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Resumo
Este relatório tem o objetivo de apresentar a pesquisa realizada para a criação de coleção
de estampas para moda feminina inspirada nas raízes e cultura afrodescendente,
caracterizada por símbolos e códigos da cultura de matriz africana Adinkra, a fim de
valorizar e propagar a identidade cultural brasileira. Assim, desenvolveu-se uma
investigação sobre a simbologia de manifestações religiosas e de movimentos culturais da
música afro-brasileira. A partir da revisão bibliográfica referente à formação da sociedade
brasileira, aprofundou-se a análise de Darcy Ribeiro acerca das questões étnico raciais.
Todas essas referências embasaram a identidade visual do projeto de moda feminino,
“Mulheres Coloridas”, que integra a marca “Criola Fulô”, criada com a finalidade de
contribuir para a divulgação e valorização da cultura afro-brasileiro no cenário da moda em
nosso país.
Abstract
This report aims to present the research carried out for creation of a collection of prints for
women’s fashion inspired the roots and Afro-descendant culture, characterized by symbols
and codes of the African culture of Adinkra, in order to enhance and propagate the Brazilian
cultural identity. Thus, an investigation was carried out on the symbolism of religious
manifestations and cultural movements of Afro-Brazilian music. From the bibliographic
review referring to the formation of Brazilian society, Darcy Ribeiro analysis of racial ethnic
issues was deepened. All these references
supported the visual identity of the women's fashion project, “Mulheres Coloridas”, which is
part of the “Criola Fulô” brand, created with the purpose of contributing to the dissemination
and enhancement of Afro-Brazilian culture in the fashion scene in our country.
Key words: Afro-descendant culture; Adinkra; Fashion collection; textile printing; Visual
identity.
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“Temos o direito a sermos iguais quando a diferença nos
Inferioriza. Temos o direito a sermos diferentes
quando a igualdade nos descaracteriza”.
(Boaventura de Souza Santos)
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 6
2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 6
2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 6
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................................... 7
3.1 Breves notas sobre a construção do social e imaginária de racismo .............. 7
3.2 Favelas: lugar onde nasce a cultura afrodescendente ................................... 10
3.3 Quem é o Afrodescendente brasileiro? .......................................................... 13
3.4 A Cultura Afrodescendente .............................................................................. · 17
4. METODOLOGIA ................................................................................................... 28
5. DESCRIÇÃO DAS ETAPA.................................................................................... 29
5.1 Público-alvo .................................................................................................... 29
5.2 Tendências ..................................................................................................... 30
5.3 Cartela de Cor................................................................................................. 32
5.4 Tecidos e aviamentos ..................................................................................... 33
5.5 Tema da Coleção: “Mulheres Coloridas” ........................................................ 34
5.6 Criação da Coleção ........................................................................................ 36
5.6.1 Mix 1 – Resgate às origens .................................................................. 37
5.6.2 Mix 2 – Equilíbrio .................................................................................. 46
5.6.3 Mix 3 – Vibração ................................................................................... 60
5.7 Identidade Visual ............................................................................................ 62
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO ...................................................... 66
7. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 67
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1. INTRODUÇÃO
Para tanto, será realizada uma revisão bibliográfica do contexto histórico da chegada
dos povos pretos no Brasil, em 1550, da culminância da multiculturalização e a da
construção social e imaginária da identidade do povo brasileiro. Uma narrativa escrita por
brancos com ideais europeus, permeada de equívocos, histórias de abusos, injustiças,
difamações, mutilações e racismos vivenciados pelos pretos escravizados. Conforme os
registros oficiais, a libertação dos escravizados se dá em 1888, quando são abandonados
à própria sorte, sem ações e políticas públicas capazes de sociabilizar de maneira digna. A
substituição da mão de obra escravizada pela remunerada, a partir da imigração italiana, e
os problemas decorrentes desse evento, deflagraram a formação das favelas brasileiras,
categoria de análise importante na pesquisa para criação da identidade visual da marca
“Criola Fulô”.
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A partir do estudo da iconografia e simbologia Adinkra, africanos da região de Gana,
que já tem a tradição de utilizar tecidos com símbolos culturais, haverá uma investigação
acerca do campo da música afro-brasileira, dos costumes e da religião.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
3. REFERÊNCIAL TÉORICO
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3.1. Breves notas sobre a construção social e imaginária de racismo
De acordo com Rubin e Ramos (2008), o Padre Antônio Vieira durante os seus
sermões para senhores e escravos induzia os homens pretos a aceitarem a sua condição
servil de homem escravizado, enquanto fornecia à plateia branca um discurso de
preservação da ideologia e das práticas escravistas.
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nascidos no Brasil, trazendo à tona referências pornográficas das mulheres pretas e
mestiças, um misto de escárnio e racismo em formato de poesia.
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Conforme Ribeiro (1995), no decorrer dos anos, apesar de toda resistência dos
pretos, a transfiguração psicocultural foi inevitável, ocorrendo não só nas comunidades
indígenas, como também nas populações afro-brasileiras, legitimada pelo preconceito
social e a discriminação, interiorizada em seus valores básicos, que representam um papel
etnocida.
Figura 1- Obra intitulada Negra Escrava Fujona com Gargalheira e Grande Pote de Barro à Cabeça.
Fonte: artista Joaquim Cândido Guillobel.
Joaquim Cândido Guillobel, nascido em Lisboa, veio para o Brasil no ano de 1808,
para trabalhar como tenente do Imperial Corpo de Engenheiros. Aqui, passou a exercer a
função de desenhista, retratando cenas urbanas do Rio de Janeiro daquela época, bem
como a rotina dos escravos, visualizadas em aguadas e aquarela sobre papel.
De acordo com Mattos, (2008) no ano de 1905, um engenheiro civil do Rio de Janeiro
e professor da escola Politécnica, chamado Everardo Backheuser escreveu um artigo para
a revista “Renascença”, denunciando o cortiço, classificando-o como a pior de todas as
habitações. De acordo com Backheuser (1905, apud MATTOS, 2008, p.47), as casas de
cômodos eram: - “a mais anti-higiênica e a mais detestável das habitações coletivas”, e
além disso, as chamou de obscuras, precárias e lúgubres moradas onde vegeta a
população indigente da cidade.
Para Mattos (2008) essas reuniões musicais, ocorridas nos cortiços eram as
principais diversões da população que ali morava, e foram se tornando cada vez mais
comum, até que em 1920 receberam uma ressignificação, relacionada a valorização da
cultura popular através do samba.
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Além dos casarões, esses bairros denominados de africanos, possuía vários
casebres que na época eram denominadas de choças.
Bem antes desse artigo ser escrito, por volta do ano de 1902, os jornais e revistas
ilustradas, contribuíam para que esse nome ficasse gravado na mente das pessoas, a
medida que foram sendo estampando fotos da população pobre formada na sua maioria
por pretos, e colunas das revistas descreviam a semelhanças entre o Morro da Favela
existente na Bahia, associado a Guerra de Canudos, e considerado como não “civilizado”,
formado por “classes perigosas”, com os morros do Rio de Janeiro, que figuravam as
colunas policiais. Esse estigma foi propagando de uma forma que o termo favela ou
aglomerados subnormais no Brasil foi adotado oficialmente pelo IBGE a partir do Censo de
2010 e de acordo com dicionário Houaiss (2001), o nome favela é aplicado a qualquer
conjunto de habitações populares precárias.
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Figura 2- Plantação de favela no Nordeste brasileiro.
Fonte: Laceildo Veloso.
De acordo com Fernandes, (1972), foi muito difícil os negros lutar por um espaço
naquela sociedade desumana; eles estavam completamente sozinhos “abandonados à
própria sorte”. Não tiveram nenhum plano de assistência dada pela Estado, não foram
incluídos à sociedade que estava nascendo. Eles competiam com os imigrantes brancos
mais bem estruturados, contra o preconceito da escravidão, da cor, dos seus hábitos,
costumes e religião.
Ribeiro (1995) concorda com Fernandes, quando diz que a favela é um campo que
gera grandes conflitos, porque a população foi deixada ao abandono, porém, com hábitos
muito integrados e criativos. Ela é representada por uma urbanização caótica, cheia de
problemas não resolvidos, que perpassa pela falta de saneamento básico, abastecimento
de água potável, falta de iluminação pública, falta de policiamento, edificações que vão se
erguendo em encostas íngremes, sem um estudo prévio, e ainda como se não bastasse,
as casas são tão estreitas e apertadas, que permitem que crianças visualizem e tenham
contato muito cedo com a vida sexual dos “pais”, o que pode vir a influenciar na gravidez
precoce, além do problema das drogas, decorrente da falta de emprego, e se tornou uma
fonte de renda para os moradores desses vários mundos e abismos, que separam as
favelas das cidades de forma abrupta, em espaços que segregam.
De acordo com estudos realizados por Nina Rodrigues (1935), os africanos introduzidos
no Brasil se distingue por três grandes grupos culturais. O primeiro deles, se refere as
culturas sudanesas, representado, pelos grupos Yoruba – chamados Nagô –, pelos
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Dahomey, designados geralmente como Gegê e pelos Fanti-Ashanti, conhecidos como
minas. O segundo grupo identificado, foi os Peuhl, os Mandinga e os Haussa, do Norte da
Nigéria, identificados na Bahia como negros Malé e no Rio de Janeiro como negros Alufá,
eles trouxeram ao Brasil as culturas africanas islamizadas, bem como os povos que vieram
de Gana e da Costa do Martim. O terceiro grupo cultural africano era integrado por tribos
Bantu, do grupo congo-angolês, provenientes da área hoje compreendida pela Angola e a
“Contra Costa”, que corresponde ao atual território de Moçambique.
De acordo com Nascimento (2003) termo afrodescendente foi criado pelo movimento
negro a fim de incluir todos os descendentes africanos de vários lugares do mundo. No
Brasil, se usa o termo afro-brasileiro para substituir o termo negro que tem seu conceito
ligado à escravidão, pois esse termo automaticamente nos arremete para navios negreiros,
termo esse que causa grande sofrimento a essa comunidade, além de ser pejorativo. Além
disso, o termo negro está ligado à raça, conforme Guimarães (1999) e com os avanços da
Ciência, o termo raça em seu aspecto Biológico foi sendo contestado á medida que as
pesquisas, como o exame do DNA, apontavam que os indivíduos de “raças diferentes” eram
biologicamente iguais.
Descobriu-se que todos os seres humanos descendiam de um ancestral de origem
africana. Logo, o embasamento científico do termo raça foi invalidado e o seu conceito
passou a ser visto como algo ficcional, Guimarães (1999). Para os antropólogos, o conceito
de raça estaria ligado a um grupo com descendência em comum.
Segundo Nascimento (2003), usar o termo raça como referência à ancestralidade, a
aspectos culturais e históricos sem associação a teorias biológicas é mais adequado do
que o uso do termo etnia que, assim, perderia o seu uso. Kabengele Munanga (2004) vai
pela mesma linha de pensamento ao afirmar que o conceito de raça não tendo
embasamento científico, não se pode deixar de justificar o seu uso como conceito de
construção sociológica e categoria racial de dominação e exclusão.
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Nascimento (2003) defende que suprimir o termo raça seria uma forma utópica,
porque as pessoas já têm desenvolvido em seu imaginário o conceito das raças simbólicas,
o que para autora favoreceria o racismo simbólico. Aliás, isso seria o que acontece no Brasil
onde o termo raça foi substituído por cor com validade acadêmica a fim de consolidar o
pensamento que o país seria antirracista, mascarando a supremacia branca. Porém
segundo (GUIMARÃES, 2003) é importante se refletir que o termo cor: admite uma leitura
essencial e ao mesmo tempo espontânea, objetiva e subjetiva. A cor não se encontra
atrelada a nenhuma teoria social específica, enquanto categoria natural, todavia, pode
tornar importantes, ideias e valores no plano estético e moral.
Conforme Nascimento (2006) o primeiro censo demográfico foi realizado no Brasil
em 1872, as raças eram classificadas em: branco preto, pardo e caboclo, já em 1940 a
palavra raça foi substituída por cor: branco, preto e amarelo, assim segundo a autora a cor
tornou-se “o suporte para as representações ambíguas que satisfizeram o ideário de nação
que visava agregar e não dividir” (NASCIMENTO, 2006, p.138). Refletindo sobre essa nova
abordagem Camargo (2010, p.254 apud NOTA TÉCNICA IBGE), considera que ocorre
neste momento uma mudança radical de ponto de vista, “pois o que se valoriza não é mais
os tipos raciais originários, mas a ‘cor’, isto é, as tonalidades de pele, sem a antiga
referencia a continuidade sanguínea”.
O conceito de Afrodescendente é utilizado por diferentes áreas das ciências
humanas, dentre elas, estudos históricos e antropológicos, educacionais, literários e
políticos. Conforme Teixeira (2014, p.4) o conceito, designa “todos os descendentes de
africanos no novo mundo, segundo decisão da Conferência Preparatória da América Latina
ocorrida em Santiago do Chile no ano 2000”. Também, a Conferência Mundial contra o
Racismo, a Discriminação Racial, Xenofobia e todas as formas de Intolerância que
aconteceu em Durban, África do Sul, em 2001 instituiu que o termo afrodescendente torna-
se linguagem consagrada nas Nações Unidas e designa um grupo específico de vítimas do
racismo e da discriminação (TEIXEIRA 2014, p.4).
No Brasil esta mesma definição foi referendada pela Campanha Nacional contra o
Racismo em 2003, enfatizando o caráter político dessa decisão com a publicação da Lei
10.639. Na sequência, a Resolução nº 1 do Conselho Nacional de Educação em 2004
instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico - Raciais
e para o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Quem é o afrodescendente
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brasileiro? O que se sabe é que o termo envolve memórias de gerações que o ligam a
determinada etnia, religiosidade afro-brasileira, cor e questões ligadas as causas políticas
anti-racistas, que combatem o preconceito e a discriminação.
Assim, se compreende que o termo afro pode abranger muitas tonalidades de pele,
sobre isso a artista Adriana Varejão em uma de suas exposições questiona: qual a sua cor?
Ela se inspirou nos dados do censo de 1976 onde IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística), resolveu abrir essa questão para que as pessoas definissem a sua cor e foram
encontradas mais de 100 cores onde a artista escolheu 33 desses nomes de cores de pele
e a partir deles criou suas próprias tintas a óleo interpretando-as visualmente. Na exposição
ela reproduziu seu rosto diversas vezes e em cada representação ela pintou uma parte do
rosto com as tintas criadas por ela. A artista contribui com a sua arte para percebermos que
além das cores: branco, preto, amarelo e pardo, os brasileiros (as) se definem com outras
tonalidades como: café com leite, encerada, morenão, cor firme, sapecada, queimada de
sol, morena escura, mulata, morena-bem-chegada, bugresinha escura, chocolate, samba,
mel, turva, cabocla, etc.
Nesse sentido, se entende uma estratégia discursiva de redefinição do termo como
forma de superação da discriminação, aplicadas aos conceitos já usuais. Numa pesquisa
realizada neste estudo em sites da internet se verificou que o mercado esta se abrindo para
a criação de novos produtos baseados nos tons de pele; algumas marcas perceberam a
necessidade de mercado e já estão atendendo o público especificado, adaptando seus
produtos a diversidade de raças, corpos e cultura. Por exemplo, a marca Matel, fez a
evolução da boneca Barbie, criando outros tons de pele incluindo a boneca Black Power e
novas silhuetas para a mesma. Esse feito recebeu diversos comentários e entre os mais
comentados lemos: “agora ela se parece comigo”.
Os produtos de maquilagem, também, evoluíram criando novas linhas diversificando
as tonalidades do tom nude. As marcas de lingeries estão criando peças com diversas
nuances de pele, o segmento dos calçados acompanha essa evolução. Foi percebido uma
abertura, para o mercado de produtos afro, mas criar produtos de moda com os tons de
pele, não é suficiente para inserir um sujeito na sociedade, é necessário mais, reafirmar
sua cultura, seus costumes perante os demais, como forma de engrandecer e enaltecer a
história de um povo.
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3.4 Cultura Afrodescendente
De acordo com Tylor (1877, apud MINTIZ, 2009, p.224), o termo “cultura” refere-se
a todos os produtos comportamentais, espirituais e materiais da vida social humana. Assim,
a cultura inclui as artes, a ciência, o conhecimento, a moral, a lei, os costumes e todo os
demais hábitos e comportamentos adquirido pelo humano dentro da sociedade.
Conforme Darcy Ribeiro (1995) a mestiçagem fez nascer um novo gênero humano
nova gente, mestiça na carne e no espírito; “novo porque surge como uma etnia nacional,
diferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiça, dinamizada
por uma diversidade cultural ou cultura formada por vários elementos de origem distingas”.
Ao contrário do que se podia imaginar, um conjunto tão variado de matrizes
formadoras não resultou num conjunto multiétnico. Para Darcy, (1995), “os brasileiros se
sabem, se sentem e se comportam como uma só gente, pertencente a uma mesma etnia”.
Mas essa unidade não significa uniformidade, pois o homem se adaptou ao meio ambiente,
criando modos de vida diferentes e com a urbanização houve uma uniformização dos
brasileiros, sem eliminar suas diferenças. Segundo Darcy (1995), fala-se em todo o país
uma mesma língua, só diferencia por sotaques regionais, “Mais do que uma simples etnia,
o Brasil é um povo nação, assentado num território próprio para nele viver seu destino”.
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e os povos Akan, principalmente na simbologia, usada para se comunicarem, e de acordo
com a autora, há evidências que sacerdotes do Egito, ao serem expulsos, migraram para o
ocidente africano.
Segundo Menezes e Paschoarelli, (2009 p.41) a cultura da civilização akan é
retratada por ideogramas como forma de comunicar e como forma de vida; esses
ideogramas são chamados de Adinkra que significa “dizer adeus, e por isso eles
estampavam manualmente os tecidos, para ocasiões como funerais ou festividades.
Hoje, os tecidos com os símbolos da cultura Adinkra são usados por outros grupos
étnicos em Gana em uma variedade de eventos sociais, em ocasiões de festividade. Além
disso, os símbolos migraram para outras planos e plataformas, devido a sua importância e
beleza de significados, podem ser vistos em cerâmicas, prédios, casas, tatuagens, e em
estudos para criar ícones na internet, entre outros
Para o povo Akan a cultura é muito importante, estar sempre em contado as suas
raízes e as histórias dos antepassados, que devem ser transmitidas para os descendentes
no futuro, e dessa forma colaborar para a identidade do grupo no intuito de fortalecer os
elos.
Nesse sistema de comunicação, cada símbolo possui seu significado; o símbolo
Sankofa, é representada por dois símbolos: por um pássaro mítico com a cabeça voltada
para trás, e o coração estilizado. Ambos significam “volte e pegue”, ou seja, voltar ao
passado, para adquirir conhecimento e sabedoria, e dessa forma construir um futuro
melhor.
Figura 3- Sankofa 1.
Fonte: WILLIS (1998).
A segunda representação da simbologia Sankofa é feita pelo coração estilizado, que está
relacionado a sabedoria, para passar a mensagem adiante, e construir um futuro melhor, e
para isso é necessário mapear o passado.
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Figura 4- Sankofa 2.
Fonte: WILLIS (1998).
A linguagem original o símbolo Nyame Dua significa, árvore de Deus. Ele simboliza o
altar local onde os rituais sagrados são realizados, ocorrendo o momento para purificação
e benção, representando a proteção e presença de Deus.
Figura 6- Dwennimmen.
Fonte: WILLIS (1998).
Figura 8- Nkyimu.
Fonte: WILLIS (1998).
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uma expressão da consciência negra, frente as lutas travadas com os senhores de
engenho.
Ainda conforme o autor, esses cultos, foram construídos como uma forma de
resistência dos tempos de escravidão, o Candomblé, a Umbanda, o Xangô, constitui o
centro de vida religiosa, onde a população pobre mais ativa, é formada por pretas e pardas
como brancas.
Nesse sentido, ainda conforme o autor, Exu é o orixá sempre presente, identificado
como o papel de mensageiro, portanto responsável pela comunicação; ele foi
grosseiramente interpretado pelos europeus com o diabo, uma forma de preconceito com
a religião africana, já que os africanos acreditam no politeísmo, e portanto, se encontram
do lado aposto da religião católica. Na crença afro, Ogum governa o ferro a metalurgia,
portanto ele é considerado o Deus da guerra, e é o que abre os caminhos da tecnologia,
das oportunidades de realização pessoal. Oxóssi ou Odé é o responsável pelos caçadores,
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dono da vegetação e da fauna, detém a chave da sobrevivência do homem através do
trabalho. Nanã é a guardiã do saber ancestral, e dona da lama dos lagos, com a qual foi
usada para modelar o ser humano. Oxumarê, faz parte da família de Nanã e é ligado ao
arco-íris, é o deus serpente que controla a chuva, a fertilidade da terra e a prosperidade
das colheitas; Euá é um orixá feminino das fontes e também é parte da família de Nanã,
preside o solo sagrado onde repousam os mortos. Abaluaê é o senhor conhecer dos
segredos da cura para doenças infectocontagiosas. Xangô é o dono do trovão, conhecedor
dos caminhos do poder secular e governador da justiça. Oiá ou Iansã dirige o vento, as
tempestades e a sensualidade feminina, e é ela quem encaminha os espíritos dos mortos
para o outro mundo. Oxum preside o amor e a fertilidade. Iemanjá, a senhora das grandes
águas, mãe dos deuses, do homem e dos peixes, aquela que rege o equilíbrio emocional e
a loucura. Além dos citados acima, a matriz religiosa africana, abriga outros orixás e os
sacerdotes chamados de babalaôs, são considerados sábios, e usam seus mistérios para
resolver problemas e curar as pessoas. Um orixá pode se multiplicar em vários, cada qual
com um repertório específico de ritos, cantos, danças, paramentos, cores, preferências
alimentares.
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Figura 9- Cultos africanos representando divindades: Euá, Oxum, Oiá.
Fonte: PRANDI (2001, p.22-25).
Para o Ribeiro (1995), milagrosamente o povo, sobretudo a massa dos povos pretos,
continua tendo erupções de criatividade e assim os afrodescendentes construíram uma
cultura própria, feita de retalhos do que o africano guardara no peito nos longos anos de
escravidão, como sentimentos musicais, ritmos, sabores e religiosidade.
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circunstancias dos acontecimentos, que levaram os povos africanos a perderem a sua
identidade.
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As letras das músicas são de responsabilidade do Grupo, e a principal temática é a
crítica social, envolvendo questões sobre desigualdade, preconceito, fome e outros
problemas sociais, além de trazer as histórias de amor, mitos religiosos criados por reis e
rainhas da África, como a história de Akehenaton e Nefertiti sacerdotisa do antigo Egito.
A banda Olodum é formada por dezenove integrantes, sendo três cantores, seis
músicos de harmonia e dez percussionistas; a matriz Afro é a base da música do Olodum,
eles analisam o contexto social da sua comunidade e relacionam o vocabulário Afro com
as letras das músicas, levando para o campo da significação.
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(o preto e o branco), onde o preto representa o orgulho da raça negra e o branco que
representa a paz mundial.
Cada ação e atividade desenvolvida pelo grupo, merece destaque, porém a escola
Olodum, criada para crianças e adolescentes afrodescendentes, representa um caminho
para o futuro das crianças do pelourinho, em Salvador. O grupo oferece aulas gratuitas de
percussão, dança Afro, canto, teatro, e produção cultural, em consequência, emprega
centenas de jovens artistas no cenário local e nacional.
A ideia da escola é aproximar as crianças da sua cultura raiz, e assim, gerar uma
transformação na sociedade relacionada a diminuição do preconceito, bem como perpetuar
a história desse povo, através da arte, da música e da dança. A escola proporciona o
conhecimento e gera o sentimento de identidade ao grupo, com respeito, diversidade
cultural e singularidade humana;
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resultados positivos e construindo um legado cultural único para o país, com transparência
e ética.
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4. METODOLOGIA
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realizada através das estampas e cores nos produtos contextualizados para a
coleção de camisetas e blusas.
● A parte final do trabalho será desenvolvido o estudo da identidade da marca, a
criação da logo, que perpassa pelo estudo da Gestalt ou seja, as leis que regem a
percepção humana em relação as formas, para melhor compreender as imagens,
abrangendo elementos como: semelhança da forma, tamanho, cor, interpretando os
signos, símbolos, formato, cores, a tipologia. Estudo esse que abrange os 7 pilares
da Gestalt: a unidade, semelhança, proximidade, continuidade, fechamento e
pregnância.
1Grupos geracionais – grupos que se formam em gerações pautadas não por idades, mas por comportamentos, e que
geram novos conceitos.
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Baseado nos grupos geracionais de Francisco Morace (2009), e na disciplina Projeto
de Moda, e na disciplina Moda, Cultura e identidade, foi selecionado o público denominado
Singular Women, pois esse público, possui todas as qualidades que se assemelham ao tipo
de público, que compraria as peças da coleção desenhada; na faixa etária dos 25 aos 40
anos.
Formado por estudantes que precisam trabalhar para viver, focado na classe C e
classe D e simpatizantes da cultura afro-brasileira. Espera-se com isso abranger uma
grande fatia do mercado, para um público popular de mulheres versáteis, que trabalham
em casa, trabalham fora, dão conta de marido e filhos quando os tem, e ainda acho um
tempinho para se divertir. Gostam de esportes ao ar livre, pedalar, fotografar a sua rotina
diária e repassar para as amigas em grupos de amizades, são pessoas abertas ao novo, e
acima de tudo, não são ligadas a preconceitos.
5.2 Tendências
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5.3 Cartela de Cor
A coleção “Mulheres Coloridas” traz uma cartela de cores alegre; foram escolhidas
vinte cores que comporão a cartela de cores dessa coleção; entre elas as cores quentes e
as frias para fazer um contraponto na coleção. A pesquisa sobre a religiosidade
afrodescendente, demonstrou que cada orixá possui cores, que os representam, como por
exemplo, a Iemanja, é representada pela cor azul, Iansã é representada por uma vestimenta
(amarelo, dourado e vermelho-coral); o orixá Nanã (Lilás, Azul claro e roxo); Oxum usa as
cores (rosa, azul e amarelo); Oxossi (verde, azul escuro e magenta); Oxalá, (branco); Oiá
(Azul escuro, branco, preto e prata), e assim por diante. Os colares sagrados, usados como
guias nos terreiros de Candomblé, foi um elemento a mais que a coleção resolveu explorar,
já que trazer os santos em estampas, pode ocasionar em uma grande polemica.
O costume de usar muitos colares coloridos ao redor do pescoço tem um significado
sagrado para os afrodescendentes no Brasil, indicando a iniciação nessa religião e na
umbanda. Eles são confeccionados com contas de vidros, búzios e missangas, sendo que
cada cor corresponde a um orixá. E as cores escolhidas para compor a cartela foi o
vermelho, coral, marrons, branco, azul caro e o azul escuro.
Essa coleção, explora as cores dos elementos africanos, como por exemplo, a
bandeira da Etiopia, que é formada pelo vermelho, amarelo e o verde e representa as cores
do Reggae, utilizada no figurino da Banda Olodum, além branco e preto. A cor branca tem
a intenção de transmitir a paz, e realizar a integração dos povos.
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Figura 15- Colagem revista –Cartela de cores.
Fonte: Revista Capricho.
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Uma linda dama negra
A rainha do samba mais bela da festa
A dona da feira, uma fiel representante brasileira
E como já dizia o poeta Gil
Que negra é a soma de todas as cores
Você criola é colorida por natureza
Você criola é o poder negro da beleza
(Letra da música de: Jorge Ben Jor – Criola)
De acordo com Queiroz (2010) quando pensamos que vivemos em uma sociedade
com identidade plural, pós-moderna e que convive com uma série de informações, imagens
e possibilidades de convívio, ficam abertos muitos caminhos para a criação de produtos,
lugares e serviços.
Ao lidar com este mundo complexo, devemos pensar e agir estrategicamente para
que, desta forma a inovação esteja integrada aos desejos da sociedade, ou seja, uma
proposta de um projeto, desenhada para a sociedade contemporânea, para que ela, possa
usar e se orgulhar dessa nova pele que está vestindo.
Pensando em inovar e procurando conquistar clientes através da oportunidade
percebida, ou seja, uma brecha que o mercado oferece, ligado a ausência de produtos de
moda para o público afro-brasileiro, e com a intenção promover a cultura afro-brasileira, a
a proposta da coleção traz o tema “Mulheres Coloridas”.
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5.6 Criação da Coleção
36
na cultura de terreiro da Bahia. Para o Mix 3 “Vibração” foi realizado a partir de elementos
retirados do repertorio musical e do figurino do bloco Afro Olodum, que compõem e emana
a vibração cultural do povo baiano.
Resgatar algumas preciosidades do universo cultural dos povos afros, e inserir em
produtos de moda, nos faz acreditar que possa ser relevante para aumentar a auto estima
dos povos mesmos, além de visualizar possibilidade para abertura de novos espaços,
empreendimentos, com foco nesse público.
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Mix1- Resgate às origens (Padrão 1 - estampa corrida fundo colorido)
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Mix1 - Resgate às origens (aplicação da estampa)
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Mix1 - Resgate às origens (aplicação da estampa)
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Mix1- Resgate às origens (Padrão 3 - estampa corrida fundo colorido)
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Mix1 - Resgate às origens (aplicação da estampa)
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Mix1 - Resgate às origens (aplicação da estampa)
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Mix1- Resgate às origens (aplicação da estampa corrida)
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Mix1 - Resgate às origens (aplicação da estampa corrida)
Este conceito está busca retratar as manifestações religiosas, através dos colares
com bolas filigranadas, que são enfiadas em cordões ou combinadas com contas de ouça,
coral, contas africanas. De acordo com Lody (2001) o tipo de joalheria, está ligado as bases
ibéricas ancestrais e as interpretações e apropriações de matriz africana, conhecidos na
Bahia como colares de aliança. Os adornos das baianas, podemos destacar as correntes
com rosáceas de ouro, a pomba do Divino Espírito Santo e as cruzes de vários tipos.
Os registros iconográficos de alguns documentaristas, mostram a indumentária das
baianas e destaque para os vários tipos de turbantes, batas, saias brancas rodadas,
penteados e o uso de objetos mágicos, como a figas, saquinhos de couro conhecidos como
patuás, dentes de animais, medalhinhas, crucifixos, ligados aos rituais. Os povos afro-
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brasileiros trazem junto ao corpo esses objetos, que lhe dão a sensação de proteção, como
por exemplo os bentinhos, fitinhas, tecido contendo materiais do axé entre eles temos
(folhas, búzios, trechos de rezas de santos).
De acordo com Lody, as missangas, enfiadas em cordões de palha, cordonê ou
náilon, em cores diferenciadas, cumprem um papel emblemático social e religioso, para
cada tipo de conta e cor existe um código que determinam a identidade do próprio fio de
contas. Depois de confeccionados os colares, existe um ritual, onde os mesmos são
lavados e sacralizados.
Os cordões possuem significado sagrado, pois identificam os fiéis aos deuses e
esses cordões servem como condensadores enérgicos. As peças na sua maioria são feitas
de missangas coloridas e cada cor representa um orixá, inkice ou vodun2, sendo que
existem muitos orixás e cada um deles são representados por uma ou mais cores, pouco
difundido comparada a mitologia grega.
Além dos colares, que serviram de inspiração para criação das estampas, as vestes
das baianas, com seus vestidos branco rodados, usados no cotidiano para vender acarajés
nas feiras, também presente na religiosidade, na lavagem das escadarias do Senhor do
Bonfim, um ritual realizado todo ano, com água perfumada e flores.
Para o mix 2 denominado equilíbrio foram desenvolvidos apenas dois modelos de
vestido em comprimento diferenciado apenas para mostrar a aplicação das estampas;
também foram desenvolvidos alguns modelos de camisetas, para mostrar a aplicação da
estampa.
2Orixá, inkiceou vodun. Segundo o minidicionário Houaiss da língua, orixá significa cada uma das divindades
de origem Africana cultuadas no Candomblé, na Umbanda etc. No dicionário informal da web significa: "A luz
que se releva", ou seja, no principio da criação, DEUS, manifestou sua intenção, e sua intenção são os orixás
que são o mesmo que divindades e esse termo africanizado, significa "ori" = cabeça, "xá" = iluminação, então,
temos "cabeça iluminada" ou "espirito iluminado".
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Figura 18- Baianas no Pelourinho.
Fonte: Fotografia de Pierre Verger.
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Mix 2 - Equilíbrio (aplicação da estampa)
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Mix 2- Equilíbrio (estampa corrida c/ barrado - fundo colorido)
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Mix 2 - Equilíbrio (aplicação da estampa)
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Mix 2- Equilíbrio (Padrão 1- estampa corrida fundo colorido)
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Mix 2- Equilíbrio (Padrão 1- estampa corrida fundo colorido)
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Mix 2 - Equilíbrio (aplicação da estampa)
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Mix 2 - Equilíbrio (aplicação da estampa)
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Mix 2- Equilíbrio (Padrão 2 - estampa corrida fundo colorido)
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Mix 2 - equilíbrio (aplicação da estampa)
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Mix 2- Equilíbrio (Padrão 3 - estampa corrida fundo branco)
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Mix 2- Equilíbrio (Padrão 4 - estampa corrida fundo colorido/ para lenço de cabelo)
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Mix 2 - Equilíbrio (aplicação da estampa)
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Alguns dos instrumentos foram retratados bem com a beleza da mulher afro-
brasileira, evidenciado nos traços do rosto, o tom da pele, o colorido dos cabelos, ou
simplesmente o seu charme que pode vir do seu cabelo black.
As cores utilizadas para o mix 3 de produto denominado “Vibração”, foram inspirados
nas cores usadas no figurino da banda Olodum, que contempla o (branco, preto, vermelho,
verde e amarelo), e que tem ligação com o reggae.
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Mix3 – Vibração (aplicação da estampa localizadas e corridas)
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Dessa forma, a criação da marca para o público alvo C/D, buscou realizar esse elo
de ligação com público alvo, através da fala coloquial, mostrando que pretende ser uma
marca que está ao lado do público, na mesma vibração, e não acima desse público.
Dessa forma nasceu a identidade da marca, batizada com o nome de “Criola Fulô”,
inspirada na letra da música de Jorge Bem Jor.
O primeiro símbolo usado para criar a marca, é um pente ou garfo de cabelo, ele faz
parte dos símbolos da cultura adinkra, e representa a feminilidade, além disso, o pente,
pode trazer recordações agradáveis na memória de algumas pessoas, já que, nos tempos
de nossas avós era um costume o uso desses pentes, para prender os cabelos, ou usado
para se pentear; de uma forma muito prática ele servia como um acessório de cabelo e ao
mesmo tempo possuía uso prático.
Segundo Jordan (2000) as pessoas amam usar produtos que as recordem de
lembranças passadas pois esses objetos trazem afetividade e possuem significados
simbólicos, eles comunicam a identidade e podem trazer satisfação social, através da
interação com os outros.
O segundo símbolo usado para criação da marca, chamado de kuntunkantan,
também faz parte da cultura Adinkira, e é um símbolo formado por círculos que se
conectam, e lembra uma flor estilizada, para essa cultura ele representa a vaidade,
Segundo Paschoarelli (2009, p.57), o circulo é representado por diversas culturas, ele
transmite a sensação de união, continuidade e tem uma representação profunda do “eu”, e
representa o egoísmo.
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Para o estudo da marca, foram usados os dois símbolos da cultura adinkira e
representam a feminilidade e a vaidade; a tipografia escolhida foi a Gabriola, porque ela
demonstra simplicidade nas formas. Abaixo o estudo demonstra a primeira proposta
realizada, com os testes do positivo e negativo.
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Figura 22- Flor da Favela ou Faveleira.
Fonte: Google imagem.
Para Klotler e Keller (1996, p.271), a marca deve traduzir uma promessa de
experiência sobre a qual repousa o seu processo de identificação com o consumidor.
O trabalho se embasou na necessidade verificada, para o público alvo
afrodescendentes, para a construção de uma marca, pois não fazia sentido criar uma
coleção de estampas e inserir em uma marca, que não representa o público alvo.
No segundo teste realizado para criação da logomarca, foram realizadas
mortificações, para se aproximar do elemento de inspiração, que é a flor da Favela,
modificando a quantidade de pétalas. A tipografia usada, foi a Rosewel Black, porque ela
demonstra ser uma tipografia com movimento, própria para o público jovem, descolado.
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Figura 24- Identidade Visual /três cores.
Fonte: do autor.
7. REFERÊNCIAS
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patriarcal. Rio de Janeiro: J.Olympio, 1943.
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KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de marketing. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
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1882.
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raça e cor em debate. In: Perspectivas, São Paulo, 29: 133-148, 2006.
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PESQUISAS DOMICILIARES DO IBGE. Características Étnico-raciais da População: um
estudo das categorias de classificação de cor ou raça 2008. Disponível:
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/caracteristicas_raciais/notas_tecnicas.
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69
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