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Para começar, o estado de espírito com que se referem a esses “tubarõ es” nã o é adequado.
Falam como se os “tubarõ es” estivessem tramando contra eles, como se tomassem
conhecimento de cada R$ 1.000 que tomam do trader de meia tigela que acha que, mais uma
vez, foi “enganado”.
Como se esses “tubarõ es” estivessem de propó sito tirando os R$ 10 mil que algum coitado
investiu em Petrobras em maio de 2008 ou maio de 2018.
Amigo: os grandes players nem sabem que você existe. Nem querem saber.
Os grandes players também nã o querem nossos míseros tostõ es (nada abaixo da casa dos
milhõ es de dó lares interessa a eles).
Quando perdemos dinheiro por causa da atuaçã o dos grandes investidores institucionais, é só
porque estamos no lugar errado, na hora errada e fazendo a coisa errada.
Você nã o tem nada a ver com o que está acontecendo, mas se machuca mesmo assim.
E quem fala que os tubarõ es estã o contra os sardinhas (e os “sardinhas” sempre sã o os outros,
nunca quem fala), nessa fauna toda, acaba sendo só mais um pato.
Quero que você conheça mais sobre os players institucionais para que, entã o, você nã o seja
mais uma vítima deles.
Ao contrá rio, com os conceitos e as ferramentas certas da Nova Aná lise Té cnica, ensinada
pelo Raio X Preditivo, podemos nos aproveitar da atuaçã o predató ria dos players
institucionais.
Imagine aquela rede de supermercados local de sua cidade. É uma empresa com um
grande capital, certo? Pode ser. Dentro de nossos padrõ es financeiros pessoais, talvez.
Nos padrõ es financeiros de sua cidade também. Mas, nos padrõ es mundiais, ela nã o
representa… nada. É dinheiro do troco.
Algumas estimativas dizem que o dinheiro vivo, mais o crédito e todos os bens
circulantes representariam algo em torno de 170 trilhõ es de dó lares.
É uma estimativa, mas vamos trabalhar com esse valor que, vamos convir, nã o é
pouco.
Essas 43 mil empresas têm em suas mã os quase que a totalidade desses 170 trilhõ es
de dó lares.
Calma que estamos quase chegando nos big players institucionais. Nã o sã o esses.
O mesmo instituto suíço descobriu que, no fim das contas, apenas 174 empresas
controlam direta ou indiretamente as primeiras 43 mil. Ou seja: fazendo uma conta de
padeiro, apenas 174 empresas têm em suas mã os US$ 68 trilhõ es.
A outra descoberta é que cerca de metade dessas 174 empresas têm intensa atuaçã o
nos mercados financeiros, nas bolsas de valores.
Em média, cada uma dessas supostas 87 companhias têm em seu bolso US$ 390
bilhõ es. Claro, nem tudo isso é usado a fim de especular e, além disso, cada uma tem
uma valor diferente, claro.
Fiz essa conta só para você ter uma ideia da magnitude, do tamanho, dos grandes
players institucionais.
É com esse tipo de investidor institucional que a gente está lidando quando faz
qualquer trade na bolsa. Entre os principais, podemos citar:
Acredite, se eles atuarem com apenas 1% da sua capacidade financeira num mercado
como o brasileiro, isso é o suficiente para provocar um tsunami. O faturamento dessas
companhias facilmente é maior que o PIB de muitos países.
Os grandes players institucionais atuam de forma predató ria e por diversas vezes
jogam sujo. Eles nã o estã o atrá s do dinheiro de investidores de varejo como nó s.
Eles estã o atrá s de dinheiro de fundos de pensã o, hedge funds e bancos centrais dos
países onde atuam.
Se você estiver por perto e nã o souber como se posicionar, vai se ferir, mas, sério, eles
nã o estavam mirando em você, sabe?
Para executar essas artimanhas, os players institucionais têm a seu lado os robô s de
HFT (do inglê s, Trade de Alta Frequê ncia).
Alguns traders tentam filtrar a atuaçã o dos robô s, mas isso nã o faz muito sentido já
que eles sã o responsá veis por 80% de todos os negó cios realizados nas bolsas de
valores.
Se eu vejo que uma açã o vai subir, decido comprar dez lotes dela (mil açõ es) e, se for
um papel do Índice Ibovespa, com grande liquidez, imediatamente encontrarei um
vendedor no preço a mercado.
Agora, se eu sou um investidor institucional e decido comprar dez milhõ es de açõ es,
eu começo a ter um problema: liquidez naquela faixa de preço que eu considero ideal.
Liquidez
E conseguir essa liquidez sem chamar a atençã o é a mesma tarefa que colocar um
elefante na á gua sem fazer muitas ondas.
Para isso, ele vai lançar mã o de tá ticas que já destacamos acima, aproveitando-se
inclusive do pâ nico extremo dos outros participantes (para encher o carrinho de açõ es,
comprando) e da euforia má xima (para esvaziar, vendendo).
Pode acreditar que, nessa época, muita gente que nem tinha ouvido falar de bolsa de
valores entrou no mercado porque “açõ es estavam com tudo” e “iriam até o céu”.
Pois bem. O que vimos foi um processo de distribuiçã o, com volume cada vez menor,
em que os players institucionais foram se desfazendo de seus papéis e a cotaçã o andou
de lado durante maio, abril e, finalmente, em maio, tivemos uma pancada para baixo.
Quem estava comprado se deu mal. Deu liquidez aos institucionais.
A velha aná lise técnica ou Aná lise Técnica Clá ssica foca no preço. Os movimentos
dos preços dos ativos, supostamente, dã o pistas do que eles farã o no futuro. Nã o há
mistério nisso: é probabilidade, estatística.
E a Nova Aná lise Té cnica ensinada pelo Raio X Preditivo descobriu que é uma parte
que nã o é tã o importante assim.
Enquanto a velha aná lise técnica olha para o preço (algo que já aconteceu), a Nova
Aná lise Técnica olha para o futuro pró ximo.
7. CONCLUSÃ O
Considerar a bolsa de valores como uma forma de investimento, nesse sentido, parece
tã o imprudente quanto entrar na selva sem a devida preparaçã o.