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Documento de Apoio ao Estudo

ATLETISMO

CORRIDA DE VELOCIDADE

Regulamento
• As corridas são efectuadas em pistas individuais e os atletas devem permanecer na
sua pista até ao final da prova.
• O atleta que ultrapasse as linhas da sua pista, tirando alguma vantagem para a sua
corrida ou prejudicando outro atleta, é desclassificado.
• Nas provas oficiais é obrigatório realizar uma partida agachada utilizando os blocos
de partida.
• Na posição de partida o atleta não pode tocar ou ultrapassar a linha de partida.
• É considerada falsa partida quando o atleta:
• inicia o seu movimento de partida antes do tiro;
• após a voz de "aos seus lugares" perturba os outros;
• após a voz de "prontos", não assume a sua posição completa e final de partida.
• Após a primeira falsa partida, o atleta é avisado. Qualquer segunda falsa partida
(seja de que atleta for) e penalizada com uma desclassificação.

As corridas de velocidade são constituídas por 4 fases fundamentais: partida, aceleração,


velocidade máxima e desaceleração.
Na Partida, juiz utiliza três vozes/sons de comando para dar início das provas.

1ª Voz - "Aos seus lugares":


• cinco apoios no chão;
• mãos ligeiramente mais afastadas do que a largura dos ombros;
• polegar e indicador afastados, colocados lateralmente e atrás da linha de partida;
• joelho da perna de trás no chão e o da perna da frente na direcção da linha de partida.

2ª VOZ– “Prontos”:
• quatro apoios (elevação da bacia acima da linha dos ombros);
• membros inferiores flectidos exercendo pressão nos dois blocos;
• os ombros avançam ligeiramente para a frente da linha das mãos, deslocando o peso do corpo
para a frente.

3º Tiro de partida:
• as mãos deixam o solo em simultâneo;
• forte impulsão dos membros inferiores com extensão da perna da frente;
• avanço rápido do joelho da perna de trás;
• os membros superiores iniciam uma acção enérgica.

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Na Fase de Aceleração os primeiros apoios são mais próximos uns dos outros e a amplitude da
passada vai aumentando progressivamente.
• Apoio do terço anterior do pé.
• Apoios rápidos e enérgicos no solo.
• Redução gradual da inclinação da tronco à medida que a amplitude e frequência das passadas
aumentam.

Na Fase de Velocidade Máxima é fundamental uma boa coordenação entre os membros


superiores e inferiores.
• Braços flectidos junto do tronco.
• Músculos do trem superior descontraídos.
• Ligeira inclinação do tronco a frente.
• Contacto com o solo feito com o terço anterior do pé.
• Elevação do joelho da perna da frente e extensão da perna que fica para trás.

Fase de Desaceleração:

• tentar manter os joelhos altos;


• manter a amplitude da passada;
• não alterar a técnica de corrida;
• inclinar 0 tronco para a frente sobre a meta.

CORRIDA DE BARREIRAS

São provas de velocidade cujo objectivo é percorrer a distância determinada o


mais rápido possível, procurando passar as dez barreiras sem saltar para
evitar perdas de tempo. Corrida que privilegia a coordenação, o ritmo e a
velocidade.

Regulamento

• As corridas são realizadas em pistas individuais e os atletas devem permanecer na sua


pista até ao fim da prova.
• O derrube das barreiras não é penalizado desde que não seja intencional.
• A passagem de um pé ou perna abaixo do plano horizontal do topo da barreira, bem
como a passagem de uma barreira noutro corredor, levam a desclassificação do atleta.

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Fases da corrida com barreiras

As corridas com barreiras são constituídas por cinco fases fundamentais: a partida, a
aproximação à primeira barreira, a transposição da barreira, a corrida entre barreiras e a
corrida da última barreira até a meta.

Partida
Esta primeira fase é igual em qualquer corrida de velocidade, mas é necessário ter em
atenção que o pé da perna de ataque deve ficar no bloco mais recuado, para que, se o
atleta fizer as oito passadas tradicionais até a primeira barreira (nos 100 e 110 m), possa
atacá-la com a sua melhor perna. Nos 400 metros barreiras, a distância à primeira barreira é
bem maior (45 metros).

Aproximação à 1ª barreira

Um bom ataque a 1ª barreira é um factor decisivo em todas as corridas com barreiras. Uma má
aproximação irá originar uma perda de velocidade que condicionará o resto da corrida.

ASPECTOS "CHAVE":
• endireitar o tronco o mais cedo possível;
• colocar a bacia alta e o olhar dirigido para a frente;
• aumentar progressivamente a amplitude da passada;
• atacar a barreira longe;
• apoiar o terço anterior do pé.

Transposição da barreira

A transposição das barreiras deve ser feita o mais rasante possível, sem grande alteração do
centro de gravidade, de forma a não originar perdas de tempo e de velocidade.

ASPECTOS "CHAVE":

Perna de ataque:
• subir a perna flectida para a frente, até o joelho atingir a altura da anca (colocar
rapidamente a perna na posição horizontal);
• quando o pé se encontrar sobre a barreira, realizar um movimento envolvente de cima
para baixo;
• procurar o chão com rapidez;
• contactar o chão com o terço anterior do pé.
Perna de passagem:
• realizar a impulsão para a frente, longe da barreira;
• após o saída do solo, descrever um movimento circular e lateral;
• passar paralelamente a barreira com o pé em flexão;
• procurar rapidamente o solo com o joelho a apontar para a frente.

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Tronco e braços
• inclinar o tronco sobre a perna de ataque;
• olhar dirigido para a frente;
• braço contrário à perna de ataque para a frente;
• braço livre flectido e junto ao tronco.

Corrida entre barreiras


Nos 100m e 110m, o número de passadas entre as barreiras e sempre o mesmo (três
passadas), enquanto nos 400 m este número varia de atleta para atleta e também
depende da fase de corrida em que se encontram (O numero de passadas costuma
aumentar, quando os atletas se aproximam do final da corrida).

ASPECTOS"CHAVE":
• manter o ritmo das passadas;
• não perder velocidade;
• segunda passada mais ampla do que a primeira e terceira passada menos ampla.

Corrida da última barreira a meta


Esta fase é idêntica à última fase das corridas de velocidade.

CORRIDA DE ESTAFETAS

São as únicas provas de atletismo que se disputam por equipas, constituídas por quatro
elementos. A distância percorrida por cada elemento é de 100 metros nos 4 x 100 m e de 400
metros nos 4 x 400 m. O objectivo destas corridas é transportar um testemunho desde o
primeiro ao último atleta, realizando a sua transmissão dentro de uma zona determinada e
perdendo o menor tempo possível.

Regulamento

• Nos 4 x 100 m, todos os percursos são realizados em pistas individuais, enquanto nos 4 x
400 m apenas a primeira volta e o início da segunda até ao fim da primeira curva são
corridas em corredores individuais.
• A transmissão do testemunho tem de ser feita dentro da zona de transmissão, caso
contrário, a equipa e desclassificada. Na transmissão não é a posição do atleta que conta,
mas sim a posição do testemunho.

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• Nos 4 x 100 m, antes da zona de transmissão, existe uma zona de balanço dentro da qual os
atletas podem começar a correr.
• Se o testemunho cair ao chão, só o atleta que o transportava o pode apanhar, podendo para
o efeito abandonar o seu corredor, desde que não prejudique a corrida dos adversários.
• Os atletas, depois de transmitirem o testemunho, devem manter-se nos seus corredores
até que a pista esteja livre, para evitar obstruções aos outros concorrentes.
• A transmissão do testemunho considera-se consumada quando o atleta que recebe o teste-
munho o detém sozinho.

Pega do testemunho
• O testemunho tem de ser segurado na extremidade que se
encontra mais próxima do corpo do atleta. No momento da
partida, o dedo polegar e o indicador ficam colocados atrás
da linha e os restantes dedos seguram o testemunho. Note-
se que o testemunho pode, e deve, ultrapassar a linha de
partida.

Transmissão Ascendente
Técnica ascendente
• A recepção do testemunho tem de ser feita com o braço estendido para
trás, mas sem rigidez e a altura da anca.
• A palma da mão fica virada para trás com os dedos a apontar para o
solo e o polegar afastado dos restantes dedos, formando um "V"
invertido. O atleta que transmite, coloca o testemunho neste "V" com
um movimento de baixo para cima e com o braço em extensão.

Acções do transmissor
• Correr do lado correcto da pista e o mais rápido possível;
• Sinalizar ao receptor ("toma", "vai") o momento em que este deve estender o braço atrás
para receber o testemunho ou combinarem o número da passada em que o receptor deve
esticar o braço;
• Largar o testemunho só depois de o colega o ter agarrado;
• Desacelerar progressivamente sem sair da sua pista.

Acções do receptor
• Colocar-se do lado contrário da pista relativamente ao transmissor;
• Observar a corrida do colega e, quando ele passar pela marca combinada, começar a
correr o mais rápido possível e não olhar mais para trás;
• Esticar para trás o braço contrário à mão em que o colega trás o testemunho, quando
ouvir o sinal sonoro ou na passada previamente combinada.

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