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RESERVADO 8 GUARDA NACIONAL REPUBLICANA w) CARI COMANDO DA ADMINISTRACAO DOS RECURSOS INTERNOS DIRECAO DE RECURSOS HUMANOS NEP/GNR - 1.06.01 02 de novembro de 2017 ASSUNTO: LICENCA DE FERIAS Ref. Estatuto dos Militares da GNR. 1, SITUACAO a. O direito a férias, constitucionalmente consagrado, trata-se de um direito fundamental atribuido a todos os trabalhadores. b. Este direito é irrenuncivel e 0 seu gozo nao pode ser substituido por qualquer compensacdo econémica, ou outra. ©. O direito ao gozo de férias dos militares da Guarda encontra-se consagrado e regulado no Estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana (EMGNR). 2, FINALIDADE Regulamentar a licenga de férias prevista no artigo 176.° do EMGNR, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 30/2017, de 22 de marco. 3. EXECUCAO a. Definicdes Para efeitos do disposto na presente NEP considera-se: (1) Dia util: de feriados nacionais ¢ municipais; dias da semana de segunda-feira a sexta-feira, com excecao (2) Servico cfetivamente prestado: tempo de servico prestado nos termos do n.° 1 do artigo 105.° do EMGNR. b. Duracao do periodo anual de férias (1) O militar tem direito a um periodo anual de férias de 22 dias uteis. (2) O militar tem ainda direito 4 atribuigéo de 1 dia util de férias por RESERVADO Pagina 1 de 8 RESERVADO cada 10 anos de servico efetivamente prestado, o qual se vence no ano em que completar cada periodo de 10 anos, mas s6 a partir da data em que o conclui. {3) A duragao do periodo de férias pode, ainda, ser aumentada no quadro do sistema de avaliacao do desempenho, até 3 dias” c. Férias relativas ao ano de ingresso (1) Oficiais {a) No ano civil de ingresso nos quadros da Guarda, os Oficiais tem mais de um ano de servico efetivo, pelo que no ano seguinte devem gozar a totalidade dos dias de férias a que tém direito, nos termos do n.° 1 do artigo 176.° do EMGNR. (b) Assim, durante os meses de outubro, novembro e dezembro do ano em que ingressam nos quadros da Guarda, aos Oficiais no assiste 0 direito ao gozo de férias. (2) Guardas (a) No ano civil de ingresso, os Guardas tém direito a 2 dias titeis de férias por cada um dos meses completos até 31 de dezembro. (b) Esta licenca pode ser gozada no ano seguinte, a partir de 1 de janeiro ou do final do curso de formagao guardas, quando este ‘terminar em data posterior. d. Gozo de férias (1) O periodo normal de licenca de férias pode ser gozado na sua totalidade de uma sé vez, sem prejuizo da atividade operacional e do disposto na presente NEP. (2) A licenga de férias, atenta a atividade operacional, deve ser gozada, regra geral, até 15 de dezembro do ano em que se vence. Excluem- se, deste pressuposto, os militares que ndo desempenham servicos de nomeacao por escala. {3) Sem prejuizo dos casos de imperiosa e imprevista necessidade do servigo, © gozo interpolado da licenca de férias nao pode exceder 5 periodos. (4) Em cada ano civil, um dos periodos de férias nao deve ser inferior a 10 dias tteis consecutivos de férias a que o militar tenha direito. RESERVADO Pagina 2 de 8 RESERVADO e. (5) (6) (7) (8) (9) A licenca de férias, total ou parcial, ainda que respeitante a mais que um ano civil, que, por conveniéncia de servico ou por qualquer dos motivos de interrupcao, deixe de ser gozada no ano civil em que se vence, deve ser objeto de publicagéo em Ordem de Servico da Unidade, durante o més de janciro do ano imediato, dévendo ser gozada até ao final desse ano, sempre que possivel, e antes do periodo normal de férias. As férias nao gozadas ao abrigo do mimero anterior obedecem a nova marcacao nos termos da presente NEP. Nao é concedida qualquer compensacdo aos militares quando no decurso do gozo do periodo de licenga de férias ocorrer a concesséo de tolerancia de ponto, A situagao de convalescenga dos militares que estejam em comissaéo normal nao leva A perda do tempo de servico efetivo e, consequentemente, nao produz quaisquer efeitos no direito aos dias de férias que legalmente Ihes couber. Salvo nos casos de comprovada impossibilidade e por motivos legalmente previstos, antes de transitar para a situacdo de reserva fora da efetividade de servico, o militar deve gozar todos os dias de férias a que tem direito Marcacio de férias qa) (2) @) A licenca de férias é marcada de acordo com o interesse dos militares, sem prejuizo de se assegurar, em todos os casos, o regular funcionamento dos servicos. Sempre que se verifique a transicéo de dias de férias de ano(s) transato(s), estes devem ser marcados juntamente com a totalidade dos dias de férias a que o militar tem direito nesse ano. A licenca de férias é marcada, sempre que possivel, nos seguintes moldes: (a) Até 15 de dezembro, do ano anterior a que se reporta, relativamente aos periodos de férias a gozar nos meses de janeiro ¢ fevereiro (1.° bimestre); (b) Até 31 de janeiro do ano a que se reporta, relativamente aos periodos de férias a gozar nos meses de marco e abril (2.° RESERVADO Pagina 3 de 8 RESERVADO bimestre); (c) Até 31 de marco do ano a que se reporta, relativamente aos periodos de férias a gozar até 31 de dezembro (2.° e 3° quadrimestres). (4) Os militares colocados apés a aprovacao do plano”de férias marcarao, novamente, as férias na data da sua apresentacdo. (5) A fixagéo dos periodos de férias ¢ da responsabilidade do Comandante, Diretor ou Chefe competente 0 qual pode ratear, se necessario, 0s periodos pretendidos, de modo a beneficiar, alternadamente, cada interessado, em fungéo dos periodos de licenga de férias gozados nos 2 anos anteriores. (6) Quando 0 ultimo dia de um periodo de licenca de férias coincidir com uma sexta-feira ou véspera de feriado, a apresentagao do militar efetua-se no primeiro dia ttil seguinte ao termo do referido periodo. (7) Sempre que se verifique que o ultimo dia de um periodo de licenca de férias coincide com uma sexta-feira ou véspera de feriado, os dias de fim de semana e/ou o feriado, imediatamente subsequentes, devem ser considerados como “dias de licenea ao abrigo da NEP/GNR 1.06.01, 02NOV17, Licenca de férias”. (8) Como consequéncia, 0 abono de suplementos remuneratorios ou de subsidios, processam-se, neste particular, de igual modo ao verificado aquando do gozo de dias de licenga de férias. (9) Os dias considerados de tolerancia de ponto entram no cdlculo da contagem dos dias titeis para efeitos de licenca de férias. f. Namero maximo de militares de férias (1) Nas U/O/S e nas estruturas internas das Subunidades, o limite maximo do quantitativo de militares no gozo de licenga de férias, em simultaneo, é de 20%, (2) Atenta a atividade operacional, esta percentagem pode ser reduzida em periodos especificos do ano, nomeadamente em eventos de grande dimensao, por despacho do Comandante-Geral, sob proposta do Comandante Operacional. (3) Os arredondamentos resultantes do calculo da percentagem devem- se efetuar por excesso ou por defeito, exceto no caso em que o RESERVADO Pagina 4de 8 RESERVADO calculo resulte num numero inferior a 1, 0 qual é sempre feito por’ excesso. g. Plano de férias (1) 0 Comandante, Diretor ou Chefe competente deve, apés aprecia validagao da Seccio de Recursos Humanos (SRH) da respetiva Unidade, aprovar o plano de férias: {a) Até 31 de dezembro de cada ano, para vigorar no 1.° bimestre do ano seguinte; {b) Ate 15 de fevereiro, para vigorar no 2.° bimestre desse ano; {e) Até 15 de abril, para vigorar nos 2.° e 3.° quadrimestres desse ano. (2) Do plano aprovado é dado conhecimento aos respetivos militares, devendo 0 mesmo ficar afixado nas U/O/S ou Subunidades dos quais dependam organicamente. (3) Compete ao Comandante, Diretor ou Chefe garantir 0 cumprimento a execucao do plano de férias dos militares seus subordinados. hh. Alteracdo do plano de férias (1) O plano de férias, depois de aprovado, s6 pode ser alterado nas seguintes situagdes: {a) Por imperiosa e imprevista necessidade do servigo, compete ao Comandante-Geral, ou a quem tenha essa competéncia delegada, o deferimento das alteracées; (b) A requerimento do interessado, compete a0 Comandante, Diretor ou Chefe competente e ponderados os eventuais prejuizos para terceiros ¢ para o servico dai advenientes, 0 deferimento das alteragées. (2) A existir alteragao deve ser dado conhecimento 4 SRH da respetiva Unidade, bem como ao O/$ ou Subunidade a que o militar pertenca. {3) Sempre que 0 militar requerente da alterago ao plano de férias dependa administrativamente de outra U/O/S, para efeitos de nomeacao para o servico ordinario, a autorizagao para tal alteracéo devera ser precedida da competente informacao elaborada por essa U/O/S, relativamente aos potenciais prejuizos para terceiros © para RESERVADO Pagina 5 de 8 RESERVADO 4) a gestao das respetivas escalas de servico. Salvo situagdes excecionais, os pedidos de alteracéo ao plano de férias devem ser apresentados com uma antecedéncia minima de 10 dias titeis em relacdo A data de inicio dos periodos constantes no planeamento inicial. i, Interrupcio da licenca de férias QQ) (2) (3) (4 Para além dos casos de imperiosa e imprevista necessidade de servigo, a licenca de férias pode ser interrompida por motivo de doenca ou pela fruicao de qualquer outra licenca, nos termos da legislacao aplicavel. A interrupgao da licenga de férias ¢ feita a partir da data em que se verifique 0 facto que a determina. No entanto, sempre que a interrupcao ocorra por motivo que nao se relacione com imperiosa e imprevista necessidade do servico, deve o militar apresentar documento comprovativo, no prazo de 5 dias uteis. Decorrido este prazo, salvo por motivo fundamentado, as férias sé serao interrompidas a partir da data de apresentagao do documento comprovativo. A interrupedo da licenga de férias por motivo de imperiosa e imprevista necessidade do servico, s6 pode ocorrer através de despacho fundamentado do Comandante-Geral, ou de quem tenha essa competéncia delegada. Enquadram-se nas __ situaces anteriormente referidas, nao carecendo de despacho fundamentado, as respeitantes a prestagao de provas de formacao ou qualificacao, comparéncia em exames psicolégicos e médicos, exames de conducao, nomeagao para a frequéncia de cursos, tirocinios, instrugao ou estagios, servigo de justica, ou comparéncia em juntas médicas. Sempre que ocorra notificagéo pessoal para comparéncia em diligéncia judicial, por ato de servigo, o militar em licenca de férias deve cumprir a notificagao, informando, imediatamente, 0 Comando de que depende e apresentar-lIhe o respetivo documento comprovativo. Caso nao seja possivel fazé-lo antes do cumprimento da notificacdo, deve efetudlo no prazo de 5 dias tteis apés o RESERVADO Pagina 6 de 8 RESERVADO respetivo cumprimento, sendo, em qualquer caso, aquele documento entregue na SRH da respetiva Unidade. A interrup¢ao das férias considerar-se-A a partir da data da diligéncia judicial (5) No caso de se saber antecipadamente que ira ocorrer um determinado evento suscetivel de afetar o plano “de férias, designadamente uma diligéncia judicial, deve ser efetuada a alteragao ao plano de férias. O militar, logo que tenha conhecimento do referido evento, informa o Comando de que depende, entregando © respetivo documento comprovativo, 0 qual sera remetido & SRH da Unidade para efeitos de compensacéo dos prejuizos efetivamente comprovades. (6) O militar tem direito a uma compensacao concreta dos prejuizos efetivamente sofridos pelo motivo de interrupedo ou de alteracdo de férias por imperiosa e imprevista necessidade do servico. A competéncia para efetuar a compensagao pecuniaria que seja devida é regulada por Circular propria do Comando da Administragéo dos Recursos Internos (CARI). j. Contacto do militar em licenca de férias Antes do inicio de cada periodo de licenca de férias, 0 militar deve indicat ao Comandante, Diretor ou Chefe competente a forma como, em caso de necessidade, podera ser contactado. 4. DISPOSICOES FINAIS E TRANSITORIAS a. As Unidades podem elaborar normas internas sobre a matéria em aprego, adaptadas & natureza das suas atribuicdes, sem prejuizo dos principios subjacentes ao EMGNR ¢ a presente NEP. b. O planeamento, aprovacdo e gestao dos planos de férias e passaportes é feito através de plataforma eletrénica. ¢. As duvidas © omissées resultantes da aplicacéo da presente NEP serao resolvidas por despacho do Comandante do CARI. RESERVADO Pagina 7 de 8 RESERVADO 5. ENTRADA EM VIGOR A presente NEP entra em vigor a data da sua difusdo e revoga a NEP/GNR - 1.06.01, de 18JANI7 e todas as disposicées internas que disponham em contrario ao aqui definido. O COMANDANTE-GERAL MANUEL MATEUS COSTA DA SILVA COUTO TENENTE-GENERAL AUTENTICACAO O DIRETOR DA DIRECAO DE RECURSOS HUMANOS, JOAO NUNO ALBE] S SANTOS FARIA CORONEL DISTRIBUICAO: LISTA A+B+C+D+E RESERVADO Pagina 8 de 8

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