix. A escolha da cor e 0s coeficentes derefiexao dos materais (pares, soalhos, tectos, mobilisrio, méui- nas € equipamentos) podem con- ‘vibuir para uma melhor dstribui- ‘Boda lz ereducao do encandea- mento. Fig. 19 — 0 reflexo da fonte de luz atinge 0 Fig. 200 reflexo das duas fontes de luz coloca- campo de visio do trabalhador, provocande 9 as lateralmente nao atinge 0 campo de visio encandeamento, do trabalhador, evitando-se, assim, o encandea- mento. Os aparelhos utilizados para distribuir, filtrar ou transformar a luz de uma ou mais limpadas, em cuja instalacdo devem ser seguidos todos os itens exigidos para fixar, proteger ¢ ligar a rede eléctrica, designam-se por luminarias. Em funcao do modo como a luz é distribuida, podemos classi- ficd-las em: = directas; — semidirectas; Lumindrias directas —0 fluxa lumino- . 0 incide directamente sobre o plano ~ difusas; de trabalho; no entanto, cria zonas de directa = se ‘ort iluminagio e zonas em sombra, 0 ‘que pode causar 0 encandeamento. ~ indirectas. Luminarias indirectas — proporcio- Como podemos observar no quadro abaixo indicado, as luminarias nam uma iluminagao agradavel, sem divectas permitem o méximo aproveitamento da energia consumida, o encandeamento. . t a que no se verifica com as indirectas, pelo facto de parte da luz emitida por este tipo de lumindrias ser absorvida pelo tecto, paredes e outras Lumina Esquema superficies. Relativamente aos restantes tipos, existe uma combinacao entre a eee emissao de luz directa proveniente da luminaria com a luz que é reflecti da pelo tecto, paredes e equipamentos. Semi recta Pero ry eee et ery Indica Carrere) PT rure ry orcad = Directa 0-10 90-100 “ndrecta uEeRpleees ON Pe as Ge UTI SSD DRE TE Semidirecta = it & ones Op aoe Difusa 40-60 40-90 Semi-indirecta 60-90 10-40 Indirecta 90 - 100 0-10 Fig. 21 -Tipos de luminérias Tipos de lampadas Lampada de incandescéncia Lampada em que a luz é produzida por meio de um corpo (filamento) aquecido até a incandescéncia, pela passagem da corrente eléctrica. — Ampola (video) — Gis inerte _- Filamento (tungsténio) - Suportes metalicos (molibdénio) — Eléctrodos metalicos (niquel e coperciadh Vareta suporte (vidro) ~~ Furo de aspiracio Envasamento (vidro) ~ Tubo de aspiracao (vidro} Casquilho de lato Fig, 22 - Lampada de incandescéncia. Lampada fluorescente Lampada de descarga em que a maior parte da luz é emitida por uma cama- da de material fluorescente, excitada pela radiacao ultravioleta de descarga. Contacto Parede interna revestida Eléctrodo cde material luorescente Tubo cheto de gases raros _Dispositno tubular Cde-vapor de mercino de vacuo Fig, 23 ~ Lampada fluorescente. Quanto a tonalidade deste tipo de lampadas, podemos considerar trés tipos fundamental £ utilizada para instalacdes independentes da luz do dia ou quando se pretende ctiar um ambiente quente e acolhedor (p.e, sales de convivio, restaurantes, hoteis). E utilizada em instalagdes que necessitam da luz artificial como suplemento da luz natural cou quando se deseja criar um ambiente fres- co e natural (p.e, escritrios, escolas, lojas). ilizada em instalacoes destinadas a subs- | Foals fin) | stars neural (econ ecole, industrias leves).. ‘Algumas caracteristicas das lém- padas de incandescéncia: — custo bain ~ instalagao facil; — rendimento luminoso baivo; ‘tempo de vida —boa restituiggo de cores dos objectos mv Algumas caractersticas das lim- padas fluorescentes: =rendimento lumineso maior do que o das lémpadas de incandes- céncia; — tempo de vide itl mais longo em relaggo &s lampadas de incan- descéncia, no entanto, condicio- nado pelo ntimero de vezes que 6 liga ~ melhor tonalidade; ice de restituigéo de cor me- nor do que o das lampadas de incandescéncia, rendimento de ura lémpada de incandescéncia é menor do que o de uma lampada fluorescent tre o fluxo luminoso emitido (Iimen} © a poténcia consumida (Watt) Efeito estroboscépico — efeito provo- cado pela cintilacéo das lampadas fluo- rescentes e que origina a sensacéo de ‘que um objecto a mover-se rapidamente esta em repouso ou animado de um movimento muito lento. Outros tipos de lampadas Existem ainda outros tipos de lampadas cuja utilizacado se destina a fins especificos, entre as quais podemos referir as de vapor de mercirio (alta pressao), as de vapor de sédio (alta e baixa pressaa) e as de halogéneo. As limpadas de vapor de sédio de baixa pressdo ttm um rendimento luminoso elevado, irradiando luz monocromatica amarela. Normalmente, sao utilizadas na iluminac4o rodoviaria. As lampadas de vapor de mercttio de alta pressdo possuem um ren- dimento luminoso elevado e sao utilizadas na iluminagéo de grandes superficies (recintos desportivos). As lampadas de halogéneo mantém o seu fluxo luminoso praticamen- te constante ao longo do seu periodo de vida, possuem alto rendimento e difundem uma luz branca. Sao utilizadas em grandes éreas, em locais onde é necessaria iluminacao dirigida. Efeito estroboscépico As lampadas fluorescentes so ligadas a uma tensio altemada, cuja frequéncia 6 de 50 Hz. Por este motivo, estas lampadas produzem uma cintilagéo nao visivel para o Homem. No entanto, pode manifestar-se como efeito estroboscépico em maquinas rotativas, como por exemplo ‘© tarno mecanico ou maquinas de furar. Isto é, este efeito pode originar a sensagao de que o movimento real da maquina é mais lento, nao existe ou se dé em sentido contrario ao real, o que pode originar acidentes. Na pratica, para evitar este tipo de efeito, utilizam-se duas ou mais lm- padas fluorescentes combinadas com lampadas de incandescéncia ou recorrendo a montagens especiais utilizando apenas lampadas fluores- centes (montagem duo) ou ligadas a fases diferentes (L1, L2) do de alimentacao. ig. 24 — Montage duo de lampadas fluorescentes. Ruido © tuido & um dos factores causadores de incémodo no trabalho, podendo provocar fadiga geral ou, em casos de exposi¢ao prolongada ou tuido excessivo, graves lesdes no aparelho auditivo. As suas principais caracteristicas sao: — nivel sonoro; ~ frequéncia Todos os sons provém de vibracées de corpos que se transmitem por meio de ondas e sao captadas pelo ouvido humano. Cada fonte sonora emite uma certa poténcia actistica com uma deter- minada caracteristica e de valor fixo. As vibracées sonoras provenientes da mesma fonte podem, no entanto, sofrer variacdes das suas caracteristicas e valores em fungao de varios factores, como, por exemplo, tipo de local, distancia, variagdes de temperatura, etc. Escala de niveis sonoros em dB dB (decibel) 140. Limiar da dor 130 <— [7 120 no “ 100 20 =< 10 0 Limiar da audigao Ruido — emissio de qualquer som considerado desagradavel ou inco- modativo. 0 novo regime legal sobre a polu- ¢d0 sonora, aprovado pelo D. L. in? 292/2000, esta em vigor desde Maio de 2001, Nivel sonoro ~ maior ou menor in- tensidade de um som. Frequéncia ~ termo usado em fisica pata indicar o niimero de vezes que qualquer fenémeno periédico se re pete durante um segundo, Expressa~ se em hertz (Hz). A intensidade das vibragdes so- rnoras exprime:se em newton por metro quadrado (Nim2) ou Pascal designa-se por pressao sonora. A escala de frequéncia é, usual- mente, dividida em 1rés grandes grupos: = infra-sons; = sons audiveis; = ultra-sons. Os sons cujas frequéncias estao ‘compreendidas entre 20 Hz e20 000 He séo normalmente audlvels. Abai- x0 dos 20 Hz situam-se os infra-sons ce acima dos 20 000 H2 0s uitra-sons Efeitos do ruido no organismo humano | teswes do sistema | — auditivo 0 aparelho utilizado para 2 me- | Fisiolégicos -— dicgo do ruido é 0 sonémetro. | Maes > [ereereseertcieas ‘Regulamento Geral sobre oRuld, publicado no Decreto-Lei n° 251/87, de Junho, refere,no seu at. 52, as rnormas a aplicar em ecificios esco- lates. me Alteragées do —> fiaeere > equilbrio pricolégico Em determinados trabalhos, o ruido poderd influenciar de forma nega- tiva a produtividade e a qualidade do trabalho, logo, dos produtos. © tuido provoca aumento da inrtabilidade e da fadiga geral, que sao factores directamente ligados & ocorréncia de acidentes. Formas de minimizar 0 efeito do ruido Quando, por qualquer motivo, 0 nivel de ruido nos locais de trabalho ultrapassa valores aceitaveis, devemos avancar para um programa de con- trolo do mesmo. >» Rotaso periédica do pessoal | exposto ao ruido. Visam 2 diminuicao dos niveis de ruido ou ¢ do tempo de exposi- = UW Realizagao de trabalhos ruido- sos em horas em que o nlime- rode trabalhadores seja menor. Uillzaco de materiais amorte- | cedores de vibracdes nas mé- \Visam actuar sobre a SDSS S ELIANA >| fonte produtora de | tuldo. | Substtuigdo das engrenagens >| de material metalico por engre- rnagens de material pléstico. Usilizacao de protectores indi- viduais adequados (tampoes auditivos, protectores auricu- lares), Visam a proteccio do préprio individuo, Seguran¢a contra riscos eléctricos A energia eléctrica assume cada vez mais um papel de capital impor- tancia na industria, no comércio e servicos e na construgao civil, nomea- damente de habitacées. 0 estudo e 0 conhecimento de acidentes provocados pela utilizacao indevida da energia eléctrica assumem um caracter importante na pre- vencao desses mesmos acidentes. Efeitos da passagem da corrente eléctrica no corpo humano Um dos tiscos da electricidade reside na acco da corrente eléctrica sobre os aparelhos respiratério e circulatério, sendo, ainda, de referir os riscos de queimaduras associadas 4 passagem da corrente eléctrica pelo organismo. O tipo de riscos associados a passagem da corrente eléctrica pelo orga- nismo humano e sua gravidade depende, essencialmente: ~ da intensidade dessa mesma corrente; - do tempo de exposicdo a sua passagem; ~ do estado de humidade da pele. Observando a figura 25, podemos analisar alguns efeitos da corrente eléctrica, de natureza altemada, cuja frequéncia esté compreendida entre 15 e 100 Hz, sobre 0 corpo humano: ~ nivel de percepeao, valor minimo da corrente que provoca uma sen- sacao, muito fraca, na pessoa através da qual passa uma corrente da ordem de 0,5 mA; = nivel de contraceao muscular, valor maximo da corrente para a qual um individuo se sente “colado” ao condutor eléctrico. Valores de cor- rente inferiores a 10 mA; = nivel de paragem respiratéria, valor em que a contraccao muscular pode levar & paralisacdo dos muisculos respiratorios, dando origem a uma paragem respiratéria. Valores de corrente entre 20 e 30 mA; ~ nivel de fibrilagdo ventricular do coracio e consequente paragem cardiaca, estes efeitos dependem da duragao da passagem da cor- frente. iguais ou superiores a 1000 mA, estes valores geralmente provocam paragens cardiacas. ‘A moditicaco profunda do funcio- rnamento do coracéo, com grande reduco na amplitude de movimen- tos desse éraao, que assim deixa de bombear o sangue, paralisando a circulagio, denomina-sefibrilacéo ventricular. Paragem YA | cardiaca Fiblagso Cardiacs 751A | ireversivel 30mA | respiratéria Contrascio gs. Lal Sensagio at rate [tall oma o5ma Fig, 25 ~ Efeitos da corrente eléctrica sobre o corpo humano. Quanto maior foro valor da inten- sidade de coente eléctrica que atravessa 0 corpo humano, maior sera o grau da queimadura provo- cada: ~ queimaduras superficiais, ou de 1? gray; ~ queimaduras de 2? grau; = queimaduras de 3° grau. Fig. 26 - Ligacdo de dois pontos com diferenca de potencial eléctrico por intermédio de dots dedos de uma mesma méo. Neste tipo de percuso, denominado pequeno percurso, Riscos de queimaduras a passagem da corrente eléctrica no corpo humano Podemos considerar dois tipos de queimaduras: = queimadura por arco, que é uma queimadura de origem térmica devida a radiacdo calorifica do arco eléctrico. - queimadura electrotécnica, vulgarmente designada de queimadura eléctrica, que é provocada pela passagem de corrente através do organismo. Percursos possiveis da corrente eléctrica Os efeitos fisioldgicos da corrente eléctrica dependerao, em parte, do percurso por onde ela passa no corpo humane, isto porque na sua passa- gem poderd atingir centros e érgios de importancia vital, como o coracdo ou os pulmées. Esses percursos podem ser esquematicamente demons- trados, como nas figuras a seguir apresentadas: Fig. 27 A corrente entra por tuma das maos e sai pela outra, percorrendo o térax © atingindo a regiao dos centros nervosos que controlam a respiragio, os rmiseulos do torax e 0 coracéo. um dos percursos mais perigosos. Dependendo do valor da corrente, produzia nao ha risco de vida; podera, no asfina efibrlagéo entanto, sofrer queimaduras ou ventricular, ocasionando uma perda dos dedos. paragem cardiaca. Fig. 29 - No caso de a corrente transitar de pe para pe, através das pernas, coxas € ‘abdomen, 0 perigo neste tipo de percurso @ bem menor que nos Fig, 28 -A corrente entra por uma das maos e sat pelos pés, percorrendo parte do trax, centros nervosos diafragma e 6rgdos abdominais, Dependendo da dois casos anteriores. intensidade da corrente, Sentiré, no entanto, produaira asfixia e perturbacées dos fibrilaggo ventricular, 6rgaos abdominais & originando igualmente si 0s misculos sofrerso uma paragem cardiaca. alteracies. Proteccao das pessoas contra riscos eléctricos Com 0 objectivo de reduzir os riscos eléctricos, potenciados quer pela deficiente estrutura dos equipamentos eléctricos que utilizamos quer ain- da pelo incumprimento de um conjunto de regras (definidas no Regula- mento de Seguranca de Instalacoes de Utilizacdo de Energia Eléctrica — RSIUEE), foram concebidas alteraces nos aspectos construtivos dos apa- telhos eléctricos (utilizacdo de materiais com melhores caracteristicas iso- lantes). No que diz respeito a instalacdo eléctrica onde os mesmos s30 ligados, foram introduzidas também algumas medidas com o objectivo de assegurar uma melhorar proteccao das pessoas e, consequentemente, di minuir os acidentes de origem eléctrica (montagem do condutor de pro- teccao e de dispositivos diferenciais). , lndicador da posicae J 60s Contactos es a eo a SS , Botio de este lagamente nt / dimensionado - WA roicar de dsparo com | Seis diene J — Punho ergonémico com ine possibilidade de Bneravamento ‘Acesso ao mecanisino de acoplariento de auxiliares Fig, 30 ~ Interruptor diferencial Fungao dos dispositivos diferenciais 0s dispositivos diferenciais foram concebidos para assegurar a protec- ao de pessoas e bens contra contactos directos e contactos indirectos. Servem ainda para detectar as correntes de defeito de isolamento entre um condutor activo e uma massa ou a terra. 0 risco da elevacao do potencial a uma tensao perigosa deve ser eli- minado, através do corte automatico, dentro dum intervalo de tempo compativel com a seguranga das pessoas. 05 dispositivos diferenciais podem dividirse em: — interruptores diferenciais que pro- tegem unicamente as pessoas con- ‘tra contactos eléctricos; ~ disjuntores dferenciais que prote- gem as pessoas e as instalacées eléctricas. Contacto directo — contacto de pes- 50as com as partes activas dos mate- riais elécticos (condutores ou pecas sob tensa) Contacto indirecto ~ contacto das pessoas com massas postas accental- mente sob tensdo, geralmente apos um defeito de isolemento, Condutores activos ~condutores afec- 10s 8 transmisséo de energia eléctrca Massa ~ parte condutora susceptivel de ser tocada e normalmente isolada das partes activas, mas podendo ser levada acidentalmente a uma tensio perigosa. Fig, 31 ~ Contactos indirectos. Fig. 32 ~ Contacto directo, Caracteristicas dos dispositivos diferenci Estes dispositivos sao caracterizados pela sua sensibilidade e classe. Asensibilidade esta relacionada com diferentes valores de corrente di- ferencial nominal (IA,) do aparelho. A classe do aparelho define 0 tempo ao fim do qual 0 mesmo inter- rompe 0 circuito. © quadro seguinte indica-nos alguns valores tipicos (de corrente dife- rencial nominal) de aparelhos diferenciais existentes no mercado em fun- ao da sua sensibilidade. Principio da proteccao diferencial Um dispositivo diferencial é composto por um transformador toroidal esti os estan ets onde esto enrolados os condutores actives (fase e neutro) e um enrola- ‘te um botdo de teste que permite 7 i sae defoto tie cesar | mento secundério; ligado a um relé, que permite, quando actuado, a colo- cluado com reguaridede fuma | aga do dispositivo diferencial fora de servico. vez por més) com o objectvo de ‘Quando um defeito afecta o circuito de saida, desequilibra-se o campo verificaro bom funcionamento do magnético, gerando-se uma corrente no enrolamento secundario capaz de aparelho. disparar o relé. 1 ~ corrente @ entrada do receptor Iz ~comente & saida do receptor Je— corrente Bobina corporal por diferencial —_existir contacto com a massa em defeito 1g ~ comrente de defeito Ry ~ resistencia & tetra do neutro Ryy = resisténcia & terra das massas ipio de funcionamento do interruptor diferencia Em caso de defeito: h=h+le ‘Como |; > Iz, surge um desequilibro no campo magnético do transforma- dor toroidal, originando o aparecimento de uma corrente induzida na bobina do enrolamento secundério do mesmo e, por conseguinte, o disparo do relé. Como evitar acidentes com a elect Na via publica + Nao se aproxime dos condutores e equipamentos da rede de distribui- ao eléctrica. + Nao entre nos postos de transformaco nem ultrapasse as vedacées metalicas das subestacdes eléctricas. + Em caso de queda de condutores aéreos sobre 0 veiculo, nao saia do seu interior sem tomar algumas medidas de precaucao. + Deve comunicar, aos servicos de avarias eléctricas da EDP, no caso de observar a queda de linhas de distribuicao de energia. Na habitacao * Verifique com regularidade o estado da sua instalacao eléctrica (teste do dispositivo diferencial). + Sempre que proceder a alguma reparacao eléctrica, desligue o interrup- tor geral. *Para substituir lampadas, desligue o interruptor e nao toque na parte metalica da mesma. + Evite utilizar extensdes eléctricas. + Nunca manuseie equipamentos eléctricos com as maos molhadas. + Nunca mexa no interior de aparelhos de televisdo ou outros a nao ser que esteja habilitado para tal. + Proteja as tomadas e mantenha aparelhos eléctricos fora do alcance das criangas. Prevencao e proteccao contra incéndio Fenomeno quimico da combustao O fogo € 0 resultado de uma reaccao de oxidacdo-reducdo, generica- mente designada por combustao, que acorre entre um combustivel (ele- mento redutor) e um comburente (elemento oxidante). Para que se inicie e mantenha, é, em geral, necessario fornecer aos rea- gentes uma determinada quantidade de energia (energia de activacao), As estatisticas disponiveis revelam que as causas mais frequentes dos inc&ndios sao, por ordem decrescente, as seguintes: 1 — instalacoes eléctricas; 2~a utilizac3o de chamas sem qualquer tipo de proteccao e superti- cies quentes; 3 a presenca inadequada de substancias inflaméveis; 4~ aparelhos de aquecimento. Prevencao — conjunto de medidas tendentes a limitar a probabilidade do inicio de incéndio, Protec¢o — consiste na adopcdo de medidas tendentes a minimizar as tendéncias de irrupgao de incéndio, ‘Combustive! ~ substinda que arde, ‘Comburente ~ substéncia que alimen- ta a combustdo, normalmenteo ar Energia de activacio — energia mit ma necessaria para se iniciar a reaccao, de acordo com o tipo de substancia Tipos de combustao As reaccées de combustdo nao se produzem todas com a mesma velo- cidade, podendo ser divididas em trés grupos: S80 as que se produzem sem emissao de chamase = Oxidacio do ferro, pouca libertacao de calor S80 as que originam forte ry libertacao de calor, acom- = Combustao de papel panhada de chamas. | a i Combustio de vapores Deflagracoes | >) iquidos inflam Detonacdes — |—»| _Disparo de urna arma Classes de fogos ANorma Portuguesa NP EN2, de 1993, classifica os fogos segundo 0 tipo de combustivel, permitindo rapidamente indicar 0 agente extintor a aplicar. Segundo esta norma, os fogos podem ser divididos em quatro classes: Classe A — fogos de materiais sélidos, geralmente de natureza orgénica, que se dao, normalmente, com formacao de brasas; Classe B — fogos de liquidos ou de sélidos, que podem transformar-se em liquidos; Classe C — fogos de gases; Classe D - fogos de metais. Fig. 34 - Simbolos das classes de fogos. Agentes extintores de incéndios ery ‘Agente extintor agua agua espuma po Po emjacto | pulverizada | fisica normal | polivalente iN @e ©1tz re cos Halons Opia®) Legenda: Z\ exceiente © bom aceitével © sasesnancis @ vacavesa Meios de extingdo de incéndios ares que age por abafamento, podendo Os dispositivos de extingdo de incéndios podem ser divididos em: ea a cn eae Je fogos. ~ meios de primeira intervencao (extintores e rede de incéndio armada); - meios de segunda intervencao (instalagdes fixas de extingao). 2 . a Em instalagées eléctrcas de bai- As pessoas devem ser informadas quanto ao tipo de extintor a utilizar e xa tenséo & permitida a utiliza seu modo de funcionamento. Na utilizacdo dos extintores devern-se terem | cao do aqua puiverizada Os extintores, como meio de primeira intervencao na extingo de incEndios, devem ser coloca~ dos nos pilares ou nas paredes e em lacais bem amplos, se poss vel sinalizados e perto da entra- da dos locais de trabalho. Uma rede de incéndio armada 6 constituida por varias bocas de incEndio (n0 minimo, dues). 1 ~ Aproximar-se do fogo sempre no sentido do vento ou da tiragem normal do edificio, 2 Atacar 0 fogo dirigindo 0 jacto do extintor & base das chames, 3 No caso de liquidos derramados de canalizagdes, manobrar o jacto do extintor de cima para baixo. 4 Assegurar um ntimero minimo de extintores e de pessoas para os manobrar. 5 ~ Prever as possibilidades de re-ignicSo. 6 ~ Providenciar a recarga dos extintores. Fig, 35 ~ Critérios de utilizacao dos extintores. As instalacbes fixes de extinc’io podem ser de comando manual © uma instaagdo fxa de extin- descarga automatica. . . @o ha uma descarga directa do Actualmente, esté generalizada a instalacao de sprinklers, ou chuveiros, produto extintor sobre 0 fogo. como parte deste tipo de meios de extincao de incéndio. Estes dispositi- vos estao ligados a uma rede de agua sob pressdo e munidos de um ele- mento fusivel ou uma ampola explosiva que destruida a uma determi- nada temperatura. © recurso 3 massagem cardiaca externa sé deve ser feito por pes- soal tenico especializado, Nocgées de socorrismo Primeiros socorros + Localize as partes do corpo acidentadas. + Arrefeca as partes do corpo afectadas somente com agua fria abundante ou panos molhados. + Nao perfure as bolhas de ar devidas a queimaduras, nao retire as roupas coladas, nem dé liquidos ou comidas a vitima. Procure um médico o mais rapidamente possivel. + Para saber se a vitima ainda esté a respirar, aproxime o ouvido a boca dela e observe o movimento do térax (a paragem respiratéria pode levar 4 morte num periodo curto). Verifique também se ela teve paragem car- diaca, sentindo a pulsa¢4o nos pulsos ou pescoco. Nesses casos, deite a pessoa de barriga para cima, abra-Ihe a boca e puxe-the a lingua para facilitar a entrada do ar. Se a vitima apresentar paragem respiratoria, faca respiragao boca a boca. No caso de paragem cardiorrespiratoria, deve recorrer-se a massagem cardiaca externa. Respiracao boca a hoca + Incline a cabeca do paciente para trés e estique o seu pescoco, forcan- do-o para cima. + Com a boca colada na boca da vitima e mantendo as suas narinas com- primidas, sopre com forca até o peito se encher de ar. + Retire a boca, deixando a vitima libertar espontaneamente o ar. Atitudes a tomar em caso de acidente de origem eléctrica + Desligue imediatamente a electricidade. Na impossibilidade de a desligar, interrompa o contacto da vitima com a mesma utilizando um material nao condutor seco, por exemplo, uma vara de madeira ou um pano grosso. + Nunca utilize objectos metalicos e/ou humidos. + Se as roupas da vitima estiverem em chama, deite-a no chao e cubra-a com um tecido grosso, para apagar 0 fogo. PGC ED Cem rehome ele leste) Como a operacionalizacéo desta unidade didéctica se destina a ser concretizada ao lon- go do curso, a sua auto-avaliacao deve ser realizada no decorrer dos trabalhos executa- dos. No entanto, colocaremos aqui algumas questdes para poderes avaliar se adquiriste os conhecimentos-base essenci 1. Que métodos de anilise de riscos conheces? ‘A que sao devidas as causas dos acidentes? 3. Enumera tipos de riscos que conheces. 4. Que processos conheces para controlar os riscos de acidente? 5. Indica alguns dispositivos de proteccao individual, justificando a sua utilizagao. 6. Elabora uma listagem dos sinais relacionados com aspectos de seguranca existentes na tua escola e caracteriza-os. 7. Indica alguns factores importantes para uma boa iluminacao do local de trabalho. 8, Menciona algumas caracteristicas das lampadas de incandescéncia. 9.0 que entendes por “efeito estroboscépico” 10. Refere as principais consequéncias de uma iluminacao deficiente. 11. Enumera alguns efeitos causados no organismo humano devido ao ruido excessivo. 12. Indica quais os métodos para minimizar os efeitos nocivos do ruido. 13. De que dependem os riscos a que esto sujeitas as pessoas quando o seu organis- mo é atravessado por uma corrente eléctrica? 14. Define condutor activo de uma instalagio eléctrica? Define massa. 15. Distingue contacto directo de contacto indirecto. 16. Qual a utilidade da montagem de dispositivos diferenciais nas instalagdes eléctricas? Como sao designados estes dispositivos? 17. Que meios de extingao de inc&ndio conheces? 18. Que tipo de agente extintor utilizarias num incéndio de origem eléctrica? 19. Menciona algumas formas de evitar acidentes com a electricidade. 20. Que atitudes devem ser adoptadas no caso de um acidente de origer eléctrica? 21. Descreve os primeiros socorros a prestar a uma vitima de acidente de origem eléctrica.

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