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Bons estudos!
Objetivo do e-book
Clique nos números abaixo e conheça alguns dos pontos priorizados por esta rede
(BRASIL, 2011):
Observação
Pré natal, puerpério e atenção integral a saúde da criança, parto e nascimento, sistema
logístico transporte sanitário e regulação.
Cada um desses componentes alcança outras ações de saúde. Confira a seguir.
Diante disso, considerando a importância da análise de dados como esses e o seu papel
na implementação da rede, você teria ideia do número de óbitos maternos notificados no
Brasil e as principais causas desses óbitos?
No gráfico abaixo, podemos observar a organização desses dados por faixa etária, nos anos de
2012 a 2016, na população brasileira. Clique para ampliá-lo. Pg 07 do livro
Nesse contexto, são apontadas como causas diretas de morte materna, predominantes no
ano de 2016, a hipertensão e a hemorragia. Como causas indiretas, predominaram as
doenças do aparelho circulatório complicando a gravidez, o parto e o puerpério
(CGIAE, 2017).
A partir do que vimos até aqui, você consegue perceber a importância desses dados?
Qual a implicação destes para a operacionalização da Rede Cegonha?
Isso acontece porque o Brasil apresenta alto grau de heterogeneidade regional, devido às
expressivas diferenças socioeconômicas e culturais, além das iniquidades de acesso aos
serviços de saúde, sendo de suma importância a investigação de fatores de risco locais
(SILVA et al., 2013).
Essa análise deve incluir o estudo dos indicadores envolvidos na cadeia causal de
mortalidade infantil, já que isso constitui importante ferramenta para (MOMBELLI et
al., 2012; MAIA; SOUZA; MENDES, 2012):
1 Essa redução, no entanto, não depende de novos conhecimentos, como ocorre com
outros problemas de saúde, mas de garantia da acessibilidade e da utilização mais
efetiva do conhecimento científico e tecnológico já existente (NASCIMENTO et al.,
2012; KASSAR et al., 2013; LIMA et al., 2012).
2 Apesar de, nas últimas três décadas, ter ocorrido um grande avanço na melhoria dos
cuidados ao parto e ao nascimento, com redução da morbimortalidade materna e
infantil, o resultado ainda não é satisfatório, quando comparado com os níveis de outros
países com semelhantes índices de desenvolvimento econômico.
No que se refere às crianças, a meta entre os anos de 1990-2015 era a redução em dois
terços da mortalidade de crianças menores de 5 anos (BRASIL, 2010).
A meta visava reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças com até
cinco anos, visto que o índice nacional, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos
em 1990, passou para 13,82 em 2015 (BRASIL, 2016).
No Brasil, esta meta significava diminuir, de 141 para 64, o número de óbitos das
gestantes entre 1990 e 2010 e, para 2015, o índice deveria chegar a 35 óbitos por 100
mil nascidos vivos (BRASIL, 2016). Até 2010, o Brasil atingiu o número de 68 óbitos
maternos por 100 mil nascidos vivos, o que representa uma redução de 51% (BRASIL,
2011).
Assim, uma estratégia global deve ser adaptada localmente para atingir todos aqueles
que necessitam dela, a partir de um esforço em conjunto na batalha cotidiana, na
redução da mortalidade materna e promoção de vidas mais saudáveis e cheias de bem-
estar (SOUZA, 2015).
Indicadores de Mortalidade
Vamos conhecer agora os Indicadores de Mortalidade. Clique nas abas abaixo para ler
sobre a Taxa de Mortalidade Neonatal, a Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal e a Taxa de
Mortalidade Infantil:
Toda morte produzida por causa da gravidez, aborto, parto e/ou puerpério até 42 dias
após o evento obstétrico, independentemente da duração e do lugar da gravidez,
decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou seu manejo, mas
não decorrente de causas acidentais ou incidentais.
Indicadores de Mortalidade
Geralmente, as gestantes morrem devido às complicações durante ou após a gravidez e
o nascimento do bebê. A maioria dessas complicações se desenvolvem durante a
gravidez e outras podem existir antes dela, mas são agravadas durante a gestação.
Segundo Say et al. (2014), as maiores complicações são:
Aborto clandestino.
Com exceção do aborto e das infecções urinárias, a prevenção de todas as causas mais comuns
de óbito materno depende basicamente da assistência hospitalar pronta e qualificada às
emergências e ao parto.
Observação
Indicadores de Mortalidade
Clique na imagem abaixo para ler a disposição das principais causas diretas de morte
materna no Brasil em 2016 (CGIAE, 2017):
TABELA PG 18
Alguns indicadores não dizem respeito somente às ações de assistência à saúde. Clique aqui e
conheça ações importantes relacionadas aos indicadores “percentual de óbitos de mulheres
em idade fértil e maternos investigados”, e a “proporção de óbitos infantis e fetais
investigados”, segundo Cavalcanti et al. (2013).
Indicadores de Mortalidade
Em relação à incidência da sífilis congênita, as ações de prevenção e controle estão
intimamente relacionadas à assistência ao pré-natal e ao parto. Clique nos números e
leia mais sobre o tema.
2 Por ser uma doença com diagnóstico e tratamento de custo baixo, o acesso a esses recursos
deve estar disponível de forma fácil e ampla (TEIXEIRA et al., 2012).
Pré-natal
Parto e nascimento
Para a execução, as equipes de Atenção Básica, com o apoio do gestor municipal, devem atuar
junto às mulheres em idade fértil, com atenção especial para adolescentes e jovens, no
planejamento reprodutivo e no reconhecimento dos sinais de gravidez.
Isso possibilitará que a mulher procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) e realize o teste
rápido de gravidez, o que confirmará a suspeita e garantirá o início do pré-natal o mais precoce
possível (BRASIL, 2011).
O sistema logístico visa garantir o acesso aos serviços em tempo hábil e com qualidade.
Clique nas imagens para saber mais:
O transporte inter-maternidades será feito pelo Samu. Ao necessitar de outro tipo de leito,
como UTI, em caso de não haver oferta na própria unidade para a mãe e/ou o RN, a Central de
Regulação deverá garantir a vaga em outra unidade. Aqui também, o transporte interunidades
será feito pelo Samu. O transporte sanitário é reservado para os casos que não apresentam
risco e não é de responsabilidade da Central de Regulação Médica das Urgências (CARNEIRO,
2013)
Atenção
2 Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso,
acolhimento e resolutividade.
Clique na numeração abaixo e veja como a Rede Cegonha deve ser organizada a partir das suas
diretrizes (BRASIL, 2017).
Nascer no Brasil
Planejamento gestacional Menos da metade das puérperas referiu ter planejado a gestação
atual.
Nível de satisfação 9,6% revelaram que ficaram insatisfeitas quando souberam que estavam
grávidas
Mas a proposta foi revista e universalizada, oferendo cobertura para todo o território nacional.
Adesão Regional
Adesão facilitada
Para os municípios que não pertencem à região de saúde priorizada na CIB e que não
aderiram ao Programa da Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ);
Adesão integrada
Clique nos itens abaixo e veja a sumarização das fases operacionais para implementação da
Rede Cegonha (BRASIL, 2011):
Certificação
Clique nos números abaixo e veja quais as responsabilidades do Grupo Condutor do Estado
(BRASIL, 2011).
1 O Desenho Regional da Rede Cegonha permitirá uma visão sobre a situação de saúde da
mulher e da criança, incluindo dados demográficos e epidemiológicos por faixa etária,
dimensionamento da demanda assistencial, dimensionamento da oferta assistencial e análise
da situação da regulação, da avaliação e do controle, da vigilância epidemiológica, do apoio
diagnóstico, do transporte e da auditoria, do controle externo, entre outros (BRASIL, 2011).
2 Depois de elaborado o Desenho Regional, deverá ser criado um Plano de Ação Regional com
a definição das ações de Atenção à Saúde para cada componente da rede. Da mesma forma,
deverá ser elaborado o Desenho da Rede Cegonha no âmbito municipal (BRASIL, 2011).
Em seguida, será a fase de contratualização dos pontos de atenção da rede pela União,
pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Município.
Observação
Saiba mais sobre a implementação das ações de saúde para os componentes da Rede clicando
nos números:
1 A implementação das ações de atenção à saúde para cada componente da rede será
acompanhada pelos grupos condutores Estadual e Municipais da Rede Cegonha, com
monitoramento periódico do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011).
As informações das Fichas de Cadastramento da Gestante e das Fichas de Registro Diário dos
Atendimentos das Gestantes são as fontes de entrada de dados que devem ser digitadas. A
cada mês, o SisPreNatal deve gerar o BPA boletim de produção ambulatorial, para importação
no SIA/SUS sistema de informações ambulatoriais do sus (BRASIL, 2017).
O SisPreNatal web foi elaborado a fim de qualificar o Sistema da Gestão da Informação. Foi
desenvolvido, homologado e testado em projetos pilotos em 2011; em março de 2012, foi
disponibilizado nacionalmente.
É um sistema on-line que permite cadastrar a gestante, monitorar e avaliar a atenção ao pré-
natal e ao puerpério prestada pelos serviços de saúde a cada gestante e recém-nascido, desde
o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde até o atendimento hospitalar de alto
risco (CARDOSO, 2007).
Proporcionar ações de monitoramento e avaliação mais eficientes, por parte dos gestores,
acerca das metas e indicadores pactuados na implementação das Redes;
Vejamos agora as condutas necessárias nos casos de gravidez confirmada na sua Unidade
Básica de Saúde.
Sangramento vaginal
Cefaleia
Escotomas visuais
Epigastralgia
Edema excessivo
Contrações regulares
Perda de líquido
Diminuição da movimentação fetal
Febre
Dor em “baixo ventre”
Dispneia
Cansaço
Confira abaixo alguns materiais que podem ser úteis para a conduta destes casos:
Foi identificada a presença de risco gestacional? Não Nos casos negativos para a
presença de risco gestacional a equipe multiprofissional deve realizar o
acompanhamento na Atenção Básica.
3 Uma vez iniciado o pré-natal na Unidade Básica de Saúde - UBS, a gestante deve
realizar os exames de acordo com o período gestacional e ter os resultados em tempo
oportuno. Nesse momento, é fundamental realizar prevenção, tratamento e
aconselhamento das IST/SIDA e Hepatites (BRASIL, 2011) .
1 Captação precoce da gestante de alto risco, com busca ativa das gestantes;
estratificação de risco;
O pré-natal de alto risco poderá ser realizado na UBS, quando houver equipe
especializada ou matriciamento; nos ambulatórios especializados, vinculados ou não a
um hospital ou maternidade (BRASIL, 2013). Clique na imagem e conheça as
atribuições desses estabelecimentos: pg 39 modulo.
Ainda em relação ao parto, a usuária deve ser orientada acerca do direito de ter um
acompanhante, a sua escolha, durante todo o período do trabalho de parto, parto e pós-
parto imediato no âmbito do SUS (BRASIL, 2005).
Isso demonstra a necessidade de uma articulação dos serviços prestados pelo SUS nesse
setor (BRASIL, 2010). Clique nas imagens para saber mais:
Durante a gestação, a busca por serviços é afetada por fatores, como: baixa percepção
de necessidade, ansiedade, medo, custos e dificuldade de acesso. Porém, algumas
infecções odontológicas podem aumentar a chance de nascimentos prematuros, e essa
informação é de extrema relevância, quando se busca a melhoria desses indicadores
(ALBUQUERQUE; ABEGG; RODRIGUES, 2004).
3 Além disso, estudos mostram que mães com saúde gengival satisfatória apresentam
menor risco de parto prematuro e bebês de baixo peso e que gestantes submetidas a
intervenções periodontais, durante a gestação, apresentaram menores taxas de bebês
prematuros e com baixo peso ao nascer, em comparação às que não receberam
tratamento (EBRAHIM et al., 2014).
Considerações Finais
Neste e-book, vimos que a Rede Cegonha é, atualmente, o programa mais completo já
criado pelo Governo Federal. Suas ações são voltadas para todas as etapas da vida da
mulher e abrangem estratégias que vão desde orientação em relação ao cuidado com o
corpo, com o uso de métodos contraceptivos, atendimento à gestante, puérpera e recém-
nascido, até ações voltadas ao atendimento à criança até 2 anos de idade. Ressaltam-se,
aqui, a assistência ao parto humanizado e a capacitação de profissionais para
executarem suas funções, de forma humanizada e eficiente.