EM MARKETING
PROFESSORES
Me. Cândice Quincoses
Me. Gabriel Calvi
Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
ACESSE AQUI
Me. Wainer Cristiano Cancian O SEU LIVRO
NA VERSÃO
DIGITAL!
EXPEDIENTE
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino
de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
FICHA CATALOGRÁFICA
Coordenador(a) de Conteúdo
Victor Vinícius Biazon C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.
Projeto Gráfico e Capa Núcleo de Educação a Distância. QUINCOSES , Cândice; CALVI,
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho Gabriel; STRUETT, Mirian Aparecida Micarelli; CANCIAN, Wainer
Cristiano.
e Thayla Guimarães
Editoração Tópicos Contemporâneos em Marketing.
Cândice Quincoses, Gabriel Calvi, Mirian Aparecida Micarelli
Juliana Duenha
Struett, Wainer Cristiano Cancian.
Design Educacional
Rossana Costa Giani
Maringá - PR.: UniCesumar, 2021.
Revisão Textual 208 p.
Meyre A. P. Barbosa “Graduação - EaD”.
Ilustração 1. Marketing 2. Contemporâneo 3. Tópicos. EaD. I. Título.
André Azevedo
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 658.8
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Impresso por:
ISBN 978-65-5615-346-9
qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- são, que é promover a educação de qua-
versão integral das pessoas ao conhecimento. lidade nas diferentes áreas do conheci-
Reitor
Wilson de Matos Silva
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
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A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA
Prezado(a) estudante!
É com grande satisfação que apresentamos a você os conteúdos que serão abordados na
disciplina “Tópicos Contemporâneos em Marketing”. Este livro foi organizado pensando nas
diversas novidades e possibilidades de atuação dos profissionais de marketing; por isso, aqui,
reunimos vários temas importantes e necessários para sua formação, sem contar que são
novas oportunidades de utilizar suas competências nos ambientes profissionais. Conhece-
remos grandes temas aqui tratados.
Na quarta unidade, o professor Wainer tratará sobre o Marketing Esportivo. De forma inicial,
abordará os principais aspectos que permeiam e encantam os olhos dos apaixonados por
esporte. Na sequência, trará o contexto primordial e a base para qualquer ação de marketing,
o contexto de promoção na indústria do esporte. Em continuidade, abordará, ainda, o Mer-
chandising Esportivo de modo a compreender a importância de uma loja ou de um expositor
para o processo de Marketing Esportivo. Por fim, o professor abordará a administração de
Marketing Esportivo, inclusive, destacando algumas práticas desse.
A P R E S E N TA Ç Ã O DA DISCIPLINA
Esperamos que você aproveite, imensamente, os conteúdos que serão abordados neste livro
e que você possa, com os exemplos apresentados, agregar ainda mais valores ao seu notado
conhecimento.
Bons Estudos!
ÍCONES
pensando juntos
explorando ideias
quadro-resumo
conceituando
Sabe aquele termo ou aquela palavra que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-lo(a) melhor da maneira mais simples.
conecte-se
PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
10 UNIDADE 02
46
SUSTENTABILIDADE E MARKETING
RESPONSABILIDADE SUSTENTÁVEL
SOCIAL
UNIDADE 03
83 UNIDADE 04
121
MARKETING MARKETING
PESSOAL ESPORTIVO
E POLÍTICO
UNIDADE 05
155 FECHAMENTO
196
MARKETING DE CONCLUSÃO GERAL
EVENTOS
1
SUSTENTABILIDADE E
RESPONSABILIDADE
social
PROFESSORA
Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Aspectos Históricos do Desenvol-
vimento Sustentável • Agenda 2030 - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável • Sustentabilidade
e Responsabilidade Social Empresarial • Ética e Responsabilidade Social • Ética e Responsabilidade
Social em Marketing.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Conhecer quais são os principais aspectos e os eventos globais relacionados ao Desenvolvimento Sus-
tentável • Entender como alcançar os objetivos do Desenvolvimento Sustentável a partir de exemplos
de práticas organizacionais • Compreender o conceito de ética e sua relação com a responsabilidade
social • Compreender como o gestor de Marketing deve atuar na sociedade e nas empresas, de forma
ética e sustentável.
INTRODUÇÃO
HISTÓRICOS
do desenvolvimento
sustentável
conceituando
UNICESUMAR
a coevolução dos seres vivos no planeta, de forma harmoniosa. Desde as primei-
ras discussões sobre o tema, o discurso ambiental tem se apoiado na concepção
de Desenvolvimento Sustentável, buscando discutir políticas de desenvolvimento
que buscasse uma relação equilibrada entre a natureza e a sociedade humana.
No âmbito do Desenvolvimento Sustentável, deve-se levar em consideração
três dimensões essenciais relacionadas à Sociedade, à Economia e ao Meio am-
biente. A Figura 1, a seguir, representa, esquematicamente, a busca pelo Desenvol-
vimento Sustentável; considerando essas dimensões e como afirma Boff (2016, p.
45), “[...] o desenvolvimento deve ser economicamente viável, socialmente justo
e ambientalmente correto”.
Descrição da Imagem: A figura representa o tripé do desenvolvimento sustentável. São três círculos conec-
tados, demonstrando a inter relação entre Sociedade, Ambiente e Economia, onde a Sustentabilidade entre
eles ocorre quando a relação entre Ambiente e Sociedade é Suportável, entre Economia e Sociedade é viável
e entre Economia e Ambiente é justa.
SOCIEDADE
Suportável Viável
Sustentável
AMBIENTE ECONOMIA
Justo
relação homem-natureza.
■ Décadas de 40 e 50: criação da Organização das Nações Unidas (ONU)
tratando temas, como paz, direitos humanos e desenvolvimento equita-
tivo e proteção ambiental, no final do século XX. É marcada pela preo-
cupação ecológica na comunidade científica.
■ Década de 60: marca a preocupação ecológica relacionada aos atores no
sistema social. Há o surgimento de Organizações não governamentais,
como a World Wildlife Fund, hoje World Wild Fund for Nature (WWF).
Marcos importantes: livro “Silent Spring”, de Rachel Carlson (“Primavera
Silenciosa”), em 1962, sobre a preocupação com o DDT e agrotóxicos,
culminando na criação da Agência de Proteção Ambiental (EPA) e a
criação do clube de Roma (ONG), em 1968, pioneiro para a consciência
internacional dos graves problemas ambientais.
■ Década de 70: marcada por discussões internacionais e primeiros movi-
mentos ambientalistas (o mais conhecido movimento foi o “Dia da Ter-
ra”), aumento das estatais de regulamentação e controle ambientais (leis
e regulamentos — água, ar etc.) e criação de selos ecológicos, como o da
Holanda e Alemanha e os Estudos de Impactos Ambientais (EIA), criado
pela EPA. Criação do Greenpeace, Ong preocupada com o meio ambiente
e as estratégias de desenvolvimento. Divulgação do Relatório “The limits
to Grow” (“Os limites do Crescimento”), pelo Clube de Roma em 1972,
servindo de alerta à sociedade. A Conferência das Nações Unidas sobre
o Desenvolvimento Humano, em Estocolmo destaca os problemas da
pobreza e o crescimento populacional dos países em desenvolvimento,
surgindo, em seguida, o Programa das Nações Unidas para o Meio Am-
biente (PNUMA). É criado o fundo voluntário para o meio ambiente.
Nesta década, há uma forte discussão sobre Ecologia Profunda e a Eco-
logia predominante, determinada como Ecologia rasa (superficial).
■ Década de 80: nesta década, busca-se a formalização da regulamentação
do EIA-RIMA. Um dos marcos mais importantes ocorre com o relató-
rio “Nosso Futuro Comum” (OUR FUTURE COMMUN), da Comissão
Brundtland (1987), com o registro de sucessos e falhas do Desenvolvi-
mento mundial, apontando a degradação dos solos, as áreas desertifica-
das, a poluição, o desaparecimento de florestas, entre outros. Outro evento
importante foi a Convenção de Basiléia com acordo do movimento de
14
resíduos entre fronteiras, proibindo transferência para países que não
UNICESUMAR
possuíam capacidade técnica para tratá-los.
■ Década de 90: esta década é marcada por maior conscientização ambien-
tal, especificamente sobre mudanças climáticas e aquecimento global do
planeta e gestão ambiental. Em 1992, ocorre, no Brasil, a Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (CNUMAD), com a participação
de mais de 170 países. Conhecida também como Rio-92, Eco-92 ou Cú-
pula da Terra, conferência que alerta para a dimensão global dos perigos
que ameaçam a vida da Terra, intensificando o termo Desenvolvimento
Sustentável e a busca de qualidade para as pessoas e o planeta a partir da
aprovação de documentos, como: declaração sobre o meio ambiente e o
desenvolvimento e dos princípios sobre as florestas, convenção sobre mu-
danças climáticas e a Agenda 21 (agenda de trabalho para o século XXI).
De acordo com Barbieri (1997 apud CAMARGO, 2020), a partir desta
década, há uma sucessão de conferências: Direitos Humanos, em 1993,
em Viena; População e Desenvolvimento, em 1994, no Cairo; em 1995,
Desenvolvimento Social, em Copenhague, sobre a Mulher, em Pequim e
sobre Mudança Climática em Berlim; e em 1996, sobre Assentamentos
Humanos, em Istambul.
■ Em 2000: com a aprovação da Carta da Terra (baseada em valores e prin-
cípios fundamentais), assumida, somente, em 2002, pela Organização das
Nações Unidas (ONU), serviu como um código planetário para a susten-
tabilidade, equidade e justiça, promovendo a ética global em respeito à
Terra e à vida.
Descrição da Imagem: a figura representa uma linha do tempo com as palavras-chave da evolução histórica
do desenvolvimento sustentável. Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), destaque para a economia indus-
trializada; Século XX, o despertar da consciência ambiental; Décadas de 40 e 50, a criação da Organização das
Nações Unidas (ONU); Década de 60, o surgimento de Organizações não governamentais e a criação da Agência
de Proteção Ambiental (EPA) e a criação do clube de Roma (ONG); Década de 70 é marcada por discussões
internacionais e primeiros movimentos ambientalistas, criação de selos ecológicos, relatório “The Limits to
Grow” (Os limites do Crescimento), conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Humano, pro-
grama das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e discussão sobre Ecologia Profunda e a Ecologia
predominante; Década de 80 é a regulamentação do EIA-RIMA, 1987 com o relatório Nosso Futuro Comum
(OUR FUTURE COMMUN) da Comissão Brundtland e a convenção de Basiléia; Década de 90 é marcada por uma
maior conscientização ambiental, a conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (CNUMAD), o Rio-92,
Eco-92 ou Cúpula da Terra, intensificando o termo Desenvolvimento Sustentável e a busca de qualidade para
as pessoas e o planeta, a aprovação de documentos, como: declaração sobre o meio ambiente e o desenvol-
vimento e dos princípios sobre as florestas, convenção sobre mudanças climáticas e a Agenda 21 e a sucessão 15
de conferências e, em 2000, a aprovação da Carta da Terra como um código planetário para a sustentabilidade.
UNIDADE 1
16
UNICESUMAR
explorando Ideias
conecte-se
Este artigo traz uma análise do pensamento ecológico, com ênfase no Pre-
servacionismo e no Conservacionismo Ambiental, surgidos ainda no século
XIX e no Movimento Ambientalista mais contemporâneo.
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/as-escolas-do-
-pensamento-ecologico/
17
2
AGENDA 2030:
UNIDADE 1
OBJETIVOS DO
desenvolvimento sustentável
18
Descrição da Imagem: a imagem apresenta os “17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável Global”, nela
UNICESUMAR
existem 18 quadrados coloridos, dispostos em três fileiras, contendo seis quadrados em cada uma delas. Cada
um dos quadrados representa um objetivo, exceto o último, em que está o título da imagem. Iniciando da
esquerda para a direita, na primeira fileira, o quadrado que está posicionado na parte superior esquerda da
imagem, dentro dele está escrito o primeiro objetivo “Erradicação da pobreza”, abaixo, na cor branca, existe
a figura de dois adultos e uma criança ao meio. Logo em seguida, está o quadrado que representa o segundo
objetivo, “Fome zero”, e, abaixo, na cor branca, está a figura de uma vasilha com fumaça subindo. Ao seu lado,
há um quadrado e dentro dele está escrito o terceiro objetivo, “Saúde e bem-estar”. Abaixo, na cor branca,
está a figura de um coração e o gráfico de pulsação. Seguindo a fileira, logo em seguida, está o quadrado que
representa o quarto objetivo e está escrito “Educação de qualidade”, nele tem a figura de um livro aberto e um
lápis ao lado. Depois está um quadrado e dentro dele está escrito o quinto objetivo, “Igualdade de gênero”,
abaixo está o símbolo do gênero feminino e do gênero masculino intercalados. Ao lado está o quadrado do
sexto objetivo e dentro dele está escrito o quinto objetivo, “Água potável e saneamento”. Abaixo está a figura
de um copo com água, tendo, no fundo dele, uma seta. Na segunda fileira, posicionada ao meio, iniciando
da esquerda para a direita, há o quadrado do sétimo objetivo, e dentro dele está escrito “Energia limpa e
acessível”, com a figura de um sol abaixo. Logo ao lado, está o quadrado do oitavo objetivo e nele está escrito
“Trabalho decente e crescimento econômico”, abaixo está o desenho de um gráfico em barras com uma seta
crescente acima dele. Ao lado está um quadrado do nono objetivo, dentro dele está escrito “Indústria, inovação
e infraestrutura”, está logo abaixo a figura de três cubos empilhados. Em seguida, está posicionado o quadrado
do décimo objetivo, dentro dele está escrito “Redução das desigualdades”, logo abaixo está uma figura de um
quadrado com dois traços dentro. Depois o quadrado, como décimo primeiro objetivo está escrito “Cidades e
comunidades sustentáveis”, a figura que está abaixo representa uma sequência de prédios. O último quadro
com o décimo segundo objetivo está disposto nesta segunda fileira onde está escrito “Consumo e produção
responsáveis”, abaixo está a figura de uma seta em formato de oito deitado. Na terceira e última fileira de
quadrados, iniciando da esquerda para a direita, está um quadrado do décimo terceiro objetivo e dentro dele
está escrito “Ação contra a mudança global do clima”, logo abaixo está a figura de um olho com a íris em for-
mato de globo. Em seguida, ao lado, está um quadrado do décimo quarto objetivo e dentro está escrito “Vida
na água”, abaixo está a figura de um peixe. Logo em seguida, está um quadrado do décimo quinto objetivo
em que está escrito “Vida terrestre”, abaixo está a imagem de uma árvore e três pássaros voando ao lado.
Logo depois, há o quadrado do décimo sexto objetivo, onde dentro dele está escrito “Paz, justiça e instituições
eficazes”, abaixo está a figura de um pássaro com um ramo em seu bico. Na sequência, há o quadrado do
décimo sétimo objetivo e está escrito dentro dele “Parcerias e meios de implementação”, abaixo está a imagem
de cinco círculos unidos formando uma flor. Em seguida, no último quadrado desta terceira fileira, em que
está o título da imagem, dentro dele está escrito “Objetivos do desenvolvimento sustentável”.
Objetivos do
Desenvolvimento
Sustentável
existem oito quadrados coloridos, dispostos em duas fileiras, contendo quatro quadrados em cada uma delas.
Cada um dos quadrados representa um objetivo. Iniciando da esquerda para a direita, na primeira fileira, há o
quadrado que está posicionado na parte superior esquerda da imagem, dentro dele está escrito o primeiro obje-
tivo “Acabar com a fome e a miséria”, abaixo, na cor branca, existe a figura de uma vasilha com fumaça subindo.
explorando Ideias
“
Acordada pelos 193 Estados-membros da ONU, a agenda propos-
ta, intitulada “Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para
o Desenvolvimento Sustentável”, consiste de uma Declaração, 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e 169 metas, uma seção
sobre meios de implementação e uma renovada parceria mun-
20
dial, além de um mecanismo para avaliação e acompanhamento
UNICESUMAR
(ONUBR, [2020], on-line)2.
Assim, todos são chamados a incluírem, em sua gestão, suas estratégias e suas
ações que colaborarem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. A As-
sembleia Geral da ONU debateu e conduziu à sua adoção pelos chefes de Estado
e de Governo, abordando cinco áreas de importância crucial para a humanidade
e para o planeta, conforme demonstramos na Figura 5, a seguir:
Descrição da Imagem: a imagem é composta por cinco círculos que representam os cinco Ps dos Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, quais sejam: (1) Pessoas, representado pelos ODS um,
dois, três, quatro e cinco; (2) Prosperidade, representado pelos ODS sete, oito, nove, dez e onze; (3) Planeta,
representado pelos ODS seis, doze, treze, catorze e quinze; (4) Paz, representado pelo ODS dezesseis; e (5)
Parceria, representado pelo ODS dezessete.
Pessoas
“Estamos determinados
a acabar com a pobreza e a
fome, em todas as suas formas e
dimensões, e garantir que todos os
seres humanos possam realizar o
seu potencial em condições de
dignidade e igualdade, num
ambiente saudável”.
Planeta
Saúde e Educação de Igualdade
Prosperidade
Erradicação Qualidade de Gênero
da Pobreza Fome Zero Bem Estar
presentes e futuras”.
DESENVOLVIMENTO Água Potável
e Saneamento
Consumo e
Produção
Responsáveis
Ação Contra
a Mudança
Global do Clima Vida na Água
Vida
Terrestre
SUSTENTÁVEL
Consumo e
Produção
Responsáveis
Parceria
Paz “Estamos determinados
“Estamos determinados a a mobilizar os meios necessários
promover sociedades pacíficas, para executar esta Agenda através
justas e inclusivas que estão livres de uma Parceria Global para o
do medo e da violência. Desenvolvimento Sustentável
Não pode haver desenvolvimento revitalizada, com base num espírito
de solidariedade global reforçada,
sustentável sem paz e não há concentrada em especial nas
paz sem desenvolvimento necessidades dos mais pobres e mais
sustentável”. vulneráveis e com a participação de
Paz, Justiça e
Instituições
todos os países, todas as partes
interessadas e todas as pessoas”.
Eficazes
Parcerias e
Meios de
Implementação
21
UNIDADE 1
explorando Ideias
Os objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) são, ao todo, 17, compostos por 169
metas, que, em síntese, retratam os temas: 1. Pobreza, 2. Fome e Agricultura Sustentável,
3. Vida saudável e o Bem-Estar, 4. Educação inclusiva e oportunidades, 5. Igualdade de
gênero e empoderamento, 6. Gestão sustentável da água e saneamento, 7. Acesso à Ener-
gia, 8. Crescimento Sustentável, Emprego e Trabalho, 9. Infraestrutura, Industrialização e
Inovação, 10. Reduzir a Desigualdade, 11. Cidades Sustentáveis, 12. Produção e Consumo
Sustentáveis, 13. Medidas Urgentes Clima, 14. Oceanos e mares, 15. Ecossistemas, Flores-
tas, Desertificação, e Biodiversidade, 16. Sociedades, e 17. A Parceria Global.
Fonte: adaptado de ONUBR ([2020], on-line)2.
UNICESUMAR
caminhemos juntos para uma sociedade mais sustentável.
conecte-se
pensando juntos
Agora, pense: como eu, enquanto profissional de Marketing, posso e devo contribuir para
alcançar estes objetivos?
“
É preciso que se enfatizem a importância e a necessidade de to-
dos os indivíduos, como atores sociais, possuírem uma macrovisão
dos problemas socioambientais da sociedade global em que estão
inseridos, a fim de poderem, dentro de suas realidades e funções,
desenvolver e implementar ações mais conscientes e direcionadas
à solução de problemas socioambientais - e assim contribuir para a
consolidação de um futuro mais promissor.
23
3
SUSTENTABILIDADE E
UNIDADE 1
RESPONSABILIDADE
social empresarial
conceituando
UNICESUMAR
lidade pode ser dimensionada em:
“
Sustentabilidade ecológica, que se refere à base física do processo
de crescimento e tem como objetivo a manutenção de estoques dos
recursos naturais, incorporados às atividades produtivas.
conceituando
Podemos definir Responsabilidade Social como um conjunto de ideias e práticas que fa-
zem parte da estratégia de uma organização cujo benefício é gerar benefícios para todas
as partes interessadas, a qual chamamos de stakeholders (organizações não governa-
mentais, governos, clientes e acionistas, dentre outros) evitando prejuízos.
Fonte: adaptado de Perseguini (2015).
De acordo com o modelo Piramidal proposto por Carroll (1979 apud OLIVEI-
RA; SANTANA, 2016), existem quatro tipos de Responsabilidade Social: Eco-
nômico, Legal, Ético e Discricionário. A Figura 6, a seguir, apresenta o modelo
piramidal dos tipos de responsabilidade social demonstrando o que é esperado
que a organização faça para atender às expectativas da sociedade.
Descrição da Imagem: a figura representa uma Pirâmide com quatro retângulos representando a responsa-
bilidade econômica, legal, ética e discricionária. A base dessa pirâmide é representada pela Responsabilidade
Econômica, em seguida pela Responsabilidade Legal e pela Responsabilidade Ética, e, por fim, no topo da
pirâmide, temos a Responsabilidade Discricionária.
Responsabilidade
Discricionária
Responsabilidade
Ética
Responsabilidade Legal
Responsabilidade Econômica
UNICESUMAR
sentes na sociedade. Na opinião de Friedman (2014 apud OLIVEIRA;
SANTANA, 2016), de acordo com essa abordagem, o ganho econômico
é a principal Responsabilidade Social.
II - Já na abordagem da Responsabilidade Legal é preciso levar em conta
o comportamento das organizações quanto ao cumprimento das leis.
III - Quase no final da pirâmide, a Responsabilidade Ética está relacionada
às regras e aos preceitos morais da empresa.
IV - Por fim, no topo da pirâmide, temos a Responsabilidade Discricio-
nária, também conhecida como Responsabilidade Filantrópica, cuja
responsabilidade é voluntária e relacionada ao desejo da empresa em
contribuir socialmente.
quadro-resumo
27
todas as partes interessadas (stakeholders), evitando, assim, prejuízos tanto para a socie-
UNIDADE 1
dade como para o planeta. Portanto, é preciso atuar de forma Sustentável, o que implica
realizar ações que se traduzam em sustentabilidade em que o desenvolvimento deve ser,
economicamente, viável, socialmente, justo e, ambientalmente, correto.
4
ÉTICA E
RESPONSABILIDADE
social
28
Portanto, conforme aponta Alencastro (2016, p. 34), “devem existir regras, leis
UNICESUMAR
e normas que regulam o relacionamento humano e sirvam de orientação quanto
ao que é certo ou errado, justo ou injusto, lícito ou ilícito, permitido ou proibido”.
É importante frisar que a ética depende da cultura, ou seja, é influenciada pelos
valores essenciais da cultura a que pertencemos.
conceituando
A ética é, portanto, teoria. Seja como “ciência do comportamento” ou como “reflexão fi-
losófica da moral”, ela tem como objeto de estudo determinado tipo de costumes cujas
normas são interiorizadas por socialização e, coletivamente, aceitas em sociedade.
Fonte: adaptado de Alencastro (2016).
explorando Ideias
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associa-
da ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano
em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabele-
cidas por cada sociedade.
Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra ‘ética’ vem do Grego ‘ethos’
que significa ‘modo de ser’ ou ‘caráter’. Já a palavra ‘moral’ tem origem no termo latino
‘morales’ que significa ‘relativo aos costumes’.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento hu-
mano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e
teórica. É uma reflexão sobre a moral.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada
cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julga-
mentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
Fonte: Significados (2020, on-line)3.
29
lores”. Mas como isso ocorre? De acordo com Heemann (2001 apud ALENCAS-
UNIDADE 1
“
a) os valores sociais fornecem o padrão de certo/errado; b) a pessoa
incorpora emocionalmente (por meio da educação) esses valores;
c) em outras palavras, registram no cérebro as referências de certo/
errado que agora passam a orientar as suas atitudes; d) incorpora-
ção, sob a interpretação da razão, assume a forma de “decisão ética”.
Descrição da Imagem: a imagem apresenta duas direções a serem seguidas pelo tomador de decisões, con-
tendo três perguntas a serem respondidas com “sim” ou “não” para cada uma delas: se respondidas a primeira,
a segunda e a terceira perguntas com “sim”, a direção a ser seguida é “vá em frente”, ou seja, é positiva em
relação às perguntas sobre ética e conduz o tomador de decisão a seguir adiante; caso as três perguntas sejam
respondidas com “não”, a direção é “descartar a ética”, ou seja, é negativa em relação às perguntas sobre ética
e conduz o tomador de decisão a descartar a decisão, por ser considerada não ética.
SIM
VÁ EM FRENTE
É legal? SIM SIM Como me sinto
a respeito?
Tenho certeza de É imparcial? Posso me orgulhar
que não estarei É justa com todos da decisão?
violando a lei civil os interessados a Eu me sentiria bem
longo e curto se ela fosse publicada
ou a política da no jornal ou se
empresa? prazo? minha família
soubesse?
Figura 7 - Perguntas do teste de ética / Fonte: adaptada de Blanchard e Peale (1996 apud
ALENCASTRO, 2016, p. 54).
O tema Ética Empresarial passou também a ser mais debatido, devido à des-
confiança da sociedade nos produtos ofertados pelas empresas, gerando, assim,
mais reflexão quanto ao comportamento organizacional, relacionado também
às condutas profissionais de seus colaboradores. Por muitos anos, era inconce-
bível pensar que ética e negócios eram compatíveis. Havia muita desconfiança
no mundo negócios traduzida em concorrência desleal e práticas empresariais
pautadas em condutas não éticas.
30
As empresas passaram a dar mais importância à ética, principalmente, por
UNICESUMAR
conta de uma série de escândalos que começaram a ocorrer em virtude da falta
de ética em suas atividades empresariais. Desde a década de 60, concomitante-
mente, com a busca pelo Desenvolvimento Sustentável e Sustentabilidade, a ética
nas organizações é tema bastante discutido na sociedade. De acordo com Matos
(2011), a década de 90 exibiu muitos escândalos empresariais de grande reper-
cussão, consistentes com manipulações de balanços para forjar lucros e justificar
retiradas indébitas. Os empresários refletiam ao mesmo tempo uma euforia pelo
sucesso financeiro a qualquer preço em detrimento dos valores éticos.
Para Silva (2008, p. 59), na década de 90, as demandas éticas cresceram prin-
cipalmente porque acionistas começaram a se preocupar com decisões dos ges-
tores e com todas as atividades organizacionais que deveriam “ser regidas por
princípios éticos que indicam se o tipo de comportamento praticado é ético ou
não”. Para Alencastro (2016, p. 65): “Hoje, falar de ética, valores, integridade e
responsabilidade é uma ideia cada vez mais aceita pela comunidade empresarial”.
Neste sentido, a ética deve estar presente em todos os níveis do negócio, refletindo
costumes e moral estabelecidos, sendo considerada um dos maiores desafios dos
gestores na condução das atividades, principalmente quando o objetivo é alcançar
níveis elevados de desempenho econômico (SILVA, 2008).
Como se percebe, o conceito de responsabilidade mostra-nos que, além da
ética e das virtudes, a responsabilidade no âmbito organizacional está relacionada
à ação compatível com a sua permanência no mercado. Assim, a ética nos negó-
cios, também chamada de Ética Empresarial, é “[...] o comportamento da empresa
entendida como lucrativa quando age de conformidade com os princípios morais
e as regras do bem proceder aceitas pela coletividade (regras éticas)” (MOREIRA,
1999 apud ALENCASTRO, 2016, p. 64).
Nesse sentido, uma organização que busca realizar suas atividades de forma
ética e socialmente sustentável está, na verdade, reforçando seu relacionamento
com seus colaboradores e com a sociedade. Esse relacionamento se traduz em
confiança, melhora a reputação da organização, fazendo com que a empresa tenha
mais chances de negócios a longo prazo.
Portanto, como pontuam as autoras Chatalov e Matos (2019, p. 136-137),
entre as transformações sociais que requerem adaptação às questões éticas, é
preciso ter políticas para :
31
■ Quando utilizar computadores para um colaborador realizar atividades pes-
UNIDADE 1
Como percebemos, a busca pela Ética Empresarial tem a ver também com a busca
pelo êxito sustentável, ou seja, empresas preocupadas com sua sobrevivência em longo
prazo, esforçando-se para conciliar seus interesses com os da sociedade, tornando sua
postura mais condizente com as expectativas da sociedade (ALENCASTRO, 2016).
Para isso, existe a necessidade de se adotar um código de ética empresarial, principal-
mente porque as pessoas têm perspectivas e entendimentos diferentes sobre a vida,
o que, consequentemente, implicará padronizar e formalizar esses entendimentos
em diversos relacionamentos e operações existentes dentro e fora das organizações.
Nesse sentido, o código de ética, conforme aponta Moreira (1999 apud
ALENCASTRO, 2016),“evita que os julgamentos subjetivos, deturpem, impeçam
e restrinjam a aplicação plena dos princípios”. O Código de ética nada mais é do
que uma declaração formal das expectativas da empresa e da conduta de seus
integrantes, demonstrando como devem ser as relações dos empregados entre si
e com os demais públicos da empresa e os stakeholders. Desta forma, é bastante
conveniente criar um código de ética, pois, quanto maior o número de pessoas
que atuam nas atividades da organização com comportamento ético, melhor será
o desempenho ético organizacional (MATOS, 2011).
Isso implica dizer que empresas que atuam com ética estão praticando a res-
ponsabilidade social empresarial, já que há uma troca no relacionamento entre
32
elas, ou seja, o cliente cidadão busca consumir produtos/serviços de empresas
UNICESUMAR
que atuam com responsabilidade social e ambiental, que tenham uma atuação
positiva na comunidade em que está inserida e que cumpram todos os compro-
missos éticos, agindo de forma ética com todos os seus stakeholders.
Em seguida, compreenderemos um pouco mais sobre a aplicação da Ética e
da Responsabilidade Social na sua área, assim, você compreenderá que tipo de
profissional de marketing a sociedade e as empresas estão almejando no dia a dia.
5
ÉTICA E
RESPONSABILIDADE
social em marketing
33
UNIDADE 1
explorando Ideias
Ética profissional é uma junção de normas morais que um indivíduo deve seguir para
manter um comportamento profissional adequado. Para alguns estudiosos, a ética pro-
fissional é um conjunto de normas de conduta que devem ser praticadas no exercício
de toda e qualquer profissão. Por isso essa é uma ação que age no cumprimento das
profissões, o que também pode ser positivo para a empresa, já que os profissionais pas-
sam a se respeitar ainda mais enquanto realizam seus trabalhos. Ressaltamos que a ética
profissional também se refere ao caráter normativo e jurídico que regulamenta uma pro-
fissão baseando-se em estatutos e códigos específicos, como, por exemplo, os códigos de
ética médica, do advogado, do biólogo, do psicólogo, do químico e tantos outros. Nesse
sentido, fica claro que toda e qualquer ação interfere na ética do profissional, direta ou
indiretamente, causando assim um dilema ético profissional, que o não seguimento dos
mesmos ocasiona situações em que esses profissionais são considerados como sendo
sem ética e com falta de conduta.
Fonte: adaptado de Equipe IBC (2019, on-line)4.
Para Silva (2008), frequentemente, passamos por dilemas éticos. Esses dilemas
estão relacionados à honestidade praticada na publicidade e propaganda e na
comunicação junto aos stakeholders, por exemplo, quando existe conflito em
aceitar presentes especiais, entretenimentos e comissões.
Das ferramentas usadas pelo marketing, as que mais se evidenciam na falta
de conduta ética nas suas aplicações são: a propaganda, a promoção de vendas, a
venda pessoal e a logística empresarial. Entretanto não devemos tratá-las como
“prática não ética”, de forma estanque, em separado (de cada instrumento), pois,
como o marketing caracteriza-se pela ação do conjunto, não existe parte “não
ética”, uma parte compromete o todo, a filosofia. Se uma parte não pratica, não
existe ética no marketing adaptado de (ARANTES, 2005, p. 999).
pensando juntos
No dia a dia, os profissionais de Marketing enfrentam pressões e, muitas vezes, junto com
seus subordinados, praticam atividades não éticas, como aceitar propinas, praticar men-
tiras e falsificações em documentos, ou seja, são, constantemente, desafiados a escolher
cursos de ação éticos, em situações de pressão que podem ser contraditórias.
34
Importante frisar, conforme apontam Arruda, Whitaker e Ramos (2003, p. 66),
UNICESUMAR
que “os códigos de ética não têm a pretensão de solucionar os dilemas éticos da
organização, mas fornecer critérios ou diretrizes para que as pessoas encontrem
formas éticas de se conduzir”. A ação humana apresenta em si uma vertente téc-
nica, ou seja, a que a orienta para os resultados e busca a eficácia nas atividades,
e outra, a ética, que atribui valor a essa ação no cotidiano.
explorando Ideias
conecte-se
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Prezado(a) estudante, nesta unidade, você compreendeu a relação entre os con-
ceitos e os aspectos do Desenvolvimento Sustentável, Sustentabilidade, Responsa-
bilidade Social e Ética Profissional e Empresarial. Esses temas foram conceituados
e debatidos demonstrando a relação recíproca entre eles e como eles se tornaram
imprescindíveis na sua atuação enquanto profissional de Marketing. Para que
isso pudesse ocorrer, abordamos, primeiramente, os principais aspectos e eventos
globais que ensejaram a busca pelo Desenvolvimento Sustentável, em que você
tomou conhecimento dos objetivos do Milênio e do Desenvolvimento Susten-
tável (ODS), ou seja, dos objetivos a serem atendidos dentro da Agenda 2030.
Neste ínterim, a partir dos exemplos de práticas organizacionais, foi possível
compreender como você, enquanto profissional de Marketing, corroborará em
sua atuação no mercado e na sociedade para que esses Objetivos do Desenvol-
vimento Sustentável possam ser atingidos em sua plenitude.
Quanto ao tema Sustentabilidade, contemplamos as suas dimensões ecoló-
gica, ambiental, social, política e econômica bem como compreendemos que seu
conceito é estratégico e deve, junto com a responsabilidade social empresarial,
gerar benefícios para todas as partes interessadas, as quais chamamos de stakehol-
ders. Além disso, compreendemos, também, que a ética profissional e empresarial
prevalece na sociedade, pois os códigos de conduta e comportamento profissional
e empresarial servem para regular e equilibrar a vida em sociedade, pois nossas
ações e nossas decisões podem afetar a vida de outras pessoas.
Como conseguimos evidenciar nesta unidade, prezado(a) estudante, a busca
pela Ética Profissional e Empresarial tem a ver também com a busca pelo êxito
sustentável, ou seja, os gestores profissionais em marketing e as empresas estão,
cada vez mais, empenhados na manutenção da sobrevivência a longo prazo, ou
seja, da Sustentabilidade Profissional e Empresarial.
37
na prática
I - Socialmente, correto.
II - Ambientalmente, justo.
III - Socialmente, equitativo.
IV - Economicamente, viável.
38
na prática
IV - Os acionistas têm como alvo prioritário o lucro, por isso, seu comportamento
nas atividades organizacionais é considerado não ético.
a) Apenas em I.
b) Apenas em I e II.
c) Apenas em I, II e III.
d) Apenas em II e IV.
e) Apenas em I, II e IV.
3. De acordo com o conceito descrito por Sachs (1993 apud CHATALOV; MATOS, 2019),
a sustentabilidade pode ser dimensionada em: sustentabilidade ecológica, susten-
tabilidade ambiental, sustentabilidade social, sustentabilidade política e sustentabi-
lidade econômica.
A esse respeito, leia as afirmações a seguir, assinalando (F) para a afirmação falsa e
(V) para a afirmação verdadeira.
39
na prática
a) V, V, V, V, V.
b) V, V, F, F, F.
c) F, F, V, V, F.
d) V, F, V, F, V.
e) F, V, V, F, F.
4. “A responsabilidade social das empresas (RSE) [...] explora um novo papel para as
organizações direcionado ao alcance dos interesses individuais e coletivos dos que
fazem parte do negócio e às suas contribuições para a construção de um contexto
mais equitativo e equilibrado para as sociedades. A RSE deve trabalhar consideran-
do as características e necessidades de seus stakeholders. Desse modo, no atual
mercado, as empresas têm de atuar a partir das percepções dos que fazem parte
dela e ajudam a manter sua competitividade” (MACÊDO; GADELHA; CÂNDIDO, 2014).
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.
40
na prática
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, III e IV, apenas.
41
aprimore-se
Quando a empresa opta por uma gestão consciente de material de produção, está
desenvolvendo não só uma ação sustentável, mas também um plano de redução
de gastos que pode significar um aditivo no orçamento total. O uso consciente de
materiais e insumos gera uma redução de sobras, o que, dentro do ambiente corpo-
rativo, é de grande importância. Para integrar tal ação, os responsáveis pela área de-
vem investir em treinamento de mão de obra, com a qualificação dos funcionários
das áreas atingidas e em tecnologia, que pode apresentar novas metodologias de
utilização e controle. Essa ação colabora com a sustentabilidade ambiental e ajuda
o empreendedor.
Em alguns casos, a sobra de material é inevitável, mas isso não deve significar um
descarte irresponsável. A separação correta dos excessos e a condução adequada
dos mesmos contribui para o desenvolvimento sustentável da empresa. Pontos de
coleta e avaliação de itens que podem ser reutilizados ou reciclados devem estar no
contexto das ações internas. Neste caso, os funcionários devem ser orientados para
realizar a separação in locu. A reciclagem pode abranger desde copos descartáveis
até materiais industriais e de escritório. Os copos plásticos também podem ser eli-
minados através da distribuição de canecas ou copos individuais. A empresa pode
utilizar também de coletores locais de reciclagem, dentro da própria comunidade
inserida, o que faz com que cumpra de modo saudável seu papel social. Os itens que
não forem recicláveis poderão ser direcionados para um sistema de compostagem,
que poderá fomentar com insumos de base orgânica uma horta ou jardim da pró-
pria empresa. Isso é ser sustentável e colaborar com boas práticas.
42
aprimore-se
43
aprimore-se
44
eu recomendo!
livro
filme
Ciclo da Sustentabilidade
Ano: 2016
Sinopse: novas ideias e práticas simples e eficazes sobre susten-
tabilidade estão presentes em diversas iniciativas que observam
as questões socioambientais de suas comunidades e agem para
solucionar os problemas que impactam seu cotidiano e a vida do
Planeta. No entanto muitas práticas que poderiam ser replica-
das não são compartilhadas. O filme “Ciclo da Sustentabilidade”
nasce para contar a trajetória dessas iniciativas e levar suas ideias para todos os
cantos do nosso país, ajudando a disseminar a urgência das questões socioam-
bientais e a importância de uma nova consciência que se transforme em mudan-
ça de atitude de cada um de nós.
conecte-se
45
2
MARKETING
SUSTENTÁVEL
PROFESSORA
Me. Mirian Aparecida Micarelli Struett
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Mix Ecológico de Marketing • Ges-
tão Estratégica Sustentável (GES) • Rotulagem Ambiental • Sistema Integrado de Gestão Sustentável
• Gestão Sustentável em Marketing.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Descrever os passos do Marketing Ecológico • Apresentar como realizar a Gestão de Sustentabilidade de
forma Estratégica, integrando os aspectos sociais, ambientais e econômicos • Descrever os tipos de Ro-
tulagem e apresentar exemplos de selos nacionais e internacionais • Apresentar os sistemas integrados
de Gestão da Qualidade, Ambiental e da Saúde e Segurança Ocupacional • Compreender como realizar
a Gestão em Marketing de forma Sustentável, distinguindo Marketing Social e Marketing de Causas.
INTRODUÇÃO
ECOLÓGICO
de marketing
48
UNICESUMAR
conecte-se
Por isso, é condição sine qua non, por exemplo, a utilização de selos e certificações
para demonstrar as ações nesta área. A gestão de Marketing deve estar atrelada
à Gestão Ambiental para que, efetivamente, reduzam-se os impactos ambientais
presentes no processo produtivo. Por isso, o Marketing Ecológico focará em
produtos que, de fato, beneficiem o meio ambiente, em como se utilizar diversas
estratégias para demonstrar que a organização atue de forma sustentável, vincu-
lando sua imagem ao produto e serviço ofertado no mercado. Conforme salienta
Leite (2017, p. 21), a Rotulagem Ambiental é:
“
[...] um importante mecanismo de implementação de políticas
ambientais dirigido aos consumidores, auxiliando-os na escolha
de produtos menos agressivos ao meio ambiente. É também um
instrumento de marketing para as organizações que investem nesta
área e querem oferecer produtos diferenciados no mercado.
Descrição da Imagem: a figura apresenta os 4 Ps do Marketing, que também podem ser chamados de Mix
ou Composto de Marketing; eles representam os quatro pilares básicos da estratégia de Marketing e são
representados por: produto, preço, praça e promoção. O equilíbrio entre esses Ps possibilita o sucesso da
marca da organização.
49
UNIDADE 2
Figura 1 - 4 Ps de Marketing
UNICESUMAR
oculta o risco ao consumidor de algum tipo de substância perigosa. A essa publi-
cidade enganosa chamamos greenwashing, lavagem verde ou maquiagem verde.
Barbosa e Lopes (2018, p. 18) definem este conceito como:
“
O Green Washing: em inglês green, verde - a cor do movimento
ambientalista - e Washing, o ato de lavar ou encobrir. Em portu-
guês, lavagem verde indica a injustificada apropriação de benefícios
ambientais por organizações ou pessoas. A partir da “maquiagem”
de produtos e serviços para apresentar características ecoeficientes,
ambientalmente corretas, provenientes de processos sustentáveis,
etc., ações de marketing criam uma imagem positiva falsa para or-
ganizações e pessoas.
conecte-se
Produtos que demonstram algum tipo de apelo ambiental, mas que, de fato,
são considerados formas de greenwashing, podem impactar, negativamente,
na imagem organizacional.
https://www.abntonline.com.br/sustentabilidade/Rotulo/7pecados
ESTRATÉGICA
sustentável (GES)
As empresas existem e servem para gerar valor aos seus stakeholders, portanto,
devem realizar a Gestão de Sustentabilidade de forma Estratégica, integrando os
aspectos sociais, ambientais e econômicos. Afinal, esse valor será, diretamente,
influenciado pelos impactos positivos e negativos que essa organização gera a
partir de suas atividades, produtos e serviços, considerando os aspectos social,
ambiental e econômico.
Voltamos, aqui, novamente ao Conceito da Sustentabilidade, pois, como já
vimos na Unidade 1 de nosso livro didático, é preciso aplicar não somente o
conceito, mas as ações que possam sustentar que os profissionais de marketing e
a organização são realmente sustentáveis.
A organização e seus colaboradores devem atuar, estrategicamente, para evitar
sua queda, aumentar sua sobrevivência, manter seu equilíbrio, protegendo-se das
incertezas e se fortalecendo frente às situações que possam contribuir para sua
não perenização, aplicar o conceito dos pilares do Triple Botton Line, na dimen-
são econômico-socioambiental.
A Sustentabilidade Global é tratada entre os países signatários por meio de
estratégias globais, como: o Protocolo de Quioto, elaborado desde 1997, que vem,
ao longo dos anos, com a Cooperação entre as Partes (COP) da Convenção das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em conjunto com o lançamento dos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, em 2015, e um conjunto de indicadores.
52
De acordo com os autores Barbosa e Lopes (2018), algumas metas e negocia-
UNICESUMAR
ções técnicas para regulamentações e concretizações de princípios dessas metas,
no âmbito nacional e internacional, foram apresentadas aos países, na COP21,
em 2015, e COP22, em 2016, dentre elas, destacamos:
■ Cortar emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até
2030.
■ Restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas.
■ Zerar o desmatamento ilegal da Amazônia, entre outros.
Apesar de estas metas e estes princípios já destacados, muitos países ainda traba-
lham de forma isolada, entretanto a Organização das Nações Unidas, a ONU, tem
procurado reunir países para trabalhar para a paz e o desenvolvimento mundial,
de forma articulada, junto aos governos e demais entidades. De acordo com Bar-
bosa e Lopes (2018, p. 20), “o Principles of responsible Investment (PRI), trabalha
em conjunto com sua rede internacional de signatários para colocar em prática
o investimento responsável, com mais de 1.400 signatários”.
Esses princípios existem desde 2006 e se traduzem em práticas globais de
investimento sustentável, influenciando investidores a direcionar seus negócios
a partir de investimentos sustentáveis, ou seja, em organizações que tenham in-
corporado, em suas atividades e estratégias organizacionais, os critérios sociais,
ambientais e de governança sustentável.
explorando Ideias
Os PRI’s são voluntários e fornecem uma variedade de ações possíveis para incorporar as
questões de governança corporativa à tendência atual de tomada de decisões em inves-
timentos e práticas de detenção de ativos. O programa (disponível no site https://www.
unpri.org/pri/an-introduction-to-responsible-investment/what-are-the-principles-for-res-
ponsible-investment) consiste em seis princípios básicos que valorizam os aspectos social,
ambiental e de governança corporativa. São eles:
Incorporar as questões ambientais, sociais e de governança corporativa (Environmental,
Social and Corporate Governance, ESG) nas análises de investimento e nos processos de
tomada de decisão; Incentivar a adoção dos temas de ESG nas políticas e práticas de
detenção de ativos; Buscar a transparência adequada nas empresas em que investimos
(investidores institucionais) quanto às questões de ESG; Promover a aceitação e imple-
mentação dos princípios no conjunto de investidores institucionais; Estimular o trabalho
conjunto para reforçar a eficiência na implementação dos princípios; Divulgar as ativida-
des e progressos em relação à implementação dos princípios.
Fonte: Han (2019, on-line)6. 53
Ainda de acordo com os autores Barbosa e Lopes (2018), as Instituições financei-
UNIDADE 2
Direcionadores de Sus-
Características principais
tentabilidade
54
Direcionadores de Sus-
UNICESUMAR
Características principais
tentabilidade
3
ROTULAGEM
AMBIENTAL
UNICESUMAR
empresas necessitam utilizar estratégias, como o marketing ambiental, no intuito
de reduzir os impactos sobre o meio ambiente e atender à preocupação ambiental
global (STRUETT; POLASTRI, 2020).
Outra questão importante, em conformidade com os autores Moraes e Pugliesi
(2014, p. 247), é que rotulagem serve também como “estímulo à inovação ambiental-
mente sustentável na indústria e no desenvolvimento da consciência ambiental dos
consumidores”. Neste sentido, a organização/empresa busca garantir o desempenho
ambiental, por meio da demonstração da qualidade ambiental (uso de selo verde,
selo/rótulo ecológico etc.). Assim, o consumidor é encorajado a consumir produtos
que apresentem características menos agressivas ao meio ambiente.
conceituando
Para atender aos padrões requeridos, temos a série de Normas da ISO 14000 cuja
norma compreende a avaliação da organização e a avaliação do produto, por-
tanto, divide-se em dois grupos de normas em função do seu objetivo, conforme
apresentado na Figura 2, a seguir.
Figura 2 - Série ISO 14000 / Fonte: adaptada de ABNT (2002; 2004; 2015; 2017 apud STRUETT;
POLASTRI, 2020, p. 82).
58
Ano e País Descrição do selo
UNICESUMAR
Em 1989, no Norte da Europa, ou
Criaram O Cisne (do inglês, The
seja, na Finlândia, Islândia, Noruega e
Swan)
Suécia e, em 1998, na Dinamarca
Quadro 2 - Tipos de selos e certificados ambientais / Fonte: adaptado de TorgaL e Jalali (2010
apud STRUETT; POLASTRI, 2020).
59
Exemplos de selos/
UNIDADE 2
60
Exemplos de selos/
UNICESUMAR
Tipo de Rotulagem Descrição
certificações
A declaração na forma
de texto e/ou logo. Nor-
malmente, baseia-se em
critério único (por exem- Liderança em Energia
plo, feito com 50% de e Design Ambiental
material reciclado), mas (LEED) e Certificação
Rótulos e declarações pode ser de múltiplos para construção sus-
ambientais - Autode- critérios ou de autode- tentável: AQUA.
clarações ambientais claração, ou seja, sem Ambas seguem os
(rotulagem do tipo II) envolvimento de terceira requisitos da norma da
ABNT NBR ISO 14021 parte. Um exemplo são Rotulagem Tipo II, mas
as informações vazias com fornecedores que
com o termo “produto declaram ou utilizam a
verde”, que não infor- Rotulagem do Tipo III.
mam o que a empresa
faz para proteger o
ambiente.
A informação é quan-
titativa. Pode ser
apresentada em texto,
Selo Carbon Free. Este
gráfico, ilustração etc.
selo é considerado um
Apresenta critérios
do Tipo III, pois apre-
múltiplos, baseados em
Rótulos e declarações senta a declaração com
estudos de avaliação
ambientais - Declara- informações quantifica-
do ciclo de vida do pro-
ções ambientais de das para uso inclusive
duto, em um conjunto
Tipo III - Princípios e na ACV do produto
de dados ambientais
procedimentos (quantidade de árvores
quantitativos, os quais
ABNT NBR ISO 14025 que foram plantadas
são determinados pela
e quantidade de gases
terceira parte, a fim
do efeito estufa que
de informar o cliente
foram neutralizados).
para que ele possa
comparar com outros
produtos.
61
Importante levar em consideração as questões estratégicas em relação às questões
UNIDADE 2
quadro-resumo
Até agora, prezado(a) estudante, tratamos de três temas muito importantes para sua área,
relacionados ao Mix de Marketing Ecológico, à Gestão Estratégica Sustentável e à Rotula-
gem Ambiental. No primeiro, vimos a relação que existe com os conceitos de Marketing
Tradicional, especificamente, com o Mix de Marketing, os 4 Ps (produto, praça, promoção
e preço) com o Mix de Marketing Ecológico, também chamado de Marketing Verde ou
Marketing Ambiental, que focam no apelo e na conscientização ambiental. Com a Gestão
Estratégica Sustentável, conseguimos compreender que as organizações, os governos e a
sociedade devem escolher entre um ou mais direcionadores de Sustentabilidade, na qual
apresentamos, como exemplos, o Global Reporting Initiative(GRI), entre outros indicadores
que demonstram as ações socioambientais das organizações. Em seguida, tratamos so-
bre Rotulagem Ambiental, em que foram apresentados os tipos e os exemplos de rotula-
gem ambiental (selos verdes) classificados pela NBR ISO e da evolução e criação de selos
e certificações nacionais e internacionais.
62
4
SISTEMA
UNICESUMAR
INTEGRADO
de gestão sustentável
UNICESUMAR
conflitos de decisões e ações relacionadas aos sistemas de gestão.
■ Promove a sinergia na utilização das técnicas para gestão de melhoria e
tomada de decisão.
■ É eficiente na integração e enxugamento de documentação.
■ Promove a redução de custos de manutenção dos sistemas.
65
UNIDADE 2
ISO 9001
(2015)
SIG
Anexo SL
(Estrutura comum,
texto e definições)
A estrutura de alto nível tem como principal objetivo, como afirmam Silva e
Barbosa (2017, p. 62 apud STRUETT; POLASTRI, 2020, p. 87), “unificar/definir
estruturas, requisitos e terminologias de todas suas normas de gestão, o qual
chamou de Anexo SL”.
explorando Ideias
A estrutura proposta pelo Anexo SL para todas as novas normas inclui: 1. Escopo; 2. Re-
ferências normativas; 3. Termos e definições; 4. Contexto da organização; 5. Liderança; 6.
Planejamento; 7. Suporte ou Apoio; 8. Operação; 9. Avaliação do desempenho; 10. Melho-
ria. Esses itens representam os requisitos genéricos ou cláusulas que são obrigatórias, vis-
to que o anexo também propõe que o texto principal seja idêntico, assim como os termos
e as definições utilizados, podendo cada norma também possuir requisitos específicos,
ou seja, incluir subcláusulas de acordo com o tipo de sistema de gestão desenvolvido. A
cláusula que possui mais requisitos específicos é a de Planejamento e Operação, pois são
aplicadas ferramentas específicas para cada sistema de gestão. A estrutura de alto nível
tem como principal objetivo: [...] assegurar a coerência e a compatibilidade. Com o Anexo
SL implementado, os executores de sistema de gestão podem esperar menos conflitos,
duplicação, confusão e os equívocos que ocorreram em consequência de estruturas de
normas de sistema de gestão diferentes. Fonte: Bsigroup (2015 apud STRUETT; POLASTRI,
66 2020, p. 87).
As normas adequadas ao Anexo SL e, conjuntamente, ao uso da ferramenta do
UNICESUMAR
Ciclo PDCA (Plan, Do, Check and Action), utilizada para implementar as ISOs
à Gestão Organizacional, ficariam da seguinte forma, conforme demonstrado
no Quadro 4 a seguir:
Ciclo
ANEXO SL ISO 9001 ISO 14001 ISO 45001
PDCA
Determinar
e avaliar os
riscos de
Estabelecer
Segurança
os objetivos
e Saúde no
do sistema
Trabalho
e os seus
(SST), as
processos, Estabelecer
oportunida-
bem como os objeti-
des de SST,
os recursos vos e os
1. Contexto outros riscos
necessários processos
da Organiza- e outras
para obter necessários
Planejamen- ção. oportu-
resultados, para atingir
to 2. Liderança. nidades;
de acordo resultados,
(Plan): 3. Planeja- estabelecer
com os re- de acordo
mento. os objetivos
quisitos do com a políti-
4. Suporte. e proces-
cliente e as ca ambiental
sos de SST
políticas da da organiza-
necessários
organização; ção.
para forne-
identificar e
cer resul-
tratar riscos
tados, de
e oportuni-
acordo com
dades.
a política de
SST da orga-
nização.
67
Ciclo
UNIDADE 2
Monitorizar
e (onde
Monitorizar
aplicável)
e medir os
medir os Monitorar
processos
processos e e medir
face à po-
os produtos atividades e
lítica am-
e serviços processos
biental, aos
9. Avaliação resultantes em relação
Verificar objetivos,
de desem- por compa- à política de
(Check): às metas,
penho ração com SST e aos
aos requi-
políticas, objetivos de
sitos legais
objetivos, SST e relatar
e a outros
requisitos e os resulta-
requisitos
atividades dos.
e relatar os
planeadas e
resultados.
reportar os
resultados.
Importante salientar que a organização deve buscar a certificação para cada Sis-
tema de Gestão, para tanto, primeiramente, ela deve se organizar com base nos
requisitos de cada norma e construir o seu sistema de gestão, conjuntamente,
com uma auditoria interna e, em seguida, solicitar a um órgão reconhecido pelo
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia INMETRO para au-
ditar a norma ISO escolhida.
A seguir, apresentaremos, no Quadro 5, de acordo com Tavares (2019, p. 84),
quais são as contribuições do SGQ, SGA e do SGSSO aos Objetivos do Desen-
volvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, apresentada na Unidade 1, do
nosso livro didático.
68
ISO 9001:2015 ISO 14001:2015 ISO 45001:2018
UNICESUMAR
Setor: Gestão Setor: Ambien- Setor: Security,
ODS
de negócios te e Sustentabi- segurança,
Inovação lidade risco
1 sim sim -
2 - sim -
3 - sim sim
4 - sim -
5 - sim sim
6 - sim -
7 - sim -
10 - sim sim
11 - sim sim
12 sim sim -
13 - sim -
14 sim sim -
15 - sim -
16 - - sim
17 - - -
Quadro 5 - Os ODS da Agenda 2030 nos quais as três normas dão o seu maior contributo
direto / Fonte: adaptado de Comissões Técnicas (CT) da ISO: CT 176/ SC2, CT 207/SC1, CT 283
(apud TAVARES, 2019, p. 84).
SUSTENTÁVEL
em marketing
“
[...] a ascensão das expectativas dos clientes, a mudança das expec-
tativas dos funcionários, legislações e pressões por parte dos gover-
nos, o interesse dos investidores em critérios sociais e as práticas de
aquisição de negócios.
70
UNICESUMAR
explorando Ideias
Hoje, graças à Internet, as empresas que não se comportam, eticamente, correm maior
risco de serem expostas. Antigamente, um cliente decepcionado podia falar mal de um
fabricante ou comerciante para 12 amigos. Hoje, ele pode alcançar milhares de pessoas
pela Internet. Existe, por exemplo, uma legião de sites anti Microsoft, como o Hate Micro-
soft ou o Boycott Microsoft. Por outro lado, campanhas de Relações Públicas (RP) bem
administradas também podem surtir efeito. Em 1997, a Rainforest Action Network lançou
uma campanha de RP a fim de fazer a Home Depot parar de vender madeira retirada de
florestas virgens. Depois de dois anos enfrentando publicidade negativa em boicote em
suas lojas, a Home Depot concordou em obrigar seus fornecedores a trabalharem com
grupos ambientais e de reflorestamento, tudo para garantir que seus produtos de madei-
ra não viessem mais de área ameaçada.
Fonte: adaptado de Tapscott e Williams (2002 apud KOTLER; KELLER, 2018).
explorando Ideias
O Marketing de causas assume muitas formas. A Tesco, líder varejista do reino unido,
criou o programa ‘computador de escolas’: a cada 10 libras gastas, o cliente recebe um
vale que pode ser doado à escola de sua escolha; depois o estabelecimento troca os vales
71
por novos computadores. O Dawn, sabão líquido das lavadoras de pratos mais vendidos
UNIDADE 2
nos Estados Unidos, lançou uma campanha destacando o fato de que o poder da remoção
da gordura do produto tinha um benefício extra inusitado: podia ser usado para limpar
pássaros presos em derramamentos de petróleo. No site www.saveaduck.com a empresa
descreve suas doações financeiras e programas educacionais. a Nike por sua vez, patro-
cina a maratona feminina Nike 26.2, em São Francisco, cuja renda é destinada a uma
sociedade de leucemia e linfoma. Além disso, a empresa atua em mais de 60 tribos indí-
genas para ajudar a combater o diabete tipo 2, doando tênis a pacientes que passam por
exames de sangue. a British Airways tem uma programa particularmente bem-sucedido
e altamente visível.
Fonte: Tapscott e Williams (2002 apud KOTLER; KELLER, 2018, p. 691).
pensando juntos
A causa escolhida pela empresa e a ligação que o consumidor faz com os objetivos e os
princípios da empresa podem trazer a conotação de que a empresa está sendo explora-
dora ou atuando em seu próprio interesse.
“
A Bristol-Meyers Squibb (BMS), por exemplo, financia o Tour de
Cure, uma série de passeios ciclísticos que apóia a pesquisa e a pre-
venção da Diabete. Na página oficial da Tour o logotipo da BMS
traz a declaração de que ela é “líder no tratamento da diabete tipo
2”. Essa conexão potencialmente lucrativa entre o patrocinador e o
72
evento, pode levar alguns clientes a considerar oportunista o apoio
UNICESUMAR
da empresa ao Tour de Cure (HOEFFLER; KELLER apud KOTLER;
KELLER, 2018, p. 715).
Campanhas Cognitivas
• Explicar o valor nutritivo dos diferentes alimentos.
• Explicar a importância da campanha ambiental.
Campanhas de Ação
• Atrair o público para a vacinação em massa.
• Motivar o público a votar ‘sim’ em certa ação.
• Motivar o público a doar sangue.
• Motivar as mulheres a fazer o Papanicolau.
Campanhas de Comportamento
• Desestimular o uso do cigarro.
• Desestimular o uso de drogas pesadas.
• Desestimular o consumo excessivo de álcool.
Campanhas de Valor
• Alterar ideias de aborto.
• Mudar a atitude de pessoas intolerantes.
Figura 4 - Campanhas de programa de marketing social / Fonte: Kotler e Keller (2018, p. 719).
73
Importante ressaltar a necessidade de visão a longo prazo diante dos desafios
UNIDADE 2
e das questões envolvidas com o Marketing Social uma vez que determinados
programas envolvem diversas ações e tempo para sua realização. Estes devem ser
avaliados em termos de objetivos propostos, como por meio da incidência, da
velocidade, da continuidade, do custo etc.
Terminamos mais uma etapa, prezado(a) estudante, mas não é o fim, e sim o
começo de uma série de ações e gestão que você precisa compreender e aplicar
no seu dia a dia. Somente ações de Marketing, consideradas Sustentáveis, po-
derão garantir que sua atuação profissional e empresarial terá sucesso. É o que
desejamos a você.
74
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Prezado(a) estudante, esta unidade tratou, especificamente, de Estratégias, Gestão
e práticas Sustentáveis em Marketing Sustentável nas dimensões Triple Botton
Line. Na primeira aula, vimos que o Marketing Ecológico é uma ferramenta cen-
trada nos atributos ecológicos do produto que traz diversas vantagens e tornam a
empresa competitiva no mercado. Portanto, apresentamos a você o Mix Ecológico
de Marketing, composto por: produto verde, preço ecológico, distribuição do
produto ecológico e comunicação do produto ecológico.
Na segunda aula, foram apresentadas algumas metas e negociações técnicas
para regulamentações e concretizações de princípios para a Gestão Estratégica
Sustentável e os PRIs, bem como alguns direcionadores de sustentabilidade, por
exemplo, o Sistema B Corp, o Global Reporting Initiative (GRI), entre outras
formas que servem para a demonstração de boas práticas organizacionais.
Na terceira aula, Rotulagem Ambiental, foram apresentados os tipos de selos
e as certificações ambientais que tornam públicas estas organizações. Neste
sentido, foram apresentados os principais selos já criados e exemplos de selos
e certificações do tipo I, II e III, como o FSC — Forest Stewardship Council
—, ECOCERT Brasil, Instituto Biodinâmico e Instituto Tecnológico do Paraná
— TECPAR —, entre outros.
Na quarta aula, Sistema Integrado de Gestão Sustentável, foram apresentados
os conceitos, as normas e os processos que embasam os Sistemas de Gestão das
organizações que buscam sustentabilidade em suas atividades. Assim, foram apre-
sentados os Sistemas SGQ, SGA e SGSSO dentro das especificidades do Anexo
SL que compõem um SGI e os principais contributos de cada norma ISO aos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Por fim, na última aula, vimos como ocorre a Gestão Sustentável em Mar-
keting, distinguindo as diferenças entre a Gestão em Marketing Corporativo
Sustentável e o Marketing de Causas e Marketing Social.
75
na prática
1. “Um dos pontos mais importantes deste trabalho é a constatação de que o Marketing
Ambiental só funciona, realmente, se houver credibilidade da empresa em relação
à sua gestão ambiental. Se ela não tiver sustentação ambiental legítima, de nada
adiantará fazer campanha de Marketing Ambiental para fixar sua marca no merca-
do. O consumidor reage quando não existe transparência da organização e acaba
punindo-a, deixando de comprar seus produtos, ou mesmo, boicotando-a por meio
da Internet e da mídia em geral” (RIBAS; SMITH, 2006).
A esse respeito, pode-se afirmar que a empresa é punida pelo consumidor quando
pratica _______________. Complete assinalando a alternativa a seguir que correspon-
da à resposta correta do enunciado:
a) Greenwashing.
b) Marketing Verde.
c) Marketing Ambiental.
d) Marketing Ecológico.
e) Responsabilidade e Ética.
76
na prática
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
3. O mercado, neste caso o consumidor, passou a ser mais exigente — com várias
opções de escolha do produto/serviço — e as empresas tiveram que assumir no-
vas posturas, não só na qualidade e no preço mas também pela necessidade de
fazer parte das discussões de temas relacionados à sustentabilidade (preservação
do meio ambiente, desenvolvimento econômico e social). Neste cenário, surge o
conceito de marketing de causas sociais, marketing social e marketing sustentável
(MOTTA et al., 2011).
77
na prática
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.
1) Tipo 1.
2) Tipo 2.
3) Tipo 3.
( ) Declaração na forma de texto e/ou logo.
( ) Para obter este selo, a organização precisa demonstrar que o seu produto é,
ecologicamente, correto.
( ) Apresenta informações quantitativas e serve mais para informar o cliente, a fim
de que ele possa comparar com outros produtos.
A sequência correta é:
a) 2, 1, 3.
b) 1, 2, 3.
c) 3, 2, 1.
d) 1, 3, 2.
e) 2, 3, 1.
78
na prática
1) Cognitivas.
2) De ação.
3) De Comportamento.
4) De Valor.
( ) Motivar pessoas a doarem sangue.
( ) Explicar o valor nutritivo de determinados alimentos.
( ) Desestimular o uso de drogas, cigarros ou consumo de álcool.
( ) Mudar atitudes de pessoas que realizam declarações expressas de racismo.
A sequência correta é:
a) 2, 1, 3, 4.
b) 3, 1, 2, 4.
c) 1, 2, 3, 4.
d) 2, 3, 1, 4.
e) 4, 1, 3, 2.
79
aprimore-se
80
aprimore-se
Mesmo com a explanação destes aspectos, muitas vezes, eles são classificados en-
quanto dificuldades no processo. Vale salientar que os benefícios ambientais e co-
merciais suplantam-nos, afinal, o investimento em sustentabilidade transpassa as
questões econômicas uma vez que, acima de tudo, estabelecem uma chave primor-
dial para a sobrevivência da sociedade global.
Fonte: adaptado de Costa (2018 apud STRUETT; POLASTRI 2020).
81
eu recomendo!
livro
filme
O Sal da Terra
Ano: 2014
Sinopse: o filme conta um pouco da longa trajetória do renoma-
do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e apresenta seu am-
bicioso projeto “Gênesis”, expedição que tem como objetivo re-
gistrar, a partir de imagens, civilizações e regiões do planeta até
então inexploradas.
82
3
MARKETING
PESSOAL
e político
PROFESSORA
Me. Cândice Quincoses
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Da comunicação ao marketing
pessoal e político • A midiatização das relações e a importância do marketing pessoal e político nas
plataformas digitais • Marketing, comunicação integrada e Relações Públicas no planejamento de
campanhas eleitorais • Canais de comunicação para campanhas eleitorais.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Apresentar a importância do marketing pessoal e político • Destacar as influências das plataformas
digitais no relacionamento entre políticos e públicos • Compreender o composto de comunicação inte-
grada e o papel estratégico das Relações Públicas no desenvolvimento de campanhas eleitorais • Mostrar
a necessidade de planejar e identificar os canais que serão utilizados durante a campanha eleitoral.
INTRODUÇÃO
UNICESUMAR
MARKETING
pessoal e político
pensando juntos
Vamos refletir! Afinal, qual a importância do marketing político para candidatos e orga-
nizações políticas? O marketing político é um conjunto de ações planejadas estrategica-
mente para alcançar a admiração dos eleitores, entre essas ações, definição de conteúdos
85
que serão disseminados para construir e fortalecer a imagem do candidato ou governo
UNIDADE 3
“Fazer política é dizer bem, dizer em parte, dizer mal, dizer estrategicamente.
Os dizeres bem ditos e malditos constituem paisagens para as disputas entre
eleições, mídias e cidadãos” (WEBER apud NETO; PINTO, 1996, p. 11). A partir
disso, “por meio da comunicação, uma pessoa convence, persuade, atrai, muda
ideias, influi, gera atitudes, desperta sentimentos, provoca expectativas e induz
comportamento” (TORQUATO, 2014, p. 99). O candidato representa uma marca,
e uma das estratégias de marketing político é associar a imagem dele a uma causa.
Um exemplo disso é o vereador Reginaldo Tripoli, conhecido por Xexéu —
Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e vereador de São Paulo
—, que tem conquistado popularidade na capital paulistana e ficou conhecido
por defender o meio ambiente. O vereador associa a imagem dele à causa social
e ambiental, desde 2016 no governo, ele é preocupado com a sustentabilidade do
planeta e comprometido com o Pacto Global, desenvolvendo projetos alinhados
à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas — ONU.
Os programas do vereador incluem assuntos relacionados à qualidade de vida
das crianças e da terceira idade, ao bem-estar e à proteção animal e à importân-
cia de conservar o meio ambiente, criando leis para preservar e alertar sobre o
uso consciente dos recursos naturais, dentre elas, a Lei nº 17.123/2019, que veta
a distribuição de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais, e a Lei nº
16.897/2018, que impede o uso de fogos de artifício em São Paulo.
Observa-se que, quando os eleitores optam por um candidato, é porque dese-
jam aquele produto, mas o que propicia isso é a identificação dele com a marca,
como o caso do vereador Xexéu. Portanto, na mesma medida que empresas pla-
nejam ações para despertar o interesse dos públicos, nas organizações políticas,
isso não muda.
A construção da imagem de estruturas e figuras políticas, candidatos, parti-
dos, entre outros, busca associar-se a causas de impacto social para despertar o
interesse e o desejo dos eleitores. “O consumidor procura escolher produtos e
marcas que reforcem a identidade de imagem desejada, caracterizando atributos
sociais distintivos” (SILVEIRA, 2000, p. 126).
Nesse contexto, é fundamental entender a importância da construção de
identidade, imagem e reputação no marketing político. Os públicos exigem das
organizações, dos serviços públicos e das figuras políticas mais comprometi-
86
mento com o coletivo e mais transparência nos projetos, discursos verdadeiros,
UNICESUMAR
diálogo e prestação de contas. Além disso, desconfiam que os gestores políticos
busquem atender apenas interesses pessoais e não coletivos. À luz dessas ques-
tões, os candidatos não devem esquecer, em suas atividades, das comunidades,
tampouco deixar de lado ações de responsabilidade social que contribuem para
aumentar a confiança da sociedade. Estas práticas devem fazer parte da essência
dos candidatos, assim como integrar a construção de elementos identitários deles.
O marketing precisa contribuir com a promoção do candidato bem como ajudar
a melhorar alguns pontos fracos, mas nunca descaracterizar a identidade dele.
Para entender esse cenário, é preciso perceber o papel da comunicação nas
relações com a comunidade, à medida que ela trabalha os valores dos candidatos
enquanto marca. Além disso, a identidade da marca do candidato é constituída
pelas atitudes antes, durante e após as campanhas. Ou seja, se ele apresenta pro-
jetos de impacto social e investe em causas sociais, demonstrando envolvimento
no combate às desigualdades sociais e à violência.
Esses elementos contribuem para fortalecer a imagem do candidato. “Ima-
gem tem a ver com o imaginário das pessoas, com as percepções. É uma visão
intangível, abstrata das coisas, uma visão subjetiva de determinada realidade”
(KUNSCH, 2003, p. 170). Sob esta ótica, a imagem não necessita ser verdadeira
para se desenvolver no imaginário de cada pessoa. Ela é uma percepção abstrata
de figuras públicas, candidatos e organizações e que pode, por ora, ser falsa. To-
davia ela apresenta um caráter intangível, é transmitida por pessoas que, muitas
vezes, desconhecem os propósitos destas estruturas; por isso, conhecer os públi-
cos, despertar empatia e criar espaços de comunicação com eles torna-se essencial
para a manutenção da imagem.
“
Quando entre a identidade e imagem há enorme distância, ocor-
re um profundo processo de desgaste. Trata-se do que se conhece
como dissonância. Nesse caso, desvios e distorções acabam emba-
ralhando as ideias básicas, os valores, e os propósitos que se preten-
dem agregar à imagem desejada. Identidade e imagem são conceitos
centrais de marketing político (TORQUATO, 2014, p. 100).
“
O conceito de imagem marca, no domínio da política de imagem,
como um processo planejado intencionalmente na construção do
perfil de um personagem posto a exposição na esfera pública com
a finalidade de conquistar a adesão dos destinatários (eleitores), em
meio à disputa de sentidos e ofertas simbólicas dos concorrentes
(BEZERRA; SILVA, [2020], p. 6).
UNICESUMAR
keting em benefício da carreira e trajetória da figura pública, reconhecendo a
importância e o papel dele como ser humano. No marketing pessoal, é essencial
que o candidato mostre aptidão, conhecimento, propósito, capacidade, disciplina,
comprometimento, ética, seriedade, transparência e competência para ocupar o
cargo. Atributos, cada vez mais, exigidos pelos públicos.
Um aspecto significativo do marketing pessoal é mostrar ao eleitor a trajetória
de vida do candidato, ou seja, os caminhos pessoais e profissionais percorridos
antes de se tornar um candidato. Inclusive, é importante que, durante a campa-
nha, a família do candidato apareça e apresente depoimentos sobre ele. Alguns
elementos, como postura, naturalidade das narrativas, comunicação interpessoal,
capacidade de diálogo com os públicos, contribuem para fortalecer o marketing
pessoal do candidato.
No marketing pessoal, o produto representa a pessoa e as características dela
são trabalhadas para despertar o interesse nos públicos (RITOSSA, 2009). O
candidato com este perfil e esta postura enquadra-se no modelo de representante
que a sociedade deseja. Infelizmente, muitos ainda são eleitos prometendo para
o eleitor a “barganha” por apoio político. Entretanto “é irreversível a tendência de
expansão do voto racional, com foco em candidatos experientes, sérios e com-
prometidos com o domínio das situações” (TORQUATO, 2014, p. 65).
O uso de recursos do marketing político e a personalização das campanhas
são processos que buscam evidenciar o candidato, assim como trazer notoriedade
a ele, mediante as campanhas eleitorais e por intermédio da visibilidade que os
meios de comunicação promovem. A partir disso, é necessário experimentar
diferentes possibilidades de comunicação para desenvolver uma mensagem que
possa impactar, comover, despertar no eleitor identificação com o candidato e ser
eficiente. Sendo assim, no processo de marketing pessoal do candidato, devem
ser pensadas as performances, os discursos, o vestuário, as cores, os cenários e
recursos que contribuirão para que os públicos admirem a pessoa. Nesta direção,
Torquato (2014, p. 68) afirma:
“
Quanto a maneira de se vestir, é preciso evitar o desleixo (roupa
furada, suja, etc.) e, de outro lado, o excesso de formalismo, especial-
mente em ambientes modestos, simples. As cores são importantes.
É aconselhável usar roupas que combinem com o visual da propa-
ganda. Quem não sabe que o vermelho é do PT? Quando for para
89
televisão, o candidato deverá evitar camisas com listras e demais
UNIDADE 3
Descrição da Imagem: a imagem mostra o processo de troca entre candidato e eleitor. Há uma seta saindo
do quadro do candidato em direção ao eleitor e há uma seta apontando para o candidato, conforme um cír-
culo. Na comunicação do marketing político, essa troca do candidato vem por ideias, programas, promessas,
favores, busca de vínculos e de aproximação para o eleitor que recebe, processa e assimila os diferentes
estímulos recebidos.
CANDIDATO
ELEITOR
IDEIAS, PROGRAMAS,
RECEBE, PROCESSA E
PROMESSAS, FAVORES,
ASSIMILA OS DIFERENTES
BUSCA DE VÍNCULOS E
ESTÍMULOS RECEBIDOS
APROXIMAÇÃO
Figura 1 - Processo de troca entre candidato e eleitor / Fonte: Torquato (2014, p. 31).
90
racional mais emocional” (TORQUATO, 2014, p. 64). Esses fatores contribuem para
UNICESUMAR
envolver o candidato, assim como para o eleitor escolher em qual candidato votará.
Para o autor, esses estímulos seriam o próprio candidato, representados pelo
marketing pessoal, a credibilidade e as atitudes. Cabe ao candidato adotar uma
postura de compromisso com o cidadão, ou seja, respeito, seriedade e empatia
são princípios que devem orientar sua atuação durante a campanha. Além disso,
“um candidato com vida pessoal desregrada passa a ideia de que fará o mesmo
na área pública [...] O eleitor percebe quando depara com um perfil fabricado”
(TORQUATO, 2014, p. 66). A partir disso, deve-se construir uma relação de ad-
miração por parte do eleitor.
Outro estímulo importante é o espaço no qual o candidato está presente,
por exemplo, comícios, debates públicos, passeatas, visitas à comunidade para
apresentar propostas representam distintas formas de mostrar seus programas.
Neste período, é importante estabelecer um contato com o eleitorado para gerar
identificação e admiração.
A comunicação também é considerada um estímulo para Torquato (2014),
por meio dela é possível cativar, seduzir e conquistar os públicos. “A comu-
nicação estética e semântica, que provocam reações diferentes e abrangem,
respectivamente, os aspectos visuais e o discurso programático, as ideias”
(TORQUATO, 2014, p. 33). O autor também cita os investimentos destinados
a campanhas publicitárias, tendo em vista que, quanto maior o número de
pessoas mobilizadas, maior a visibilidade dos programas e do partido. Tor-
quato (2014) aborda a importância de observar o que os outros candidatos
estão propondo e fazendo e indica que seja feita uma análise desses pontos
para que se criem formas de diferenciação.
Observa-se que, quanto mais próximo o candidato estiver do eleitor, maior a
chance de identificação e de vitória. Além disso, o candidato, eleito ou não, deve
manter programas contínuos de relacionamento com seu público, monitorando,
frequentemente, as necessidades da comunidade.
A comunicação deve ser uma via de mão dupla, em que se faculta o entendi-
mento entre as partes e se proporciona a reciprocidade, tendo em vista que, para
manter uma boa relação, devem acontecer negociações, e todo o processo requer,
em si, uma aliança estratégica com os públicos. A partir disso, cabe ao candidato
buscar formas de ouvir, trocar e cultivar a satisfação dos eleitores.
91
UNIDADE 3
conecte-se
2
A MIDIATIZAÇÃO DAS
RELAÇÕES E A
importância do marketing
pessoal e político nas
plataformas digitais
92
“
[...] não são indivíduos isolados; agora, eles estão conectados uns
UNICESUMAR
aos outros. Suas decisões não são mais inconscientes; ao contrário,
são bem fundamentadas em informações. Não são mais passivos;
são ativos, oferecendo feedback útil às empresas (KOTLER; KAR-
TAJAYA; SETIAWAN, 2010, p. 12).
Descrição da Imagem: a imagem mostra as tecnologias presentes no poder público. São nove tecnologias
que compõem a imagem: 1) as tecnologias estão presentes no dia a dia dos públicos; 2) as tecnologias são
um espaço de relações entre públicos e candidatos; 3) os governos, as figuras políticas e os candidatos têm
acesso a diversas plataformas digitais para promover o diálogo e apresentar projetos; 4) por outro lado, as
tecnologias podem impactar a credibilidade da imagem do candidato quando ele não é transparente. E os
públicos colocam a boca no trombone para criticar aquele candidato que não cumpriu o prometido; 5) esta
pluralidade das narrativas pode prejudicar a imagem dos candidatos; 6) a comunicação nas plataformas acon-
tece por fóruns, chats, comunidades e outros; 7) os eleitores tornam-se autores de conteúdos e participam da
política; 8) o político deve ouvir e interagir, o tempo todo, com os públicos; 9) as tecnologias fazem parte de
decisões importantes dos públicos, sendo fundamental manter uma boa imagem delas.
“
A questão fundamental é que esse novo espaço público, o espaço
em rede, situado entre os espaços, digital e urbano, é um espaço de
comunicação autônomo. A autonomia da comunicação é a essência
dos movimentos sociais, ao permitir que o movimento se forme a
possibilitar que ele se relacione com a sociedade em geral, para além
do controle dos detentores do poder sobre o poder da comunicação
(CASTELLS, 2015, p. 26).
UNICESUMAR
plataformas digitais — Facebook, Twitter, WhatsApp — impactam a qualidade
desses conteúdos, uma vez que qualquer cidadão pode criar suas informações,
disseminar conteúdos falsos e facilitar a manipulação da opinião pública.
Estas transformações levam a organização política a repensar suas práticas,
que devem ser norteadas por uma comunicação mais democrática, ética e cole-
tiva. O tempo real em que o conteúdo é processado altera a forma tradicional de
veicular a informação e, ainda, o sentido único para a horizontal.
As plataformas digitais mediam o contato entre os eleitores e candidatos
durante o período eleitoral, impactando o sistema sociocultural e as relações
humanas. “Em vez de tratar as pessoas simplesmente como consumidoras, os
profissionais de marketing a tratam como seres humanos plenos: com mente,
coração e espírito” (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010, p. 4).
Para estar presente nas mídias sociais digitais, as organizações precisam saber
como utilizar esse espaço, que Galindo (2015) identifica como um novo habitar,
em que não existem fronteiras entre os espaços públicos e privados, mas, sim,
um lugar intermediário, considerado relacional. Neste aspecto, os espaços públi-
cos e privados conectam-se e criam um novo espaço social, onde as hierarquias
desaparecem e os públicos assumem distintos papéis de forma livre, espontânea,
aspiram e escolhem expressar suas opiniões.
Com isso, o candidato deve interagir com os públicos o tempo todo, ou-
vindo suas necessidades e expectativas. Para operar na rede, é preciso construir
ambientes colaborativos. Com as plataformas, a divulgação de ideias, projetos e
campanhas acerca dos candidatos é mais rápida. “O usuário se torna relevante
como testemunha da atualidade que alimenta a grande conversação mantida pe-
los meios de comunicação” (CREMADES, 2009, p. 16). Os públicos tomam para
si os espaços públicos e privados e compartilham suas vidas, são novas formas de
expressões, visto que se consideram detentores de ferramentas e dispositivos que
potencializam seu processo de escrita pessoal ou coletiva; portanto, na mesma
proporção com que divulgam seus anseios pessoais, também expõem marcas,
governos, organizações políticas, entre outros.
Recuero ([2020a], [s. p.]) afirma que “as redes sociais na internet são consti-
tuídas de representações dos atores sociais e de suas conexões”. Ela destaca alguns
pontos proporcionados pelas redes e os atores que a utilizam para interagir com
marcas ou indivíduos, como mais visibilidade social, impacto na reputação, po-
pularidade e influência gerada em plataformas. A mesma autora cita a existência
95
de desinformação na internet, as fakenews — “a desinformação não intencional
UNIDADE 3
estaria relacionada com o engano, ou seja, com a informação falsa que se apresen-
ta como falsa, porém, por engano de quem a recebe, é percebida como verdadeira”
(RECUERO, [2020a], [s. p.]). Segundo ela, paródias e sátiras são interpretadas
como se fossem informações reais.
A legitimação em massa de determinada narrativa gera uma câmara de eco,
ou seja, um grupo em que apenas uma narrativa reverbera é legitimada, enquanto
outras narrativas que desafiam a hegemônica são apagadas, devido às estratégias
utilizadas na mídia social, tais como a disputa pelos trendingtopics ou o uso de
hashtags como modos de declaração de apoio a determinado candidato ou nar-
rativa (RECUERO; AMARAL; MONTEIRO, 2013 apud RECUERO, [2020a],
[s. p.]).
Para atuar, estrategicamente, nas plataformas digitais, devem existir métodos
próprios, e a comunicação, nesse sentido, tem um importante papel a exercer. É
indispensável identificar a estratégia a ser adotada nas mídias, ela deve estar em
sinergia com o planejamento de comunicação e marketing da figura política.
Nesse sentido, a atenção permanente às narrativas que circulam nos meios de
comunicação é fundamental para identificar a imagem do candidato. Salienta-se
que muitos casos de corrupção propiciam o dano à identidade, à imagem e à
reputação de legendas e candidatos (CHAIA, 2000).
Os candidatos também sofrem as consequências dessa exposição, uma vez
que os diversos perfis pessoais de eleitores nas plataformas abrem espaço para
depoimentos de experiências malsucedidas com o candidato e podem tornar-se
um espaço para a prática de trolling.
conceituando
96
Um exemplo de trolling foi a nomeação de Carlos Decotelli, ex-presidente do
UNICESUMAR
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, para o cargo de ministro da
Educação. O presidente Jair Bolsonaro, ao divulgar o nome do ministro, enalte-
ceu o currículo do gestor: “bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ, mestre
pela FGV, doutor pela universidade de Rosário na Argentina, pós-doutor pela
Universidade de Wuppertal, na Alemanha”. Entretanto, logo após seu nome ser
divulgado no Diário Oficial, circularam informações contrárias às titulações dele.
As universidades da Argentina e da Alemanha afirmaram que o ministro não
realizou os estudos nelas. Na sequência de informações desencontradas entre
o currículo e as universidades, o ministro não aguentou a pressão dos públicos
(mídia, sociedade, organizações) e renunciou ao cargo. Diversas acusações sur-
giram ao governo e memes começaram a circular pela internet.
“
O objetivo do trolling possa não ser a discussão e o conflito diretos,
a ação do troll nos sites de rede social gera um comprometimento
da interação da conversação, que pode ser conflituosa. A presença
do troll, assim, gera insegurança nos grupos, reduzindo o capital so-
cial que é construído pelas conversações em rede. Ao conduzir suas
interações de modo a quebrar as regras de polidez, o troll coloca em
risco a face do outro, levando, muitas vezes, ao silenciamento deste
(RECUERO, [2020b], [s. p.]).
Observa-se que o trolling é uma prática que desestabiliza a imagem das pessoas,
ela pode ser utilizada para destruir, prejudicar e desmoralizar a imagem de par-
tidos e candidatos. “Busca-se a visibilidade e a reputação do bom humor pela
desestabilização da face do outro” (RECUERO, [2020b], [s. p.]). Essa prática pode
ser percebida mediante os memes, que “coloquialmente, são entendidos como
ideias, brincadeiras, jogos, piadas ou comportamentos que se espalham através
de sua replicação viral” (FONTANELLA, 2009, p. 8). A partir disso, a coautoria,
a criação e a disseminação de conteúdos pelos públicos facilitam a divulgação e
notoriedade dos memes. Estes “ridicularizam ou comprometem classes de indi-
víduos ou indivíduos em particular” (RECUERO,[2020b], [s. p.]). A associação
de narrativas violentas à imagem de candidatos políticos é uma prática de troll.
A partir disso, os candidatos não podem impedir que os eleitores divulguem
opiniões sobre seus conteúdos, entretanto podem evitar que sejam negativas. “O
troll busca interferir no bom andamento de uma discussão através de comentá-
97
rios maldosos e fora do contexto” (ZAGO, 2013, p. 151). Diante disso, o troll pode
UNIDADE 3
desestabilizar candidatos, promover conflitos entre eles e seus eleitores bem como
gerar crises de imagem às organizações políticas, aos governos e candidatos. A
maioria das pessoas que produz, propaga, consome e curte este tipo de conteúdo
não sabe que está praticando o troll (RECUERO, [2020b]).
É importante salientar que o marketing político e pessoal nas plataformas apro-
xima o candidato, o governante e o partido de seus eleitores e seguidores. Quando
existe uma identificação do eleitor com o candidato e a aceitação de alguns pontos
de vista e posições, ele compartilha esse conteúdo na própria rede online e promove
o candidato entre o grupo de amigos. O espaço também promove a projeção pú-
blica do candidato, pois percebe-se que esses espaços exigem que figuras políticas
despertem, frequentemente, empatia nos eleitores: “há uma virtualidade eleitoral
constante a assombrar a esfera política” (GOMES, 2005, p. 113).
Para Recuero (2011, [s. p.]), “o capital social na internet é um bem construído
coletivamente, ou seja, provocado pela participação das pessoas em um grupo.
Essa participação propicia benefícios para os indivíduos, como por exemplo o
acesso às informações [...] e para o grupo”. As redes digitais proporcionam um am-
biente de acesso e articulação do capital social, ou seja, da interação social entre
grupos de indivíduos provocada pelo compartilhamento de diversas experiências
coletivas. “O capital social que a publicação de uma determinada informação irá
gerar para um determinado ator está diretamente relacionado com a relevância
dessa informação para o grupo, bem como sua novidade e sua especialidade para
a rede social” (RECUERO, 2011, [s. p.]).
A internet aumenta a participação dos públicos e o controle das informações
que circulam na rede social e, em virtude disso, facilita a mobilização do capital
social (ELLISON; STEINFIELD; LAMPE apud RECUERO, [2020a]). O capital
social está ligado ao grupo e às conexões estabelecidas entre si, tendo, na sua base,
a confiança. Contudo a falta de credibilidade dos públicos, em relação a organi-
zações políticas, candidatos, legendas de partidos, entre outros, pode prejudicar
esta sensibilização para o capital social e disseminar práticas mais individualistas
que coletivas.
É preciso enxergar o potencial do espaço e ter cuidado com o que se fala,
promete e oferece às pessoas, pois elas cobrarão depois. A internet propicia que
os diversos grupos existentes, como: LGBTQ+, mulheres, negros, entre outros,
ganhem visibilidade e ampliem suas vozes. Esses grandes grupos, compreen-
didos como minorizados, têm exigido, cada vez mais, espaço na sociedade,
98
com isso, aumenta a velocidade com que são propagados temas anteriormente
UNICESUMAR
pouco divulgados.
Destacam-se alguns exemplos e, dentre eles, a Parada do Orgulho LGBTQ+
de São Paulo. O evento busca reunir diversos grupos, reivindicar direitos e res-
peito à diversidade. Inclusive, em 2019, a temática escolhida para representar o
evento foi a importância de votar em representantes de governos que lutem a
favor da causa LGBTQ+, conforme as Figuras 3 e 4, a seguir:
Descrição da Imagem: na imagem, há uma multidão de jovens festejando, em primeiro plano. Em segundo
plano, há um caminhão cheio de balões coloridos e o Museu de Arte de São Paulo (MASP) ao fundo, durante
a Parada do Orgulho LGBTQ+, na Avenida Paulista, em 2019.
Figura 3 - 23º Parada do Orgulho LGBTQ+, na Avenida Paulista, São Paulo, 2019
Descrição da Imagem: na imagem,em primeiro plano, duas mulheres, de costas, cobertas com uma grande
bandeira do arco-íris enquanto caminham em uma avenida. Ao fundo, há um caminhão decorado com bexigas
coloridas. Ao redor dessas duas mulheres, há outras pessoas que seguem o caminhão.
Figura 4 - 22º Parada do Orgulho LGBTQ+, na Avenida Paulista, São Paulo, 2018
99
Outro caso recente foi o assassinato de um homem negro, George Floyd, em Min-
UNIDADE 3
Descrição da Imagem: Na imagem, ativistas do movimento Black Lives Matter estão uns ao lado dos outros,
no meio da rua, de pé, em frente a policiais armados que também estão de pé, uns ao lado dos outros. Em
primeiro plano, uma moça negra está ajoelhada diante do grupo de policiais.
Figura 5 - Após a morte de George Floyd, ativistas do movimento Black Lives Matter (Vidas
Negras Importam, em português) protestam contra a polícia na Califórnia, em maio de 2020
100
Descrição da Imagem: na imagem, em primeiro plano, há um jovem negro, com uma mochila nas costas e
UNICESUMAR
uma máscara cirúrgica, segurando um cartaz com os dizeres Black Lives Matter. Em segundo plano, atrás deste
jovem, estão outras pessoas, também vestindo máscaras cirúrgicas.
Figura 6 - Manifestante em protesto nas ruas em apoio ao movimento Black Lives Matter em
Vancouver, Canadá, em maio de 2020
tos. Estes líderes de opinião exercem forte influência sobre os eleitores, tornando
mais difícil eleger e manter no poder candidatos com histórico de discriminação,
preconceito e falta de respeito à diversidade.
Cabe ao candidato estabelecer laços de confiança e apropriar-se do capital
social para gerar boas imagem e reputação. A atuação política deve evitar a comu-
nicação desonesta nas plataformas, usada apenas para persuadir e influenciar o
eleitor, pois este não é o propósito do espaço. Os conteúdos propagados devem ser
coerentes com as práticas do candidato bem como seu perfil, identidade e valores.
3
MARKETING, COMUNICAÇÃO
INTEGRADA E O
relações públicas no plane
jamento de campanhas elei
torais
Neste recorte, serão apresentadas algumas formas para atrair os públicos de or-
ganizações políticas, partidos e candidato por meio de campanhas eleitorais. As-
sim como acontece com organizações, produtos e serviços, é preciso planejar as
campanhas e pensar em estratégias para atingir os públicos no mercado político.
Cabe salientar, aqui, que o composto de comunicação de marketing representa
102
uma equipe com áreas distintas e habilidades diferentes, mas que atuam de forma
UNICESUMAR
integrada e se reforçam mutuamente.
Sabendo que as organizações exercem influência sobre os públicos, elas de-
sempenham “influência cada vez maior sobre as condutas individuais, sobre a
natureza, as estruturas socioeconômicas e a cultura, o que as leva a se transformar
em elementos-chave das sociedades” (CHANLAT, 1993, p. 41).
À luz destas questões, as organizações são essenciais para a sociedade e, tam-
bém, para provocar transformações sociais, assim, a comunicação não deve ser
uma parte do processo, ou seja, um instrumento das organizações. Portanto, ao
pensar no planejamento de comunicação, entende-se que ela deve estar presente
em todos os processos, entretanto, muitas vezes, a comunicação, nas organizações
privadas, políticas etc., é praticada como instrumento, o qual, mediante ações
planejadas, alcança objetivos, sendo pouco percebida como produtora das orga-
nizações. Em virtude disso, cabe apresentar a atuação das Relações Públicas na
busca do equilíbrio entre a organização e os interesses dos públicos.
“
O uso das suas estratégias e táticas, por parte das organizações
políticas, sejam elas partidárias, independentes, associativas, go-
vernativas ou sindicais. Não é uma mera função de assessoria de
imprensa de partidos ou candidatos, pois, apesar de esta função ser
103
importante, o seu âmbito abrange mais do que estratégias e táticas
UNIDADE 3
Campanhas eleitorais
UNICESUMAR
emoção) e os investimentos que serão destinados à comunicação e ao marketing.
Após esta fase de implementação das ações, elas devem passar por avaliação e
acompanhamento para identificar se os objetivos foram atingidos bem como
deve haver o monitoramento do retorno e o desenvolvimento de alguns indica-
dores da efetividade das ações. A partir disso, é possível identificar se os resultados
esperados foram atingidos. Lembrando que essas ações devem ser embasadas e
atualizadas por intermédio de levantamento de dados, pesquisas (institucional,
opinião, satisfação etc.), auditorias de imagem, mapeamento de cenários e públi-
cos, entre outros, pois, somente assim será possível a efetividade do plano.
Nesta direção, Torquato (2014) salienta que o marketing político atua em dois
momentos distintos. Um deles diz respeito às campanhas eleitorais majoritárias,
ou seja, o período quando candidatos realizam suas ações de comunicação e di-
vulgação para promover projetos e propostas e atingir o maior número de votos
nas eleições governamentais (presidente, Câmara Federal, vereadores etc.). Outro
momento é o marketing permanente, período quando os governos devem informar,
constantemente, práticas realizadas durante o mandato de determinado governo.
Na visão de Torquato (2014, p. 43), para uma campanha ser bem realizada, é
necessário “tirar o máximo proveito dos cinco eixos que formam o marketing
político eleitoral: pesquisa, discurso, comunicação, articulação e mobilização”.
Esses eixos procuram identificar as necessidades das comunidades, conforme a
Figura 7 a seguir:
Descrição da Imagem: na imagem, há cinco círculos e, em cada um deles, estão escritos os eixos estratégicos.
No primeiro círculo, está escrito: pesquisa; no segundo círculo, encontra-se escrito: discurso; depois, há o
círculo escrito comunicação, seguido dos círculos com as palavras articulação e mobilização.
e as necessidades do bairro e das cidades, no caso destas, desde as mais simples até
as maiores.“As pequenas fazem parte da micropolítica. Trata-se da iluminação da
rua, do transporte, segurança. [...] Já na frente da macropolítica estão as questões
mais abrangentes: o sistema geral da educação no município, o emprego e etc.”
(TORQUATO, 2014, p. 44). A pesquisa também contribui para a construção de
um banco de dados, identificando o perfil; a partir disso, ao conhecer o perfil
emocional e racional dos eleitores, é possível pensar no desenvolvimento das
narrativas da campanha.
O discurso diz respeito à verbalização das falas bem como à expressão do
candidato, enquanto a comunicação abarca o planejamento das campanhas pu-
blicitárias, das peças de comunicação que serão desenvolvidas e divulgadas(elas
devem estar prontas antes do lançamento do candidato). Neste momento, é possí-
vel, também, aproveitar essa comunicação para divulgar informações de utilidade
pública. Um exemplo disso é o uso do tradicional “santinho” do candidato para
informar algo.
A etapa da articulação envolve o calendário e a agenda de visitas do candidato
aos órgãos e comunidades bem como o mapeamento das regiões. E, por último,
a mobilização da sociedade, que acontece por intermédio dos eventos realizados
durante a campanha (TORQUATO, 2014).
Geralmente, as campanhas podem ter várias finalidades, tais como: persua-
dir os eleitores, aumentar a visibilidade e o reconhecimento dos candidatos e
partidos e, ainda, traçar estratégias de construção de uma imagem positiva desse
candidato. Entretanto os eleitores carecem de liderança política e transparência e
querem entender o que os candidatos pretendem fazer assim que forem eleitos.
Portanto, “se os governos usassem campanhas para promover a cidadania e os
valores democráticos, estariam contribuindo para a elevação dos padrões civili-
zatórios” (TORQUATO, 2014, p. 207).
É importante destacar que a legislação eleitoral impõe algumas regras para
divulgação e distribuição do material. Portanto, é fundamental atentar-se à le-
gislação, baseada na Lei das Eleições — Lei Federal n° 9.504/1997. Além disso,
em determinado momento da campanha, o candidato é impossibilitado de
fazer propaganda.
106
4
CANAIS DE
UNICESUMAR
COMUNICAÇÃO
para campanhas eleitorais
107
quisa, cobertura do veículo e audiência, são dados que precisam ser levados em
UNIDADE 3
108
“
Prospectar os canais que têm mais influência sobre o leitor, aqueles
UNICESUMAR
que mexeram com seus sentimentos. Tanto a comunicação bem-fei-
ta quanto a malfeita chamam a atenção, atingindo com um impac-
to a atenção do eleitorado ou não provocando nenhuma comoção
(TORQUATO, 2014, p. 45).
109
este tipo de conteúdo circular nos mesmos espaços. Já o Twitter e o Facebook,
UNIDADE 3
110
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Com o estudo, foi possível identificar que o marketing político se refere ao con-
junto de práticas que buscam despertar o interesse dos eleitores e preservar a
imagem de um candidato, não somente em períodos de eleições, mas, sim,du-
rante todo o mandato dele. O marketing pessoal busca fortalecer a identidade e
imagem pessoal do candidato, ambos andam lado a lado, e a comunicação tem
papel estratégico para estabelecer relacionamento com os públicos. A partir dis-
so, é fundamental que o candidato dialogue com eles, apresentando programas
e propostas para a comunidade, demonstrando preocupação em combater as
desigualdades e em estabelecer afinidade com o eleitor.
No ambiente midiatizado das plataformas digitais, os eleitores tornam-se
coautores de conteúdos, e a necessidade em participar da política tem aumentado,
ampliando a participação do eleitorado. Estas transformações levam a organiza-
ção política a repensar suas práticas, que devem ser norteadas por uma comuni-
cação mais democrática, ética e coletiva. Portanto, governo, organizações políticas
e candidatos devem ficar atentos ao que os eleitores disseminam sobre eles nas
comunidades, nas páginas pessoais, nas redes de relacionamento, entre outros.
A partir disso, dialogar nesses espaços e manter a credibilidade das informações
torna-se primordial para evitar riscos à imagem e à reputação.
Observou-se o papel do Relações Públicas como mediador da imagem entre a
organização política e os públicos, estreitando as relações e fortalecendo a imagem
e credibilidade dela. A comunicação integrada — administrativa, interna, insti-
tucional e mercadológica — deve ser percebida como uma filosofia de vida das
organizações, ela deve direcionar as ações, os procedimentos e a tomada de decisão.
Nesta direção, para fazer uma campanha bem-feita, é necessário identificar o
objetivo, as estratégias, os públicos de interesse, a mensagem, os canais que repre-
sentam mais influência sobre os públicos (despertam identificação e emoção) e
os investimentos que serão destinados à comunicação e ao marketing.
Nota-se que a garantia de sucesso de uma campanha eleitoral está no plane-
jamento dela, assim como na estratégia que será adotada na hora de planejar as
mídias utilizadas para divulgação da campanha. Lembrando que os candidatos, por
intermédio dos discursos propagados nas campanhas políticas, assumem um papel
significativo na sociedade por pautarem assuntos e promoverem a identificação do
eleitor com ele. Portanto, é fundamental que o discurso esteja alinhado à prática.
111
na prática
2. Cite e explique a função estratégica das Relações Públicas nas organizações políticas
e na assessoria de candidatos.
PORQUE
112
na prática
5. O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão, em maio de 2020, após ser
informado pela imprensa a respeito de algumas decisões tomadas pelo presidente
Jair Bolsonaro. Durante o mandato do ministro, ele foi alvo de diversos memes en-
volvendo sua imagem. Acerca dos memes, assinale a alternativa correta:
113
aprimore-se
Vamos apresentar três casos reais, entre eles, a pandemia de Covid-19 e a política,
o descuido do ministro Paulo Guedes e a campanha do presidente Jair Bolsonaro.
A finalidade de apresentar estes exemplos é contribuir para o entendimento dos
conteúdos apresentados na unidade.
114
aprimore-se
115
aprimore-se
mundo” (MAZUI, 2020, on-line). Até então, não havia nada comprometedor em seu
discurso, entretanto, ao exemplificar seu ponto de vista em relação ao dólar baixo,
o ministro declarou: “até mesmo empregadas domésticas estavam viajando para a
Disney nos Estados Unidos” (MAZUI, 2020, on-line). Logo após esta declaração, ele
reconheceu que sua fala abriu precedentes para interpretações negativas e tentou
esclarecer sua fala, comentando: “o ministro diz que empregada doméstica está
indo para Disneylândia. O ministro disse que o câmbio estava tão barato que todo
mundo estava indo para a Disneylândia, até as classes mais baratas” (MAZUI, 2020,
on-line). Em seguida, sugeriu à população que explorasse mais os pontos turísticos
do país (Foz do Iguaçu, Chapada Diamantina, Floresta Amazônica, entre outros).
Quando tudo parecia ter terminado, começaram a circular, nos principais portais
de notícias (Folha, UOL, Estadão etc.), manchetes que impactavam, negativamente, a
imagem do ministro. Na sequência, estes conteúdos se espalharam nas plataformas
digitais e, em instantes, essas informações viralizaram, assim, Paulo Guedes tornou-se
um dos assuntos mais abordados nos veículos de massa e nas plataformas. Também
circularam memes que associavam a imagem do ministro ao personagem Caco Antibes,
protagonizado por Miguel Falabella, no programa de televisão “Sai de Baixo”, pois esse
personagem era conhecido por ironizar as pessoas das classes mais baixas.
Observa-se que o público participa, toma partido, diverge, partilha, questiona, re-
clama, discorda e desconfia e, também, de tanto ter sido enganado pela corrupção
de governos anteriores, dissemina isso em suas páginas. Para lidar com tal situação,
as figuras públicas precisam estar preparadas, isto é, é preciso acompanhar estes
comentários negativos e monitorar o tempo de permanência deles nas plataformas.
A reputação de uma figura pública pode cair rapidamente se seu discurso tiver teor
pejorativo, mas, infelizmente, alguns políticos ultrapassados ainda acreditam que as
massas são manipuladas, entretanto isso serve de aprendizado para alertar sobre
as mudanças que ocorrem na sociedade.
Em meio à repercussão negativa, o ministro da Economia lamentou o ocorrido
e pediu desculpas às empregadas domésticas. “E justamente também as famílias
mais humildes, empregadas domésticas, inclusive, a quem eu peço desculpas, se
puder ter ofendido” (G1, 2020, on-line), dizendo, também, durante o lançamento de
116
aprimore-se
crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal, que sua avó paterna foi empregada
doméstica. Entretanto, em seguida, o ministro questionou qual o problema em citar
empregadas domésticas para exemplificar um fato.
Cabe salientar que o pedido de desculpas foi correto, mas narrativas como esta
precisam ser repensadas diante da disparidade social existente no país, pois co-
locam em risco projetos de figuras públicas. Mesmo o ministro sendo uma figura
respeitada no cenário político e econômico, atitudes assim geram falta de empatia e
despertam insegurança em relação à seriedade de seu mandato.
117
aprimore-se
118
eu recomendo!
livro
filme
A Grande Ilusão
Ano: 2006
Sinopse: atingido pelos efeitos da Depressão de 1929, o estado
da Louisiana vê aumentar o número de cidadãos pobres. Neste
contexto, surge o populista e demagogo Willie Stark (Sean Penn),
que se autodeclara um caipira por ter descoberto que, falando
assim, era ouvido pelo povo. Ele é estimulado por um partido de
oposição, que busca os votos dos indecisos, a disputar o cargo de
governador.
119
eu recomendo!
conecte-se
120
4
MARKETING
ESPORTIVO
PROFESSOR
Me. Wainer Cristiano Cancian
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Marketing Esportivo: aspectos
introdutórios • Promoção na indústria esportiva • Merchandising esportivo • Administração de Marketing
Esportivo • Marketing Esportivo na prática.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Descrever os aspectos introdutórios sobre o Marketing Esportivo • Entender o composto promocional
na indústria esportiva • Investigar o merchandising esportivo • Explicar o processo de administração do
Marketing Esportivo • Empregar exemplos do Marketing Esportivo.
INTRODUÇÃO
UNICESUMAR
ESPORTIVO:
aspectos introdutórios
“
Todas as atividades designadas a satisfazer as necessidades e de-
sejos dos consumidores esportivos através de processos de troca,
desenvolvendo dois eixos principais: o marketing de produtos e
serviços esportivos diretamente para os consumidores esportivos
e o marketing de outros produtos e serviços através da utilização
das promoções esportivas.
Cabe, ainda, destacar o poder do Marketing Esportivo, haja vista que muitas
marcas se tornaram famosas graças ao esporte e algumas nações agradecem a
economia gerada devido ao esporte, assim como o poder para impulsionar re-
lações internacionais.
Muito bem, agora que você compreendeu o que, de fato, é o Marketing Espor-
tivo e, assim, trouxe significado ao seu processo de construção sobre o assunto,
tenho certeza que buscará ainda mais definições e ramificações.
Para dar mais significado ao tema, pense que você já deve ter se deparado com
diversas campanhas estratégicas incluindo artistas de determinada marca, posts
nas mídias digitais, outdoor etc., certo? No caso do Marketing Esportivo, é bem
provável que tenha, também, percebido estratégias de campanha vinculando um(a)
jogador(a) a uma ação (Figura 1). Quer um exemplo para seu entendimento?
124
Descrição da Imagem: a imagem mostra a significação do marketing esportivo do Santos Futebol Clube por
UNICESUMAR
meio do anúncio do patrocínio da Unicesumar ao time paulista. À esquerda, o texto: Santos e Unicesumar. A
melhor parceria dentro e fora do campus. À direita, um capelo (nome do chapéu do formando) na cor preta
em cima de uma bola de futebol na cor azul. No final do anúncio, estão as logos da Unicesumar e do Santos
Futebol Clube, com a frase: a nova patrocinadora do Santos F. C.
Figura 1 - Significação: Marketing Esportivo Santos Futebol Clube / Fonte: Máquina do Esporte
(2018, on-line).
No mundo dos negócios, não se sinta ofendido(a), caso um dia você esteja inse-
rido(a) no universo do Marketing Esportivo e ser chamado(a) de produto ou ver
um atleta ou, até mesmo, o seu time do coração sendo assim chamado. De forma
básica, temos três produtos no Marketing Esportivo (Figura 2).
125
Descrição da Imagem: a imagem mostra três círculos sobrepostos. Cada círculo representa um produto do
UNIDADE 4
esporte e cada círculo possui, dentro de si, os dizeres: eventos, equipes, atletas.
EVENTOS
ATLETAS
EQUIPES
126
Os eventos esportivos nada mais são, em última análise, do que reuniões
UNICESUMAR
de atletas e/ou equipes, por este motivo, criam um apelo especial para o
mercado. As competições esportivas são produtos essenciais do esporte
Eventos
tanto para praticantes (que pagam inscrições) quanto para torcedores
(que adquirem ingressos) e para o mercado corporativo, seja na forma
de conteúdo de mídia, seja na forma de veículo de comunicação.
Devemos, ainda, ter em mente que não devemos nos limitar (lembre-se de que
informei que o Marketing Esportivo está em ascensão) e, por isso, cabe ressaltar:
“a indústria do esporte é ampla e inclui segmentos da indústria, como adminis-
tração de academias, esportes recreativos e profissionais” (PITTS; STOTLAR,
2002, p. 160). Neste sentido, qualquer produto que satisfaça uma necessidade ou
um desejo dos consumidores, em relação ao esporte, à ginástica e à recreação, é
considerado um produto esportivo.
Tomando, ainda, como base, o produto esportivo, Mullin, Hardy e Sutton
(2004, p. 21) descrevem “um conjunto particular de elementos que distingue o
produto esportivo”. São eles:
“
[...] competição lúdica, tipicamente na forma de algum jogo; uma
diferenciação do espaço e tempo ‘normais’; regulamento por regras
especiais; destreza e treinamento físicos instalações e equipamentos
especiais (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2004, p. 21).
127
Descrição da Imagem: vemos uma figura no formato de um círculo com vários outros círculos dentro de si,
UNIDADE 4
Mix de marketing
esportivo
Forma esportiva
específica
Pro
Forma esportiva
du
genérica
ei
ça
to
Fu
qu
Pra
teb
Hó
At
ivi
ol
os
Benefícios
da
Jog
essenciais
de
s
Saúde,
es
Entretenimento
Regr
laçõ
Sociabilidade
Tênis
Conquistas
Golfe
Insta
as
ção
Eq
mo
uip des
am lidaas
Pro
en i
Pre
b
Be to Ha físic
ço
ise
bo l
l e ibo
Vol
Relações públicas
UNICESUMAR
e atletas que jogam independentes e, muitas vezes, sozinhos, o espor-
te ocorre em situações públicas e precisa de pessoas para isso. O ato de
desfrutá-lo como jogador ou como espectador/fã é, quase sempre, uma
função de interação.
■ Inconsistência e imprevisibilidade: a partida de um jogo de futebol que
hoje será diferente daquela da próxima semana (mesmo que alinhamen-
tos, formações e placares sejam os mesmos). Outros fatores contribuem,
além do próprio esporte que está sendo praticado: clima, lesões que po-
dem ocorrer, rivalidades e resposta dos espectadores também mudam.
■ Controle do produto essencial fora das mãos do profissional de
marketing: os profissionais de Marketing Esportivo têm pouco ou quase
nenhum controle sobre o seu produto essencial.
129
2
PROMOÇÃO NA
UNIDADE 4
INDÚSTRIA
esportiva
Caro(a) aluno(a), vimos, até aqui, alguns aspectos essenciais do Marketing Espor-
tivo e pudemos compreender a sua amplitude, certo? Sabendo de todo o processo
que percorremos até o momento, convido você a realizar as atividades propostas
na seção chamada “Na prática”, no fim da unidade, de forma a complementar o
que vimos e, ainda, refletir, de forma consciente, sobre as experiências que você se
permitiu ter. Para isso, sugiro, também, que reflita sobre tudo o que foi abordado
aqui, sempre trazendo para o contexto de sua realidade ou de alguma experiência
anterior. Reflita sempre sobre cada tema visto.
Agora, podemos seguir! Bem, falaremos, a seguir, sobre a promoção dentro do
universo do Marketing Esportivo. Como você deve ter estudado, a promoção tam-
bém é considerada como um dos Ps do mix de marketing, mas, aqui, daremos mais
importância a ela, pois é graças à promoção que o esporte ganha vida para o público.
Desta forma, Mullin, Hardy e Sutton (2004) descrevem que a promoção é
considerada uma categoria, dentre tantas outras, que busca estimular o interesse
do consumidor, o conhecimento sobre um produto e, ainda, a compra desse pro-
duto. Destaca-se, também, que a promoção é um mecanismo crítico que busca
posicionar um produto e a sua imagem na mente do consumidor. “A promoção
concentra-se em ‘vender’ o produto; sem vendas, uma empresa não operará por
muito tempo. Embora vender não seja igual a comercializar, é um componente
vital” (MULLIN; HARDY; SUTTON, 2004, p. 142).
130
Em se tratando de formas de atividades de comercialização, para o termo
UNICESUMAR
“promoção”, dentro do conceito principal de marketing, observe o Quadro 2:
Ainda devemos considerar que, para ter sucesso, devemos seguir a abordagem
AIDA, em conformidade com os seguintes passos propostos por Mullin, Hardy
e Sutton (2004):
■ Aumentar a atenção (A).
■ Atrair o interesse (I).
■ Estimular o desejo (D).
■ Iniciar a ação (A).
conceituando
Por outro lado, devemos, ainda, considerar que “as pessoas não vão comprar um
produto se não souberem que ele existe” (PITTS; STOTLAR, 2002, p. 229), por
isso, devemos entender a promoção como um elemento importante para um
profissional do Marketing Esportivo. Mas por qual motivo ela se torna tão im-
portante? Com base em Pitts e Stotlar (2002), a promoção:
131
■ Estabiliza uma imagem: o profissional de Marketing Esportivo deve
UNIDADE 4
132
Depois de estabelecer os objetivos,
UNICESUMAR
pode-se elaborar um plano envolvendo
Elaborar plano específico
tipos, composição e prazos promocio-
nais.
Quatro categorias:
- Propaganda.
Determinar métodos promocionais
- Venda pessoal.
(mídia)
- Promoções de vendas.
- Publicidade.
Tipos de objeti-
Demanda Informação Imagem
vos
133
Tipos de objeti-
UNIDADE 4
Que o consu-
midor pense na
Orientar ou infor- empresa em ter-
Compra do pro-
Resultado dese- mar o consumidor mos específicos:
duto da empresa
jado sobre a empresa boa, positiva, bri-
pelo consumidor.
ou seus produtos. lhante, criativa,
divertida, séria
etc.
- Persuasiva.
- Informativa. - Informativa.
Mensagem - Orientada pela
- Lembrete. - Persuasiva.
demanda.
Uma associa-
ção de golfe
profissional
Uma nova em- feminino usa a
presa de Marke- TV e os anúncios
ting Esportivo em quadros
Um fabricante de
é inaugurada e de avisos para
calçados espor-
publica, num informar sobre
tivos usa um
jornal local, um seu jogo anual
famoso jogador
Exemplo anúncio contando “jovens carentes
de basquete para
sua história, o que contra profissio-
persuadir o consu-
faz, seus produtos nais”. A associa-
midor a comprar
e serviços, onde ção e as jogado-
seus produtos.
se localiza e os ras pagam para
horários de funcio- que os jovens
namento. passem o dia
jogando golfe e
participando de
outros eventos.
Quadro 4 - Objetivos da promoção no esporte / fonte: adaptado de Pitts e Stotlar (2002, p. 235).
Além disso, a empresa precisa considerar que, se ela pretende afetar o comporta-
mento de seus consumidores (atuais ou futuros), deve sempre buscar estabelecer
objetivos com base na orientação pela demanda.
“
Se pretende orientar ou informar o consumidor sobre algo, a empre-
sa deve estabelecer objetivos orientados pela necessidade de infor-
mar. Normalmente, a empresa quer informar o consumidor sobre
134
si mesma, seus produtos, serviços ou outros detalhes. A informação
UNICESUMAR
típica inclui a localização da empresa, o calendário de vendas espe-
ciais, as ofertas ou algo mais sobre os produtos que fabrica (PITTS;
STOTLAR, 2002, p. 236).
3
MERCHANDISING
ESPORTIVO
“
A palavra inglesa merchandise significa ‘mercadoria’, e merchandiser
significa‘negociante’. Por sua vez, a tradução de merchandising seria
135
‘mercadização’, nome que em português não corresponde exatamen-
UNIDADE 4
pensando juntos
Reflita sobre quantas vezes você assistiu a um jogo de futebol pela televisão e viu a marca
de um produto ou serviço passando nas telas ao redor do gramado, geralmente, sem
relação direta com o futebol em si. É o merchandising agindo!
Para Lupetti (2003, p. 84), “é um conjunto de ações que visam construir um cená-
rio favorável para a compra do produto no ponto de venda, podendo ou não ser
fortalecido por aparições da marca de forma casual em programas de TV, shows
etc”. Cabe, aqui, destacar que não daremos ênfase no que tange a mercados, mas
o faremos de forma ampla, para que você, aluno(a), consiga relacionar o mer-
chandising aos conceitos de Marketing Esportivo.
Descrição da Imagem: uma loja em forma de tenda exibe produtos oficiais do piloto de Fórmula 1 Ayrton
Senna. Algumas pessoas estão de frente para a tenda, observando os produtos.
UNICESUMAR
medidas necessárias para o que produto ou serviço seja preparado, apresentado
e vendido ao consumidor de modo certo, no lugar e tempo certos, na quantia e,
também, no preço corretos (CONTURSI, 2000). Neste sentido, observa-se que o
material do ponto de venda (pelo qual o merchandising é responsável) é analisado
pelo PDI (permanência, dominância e impacto).
Mas por que o merchandising é tão importante? Justamente pelo impacto que ele
causa no ponto de venda. “Se a necessidade do consumidor gera estímulos que
podem ser impulsionados no ponto de venda para despertar a ação da compra,
isso significa que você deve estar com o produto certo no lugar certo” (SAES;
CANCIAN, 2018, p. 19).
Outro ponto que devo destacar é que o merchandising é muito parecido com
a promoção de vendas, mas não são o mesmo. Contursi (2000) destaca que a pro-
moção de vendas visa à melhora, à aceleração e à dinamização das vendas de um
produto ou serviço mediante a oferta de atrativos ofertados aos consumidores,
como ofertas combinadas, brindes, concursos, dentre outros; enquanto o mer-
chandising é focado em explorar aspectos visuais (ou outros sentidos: audição,
olfato e paladar). Mesmo sendo parecidos, o merchandising e a promoção de
vendas possuem alguns objetivos em comum.
“
Induzir novos consumidores à experimentação e à compra.
Influenciar consumidores atuais, estimulando fidelidade à marca.
137
Aumentar participação no mercado.
UNIDADE 4
Apresentar inovações.
Diferenciar uma marca de seus concorrentes.
Eliminar estoques nos pontos de venda.
Provocar estoque do produto no lar.
Gerar tráfego nas lojas.
Dar incentivo aos canais de distribuição (PDVs)
(BLESSA, 2014, p. 4).
138
Agora, é com você! Vamos conceitualizar o que vimos até aqui? Para isso, convi-
UNICESUMAR
do você a experimentar a leitura de um artigo sobre o merchandising esportivo,
para que, assim, você compreenda e entenda melhor os temas aqui trabalhados.
O artigo está disponível no espaço “Eu recomendo”, ao fim desta unidade.
Para o Marketing Esportivo, o merchandising deve agir em consonância com
os objetivos propostos. Deixo, como exemplo, um dos maiores sucessos quando
o assunto é Marketing Esportivo e merchandising: o Super Bowl (Figura 5). Só
para ter uma noção, um anúncio de 30 segundos custa mais de US$ 5 milhões.
Descrição da Imagem: entrada de um estádio com a fachada nas cores cinza e azul, exibindo o letreiro Hard
Rock Stadium. Embaixo desse letreiro, há outro, em letras vermelhas grandes, com os dizeres: Super Bowl Liv.
Figura 5 - Fachada de um estádio Hard Rock exibindo o letreiro da história da liga Super Bowl Liv
Por fim, Contursi (2000) traz algumas recomendações para lojas esportivas em
relação ao merchandising, conforme a Figura 6, a seguir.
139
Descrição da Imagem: a imagem é uma loja de produtos esportivos com gôndolas e materiais relacionados
UNIDADE 4
ao esporte, como camisetas, bolas, tênis e halteres. Consta, na imagem, em forma de balão, as recomendações
em relação ao merchandising de Contursi (2000, p. 244):
O reabastecimento das gôndolas deve ser perfeito para evitar falhas.
Qualquer exposição de oferta deve ser apoiada por um cartaz explicativo.
Atenção deve ser dada à marcação de preços nas embalagens. As etiquetas ou carimbos precisam ser aplicados
em lugar fácil de encontrar.
Nunca marcar preços nas tampas das embalagens, pois podem ser trocadas facilmente.
Nunca remarcar preços na área de venda à vista do público, evitando, também, ao máximo, a marcação inicial
de qualquer mercadoria em frente aos clientes.
Todos os espaços disponíveis nas lojas devem ser aproveitados ao máximo para a exposição de mercadorias.
Os produtos em exposição devem estar sempre limpos, sem poeira e com os rótulos perfeitos, em caso de
lanchonetes nos clubes e nas academias.
Não podemos deixar de lembrar, também, que a limpeza geral das lojas é importante. Por melhor que seja a
exposição das mercadorias, tudo ficará prejudicado se a loja estiver suja.
Atenção especial e constante deve ser dedicada aos locais de exposição e venda de alimentos já preparados
(lanchonetes e bares em clubes, academias e estádios). A limpeza precisa ser absoluta e o aspecto de higiene
deve ser total.
É importante ter sempre em mente que o grande negócio que movimenta o mer-
chandising e o Marketing Esportivo, de forma geral, é a venda. Neste aspecto,
devemos lembrar que a limpeza é quesito fundamental para qualquer ambiente,
para merchandising ou não. Isto porque o esporte é saúde e a limpeza é requisito
básico para a prática da atividade física.
140
4
ADMINISTRAÇÃO DE
UNICESUMAR
MARKETING
esportivo
141
UNIDADE 4
Planejar:
fazer planos para enfrentar
situações levantadas pela previsão.
É a capacidade de tomar decisões
Prever: acertadas. É a escolha dos meios
a palavra significa para atingir os objetivos de Marketing
"perscrutar o futuro", antever da empresa e saber avaliar a
os acontecimentos para importância de cada
antecipar-se a eles. um deles.
Outro fator importante para uma boa administração de marketing está na deli-
neação de políticas que devem ser adotadas para melhor desempenho de cada
função. O mercado é volátil e é quase impossível seguir uma rota que foi traçada
sem que haja desvios. Existem diversos contratempos e, por isso, ter boas políticas
auxilia a tornar qualquer ação possível; é importante ter em mente que, após ter
142
estabelecido as políticas, estas somente serão alteradas por um motivo que seja
UNICESUMAR
genuíno para a organização. As políticas de marketing, segundo Contursi (2000,
p. 45), envolvem questões relacionadas a:
a) Produto;
b) Mercado;
c) Compras;
d) Vendas;
e) Serviços;
f) Propaganda;
g) Promoção;
h) Relações Públicas.
5
MARKETING
ESPORTIVO
na prática
Bem, caro(a) aluno(a), chegamos à última discussão que propus para esta uni-
dade e, por se tratar de um tema tão cheio de cases, reservei esta aula para trazer
exemplos de Marketing Esportivo, para que, assim, você aumente o seu repertório
144
com base em tudo o que trabalhamos até aqui. Lembre-se de que sempre existem
UNICESUMAR
milhares de outros exemplos que você pode e deve buscar para melhorar ainda
mais a sua compreensão.
Desta forma, trago, então, a parceria entre Unicesumar e Santos F. C. Além da
divulgação da marca Unicesumar junto ao clube paulista, a instituição oferece
bolsas de estudos de graduação e pós-graduação para os atletas, incluindo o pro-
fissional masculino e feminino e as categorias de base bem como os funcionários
do Santos, estendendo-se aos familiares.
Descrição da Imagem: a imagem mostra duas representações sobre um fundo branco, imitando o tecido de
camisetas esportivas: à esquerda, o brasão do Santos Futebol Clube, em preto e branco, e à direita, a logo da
Unicesumar, em azul e branco.
145
Descrição da Imagem: entrada de um estádio o qual tem formato oval. A fachada do estádio está iluminada
UNIDADE 4
por luzes vermelhas e, ao centro da fachada, um letreiro iluminado em cores azuis com as palavras: Coca-Cola
arena.
O que nos chama muito a atenção é: como uma empresa que produz refrigerantes
(bebida que não é associada, frequentemente, ao conceito de “vida saudável”)
busca patrocinar eventos esportivos? Sendo assim, é importante sempre conhecer
a empresa que patrocinará o seu evento esportivo. A exemplo da Coca-Cola, a
empresa não investe, necessariamente, em seu próprio produto (refrigerante) para
os atletas, mas em outras formas de auxiliá-los com seu estilo de vida saudável.
conecte-se
Por fim, falo sobre o futebol de modo geral. Isso porque é um dos esportes mais
conhecidos em todo o planeta. De forma simples, o patrocínio deve ser feito por
meio da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o clube envolvido por meio
da empresa que está buscando tal patrocínio, como retratei no caso da Unicesu-
mar em parceria com o Santos F. C.
146
Descrição da Imagem: A imagem apresenta o interior de um estádio a partir do ponto de vista de quem está no
UNICESUMAR
campo. Em primeiro plano, o gramado verde, ao fundo, há arquibancadas iluminadas e cheias de torcedores.
Conseguiu perceber a infinidade de ações que podem ser feitas por meio do
Marketing Esportivo? São inúmeras as possibilidades de inserir a sua empresa
no ramo esportivo. É importante ter sempre em mente o propósito daquela ação,
para que o foco/essência da empresa não seja perdido ou, muito pior, que seus
clientes percebam.
Para fecharmos com chave de ouro esta unidade, convido-o(a) a relacionar
todo o processo aqui aprendido com a prática e, por isso, sempre que você ver algo
relacionado ao Marketing Esportivo, busque investigar as etapas que estão por
trás daquele processo, os produtos da empresa e as ações de marketing e avaliar
com todo o conteúdo que você viu até aqui.
147
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 4
Caro(a) aluno(a), finalizamos um grande passo para seus estudos, ou seja, falar
sobre o Marketing Esportivo. Percorremos um grande caminho até conseguirmos
trazer os aspectos mais relevantes para a sua compreensão e, principalmente, para
a sua formação.
Desta forma, vimos, nesta unidade, os aspectos introdutórios do Marketing
Esportivo, de modo que foi possível entender os fundamentos que permeiam o
assunto, assim como a definição de Marketing Esportivo. Tudo isto foi de fun-
damental importância para compreender que se trata de uma ramificação do
marketing tradicional, sendo caracterizado pelas atividades que satisfazem às
necessidades e aos desejos de consumidores do ramo esportivo.
Vimos, ainda, o fator “promoção”, que é considerado — em praticamente to-
dos os setores — primordial, sendo esta regra válida para qualquer negócio. É a
promoção que rege e mantém o Marketing Esportivo em voga, que atrai, fideliza
e mantém o cliente. Mas lembre-se: uma promoção malfeita pode afastar multi-
dões de consumidores.
Falamos, também, de uma de minhas paixões que envolvem o Marketing
Esportivo: o merchandising. Perpassamos alguns pontos importantes, como a
permanência, a dominância e o impacto (itens que fazem a diferença dentro do
merchandising esportivo), e vimos que o impacto causado pelo merchandising
é absurdo quando se trata de consumidores, pois ele é responsável pela visibili-
dade de produtos e serviços dentro do ponto de venda. Que responsabilidade,
não é mesmo?
Para fechar nossa unidade, abordei a administração do Marketing Esportivo,
afinal, para ser um ótimo gestor de marketing, precisamos nos aprofundar em
teorias. Falamos, ainda, sobre o Marketing Esportivo na prática, trazendo exem-
plos de cases reais para que fosse possível a compreensão do tema como um todo
e, assim, sentir-se, de fato, em um ambiente profissional do Marketing Esportivo.
Desejo ótimos estudos e muita, mas muita inspiração para você sempre bus-
car mais conhecimento. Conhecer é lindo!
148
na prática
a) Merchandising.
b) Marketing Esportivo.
c) Produtos.
d) Serviços.
e) Atividades dos consumidores.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
149
na prática
3. O merchandising possui três objetivos principais, sendo eles: 1) vender mais e me-
lhor; 2) incrementar o número de consumidores; 3) reduzir custos. Para este terceiro
objetivo, é importante lembrar que a redução de custo diz respeito às próprias ações
de merchandising, já que elas podem reduzi-lo nos pontos de venda, por exemplo, o
custo da mão de obra. Sobre os outros dois objetivos, analise as afirmações a seguir.
a) II, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
I - Produto.
II - Mercado.
III - Lojas.
IV - Relações públicas.
150
na prática
a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
a) IV, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
151
aprimore-se
Falamos, nesta unidade, sobre inúmeros temas, mas sem esgotá-los. Dentre de tudo o
que foi falado e, ainda, considerando a administração e a prática do Marketing Espor-
tivo, fica uma pergunta: existem locais propícios de atuação do Marketing Esportivo?
Sim! Claro, é preciso delimitar casos e casos (podendo ocorrer de maneira informal,
principalmente se considerarmos o advento da internet e os caminhos que os métodos
trabalhistas permitem hoje, como o home office e os contratos PJ (pessoa jurídica).
Sendo assim, apresento a você as agências de Marketing Esportivo. Uma agên-
cia desta área é uma empresa cujas atribuições englobam a criação, a construção,
o gerenciamento, o aprimoramento e a comercialização do objeto esportivo bem
como de sua imagem, de suas relações com a mídia, com as agências de publicidade
e comunicação, parceiros de negócios e patrocinadores. Sua meta, por meio de sua
expertise em esportes e marketing, é potencializar os resultados das diversas partes
envolvidas na busca dos melhores resultados para todas as partes.
Seu envolvimento com o mundo esportivo é relativamente recente. Os pionei-
ros, que também são os exemplos mais bem-sucedidos desse mercado, foram Mark
McCormack, fundador da IMG, dos EUA, e, mais tarde, Horst Dassler, fundador da
Adidas e da ISL Worldwide, ambas suíças. Estas duas empresas reinaram absolutas
no mercado mundial por muitos anos. Hoje, apenas a primeira ainda existe (e conti-
nua se expandindo, exponencialmente, diga-se de passagem).
A maioria dessas agências surgiu da necessidade objetiva de atender um cliente
específico, como no caso da IMG, que foi criada para cuidar da imagem e dos ne-
gócios do golfista Arnold Palmer. A ISL Worldwide, por sua vez, nasceu do desmem-
bramento do departamento de marketing da Adidas. Sob o comando de Jean Marie
Weber e Dassler, cresceu até administrar os direitos e as propriedades de marketing
de algumas das maiores e mais importantes entidades esportivas e eventos mun-
diais, como Fifa, Uefa, Cart, ATP, Fiba, Fivb etc.
152
aprimore-se
153
eu recomendo!
livro
Marketing Esportivo
Autores: Melissa Johnson e Jane Summers
Editora: Cengage Learning
Sinopse: o livro sugerido traz uma reflexão considerada inovado-
ra para o estudo do Marketing Esportivo. A obra considera este
marketing sob uma ótica estratégica e explora o melhor dos dois
mundos: o Marketing Esportivo e o tradicional, mas que é trazido
para o contexto do esporte.
conecte-se
154
5
MARKETING DE
EVENTOS
PROFESSOR
Me. Gabriel Coutinho Calvi
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Conceitos e características dos
eventos • Marketing e identidade visual de um evento • Gestão de eventos • Estratégias para comercia-
lização de eventos • Os eventos e a comunicação de marketing na pós-modernidade.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Apresentar os conceitos e as características principais do termo “evento” bem como da sua importância
e necessidade • Apresentar o processo de construção do styling e da identidade visual dos eventos. •
Apresentar como ocorre o planejamento pré, trans e pós eventos e a relevância das parcerias • Apre-
sentar estratégias para comercialização de eventos, posicionamento e comunicação de marketing •
Compreender como ocorre a comunicação de um evento na pós-modernidade diante das tecnologias
e da interação nas mídias sociais digitais.
INTRODUÇÃO
UNICESUMAR
CARACTERÍSTICAS
dos eventos
“
Acredita-se que começou aproximadamente no ano 776 a. C. com os
Jogos Olímpicos realizados na cidade de Olímpia, Grécia. Acredita-
-se também que foi a partir desses eventos que o espírito de hospita-
lidade se desenvolveu e se perpetuou, pois os eventos representam
uma forma efetiva de integrar pessoas e culturas (FREIBERGER,
2016, p. 163).
“
[...] evento é uma concentração ou reunião formal e solene de pes-
soas e/ou entidades realizada em data e local especial, com objetivo
de celebrar acontecimentos importantes e significativos, e estabele-
cer contatos de natureza comercial, cultural, esportiva, social, fami-
liar, religiosa, científica, etc.
Seja qual for o autor, todos eles apresentam um ponto de convergência a partir
da ideia de que o evento deve ser planejado, estruturado por uma equipe, a fim
de celebrar ou discutir temas relevantes para uma comunidade. Neste aspecto,
Matias (2004, p. 75) expõe a ideia de que um evento é “ação do profissional me-
diante pesquisa, planejamento, organização, coordenação, controle e implantação
de um projeto, visando atingir seu público-alvo com medidas concretas e resul-
tados projetados”.
Analisando o exposto por Matias (2004), pode-se dizer que o papel dos even-
tos é atingir um público-alvo por meio de um planejamento que visa alcançar
resultados positivos. Assim, para o desenvolvimento de um evento, é preciso ter
em mente estes conceitos, a fim de atender, dentro das características do ambiente,
as expectativas do público-alvo para o qual ele se destina. Sobre o ambiente do
evento, Coutinho (2010, p. 14) explicita:
158
“
A primeira providência a ser realizada a fim de compreender esse
UNICESUMAR
ambiente é identificar os principais participantes – os parceiros, as
pessoas e as organizações provavelmente afetadas por ele. O geren-
te de eventos precisa, então, analisar os objetivos desses principais
participantes – o que cada um deles espera ganhar com o evento, e
que forças atuando sobre eles possivelmente afetarão suas respostas
ao evento. Após esse entendimento, os organizadores estarão em
melhores condições de combinar os elementos criativos do evento e
de lhes conferir um formato e um tratamento visando aos melhores
resultados para ele.
Descrição da Imagem: a imagem mostra as características de um evento. Pode ser um evento de pequeno
porte para até 200 pessoas, de médio porte de 200 e 500 pessoas, grande porte de 500 até 5.000 pessoas e
macro ou megaevento acima de 5.000 pessoas.
Data de realização
Fixa: tem data invariável, é de acordo com as comemorações cívicas, religiosas etc. É anual e no mesmo dia,
com periodicidade determinada.
Móvel: tem data variável. Segue o calendário ou o interesse da organização promotora.
Esporádica: tem data temporária. Somente em ocasiões extraordinárias, porém previstas e programadas.
Perfil dos participantes
Geral: organizado para uma clientela em geral e limitada no espaço do local.
Dirigido: realizado a um público específico e se subdivide em grupos de interesses diversificados.
Específico: realizado para público claramente definido pela identidade de interesse pelo assunto.
Objetivos
Científico e cultural: o objetivo poderá ser educacional, político, artístico ou esportivo.
De caráter comercial: o objetivo é, basicamente, a comercialização de um ou mais produtos.
Social: o objetivo poderá ser beneficente, de congregação e integração.
159
EVENTOS
UNIDADE 5
E SUAS CARACTERÍSTICAS
PORTE
Pequeno Médio Grande Macro ou Mega Evento
DATA DE REALIZAÇÃO
OBJETIVOS
160
Todos as diretrizes apresentadas na Figura 1 devem ser respeitadas para o su-
UNICESUMAR
cesso de um evento. Além disso, é preciso pensar em outros elementos, como
orçamentos, condições climáticas, se existirá intervenção artística ou não, entre
outros que serão trabalhados posteriormente.
Em qualquer planejamento de evento, é preciso definir em qual categoria ele
se enquadra, ou seja, se ele será aberto ou fechado e sua área de interesse. Sobre
estas particularidades, Freiberger (2016), Oliveira e Freitas (2016) indicam que
um evento pode ser fechado ou aberto:
a) Eventos fechados: nestes eventos, já existe um público-alvo específico
que é convidado por meio de um convite formal ou que realiza sua ins-
crição em um site ou no local, no dia do evento. Exemplo: congressos
científicos, colóquios etc.
b) Eventos abertos: não existe um público-alvo específico, é aberto para
todos que se interessarem. Exemplos: shows, festivais etc.
161
São aqueles organizados por partidos políticos cujo
UNIDADE 5
Eventos políticos
objetivo é promover e apoiar autoridades políticas.
162
Os casamentos são exemplos de eventos sociais,
UNICESUMAR
nos quais, além da questão social envolvida, surge
Eventos sociais
o aspecto legal, jurídico, testemunhado pelos padri-
nhos.
Quadro 1 - Áreas de interesse dos eventos / Fonte: adaptado de Freiberger e Oliveira (2012,
p. 24-25).
Em relação à extensão os eventos, eles podem ter algumas extensões que variam
entre internacionais, regionais, nacional ou regional, estadual ou municipal. Frei-
berger e Oliveira (2012) orientam que os eventos internacionais são aqueles em
que existem participantes de outros países; os eventos nacionais são classificados
assim quando existem participantes de outros estados do território nacional; os
eventos regionais têm participantes de estados de uma única região. Seguindo a
mesma proposta, os eventos estaduais são assim classificados quando há apenas
participantes do estado, e os eventos municipais quando existem participantes
apenas do município onde ele é realizado.
Todos os elementos apresentados contribuem para o planejamento, a orga-
nização e o desenvolvimento de um evento. A partir deles, é possível selecionar
o melhor tipo de evento que respeita o perfil do público participante.
163
2
MARKETING E
UNIDADE 5
IDENTIDADE
visual de um evento
Todo evento, para acontecer, precisa respeitar uma série de elementos constitu-
tivos que atribuem significado e conferem uma experiência singular para todos
os envolvidos, desde a equipe de planejamento e produção até seus participantes.
Para que os objetivos do evento sejam atendidos, é necessário pensar nas estraté-
gias de comunicação e marketing que ele terá diante de todos, assim, iniciaremos
as discussões tratando das estratégias de comunicação e marketing.
A comunicação/divulgação em um evento pode ser de forma verbal, escrita
e visual. A comunicação verbal se dá por meio da fala e pode acontecer pelos ca-
nais de rádio, de TV e YouTube, pelo telemarketing, entre outros. A forma escrita,
além de ser clara e objetiva, é bastante difundida no meio, acontece por meio das
mídias sociais e utiliza-se de cartazes, folhetos, mala direta, redes sociais, outdoor,
entre outros (ARANTES, 2013).
A linguagem visual ou não verbal pode utilizar da maioria dos canais de
comunicação, ela, geralmente, vem conciliada com a escrita ou a fala do produto
e tem o objetivo de impactar e estabelecer uma memória nas pessoas que a rece-
bem (DONDIS, 2003). Assim, o Quadro 2 apresenta alguns canais de divulgação:
164
É um recurso muito utilizado e bastante funcional,
UNICESUMAR
Banners
desde que seja atraente e criativo.
Para cada evento, pode ser utilizado um canal de comunicação específico que
será previamente definido pela organização. Cabe salientar que, na atualidade,
a internet é um dos principais veículos de comunicação, pois, por meio dela, é
possível atingir, com efetividade, grandes grupos e com baixo custo. Dessa forma,
você, caro(a) aluno(a), enquanto organizador(a) de evento, pode definir qual será
a melhor alternativa.
O marketing de um evento não se encerra apenas nos canais de divulgação,
ele procura, também, auxiliar no perfil e na mensagem que o evento transmitirá.
Freiberger e Oliveira (2012, p. 51) falam sobre as estratégias de comunicação:
“
A estratégia de comunicação consiste na definição e adequação dos
meios e mensagens a serem utilizados, na busca de informar, sensi-
bilizar e motivar o público-alvo. [...] cada segmento de público exige
que seja estudada, analisada e elaborada uma estratégia de comu-
nicação específica, com meios, veículos e mensagens adequadas às
suas características. Em sua visão, a mensagem pode ser informativa,
motivacional, ou ambas, desde que estejam diretamente ligadas aos
objetivos do evento, seja concebida com a mesma diretriz e utilize
a linguagem correta.
165
Portanto, para que a comunicação de marketing ocorra, é relevante identificar
UNIDADE 5
A identidade do evento
“
A identidade é o caráter do que é uno, do que permanece idêntico
a si próprio; é o fato para uma pessoa, de ser tal indivíduo e de
poder ser assim, sem nenhuma confusão, graças aos elementos que
o singularizam. A identidade compreende, portanto, uma primei-
ra dimensão da “mesmidade”. Essa dimensão supõe a unicidade, a
permanência, a continuidade, que, como vimos, não se define senão
na diferença (LIPOVETSKY; ROUX, 2005, p. 140).
UNICESUMAR
gativamente, pois aquilo que a constitui é o que confere alma ao evento e fará
com que todos a reconheçam.
Os grandes eventos da atualidade sobreviveram devido à identidade que cria-
ram e às experiências que as pessoas fizeram com eles. Isso quer dizer que eventos
de sucesso são identificados devido ao cuidado estabelecido junto ao seu público,
dessa forma, pode-se dizer que as pessoas aderem a eles porque se identificam
com a mensagem e o ideal transmitidos, deixando de ser apenas um evento para
se tornar uma marca registrada.
explorando Ideias
Embora a moda tenha diferentes tipos de eventos, que englobam feiras, eventos e con-
gressos acadêmicos, o grande foco são os desfiles. Estes, na maioria das vezes, embutidos
em eventos grandiosos, chamam mais a atenção do público de modo geral. O desfile de
moda acontece com o objetivo de dar vida às criações e mostrá-las ao grande público e
a diferentes áreas do setor. As semanas de moda e os grandes desfiles internacionais
costumam acontecer duas vezes por ano, nos lançamentos de verão e inverno, atrelados
a grandes eventos que atraem toda a atenção dos holofotes e servem como guia para o
lançamento de tendências da estação, as quais servirão como diretrizes para as pequenas
marcas. Já as feiras de moda têm um viés mais técnico, por expor ao público as novidades
no setor industrial, promovendo o trabalho de empresas varejistas do setor. Seu público
são designers, proprietários de indústrias varejistas e demais empresários que formam
uma cadeia das indústrias de confecção e de produtos de moda.
167
Descrição da Imagem: visão: este é o primeiro dos sentidos utilizados em um evento e já começa nas for-
UNIDADE 5
VISÃO
Visão: esse é o primeiro dos sentidos utilizados em um evento e já
começa nas formas de apresentação da mensagem e,
posteriormente, em toda a cenografia e layout do evento. Portanto,
é preciso pensar nos detalhes para que visualmente ela agrade ao
público e dê abertura para que outras experiências sejam exploradas
por meio dos demais sentidos.
AUDIÇÃO
TATO
OLFATO
PALADAR
UNICESUMAR
o receptor, criando um significado que contribuirá no entendimento e na me-
morização do evento. Logo, o conceito desenvolvido na imagem do evento não
tem apenas o produto como centro, mas, por meio do evento, visa transmitir a
identidade das marcas que o produzem. Assim, grandes marcas entendem que a
imagem é o grande diferencial do evento e o que possibilita a venda dos produ-
tos e serviços, pois a imagem contém todas as informações que podem seduzir,
manifestar e anunciar (ARANTES, 2013).
Neste aspecto, o organizador de eventos deve considerar o todo e não so-
mente as partes. Deve levar em consideração não apenas o planejamento exe-
cutivo — que compreende profissionais envolvidos, parcerias, locação, bufê,
show, músicas, entre outros — mas também a parte da construção da imagem,
abarcando todos os sentidos.
Para estar apto a coordenar o processo de construção do evento, o organi-
zador de eventos deve conseguir circular em um abrangente campo de conhe-
cimento, que inclua direção criativa, pesquisa de locações e cenário, pesquisa
de comportamento, comunicação e marketing, além de saber dialogar com
todas as áreas.
169
3
GESTÃO DE
UNIDADE 5
EVENTOS
Toda vez que falamos em eventos, é preciso considerar que existem três etapas
distintas — o pré, o trans e o pós-evento. Cada uma delas exige do organizador
habilidades e competências distintas de planejamento, de organização e resulta-
dos que um evento pode gerar (MATIAS, 2004). Antes de iniciar um evento, é
necessário desenvolver um plano de ações que contemple as definições básicas
que comporão escopo, prazo e custo (PAIVA; NEVES, 2008). Ao longo da aula,
veremos as particularidades de cada uma delas.
O pré-evento
170
Para ter o controle e a organização sobre tantas informações, é indicado o uso
UNICESUMAR
de alguns instrumentos para o controle e o desenvolvimento das atividades, como
o checklist — relação de providências, tarefas ou necessidades do evento — e o
briefing. Este é uma espécie de ficha técnica contendo todas as informações que
vão desde a empresa contratante, passando pelos objetivos até os profissionais
contratados. No Quadro 3, é possível visualizar um modelo de briefing proposto
por Matias (2004).
EMPRESA/CONTRATANTE
Razão social:
Endereço: Fone:
Contato: E-mail:
Cargo: Depto:
Segmento de atuação da empresa:
Produto e/ou linha de produto ou serviço:
1 EVENTO
1.1 Título:
1.2 Objetivo:
1.3 Qual o tipo de evento?
1.4 Qual o tema definido?
2 PÚBLICO-ALVO
2.1 Perfil:
2.2 Previsão:
2.3 Polos emissores:
3 DATA/DURAÇÃO
4 LOCAL
5 PROGRAMA
5.1 Programação do evento:
5.2 Programação social:
6 HOSPEDAGEM
6.1 Inclui hospedagem?
6.2 Quais as categorias dos hotéis a serem utilizados?
7 TRANSPORTE
7.1 Qual o meio de transporte que será utilizado para este evento?
7.2 Existe empresa transportadora oficial do evento?
171
8 SERVIÇOS
UNIDADE 5
9 CONVIDADOS E AUTORIDADES
9.1 Quem são os convidados e as autoridades?
9.2 Qual o diferencial de serviços e as honras que serão oferecidas a eles?
10 VERBA
10.1 Existe verba prevista?
10.2 Qual o valor?
11 COMISSÃO ORGANIZADORA
11.1 Existe uma comissão organizadora?
11.2 Quem são os contatos?
12 IDIOMA
Qual será o idioma oficial do evento?
13 DIVULGAÇÃO
13.1 Como será feita a divulgação?
13.2 Quais veículos de comunicação serão utilizados?
13.3 Existe logotipo do evento?
14 EQUIPAMENTOS
Quais equipamentos audiovisuais e administrativos serão utilizados?
15 MATERIAIS
Quais materiais administrativos e do participante serão utilizados?
16 SERVIÇOS
Quais serviços serão necessários? Tradução simultânea, bufê, decoração,
sonorização, filmagem, fotografia, outros. Especificar cada um.
17 RECURSOS HUMANOS
17.1 Quantidade e função.
17.2 Com que qualificação?
Quadro 3 - Briefing / Fonte: adaptado de Matias (2004).
É na etapa do pré-evento que são definidas, ainda, as datas de cada uma das eta-
pas. Dependendo da magnitude do evento, este cronograma pode prever ações
com até um ano de antecedência. Cabe lembrar que é papel do organizador ge-
renciar os prazos e ficar atento ao cumprimento do cronograma e, também, das
172
ações determinadas no checklist (OLIVEIRA; FREITAS, 2016). Diante disso,
UNICESUMAR
cabe ressaltar que não há uma regra a ser cumprida, o cronograma pode e deve
ser elaborado conforme o tipo do evento e a necessidade do organizador/produto,
pois, independentemente da sua estrutura, ele auxiliará que o trabalho aconteça
no tempo correto e que o evento seja um sucesso.
O trans-evento
173
Varia conforme o porte do evento, pode ser
UNIDADE 5
O pós-evento
174
1. Desmontagem: se trata de um serviço terceirizado, por isso é
UNICESUMAR
preciso supervisionar, pois se tiver algum dano no local, quem res-
ponderá será o organizador do evento, portanto, é importante que
haja um termo de responsabilidade do ambiente físico, no contrato
de locação;
Estes são alguns dos pontos que devem ser pensados no levantamento e nas
ações do pós-evento, para que os eventos entregues atendam à proposta ini-
cial, ou seja, àquilo que foi esperado. Devido a isso, é de extrema importância
a avaliação no pós-evento.
175
UNIDADE 5
conecte-se
176
4
ESTRATÉGIAS PARA
UNICESUMAR
COMERCIALIZAÇÃO
de eventos
177
Descrição da Imagem: o composto de marketing pode contribuir para as definições do projeto, como apre-
UNIDADE 5
senta a praça, a qual está marcada na cor verde, indicando canais, cobertura e localização. A promoção está
marcada na cor azul e apresenta promoção de vendas, propaganda e marketing direto. Na cor laranja está o
preço e apresenta lista de preço, descontos, condições de pagamento e prazo para pagamento. Por fim, a cor
amarela marca produtos e/ou serviços e contém variedade, qualidade, embalagem e garantia e devolução.
PRAÇA PROMOÇÃO
• Canais • Promoção de vendas
• Cobertura • Propaganda
• Localização • Marketing direto
PREÇO
PRODUTOS/SERVIÇOS • Lista de preço
• Variedade • Descontos
• Qualidade • Condições de
• Embalagem pagamento
• Garantia e devolução • Prazo para pagamento
Figura 3 - Composto de marketing para um evento / Fonte: adaptado de Kotler (2008, p. 221).
178
Descrição da Imagem: a imagem mostra a tela de um celular, ao centro, com o logotipo do festival Tomorro-
UNICESUMAR
wland. Em segundo plano, uma multidão sob luzes vermelhas, festejando.
b) Preço: o preço tem relação não apenas como o valor estipulado pela
organização para acesso ao evento, mas também com as condições de
pagamento e prazo.
179
primeira experiência com a temática escolhida (esta, por sua vez, é o tema
UNIDADE 5
Descrição da Imagem: a imagem apresenta três itens: à esquerda, a embalagem do festival que lembra um
livro na cor vermelha; e à direita, temos um cartão de boas-vindas na cor verde que traz a logo do festival
Tomorrowland. Embaixo, ao centro, uma pequena caixa preta em formato retangular com a pulseira/convite
do festival na cor prata.
180
Os anúncios feitos em meios de comunicação são pagos.
UNICESUMAR
Neste sentido, é importante refletir quais meios são os
Anúncios
mais acessados pelo público-alvo do evento, antes de
decidir pelo investimento.
181
5
OS EVENTOS E A
UNIDADE 5
COMUNICAÇÃO
de marketing na
pós-modernidade
“
[...] as organizações devem ter em mente que os públicos não pre-
cisam mais ir a eventos para buscar informações sobre a empresa,
podendo eles conseguir de outras formas. O atrativo para o evento
deve ser outro: buscar a verdadeira interação com o público presen-
te, promovendo uma experiência diferente e um diálogo.
UNICESUMAR
dução capitalista de mercadorias' proporcionando maiores condi-
ções de lazer e atividades de consumo. Considera, também, que as
pessoas utilizam as mercadorias como forma de 'criar vínculos ou
estabelecer distinções sociais' e que 'há a questão dos prazeres emo-
cionais do consumo, os sonhos e desejos celebrados no imaginário
cultural consumista e em locais específicos de consumo que pro-
duzem diversos tipos de excitação física e prazeres estéticos' (FEA-
THERSTONE, 1995, p. 31 apud PEREIRA, 2015, p. 49).
“
[...] o patrocínio de atividades culturais por empresas cujo produto
ou serviço último não é um produto cultural apresenta-se como
uma alternativa para atingir os objetivos de comunicação corpora-
tiva e construção de marca, sendo uma estratégia já utilizada com
sucesso por muitas empresas (COSTA, 2004, p. 11).
Profissionais de comu-
Profissionais de comu-
nicação,
Responsabilidade nicação, marketing ou
marketing ou áreas
áreas afins.
afins.
Espetacularizada
Espetacularizada (sujeito fala e “plateia”
Estrutura (sujeito fala e “plateia” escuta com alguns
escuta passivamente). momentos isolados de
interação).
183
EVENTOS MODERNIDADE PÓS-MODERNIDADE
UNIDADE 5
Meios de comunica-
Meios de comunicação Meios de comunicação
ção
de massa. de massa/digitais.
utilizados
Acontece em momen-
Interatividade Nula ou rara.
tos isolados.
De acordo com a
lógica da organização
(normalmente, para
De acordo com a
transmitir alguma
lógica da organização
informação nova ao
Motivo para a (normalmente, para
público-alvo). Em raros
realização do evento transmitir alguma
momentos, a estratégia
informação nova ao
da realização do evento
público-alvo).
é alinhada às expectati-
vas do público ao qual
se destina.
UNICESUMAR
momentos de interação, quando o público pode interagir de alguma forma. Um
exemplo são os shows interativos onde as pessoas participam pedindo músicas
pelas redes sociais ou celebrando uniões (pedidos de casamento), estes gestos apro-
ximam as pessoas dos artistas. O mesmo acontece em feiras de livro onde os autores
estão disponíveis para conversar com os participantes e fazem tarde de autógrafos.
“
Por fim, a melhor maneira de conquistar os consumidores no
mundo contemporâneo, é através da criação de vantagens e dife-
renciais através de benefícios considerados emocionais. Estes são
transmitidos ao consumidor através do engajamento com a marca,
possibilitando uma experiência direta com os valores da mesma e
frequentemente sendo realizados em eventos, exposições, feiras e
shows, principalmente no que diz respeito ao patrocínio dos mes-
mos (REICHELT; BOLLER, 2016, p. 612).
“
[O] evento deve, portanto, estar baseado nos preceitos estabelecidos
no planejamento estratégico da organização; atender às necessi-
dades do seu público de interesse; colaborar para um melhor po-
sicionamento da organização no mercado em detrimento de seus
concorrentes.
Caro(a) aluno(a), queremos dar parabéns por ter concluído o estudo da discipli-
na de Marketing de Evento! Esperamos que você tenha aproveitado o conteúdo
deste material e que ele tenha contribuído para o seu desenvolvimento pessoal
e profissional.
Acreditamos que o conhecimento abordado nessa disciplina pode auxi-
liá-lo(a) em sua jornada nesta ou em qualquer outra área. Dentre os conheci-
mentos adquiridos, atente-se para as especificidades dos eventos, pois cada um
apresenta seu diferencial conforme o foco no qual é planejado.
Vimos que o sucesso de um evento está diretamente relacionado à sua es-
truturação, ou seja, ao seu planejamento. Atrelado a isso, estão as estratégias de
marketing que contribuirão para divulgar e trazer pessoas. A partir deste conhe-
cimento, é possível desenvolver um evento de forma que ele atinja seu objetivo,
alinhando as três etapas que compreendem a sua organização.
Que a jornada no conhecimento a respeito do marketing de eventos tenha
contribuído para a percepção de que um bom evento é construído visando não
apenas ao retorno financeiro, mas, principalmente, à fidelidade de um público que
busca por identificação, e, quando um evento atinge este objetivo, o seu sucesso
está garantido.
Esperamos que os temas abordados tenham sido o fio condutor para guiar
você neste universo criativo e que auxilie no seu processo de formação para se
tornar um(a) profissional consciente e responsável no desenvolvimento de um
evento. Desejamos que, após analisar todo o material, você siga em busca de co-
nhecimentos teóricos e práticos relativos a todos os processos de planejamento e
execução de eventos, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade e, assim,
você conquiste a realização pessoal e profissional.
Obrigado pela companhia nesta jornada e continue estudando e se atualizando!
186
na prática
a) Político.
b) Governamental.
c) Cívico.
d) Folclórico.
e) Turístico.
2. Ao longo dos tempos, os eventos passaram a apresentar novas moldagens até che-
gar ao que conhecemos hoje, abrangendo diferentes áreas e perspectivas a partir
da ideia de que o evento deve ser planejado e estruturado por uma equipe para
que ele aconteça de forma satisfatória.
I - Um evento pode ser caracterizado por uma ação profissional acerca do controle
e da implantação de um projeto, visando atingir seu público-alvo com medidas
concretas e resultados projetados.
II - A organização de um evento envolve atividades que visam alcançar seu pú-
blico-alvo por meio do lançamento de produtos e da apresentação de uma
pessoa, empresa ou entidade.
III - Um evento pode ser um ato comemorativo, com finalidade mercadológica ou
não, visando apresentar, conquistar ou recuperar o público-alvo.
187
na prática
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
3. A divulgação de um evento não é o estágio final das ações de marketing. Esta fer-
ramenta também auxilia na mensagem que o evento deseja transmitir, portanto,
faz-se necessária a delimitação das estratégias de comunicação que farão parte de
todo este processo. Diante disso, analise as afirmativas a seguir:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
188
na prática
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I, II e III.
189
na prática
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
6. Para que um evento obtenha sucesso, é preciso definir algumas estratégias de mar-
keting que contemplem sua veiculação e comercialização. Com base nesta afirmação,
analise as sentenças a seguir:
I - A definição da praça vai além do local onde o evento acontecerá e o layout dos
serviços que serão disponibilizados dentro do evento.
II - A promoção é um dos elementos mais importantes para o sucesso da comer-
cialização de um evento e, também, para estabelecer uma conexão com os
consumidores.
III - As características dos anúncios, da publicidade e da promoção de vendas cola-
boram no desenvolvimento das estratégias para a comercialização de eventos.
IV - A promoção de um evento tem relação apenas com as estratégias de desconto
e parcelamento de ingressos e inscrições.
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
190
na prática
I - Em relação aos tipos de comunicação, pode-se dizer que o maior diferencial dos
eventos na pós-modernidade é a via de mão dupla que garante a interação, em
tempo real, por meio das mídias sociais.
II - O trabalho das mídias sociais nos eventos da pós-modernidade é assegurar que
estes momentos garantam o interesse do público e captem novas interessados
em participar.
III - Apesar de os eventos na pós-modernidade terem contribuído para as formas
de interação, a maioria do público ainda prefere as mídias tradicionais (rádio e
TV) como forma de interação.
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
191
aprimore-se
192
aprimore-se
■ Público-alvo: fechado, com acesso por meio de convites. Ele atinge desig-
ners, marcas, jornalistas, publicitários, digital influencers etc.
■ Profissionais: são diversos profissionais envolvidos, dentre eles, destacam-se:
cabeleireiros, maquiadores, camareiras, estafe, equipe de audiovisual, equipe
de luminotécnica, arquitetos, paisagistas, stylists, modelos, seguranças, brigada
de bombeiros.
■ Parceiros: Vogue, Harper’s Bazaar, Santander, Natura, Chilli Beans, entre ou-
tros. Os parceiros podem montar estandes e lounges no local para que os
convidados possam visitá-los e descansar entre um desfile e outro.
Esse evento de grande porte chega a movimentar, segundo Tieppo (FASHION NET-
WORK, 2011, on-line), mais de 3 mil profissionais e tem giro financeiro em mais
de R$ 1,5 bilhão. Portanto, o objetivo principal é apresentar o número de pessoas
envolvidas, as estratégias de marketing e comunicação bem como o retorno em
publicidade para as marcas nacionais.
CASACOR
193
aprimore-se
A CASACOR é um megaevento que faz girar não apenas a economia do país, como
também gera empregos e movimenta as redes sociais e as marcas de arquitetos,
designers e marcas envolvidos.
A CASACOR e o SPFW são exemplo de eventos de sucesso que estão há anos no
mercado e que têm a capacidade de inovação a cada edição.
Fonte: o autor.
194
eu recomendo!
livro
Marketing de Eventos
Autor: Marcus Vinícius Bonfim
Editora: Pearson
Sinopse: os eventos são uma ótima oportunidade de marketing
e de relacionamento, capazes de promover mudanças positivas
na empresa, conquistar a atenção e gerar negócios para clientes,
parceiros e fornecedores. Um bom evento — organizado, estru-
turado, com objetivo e focado em resultados — estreita relacionamentos, fortale-
ce e visibiliza seu organizador ou promotor. Como recurso estratégico, os eventos
melhoram a motivação e engajamento, geram inovação e conhecimento, além de
produzir condições para o posicionamento da empresa, da marca de produtos e
serviços, de cidades e até países.
195
conclusão
conclusãogeral
geral
conclusão
conclusão
geral
geral
196
196
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lagem do tipo II). Rio de Janeiro: ABNT, 2017.
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