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Prática em Direito do Trabalho - Exame de Ordem - 2ª Fase

Responsabilidade patronal

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Prática em Direito do Trabalho - Exame de Ordem - 2ª Fase
Responsabilidade patronal

Apresentação
Olá aluno.

Meu nome é Barbara Largura e sou a Professora de Direito do Trabalho.

Mestranda em Educação e Novas Tecnologias pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER.


Especialista em Formação Pedagógica do Professor Universitário pela Pontifícia Universidade
Católica do Paraná - PUCPR. Graduada em Direito pela FAE - Centro Universitário. Professora
das disciplinas de Direito e Processo do Trabalho. Tem experiência na área jurídica, com ênfase
em Direito e Processo do Trabalho.

Sumário

Responsabilidade patronal........................................................................................................................... 3

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Prática em Direito do Trabalho - Exame de Ordem - 2ª Fase
Responsabilidade patronal

Responsabilidade patronal

A responsabilidade patronal deve ser analisada atentamente sempre que a relação jurídica en-
volver mais de um empregador ou tomador de serviços. Dois itens devem ser considerados:
• Qualificação das partes;
• Responsabilidade das empresas para condenação de forma solidária ou subsidiária.

1. Sucessão de empregadores:
Fundamenta-se nos princípios da continuidade da relação de emprego, da despersonalização
do empregador e da inalterabilidade do contrato de trabalho.

Requisitos:
a. Transferência de uma unidade econômico-jurídica;
b. Continuidade da prestação de serviços ou continuidade do negócio.

Previsão legal
Art. 10 CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
empregados.
Art. 10-A CLT - O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas
ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modifi-
cação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: 
I. a empresa devedora;
II. os sócios atuais; e
III. os sócios retirantes.
Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada
fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.
Art. 448 CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho
dos respectivos empregados.
Art. 448-A CLT - Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta
Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam
para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada
fraude na transferência.

Aplicação na prova prático-profissional:


Sucessão legal:
• Qualificação: apenas empresa sucessora no pólo passivo.
• Mérito: abrir tópico para a sucessão e explicar o fato, requerendo a condenação da sucessora ao pagamento
de todas as verbas postuladas (Reclamatória Trabalhista).

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Prática em Direito do Trabalho - Exame de Ordem - 2ª Fase
Responsabilidade patronal

Sucessão fraudulenta:
• Qualificação: ambas as empresas, sucessora e sucedida, no pólo passivo.
• Mérito: abrir tópico para a sucessão e explicar o fato (fraude - conforme proposta), requerendo a condenação
de todas as empresas ao pagamento das verbas postuladas de forma solidária (Reclamatória Trabalhista).

2. Grupo econômico:
A responsabilidade do grupo econômico é solidária (ativa e passiva).

Previsão legal:
Art. 2º, § 2º, CLT - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica
própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada
uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes
da relação de emprego.
§ 3º - Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração
do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta
das empresas dele integrantes.
Súmula nº 129 do TST. A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a
mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.

Aplicação na prova prático-profissional:


• Qualificação: todas as empresas do mesmo grupo econômico.
• Mérito: abrir tópico para grupo econômico ou responsabilidade solidária e explicar o fato, requerendo a
condenação de todas as empresas reclamadas de forma solidária.

3. Terceirização:
Consiste em uma relação jurídica triangular em que a empresa prestadora realiza determinado
e específico serviço à empresa tomadora.

Previsão legal:
Art. 4º-A Lei 6.019/74 - Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da
execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado
prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
Art. 5º-A, § 5º, Lei 6.019/74 - A empresa contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas
referentes ao período em que ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das contribuições previdenciárias
observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
• Qualificação: empresa tomadora e prestadora no pólo passivo.
• Mérito: abrir tópico para a terceirização ou responsabilidade subsidiária e explicar o fato, requerendo a
condenação da empresa tomadora de forma subsidiária (Reclamatória Trabalhista).

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