O fígado é uma glândula anfícrina, que apresenta funcionalidade
exócrina (secreção de bile) e endócrina (metabolismo e secreção de diversos produtos).
O fígado é organizado em forma lóbulos hepáticos, que possuem
geralmente forma de hexágono (hexágono), que são a unidade morfofuncional do fígado. Tecido normal
Figura 2. Lóbulo hepático
O fígado é organizado em forma lóbulos hepáticos, composto de
placas ou camadas mononucleares de hepatócitos que são banhados de um lado por sangue dos sinusóides hepáticos e possuem em cada extremidade os espaços porta (seta preta) e em seu centro a veia central ou veia centrolobular (seta azul). Tecido normal
Figura 3. Espaço porta
O espaços porta são regiões que ocupam os cantos dos
poliedros formados pelos lobos hepáticos e apresenta em seu interior uma vênula (seta azul) e arteríola (círculos pretos), que são ramos da veia porta e da artéria hepática, respectivamente, um ducto biliar (círculo vermelho) e vasos linfáticos, envoltos por uma bainha de tecido conjuntivo. Tecido normal
Figura 4. Corte do fígado, evidenciando a veia centro lobular.
Entre cada fileiras de células hepáticas há um pequeno espaço
criado pelas cavitações nas membranas plasmáticas de duas células opostas. Esses espaços se juntam para formar canais ou canalículos biliares.
A bile é secretada pelos hepatócitos para os canalículos, dos
quais, flui para o sistema de ductos biliares.
O sangue advindo do espaço porta percorre os sinusóides
hepáticos (setas azuis), sendo recolhido no centro do lóbulo hepático pela veia centrolobular (círculo), que é o ramo inicial da veia hepática. Cirrose hepática
Figura 5. Cirrose hepática
A cirrose é um processo difuso caracterizado por fibrose e
conversão da arquitetura normal do fígado em lóbulos estruturalmente anormais.
Na cirrose a arquitetura do fígado é alterada por perda do
parênquima hepático, condensação do tecido conjuntivo fibroso preexistente, proliferação de tecido conjuntivo fibroso (setas azuis) e regeneração hepatocelular em nódulos entre os feixes fibrosos (setas pretas).
Visto que os nódulos não possuem comunicação anatômica
adequada com as vias excretoras e a vasculatura hepática, essa tentativa é fracassada. Cirrose hepática
Figura 6. Cirrose hepática notar grande presença de tecido
conjuntivo fibroso(setas azuis) entremeado com nódulos de regeneração (setas pretas)
Algumas causas da cirrose são:
• Insultos tóxicos crônicos resultada da ingestão continuada de hepatotoxinas (alcalóides pirrolizidínicos, anticonvulsivantes). • Obstrução biliar extra-hepática, colestase (causam fibrose nas tríades portais e se estendem para o parênquima hepático). • Hepatites crônicas (ou crônico ativas), que se seguem a doenças infecciosas como leptospirose, podem causar cirrose. • Congestão passiva crônica (ao redor da veia centrolobular) • Armazenamento ou metabolismo anormal de Cu (distúrbios hereditários) • Cicatrização pós necrose. A consequência da cirrose é uma insuficiência hepática. Referências
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia
básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
SANTOS, R.L., ALESSI, A.C. Patologia veterinária. 2 ed. Roca. 842p,
2016.
ZACHARY, James F. Bases da Patologia em Veterinária. 6ª. ed.- Rio