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Tecido hepático

Imagens histológicas por Acácia Eduarda


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Tecido normal

Figura 1. Fígado.

O fígado é uma glândula anfícrina, que apresenta funcionalidade


exócrina (secreção de bile) e endócrina (metabolismo e secreção
de diversos produtos).

O fígado é organizado em forma lóbulos hepáticos, que possuem


geralmente forma de hexágono (hexágono), que são a unidade
morfofuncional do fígado.
Tecido normal

Figura 2. Lóbulo hepático

O fígado é organizado em forma lóbulos hepáticos, composto de


placas ou camadas mononucleares de hepatócitos que são
banhados de um lado por sangue dos sinusóides hepáticos e
possuem em cada extremidade os espaços porta (seta preta) e em
seu centro a veia central ou veia centrolobular (seta azul).
Tecido normal

Figura 3. Espaço porta

O espaços porta são regiões que ocupam os cantos dos


poliedros formados pelos lobos hepáticos e apresenta em seu
interior uma vênula (seta azul) e arteríola (círculos pretos), que
são ramos da veia porta e da artéria hepática, respectivamente,
um ducto biliar (círculo vermelho) e vasos linfáticos, envoltos
por uma bainha de tecido conjuntivo.
Tecido normal

Figura 4. Corte do fígado, evidenciando a veia centro lobular.

Entre cada fileiras de células hepáticas há um pequeno espaço


criado pelas cavitações nas membranas plasmáticas de duas
células opostas. Esses espaços se juntam para formar canais ou
canalículos biliares.

A bile é secretada pelos hepatócitos para os canalículos, dos


quais, flui para o sistema de ductos biliares.

O sangue advindo do espaço porta percorre os sinusóides


hepáticos (setas azuis), sendo recolhido no centro do lóbulo
hepático pela veia centrolobular (círculo), que é o ramo inicial
da veia hepática.
Cirrose hepática

Figura 5. Cirrose hepática

A cirrose é um processo difuso caracterizado por fibrose e


conversão da arquitetura normal do fígado em lóbulos
estruturalmente anormais.

Na cirrose a arquitetura do fígado é alterada por perda do


parênquima hepático, condensação do tecido conjuntivo
fibroso preexistente, proliferação de tecido conjuntivo fibroso
(setas azuis) e regeneração hepatocelular em nódulos entre os
feixes fibrosos (setas pretas).

Visto que os nódulos não possuem comunicação anatômica


adequada com as vias excretoras e a vasculatura hepática, essa
tentativa é fracassada.
Cirrose hepática

Figura 6. Cirrose hepática notar grande presença de tecido


conjuntivo fibroso(setas azuis) entremeado com nódulos de
regeneração (setas pretas)

Algumas causas da cirrose são:


• Insultos tóxicos crônicos resultada da ingestão continuada de
hepatotoxinas (alcalóides pirrolizidínicos, anticonvulsivantes).
• Obstrução biliar extra-hepática, colestase (causam fibrose nas
tríades portais e se estendem para o parênquima hepático).
• Hepatites crônicas (ou crônico ativas), que se seguem a
doenças infecciosas como leptospirose, podem causar cirrose.
• Congestão passiva crônica (ao redor da veia centrolobular)
• Armazenamento ou metabolismo anormal de Cu (distúrbios
hereditários)
• Cicatrização pós necrose.
A consequência da cirrose é uma insuficiência hepática.
Referências

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia


básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017.

SANTOS, R.L., ALESSI, A.C. Patologia veterinária. 2 ed. Roca. 842p,


2016.

ZACHARY, James F. Bases da Patologia em Veterinária. 6ª. ed.- Rio


de Janeiro: Elsevier, 2018.

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