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O perfil da lâmina - alguns tipos mais comuns

Olá!

Olhe esse desenho:

Ele mostra os perfis mais comuns de lâminas. Não apenas facas, mas espadas e
machados também.

Vamos analisar cada um:

Scandi: Desbaste em "V", começa geralmente no meio da lâmina. Muito comum nos
países nórdicos. A escandinava puukko é um exemplo clássico desse perfil. Foi pensada
para resistir ao uso pesado sem danificar. Perfil bastante comum em facas táticas.
Muito útil para sobrevivência, corta bem a madeira e serve para entalhar também. Fácil
de afiar.

Hollow: Apresenta um desbaste côncavo. Afiada ao extremo, é muito comum em


navalhas. O fio é delicado e exige constante manutenção, mas é muito popular.

High Flat: Permite uma boa afiação e mantêm uma parte grossa perto da espinha para
garantir maior resistência. Quando nova, oferece um ótimo fio, mas, com o uso, fica
difícil de mantê-lo bem afiado.

Full Flat: A melhor solução de compromisso entre afiação e robustez. É o formato mais
comum em facas e fácil de fazer manualmente. Após anos de uso e reafiação, a lâmina
nunca fica tão grossa que não possa ser novamente afiada.

Full Convex: O desbaste convexo favorece a força e não o corte afiado. Muito comum
em machados, exige material bem mais grosso para ser feito.
Além desses tipos, temos o Double Bevel, ou duplo fio, muito comum em facas de
cozinha ocidentais e em espadas orientais, como a katana. O formato de cinzel - Chisel
grind - como o das talhadeiras e facas de culinária japonesas, além de uma mistura de
todos os tipos para operações especializadas.

O mais importante é entender os pontos fortes e fracos de cada um, para fazer uma faca
adequada à função que queremos que ela desempenhe. Se fazemos uma faca para filetar
peixe, precisamos de um fio aguçado, mas se vamos cortar madeira precisamos de uma
faca resistente. Usar uma bowie para fazer a barba é coisa de cinema. Na vida real, isso
não é nada funcional e bastante perigoso!

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