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Universidade Federal Fluminense

Faculdade de Administração e Ciências Contábeis


Curso de Ciências Atuariais
Trabalho de Conclusão de Curso

Aluno:
Alexander Mariano Dias

Título:
Rendas Conjuntas: Uma abordagem atuarial aplicada

Orientadora:
Profa. Me. Carolina Cardoso Novo

Niterói
2018
UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS
GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ATUARIAIS

ALEXANDER MARIANO DIAS

RENDAS CONJUNTAS: UMA ABORDAGEM ATUARIAL APLICADA

NITERÓI-RJ
2018
ALEXANDER MARIANO DIAS

RENDAS CONJUNTAS: UMA ABORDAGEM ATUARIAL APLICADA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade de Administração e Ciências
Contábeis da Universidade Federal Fluminense,
como requisito parcial à obtenção do grau
Bacharel em Ciências Atuariais

Orientadora:
Profa. Me. CAROLINA CARDOSO NOVO

Niterói-RJ
2018
ALEXANDER MARIANO DIAS

RENDAS CONJUNTAS: UMA ABORDAGEM ATUARIAL APLICADA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade de Administração e Ciências
Contábeis da Universidade Federal Fluminense,
como requisito parcial à obtenção do grau
Bacharel em Ciências Atuariais

Aprovada em 06 de Dezembro de 2018.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________
Profa. Me. Carolina Cardoso Novo - UFF
Orientador

___________________________________________________________
Prof. Dr. Fábio Ferreira - UFF

___________________________________________________________
Profa. Dr. Mirian Picinini Méxas - UFF

Niterói-RJ
2018
AGRADECIMENTOS

A Deus. Por toda força, sabedoria e por permitir-me chegar até aqui. Sem ele nada
seria e nada poderia fazer.
Aos meus pais. Por todo amor, carinho, ensinamentos e conselhos que foram
fundamentais para moldar o meu caráter.
Às minhas avós. Pelo amor incondicional.
Aos amigos e demais familiares. Pelo convívio, amizade, paciência e suporte diário
ao longo dessa trajetória.
A todo o corpo administrativo e de professores do curso de graduação de Ciências
Atuariais da Universidade Federal Fluminense, por toda assistência, orientação e todo
conhecimento compartilhado que contribuíram para minha formação.
À professora Carolina Novo, primeiro por ter aceitado ser minha orientadora, tarefa
das mais árduas, que foi desempenhada brilhantemente. Depois, por toda a orientação,
fornecimento de material para a realização deste trabalho, todas as revisões e correções feitas,
pelas palavras motivacionais e principalmente por toda paciência comigo.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram, choraram comigo,
sorriram comigo, que oraram e intercederam a Deus por mim e me fizeram perceber que é
possível alcançar objetivos quando lutamos e avançamos juntos.
RESUMO

Com a sensação de insegurança e descrença na eficiência do atual sistema da previdência


pública brasileira, o trabalhador, preocupado com o seu futuro e bem-estar de sua família,
sente a necessidade de buscar alternativas ao atual sistema. Neste contexto, a previdência
complementar, surge como uma alternativa de proteção e amparo ao trabalhador como
garantia de recebimento de benefícios que garantam o seu padrão de vida no momento de sua
aposentadoria. Para tanto, visando garantir a capacidade de honrar com os compromissos
assumidos, as entidades de previdência complementar, precisam considerar premissas
atuariais adequadas ao comportamento dos seus participantes no cálculo dos valores presentes
estimados das contribuições capaz de suportar o pagamento dos benefícios no futuro. Dessa
forma, o presente trabalho tem o objetivo de avaliar o efeito das escolhas das premissas
atuariais da tábua de mortalidade e da taxa de juros sob o ponto de vista atuarial das rendas
sobre a vida humana, com especial enfoque às rendas sobre casais. Para tanto, realizou-se um
estudo empírico dos valores atuariais para diferentes tipos de rendas individuais e conjuntas,
variando as premissas da tábua de mortalidade e da taxa de juros aplicada, avaliando os
resultados e impactos dessas duas premissas sobre o valor de contribuição e sua influência nas
respectivas rendas. Concluiu-se que ambas as premissas utilizadas impactaram nos valores
atuariais, no entanto, a premissa da taxa de juros apresentou maior relevância sobre os
cálculos dos valores de contribuição do que a premissa da tábua de mortalidade.

Palavras-chave: Tábua de Mortalidade; Rendas sobre a Vida Humana; Rendas Conjuntas;


Previdência Complementar.
ABSTRACT

The Brazilian worker, concerned about his future and his family´s well-being, stands in need
of seeking alternatives for the current system due to the feeling of unreliableness in the
efficiency of country´s social security system. In that context, complementary pension comes
across as a protection and supporting alternative for the employee. This is a possibility of
receiving benefits that ensure the standard of living in the moment of retirement. In order to
ensure the ability to pay its liabilities, private pension funds ought to consider appropriated
actuarial premises from members’ behavior in the costing of estimated present values of
contributions. Therefore, funds would be able to pay the future benefits. Thus, the present
paper aims to evaluate the effects of actuarial premises from mortality tables and from interest
rates by the actuarial perspective from the human incomes with special focus on couples’
incomes. An empirical study of actuarial values for different types of individual and group
incomes was performed. In the study, the premises of the mortality table and the applied
interest rate were varied and the results, impacts of these two premises on the contribution
value and the influence on the incomes were evaluated. After all, it was concluded that both
premises had impacted on the actuarial values, however, the one about the interest rate
showed more significance on the contribution values calculation than the other one about the
mortality table.

Keywords: Mortality Table; Human Life Incomes; Group Incomes; Complementary Pension.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Tábuas de Mortalidade mais utilizadas no Brasil por (EFPC) ................................ 30

Figura 2 – Comparação entre Tábuas de Mortalidade .............................................................. 34

Figura 3 - Exemplo de função de sobrevivência ...................................................................... 37

Figura 4 – Fluxo de Pagamento de um Seguro de Capital Diferido ......................................... 41

Figura 5 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Postecipada ................................... 44

Figura 6 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Antecipada.................................... 48

Figura 7 – Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Antecipada ................................... 54

Figura 8 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Fracionada Diferida Vitalícia Antecipada .. 56
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Principais Características das Modalidades ............................................................ 27

Tabela 2 – Estrutura Geral da Tábua de Mortalidade ............................................................... 39

Tabela 3 - Esperança de vida .................................................................................................... 60

Tabela 4 – Valores atuariais de rendas antecipadas ................................................................. 62

Tabela 5 – Relação entre esperança de vida e valor atuarial .................................................... 63

Tabela 6 – Rendas sobre casais ................................................................................................ 64

Tabela 7 – Variação em % das rendas sobre casais .................................................................. 65

Tabela 8 – Renda vitalícia diferida variando tábua e taxa de juros .......................................... 67

Tabela 9 – Renda vitalícia diferida (40, 35) ............................................................................. 69

Tabela 10 – Renda vitalícia diferida (40, 40) ........................................................................... 70

Tabela 11 – Renda vitalícia diferida (40, 45) ........................................................................... 71


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABRAPP - Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar

AT-2000 - Annuity 2000 Mortality Tables

AT-83 - Annuity 1983 Mortality Tables

BD - Benefício Definido

BR-EMS - Experiência do Mercado Segurador Brasileiro

CD - Contribuição Definida

CF - Constituição Federal

CGPC - Conselho de Gestão da Previdência Complementar

CNPC - Conselho Nacional de Previdência Complementar

CNSP - Conselho Nacional de Seguros Privados

CV - Contribuição Variável

EAPC - Entidades Abertas de Previdência Complementar

EFPC - Entidade Fechada de Previdência Complementar

EPC - Entidades de Previdência Complementar

FenaPrevi - Federação Nacional de Previdência Privada e Vida

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

MPS - Ministério da Previdência Social

OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

PIB - Produto Interno Bruto


PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar

RGPS - Regime Geral de Previdência Social

RP-2000 - Mortality Tables Report

RPA - Retirement Protection Act

RPC - Regime de Previdência Complementar

RPPS - Regime de Previdência dos Servidores Públicos

SOA - Society of Actuaries

SUSEP - Superintendência de Seguros Privados


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 14

CAPÍTULO 1 - ASPECTOS GERAIS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ......... 22

1.1 Regimes Previdenciários ............................................................................................... 22

1.2 Modalidades dos Planos Previdenciários ...................................................................... 25

1.3 Premissas Atuariais ....................................................................................................... 28

1.4 Tábuas de Mortalidade no Cenário Brasileiro ............................................................... 30

1.5 Taxa de Juros ................................................................................................................. 34

CAPÍTULO 2 - FUNÇÕES FUNDAMENTAIS .................................................................. 36

2.1 Tábua de Mortalidade .................................................................................................... 36

2.2 Seguro de Capital Diferido ............................................................................................ 40

CAPÍTULO 3 - RENDAS INDIVIDUAIS ........................................................................... 43

3.1 Renda Postecipada ......................................................................................................... 43

3.1.1 Renda Vitalícia Unitária Postecipada ..................................................................... 43


3.1.2 Renda Temporária Unitária Postecipada ................................................................ 45
3.1.3 Renda Diferida Unitária Postecipada ..................................................................... 46
3.1.4 Renda Interceptada Unitária Postecipada ............................................................... 46
3.2 Renda Antecipada .......................................................................................................... 47

3.2.1 Renda Vitalícia Unitária Antecipada ...................................................................... 47


3.2.2 Renda Temporária Unitária Antecipada ................................................................. 49
3.2.3 Renda Diferida Unitária Antecipada ...................................................................... 50
3.2.4 Renda Interceptada Unitária Antecipada ................................................................ 50
3.3 Renda Fracionada .......................................................................................................... 50

CAPÍTULO 4 - RENDAS CONJUNTAS ............................................................................. 52

4.1 Status de Vida Conjunta ................................................................................................ 52

4.2 Rendas para o Status de Vida Conjunta......................................................................... 52

4.3 Status do Último Sobrevivente ...................................................................................... 53

4.4 Rendas para o Status do Último Sobrevivente .............................................................. 53

4.4.1 Renda Vitalícia Antecipada para Duas Vidas......................................................... 54


4.4.2 Renda Diferida Vitalícia Antecipada para Duas Vidas .......................................... 55
CAPÍTULO 5 - ESTUDO EMPÍRICO DE RENDAS ........................................................ 59

5.1 Relação das Esperanças de Vida com os Valores Atuariais .......................................... 60

5.2 Análise dos Valores Atuariais de Rendas sobre Casais ................................................. 63

5.3 Aplicação em Contextos ................................................................................................ 66

CONCLUSÃO......................................................................................................................... 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 76

ANEXO .................................................................................................................................... 80
14

INTRODUÇÃO

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

A Previdência Social, também conhecida como Previdência Pública ou Previdência


Geral, surgiu tendo como missão proteger o trabalhador e sua família, bem como promover
o bem-estar social por meio de sistema público de política previdenciária solidária e, assim,
assegurar renda ao cidadão após seu período laboral.
Contudo, os constantes déficits que a Previdência Social vem registrando nos
últimos anos, acabam por gerar preocupação e insegurança aos trabalhadores e aposentados
que participam desse programa de proteção. Segundo dados do Ministério da Previdência
Social referente ao ano de 2017, considerando apenas o INSS1, a previdência apresentou um
déficit de 182,4 bilhões, resultado de uma arrecadação de R$ 374,8 bilhões e de despesas de
557,2 bilhões. Se forem considerados também os números da previdência dos servidores
públicos da União, esse déficit sobe para 268,8 bilhões.
Visto a inabilidade do sistema público em manter a qualidade de vida e o poder
aquisitivo dos indivíduos em sua aposentadoria, os mesmos sentem a necessidade de
buscarem alternativas visando manter o padrão conquistado ao longo de sua vida.
Em conjunto com esse cenário e agravado pela eminente necessidade de uma
reforma previdenciária proposta recentemente pelo Governo Federal, a Previdência
Complementar, sistema alternativo ao sistema social, surge como um importante
instrumento de segurança financeira para o trabalhador brasileiro.
Com isto o mercado de Previdência Complementar, no decorrer dos últimos anos,
tem ganhado inúmeros adeptos, pois o que grande parte da população quer, é poder se
aposentar sem se preocupar com sua fonte de renda (BORJA, 2009).
A Previdência Complementar no Brasil, de caráter facultativo e autônoma a
Previdência Social, é dividida em duas categorias, Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (EFPC), também conhecida como fundos de pensão, destinadas aos
empregados de uma empresa, ou grupo de empresas; e as Entidades Abertas de Previdência
Complementar (EAPC), destinadas a qualquer pessoa física.

1
Instituto Nacional do Seguro Social. Disponível em: https:<//www.inss.gov.br/>. Acesso em: 20 nov. 2017.
15

Além dessa divisão, a Previdência Complementar possui três modalidades de


planos previdenciários, são eles, o de Benefício Definido (BD), em que o valor do benefício2
dos participantes é previamente estabelecido, o de Contribuição Definida (CD) e o de
Contribuição Variável (CV), modalidades em que o valor do benefício só é determinado a
partir do momento do seu recebimento.
A administração dos planos previdenciários, a partir da estruturação no regime
financeiro de capitalização, procura garantir a melhor maneira de gerir seus recursos.
Entende-se por regime de capitalização o que provê a constituição de provisão matemática3
no decorrer do período laboral do participante, gerando, de acordo com os retornos dos
recursos aplicados em investimentos, a cobertura dos benefícios futuros (CORRÊA, 2018).
Dessa forma, o propósito das Entidades de Previdência Complementar (EPC) é,
através do recebimento dos valores de contribuição4 realizados pelos participantes de um
plano, garantir o pagamento de benefícios futuros que atenda as expectativas financeiras no
momento da aposentadoria, buscando, assim, o equilíbrio de cada modalidade de plano
previdenciário.
Para a estimativa desses benefícios, o atuário realiza cálculos que são permeados de
incertezas relacionadas à probabilidade de ocorrência de certos eventos. Como tais cálculos
levam em consideração um período longo de tempo, deverão, necessariamente, ser baseados
em premissas atuariais. As premissas atuariais são definidas como um conjunto de
informações estatísticas que estimam o acontecimento de diversos eventos, tais como os de
natureza econômica (taxa de juros, crescimento salarial, reajuste dos benefícios do plano,
indexador econômico, crescimento do teto do INSS, etc.), biométrica (mortalidade de ativos,
mortalidade de inválidos, entrada em invalidez, etc.), além de outros fatores (composição
familiar, idade presumida de aposentadoria, etc.) (BENELLI, 2016).
O estabelecimento e o uso de premissas atuariais não alinhadas ao contexto em que
os participantes e as EPC estão inseridos, podem incidir em custos incorretos, provocando
desequilíbrios nos planos previdenciários, fato que pode gerar a incapacidade de pagamentos
dos benefícios dos valores inicialmente acordados.
Premissas mais conservadoras, embora expostas a menor variação de incertezas,
podem acarretar em custos iniciais maiores na gestão dos planos. Por outro lado, a escolha

2
De acordo com Domenegueti (2009), entende-se por benefício a prestação assegurada pelo plano aos seus
participantes, na forma e condições definidas no regulamento.
3
Conforme Domenegueti (2009), provisão matemática se refere ao cálculo atuarial que determina o valor
presente das obrigações futuras da entidade, descontado o valor presente das contribuições futuras.
4
Segundo Domenegueti (2009), entende-se por contribuição os aportes para custear o plano de benefícios.
16

de premissas menos conservadoras, pode conduzir em problemas sérios de solvência5 da


EPC no futuro (RODRIGUES, 2008).
Dessa forma, o principal objeto de estudo desse TCC será avaliar a influência da
premissa atuarial biométrica da tábua de mortalidade e da premissa atuarial econômica de
taxa de juros nos valores atuariais das rendas sobre a vida humana, assunto esse pouco
explorado na literatura.

SITUAÇÃO PROBLEMA

Com o objetivo central de honrar o pagamento dos benefícios futuros aos


participantes de planos previdenciários, as EPC precisam definir, monitorar e controlar as
premissas atuariais que podem afetar o compromisso desses pagamentos (CORRÊA, 2018).
Diante das diversas premissas atuariais envolvidas na determinação dos cálculos
dos benefícios nos modelos previdenciários, as premissas da tábua de mortalidade e taxa de
juros são as que mais impactam os montantes das provisões matemáticas (BELTRÃO;
PINHEIRO, 2002).
A escolha da premissa atuarial da tábua de mortalidade6 deve ser realizada de modo
a representar a efetiva mortalidade do grupo de indivíduos ao qual os participantes dos
planos previdenciários estão inseridos. A utilização de tábuas de mortalidade que não
expressam o comportamento de mortalidade dos participantes dos planos pode majorar ou
minorar a constituição das provisões matemáticas, comprometendo o equilíbrio dos mesmos
(RODRIGUES, 2008).
A adoção da premissa atuarial da taxa de juros, ao contrário da tábua de
mortalidade, deve ser feita de modo a refletir o comportamento do cenário macroeconômico
do país, e não as características dos seus participantes. Ela é utilizada nos cálculos atuariais
para a determinação dos valores presentes dos benefícios e contribuições futuras. Quanto
maior é a taxa de juros assumida, menor será o valor presente das provisões matemáticas
formadas, enquanto que, quanto menor for a taxa de juros, maior será este valor presente
(CORRÊA, 2018).
Atrelado ao estudo do valor presente dos benefícios individuais que serão pagos no
futuro ao participante do plano, de modo que haja garantia à manutenção de sua renda no
5
De acordo com Domeneghetti (2009), solvência é o estado em que o plano é considerado equilibrado diante
os aspectos atuariais.
6
Segundo Garcia e Simões (2010), a tábua de mortalidade é o instrumento capaz de explicitar o
comportamento estatístico da mortalidade de uma dada população.
17

momento da aposentadoria, está o conceito rendas conjuntas. Neste caso, em decorrência do


falecimento do participante do plano, a renda continuará sendo paga ao seu
cônjuge/dependente.
Vale destacar que, esse tipo de renda assume um importante papel social, pois nos
casos em que a renda recebida pelo participante no momento da aposentadoria é a principal
fonte de renda da família, o seu cônjuge ou dependentes estarão amparados em caso de seu
falecimento.
Dessa forma, quando o participante contrata determinado plano previdenciário e no
mesmo tem a continuidade de pagamento dos benefícios ao cônjuge após sua morte, este se
configura como uma renda conjunta, demandando um outro tratamento por parte das
entidades previdenciárias.
Isto posto, surge o seguinte questionamento atrelado à pesquisa:
De que maneira a premissa atuarial biométrica da tábua de mortalidade e a
premissa atuarial econômica de taxa de juros impactam as rendas conjuntas nas
Entidades de Previdência Complementar?

OBJETIVO

GERAL

Analisar a influência das premissas atuariais da tábua de mortalidade e da taxa de


juros sobre os valores presentes na determinação dos benefícios e contribuições futuras
considerando o contexto de rendas conjuntas.

ESPECÍFICOS

 Verificar as diferenças entre rendas conjuntas e rendas individuais.


 Analisar como o conceito de rendas conjuntas é abordado nos planos de
previdência.
 Introduzir a discussão sobre rendas conjuntas, a partir da ótica atuarial,
assunto pouco explorado na literatura.
 Avaliar os impactos das hipóteses atuariais da tábua de mortalidade e da taxa
de juros sobre a renda individual e conjunta, a partir de casos empíricos.
18

DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

As modalidades dos planos previdenciários definem a sua forma de custeio, que são
acompanhadas a partir de avaliações atuariais periódicas, de maneira a encontrar possíveis
distorções das premissas atuariais estimadas no início do plano em relação ao
comportamento esperado do plano no futuro.
As premissas atuariais envolvem, por exemplo, as tábuas de mortalidade, entrada
em invalidez, crescimento real de salários, taxa de juros e composição familiar. Englobando
fatores econômicos, biométricos, demográficos entre outros. Cada fator possui a sua devida
importância, sendo necessário, em algumas situações, a aplicação de testes para definir quais
premissas estará mais alinhada ao respectivo plano, respeitando o perfil do grupo em
questão.
Contudo, neste trabalho serão consideradas apenas as premissas atuariais da tábua
de mortalidade e da taxa de juros, até como forma de viabilizar o estudo e a aplicação em
casos empíricos.
No que tange a abordagem sobre vidas conjuntas, a literatura permite estudos
envolvendo várias vidas, entretanto, o presente trabalho limitará a análise ao conceito de
vidas conjuntas, considerando apenas duas vidas.

RELEVÂNCIA DO ESTUDO

A previdência complementar apresentou nos últimos anos um significativo


crescimento, impulsionada, dentre outros, pela estabilização da moeda, pelo aumento de
renda da população, melhoria no nível de emprego e maior acesso ao crédito. Em paralelo a
isto, se tem a atual situação da previdência social, apresentando déficits cada vez maiores.
Esses foram alguns dos fatores que geraram maior segurança ao setor e contribuíram para
uma considerável procura pelos produtos oferecidos pelo mercado de seguros e de
previdência complementar.
A renda proporcionada pelos planos de previdência complementar representa um
importante mecanismo de proteção financeira, uma vez que visam garantir aos trabalhadores
o recebimento de um benefício para complemento ao valor recebido pela Previdência Social.
Permite-se, dessa forma, a manutenção do padrão de vida do indivíduo quando em sua
aposentadoria, desempenhando um papel fundamental no contexto social.
Na vertente econômica, quando comparado a países desenvolvidos que chegam a
possuir um volume de recursos financeiros aplicados em fundos previdenciários superior ao
19

PIB7 do próprio país, o Brasil possui um grande potencial de crescimento no setor. Até o fim
de 2017, o total de ativos das EFPC, estava em torno de 840 bilhões de reais, o que
representava por volta de 12,8% do PIB brasileiro, segundo dados da Associação Brasileira
das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP).
Após o total de ativos das EFPC atingir o percentual de 14,1% em 2012, observou-
se o declínio em torno de 2% do percentual do PIB, fato provavelmente ligado à
instabilidade econômica ocorrida no país neste período. Contudo, a partir de 2016, o mesmo
apresenta um aumento da relação, devido principalmente à recuperação do setor econômico
do país.
Embora os ativos das EAPC não apresentem números tão significativos quando
comparados ao PIB, acumulou em dezembro de 2017 um saldo de ativos de R$12,43 bilhões
apresentando uma retração de 33,06% em relação ao mesmo período do ano anterior,
segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).
Dado um panorama da Previdência Complementar brasileira, se faz necessário
entender sua composição em relação as modalidades dos planos previdenciários. Analisando
a quantidade e o percentual de cada uma das três modalidades de plano previdenciário
existentes nas EFPC em funcionamento no país8, percebe-se que a modalidade BD, com 321
do total de 1.107 planos em funcionamento e o mais afetado por premissas atuariais mal
dimensionadas, ainda corresponde por uma boa parte dos planos por modalidade em
atividade.
Portanto, apesar da importância do papel das Entidades de Previdência
Complementar na economia do país, cabe ressaltar que o objetivo principal dos planos
previdenciários é o pagamento dos benefícios aos aposentados e beneficiários,
demonstrando assim a relevância do estudo para o mercado de Previdência Complementar
brasileiro.
Além disso, vale destacar a contribuição do presente trabalho para a academia uma
vez que são praticamente inexistentes na literatura nacional estudos acerca da temática
apresentada.

7
Produto Interno Bruto - representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais
produzidos numa determinada região, durante um determinado período. Disponível em: <www.brasil.gov.br>.
Acesso em: 26 jun. 2018.
8
Relatórios SPPC. Dez/2017. Disponível em:<http://sa.previdencia.gov.br/site/2018/05/sppcinforme18.01.pdf
> Acesso em: 28 jun. 2018.
20

METODOLOGIA

Levando em consideração os objetivos listados neste trabalho, segundo Gil (2010),


pode-se classificar a pesquisa desenvolvida como exploratória, caracterizada por
proporcionar, de maneira flexível, um panorama geral da temática ainda pouco abordada,
contribuindo para reunir mais conhecimento sobre o assunto abordando rendas conjuntas.
Em relação ao método utilizado para delineamento de pesquisa, o trabalho se classifica
como pesquisa bibliográfica, uma vez que irá fazer uso de livros, artigos, teses, dissertações.
A primeira etapa foi caracterizada pela pesquisa bibliográfica, com base no
levantamento teórico necessário para o desenvolvimento do estudo. Nas referências
consultadas, procurou-se apresentar as principais características e definições dos conceitos
relacionados ao tema, discutindo os aspectos mais relevantes que norteiam a construção e a
utilização da tábua de mortalidade. Posteriormente, também foram detalhadas as
metodologias para o cálculo do valor presente dos diversos tipos de séries de pagamentos
necessários aos benefícios futuros.
A segunda etapa da pesquisa, por sua vez, é caracterizada pela utilização dos
modelos matemáticos envolvendo as rendas individuais e conjuntas, em situações de
aplicação hipotéticas, de modo a investigar a influência da variação da tábua de mortalidade,
atrelada a observação da expectativa de vida de cada tábua, e da taxa de juros nos cálculos
atuariais.
A abordagem metodológica empregada para interpretar e analisar os dados
resultantes da aplicação dos modelos de rendas é baseada na pesquisa qualitativa, buscando
examinar e descrever as consequências da utilização de diferentes tábuas de mortalidade nos
cálculos dos valores presentes das contribuições. Também procurou-se evidenciar a
diferença do valor estimado das contribuições, considerando o uso de diferentes taxas de
jutos.
21

ESTRUTURA DO TRABALHO

Nesta parte inicial, relativo à introdução, estão descritos a contextualização do


tema, a situação do problema, os objetivos gerais e específicos a serem alcançados, a
delimitação, a relevância da pesquisa e a metodologia empregada ao trabalho.
O primeiro capítulo aborda a atual situação da previdência complementar, bem
como seus aspectos gerais e os principais conceitos necessários para o entendimento da
pesquisa. Além disso, é mostrada uma visão geral das premissas atuarias que serão utilizadas
no estudo.
O segundo capítulo é dedicado a definição dos principais conceitos básicos
empregados ao longo do trabalho, demonstrando como é realizada a construção de uma
tábua de mortalidade. Também foi definido o modelo de seguro de capital diferido, utilizado
como base para a construção dos modelos envolvendo rendas.
No terceiro capítulo é abordado o assunto sobre as rendas, apresentando os
diferentes tipos de rendas individuais existentes, buscando dar toda a fundamentação
matemática necessária para os cálculos adiante.
O quarto capítulo é destinado aos conceitos envolvendo as rendas sobre casais,
dando maior ênfase ao status do último sobrevivente, uma vez que é o mais adequado para
os objetivos do presente estudo.
No quinto capítulo, são feitas aplicações por meio de exemplos utilizando os
conceitos de rendas individuais e conjuntas, levando em consideração a variação da tábua de
mortalidade e da taxa de juro aplicada, permitindo assim, realizar diferentes análises,
comparações e conclusões acerca desses tipos de rendas.
Por fim, são apresentadas as conclusões da pesquisa e as referências bibliográficas
utilizadas.
22

CAPÍTULO 1 - ASPECTOS GERAIS DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Neste capítulo serão abordados os aspectos gerais da previdência complementar,


bem como os conceitos importantes necessários ao entendimento do trabalho.

1.1 Regimes Previdenciários

A Previdência Complementar representa uma forma alternativa de poupança, de


caráter exclusivamente privado, destinado à manutenção do poder aquisitivo do contribuinte
no futuro (CANUTO, 2007).
Segundo a Constituição Federal (CF) de 1988, o sistema previdenciário no Brasil
está dividido em três regimes:

 RGPS – Regime Geral – Benefícios da Previdência Social (Art. 201, CF/88),

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) tem suas políticas elaboradas pelo Ministério
da Previdência Social (MPS) e executadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
autarquia federal a ele vinculada. Este Regime possui caráter contributivo e de filiação
obrigatória. Dentre os contribuintes, encontram-se os empregadores, empregados
assalariados, domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais.

 RPSS – Regime Próprio – Servidores Públicos (Art. 40, CF/88)

O Regime de Previdência dos Servidores Públicos, denominado Regime Próprio de


Previdência Social (RPPS) tem suas políticas elaboradas e executadas pelo Ministério da
Previdência Social (MPS). Este Regime é destinado aos servidores titulares de cargos
efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e
solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos
e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.
Excluem-se deste grupo os empregados das empresas públicas, os agentes políticos,
servidores temporários e detentores de cargos de confiança, todos filiados obrigatórios ao
Regime Geral.

 RPC – Regime Complementar – Previdência Complementar (Art. 202, CF/88).

O Regime de Previdência Complementar (RPC) tem suas políticas elaboradas pelo


Ministério da Previdência Social (MPS) e executadas pela Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (PREVIC). Este Regime é facultativo, organizado de forma
23

autônoma ao RGPS. No Brasil, o RPC é organizado em dois segmentos: o segmento


operado pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) – com acesso
individual e destinado a qualquer cidadão; e o segmento operado pelas Entidades Fechadas
de Previdência Complementar (EFPC), também conhecida como fundos de pensão, que
operam planos de benefícios destinados aos empregados de empresa ou grupo destas,
denominadas patrocinadoras, bem como aos associados ou membros de associações,
entidades de caráter profissional, classista ou setorial, denominados de instituidores.

O regime de Previdência Complementar está contido na CF/88, Art.202 que diz:

O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma


autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo,
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado
por lei complementar.

§ 1º - A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de


planos de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às
informações relativas à gestão de seus respectivos planos.
§ 2º - As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais
previstas nos estatutos, regulamentos e planos de benefícios das entidades de
previdência privada não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim
como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos
participantes, nos termos da lei.
§ 3º - É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na
qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição
normal poderá exceder a do segurado.
§ 4º - Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito
Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas
entidades fechadas de previdência privada.
§ 5º - A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que
couber, às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de
serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência
privada.
§ 6º - A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os
requisitos para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de
previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e
24

instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e


deliberação.

As EAPC são entidades com fins lucrativos, constituídas unicamente sob a forma
de sociedades anônimas, reguladas e fiscalizadas por CNSP9 e SUSEP10 respectivamente,
têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedido
em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas
interessadas (MONTESINOS 2007).
Já as EFPC, são entidades sem fins lucrativos que se organizam sob a forma de
fundação ou sociedade civil, reguladas e fiscalizadas pelo CNPC11 e Previc12
respectivamente, são entidades exclusivamente destinadas aos empregados de uma empresa
ou grupo de empresas, servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, bem como a associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial, denominados instituidores13.
Conforme Nobre (1996), a previdência complementar é um sistema que acumula
recursos financeiros ao longo de determinado tempo que garantem uma renda mensal no
futuro, especialmente no período em que se faz necessário parar de trabalhar.

9
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da
política de seguros privados. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/cnsp.asp>. Acesso em:
22 ago. 2018
10
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - órgão responsável pelo controle e fiscalização dos
mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Disponível em:
<http://www.susep.gov.br>. Acesso em: 22 ago. 2018.
11
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) - órgão colegiado responsável pela regulação das
atividades e operações dos Fundos de Pensão. Disponível em: < http://www.previdencia.gov.br>. Acesso em
22 ago. 2018.
12
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – autarquia responsável pela aprovação,
acompanhamento, supervisão e fiscalização das atividades das EFPCs.
Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br>. Acesso em 22 ago. 2018.
13
Pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou setorial que oferece aos seus associados planos de
benefícios de caráter previdenciário, administrado por uma EFPC. Disponível em:
<http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/previdencia-complementar/conceitos/>. Acesso em: 22 ago.
2018.
25

Desta forma, existem duas fases envolvidas nessa atividade, a de acumulação e a de


pagamento, definidas pelo CNSP, n°131 de 2005 como:

 Fase de acumulação - período em que o participante utiliza parte de sua renda para
fazer contribuições periódicas ao plano que contratou;

 Fase de pagamento - período em que o assistido14 (ou assistidos) fará jus ao


pagamento do benefício, sob a forma de renda, podendo ser vitalício ou temporário;

Em 22 de novembro de 2005 foi promulgada a Resolução CGPC15 nº 16/05, a qual


normatiza os planos de benefícios de caráter previdenciário nas modalidades de benefício
definido (BD), contribuição definida (CD) e contribuição variável (CV). A seguir são
apresentados os principais aspectos envolvendo essas três modalidades.

1.2 Modalidades dos Planos Previdenciários

Segundo Corrêa (2018), as modalidades dos planos definem a forma de custeio dos
planos previdenciários. Os planos previdenciários são divididos de 3 formas: Contribuição
Definida (CD), Benefício Definido (BD) e, Contribuição Variável (CV).
Serrano (2004) conceitua CD como contribuições periódicas determinadas pelos
próprios participantes, em que o benefício fica indefinido e dependerá da rentabilidade
alcançada pelos investimentos realizados com os recursos das contribuições. Neste caso, o
participante contribui com uma percentagem do salário ao plano num prazo variável ou não,
e na aposentadoria recebe o total acumulado.
De acordo com Corrêa (2018), nos planos CD, o valor do benefício futuro depende
somente do saldo total de conta individual acumulado, com risco de insuficiência de
recursos mínimos para a entidade.
Já o BD oferece aos participantes benefícios definidos por contrato, garantindo um
benefício calculado atuarialmente, de acordo com tempo de participação no plano e o salário
na ativa (NOGUEIRA, 1985). Estes planos se caracterizam por contas coletivas e caráter

14
De acordo com Domeneghetti (2009), entende-se por assistido o participante que já está em gozo do
recebimento dos benefícios, pensão ou outra forma de renda continuada.
15
Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) - foi um órgão integrante do Sistema Financeiro
Brasileiro que era vinculado ao Ministério da Previdência Social e possuía a função de normatizar e coordenar
as atividades das EFPC. Disponível em: <http://www.previc.gov.br/regulacao/normas/resolucoes/resolucoes-
cgpc>. Acesso em: 02 set. 2018.
26

mais mutualista16, benefícios assegurados, mas que podem exigir contribuições crescentes
caso o montante das reservas financeiras não seja suficiente para pagá-los (SILVA, 2005).
Corrêa (2018) destaca que a vantagem do plano BD é que o participante conhece o
valor do benefício desde o início do plano, gerando uma sensação de segurança no momento
de sua aposentadoria.
A terceira modalidade, os planos de contribuição variável geram certo
desentendimento por parte da doutrina, uma vez que pode ser abordada de maneiras
diferentes pelos autores.
A definição contida no item 24, da resolução nº25 de 1994, do CNSP, trata a
contribuição variável como:
Plano de Contribuição Variável- aquele em que o valor e o prazo de contribuição são
estipulados previamente ou não e os valores dos benefícios ou valores garantidos são
calculados por ocasião da ocorrência do evento gerador, sendo os mesmos obtidos
pelo fundo acumulado com base nas contribuições puras, capitalizados à taxa
definida no contrato, durante o prazo de diferimento nele estabelecido.

Já Martinez (2014) explica que partem de contribuições flexíveis para obtenção de


plano previamente decantado, o que, supõe-se, esteja incluído na espécie benefício definido.
Moraes (2004, p. 160) assim explica a modalidade:

Um conceito aproximado de planos de contribuição variável pode ser obtido por


exclusão. Com efeito, um plano de contribuição variável não pode, por óbvio, ter
contribuições definidas, eis aqui, o oposto de ‘variável’ não é ‘fixo’, mas ‘definido’.
Também não pode ter benefícios definidos, dado que, se assim fosse, nada haveria
de diferente entre os planos de contribuição variável e os planos de benefício
definido. Desse modo, os planos de contribuição variável são aqueles que não têm
nem benefício, nem contribuições definidas.

Portanto, valor e prazo da contribuição vertida pelo participante podem sofrer


oscilações, todavia, têm que atingir certo patamar de capital acumulado que autoriza à
obtenção do benefício (POLETTO, 2007).
Silva (2010, p. 34) faz um resumo com as principais características das três
modalidades BD, CD e CV:
Nos planos BDs, o valor futuro do benefício de aposentadoria é estabelecido no
momento de adesão ao plano. Geralmente, o valor do benefício corresponde a um
percentual sobre a média dos últimos salários de participação do funcionário. O

16
De acordo com Domeneghetti (2009), mutualismo é o princípio em que os riscos são distribuídos entre a
coletividade.
27

percentual de contribuição é estabelecido no plano de custeio da entidade, o qual


representa o valor necessário para fazer face aos compromissos futuros.
Nos planos CDs, a principal característica é o conhecimento prévio da contribuição
que será efetuada pelo participante e pela patrocinadora até a data de aposentadoria
do empregado. O benefício de aposentadoria será apurado com base no montante
final de recursos acumulados pelo participante, o qual será convertido em renda.
Os planos CVs agregam características de BD e CD. Normalmente, os planos CVs
atuam como contribuição definida na fase laborativa e, na fase de percepção de
benefícios, o montante acumulado de recursos é transformado em renda vitalícia, ou
seja, torna-se BD, pois há garantia no pagamento dos benefícios estipulados.

As características gerais de cada uma dessas modalidades de planos são


apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Principais Características das Modalidades

Modalidade Característica Vantagem Desvantagem Efeito


- Valor do
Risco para ente
Benefício Incentiva
empregatício;
Contribuição é conhecido desde o aposentadorias logo
solvência
BD função do início pelo que atingidos os
condicionada à
benefício participante. critérios de
concretização das
- Mais baratos elegibilidade.
premissas atuariais.
(mutualismo).

Valor do benefício
Incentiva o
Características Menor risco para só é conhecido no
CV adiamento da
de CD e BD ente empregatício início do
aposentadoria
recebimento
Valor do benefício
só é conhecido no
início do
Benefício é Incentiva o
Menor risco para recebimento.
CD função da adiamento da
ente empregatício Reajuste anual dos
contribuição aposentadoria
benefícios (pode
aumentar ou
diminuir).
Fonte: Corrêa (2018), Cristiane Silva. Premissas atuariais em planos previdenciários: uma visão atuarial
demográfica.
28

1.3 Premissas Atuariais

Segundo Rodrigues (2008), premissas atuariais correspondem a um conjunto de


estimativas para eventos (biométricos, financeiros, econômicos, demográficos, dentre
outros), que o atuário espera que se concretizem, ao longo de um determinado período, para
o modelo de avaliação atuarial adotado no plano previdenciário.
Rodrigues (2008, p.62) classifica as premissas atuariais da seguinte maneira:

1) Premissas econômicas
a) Taxa de inflação de longo prazo.
b) Ganho real dos investimentos.
c) Escala de ganhos atuariais.
d) Indexador dos benefícios.
e) Teto de benefício do sistema público.
f) Custeio administrativo.
2) Premissas biométricas
a) Mortalidade de válidos.
b) Mortalidade de inválidos.
c) Entrada em invalidez.
d) Rotatividade.
3) Premissas genéricas
a) Composição familiar.
b) Idade presumida de aposentadoria.
c) Idade de entrada no emprego.

Corrêa (2018) destaca que o equilíbrio dos planos de benefício definido, isto é,
quando valor das contribuições e outras receitas são suficientes para arcar com o pagamento
dos benefícios, depende das premissas atuariais e da metodologia de cálculo empregadas.
O valor da contribuição será mais exato quanto mais ajustadas estejam as premissas
atuariais ao comportamento da população de interesse. Se premissas adotadas
superestimarem os valores dos benefícios futuros, o valor da contribuição será maior do que
o necessário, ocasionando superávit técnico17; caso contrário, ocorrerá déficit técnico18
(CORRÊA, 2018).

17
Segundo Domeneghetti (2009), superávit técnico representa o excedente do ativo líquido em consideração
aos compromissos totais do plano de benefícios.
29

Superávit e déficit técnicos são acontecimentos não desejados, pois, a situação de


superávit significa que o participante do plano pagou de valor de contribuição mais do que o
necessário para a cobertura futura dos benefícios, privando-se de um melhor padrão de vida
em alguma parte do seu período laboral. Já na situação de déficit significa que o participante
pagou uma contribuição inferior ao necessário, o que pode comprometer o pagamento dos
benefícios e a sustentação do plano no futuro (CORRÊA, 2018).
Em relação à modalidade BD, Domeneghetti (2009, p. 139) destaca a obrigação da
EFPC em pagar o benefício ao participante havendo ou não recursos suficientes:

[...] está mais evidenciado nos planos cuja modalidade seja a de benefício definido
(BD), que são aqueles passíveis de déficits e superávits (a complementação é
baseada no valor definido contratualmente, geralmente vinculada ao salário do
participante, e será paga independente de existir recursos suficientes nas reservas
garantidoras, configurando neste caso o déficit). Esta modalidade de plano de
benefícios perdurou por muitos anos, ainda é encontrada nas entidades ligadas a
empresas estatais ou naquelas estatais que foram privatizadas.

Corrêa (2018) enfatiza que não há regra clara ou referência que oriente de maneira
uniforme a adoção de premissas atuariais. Muitas vezes os atuários utilizam as suas próprias
experiências para nortear as suas escolhas.
As premissas atuariais representam o elemento central de um plano BD e sua
correta compreensão é fundamental para dimensionar a complexidade de sua gestão. Por
exemplo, a queda na taxa de juros, aliada ao recente fraco desempenho do mercado de
capitais e ao crescimento consistente da longevidade, tem aumentado bastante a
complexidade da gestão das entidades de previdência complementar (LIMA; RODRIGUES,
2015). Dessa forma, a definição das premissas econômicas pode se revelar uma fonte de
constante desequilíbrio se incorretamente fixadas.
Como o mercado acionário brasileiro não vem apresentando resultados tão
satisfatórios nos últimos anos acendeu-se a luz de alerta no sistema de previdência
complementar, com várias EFPC apresentando déficits bastante expressivos em relação a
seu patrimônio e preocupando os participantes quanto à solvência e à sustentabilidade de
seus planos de benefícios.

18
Segundo Domeneghetti (2009), déficit técnico representa a insuficiência patrimonial para a cobertura dos
compromissos assumidos pelo plano.
30

Em planos BD, a volatilidade do passivo pode gerar novas exigibilidades, impondo


maior volume de ativos de investimentos. O passivo de um plano BD é a variável
independente, tendo a área de investimentos da EFPC a buscar resultados econômicos que
compensem necessidades adicionais causadas por essas volatilidades. Basicamente em
função dessa assimetria é que aparecem muitas vezes situações de déficit (LIMA;
RODRIGUES, 2015).
Por se tratar de um plano com característica mutualista, essas situações de déficits
acabam impactando não somente os participantes, como também os patrocinadores 19 e
assistidos20.

1.4 Tábuas de Mortalidade no Cenário Brasileiro

Um dos aspectos mais importantes para o cálculo dos planos de benefícios é a


escolha de uma tábua de mortalidade adequada. O nível e a estrutura da mortalidade variam
de população para população e, mesmo em uma população específica, o tempo também é
uma variável. No Brasil, diversas tábuas foram e/ou ainda são utilizadas pelo mercado, como
por exemplo, a AT-49, AT-83, AT-2000, RP-2000 (BELTRÃO e PINHEIRO, 2002).

Figura 1 - Tábuas de Mortalidade mais utilizadas no Brasil por (EFPC)21

Fonte: PREVIC – Estatística Trimestral – dez/2013

19
É a empresa ou grupo de empresas de direito privado ou entes de direito público, que oferecem aos seus
empregados ou servidores, planos de benefícios de natureza previdenciária, operado por Entidade Fechada de
Previdência Complementar. Disponível em:
<http://www.previdencia.gov.br/a-previdencia/previc/patrocinador/>. Acesso em: 23 ago. 2018.
20
Pode ser o participante ou o seu beneficiário que esteja recebendo complementação de aposentadoria ou de
pensão, ou seja, as pessoas que estejam em gozo de benefícios de prestação continuada.
21
Tábuas de Mortalidade mais utilizadas no Brasil. Disponível em: < http://www.previc.gov.br>. Acesso em:
30 ago. 2018.
31

Pode se notar pela Figura 1 que as tábuas AT 2000 e AT 83 predominam no


mercado, muito devido inclusive às parametrizações existentes na legislação do segmento.
Vale destacar que a AT 83 nos anos observados reduziu consideravelmente sua utilização, o
que pode ser entendido como algo natural uma vez que sendo uma tábua um pouco mais
antiga, tende a estar desatualizada, não refletindo o comportamento dos novos grupos
populacionais que vivem cada vez mais. Consequentemente, esta deverá ser cada vez menos
utilizada com o passar dos anos.
Por outro lado, a AT 2000 teve aumento em sua utilização em todos os anos em
questão, fato explicado pela ideia análoga ao da AT 83, sendo uma tábua mais atualizada
acaba se adequando melhor ao perfil dos planos, por justamente refletir de forma mais
apropriada essa nova realidade da expectativa de vida da população.
Além dessas duas, ainda aparecem a tábua do IBGE22 e RP 2000, entre as tábuas
mais utilizadas na previdência complementar. Por fim, se tem "Outros", englobando todas as
outras tábuas utilizadas pelo mercado, porém, sem uma participação expressiva, destacando-
se aqui a tábua de mortalidade brasileira BR-EMS.
O item 2 da resolução CGPC23, Nº 18/2006, exige a determinação da tábua de
mortalidade a ser utilizada pela EFPC será aquela em que a expectativa de vida completa
seja igual ou superior, no mínimo, à resultante da aplicação da Tábua AT-83:

A tábua AT-83 será a Tábua de Mortalidade Geral mínima a ser adotada


na projeção da longevidade dos participantes e assistidos do plano. A
Resolução não exime a Entidade da responsabilidade de promover
estudos sobre adequação de tábuas. Caso esse estudo revele aderência a
alguma tábua com expectativa de vida inferior a da AT83, ou se mostre
não conclusivo, em função, por exemplo, de número reduzido de expostos
ao risco, a Entidade deverá adotar a tábua AT-83 na avaliação dos
encargos de sobrevivência de válidos.

Em caso de superávit, dado a resolução do CNPC nº 22/2015, que altera a


Resolução CGPC nº 26/2008, tem-se:

22
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- Possui atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais,
demográficas e econômicas. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 02 set. 2018.
23
Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) - foi um órgão integrante do Sistema Financeiro
Brasileiro que era vinculado ao Ministério da Previdência Social e possuía a função de normatizar e coordenar
as atividades das EFPC. Disponível em: <http://www.previc.gov.br/regulacao/normas/resolucoes/resolucoes-
cgpc>. Acesso em: 02 set. 2018.
32

Art. 9º A EFPC, previamente à revisão do plano de benefícios a que se


refere o art. 8º, tendo como base parecer atuarial e estudo econômico-
financeiro, deverá identificar, mensurar e avaliar a perenidade das causas
que deram origem ao superávit.
1º Observado o disposto no caput, a EFPC deverá adotar as hipóteses
consideradas necessárias na avaliação da própria EFPC e do atuário
responsável pelo plano de benefícios.
2º Caso o plano adote hipóteses atuariais cuja aplicação resulte em
provisões matemáticas inferiores às obtidas com a aplicação das hipóteses
especificadas a seguir, anteriormente à destinação deverão ser deduzidos
da reserva especial, para fins de cálculo do montante a ser destinado, os
valores correspondentes à diferença entre as provisões matemáticas
calculadas com as hipóteses efetivamente adotadas pelo plano e aquelas
calculadas com as seguintes hipóteses:
I – tábua biométrica que gere expectativas de vida completas iguais ou
superiores às resultantes da aplicação da Tábua AT-2000 Suavizada em
10% (dez por cento), observado o disposto nos subitens 2.1 e 4.8 do
Regulamento Anexo à Resolução CGPC n° 18, de 28 de março de 2006; e
[…]

Levando em conta esses aspectos citados, conforme parâmetro de análise, o


presente trabalho irá utilizar como base para comparações as tábuas AT-83, AT-2000, RP-
2000 e a BR-EMS, que se encontram no Anexo.

 Tábua de Mortalidade AT-83

A Tábua de Mortalidade AT-83 faz parte do grupo de tábuas AT24, que são tábuas
de origem estadunidense, elaboradas pela Society of Actuaries (SOA)25 através de
observações realizadas entre os anos de 1971 e 1976.
Com versões masculina e feminina, o nome original desta Tábua de Mortalidade é
1983 US IAM (Individual Annuity Mortalirty) e corresponde a uma Tábua construída devido
a experiências individuais de seguradoras.

24
United States Individual Annuity Mortality Table
25
A Society of Actuaries (SOA) é uma organização profissional para atuários com base na América do Norte.
Disponível em: <https://www.soa.org>. Acesso em: 22 set. 2018.
33

 Tábua de Mortalidade AT-2000

A Tábua de Mortalidade AT-2000 também faz parte do grupo AT, corresponde a


uma projeção em determinada escala da Tábua de Mortalidade AT-83 por 17 anos, sendo
dessa forma, uma atualização da Tábua de Mortalidade AT-83.
Da mesma forma que a AT-83, o nome original da AT-2000 é diferente do utilizado
no Brasil, sendo chamado, nos EUA, de Tábua de Mortalidade US Annuity 2000 Basic.
Também com versões masculina e feminina.

 Tábua de mortalidade BR-EMS

Além das tábuas AT-2000 e AT-83, outra tábua que é bastante utilizada no Brasil é
a tábua brasileira BR-EMS (Experiência do Mercado Segurador Brasileiro), sendo
desenvolvida pelo departamento de matemática aplicada da UFRJ sob a coordenação da
Comissão Atuarial da FENAPREVI (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). A
tábua BR-EMS 2010 foi construída a partir de dados que correspondem a 95% do mercado
brasileiro de vida e previdência complementar, fornecidos por 23 seguradoras mediante
depuração de mais de 300 milhões de registros referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006.
Mesmo tendo o nome da tábua referente ao ano de 2010, seus dados foram obtidos por meio
de anos anteriores.
Diferente de tábuas estrangeiras, ela possui uma tabela biométrica especifica dos
segurados brasileiros, que é atualizada permanentemente e de forma periódica de cinco em
cinco anos, com expectativa de refletir mais realisticamente as probabilidades de
sobrevivência e de morte da massa de participantes dos planos previdenciários nacionais.

 Tábua de mortalidade RP - 2000

A SOA realizou um estudo sobre a mortalidade do plano de pensão em resposta ao


RPA26, com o intuito de garantir que o Departamento do Tesouro tenha informações
atualizadas e completas disponíveis no momento em que considera atualizar a tabela de
mortalidade obrigatória.
Na criação dessa tábua, foram utilizados no estudo cerca de 11 milhões de anos de
vida de exposição e mais de 190.000 mortes, todas de planos de previdência privado,
sujeitos às regras da RPA. Foram utilizados mais de 100 planos de pensão para o estudo.

26
A Retirement Protection Act é uma legislação nos Estados Unidos destinada a proteger as pensões dos
aposentados e fortalecer um programa administrado pelo governo que os assegura. Disponível em:
<www.humanresourcesmba.net>. Acesso em: 23 set. 2018.
34

A Figura 2 compara as taxas de mortalidade, entre as idades de 18 a 110 anos, das


tábuas mencionadas anteriormente:

Figura 2 – Comparação entre Tábuas de Mortalidade

Fonte: Elaborado pelo autor a partir dos dados das tábuas disponíveis nos sites do IBA e SOA.

Como pode ser visto pela Figura 2, a tábua de mortalidade que apresenta as maiores
taxas de mortalidade, ou seja, a que considera a morte dos indivíduos de determinado grupo
de forma mais rápida, é a IBGE 2009. Em contrapartida, as menores taxas são da tábua RP-
2000 para as idades iniciais, e a AT-2000 para as idades mais avançadas. Vale destacar
também que, enquanto a maioria das tábuas apresentam taxas de mortalidade para idades
além de 100 anos, a tábua IBGE 2009 considera taxas somente próximas a idade de 76 anos.
Este fato está relacionado a expectativa de vida da população geral brasileira.

1.5 Taxa de Juros

A taxa de juros pode ser entendida como uma das variáveis de maior importância e
suscetibilidade dentro do plano de custeio em regimes capitalizados, uma vez que envolve
processos de capitalização com longos períodos, considerando desde a fase de acumulação
de recursos, até a fase de efetivo pagamento dos benefícios.
A taxa de juros é utilizada para definir o valor presente dos benefícios e o valor
futuro das contribuições, na data-base da avaliação atuarial, assim como para refletir a
rentabilidade futura esperada dos favorecidos do plano de benefícios. Podem ser utilizadas
também taxas de inflações variáveis ao longo do tempo para representar, de uma melhor
forma, as tendências de curto e longo prazo (PREVIC, 2012).
35

O valor presente de uma série futura de pagamento de benefícios depende


diretamente da taxa de juros escolhida para desconto desse fluxo, que é função da
expectativa da taxa de rentabilidade dos investimentos. Assim, quanto maior a taxa de juros
aplicada, menor será o valor presente dessa série de pagamento e vice-versa; logo, o valor
atual dos benefícios futuros de um plano de benefício de uma EFPC é inversamente
proporcional à taxa de juros.
A resolução n° 18, de 28 de março de 2006 do CGPC (Conselho de Gestão da
Previdência Complementar), limita a taxa máxima de juros reais para projeções atuariais dos
planos de benefícios em 6% a.a. Lembrando que a variação da taxa de juros está relacionada
com as condições da política macroeconômica do país, demandando ações prudenciais na
administração dos ativos financeiros das EFPC. Em geral, as EFPC utilizam como taxa
básica de juros as oferecidas pelos títulos de longo prazo do governo federal.
Vale ressaltar que, taxa de juros não realistas com os aspectos econômicos do país
podem afetar o desempenho econômico-financeiro dos planos de benefícios, por isso é
importante o desenvolvimento de estudos econômicos e a projeção de cenários diversos
futuros. Ademais, seus resultados devem ser considerados ao se elaborar as políticas de
investimento dos planos de benefícios, assim como na definição da taxa de juros utilizada
nas avaliações atuariais (PREVIC, 2012).
Mcgill (1989) estima uma alteração no custo de até 25%, de uma mudança
(aumento ou redução) de 1 (um) ponto percentual na variável taxa de juros de longo prazo.
Entretanto, a exatidão do impacto na troca da taxa de juros depende de muitas outras
características populacionais do plano, como do número de decremento27, da escala salarial e
do método utilizado para mensurar o passivo atuarial28 do plano de benefícios.
Por tudo isso, a escolha da taxa de juros para descontar o valor atual do fluxo dos
benefícios futuros deve ser cuidadosa e estar consoante com a política de investimentos das
contribuições recebidas e já capitalizadas. Desse modo, a taxa de juros deve representar a
expectativa da taxa de rentabilidade dos ativos financeiros do plano no longo prazo, e não
resultados de oscilações no curto prazo (PINHEIRO, 2007).

27
Diminuição gradual (em tamanho, quantidade, número ou intensidade). Nesse caso é a diminuição do
número de pessoas em um determinado grupo.
28
Valor atual, calculado atuarialmente, dos compromissos presentes e futuros do plano de benefícios para com
o seu grupo de participantes na data da avaliação. Disponível em: <http://www.agros.org.br/provisao>. Acesso
em: 26 set. 2018
36

CAPÍTULO 2 - FUNÇÕES FUNDAMENTAIS

Este capítulo destina-se a apresentar as funções e os elementos básicos da tábua de


mortalidade, bem como o conceito de seguro de capital diferido e suas principais funções de
comutações, fazendo uso de exemplos práticos para ilustrar como são calculados a partir das
respectivas tábuas. Vale ressaltar que os valores numéricos empregados nos exemplos
práticos são todos obtidos a partir das tábuas de mortalidade fornecidas no Anexo do
trabalho. Os conceitos que serão definidos podem ser encontrados em Bowers et al. (1997),
Cordeiro Filho (2009), Jordan (1991) e Quelhas (2010).

2.1 Tábua de Mortalidade

A tábua de mortalidade é um instrumento de análise demográfica que a partir de um


conjunto de funções, permite uma série de estudos acerca de uma determinada população.

Seus principais elementos são:

- função de sobrevivência
- número de pessoas vivas na idade .
- probabilidade de x sobreviver até a idade .
- probabilidade de x falecer antes de completar a idade
- expectativa de vida completa na idade .

A função de sobrevivência denota a probabilidade de um indivíduo de idade 0,


recém-nascido, sobreviver à idade , onde pode assumir valores entre 0 e o limite máximo
de sobrevivência, denominada pela notação . Também pode ser considerado como o ponto
inicial para construção de toda a tábua.
Para tanto, a função tem que satisfazer 4 propriedades para que seja considerada
como uma função de sobrevivência.

 1º Propriedade: , ou seja, na idade 0 a probabilidade do indivíduo estar vivo


é 1.
 2º Propriedade: , na idade limite espera-se que o indivíduo esteja morto,
logo a probabilidade de estar vivo é igual a 0.
 3º Propriedade: A função precisa ser contínua em todo seu intervalo .
37

 4º Propriedade: A função tem que ser decrescente no intervalo , uma vez


que a propriedade de sobrevivência diminui ao longo dos anos.

Figura 3 - Exemplo de função de sobrevivência

Fonte: Adaptado a partir de Santos ( 2007).

Como pode ser observado na Figura 3, a função é continuamente decrescente,


uma vez que a probabilidade de sobrevivência diminui ano após ano, assume valor 1 na
idade 0, e valor 0 na idade máxima limite , e . Podendo, então, ser
considerada dessa forma uma função de sobrevivência.
A partir da definição da função de sobrevivência, pode-se determinar outros
importantes elementos que fazem parte da tábua de mortalidade.
Definimos por o número esperado de pessoas vivas na idade , a partir de .
Assim temos igual a:

(1)

Onde representa a raiz da tábua, ou seja, a quantidade de pessoas vivas no grupo


no momento inicial.
Por sua vez a função representa o número esperado de mortes entre as idades e
, que nada mais é do que o número esperado de pessoas vivas na idade menos o
número esperado de pessoas vivas na idade :

(2)
38

De igual forma podem ser obtidas as probabilidades de sobrevivência e de morte


. A probabilidade de um indivíduo de idade sobreviver pelo menos mais um ano,
atingindo a idade é dado por:

(3)

O mesmo vale para o indivíduo de idade sobreviver pelo menos anos, atingindo
a idade :

(4)

Já a probabilidade de um indivíduo com idade falecer em menos de um ano, não


atingindo a idade , é representado por:

(5)

A probabilidade de um indivíduo de idade falecer em menos de anos, antes de


atingir a idade . É definida por:

(6)

O número médio de pessoas que, tendo completado anos de idade não


completaram ainda anos de idade. É dado por:

(7)

Por outro lado, o número de anos que, a partir da idade , viverão todos os
componentes do grupo até a sua extinção. É representado por:

(8)
39

Por último, quantos anos, vive em média, cada componente que forma o grupo ,
que também é conhecido como a expectativa ou esperança de vida completa. É definida por:

(9)

Tabela 2 – Estrutura Geral da Tábua de Mortalidade

Idade ( )
0 1.000.000 2.740 0,00274 0,99726 78,4
1 997.260 947 0,00095 0,99905 77,6
2 996.313 478 0,00048 0,99952 76,7
3 995.834 298 0,00030 0,99970 75,7
.
50 936.764 3.709 0,00396 0,99604 31,5
.
113 − − 1 − 0,5
Fonte: Adaptado a partir de BR:EMSmt v.2010 m.

A Tabela 2 é um exemplo de tábua de Mortalidade. Geralmente a mesma é


apresentada com essa estrutura, possuindo os elementos atuariais básicos.
A primeira coluna mostra a Idade (x) ano por ano, desde a idade 0 até o limite da
tábua que nesse caso é 113 anos. A coluna representa o número de pessoas vivas em cada
idade da tábua, iniciando com 1.000.000 de pessoas vivas na idade 0, denotado por e
assim por diante, dessa maneira, na idade 3 serão 996.313 pessoas vivas, indicado por .A
coluna seguinte por sua vez, demonstra quantas pessoas faleceram no intervalo de um
ano, sendo assim é o número de pessoas que faleceram entre as idades 2 e 3, que nesse
caso foram 478 pessoas. As duas colunas seguintes são referentes à probabilidade de morte e
sobrevivência respectivamente, então um indivíduo de 50 anos possui 0,39% de chances de
falecer antes de completar 51 anos, consequentemente esse mesmo indivíduo têm
aproximadamente 99,60% de chances de chegar vivo a idade 51. Por fim, está a coluna da
expectativa de vida, mostrando que um recém-nascido tem uma expectativa de vida de 78,4
anos decrescendo de forma natural à medida que os anos se passam.
De posse desses elementos iniciais, é possível fazer uma série de outros estudos e
análises, como por exemplo, o cálculo de rendas, tema central deste trabalho.
40

2.2 Seguro de Capital Diferido

Para o entendimento das rendas é necessário antes, elucidar o conceito do Seguro


de Capital Diferido ou Seguro de Sobrevivência. O seguro de sobrevivência é uma operação
bastante simples, considerando um indivíduo de idade , corresponde ao valor presente de 1
unidade monetária (u.m.) na idade . Ou seja, representa o pagamento de um valor atual
realizado pelo indivíduo na idade para receber daqui a anos 1 u.m., caso esteja vivo.

A notação do seguro de capital diferido é universal, dada pela seguinte fórmula:

( 10 )

Onde:

 é o período em anos do diferimento.


 é o fator de desconto financeiro
 é a taxa de juros aplicada
 é a probabilidade do indivíduo de idade chegar vivo à idade

Introduzindo as funções de comutação, multiplica-se numerador e denominador por


.

Dessa forma, chamando , temos:

( 11 )

O somatório dos valores de , fornece o .

( 12 )

Tanto como , são conhecidas como funções de comutação.


41

As tábuas de comutação são importantes instrumentos utilizados pelos atuários para


diversos cálculos e uma vez que associa os valores de e com o valor da taxa de juros ,
acaba sendo mais completa do que a tábua de mortalidade.
Para melhor visualização e entendimento do seguro de capital diferido, a seguir será
desenvolvido um exemplo aplicando os conceitos vistos até aqui, demonstrando como seria
realizado o cálculo de um seguro de capital diferido, bem como o valor da contribuição ao
qual o segurado deve pagar hoje para ter direito a receber uma importância segurada no
futuro. Para tanto, utilizaremos um exemplo com fins didáticos, mostrando as duas formas
possíveis para o cálculo, através da fórmula (10), e por funções de comutação.
No exemplo a seguir, será considerada a tábua de mortalidade BR EMSmt v.2010
m e uma taxa de juros de 5% a.a.

Exemplo 2.2: Um indivíduo com 45 anos de idade decide contratar um seguro de


sobrevivência no valor de R$ 500.000,00 a ser recebido quando completar 65 anos, idade
que entrará em aposentadoria.

Figura 4 – Fluxo de Pagamento de um Seguro de Capital Diferido

Fonte: Elaborado pelo autor

Como pode ser observado pela Figura 4, no seguro de capital diferido, o indivíduo
de 45 anos de idade paga uma contribuição única29 ou prêmio único na data atual e caso
sobreviva a 20 anos, chegando vivo a idade 65, tem direito a receber a importância segurada

29
É o valor pago em única parcela pelo participante para o custeio do plano. Disponível em:
<https://cnseg.org.br/cnseg/servicos-apoio/glossario/#>. Acesso em: 05 set. 2018.
42

de R$ 500.000,00 contratada, por isso, conhecido também como um seguro por


sobrevivência.
O cálculo do seguro de capital diferido se dá por:

Utilizando as funções de comutação, equação (11), tem-se:

Logo, este indivíduo deverá pagar uma contribuição ou um prêmio no valor de R$


165.917,80, para receber um capital de R$ 500.000,00 após 20 anos, quando estiver com 65
anos, idade que entrará em aposentadoria neste caso.
Após o entendimento das comutações e seguro de capital diferido, é possível iniciar
o tema das rendas, objeto principal do estudo.
43

CAPÍTULO 3 - RENDAS INDIVIDUAIS

Uma renda sobre uma vida humana baseia-se num contrato entre uma entidade e
um ou mais indivíduos. O(s) indivíduo(s) paga(m) um prêmio ou contribuição à entidade
(único ou não), e a mesma irá fornecer uma série de pagamentos (benefícios da renda) em
quantidades e periodicidade prescritos no contrato (SERRANO, 2013).
O cálculo para definir o valor da contribuição que deverá ser paga pelo indivíduo de
idade , para ter o direito a receber uma renda é dado por:

( 13 )

Onde:

 é o valor da contribuição/ valor atuarial


 é o valor da renda
 é o valor presente de uma série de pagamentos

3.1 Renda Postecipada

Uma renda é chamada de postecipada quando um indivíduo de idade contrata um


plano de renda no tempo , no entanto só começa a receber no tempo .

3.1.1 Renda Vitalícia Unitária Postecipada

Corresponde ao valor presente de uma série anuais de 1 u.m. que um indivíduo de


idade deverá receber no final de cada ano, enquanto estiver vivo.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 14 )
Em termos de comutação, tem-se:

( 15 )

Para demonstrar como seria realizado o cálculo do valor presente dessa série de
pagamentos bem como o valor da contribuição ao qual o segurado deve pagar hoje para ter
direito a uma determinada renda vitalícia, foi utilizado um exemplo com fins didáticos,
44

mostrando as duas formas possíveis para o cálculo deste valor presente. No exemplo a seguir
será considerada a tábua de mortalidade BR EMSmt v.2010 m e uma taxa de juros de 5%
a.a.

Exemplo 3.1.1: Um indivíduo, atualmente com 45 anos deseja adquirir uma renda
anual para o resto de sua vida no valor de R$18.000,00. Qual deverá ser o valor desta
contribuição única que este indivíduo deverá pagar à Entidade?

Para melhor visualização, podemos pensar num fluxo de pagamento, conforme


ilustrado pela Figura 5.

Figura 5 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Postecipada

Fonte: Elaborado pelo autor

Observa-se pela Figura 5, que o indivíduo paga uma contribuição única no


momento atual, com 45 anos, e já inicia a fase de recebimento dos benefícios no ano
seguinte. A solução do exemplo será realizada em passos.

1º passo: Calcular o valor presente desta série de pagamentos.

Existem 2 formas de calcular esse valor, pela notação atuarial do valor presente
através de somatórios de probabilidades de sobrevivência ou por funções de comutação.

Para tanto, foi utilizado à equação (14). Como o indivíduo tem 45 anos e a taxa de
juros aplicada é de 5%, logo, tem-se = 45 e = 0,05.
45

Desenvolvendo, o somatório acima, tem-se que o valor presente atuarial é dado por

Resolvendo utilizando as funções de comutação, equação (15), tem-se:

2º passo: Calcular o valor da contribuição única. Foi utilizada a fórmula (13). Como
já se conhece o valor da renda, basta multiplicar pelo valor presente encontrado
anteriormente. Assim, o valor da contribuição única será dada por:

Logo, o indivíduo de 45 anos deverá pagar uma contribuição única equivalente a


R$ 281.700,00 na sua idade atual para receber a renda de R$ 18.000,00, a partir dos seus 46
anos, por todos os anos pelo resto de sua vida.

3.1.2 Renda Temporária Unitária Postecipada

Corresponde ao valor presente de uma série anuais de 1 u.m. que será paga a um
indivíduo de idade , enquanto viver, no final de cada ano, durante um período de anos.
46

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 16 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 17 )

3.1.3 Renda Diferida Unitária Postecipada

Corresponde ao valor presente de uma série anuais de 1 u.m., diferida por anos,
que será paga a um indivíduo de idade , enquanto viver, no final de cada ano.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 18 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 19 )

3.1.4 Renda Interceptada Unitária Postecipada

É o valor atual de uma série de pagamentos unitários, realizados no final de cada


ano, a um indivíduo de idade , enquanto sobreviver, a partir da idade até a
idade .

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 20 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 21 )
47

3.2 Renda Antecipada

As rendas apresentadas até aqui consideram o pagamento no final do ano. Por isso
esse tipo de renda é denominado como postecipada.
Contudo, quando o pagamento se inicia no começo do ano, a renda é chamada de
antecipada, e a notação atuarial será .

3.2.1 Renda Vitalícia Unitária Antecipada

Corresponde ao valor presente de uma série anuais de 1 u.m. que um indivíduo de


idade deverá receber no início de cada ano, enquanto estiver vivo.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 22 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 23 )

Para demonstrar como seria realizado o cálculo do valor presente dessa série de
pagamento, bem como o valor da contribuição ao qual o segurado deve pagar hoje para ter
direito a uma determinada renda vitalícia antecipada, foi utilizado o exemplo 3.1.1, agora, no
entanto, aplicada ao conceito da renda antecipada, mantendo o mesmo contexto, a mesma
tábua de mortalidade e o mesmo juro aplicado, entendendo que desta forma facilitará a
visualização das diferenças entre uma renda postecipada e antecipada. Segue o exemplo:

Exemplo 3.2.1: Um indivíduo, atualmente com 45 anos deseja adquirir uma renda
anual antecipada pelo resto de sua vida no valor de R$18.000,00. Qual deverá ser o valor da
contribuição única que este indivíduo deverá pagar à Entidade?
48

Figura 6 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Antecipada

Fonte: Elaborado pelo autor

Como pode ser observado pela Figura 6 o fluxo de pagamento de uma renda
antecipada se inicia no tempo 45, e não mais na idade 46 anos como na postecipada. Desta
forma, quando o pagamento é realizado anualmente, como é o caso deste exemplo, o
pagamento da renda antecipada se inicia um ano antes da renda postecipada.

Os cálculos seguintes são bem parecidos, com a única diferença que terá um
pagamento a mais, referente à idade de 45 anos.

1º passo: Calcular o valor presente da série de pagamento que será aplicado.


Existem 2 formas de calcular esse valor presente. Pela notação atuarial ou por comutação.

Para tanto, foi utilizado à equação (22). Como o segurado tem 45 anos e a taxa de
juros aplicada é de 5%, teremos = 45 e = 0,05. Seguindo a formulação, temos:

Desenvolvendo o somatório acima, tem-se que o valor presente referente à renda


antecipada será dado por
49

Resolvendo através da fórmula por comutação (23), temos:

2º passo: Calcular o valor da contribuição única. Foi utilizada a equação (13).


Como já se conhece o valor da renda R, basta multiplicar pelo valor presente encontrado
anteriormente:

Dessa forma, o indivíduo de 45 anos deverá pagar uma contribuição única


equivalente a R$ 299.700,00 para receber R$ 18.000,00 no início de cada ano pelo resto de
sua vida.
Podemos observar que a diferença entre as contribuições da renda antecipada e da
postecipada é de exatamente R$18.000,00, como demonstrado pela Figura 6.

3.2.2 Renda Temporária Unitária Antecipada

É o valor presente de uma série anuais de 1 u.m. que será paga a um indivíduo de
idade , enquanto viver, no início de cada ano, durante um período de anos.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 24 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 25 )
50

3.2.3 Renda Diferida Unitária Antecipada

Corresponde ao valor presente de uma série anuais de 1 u.m., diferida por anos,
que será paga a um indivíduo de idade , enquanto viver, no início de cada ano.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 26 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 27 )

3.2.4 Renda Interceptada Unitária Antecipada

É o valor atual de uma série de pagamentos unitários, realizados no início de cada


ano, a um indivíduo de idade , enquanto sobreviver, a partir da idade até a idade
.

A notação atuarial para este valor presente é dada por:

( 28 )

Em termos de comutação, tem-se:

( 29 )

3.3 Renda Fracionada

Como, na prática, a maioria dos planos de previdência complementar são


constituídos pelo recebimento mensal da contribuição durante o período laborativo e,
consequentemente, pelo pagamento aos aposentados, também efetuado mês a mês, da renda
relativa aos benefícios. Assim sendo, deve-se considerar o pagamento fracionado em doze
parcelas ao ano, a seguir será apresentado a formulação para o recebimento das rendas de
forma mensal. Neste caso, deve-se considerar o pagamento fracionado em doze parcelas ao
ano.
51

Generalizando para um valor presente diferido de um m-avo ao ano, o pagamento


ocorrerá depois de decorrido um subperíodo de anos, e não mais no começo de cada ano.
Dessa forma, a função dada pelo pagamento de um valor unitário será em parcelas, em
que a primeira será diferida de zero -avo do ano, a segunda será um -avo,
sucessivamente, até a última parcela de -1 -avo. Ou seja, o valor presente será:

Como os termos entre colchetes representam uma progressão aritmética, onde


, e , tem-se:

( 30 )

Portanto,

( 31 )

Conforme se pode perceber na equação (31), o valor presente da renda antecipada


considerando o pagamento em subperíodos anuais de anos será dado pela formulação da
renda anual antecipada descrita pela equação (22) subtraindo o valor da parcela (m-1)/ 2m.

A mesma ideia é válida para todas as outras séries de pagamentos, diferida,


temporária e interceptada. Variando somente o início da série, em antecipada e postecipada.
52

CAPÍTULO 4 - RENDAS CONJUNTAS

Até aqui foram apresentados os conceitos considerando apenas uma única vida.
Entretanto, para os casos de rendas sobre casal, é necessário considerar as probabilidades
para mais de uma vida. E considerando esse tipo de probabilidade, existem dois principais
status de vida, a de vida conjunta e de último sobrevivente.

4.1 Status de Vida Conjunta

Na vida conjunta, o status de vida é mantido enquanto todos os indivíduos do grupo


em estudo ( ) estiverem vivos. Ou seja, se pelo menos um indivíduo do grupo
falecer, o status é quebrado. Por simplicidade, será considerado no contexto de vida conjunta
apenas dois indivíduos de idades x e y.

A probabilidade de sobrevivência de dois indivíduos de idades e se manterem


vivos por anos, é dada pelo produto das probabilidades de sobrevivência individuais, ou
seja, pela expressão:

( 32 )

Já a probabilidade dos indivíduos ou falecer antes de anos, é dada por:

( 33 )

4.2 Rendas para o Status de Vida Conjunta

Corresponde ao valor presente de uma renda de 1 u.m. que será paga a um casal de
idade e em um determinado período, enquanto e estiverem vivos. Ou seja, é preciso
que ambos os indivíduos estejam vivos para que o benefício seja pago.
A seguir, tem-se um exemplo desse tipo de renda, representando o valor presente de
uma renda de 1 u.m. que será paga ao casal, de forma vitalícia e antecipada, enquanto ambos
estiverem vivos.
53

( 34 )

( 35 )

( 36 )

( 37 )

Esse tipo de status não será tão detalhado no presente trabalho, uma vez que não
apresenta relevância para o objetivo do estudo, que abordará os impactos das rendas em que
o cônjuge continua recebendo mesmo após a morte do beneficiário principal, caracterizando-
se como o status do último sobrevivente.

4.3 Status do Último Sobrevivente

No último sobrevivente, o status de vida é mantido enquanto pelo menos uma


pessoa do grupo em estudo ( ) estiver viva. Ou seja, o status só é quebrado quando
todas as pessoas do grupo falecerem.

A probabilidade do indivíduo de idade ou do indivíduo de idade se manterem


vivos por anos, é dada pelo produto das probabilidades de sobrevivência individuais,
menos a probabilidade de sobrevivência conjunta, ou seja, pela expressão:

( 38 )

Já a probabilidade dos indivíduos e falecerem antes de anos, é dada por:

( 39 )

4.4 Rendas para o Status do Último Sobrevivente

Corresponde ao valor presente de uma série de 1 u.m. que será paga a um casal de
idade e em um determinado período, enquanto ou estiverem vivos. Ou seja, o
benefício só é cessado quando ambos os indivíduos falecem.
54

4.4.1 Renda Vitalícia Antecipada para Duas Vidas

Corresponde ao valor presente de uma série de 1 u.m. que será paga enquanto ou
estiverem vivos. Ou seja, é uma renda paga enquanto pelo menos 1 sobreviver. Definida
por:

( 40 )

Exemplo 4.4.1: Um homem com 65 anos e visando complementar sua atual


aposentadoria, deseja contratar um plano de renda no valor de R$ 30.000,00 anuais, de
forma antecipada e vitalícia. Este indivíduo deseja receber esta renda enquanto ele ou sua
esposa com 60 anos estiverem vivos. Considerando a tábua BR-EMSmt-v.2010-m e uma
taxa de juros de 5%, qual o valor da contribuição que este indivíduo deverá pagar para ter
direito a essa renda?

Figura 7 – Fluxo de Pagamento para uma Renda Vitalícia Antecipada

Fonte: Elaborado pelo autor

A ideia do fluxo de pagamento da Figura 7 é semelhante à Figura 6, com a


diferença de que neste caso, considerando o status de último sobrevivente, a renda só deixará
de ser paga caso os dois beneficiários faleçam.

Utilizando a equação (40) temos que:


55

Encontrando o valor presente de cada parcela da equação acima, temos:

Logo,

Conhecido o valor presente dessa série de pagamentos, basta substituir os valores


na equação (13):

Desse modo, para esse indivíduo de 65 anos e sua esposa de 60 anos receberem
uma renda de R$30.000,00 por ano, pelo resto de suas vidas, seria necessário uma
contribuição única de R$ 476.040,00. Este exemplo foi apenas para fins didáticos, uma vez
que dificilmente alguém pagaria uma quantia tão elevada para receber uma renda como a do
enunciado.

4.4.2 Renda Diferida Vitalícia Antecipada para Duas Vidas

Corresponde ao valor presente de uma série de 1 u.m. que será paga, diferida por
anos, que será paga enquanto ou estiverem vivos. Ou seja, é uma renda que será paga
após anos enquanto pelo menos 1 sobreviver. Definida por:

( 41 )

Esse tipo de renda acaba sendo bastante adequado à grande parte das pessoas que
buscam contratar um plano previdenciário. Isso pode ser visualizado no exemplo a seguir:
56

Exemplo 4.4.2 – Uma mulher com 40 anos de idade, com medo de não ter uma
aposentadoria condizente com seu atual salário, decide contratar um plano de renda no valor
de R$ 5.000,00 mensais, de forma antecipada e vitalícia, para recebê-la a partir dos seus 60
anos. Ela deseja receber essa quantia enquanto ela ou seu marido que tem 38 anos, estiverem
vivos. A contribuição será paga pela mulher de forma anual durante o período de
diferimento do benefício, apenas enquanto ela estiver viva. Considerando a tábua AT-2000 e
uma taxa de juros de 4%, qual o valor da contribuição que essa mulher deve pagar para ter
direito a esse benefício?

Este exemplo demanda um pouco mais de trabalho do que os anteriores, primeiro


por se tratar de uma renda com recebimento de valores mensais, e segundo pelo fato da
contribuição não ser mais paga de uma única vez, não sendo, assim, uma contribuição única.
O fluxo de pagamento dessa renda pode ser observado conforme a Figura 8.

Figura 8 - Fluxo de Pagamento para uma Renda Fracionada Diferida Vitalícia Antecipada

Fonte: Elaborado pelo autor

Como pode ser observado pela Figura 8, o pagamento é realizado de forma anual
nos 20 primeiros anos, referentes ao período de diferimento, após este período, se inicia o
recebimento da renda de forma mensal, cessando-o apenas após a morte de ambos os
beneficiários, neste caso a renda só será interrompida após a morte da mulher e do seu
esposo.

Para este exemplo, foi antes, formulado a estrutura da contribuição, facilitando


assim, a identificação dos elementos necessários para o cálculo da mesma.
57

Explicando os termos da equação acima, temos:

 – Corresponde à formulação como a contribuição será paga pela participante,

de 40 anos. Como a mesma será paga durante o período de diferimento da renda,


tem-se um valor presente da série de pagamento temporário por 20 anos. É
importante observar que como a renda será paga somente enquanto a mulher estiver
viva, por conseguinte, somente será considerada apenas sua probabilidade de
sobrevivência.
 – Corresponde à formulação como a renda antecipada, diferida por um
período de 20 anos, mensal e vitalícia será paga a mulher de 40 anos e ao seu marido
de 38 anos. Que só será interrompida com a morte de ambos, sendo assim, um status
de último sobrevivente.
 O valor da renda é multiplicado por 12 uma vez que o pagamento é realizado de
forma mensal e não anual.

Conhecendo os termos que serão necessários para o cálculo da contribuição, o


mesmo fica facilitado. Para simplificar os cálculos utilizaremos as fórmulas por comutação.

Para o cálculo do valor presente , tem-se:

Já para o cálculo de , é necessário mesclar alguns conceitos vistos até aqui,


uma vez que trata-se de uma renda antecipada, diferida, fracionada e considerando duas
vidas.

A seguir, temos o cálculo para a determinação de cada termo da equação acima:


58

De posse de todos os valores presentes necessários para o cálculo, resta agora


apenas substituir os valores nas respectivas fórmulas:

Desse modo, o valor da contribuição anual que a mulher de 40 anos deverá pagar,
por um período de 20 anos, para ter direito a receber de forma vitalícia a partir dos seus 60
anos, uma renda mensal no valor de R$ 5.000,00 enquanto ela e seu marido estiverem vivos,
é igual a R$ 27.432,94.
59

CAPÍTULO 5 - ESTUDO EMPÍRICO DE RENDAS

Neste capítulo é realizado um estudo empírico abordando os valores presentes das


rendas vitalícias individuais e para casais, descritas nos capítulos 3 e 4. Este estudo será
efetuado com base nas tábuas de mortalidade mais utilizadas no mercado de previdência
complementar brasileiro, conforme visto na seção 1.4 deste trabalho. Dessa forma serão
consideradas as tábuas: AT-83, AT-2000, RP-2000 e BR-EMSv2010.
Neste estudo, além de ser realizada uma análise dos valores atuariais de diversas
rendas individuais e para casais em função da variação da idade do indivíduo e da taxa de
juros aplicada, buscar-se-á responder a outras questões relacionadas as mesmas. Todos os
cálculos a seguir foram realizados no software Excel.
Na seção 5.1, foi medida a diferença entre os níveis de mortalidade da tábua AT-
2000, a mais utilizada atualmente pelo mercado, e da tábua BR-EMSv2010 que toma como
base as experiências do mercado segurador brasileiro. E avaliar a variação dos valores
atuariais das rendas vitalícias individuais, bem como sua relação com a esperança de vida.
Na seção 5.2, foi realizada uma análise dos valores atuariais da renda vitalícia para
casais, utilizando o conceito do último sobrevivente.
Finalmente, na seção 5.3 foram realizadas algumas aplicações práticas em um
determinado contexto proposto, variando a tábua de mortalidade e taxa de juros aplicados.
Esta análise vai permitir medir o quanto essas premissas atuariais impactam nos valores
atuariais em uma entidade.
60

5.1 Relação das Esperanças de Vida com os Valores Atuariais

Nas últimas décadas, a longevidade da vida humana vem aumentando


sistematicamente, e não se prevê uma mudança nesta tendência para um futuro próximo.
Consequentemente, as tábuas de mortalidade se tornam uma das principais variáveis nos
planos de custeio nas entidades previdenciárias, uma vez que precisam refletir da melhor
forma possível o comportamento da população em questão.
Tendo em conta este fato, foram calculadas as esperanças de vida dos homens e
mulheres para diferentes idades, utilizando as tábuas AT-2000 e BR-EMS 2010. A primeira
por ser a mais utilizada atualmente pelo mercado brasileiro e a segunda por refletir
experiências do mercado segurador brasileiro, ou seja, podemos comparar se a tábua
brasileira apresenta resultados parecidos à tábua com maior domínio de mercado.
Nos cálculos utilizou-se a fórmula (9) para a determinação da esperança de vida. As
esperanças de vida calculadas são apresentadas na seguinte tabela:

Tabela 3 - Esperança de vida

AT-2000 BR-EMS 2010


Idade
Homem Mulher Homem Mulher
0 80,1 84,3 78,4 85,2
30 51,2 55,0 49,8 55,9
40 41,6 45,3 40,5 46,2
50 32,3 35,7 31,5 36,7
55 27,9 31,1 27,1 32,1
60 23,6 26,5 23,0 27,6
65 19,5 22,2 19,1 23,3
70 15,8 18,0 15,5 19,2
75 12,4 14,1 12,3 15,4
80 9,5 10,7 9,4 11,7
Elaborado pelo autor

Através das observações dos valores da Tabela 3, pode-se notar que em ambos os
casos a esperança de vida da mulher é significativamente superior a do homem, algo que
verifica-se na maioria dos países. A esperança de vida ao nascer, isto é, a esperança de vida
de um recém-nascido, da AT-2000 é 80,1 anos para o homem e 84,3 para a mulher, já na
BR-EMS 2010 é de 78,4 para o homem e 85,2 para mulher, indo de acordo com Garcia e
61

Simões (2010) de que, atualmente, na maioria dos países da OCDE30, a esperança de vida ao
nascer das mulheres é cerca de 5 anos superior à dos homens.
Porém, considerando os gêneros separadamente, percebe-se que a esperança de vida
da mulher é maior em todas as idades na BR-EMS 2010, quando comparada com a AT-
2000, sendo exatamente o oposto para o homem, que possui uma esperança de vida superior
em todas as idades na AT-2000, confirmando a Figura 2, apresentada na seção 1.4. Dentre
alguns dos fatores que explicam essa maior longevidade da mulher, estão, a questão
biológica e cultural, uma vez que as mulheres por possuírem uma cultura de prevenção a
doenças maior do que o homem, acabam cuidando de sua saúde de uma forma mais
adequada e naturalmente, apresentando uma maior expectativa de vida.
Vale ressaltar a importância em se conhecer as esperanças de vida visto que,
influenciam mesmo que indiretamente nos valores atuariais das rendas individuais e
conjuntas. Pensando, por exemplo, nas rendas vitalícias, em que quanto maior a esperança
de vida dos indivíduos, mais elevados tende a serem os valores presentes atuariais, uma vez
que, quanto mais altas as taxas de probabilidades dos indivíduos de uma determinada
população sobreviver, maior será a necessidade de recursos por parte das entidades para
cumprirem com seus compromissos assumidos futuros.
Como as diferenças das esperanças de vida entre as tábuas dispostas na Tabela 3
não são tão elevadas, o valor presente atuarial, que influencia diretamente no cálculo da
contribuição, tende a seguir um comportamento parecido, não apresentando grandes
variações com o uso das duas tábuas em questão.
Com o objetivo de medir qual o acréscimo em percentagem do valor atuarial de
uma renda vitalícia antecipada em relação às respectivas esperanças de vida vistas
anteriormente, será realizada um avaliação de um cenário. O interesse nesta avaliação será
observar o quanto sensível é o preço base31 de uma renda vitalícia à variação dos anos na
esperança de vida.
Na Tabela 4, são apresentados os valores atuariais de rendas vitalícias antecipadas,
para taxas de juros de 4% e 6%, para homens e mulheres, calculadas utilizando as mesmas
tábuas de mortalidade AT-2000 e BR-EMS 2010. Todos os valores atuariais desta tabela,

30
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional
de 36 países, dentre eles, Dinamarca, Alemanha, França, que aceitam os princípios da democracia
representativa e da economia de mercado. Disponível em: <https://www.oecd.org/>. Acesso em: 15 out. 2018
31
Sem entrar em linha de conta com cargas para as despesas da seguradora,lucro, etc. Serrano ( 2013)
62

bem como os das tabelas seguintes, dizem respeito a rendas vitalícias antecipadas que pagam
20.000 reais anualmente.

Tabela 4 – Valores atuariais de rendas antecipadas

Taxa de Juro = 4% Taxa de Juro = 6%

AT-2000 BR-EMS 2010 AT-2000 BR-EMS 2010


Idade
Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher Homem Mulher
0 490.544 496.291 487.698 496.965 346.119 348.203 345.114 348.500

30 440.293 452.697 433.710 453.672 328.379 334.079 324.674 334.132

40 406.145 423.076 399.610 424.950 312.072 321.061 308.098 321.491

50 359.833 381.382 353.771 385.345 286.525 299.608 282.565 301.364

55 332.512 355.465 326.193 360.748 270.102 284.831 265.709 287.543

60 301.827 325.813 295.706 332.789 250.440 266.712 245.921 270.772

65 267.341 292.349 262.789 301.546 226.800 244.827 223.306 250.821

70 230.677 255.410 228.219 267.127 200.134 219.048 198.243 227.456

75 194.307 215.396 193.073 229.686 172.335 189.266 171.448 200.446

80 159.513 175.118 158.648 189.351 144.484 157.562 143.949 169.501


Adaptado a partir de Serrano (2013)

Como pode ser observado pela Tabela 4, para qualquer valor atuarial de renda para
mulher, é sempre superior ao valor correspondente para o homem. Outra confirmação é a de
que um determinado valor atuarial para a taxa de juros de 6% é sempre inferior ao valor
correspondente para taxa de 4%. Algo bastante natural, já que uma taxa de juros superior
significa maior retorno sobre os ativos investidos pelas entidades, permitindo dessa maneira
uma contribuição menor por parte do beneficiário.
Considerando somente as variações absolutas e percentuais da esperança de vida e
dos valores atuariais, respectivamente, entre as duas tábuas utilizadas, com o objetivo de
verificar a relação entre eles, foi desenvolvida a Tabela 5, considerando apenas a taxa de 4%
para melhor visualização.
63

Tabela 5 – Relação entre esperança de vida e valor atuarial

Taxa de Juro = 4% Taxa de Juro = 4%


Idade Homem Mulher
∆ Esperança de ∆% valor ∆ Esperança de ∆% valor
vida atuarial vida atuarial
0 1,67 0,58% 0,86 0,14%
30 1,40 1,52% 0,82 0,22%
40 1,11 1,64% 0,87 0,44%
50 0,83 1,71% 0,98 1,04%
55 0,75 1,94% 1,02 1,49%
60 0,64 2,07% 1,07 2,14%
65 0,44 1,73% 1,14 3,15%
70 0,24 1,08% 1,19 4,59%
75 0,14 0,64% 1,21 6,63%
80 0,11 0,54% 1,03 8,13%
Elaborado pelo autor

Conforme se pode observar pela Tabela 5, a afirmação anterior de que quanto maior
as esperanças de vida, mais elevados tendem a serem os valores atuariais é confirmada.
Ademais, foi também constatado por cálculos utilizando análises por correlação e regressão,
que não existe uma relação direta entre a variação do valor atuarial e a esperança de vida da
população, isso é válido tanto para homem quanto para mulher. Ou seja, se a esperança de
vida de uma tábua de mortalidade em determinada idade for 2 anos superior ao de uma outra
tábua, não necessariamente haverá um aumento proporcional do valor atuarial.

5.2 Análise dos Valores Atuariais de Rendas sobre Casais

Até aqui, foram considerados para os cálculos e respectivas conclusões apenas os


valores atuariais para rendas individuais. Daqui em diante, serão acrescidas à análise
aplicações utilizando valores atuarias para rendas sobre casais, considerando o status do
último sobrevivente. Para tanto, continuar-se-á recorrendo às tábuas de mortalidade
mencionadas anteriormente, variando a idade do indivíduo e as taxas de juros aplicadas,
possibilitando dessa forma uma melhor visualização das possíveis diferenças, bem como,
permitindo mensurar o impacto dessas variáveis nos respectivos valores atuariais.
Utilizando novamente a tábua de mortalidade AT-2000, para uma taxa de juro de
4% e 6%, são apresentados na Tabela 6, os valores atuariais de rendas antecipadas sobre
casais em função das idades do homem e da mulher, respectivamente.
64

Tabela 6 – Rendas sobre casais

Rendas Último Sobrevivente Idade (Homem, Mulher)


Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 6%
30, 20 30, 25 30, 30 30, 35 30, 40 30, 20 30, 25 30, 30 30, 35 30, 40
480.647 474.807 468.942 463.364 458.348 345.245 343.476 341.567 339.612 337.711
40, 30 40, 35 40, 40 40, 45 40, 50 40, 30 40, 35 40, 40 40, 45 40, 50
462.036 453.442 444.818 436.664 429.407 338.995 335.858 332.476 329.038 325.739
50, 40 50, 45 50, 50 50, 55 50, 60 50, 40 50, 45 50, 50 50, 55 50, 60
434.852 422.305 409.845 398.211 388.005 328.036 322.534 316.681 310.822 305.299
55, 45 55, 50 55, 55 55, 60 55, 65 55, 45 55, 50 55, 55 55, 60 55, 65
417.032 402.036 387.248 373.544 361.687 319.867 312.683 305.108 297.592 290.621
60, 50 60, 55 60, 60 60, 65 60, 70 60, 50 60, 55 60, 60 60, 65 60, 70
395.800 378.018 360.598 344.648 331.117 309.253 299.969 290.252 280.747 272.129
65, 55 65, 60 65, 65 65, 70 65, 75 65, 55 65, 60 65, 65 65, 70 65, 75
370.723 349.789 329.494 311.229 296.098 295.613 283.719 271.422 259.626 249.218
70, 60 70, 65 70, 70 70, 75 70, 80 70, 60 70, 65 70, 70 70, 75 70, 80
341.512 317.221 294.073 273.718 257.738 278.389 263.417 248.236 234.050 222.265
75, 65 75, 70 75, 75 75, 80 75, 85 75, 65 75, 70 75, 75 75, 80 75, 85
308.160 280.653 255.069 233.832 218.150 257.163 238.851 220.777 204.937 192.643
Adaptado a partir de Serrano (2013)

A Tabela 6 apresenta a constituição do casal, representado pela idade do homem e


da mulher respectivamente, seguida dos valores atuariais correspondentes para cada casal.
Exemplificando, sob uma taxa de juros de 4% a.a, um casal composto por um homem de 30
anos e por uma mulher de 25 anos, deverá pagar uma contribuição única de R$ 474.807,00
no tempo atual para terem direito a receberem uma renda de R$ 20.000,00 no início de cada
ano por todos os anos pelo resto de suas vidas, até que ambos faleçam.
Dessa forma, analisando a Tabela 6, também nas rendas sobre casais, os valores
atuariais calculados quando aplicando uma taxa de juro de 4% são, em todos os casos,
superiores aos seus correspondentes para uma taxa de juro de 6%, pelos mesmos motivos
explicados na seção anterior, nas rendas individuais.
Outro ponto a ser observado, é que, naturalmente, nos casos de rendas sob o status
de último sobrevivente, para uma determinada idade do homem o valor atuarial calculado
será maior ou menor de acordo com a idade de sua parceira, como pode ser visto, por
exemplo, considerando uma mesma taxa de juros aplicada a um homem de 40 anos de idade,
65

casado com uma mulher de 35 anos, onde terá um valor de contribuição equivalente a R$
453.442,00, enquanto outro homem, sob as mesmas condições, com os mesmo 40 anos de
idade, no entanto, casado com uma mulher de 45 anos, terá um valor de contribuição igual a
R$ 436.664,00, uma contribuição quase 4% inferior devido somente à variação na idade da
mulher. Demonstrando-se, assim, que quanto menor a idade da mulher, maior tenderá a ser o
valor atuarial do casal, algo já esperado, visto que, uma mulher de idade inferior, possui uma
maior probabilidade de sobrevivência se comparada à outra de idade mais elevada.
Necessitando, por conseguinte, que as entidades possuam uma reserva financeira superior
para honrarem com seus compromissos futuros.
Esta diferença nas rendas mencionadas acima pode ser melhor visualizada na
Tabela 7, que considera somente os acréscimos/decréscimos em percentagem nas rendas
quando a idade da mulher deixa de ser igual à do homem.

Tabela 7 – Variação em % das rendas sobre casais

Rendas Último Sobrevivente Idade (Homem, Mulher)


Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 6%
30, 20 30, 25 30, 30 30, 35 30, 40 30, 20 30, 25 30, 30 30, 35 30, 40
2,50% 1,25% 0% -1,19% -2,26% 1,08% 0,56% 0% -0,57% -1,13%
40, 30 40, 35 40, 40 40, 45 40, 50 40, 30 40, 35 40, 40 40, 45 40, 50
3,87% 1,94% 0% -1,83% -3,46% 1,96% 1,02% 0% -1,03% -2,03%
50, 40 50, 45 50, 50 50, 55 50, 60 50, 40 50, 45 50, 50 50, 55 50, 60
6,10% 3,04% 0% -2,84% -5,33% 3,59% 1,85% 0% -1,85% -3,59%
55, 45 55, 50 55, 55 55, 60 55, 65 55, 45 55, 50 55, 55 55, 60 55, 65
7,69% 3,82% 0% -3,54% -6,60% 4,84% 2,48% 0% -2,46% -4,75%
60, 50 60, 55 60, 60 60, 65 60, 70 60, 50 60, 55 60, 60 60, 65 60, 70
9,76% 4,83% 0% -4,42% -8,18% 6,55% 3,35% 0% -3,27% -6,24%
65, 55 65, 60 65, 65 65, 70 65, 75 65, 55 65, 60 65, 65 65, 70 65, 75
12,51% 6,16% 0% -5,54% -10,14% 8,91% 4,53% 0% -4,35% -8,18%
70, 60 70, 65 70, 70 70, 75 70, 80 70, 60 70, 65 70, 70 70, 75 70, 80
16,13% 7,87% 0% -6,92% -12,36% 12,15% 6,12% 0% -5,71% -10,46%
75, 65 75, 70 75, 75 75, 80 75, 85 75, 65 75, 70 75, 75 75, 80 75, 85
20,81% 10,03% 0% -8,33% -14,47% 16,48% 8,19% 0% -7,17% -12,74%
Elaborado pelo autor a partir de Serrano (2013)
66

Pela Tabela 7, observa-se que a percentagem de acréscimo nas rendas pelo fato da
mulher ser mais nova do que o homem aumentam à medida que a idade do homem também
aumenta. O mesmo vale pra os decréscimos, que apresentam um comportamento similar.
Assim uma diferença de 10 anos na idade 30 e 20 para homem e mulher respectivamente
que é de 2,50% tem um acréscimo muito inferior se comparado à mesma diferença de idade
para 75 e 65 anos, onde o acréscimo representa uma diferença de 20,81% para o valor de
uma renda considerando idades iguais.
No caso dos acréscimos, este comportamento pode ser explicado pelo fato do peso
dos pagamentos adicionais, provocados pela menor idade da mulher, no total dos
pagamentos, irem aumentando à medida que a idade de entrada do marido aumenta. No caso
dos decréscimos, a explicação é análoga.
Nota-se também que, para uma determinada idade do homem, os acréscimos
percentuais no valor atuarial provocado pelo fato da mulher ser mais nova 5 e 10 anos são
sempre superiores aos decréscimos nesse mesmo valor quando a mulher passa a ser mais
velha do que o homem 5 a 10 anos.
Por tudo isso, pode-se concluir que a idade da mulher acaba tendo um peso maior
do que a do homem sobre os valores atuariais para rendas sobre casais. Isso pode ser
explicado pelo fato da mulher possuir naturalmente uma esperança de vida superior a do
homem, como comentado anteriormente.

5.3 Aplicação em Contextos

Nesta seção foram simulados os efeitos sobre os valores atuariais a partir de


alterações nas premissas atuariais da tábua de mortalidade e taxa de juros, dado um
determinado contexto. O objetivo deste ponto é medir o quanto essas duas premissas
impactam nos valores de contribuição.
Nos contextos a seguir, serão consideradas para os cálculos das contribuições, as
tábuas de mortalidade citadas no início deste capítulo, e taxas de juros de 4%, 5% e 6%,
dessa forma, tem-se respectivamente cenários de baixa, média e alta expectativa de retorno
sobre os investimentos. Até aqui, neste capítulo 5, foram utilizadas nas análises apenas o
conceito de rendas vitalícias antecipadas, até como forma de facilitar os cálculos,
entendimento e resultados, oferecendo uma visão mais ampla dos valores atuariais.
Entretanto, neste último ponto como serão contextos propostos específicos, foi utilizado o
conceito de rendas vitalícias diferidas, visto que se aproximam um pouco mais da realidade
do que é praticado no mercado atualmente,
67

Serão realizadas duas aplicações, a primeira num contexto de um único indivíduo,


e a segunda considerando este indivíduo com seu cônjuge.

Contexto 1

Um homem com 40 anos de idade, a fim de complementar sua aposentadoria futura


decide contratar um plano de benefício que lhe pague todo início de ano, de forma vitalícia,
uma renda equivalente a R$ 20.000,00. Ele deseja começar a receber esse benefício assim
que completar 65 anos de idade. Quanto este indivíduo deve contribuir hoje para ter direito a
essa renda futura?

Tabela 8 – Renda vitalícia diferida variando tábua e taxa de juros

Renda Diferida em 25 anos

Tábua de
Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 5% Taxa de juros = 6%
mortalidade
AT-83 85.087,75 61.692,34 45.066,10
AT-2000 89.739,05 64.889,55 47.287,42
RP-2000 85.424,69 62.188,21 45.587,16
BR-EMS 2010 85.816,52 62.107,18 45.295,00
Elaborado pelo autor

Conforme a Tabela 8, e considerando somente as premissas utilizadas, um


indivíduo do sexo masculino com 40 anos de idade que pretende adquirir uma renda diferida
em 25 anos, começando dessa forma, a receber o benefício com 65 anos, terá uma
contribuição única de no máximo R$ 89.739,05 (AT-2000; 4%) e no mínimo R$ 45.066,10
(AT-83; 6%), dependendo da escolha da tábua e taxa de juros utilizada pela entidade em
questão.
Novamente, a tábua AT-2000 é a que apresenta o maior valor atuarial, isso pode ser
explicado pela esperança de vida da tábua para um indivíduo de 65 anos, idade que
começará a fase de pagamento, que é igual a 19,54 anos, a maior dentre as tábuas analisadas.
O oposto vale para a AT-83, que apresenta os menores valores atuariais para todas as taxas,
uma vez que possui uma das curvas de morte mais acentuada e, deste modo, uma esperança
de vida entre as menores quando comparada as outras tábuas de mortalidade em questão.
Confirmando dessa maneira, a relação entre esperança de vida e o valor atuarial, como visto
na Tabela 3.
68

Além disso, é possível observar a partir dos valores atuariais da Tabela 8, que sob
uma mesma taxa de juros aplicada, a variação no valor da contribuição em função somente
da tábua de mortalidade não foi tão significativa, sendo a maior variação observada entre o
maior e o menor valor atuarial igual a 5,47%.
Porém, se neste exemplo a escolha da tábua de mortalidade não têm um impacto tão
significativo sobre o valor atuarial, a escolha da taxa de juros que será aplicada influencia
substancialmente no valor da contribuição. Podendo variar, por exemplo, -47,22% como
verificado na BR-EMS 2010, que sob uma taxa de 4% cobrara R$ 85.816,52 de
contribuição, enquanto sob uma taxa de 6% o valor atuarial cai quase pela metade, indo para
R$ 45.295,00.
E olhando de forma mais detalhada os valores atuariais e as variações para cada
taxa de juros deste exemplo, percebe-se uma variação média de -27,20% no valor de
contribuição para cada ponto percentual acrescido na taxa de juros aplicada. Indo de acordo
com Mcgill (1989), que estima uma alteração no custo de até 25%, de uma mudança
(aumento ou redução) de 1 (um) ponto percentual na variável taxa de juros no longo prazo,
conforme visto na página 34 deste trabalho.

Contexto 2

Nesse segundo contexto foram utilizados os mesmos dados do contexto 1, todavia,


foi acrescentado um cônjuge ao exercício e feito 3 aplicações variando a idade da mulher,
sendo ela mais nova, de mesma idade e mais velha do que seu marido. Nos títulos das
tabelas, as idades serão representadas por (x, y) significando a idade do homem e da mulher,
respectivamente. Desse modo, temos as seguintes situações:

1ª Aplicação: Um homem, com 40 anos de idade, e sua mulher, com 35, decidem
adquirir uma renda anual no valor de R$ 20.000,00 a fim de complementarem suas
aposentadorias futuras e garantirem uma segurança para o casal. Eles desejam que essa
renda seja paga todo início de ano, de forma vitalícia, até que ambos faleçam. O casal quer
começar a receber a renda daqui a 25 anos. Quanto o casal deve contribuir hoje para ter
direito a essa renda futura?
69

Tabela 9 – Renda vitalícia diferida (40, 35)

Renda Diferida em 25 anos

Tábua de
Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 5% Taxa de juros = 6%
mortalidade
AT-83 127.158,16 90.001,07 64.340,80

AT-2000 128.665,70 90.963,96 64.962,86

RP-2000 122.728,68 87.294,84 62.674,07

BR-EMS 2010 129.885,26 91.640,16 65.331,67


Elaborado pelo autor

Identifica-se logo num primeiro momento pela Tabela 9, o quanto os valores


atuariais aumentam quando acrescentado o cônjuge aos cálculos dos valores de benefícios,
esse aumento é acentuado devido à condição do último sobrevivente, onde o pagamento só é
cessado após a morte de ambos os indivíduos. Ou seja, significa um risco de sobrevivência
maior, para entidade previdenciária isso requer um aumento de sua reserva, como pode ser
visto pelos valores apresentados, que são em média 43,64% superiores às rendas individuais,
para este exemplo.
É válido destacar a inversão nos maiores e menores valores atuariais observados,
quando comparados às rendas individuais da AT-2000 e AT-83, respectivamente. Nas
rendas conjuntas a BR-EMS 2010 é a tábua que aparece com o maior valor de contribuição,
com R$ 129.885,26, essa mudança pode ser explicada pela adição da tábua de mortalidade
feminina aos cálculos das contribuições. Na BR-EMS 2010 feminina, a esperança de vida
para uma mulher com 60 anos, idade em que se iniciará a fase de pagamento, é de 27,6 anos,
enquanto na AT-2000, essa mesma esperança é de 26,53 anos, uma diferença de pouco mais
de um ano que acaba impactando nos valores atuariais. A ideia é análoga para a tábua RP-
2000, que em sua versão feminina possui a menor esperança de vida ao nascer para a mulher
dentre as tábuas em questão, com 82,56 anos, contra 84,1 anos da AT-83 que é a segunda
menor, refletidos nos valores de contribuição calculados, sendo os menores para todas as
taxas de juros aplicadas.
Outro ponto a se observar é o impacto da taxa de juros nesse tipo de renda, que se
mostra um pouco superior se comparada às rendas individuais. Apresentando uma média de
variação no valor atuarial para cada ponto percentual acrescido na taxa de juros igual a
70

- 28,86%, contra -27,23% das rendas individuais, ou seja, para este exemplo, a variação da
taxa de juros tem um impacto ainda maior do que nas rendas individuais.

2ª Aplicação: Para essa segunda aplicação, será considerado o mesmo contexto da


aplicação 1, variando somente a idade da mulher, que agora terá a mesma idade do seu
marido, conforme Tabela 10.

Tabela 10 – Renda vitalícia diferida (40, 40)

Renda Diferida em 25 anos


Tábua de
Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 5% Taxa de juros = 6%
mortalidade
AT-83 118.199,77 84.420,03 60.825,23

AT-2000 120.132,38 85.671,28 61.644,06

RP-2000 113.688,51 81.591,08 59.036,85

BR-EMS 2010 121.159,43 86.271,69 61.990,29


Elaborado pelo autor

Comparando agora os valores da Tabela 10 não mais com as rendas individuais


como feito anteriormente, mas com os valores da Tabela 9, nota-se que como era de se
esperar, fixando a idade do marido, a medida que a idade da mulher aumenta, os valores
atuarias tendem a diminuir, como já visto pela Tabela 7. Assim, considerando uma mulher 5
anos mais velha, os valores atuariais tendem a diminuírem em média 6,14%.
Por outro lado, a variação nos valores absolutos considerando somente a premissa
da tábua de mortalidade, pode chegar até a R$ 7.470,92, representando uma diferença
percentual igual a 6,57%, no caso da taxa de juros igual a 4%. Pode-se perceber também que
à medida que a taxa aplicada aumenta, essas diferenças citadas diminuem, como mostra os
valores para uma taxa de 6%, que tem a maior variação absoluta igual a R$ 2.953,44 e 5%
em percentagem.
Em todos os casos, a variação da taxa de juros continua sendo a premissa de maior
impacto sobre os valores atuariais, com uma redução média no valor de contribuição igual a
28,26% para cada ponto percentual acrescido na taxa de juros.
71

3ª Aplicação: Para a terceira e última aplicação, será considerado o mesmo contexto


das aplicações anteriores, variando somente a idade da mulher, que agora será 5 anos mais
velha que seu marido.

Tabela 11 – Renda vitalícia diferida (40, 45)

Renda Diferida em 25 anos


Tábua de
Taxa de juros = 4% Taxa de juros = 5% Taxa de juros = 6%
mortalidade
AT-83 109.682,95 78.926,90 57.247,21

AT-2000 112.126,16 80.528,09 58.307,50

RP-2000 105.447,15 76.219,20 55.501,69

BR-EMS 2010 112.713,75 80.891,09 58.527,61


Elaborado pelo autor

Analisando a Tabela 11, conforme era de se esperar, esta última combinação de


idades considerando o homem com 40 anos e sua mulher com 45 anos, foi a que apresentou
os menores valores atuariais. Algo natural e previsível considerando todos os resultados e
conceitos vistos e abordados ao longo do trabalho. Primeiro por ser o casal com a maior
soma de idades dentre as aplicações, como já visto, quanto mais velho o indivíduo, menor
tendem a serem os valores atuariais aplicados. Segundo, como visto na Tabela 7, a idade da
mulher acaba tendo um peso maior sobre a renda conjunta se comparada com a idade do
homem, devido principalmente à sua maior esperança de vida, como já comentando por
vezes anteriormente. E como a idade do homem se manteve fixa, era natural que essa
aplicação apresentasse os menores valores de contribuição.
Se calculadas as mesmas variações realizadas até aqui, a aplicação segue
comportamento parecido com a anterior, ou seja, apresentou redução média dos valores
atuariais igual a 6,36% contra 6,14% anterior. Uma variação máxima absoluta considerando
somente a premissa da tábua de mortalidade igual a R$ 7.266,60, antes R$7.470,92 e
R$7.156,58.
E, por fim, uma redução média no valor de contribuição igual a 27,76% para cada
ponto percentual acrescido na taxa de juros, algo bem próxima as anteriores, com 28,26% e
28,86%, apresentando uma leve tendência de queda.
Contudo, aqui é possível comparar os valores de forma um pouco mais ampla,
considerando os valores obtidos pela Tabela 11 com os valores da Tabela 10 e da Tabela 9.
72

Dessa forma, identifica-se que para um casal com um homem de 40 anos, e uma
diferença de idades entre as mulheres de 10 anos, 35 a 45 anos, considerando a mesma taxa
de juros, o valor de contribuição pode variar até R$24.438,11, BR-EMS 2010 (40,35; 4%)
com R$129.885,26 e RP-2000 (40,45; 4%) com R$105.447,15, se considerar todas as taxas
utilizadas, essa diferença pode subir para R$74.338,57, BR-EMS 2010 (40,35; 4%) com
R$129.885,26 e RP-2000 (40,45; 6%) com R$55.501,69. Uma diferença bastante
significativa, demonstrando o impacto da idade dos indivíduos, da escolha da tábua de
mortalidade. E, principalmente, da taxa de juros que será aplicada sobre os ativos da
entidade.
73

CONCLUSÃO

Segundo dados do INSS, a previdência social, que é de caráter compulsório, e,


portanto, obrigatório a todo trabalhador brasileiro, apresentou crescimento do déficit de
forma consecutiva nos últimos anos.
Com um cenário atual no país de aumento da expectativa de vida e queda nas taxas
de fecundidade, o atual sistema previdenciário brasileiro que é baseado no modelo de
repartição simples, considerando, assim, que exista uma base de trabalhadores ativos
suficiente contribuindo para sustentar os benefícios dos já aposentados, tende a se tornar
insustentável nos próximos anos, podendo apresentar déficits cada vez maiores, não havendo
dessa forma, qualquer perspectiva de melhora no atual quadro.
Devido a esse atual cenário da previdência social brasileira, incertezas e
insegurança rodeiam o trabalhador, que por sua vez, sente a necessidade de buscar
alternativas visando complementar sua aposentadoria com o objetivo de garantir maior
segurança para si e sua família no futuro.
Em vista disso, a previdência complementar vem se mostrando como a alternativa
mais adequada e viável à previdência social, ganhando força, espaço e relevância nos
últimos anos.
Como visto, as EPC são organizadas sob o regime de capitalização, tendo por
principal característica o financiamento antecipado do benefício. Isto é, durante a fase
contributiva do regime, os valores recebidos financiarão os recursos acumulados necessários
à garantia do pagamento dos benefícios no futuro.
Esses benefícios podem ser pagos em forma de rendas, individual, quando o
pagamento cessa no momento da morte do beneficiário, ou conjunta, quando existe uma
continuidade de pagamento ao cônjuge após a morte.
Dentre as diversas modalidades de planos disponíveis no mercado de previdência
complementar, a de benefício definido é aquela que demanda maior atenção e precisão nos
cálculos atuariais por parte das entidades previdenciárias. Consequentemente, nessa
modalidade, a correta definição das premissas atuariais que serão utilizadas no plano de
custeio se tornam ainda mais relevantes para garantir a solvência da entidade.
Visando isto, o presente trabalho pretendeu, através de um estudo empírico,
identificar os diferentes tipos de rendas existentes na literatura atuarial e avaliar quais os
impactos da premissa atuarial biométrica da tábua de mortalidade e da premissa atuarial
econômica de taxa de juros no cálculo dessas rendas. Os resultados e valores calculados
74

dizem respeito e são válidos para as mortalidades das tábuas AT-83, AT-2000, RP-2000, BR
EMS 2010, e das taxas de juros aplicadas de 4%, 5% e 6%.
Em traços gerais conclui-se que a tábua brasileira BR-EMS 2010, quando exposta
sob as mesmas condições da tábua AT-2000, que atualmente é a tábua de mortalidade mais
utilizada pelo mercado de previdência complementar, apresenta resultados bem similares.
Tendo um comportamento inclusive mais conservador no cálculo dos valores atuariais para
as mulheres.
Foi visto também que a esperança de vida da população impacta diretamente nos
valores atuariais cobrados pelas entidades, no entanto, não apresenta uma relação direta e
proporcional com a mesma.
Para as rendas conjuntas, verifica-se que o valor das rendas estudadas varia de
acordo com a idade de entrada da mulher e do homem. Demonstrando que os diferentes
níveis de mortalidade de ambos os sexos influenciam nos valores de contribuição. Todavia,
por todos os resultados analisados, nota-se que a idade da mulher tem um impacto maior
sobre os valores atuariais do que a idade do homem.
Se, por um lado, à medida que a idade do casal avança, os valores de contribuição
tendem a diminuírem, por outro, a variação nos valores atuariais tendem a aumentarem
devido à diferença de idade entre o casal.
Por fim, das premissas atuariais utilizadas no estudo empírico, a da tábua de
mortalidade não apresentou diferenças tão significativas nos devidos valores de
contribuição, com uma diferença média de 5,53% entre a tábua com maior e menor valor
atuarial. Enquanto a premissa da taxa de juros se mostrou como aquela de maior impacto
sobre os valores atuariais, com uma diferença nos valores de contribuição média de -27,76%
por cada ponto percentual aumentado na taxa aplicada. Observou-se também que quanto
maior a taxa de juros, menor é a sensibilidade do impacto do aumento da esperança de vida.
Em vista disso, a taxa de juros se mostrou como a premissa atuarial de maior
sensibilidade para uma entidade previdenciária, uma vez que impacta diretamente os valores
de contribuição que serão cobrados aos participantes, e consequentemente, nas reservas
financeiras necessárias para que a entidade cumpra com seus compromissos futuros.
Todavia, sabe-se que as premissas da tábua de mortalidade e taxa de juros não são
as únicas capazes de influenciar nas rendas individuais e conjuntas. O custeio administrativo
do plano, rotatividade, e entrada em invalidez, são alguns exemplos de outras premissas que
também exercem influência nesse tipo de estudo.
75

Dessa forma, como possível extensão da pesquisa, propõem-se outros estudos


comparativos, aplicada à realidade brasileira, bem como, as diferenças nos valores atuariais
quando utilizadas tábuas estáticas, que são as tábuas utilizadas neste trabalho, e dinâmicas,
que levam em consideração a variação das taxas de mortalidade à medida que a população
envelhece, em conjunto com a inclusão de períodos de garantia para recebimento das rendas,
acrescentando e considerando outras premissas atuariais.
76

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80

ANEXO
AT-83 MASCULINA
Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
0 0,002690 1.000.000 2.690,0 78,7 1.000.000 20.271.500 19,27 20,27
1 0,001053 997.310 1.050,2 77,9 949.819 19.271.500 19,29 20,29
2 0,000591 996.260 588,8 77,0 903.637 18.321.681 19,28 20,28
3 0,000476 995.671 473,9 76,0 860.098 17.418.044 19,25 20,25
4 0,000417 995.197 415,0 75,1 818.751 16.557.946 19,22 20,22
5 0,000377 994.782 375,0 74,1 779.438 15.739.195 19,19 20,19
6 0,000350 994.407 348,0 73,1 742.042 14.959.757 19,16 20,16
7 0,000333 994.059 331,0 72,2 706.459 14.217.715 19,13 20,13
8 0,000352 993.728 349,8 71,2 672.594 13.511.256 19,09 20,09
9 0,000368 993.378 365,6 70,2 640.340 12.838.662 19,05 20,05
10 0,000382 993.013 379,3 69,2 609.624 12.198.321 19,01 20,01
11 0,000394 992.633 391,1 68,3 580.372 11.588.698 18,97 19,97
12 0,000405 992.242 401,9 67,3 552.518 11.008.326 18,92 19,92
13 0,000415 991.840 411,6 66,3 525.994 10.455.808 18,88 19,88
14 0,000425 991.429 421,4 65,3 500.739 9.929.814 18,83 19,83
15 0,000435 991.007 431,1 64,4 476.692 9.429.075 18,78 19,78
16 0,000446 990.576 441,8 63,4 453.794 8.952.384 18,73 19,73
17 0,000458 990.135 453,5 62,4 431.992 8.498.589 18,67 19,67
18 0,000472 989.681 467,1 61,4 411.233 8.066.597 18,62 19,62
19 0,000488 989.214 482,7 60,5 391.466 7.655.364 18,56 19,56
20 0,000505 988.731 499,3 59,5 372.642 7.263.898 18,49 19,49
21 0,000525 988.232 518,8 58,5 354.718 6.891.256 18,43 19,43
22 0,000546 987.713 539,3 57,6 337.650 6.536.538 18,36 19,36
23 0,000570 987.174 562,7 56,6 321.395 6.198.888 18,29 19,29
24 0,000596 986.611 588,0 55,6 305.916 5.877.493 18,21 19,21
25 0,000622 986.023 613,3 54,7 291.175 5.571.576 18,13 19,13
26 0,000650 985.410 640,5 53,7 277.137 5.280.401 18,05 19,05
27 0,000677 984.769 666,7 52,7 263.769 5.003.263 17,97 18,97
28 0,000704 984.103 692,8 51,8 251.038 4.739.495 17,88 18,88
29 0,000731 983.410 718,9 50,8 238.916 4.488.456 17,79 18,79
30 0,000759 982.691 745,9 49,8 227.372 4.249.541 17,69 18,69
31 0,000786 981.945 771,8 48,9 216.381 4.022.168 17,59 18,59
32 0,000814 981.173 798,7 47,9 205.915 3.805.787 17,48 18,48
33 0,000843 980.374 826,5 46,9 195.950 3.599.872 17,37 18,37
34 0,000876 979.548 858,1 46,0 186.462 3.403.922 17,26 18,26
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81

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70 0,021371 787.577 16.831,3 15,0 25.885 268.211 9,36 10,36
71 0,023647 770.746 18.225,8 14,3 24.125 242.327 9,04 10,04
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90 0,134887 217.746 29.371,2 5,1 2.697 12.737 3,72 4,72
91 0,144873 188.375 27.290,5 4,8 2.222 10.040 3,52 4,52
92 0,155429 161.085 25.037,3 4,5 1.810 7.817 3,32 4,32
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106 0,442277 2.322 1.027,1 1,6 13 26 0,98 1,98
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109 0,579351 315 182,6 1,1 2 2 0,59 1,59
110 0,634814 133 84,2 1,0 1 1 0,48 1,48
111 0,695704 48 33,7 0,9 0 0 0,37 1,37
112 0,762343 15 11,2 0,8 0 0 0,26 1,26
113 0,835056 4 2,9 0,7 0 0 0,17 1,17
114 0,914167 1 0,5 0,6 0 0 0,08 1,08
115 1,000000 0 0,0 0,5 0 0 - -
116 1,000000 - - - - 0 - -
82

AT-83 FEMININA
Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
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5 0,000194 996.451 193,3 79,4 780.746 15.941.238 19,42 20,42
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9 0,000136 995.832 135,4 75,4 641.922 13.035.052 19,31 20,31
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14 0,000175 995.091 174,1 70,5 502.588 10.117.692 19,13 20,13
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51 0,002016 972.271 1.960,1 34,5 80.748 1.337.758 15,57 16,57
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83

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115 1,000000 0 0,5 0,5 0 0 - -
116 1,000000 - - - - 0 - -
84

AT-2000 MASCULINA
Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
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85

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115 1,000000 0 0,2 0,5 0 0 - 1,00
86

AT-2000 FEMININA
Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
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87

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88

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106 0,400000 517 206,9 2,0 3 7 1,33 2,33
107 0,400000 310 124,1 2,0 2 4 1,33 2,33
108 0,400000 186 74,5 2,0 1 2 1,33 2,33
109 0,400000 112 44,7 2,0 1 1 1,33 2,33
110 0,400000 67 26,8 2,0 0 1 1,33 2,33
111 0,400000 40 16,1 2,0 0 0 1,32 2,32
112 0,400000 24 9,7 2,0 0 0 1,32 2,32
113 0,400000 14 5,8 2,0 0 0 1,31 2,31
114 0,400000 9 3,5 1,9 0 0 1,29 2,29
115 0,400000 5 2,1 1,9 0 0 1,25 2,25
116 0,400000 3 1,3 1,8 0 0 1,19 2,19
117 0,400000 2 0,8 1,7 0 0 1,08 2,08
118 0,400000 1 0,5 1,5 0 0 0,90 1,90
119 0,400000 1 0,3 1,1 0 0 0,57 1,57
120 1,000000 0 0 0,5 0 0 - 1,00
90

RP-2000 FEMININA
Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
0 0,000000 1.000.000 - 82,6 1.000.000 20.499.786 19,50 20,50
1 0,000571 1.000.000 571,0 81,6 952.381 19.499.786 19,47 20,47
2 0,000372 999.429 371,8 80,6 906.512 18.547.405 19,46 20,46
3 0,000278 999.057 277,7 79,6 863.023 17.640.894 19,44 20,44
4 0,000208 998.779 207,7 78,7 821.698 16.777.871 19,42 20,42
5 0,000188 998.572 187,7 77,7 782.407 15.956.172 19,39 20,39
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20 0,000191 996.104 190,3 62,8 375.421 7.437.374 18,81 19,81
21 0,000192 995.914 191,2 61,9 357.476 7.061.953 18,76 19,76
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29 0,000248 994.259 246,6 54,0 241.552 4.637.552 18,20 19,20
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37 0,000554 991.293 549,2 46,1 163.004 2.999.945 17,40 18,40
38 0,000598 990.744 592,5 45,1 155.156 2.836.941 17,28 18,28
39 0,000648 990.151 641,6 44,2 147.679 2.681.785 17,16 18,16
40 0,000706 989.510 698,6 43,2 140.556 2.534.106 17,03 18,03
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56 0,003090 966.170 2.985,5 28,0 62.871 945.933 14,05 15,05
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58 0,003923 959.835 3.765,4 26,2 56.652 823.369 13,53 14,53
91

59 0,004441 956.069 4.245,9 25,3 53.743 766.717 13,27 14,27


60 0,005055 951.823 4.811,5 24,4 50.956 712.974 12,99 13,99
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70 0,016742 865.195 14.485,1 16,2 28.436 312.042 9,97 10,97
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72 0,020665 834.904 17.253,3 14,8 24.889 256.978 9,32 10,32
73 0,022970 817.651 18.781,4 14,1 23.214 232.089 9,00 10,00
74 0,025458 798.869 20.337,6 13,4 21.601 208.875 8,67 9,67
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76 0,030966 756.650 23.430,4 12,1 18.557 167.226 8,01 9,01
77 0,034105 733.220 25.006,5 11,5 17.126 148.669 7,68 8,68
78 0,037595 708.214 26.625,3 10,9 15.754 131.543 7,35 8,35
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80 0,045879 653.298 29.972,7 9,7 13.182 101.349 6,69 7,69
81 0,050780 623.326 31.652,5 9,1 11.978 88.167 6,36 7,36
82 0,056294 591.673 33.307,6 8,6 10.828 76.189 6,04 7,04
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85 0,077446 487.075 37.722,0 7,1 7.700 46.939 5,10 6,10
86 0,086376 449.353 38.813,3 6,6 6.766 39.239 4,80 5,80
87 0,096337 410.539 39.550,1 6,2 5.887 32.474 4,52 5,52
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90 0,131682 291.719 38.414,2 5,2 3.614 17.213 3,76 4,76
91 0,144604 253.305 36.628,9 4,9 2.988 13.599 3,55 4,55
92 0,157618 216.676 34.152,1 4,6 2.434 10.611 3,36 4,36
93 0,170433 182.524 31.108,1 4,4 1.953 8.177 3,19 4,19
94 0,182799 151.416 27.678,7 4,2 1.543 6.224 3,03 4,03
95 0,194509 123.737 24.068,0 4,0 1.201 4.681 2,90 3,90
96 0,205379 99.669 20.470,0 3,8 921 3.480 2,78 3,78
97 0,215240 79.199 17.046,9 3,7 697 2.558 2,67 3,67
98 0,223947 62.152 13.918,9 3,5 521 1.861 2,57 3,57
99 0,231387 48.234 11.160,6 3,4 385 1.340 2,48 3,48
100 0,237467 37.073 8.803,6 3,3 282 955 2,39 3,39
101 0,244834 28.269 6.921,3 3,2 205 673 2,29 3,29
102 0,254498 21.348 5.433,0 3,0 147 468 2,18 3,18
103 0,266044 15.915 4.234,1 2,9 105 321 2,07 3,07
104 0,279055 11.681 3.259,6 2,8 73 216 1,96 2,96
105 0,293116 8.421 2.468,4 2,6 50 143 1,86 2,86
106 0,307811 5.953 1.832,4 2,5 34 93 1,76 2,76
107 0,322725 4.121 1.329,8 2,4 22 59 1,67 2,67
108 0,337441 2.791 941,7 2,3 14 37 1,59 2,59
109 0,351544 1.849 650,0 2,2 9 23 1,51 2,51
110 0,364617 1.199 437,2 2,1 6 14 1,45 2,45
111 0,376246 762 286,6 2,1 3 8 1,40 2,40
112 0,386015 475 183,4 2,0 2 5 1,36 2,36
113 0,393507 292 114,8 2,0 1 3 1,32 2,32
114 0,398308 177 70,5 1,9 1 2 1,29 2,29
115 0,400000 106 42,6 1,9 0 1 1,25 2,25
116 0,400000 64 25,6 1,8 0 0 1,19 2,19
117 0,400000 38 15,3 1,7 0 0 1,08 2,08
118 0,400000 23 9,2 1,5 0 0 0,90 1,90
119 0,400000 14 5,5 1,1 0 0 0,57 1,57
120 1,000000 8 8 0,5 0 0 - 1,00
92

BR-EMS 2010 MASCULINA


Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
0 0,002740 1.000.000 2.740,0 78,4 1.000.000 20.234.306 19,23 20,23
1 0,000950 997.260 947,4 77,6 949.771 19.234.306 19,25 20,25
2 0,000480 996.313 478,2 76,7 903.685 18.284.535 19,23 20,23
3 0,000300 995.834 298,8 75,7 860.239 17.380.850 19,20 20,20
4 0,000220 995.536 219,0 74,7 819.030 16.520.611 19,17 20,17
5 0,000180 995.317 179,2 73,8 779.857 15.701.581 19,13 20,13
6 0,000160 995.137 159,2 72,8 742.587 14.921.725 19,09 20,09
7 0,000150 994.978 149,2 71,8 707.112 14.179.138 19,05 20,05
8 0,000150 994.829 149,2 70,8 673.339 13.472.025 19,01 20,01
9 0,000160 994.680 159,1 69,8 641.179 12.798.686 18,96 19,96
10 0,000180 994.521 179,0 68,8 610.549 12.157.506 18,91 19,91
11 0,000210 994.342 208,8 67,8 581.371 11.546.957 18,86 19,86
12 0,000260 994.133 258,5 66,8 553.570 10.965.586 18,81 19,81
13 0,000330 993.874 328,0 65,9 527.073 10.412.016 18,75 19,75
14 0,000420 993.546 417,3 64,9 501.808 9.884.943 18,70 19,70
15 0,000530 993.129 526,4 63,9 477.712 9.383.135 18,64 19,64
16 0,000650 992.603 645,2 62,9 454.723 8.905.423 18,58 19,58
17 0,000780 991.957 773,7 62,0 432.788 8.450.700 18,53 19,53
18 0,000900 991.184 892,1 61,0 411.857 8.017.912 18,47 19,47
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20 0,001100 989.292 1.088,2 59,1 372.854 7.214.163 18,35 19,35
21 0,001170 988.203 1.156,2 58,2 354.708 6.841.309 18,29 19,29
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24 0,001270 984.611 1.250,5 55,4 305.296 5.828.217 18,09 19,09
25 0,001270 983.360 1.248,9 54,5 290.389 5.522.921 18,02 19,02
26 0,001270 982.111 1.247,3 53,6 276.210 5.232.532 17,94 18,94
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28 0,001260 979.628 1.234,3 51,7 249.897 4.693.599 17,78 18,78
29 0,001250 978.394 1.223,0 50,8 237.697 4.443.703 17,69 18,69
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31 0,001270 975.940 1.239,4 48,9 215.058 3.979.910 17,51 18,51
32 0,001290 974.700 1.257,4 47,9 204.557 3.764.853 17,40 18,40
33 0,001350 973.443 1.314,1 47,0 194.564 3.560.296 17,30 18,30
34 0,001420 972.129 1.380,4 46,1 185.049 3.365.732 17,19 18,19
35 0,001490 970.748 1.446,4 45,1 175.987 3.180.682 17,07 18,07
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93

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111 0,845400 6 4,9 0,7 0 0 0,16 1,16
112 0,925750 1 0,8 0,6 0 0 0,07 1,07
113 1,000000 0 0 0,5 0 0 - 1,00
94

BR-EMS 2010 FEMININA


Idade qx lx dx ex Dx Nx ax äx
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4 0,000120 997.851 119,7 81,4 820.935 16.786.977 19,45 20,45
5 0,000100 997.732 99,8 80,4 781.749 15.966.042 19,42 20,42
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7 0,000090 997.542 89,8 78,4 708.935 14.439.845 19,37 20,37
8 0,000090 997.452 89,8 77,4 675.115 13.730.911 19,34 20,34
9 0,000110 997.362 109,7 76,4 642.909 13.055.796 19,31 20,31
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21 0,000360 994.007 357,8 64,7 356.791 7.079.078 18,84 19,84
22 0,000360 993.649 357,7 63,7 339.679 6.722.287 18,79 19,79
23 0,000350 993.291 347,7 62,7 323.387 6.382.609 18,74 19,74
24 0,000350 992.943 347,5 61,7 307.880 6.059.221 18,68 19,68
25 0,000350 992.596 347,4 60,7 293.116 5.751.342 18,62 19,62
26 0,000360 992.248 357,2 59,8 279.061 5.458.225 18,56 19,56
27 0,000370 991.891 367,0 58,8 265.676 5.179.165 18,49 19,49
28 0,000390 991.524 386,7 57,8 252.932 4.913.488 18,43 19,43
29 0,000410 991.137 406,4 56,8 240.793 4.660.557 18,36 19,36
30 0,000440 990.731 435,9 55,9 229.233 4.419.764 18,28 19,28
31 0,000470 990.295 465,4 54,9 218.221 4.190.531 18,20 19,20
32 0,000500 989.830 494,9 53,9 207.732 3.972.310 18,12 19,12
33 0,000540 989.335 534,2 52,9 197.741 3.764.578 18,04 19,04
34 0,000570 988.801 563,6 52,0 188.223 3.566.837 17,95 18,95
35 0,000620 988.237 612,7 51,0 179.158 3.378.614 17,86 18,86
36 0,000660 987.624 651,8 50,0 170.521 3.199.457 17,76 18,76
37 0,000710 986.972 700,8 49,1 162.293 3.028.936 17,66 18,66
38 0,000760 986.272 749,6 48,1 154.455 2.866.642 17,56 18,56
39 0,000820 985.522 808,1 47,1 146.989 2.712.187 17,45 18,45
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41 0,000950 983.847 934,7 45,2 133.096 2.425.324 17,22 18,22
42 0,001030 982.913 1.012,4 44,2 126.638 2.292.228 17,10 18,10
43 0,001110 981.900 1.089,9 43,3 120.483 2.165.589 16,97 17,97
44 0,001200 980.810 1.177,0 42,3 114.619 2.045.106 16,84 17,84
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54 0,002700 963.664 2.601,9 33,0 69.136 1.121.446 15,22 16,22
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57 0,003510 955.161 3.352,6 30,3 59.195 924.289 14,61 15,61
58 0,003840 951.808 3.654,9 29,4 56.178 865.093 14,40 15,40
95

59 0,004200 948.153 3.982,2 28,5 53.298 808.915 14,18 15,18


60 0,004590 944.171 4.333,7 27,6 50.547 755.617 13,95 14,95
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71 0,012020 870.086 10.458,4 18,4 27.235 326.558 10,99 11,99
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77 0,020300 794.185 16.121,9 13,9 18.550 185.957 9,02 10,02
78 0,022210 778.063 17.280,8 13,2 17.308 167.407 8,67 9,67
79 0,024310 760.782 18.494,6 12,4 16.118 150.099 8,31 9,31
80 0,026740 742.287 19.848,8 11,7 14.977 133.981 7,95 8,95
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82 0,033070 701.040 23.183,4 10,4 12.830 105.122 7,19 8,19
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85 0,047490 625.386 29.699,6 8,4 9.887 69.642 6,04 7,04
86 0,054130 595.686 32.244,5 7,8 8.969 59.756 5,66 6,66
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89 0,080960 491.458 39.788,5 6,2 6.392 35.487 4,55 5,55
90 0,093100 451.670 42.050,5 5,7 5.595 29.095 4,20 5,20
91 0,106470 409.619 43.612,2 5,2 4.832 23.501 3,86 4,86
92 0,121100 366.007 44.323,5 4,7 4.112 18.668 3,54 4,54
93 0,138570 321.684 44.575,7 4,3 3.442 14.556 3,23 4,23
94 0,157950 277.108 43.769,2 3,9 2.824 11.114 2,94 3,94
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96 0,205940 191.343 39.405,1 3,3 1.769 6.025 2,41 3,41
97 0,230150 151.937 34.968,4 3,0 1.338 4.257 2,18 3,18
98 0,251940 116.969 29.469,2 2,7 981 2.919 1,98 2,98
99 0,279120 87.500 24.423,0 2,5 699 1.939 1,77 2,77
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102 0,373570 28.644 10.700,5 1,9 198 445 1,25 2,25
103 0,409040 17.943 7.339,6 1,7 118 248 1,10 2,10
104 0,447880 10.604 4.749,3 1,5 66 130 0,96 1,96
105 0,490420 5.855 2.871,2 1,4 35 64 0,82 1,82
106 0,537000 2.983 1.602,1 1,2 17 29 0,69 1,69
107 0,588010 1.381 812,2 1,1 7 12 0,57 1,57
108 0,643870 569 366,4 1,0 3 4 0,46 1,46
109 0,705050 203 142,9 0,9 1 1 0,35 1,35
110 0,772040 60 46,2 0,8 0 0 0,25 1,25
111 0,845400 14 11,5 0,7 0 0 0,16 1,16
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113 1,000000 0 0 0,5 0 0 - 1,00

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