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SUMÁRIO

HISTÓRIA DA PROFISSÃO........................................................................ 3
IMPORTÂNCIA DA PROFISSÃO................................................................ 5
CONTROLE DE ACESSO ........................................................................... 5
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA .......................................................... 7
SISTEMAS DE SEGURANÇA ................................................................... 11
CONTROLE DE VEÍCULOS...................................................................... 13
CONTROLE DE VISITANTES ................................................................... 16
CONTROLE DE FUNCIONÁRIOS ............................................................ 18
CONTROLE DE FORNECEDORES .......................................................... 19
CONTROLE DE CHAVES ......................................................................... 20
CONTROLE DE CORRESPONDÊNCIAS ................................................. 21
PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA...................................................... 24
FORMAS QUE OS BANDIDOS COSTUMAM ADENTRAR EM
CONDOMÍNIOS ......................................................................................... 26
DISFARCES MAIS USADOS PELOS BANDIDOS ................................... 27
DICAS PARA PORTARIA E ADMINISTRAÇÃO ....................................... 33
DICAS QUE O PORTEIRO/VIGIA DEVE PASSAR AOS MORADORES,
PARA QUE ELES CONTRIBUAM COM A SEGURANÇA DO
CONDOMÍNIO ........................................................................................... 37
VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIOS .................................................................... 39
VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS .................................................. 40
CRIMES QUE PODEM OCORRER DENTRO DO CONDOMÍNIO ............ 43

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HISTÓRIA DA PROFISSÃO
Porteiro, também encarregado de portaria, é a designação da profissão onde o
trabalhador deve ficar na entrada de um estabelecimento para proteger a entrada
indevida de estranhos. Este local é designado como portaria. Em tempos da monarquia
de Portugal e Brasil, chegaram a existir despachos públicos dos reis para louvar esta
função quando ao serviço da Casa Real.

Este profissional vigia dependências, áreas públicas e privadas, com a finalidade de


prevenir, controlar e combater delitos como roubos, porte ilícito de armas e munições, e
outras irregularidades. Estes trabalhadores zelam pela segurança das pessoas, do
patrimônio e pelo cumprimento das leis e regulamentos. Recepcionam e controlam a
movimentação de pessoas em áreas de acesso livre e restrito. Fiscalizam pessoas,
cargas e patrimônio. Escoltam pessoas e mercadorias. Controlam objetos e cargas,
vigiam parques e reservas florestais, combatendo inclusive focos de incêndio.
Comunicam-se via rádio ou telefone e prestam informações ao público e aos órgãos
competentes.
Na França, é muito usado o termo concierge para designar uma pessoa responsável por
uma casa, o que corresponderia antes ao zelador. A designação também é usada para
uma pessoa, encarregada de orientar os hóspedes de um hotel e também prestar
informações sobre os mais variados aspectos da cidade que está sendo visitada pelos
hóspedes. A função do concierge é justamente orientar os hóspedes para lhes
proporcionar uma estada agradável e bem sucedida na cidade visitada. E em Portugal,
porteiro é uma profissão regulamentada.
O dia 9 de junho foi declarado o Dia do Porteiro. E o Dia Nacional do Vigilante é 20 de
Junho. De acordo com o Ministério do Trabalho, as funções de Porteiros e Vigias
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Noturnos são descritas como: “Zelar pela guarda do patrimônio e exercer a observação
de estabelecimentos comerciais, bem como fábricas, armazéns, supermercados,
edifícios públicos, privados e quaisquer outros tipos de estabelecimentos,
inspecionando-os sistematicamente e fiscalizando suas dependências para evitar
incêndios, roubos, entrada de pessoas estranhas e outras anormalidades. Os porteiros
controlam o fluxo de pessoas, identificando, orientando e encaminhando-as para os
lugares desejados. São também responsáveis por receber hóspedes em hotéis,
acompanham pessoas e mercadorias, além de realizar manutenções simples nos locais
de trabalho”.

A função de porteiro e vigia de condomínio são bem similares. Os próprios


empregadores já restringem o trabalho de porteiro ao ambiente da portaria e o vigia, fica
sendo responsável pela ronda.
Ambos tomam conta do estabelecimento, controlam a entrada de pessoas e veículos.
Exercem funções básicas de orientações, não sendo responsáveis por intervenções de
segurança, já que nenhuma dessas funções requer treinamento armado ou cursos
específicos para a função na área.
A diferença entre porteiro, vigia e vigilante se baseiam no ponto de vista técnico. No
caso específico do vigilante, requer treinamento e licença para o porte de armas, com
previsão na Lei 7.102/83, que é endereçada a estabelecimentos financeiros como
bancos, por exemplo, ou qualquer outro local onde são guardados valores ou grande
movimentação de numerário.
A profissão exige, além de um bom atendimento, muita atenção. Por isso, o vigia, assim
como o porteiro, devem permanecer sempre em alerta. Isso significa que o profissional
dessa categoria precisa ter a capacidade de reconhecer as situações ou condições que
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possam configurar riscos ao patrimônio público ou privado e, principalmente, resguardar
a segurança das pessoas.
IMPORTÂNCIA DA PROFISSÃO

A função do porteiro e vigia é uma das mais importantes para qualquer condomínio.
Apesar de a tecnologia ter transformado as portarias, a figura do porteiro ainda é
imprescindível, justamente para identificar as possíveis falhas eletrônicas que podem
acontecer.
Mas não é só isso, o porteiro também é parte do cartão de visitas do condomínio e o
principal responsável por ajudar os condôminos no dia-a-dia ao receber
correspondências e controlar quem entre e sai do local.

Contudo, há várias outras tarefas que um porteiro deve desempenhar. Por isso, é
fundamental saber como treiná-lo e prepará-lo para o funcionamento pleno do prédio. O
porteiro é o profissional que controla a entrada e a saída das pessoas, cuida das
correspondências e dos bens do condomínio.
Não é um profissional que necessita de treinamento para executar um trabalho de
segurança. Contudo, seu papel é fundamental para este assunto, pois é ele quem vai
cuidar do trânsito de pessoas na entrada. Principalmente em condomínios grandes,
onde há muito movimento, o porteiro é importantíssimo para garantir que estranhos não
entrem nas áreas comuns e, posteriormente, nas habitações.

CONTROLE DE ACESSO

O porteiro e vigia é responsável por toda a gestão do controle de acesso externo ao


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empreendimento. Seu posto fica localizado fora do condomínio, de onde ele encaminha,
identifica e orienta as pessoas. No entanto, se alguma dúvida ocorrer em relação à
identificação dos visitantes, o controlador destina o visitante para o balcão da portaria,
onde serão dadas as devidas instruções.

O profissional deve controlar como vigia:


 A entrada e saída do público interno e externo e de veículos e visitantes, em toda
a área sob sua responsabilidade;
 Controlar o movimento de pessoas em todo o perímetro de acesso;
 Observar e conter aglomeração de pessoas estranhas nos locais de acesso sob
sua responsabilidade;
 Zelar pela qualidade dos serviços prestados e cumprir as regras determinadas
pela administração.
Muitos condomínios residenciais e empresariais exigem que o porteiro tenha experiência
na função. As empresas de terceirização que empregam os porteiros também preferem
contratar profissionais com curso de formação de porteiro, dando novos treinamentos
sempre que necessário para o terceirizado.
O porteiro executa todos os serviços relacionados à portaria, como recepção e
distribuição de correspondências, atendimento do público interno e externo, fiscalização
de pessoas circulantes no ambiente e fiscalização de entrada e saída de pessoas, bem
como:
 Fazer rondas no edifício, zelar pelos equipamentos de incêndio, dentre outros;
 Conhecer todas as normas de segurança do condomínio;
 Averiguar se portas e portões estão sempre fechados;
 Transmitir e cumprir as ordens do zelador;
 Atendimento de interfone e identificação dos entregadores;
 Seguir à risca o protocolo de entrada e saída de pessoas e de equipamentos para
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manutenção;
 Zelar pela ordem e respeito entre os usuários e ocupantes de unidades
autônomas;
 Informar o zelador sobre todas as reclamações ocorridas durante seu horário de
expediente.
O porteiro é o profissional que garante o acesso seguro de visitantes e moradores de um
condomínio. Ele é a primeira impressão do estabelecimento ou condomínio. Esse
colaborador precisa estar atento ao uso das áreas comuns a fim de zelar pelo espaço.
Por exemplo, observando e controlando o uso correto de elevadores, evitando
sobrecargas ou uso indevido.
Também é função do porteiro e vigia realizar um cadastro de pessoas que entram no
condomínio a trabalho, pessoas
que são visitas regulares,
conhecer os condôminos e
inquilinos. Para assegurar a
proteção do espaço, é
importante que o porteiro
possua conhecimento minucioso
das normas de segurança do
condomínio, ter domínio no
manejo de equipamentos, fazer
rondas no prédio com o intuito
de verificar se portas e portões estão fechados, se há alguém que não deveria estar
naquele espaço ou se há o acontecimento de alguma infração ou incidente.
É determinante que o profissional da portaria seja responsável e atento, já que é preciso
ter boa memória para memorizar a face das pessoas que moram no condomínio, visitam
ou prestam serviços naquele lugar. É também responsável pela segurança do prédio,
por isso precisa ser de confiança e possuir a responsabilidade necessária para realizar o
trabalho.

EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

A tecnologia oferece muitas opções aos porteiros e vigias para organizar o controle de
acesso e a segurança do prédio. A portaria virtual (com abertura dos portões por um
funcionário remoto) ou a automatizada, com intervenção somente do morador, é um dos
pontos cruciais para a segurança.
Segurança é sempre um assunto em alta, afinal, é preciso se proteger da violência e
crimes frequentes nas grandes cidades. Para diminuir os riscos de sinistro, muitos 7
equipamentos de segurança foram desenvolvidos. Eles ajudam a combater, ou ao
menos reduzir, os riscos de virar alvo da criminalidade.

Câmeras de vigilância
Como não poderia deixar de ser, as câmeras de vigilância são unanimidade quando o
assunto é segurança residencial. Essa ferramenta é a mais buscada, pois seus efeitos
são comprovadamente satisfatórios.

Com o monitoramento constante, as câmeras de vigilância possuem efeito inibidor de


atividades ilícitas. Isto é, a presença destes equipamentos faz com que os suspeitos
pensem duas vezes antes de cometer algum ato criminoso.
Além disso, é possível monitorar os entornos do condomínio através das câmeras, o que
permite uma visão privilegiada do local para evitar riscos à saúde e ao patrimônio, sendo
imprescindível para o porteiro e vigia.
É importante se atentar que, para mais proteção, as câmeras instaladas devem contar
com sensores infravermelho e tecnologia que permitam capturar as imagens em
ambientes com pouca ou nenhuma iluminação.
As imagens, inclusive, devem ser gravadas e armazenadas, com um sistema de backup
remoto, utilizando a nuvem, para que no caso de invasão, os criminosos não possam se
apropriar dos registros de imagem, possibilitando a identificação para uma investigação
policial.
Normalmente as câmeras de vigilância são
instaladas nas entradas dos condomínios e
também em regiões vulneráveis, como a
garagem ou os fundos. No entanto, para maior
segurança e qualidade no serviço, é
fundamental realizar um planejamento para
que não existam pontos cegos.

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Sistema de alarme
Outro bom recurso para auxiliar na segurança patrimonial é o uso de um sistema de
alarme. Ele é composto por uma rede de sensores que ficam espalhados
estrategicamente pela residência/condomínio e auxilia na detecção de movimento. Neste
caso, é mais indicado a condomínios compostos por casas.
Assim como as câmeras de vigilância, os sistemas de alarme possuem uma variedade
de sensores e componentes eletrônicos apropriados para cada situação.
Os sensores ativos, por exemplo, usam um sistema com infravermelho para criar uma
espécie de cerca que protege a casa. Nele, uma unidade receptora e uma unidade
emissora são colocadas distantes uma da outra, criando um feixe de luz infravermelho
entre elas. Caso essa luz seja
interrompida, a central será
acionada.
O lado negativo deste recurso, é
que a interrupção da luz acidental
ainda dispara o alarme. Este
problema pode ser corrigido pelo
uso de sistemas mais sofisticados
que detectam os falsos disparos.
Existe também outro tipo de sistema de alarme que utiliza sensores de movimento
baseado em ondas de ultrassom. As ondas são usadas para identificar se há um
movimento específico em determinada área e, quando ativado, o sistema se encarrega
de acionar a central.
Sinais são disparados através da linha telefônica ou de uma linha de celular backup para
a central remota que recebe e trata esses disparos (portaria), para que o vigia do local
possa tomar as devidas providências.
Utilizar estes sensores junto às câmeras de vigilância e monitoramento garante mais
proteção ao condomínio e possibilita ao profissional ter uma cobertura maior sobre todas
as áreas do condomínio, além de fornecer mais segurança aos moradores.

Cercas elétricas e segurança perimetral


As cercas elétricas também se tornaram um recurso
popular para combater invasões. Com custos de
implementação e manutenção relativamente baixos,
surgem como boa opção para coibir a presença de
criminosos.
Além disso, é possível atrelar as cercas elétricas ao
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sistema de alarme e quando um fio ou sistema for
danificado, pode-se emitir um alerta para portaria. No entanto, não é recomendado o uso
deste recurso em locais com muita vegetação, uma vez que a queda de galhos de
árvores, por exemplo, pode danificar a estrutura do sistema ocasionando o disparo de
um falso alarme.
A segurança perimetral é algo que merece bastante atenção, pois quando existem
vulnerabilidades, os criminosos se aproveitam e invadem com facilidade os condomínios
residenciais.

Botão do pânico
O botão do pânico é um dispositivo para combater as invasões domiciliares. Ele é
instalado dentro das casas em um local discreto e escondido em que apenas o morador
tenha acesso. É indicada a instalação nas casas que são pertencentes a condomínios.
Ao pressionar este botão, o sistema emite sinais de alarme silenciosos para o vigia ou
para a empresa de segurança e monitoramento que deve entrar em ação rapidamente
para garantir a segurança dos moradores que estão sob ataque dos criminosos. Os
botões de pânico para emergência normalmente ficam dentro da casa em locais
discretos.

Fechaduras digitais e inteligentes


As fechaduras digitais e inteligentes trouxeram praticidade para o acesso de ambientes
e ainda se mostraram uma maneira segura de decidir quem deve permanecer do lado de
fora.
Desde os modelos tradicionais, que utilizam senhas, até os recursos que utilizam o
acesso biométrico, as fechaduras são uma adição importante nos sistemas de
segurança residenciais e patrimoniais.

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Com os novos modelos é possível rastrear quem entra e sai dos lugares, verificar se
você se esqueceu a porta destrancada e trancá-la a partir do seu celular com o
aplicativo ou até mesmo abri-la por comandos de voz.
É fundamental instalar nas portas e portões externos fechaduras resistentes ao
arrombamento. Muitas vezes, percebendo a vulnerabilidade da fechadura externa, os
criminosos se aproveitam da situação e entram no imóvel facilmente.

SISTEMAS DE SEGURANÇA

A proteção de um condomínio envolve diversas práticas e rotinas, que devem ser


tomadas tanto por moradores, quanto por funcionários. Estas ações auxiliam para
manter as pessoas envolvidas em segurança e atuam diariamente para reduzir os riscos
existentes.
Neste universo, os sistemas de segurança para condomínio são excelentes opções para
a manutenção da segurança do local, além de contribuir para a maior valorização do
imóvel e a redução dos custos com o condomínio.
O porteiro e vigia é a pessoa responsável por fazer a gestão e zelar pelo correto
funcionamento do prédio. A ele cabe
também garantir uma estrutura
qualificada e eficiente de segurança
para o condomínio.
Enquanto isso, cabe aos moradores,
seguirem as regras e manter políticas
de boa convivência. E todos devem
cuidar da segurança do condomínio. A
segurança do condomínio depende
desta ação conjunta, e de uma rotina
que deve estar entre as prioridades de
todos, sem exceções. O que inclui moradores, síndicos, porteiro, vigia e demais
funcionários.
Algumas áreas, por serem alvos fáceis, merecem maior atenção e o uso de
equipamentos de segurança para promoverem uma proteção efetiva. Segundo
especialistas no assunto, a maior parte das invasões ocorre nos acessos das garagens
e dos pedestres. Por isso, a recomendação é que estas áreas sejam monitoradas e
concentrem os melhores equipamentos. O ideal é que as imagens sejam gravadas em
sistema digital e dispor de backups de segurança.
As prioridades devem estar nas áreas de acesso (portaria, entradas e saídas das 11
garagens) e nas áreas de maior concentração de pessoas (como o hall social, as
escadas, no trajeto até as garagens, elevadores, etc.). Também é possível criar nestes
espaços anéis de segurança para evitar que os condomínios sejam invadidos. Assim, se
uma das barreiras for quebrada, outros sistemas protetivos estarão apostos.
Para a definição dos sistemas de segurança para condomínios, deve-se contar com
empresas especializadas para fazer esta checagem, além da capacitação do porteiro e
vigia, que é imprescindível. Não é apenas uma questão de tecnologia, mas sim todo o
contexto da situação que deve ser analisado.
O melhor sistema não deve ser definido pelo preço e nem tão somente pela
modernidade que ele apresenta. Deve ser escolhido de acordo com as características
que melhor se adequam ao condomínio em questão, suas funções e as necessidades do
local e dos moradores.
Recomenda-se, para isso, que a empresa contratada avalie o tamanho do condomínio, o
número de apartamentos e toda a estrutura disponível no local. A empresa de segurança
deve-se atentar às barreiras perimetrais do condomínio, conferir a altura do muro, a
presença ou não de cercas elétricas, concertinas, sensores de presença e outros
detalhes que podem tornar-se pontos críticos para a segurança do local.

Neste caso, algumas medidas podem ser adotadas, entre elas a inclusão de sistemas
eletrônicos de segurança, como alarmes, circuitos fechados de TV, cercas elétricas,
controles de acesso, entre outros. Além de barreiras físicas e eletrônicas é importante
também adotar políticas internas e procedimentos de segurança para garantir que
processos, pessoas e equipamentos estejam sincronizados e a favor da segurança.
Além de contar com sistemas de segurança para condomínios, para garantir a proteção 12
destes locais é preciso fazer testes periódicos de todos os equipamentos e processos. E
isso inclui os sistemas de iluminação, alarmes, câmeras, portões, e outros pontos. Um
detalhe importante é também a sinalização do condomínio. Deve-se avisar sobre a
presença de câmeras, cercas elétricas, etc., para evitar riscos de acidentes para
moradores e funcionários.
As atualizações desses equipamentos são necessárias e devem ser frequentes para
manterem-se atualizadas e assim, garantir o conforto, a segurança e o bem estar dos
moradores.

Ter um sistema de controle de acesso é primordial para garantir a segurança de um


condomínio. Quando gestores, porteiro, vigia e moradores têm conhecimento e controle
sobre o que acontece dentro e fora dos limites do condomínio, o risco de ocorrerem
situações que ameacem a integridade do patrimônio e, principalmente, dos moradores
cai drasticamente.
No dia-a-dia de um condomínio residencial, muitas pessoas circulam pelas áreas
comuns, desde moradores e visitantes até entregadores de delivery e prestadores de
serviço de reparo, então, é imprescindível ter meios para gerenciar toda essa
movimentação, evitando situações indesejadas.

CONTROLE DE VEÍCULOS

O controle de acesso veicular é uma das principais preocupações dos condomínios


atualmente. Pessoas mal intencionadas, que querem invadir casas e apartamentos,
veem na garagem desprotegida uma boa oportunidade de entrar. Isto tem levado o
síndico a procurar alternativas para realizar esse controle de forma mais eficaz.
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Independentemente de ser um condomínio residencial ou comercial, as soluções
precisam, sobretudo, garantir a proteção dos condôminos e aumentar a eficácia da
administração como um todo. De olho neste problema, o mercado de segurança tratou
de criar diversas soluções, como biometria, senhas e cartões codificados.
É importante utilizar um sistema de controle de acesso veicular, para garantir a
tranquilidade dos condôminos, e é uma tarefa que pode fazer com que a gestão seja
pautada por eficácia, além de haver um monitoramento eficiente na portaria.
Diariamente, é comum notícias sobre quadrilhas que invadem condomínios se passando
por parentes de condôminos ou por prestadores de serviço. Por esse motivo, implantar
um registro e cadastro das entradas e saídas facilita a manutenção da segurança. Os
sistemas têm o objetivo de gerenciar o fluxo de visitantes e prestadores de serviço, bom
como a entrada, tempo de permanência e saída de todos os moradores ou
colaboradores.

Controle de acesso veicular por biometria


Atualmente, o controle de acesso por
biometria é um dos mais procurados para
condomínios residenciais e comerciais.
Uma das principais vantagens no uso de
controle de acesso por biometria é poder
limitar o tempo de permanência de
visitantes ou prestadores de serviço no
condomínio.
Isto porque, na entrada, dependendo do
que o prestador de serviço ou visitante for
fazer, já pode ser estipulado o tempo em que vai permanecer dentro do condomínio e
que áreas vai ocupar.
Se o condomínio dispõe de vagas de garagens para visitantes e prestadores de
serviços, ao se cadastrar biometricamente na entrada, já se sabe que o prestador ou
visitante vai ocupar determinada vaga, com previsão do horário de saída. Caso não
retorne no horário previsto, cabe ao porteiro e vigia verificar o que está ocorrendo.
Da mesma forma, se as dependências do condomínio são protegidas por acesso
biométrico, o visitante ou prestador não conseguirá acessar outra área, a não ser aquela
para a qual foi liberada pelo porteiro no momento de sua entrada.
O controle de acesso biométrico também pode ser utilizado com cartão codificado de
proximidade e digitação de senha. Três sistemas em um que garantem a proteção
eficiente dos moradores e colaboradores dos condomínios.
O sistema de biometria permite o cadastro de todos os dedos das pessoas que vão
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utilizá-lo e é uma das formas de controle mais eficazes, pois garante a segurança e
facilita o controle de fluxo de pessoas que não fazem parte do condomínio.

Controle de acesso veicular por TAGs


Esse tipo de controle de acesso veicular é bastante semelhante ao sistema utilizado na
cobrança automática de pedágios (Sem Parar e ConectCar, por exemplo). Cada veículo
possui uma tag fixada no para-brisa. Ao entrar ou sair, o código da tag é decodificado
por uma espécie de scanner, registrando o horário de entrada e saída do veículo. A
garagem apenas se abre quando as informações são conferidas e confirmadas.

Controle de acesso veicular por RFID


Nesse tipo de controle de acesso veicular, a leitura é feita por rádio frequência. Assim,
todas as vezes que o veículo do condômino ou colaborador da empresa se aproxima por
cerca de oito metros de onde se encontra a antena RFID, a leitura de seus dados é
realizada.

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O portão ou a cancela da garagem somente são abertos após a confirmação do
cadastro, ou seja, se as informações contidas no cadastro do veículo forem as mesmas.
A tecnologia RFID também pode ser utilizada por meio de chaveiro para entrada e saída
por portões de pedestres. Ao aproximar o chaveiro no leitor instalado no portão, os
dados do morador ou colaborador são decodificados e a entrada é permitida.

Controle de acesso veicular por LPR (License Plate Recognition)


A tecnologia LPR (Reconhecimento Automático de Placas de Automóveis, traduzido) é
mais um sistema de controle de acesso para condomínios. Esse sistema utiliza um
módulo eletrônico que reconhece caracteres automaticamente por meio de sensores
ópticos para as placas dos veículos.
O LPR, na verdade, faz uma checagem dupla, pois autentica antes a placa do veículo e,
depois, fica apto para receber os comandos dos controles remotos.

Assim, se a placa do veículo não estiver cadastrada no condomínio, mesmo que o


condutor esteja com o controle remoto não conseguirá abrir o portão. Promover a
segurança e tranquilidade em seu ambiente residencial ou de trabalho é essencial para
que as pessoas que moram ou visitam o local frequentemente se sintam protegidas e
confiantes com a gestão do condomínio.
Por isso, como profissional que atua na segurança e acesso (porteiro e vigia), avalie
sempre se o seu condomínio está em dia com as mais eficazes soluções em proteção,
tanto para o acesso de pedestres, quanto para o acesso de veículos.

CONTROLE DE VISITANTES

A maior vantagem de morar em um condomínio é a segurança. Em um mundo cada vez


mais perigoso e violento, saber que sua residência está protegida é um alívio. Embora
haja muitos protocolos cansativos para receber pessoas, atender às exigências de
segurança traz benefícios a todos. Mas, além de uma boa conduta dos moradores para 16
adentrar convidados, um bom controle de visitantes é fundamental para evitar golpistas.
Ao escolher morar em um condomínio, um dos maiores pesos a ser considerado é saber
que apenas pessoas permitidas
podem frequentar aquele local. Assim,
você fica tranquilo, pois pessoas
maliciosas não têm acesso direto à
sua residência. No entanto, para que
isso de fato aconteça, a portaria deve
ser bem controlada e é nesse quesito
que a profissão do porteiro e vigia é
imprescindível.
Nos dias de hoje, surgem novos
golpes a todo momento. Há pessoas que se passam por parentes de condôminos, dizem
que já estão com chave do morador e convencem a controladoria de acesso a permitir
sua entrada. Sem um controle eficiente, situações como essa passam despercebidas e
expõem o local a riscos. Para evitar tais incidentes, é possível adotar métodos que
garantam a eficiência da filtragem pelo porteiro, já na portaria.
A identificação é a primeira etapa. O visitante, sem adentrar a portaria deve se
identificar. Para isso, deve informar qual é o seu nome, o objetivo para o qual deseja
adentrar ao condomínio, em qual apartamento vai e qual o nome do morador
responsável.
A tecnologia é para ajudar, então o uso de um sistema para condomínios ajuda muito
nessa rotina de segurança, pois nele o morador registra quem são as pessoas que
possuem algum tipo de autorização para entrar na sua unidade. O uso do sistema
também traz mais agilidade no cadastro de visitantes, facilitando o porteiro.
Depois de saber os dados, é hora de checá-los. O porteiro deve interfonar para o
apartamento solicitado e contatar o responsável citado. Após passar todas as
informações do visitante, o condômino deve confirmar se realmente está esperando pelo
convidado ou se é um intruso indesejado.
Se o morador autorizar a entrada, o convidado pode adentrar as áreas do condomínio.
No entanto, se o dono da residência não confirmar a entrada, o solicitante deve ser
barrado pelo porteiro e vigia. O controlador (porteiro e vigia) de acesso pode sugerir que
ele entre em contato por meios particulares com o residente e peça para que o mesmo o
busque na portaria.
Em condomínios que se utilizam de tecnologia, o controle pode ser ainda mais rigoroso.
Um ótimo exemplo são as portarias remotas, onde o porteiro vê o local de um outro
lugar, apenas por câmeras de segurança. Neste caso, ele não pode ser coagido por uso
de armas. Controlando todo o espaço através das câmeras de vigilância, apenas libera
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entrada após contatar o morador.
O controle de visitantes garante o bem-estar de todos os que vivem no condomínio.
Quando é feito corretamente, o local não fica exposto a riscos iminentes de um
desconhecido circulando pela área. Com essas etapas simples, é possível evitar
situações de perigo e estar preparado para pessoas que tentam aplicar golpes ou
assaltos.

CONTROLE DE FUNCIONÁRIOS

A gestão de funcionários no condomínio é um assunto de extrema importância. Ela deve


ser feita com muito cuidado pelo síndico para que se evitem transtornos posteriores.
Para realizar um bom gerenciamento, o síndico precisa ter conhecimento sobre muitos
pontos.
Além de compreender a importância de uma boa gestão de funcionários no condomínio,
o síndico deve saber as medidas para executá-la. Os principais pontos incluem definir as
atribuições de cada funcionário, boa comunicação, cumprimento das regras legais, uso
de tecnologia, dentre outros. Não se podem deixar de lado as partes práticas, como
saber quem são todos os funcionários, escalas de trabalho e a situação de funcionários
terceirizados.
Isso cabe não somente ao síndico, mas também ao porteiro ou vigia, visto que é esse
profissional que é responsável por controlar o acesso desses colaboradores ao
condomínio. Portanto, é de suma importância que o porteiro conheça os demais
funcionários do condomínio, saiba seus horários de trabalho, e conheça também os
funcionários terceirizados, para dessa forma, impedir que uma pessoa não vinculada ao
condomínio, se passe por funcionário e adentre o mesmo.
Cabe ao porteiro também realizar a identificação desses prestadores de serviços 18
terceirizados, para isso deve ser seguido uma espécie de roteiro, conforme segue:
 Deve ser feito uma identificação visual do prestador de serviço (fornecedor);
 Esse fornecedor deve ser cumprimentado com cordialidade pelo porteiro ou vigia;
 Deve ser solicitado com educação um documento com foto ou outro documento
que comprove que o mesmo está prestando serviços para uma empresa que atua
na manutenção do condomínio;
 Durante o processo de identificação, os portões devem permanecer fechados;
 A pessoa deverá aguardar do lado de fora do condomínio ou em local apropriado,
até ter a liberação do porteiro para adentrar ao condomínio;
 Deve ser feito contato com o condômino ou com o síndico para verificar se o
prestador de serviço é esperado;
 Se houver dúvidas sobre a presença do prestador de serviço, deve ser solicitada
a presença do condômino contratante do serviço até a portaria para identificá-lo
pessoalmente;
 Sendo autorizada a entrada da pessoa, seus dados e horários de entrada e saída
devem ser registrados pelo porteiro ou vigia, no sistema de controle de acesso,
formulário ou livro, conforme o sistema utilizado no pelo condomínio;
 O prestador de serviços deve receber um crachá de identificação;
 Na saída, o crachá de identificação deve ser recolhido pelo porteiro;
 O condomínio deverá ter um horário predeterminado para a autorização de
entrada de prestadores de serviço, evitando-se horários noturnos.

CONTROLE DE FORNECEDORES

É necessário ter um cadastro com todos os fornecedores, transparente e organizado.


Isso vai auxiliar muito o trabalho do porteiro e vigia. Troca ou substituição de profissional
também é algo que pode afetar o porteiro e vigia, pois cada pessoa se organiza de uma
forma, e o mesmo acontece com os porteiros. É muito difícil para o novo profissional dar
continuidade a tudo que o antigo fazia, pois os registros e contatos dos fornecedores
ficam anotados em locais
privados, como celular, por
exemplo. Desse modo, ter um
banco de fornecedores
disponível para todo o
conselho é fundamental para a
continuidade do trabalho. Uma
das soluções é a utilização de
um software de gestão de 19
condomínio com essa
funcionalidade.
A seguir, veremos passos que auxiliam na organização dos fornecedores, visto que
muitas vezes o porteiro é responsável pela manutenção do condomínio e precisa acionar
profissionais específicos para deixar o condomínio em perfeito estado.
Organização: ter um local específico para armazenar o contato desses fornecedores é
fundamental para a organização. Além do nome da empresa e do contato, é necessário
explicitar quem é o contato do condomínio na empresa e para qual setor do prédio ela
presta serviço. Assim, não haverá nenhuma dúvida no momento em que forem contratar
o responsável pela manutenção da piscina, por exemplo.
Histórico: manter uma relação atualizada de fornecedores gera um histórico dos serviços
prestados ao condomínio. Dessa forma, é possível saber com precisão qual empresa foi
responsável por um eventual erro, por exemplo.
Transparência: se ocorrer algum problema no condomínio enquanto o síndico está fora,
o porteiro ou vigia, ou ainda os membros do conselho terão que entrar em contato com o
fornecedor responsável por aquela situação. Se não houver uma lista de fornecedores
disponível para todo o conselho, a agilidade para solucionar o problema será
comprometida.

CONTROLE DE CHAVES

As chaves do condomínio são itens que merecem atenção especial, inclusive em tempos
de férias e veraneio. Por questão de segurança e agilidade, é imprescindível saber com
quem estão as cópias e como fazer para entrar em locais de acesso restrito. É
importante que esse tipo de informação fique disponível para os moradores, inclusive
aos novos condôminos. A organização das chaves depende de cada regimento,
normalmente ficam com o porteiro e vigia, ou ainda com o síndico.
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Dicas importantes:
 Não guardar os molhos de chaves próximos a janelas, pois facilita a ação de
alguém com más intenções;
 Usar capa identificadora de chaves para agilizar a localização de chaves
específicas;
 O ideal é que as cópias das chaves do painel central de energia elétrica fiquem
com o síndico, porteiro e vigia. Além disso, quem tem a posse das chaves deve
acompanhar moradores ou funcionários de empresas prestadoras de serviço na
hora do procedimento;
 Novos moradores vez ou outra precisam das chaves para instalações de antenas,
por exemplo. Ao recepcioná-los no prédio, o porteiro pode também repassar as
informações sobre quem são os portadores das chaves e como fazer para
solicitá-las.

CONTROLE DE CORRESPONDÊNCIAS

A correspondência ainda é uma grande parte da nossa vida em sociedade. É pelo


correio que, muitas vezes, chegam contas, extratos, avisos e compras realizadas pela
internet. Diversos itens importantes que devem ser entregues o mais rápido possível aos
seus destinatários.

21
Daí a necessidade de que o condomínio seja rápido e certeiro na entrega e distribuição
da correspondência para os moradores. Afinal, ninguém quer perder um prazo de
pagamento de um boleto, ou pior, saber que um cartão, por exemplo, já foi entregue,
mas está perdido dentro do condomínio.
Geralmente, o correio entrega a correspondência de uma só vez, uma vez por dia, no
condomínio. Em empreendimentos menores, é comum que a divisão e distribuição de
cartas sejam feitas pelo porteiro. Estima-se que em um condomínio de pequeno porte
essa tarefa tome cerca de uma a duas horas diárias do profissional.
É importante que as regras estejam estabelecidas no regimento interno do condomínio,
e que qualquer alteração seja votada em assembleia.
Em condomínios maiores, geralmente, as cartas comuns são destinadas pelo porteiro
aos escaninhos de cada unidade. Então, quando desejarem, os moradores podem ir ao
local e retirar sua correspondência.

Caso a carta seja registrada, ou um telegrama ou citação judicial, o trâmite é diferente. O


ideal é que o profissional de portaria faça uma lista com as correspondências desse tipo,
com protocolo, e que os moradores assinem ao receber o material, que, portanto, deve
ser entregue em mãos, seja na unidade ou na portaria.
Esse tipo de livro de controle e protocolo de recebimento pode ser facilmente encontrado
em papelarias. Em condomínios de grande porte o volume de correspondências é
enorme, e o grau de exigência é o mesmo: o esperado é que as cartas cheguem às
caixas dos moradores no mesmo dia.
Para se ter uma ideia, em um condomínio com cinco torres e aproximadamente 300
unidades, o volume diário de correspondências pode chegar até 1.500 cartas. Nesse tipo
de cenário, seria irreal pensar que o porteiro, sozinho, conseguisse fazer a separação
desse material e ainda cuidar de todas as outras tarefas de sua função. Por isso, em
grandes empreendimentos, o ideal é haver um funcionário encarregado apenas dessa 22

função.
Além de haver pelo menos uma pessoa destacada apenas para isso, é importante que
haja um local destinado para a triagem da correspondência, evitando assim que o
material seja perdido ou extraviado.
Depois de organizadas, as cartas devem então ser encaminhadas aos escaninhos de
cada morador. No caso das cartas que necessitam de assinatura, a logística é a mesma
que em condomínios menores. As mesmas devem ser protocoladas e entregues,
mediante assinatura no ato do recebimento. Assim, fica mais fácil controlar o que foi
entregue de mais importante, além de ser uma segurança a mais para os responsáveis
pela organização do material.

Em alguns condomínios mais novos, o trabalho de separação e organização de


correspondência não é feito internamente. Isso porque o próprio carteiro consegue
entregar as cartas destinadas àquele condomínio, quando o mesmo conta com uma
caixa de correspondência.
Há condomínios que conseguem fazer essa adaptação em sua estrutura, justamente
para agilizar a entrega do material no condomínio. Em alguns casos, há espaço até para
revistas. Apenas os jornais é que são entregues na portaria e encaminhados para as
unidades, por serem mais volumosos. As cartas que necessitem de assinatura também
devem ser entregues ao profissional da portaria, com protocolo.
Deixar de receber uma carta por falta de atenção dos funcionários do condomínio é algo
extremamente complicado. Nessa situação, o normal é que isso aconteça no máximo
duas vezes por ano, em um residencial de médio porte.
Se a situação começar a se tornar corriqueira, vale conversar com os funcionários da
área e tentar descobrir se há algo de diferente acontecendo, ou se o volume de trabalho
aumentou de repente, e com isso, o ritmo de trabalho aumentou muito. Oferecer
reciclagem também pode ser uma alternativa aos funcionários da área para melhorar o
desempenho.
Sempre que houver um extravio, o morador em questão deve registrar sua queixa no
livro de ocorrências, além de conversar com o porteiro. Assim, ficam todos cientes do 23
acontecido, além do morador que ficou sem sua correspondência ter um registro por
escrito da situação.
Vale lembrar que o condomínio, e por consequência, o síndico e o porteiro, são
responsáveis pela entrega correta de correspondência aos moradores, que, caso se
sintam lesados por uma perda ou extravio de cartas ou entregas, podem acionar o
condomínio judicialmente.
Sempre visando a prevenção de uma ação judicial, as administradoras de condomínios
recomendam que as correspondências estejam sempre em nome do proprietário da
unidade, mas aos cuidados do morador, isso vale para boletos, comunicados, multas,
advertências e até recibos.
Esse cuidado é importante para que o condomínio tenha duas certezas: que essas
correspondências estão chegando ao proprietário e que o condomínio tem como
comprovar que elas foram enviadas. Essa questão é importante porque ações judiciais
relacionadas a apartamentos alugados responsabilizam o dono do imóvel em possíveis
condenações, e não o inquilino, mesmo que a ação se refira a responsabilidades do
morador, como o pagamento da taxa condominial, por exemplo.
Uma dica interessante é manter o endereço do proprietário sempre atualizado e mandar
essas correspondências para o dono e para o inquilino. Mesmo se solicitada pelo
proprietário, não é recomendada a alteração do nome do destinatário.

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

Os procedimentos mais utilizados na portaria de um condomínio são exatamente os


indispensáveis para que a ordem e a segurança sejam mantidas, de forma que pessoas,
bens e patrimônios estejam seguros.
São diversos os procedimentos adotados pelo porteiro e vigia. Por isso, é necessária a
realização de treinamento e
capacitação profissional dos
vigias e porteiros para que erros
sejam evitados ao máximo e eles
sejam capazes de realizar o
controle, a fiscalização e a
promoção da ordem do local.
As medidas tomadas são
divididas em estáticas e
dinâmicas. As estáticas são as
que utilizam barreiras e
equipamentos para a inibição da ação criminosa, as dinâmicas são as que utilizam a 24
inteligência do vigia.
A seguir os principais pontos a serem seguidos para manter-se a segurança do
condomínio:
 Proteção de entradas não permitidas: por chamarem muita atenção, as entradas
não permitidas são os alvos mais visados por invasores, sendo evitadas por
criminosos. Por isso, o maior erro do porteiro e vigia é não se atentar para a
audácia desses invasores, mantendo-se sempre alerta em qualquer circunstância;
 Proteção de entradas permitidas: as entradas de livre acesso são denominadas
de portaria e são pontos fixos de vigias e/ou porteiros. Justamente por possuir
livre acesso, merecem todo o cuidado. Para manter a ordem nas entradas
permitidas, é preciso que o vigia tenha raciocínio rápido, organização, dinâmica e
boa capacidade de comunicação;
 Controle de acesso: para o controle de acesso de pessoas, o vigia precisa seguir
uma série de procedimentos para garantir a segurança de todos que passam pelo
local;
 Controle do acesso de materiais: o controle de tudo que entra e sai do
condomínio/empresa deve ser feito de maneira rígida, para a prevenção de
acidentes, de perdas ou até mesmo objetos suspeitos que podem causar danos
ao patrimônio e às pessoas;
 Controle de acesso de veículos: é de extrema importância a implantação de um
controle de acesso de veículos. Muitos locais pecam nesse ponto, se
preocupando apenas com o controle de acesso de pessoas, dando brechas para
a atuação de criminosos. Torna-se mais eficaz com o auxílio de câmeras e outras
tecnologias, além do treinamento constante de pessoal.
Todos esses procedimentos são feitos de forma preventiva, para que não haja margem
para a ação criminosa e para a insegurança. Os profissionais (porteiro e vigia) devem
ficar muito atentos para que enxerguem as situações com olhar crítico e muita atenção.
De fato, cada local, seja um condomínio ou uma empresa, possui seus pontos de
vulnerabilidade.

25
FORMAS QUE OS BANDIDOS COSTUMAM ADENTRAR EM CONDOMÍNIOS

Na hora de escolher um lugar para


morar, os condomínios residenciais
entram na cabeça das pessoas como
uma alternativa segura e eficiente
para fugir da violência presente nas
cidades brasileiras. Entretanto,
quadrilhas especializadas em
assaltos nesses locais são cada vez
mais comuns e aproveitam falhas de
segurança já existentes para invadir
condomínios para realizar seus
crimes.
Existem diversos “modus operandi” usados pelos criminosos, que costumam observar e
estudar o funcionamento dos possíveis locais de roubos alguns dias antes do crime, a
fim de descobrir pontos fracos de acesso ao condomínio. Locais sem sistema de
segurança ou com poucos cuidados com segurança especializada costumam ser um
prato cheio para esse tipo de infração.
A seguir, os comportamentos mais comuns utilizados pelos invasores acessarem o local
em que cometerão seu crime:
 Pular muros ou cercas em locais vulneráveis, fora da visibilidade de porteiros e/ou
vigias;
 Enganar o porteiro e entrar como prestador de serviço (eletricista, encanador,
entregador de pizza, entre outros);
 Distrair o porteiro e entrar como um falso morador;
 Clonar o controle remoto da garagem ou portão;
 Entrar logo atrás de um carro de um morador do condomínio;
 Entrar como passageiros de veículos de entrega que entram ao condomínio;
 Render um morador.
Por esses fatores que treinamentos são fundamentais para os funcionários terem mais
segurança na hora de fazer uma abordagem.
O porteiro e vigia também precisa ter confiança de que seguindo os procedimentos de
segurança não vai ser chamada a atenção por ter deixado alguém esperando pela
confirmação do morador, por exemplo, e por esse motivo é que deve haver a
conscientização dos moradores: reforço em assembleias e via comunicados sobre a 26
importância do cumprimento de regras de segurança já estabelecidas.
Além de que os funcionários precisam ter conhecimento, e buscar o aperfeiçoamento
constante. Porteiros, vigias e outros trabalhadores necessitam de treinamento para
evitar falhas em procedimentos de identificação e liberação de acesso ao condomínio.

Portaria remota
Justamente por se ter procedimentos mais rígidos, a portaria remota pode ser uma forma
de coibir ações citadas anteriormente. O controlador de acesso remoto sabe que está
sendo gravado o tempo todo. Não vai autorizar a entrada de alguém por pressão, ou só
porque acha que se parece com um morador. Vale salientar que a solução de portaria
remota não é melhor que a orgânica em todos os casos. Se o condomínio realmente
treinar os funcionários de portaria a cada três meses, oferecer uma boa tecnologia e
portaria blindada, não deixa nada a desejar para os moradores em termos de segurança.

DISFARCES MAIS USADOS PELOS BANDIDOS

Disfarçado de morador
Os bandidos tentam entrar no condomínio vestidos como os moradores se vestem. O
porteiro ou vigia não deve ter medo de barrar um morador caso tenha dúvidas sobre a
identidade do mesmo.

27
Jovens e adolescentes
Ações criminosas envolvendo jovens são cada vez mais recorrentes. O porteiro pode
liberá-los achando que moram no condomínio. Então, não importa se são jovens ou
adolescentes, todos devem ser autorizados por moradores para entrar no condomínio.

Funcionário de concessionárias, dos Correios, telefonia, entre outros.


Alegam ter de fazer reparos dentro de algumas unidades, ou no caso do carteiro, ter de
entregar em mãos a correspondência, nesses casos o vigia deve pedir crachá com foto
e caso o morador não esteja, ligar na empresa para conferir se aquela pessoa realmente
é funcionário.

Oficial de justiça ou advogado:


Procuram forçar a entrada no condomínio sem se identificar, ou apresentando
documentos e identidades falsos. O porteiro não deve mudar os procedimentos de
segurança de acordo com a aparente autoridade de quem quer que seja. Deve sempre
manter seu protocolo de segurança.

28
Autorizado pelo telefone
Alguém, se passando por morador, autoriza a entrada de um terceiro pelo telefone. O
porteiro deve ter uma relação com os telefones de todos os moradores. Só após falar
com o morador pelo contato da portaria deve-se liberar a entrada. Outra possibilidade é
a comunicação por WhatsApp.

Falso policial
Homens chegam trajados com roupas da polícia e exigem entrar no condomínio, às
vezes com carros adesivados que imitam os da polícia. Não deixar ninguém entrar sem
ser autorizado, mesmo que seja policial. A polícia não pode invadir o condomínio sem
um mandato de busca e apreensão, por exemplo.

Carro clonado do morador


Usam carro com as mesmas características de um morador para entrar no condomínio.
Embicam o carro e, por conhecer o carro, o porteiro abre a garagem. Só abrir se o
morador sair do carro ou mostrar o rosto e se identificar. Ideal é ter câmeras que
focalizem o rosto do motorista ao chegar.

29
Falsa grávida
Mulher se passando por grávida finge estar passando mal. Companheiro pede para usar
o telefone da portaria para ligar para médico. O porteiro pode ligar ele mesmo para uma
ambulância, caso veja que o caso é grave. Mas não deve sair da portaria e nem deixar
ninguém entrar no condomínio.

Mulher bonita
Mulher bonita e vestida de maneira provocante chega de noite, geralmente para visitar
um morador solteiro. Pede para não ser anunciada, pois “ela é a surpresa”. O porteiro
deve ser extremamente cauteloso e não deixar ninguém entrar. O porteiro não deve
mudar os procedimentos de segurança, jamais.

Corretor de imóveis
Bem vestido, em geral num grupo de dois ou três, apresenta-se como corretor de
imóveis e diz que vai visitar determinado apartamento. Confirmar se o morador
requisitou a presença do corretor. Se não, não permitir a entrada. Portanto, porteiros e
vigias não devem deixar desconhecidos entrarem, mesmo que estejam "bem vestidos".

Agente de fiscalização da dengue


Geralmente, dois ou três homens com coletes e uma maleta de plástico dizem que são 30
funcionários da prefeitura ou terceirizados. Pedir documentos e crachás com fotos.
Porteiro deve ligar para a prefeitura e não para número que constar no crachá.

Menino assaltado
Menino pede para usar o telefone para ligar para o pai. Porteiro pode ligar ele mesmo
para o pai da criança, de dentro da portaria. Não deve, porém, dar o telefone para o
menino e nem deixá-lo entrar no condomínio.

Entregador de encomendas
Pode ser de pizza, flores, cestas de café da manhã, entre outros. Este pode agir de duas
formas diferentes:
1. Diz que vai subir em determinada unidade para entregar;
2. Chama o condômino ou um empregado para receber rendendo-o assim que a
porta é aberta.
O porteiro ou vigia não deve permitir a subida de entregadores às unidades, em
nenhuma hipótese. Antes de abrir o portão para receber a encomenda, o porteiro deve
confirmar se o respectivo condômino o aguarda. No caso de flores e presentes surpresa,
o melhor é que o próprio porteiro receba. O ideal é instalar um "passador" de
encomendas, para não abrir o portão nestes casos.

O "bem vestido"
Homem de terno entra a pé pela garagem quando um morador chega com seu carro, ou 31

simplesmente pede para abrir a porta pela entrada de pedestres e muitas vezes o
porteiro não desconfia de nada porque o homem está bem vestido.
Logo em seguida, é rendido pelo invasor que o obriga a abrir o portão para seus
comparsas. Nesses casos, o porteiro não deve mudar os procedimentos de segurança
de acordo com as vestimentas das pessoas ou aparência de status social. Como já
citado anteriormente em outras situações.

O “conhecido”
Aproveita-se da entrada de uma pessoa no prédio para "pegar uma carona" no portão
aberto dos pedestres. Para não despertar suspeitas, diz alguma coisa para a pessoa
que está entrando, parecendo ao porteiro que ambos se conhecem. Outra vez, vale a
atenção do porteiro. Se ficar na dúvida se conhece ou não a pessoa que entrou, deve
abordá-la e perguntar para que unidade se dirige e não deve deixar que dois visitantes
distintos entrem simultaneamente.

De carro
Embicam o carro na garagem e buzinam, como “passageiros” de veículos de entrega
que entram na garagem.
O porteiro deve ser extremamente rigoroso na identificação do carro e do motorista.
Jamais abrir o portão para veículos que não se identificam devidamente.

32
DICAS PARA PORTARIA E ADMINISTRAÇÃO

Dica 1
Momento perigoso: Entrada de visitantes.
Atitude errada:
1. O Porteiro não identifica corretamente o visitante.
2. Porteiro libera a entrada de visitante sem solicitar autorização do morador.
Atitude correta: O porteiro deve pedir o RG do visitante, registrar o apartamento que está
indo, avisar o morador e somente depois da autorização liberar a entrada.

Dica 2
Momento perigoso: Entrega de encomendas para condôminos.
Atitude errada: Porteiro abre o portão para o entregador.
Atitude correta: O ideal é que o condomínio tenha um passa volumes. O morador ou o
porteiro/vigia deve retirar suas encomendas não tendo em nenhum momento contato
direto com o entregador. O portão deve permanecer o tempo todo fechado.

33
Dica 3
Momento perigoso: Mudanças.
Atitude errada: Permitir mudanças que não foram previamente avisadas e manter o
portão aberto durante o processo.
Atitude correta: As mudanças devem ser previamente agendadas com o porteiro/vigia
para que medidas de segurança possam ser tomadas. Durante a mudança os portões
devem ficar fechados, abrindo somente o tempo necessário para carga e descarga. O
certo é que se agende apenas uma mudança por dia.

Dica 4
Momento perigoso: Liberação de funcionários e prestadores de serviço particulares (ex.:
empregadas domésticas) fora do horário de trabalho.
Atitude errada: O porteiro, por conhecer a pessoa, libera a entrada de funcionários e
colaboradores mesmo fora do seu horário habitual de trabalho.
Atitude correta: O porteiro deve pedir autorização aos responsáveis antes de liberar a
entrada de colaboradores e empregados domésticos. Por exemplo, a faxineira faz faxina
de terça e quinta-feira no período da manhã, mas aparece na quarta-feira à tarde: o
correto é o porteiro consultar o morador, e só liberar a entrada após autorização deste.

Dica 5
Momento perigoso: Liberação de funcionários e prestadores de serviço acompanhados
por estranhos (empregada doméstica e sobrinha, por exemplo).
Atitude errada: O porteiro, por conhecer a pessoa, libera a entrada de funcionários e
colaboradores, mesmo que acompanhados.
Atitude correta: O porteiro deve sempre impedir a entrada de outros funcionários, do
condomínio ou particulares, se os mesmos estiverem acompanhados. No caso de 34

funcionários do condomínio, é necessário que o síndico, administração ou zelador


autorizem essa entrada. No caso de empregados domésticos, deve-se pedir autorização
ao morador e só então permitir a entrada.

Dica 6
Momento perigoso: Horários de limpeza e retirada de lixo.
Atitude errada: O porteiro permite que o portão fique aberto para facilitar o trabalho dos
profissionais da limpeza.
Atitude correta: O portão deve permanecer fechado e só ser aberto no momento em que
o funcionário da limpeza passar. O porteiro ou vigia deve ficar vigiando a operação do
lado de dentro (porteiro, se for possível visualização da guarita).

Dica 7
Momento perigoso: Limpeza da calçada.
Atitude errada: O portão fica aberto.
Atitude correta: Caso o funcionário precise limpar a calçada do condomínio, o portão
ficará fechado e somente será aberto quando o funcionário entrar definitivamente.

Dica 8
Momento perigoso: Admissão de funcionários.
Atitude errada: Administradora/Condomínio contrata funcionários sem prévia verificação
dos mesmos e não passa treinamento adequado.
Atitude correta: Toda contratação de funcionários deve ser precedida de levantamentos
dos dados pessoais do candidato, incluindo antecedentes criminais.

Dica 9
Momento perigoso: Identificação dos veículos e seus condutores.
35
Atitude errada: O porteiro libera a entrada de veículos sem verificar se há autorização
para tanto e quem é o condutor.
Atitude correta: O porteiro deve sempre verificar o veículo e principalmente o condutor.
Veículos estranhos só poderão ser liberados com autorização do síndico/administrador
ou do morador responsável. Pessoas estranhas, mesmo que dirigindo veículos de
moradores, devem ser anunciadas e sua entrada só poderá ser liberada após a
autorização do morador.

Dica 10
Momento perigoso: Festas e eventos.
Atitude errada: O porteiro libera a entrada de convidados sem anunciar ou consultar a
lista de convidados.
Atitude correta: No caso de festas e eventos, o morador deve providenciar uma lista com
os nomes dos convidados e deixar na portaria a lista. Caso contrário, o porteiro deve
anunciar cada convidado que chegar e não deve liberar a entrada antes da autorização
do morador.

Dica 11
Momento perigoso: Guardar chaves dos apartamentos e veículos na portaria.
Atitude errada: O porteiro permite que moradores deixem chaves na portaria para serem
entregues a familiares e/ou empregados. Essa atitude só facilita a ação de marginais,
facilitando a entrada dos mesmos nas unidades e o furto de veículos.
Atitude correta: As chaves dos apartamentos e veículos nunca devem ser deixadas na
portaria. Só podem se tiver um local seguro e específico para isso dentro da portaria.

36
DICAS QUE O PORTEIRO/VIGIA DEVE PASSAR AOS MORADORES, PARA QUE
ELES CONTRIBUAM COM A SEGURANÇA DO CONDOMÍNIO

Dica 1
Momento perigoso: Entrando no condomínio com veículo ou a pé.
Atitude errada: Entrar no condomínio sem prestar atenção no que está acontecendo em
volta. Não prestar atenção se existem outras pessoas tentando entrar junto (com o
morador).
Atitude correta: Ao chegar, prestar atenção se não existem pessoas paradas junto ao
portão. Se ficar inseguro, com dúvida, não entrar. Dar uma volta no quarteirão e analisar
melhor a situação. Se a dúvida persistir, entrar em contato com a portaria pra saber se
está tudo bem. O mesmo procedimento é válido caso haja um carro com passageiros
parados, ou se um carro tentar entrar junto no condomínio. Ao abrir o portão, ter atenção
a toda a movimentação ao redor para que não haja supresa por alguém que entrou no
condomínio, aproveitando o portão aberto. O porteiro pode achar que pode ser
acompanhante e não abordá-lo. Fechar o portão deixando a pessoa do lado de fora não
é falta de educação, e sim medida preventiva de segurança.

Dica 2
Momento perigoso: Contratação de empregados domésticos e prestadores de serviço.
Atitude errada: Contratar somente por indicação, sem verificar a documentação do
mesmo. Permitir que o prestador de serviço leve pessoas estranhas sem seu
consentimento, como ajudantes, etc.
Atitude correta: A simples indicação de um amigo ou parente não é suficiente na hora de
contratar uma pessoa que terá acesso a residência. Sempre pedir documentação e
verificar os antecedentes criminais antes da contratação.
37
Dica 3
Momento perigoso: A campainha toca sem anúncio prévio por interfone.
Atitude errada: Manter a porta do apartamento destrancada ou abri-la sem prévia
identificação.
Atitude correta: Morador não abrir a porta do seu apartamento sem antes identificar
através do olho mágico quem está do lado de fora. Orientar filhos e também
empregados a nunca abrirem a porta caso a pessoa não tenha sido devidamente
anunciada pelo interfone, mesmo que seja um funcionário do condomínio.

Dica 4
Momento perigoso: Informações que vazam através de funcionários particulares ou do
condomínio.
Atitude errada: Permitir que empregados tenham acesso a informações pessoais da
família.
Atitude correta: Evitar comentar situação financeira. Não falar sobre valores gastos em
viagens, compras, passeios, serviços. Imagine que essa pessoa, por mais que seja “de
confiança”, pode comentar inocentemente com um parente, um amigo ou no ônibus de
volta pra casa.

Dica 5
Momento perigoso: Festas e eventos.
Atitude errada: Autorizar a entrada de todos que chegarem à portaria informando que
vão à festa ou evento.
Atitude correta: Sempre que realizar festas ou qualquer outro evento, confeccionar uma
lista com o nome e sobrenome de todos os convidados e deixar na portaria. Avisar os 38

convidados sobre os procedimentos de segurança, assim não haverá constrangimento.


Dica 6
Momento perigoso: Mudanças.
Atitude errada: Não avisar o condomínio sobre mudanças.
Atitude correta: Em caso de mudança, avisar sobre a data e empresa que realizará a
mudança, tanto para o condomínio que está deixando quanto o condomínio para onde
estará se mudando.

VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIOS

O crime de violação de domicílio, previsto no Artigo 150 do Código Penal, consiste em


crime de mera conduta, pelo qual o sujeito ativo entra ou permanece, clandestina ou
astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa
alheia ou em suas dependências, cuja pena constitui detenção, de um a três meses, ou
multa.

Quanto ao elemento subjetivo do tipo penal, tem-se que será o dolo, pois o crime será
praticado de modo consciente e direcionado ao atingimento da finalidade, pelas
seguintes formas:
I. Clandestinamente: o agente ingressa ou permanece em casa alheia ou em suas
dependências sem que o morador perceba.
II. Astuciosamente: o agente induz o morador a erro para obter seu consentimento em
entrar ou permanecer na casa ou em suas dependências.
III. Contra a vontade do morador: o agente usando-se de violência ou grave ameaça
entra ou permanece na casa ou em suas dependências. 39
Qualifica-se o crime de violação de domicílio, elevando-se os patamares da pena para
seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência, nos termos do
parágrafo primeiro do artigo 150 do Código Penal, se o crime for cometido durante a
noite, ou em lugar ermo (desabitado), ou com o emprego de violência ou de arma, ou
por duas ou mais pessoas.
Por seu turno, constitui causa especial de aumento da pena do crime de violação de
domicílio, aumentando-se de um terço, se o fato for cometido por funcionário público,
fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou
com abuso do poder.
Não constituirá crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas
dependências durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar
prisão ou outra diligência; ou a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime
está sendo ali praticado ou na iminência de o ser.
Deve-se atentar a definição legal trazida pelo Código Penal acerca da expressão casa,
compreendendo-se qualquer compartimento habitado; aposento ocupado de habitação
coletiva; ou compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade. Excluindo de tal compreensão a hospedaria, estalagem ou qualquer outra
habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do nº II do parágrafo (§) anterior;
taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero, nos termos dos §§ 4º e 5º do artigo
150 do Código Penal, respectivamente.

VIOLAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS

Muitas vezes, não se dá a devida atenção a esse assunto, mas é muito importante estar
atento as correspondências e conferir se as mesmas não estão violadas no ato da
entrega, para não ser responsabilizado posteriormente. O correio entrega para o
porteiro/vigia, que distribui para os apartamentos ou coloca nas caixas apropriadas. Mas,
na prática, não é tão simples assim. Mesmo porque há uma lei (6.538/1978) que dispõe 40
sobre serviços postais.
Diz o Artigo 22: “Os responsáveis pelos edifícios, sejam os administradores, os gerentes,
os porteiros, zeladores ou empregados são credenciados a receber objetos de
correspondência endereçados a qualquer de suas unidades, respondendo pelo seu
extravio ou violação.” O Artigo 151 do Código Penal também trata do assunto, abrir
indevidamente correspondência fechada dirigida a outra pessoa acarreta pena de um a
seis meses de detenção ou multa, mesma pena para quem se apossa de
correspondência alheia, a sonega ou destrói. Lembrando que esse crime só se penaliza
por representação, ou seja, o reclamante deve proceder a queixa-crime, e não apenas o
boletim de ocorrência.

O porteiro pode assinar as cartas com AR (Aviso de Recebimento). Mas não pode
quando se tratar de serviço de entrega do tipo mãos próprias, ou seja, que deve ser
entregue na mão do destinatário.
O condomínio deve organizar o recebimento de correspondências e sua distribuição
interna. Passando do portão, diz a lei, a responsabilidade é do condomínio. Mas, não há
obrigação de entregar na porta do morador. Porém, devem ser estabelecidas regras. Por
exemplo, registrar internamente o recebimento de telegramas ou ARs. E qualquer
alteração nos procedimentos deve ser aprovada em assembléia.
A inviolabilidade e o sigilo da correspondência são direitos assegurados pela
Constituição (cf. art. 5º, inc. XII, CF/88). Porém, como nenhuma liberdade individual é
absoluta, faz-se necessário esclarecer que, a depender do interesse público e da
garantia da segurança e da paz social, ao Poder Público é permitido devassar
correspondências alheias.
41
Historicamente, a fiscalização de correspondência sempre foi um artifício adotado pelo
Estado para a manutenção da paz pública. Durante a Segunda Guerra Mundial, por
exemplo, as cartas provenientes dos Países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) eram
abertas e fiscalizadas pelos demais países europeus. O mesmo era feito pelo governo
alemão, com relação às cartas provenientes dos países aliados.
Já aqui no Brasil, vale mencionar que nenhuma carta/remessa postal entra ou sai de um
presídio sem que seja previamente analisada por funcionários da administração
penitenciária. Nesse caso, a abertura de correspondência alheia visa coibir a entrada e
saída de materiais ilícitos (armas, telefones celulares, drogas, etc.) ou mensagens que
possam colocar em risco a segurança.
Excluindo essa e algumas poucas situações excepcionais, a regra é que todo e qualquer
cidadão (bem como as pessoas jurídicas) tem, de fato, direito ao sigilo da
correspondência.
Na ocorrência de afronta indevida a essa garantia constitucional, o Direito Penal poderá
ser adotado para reprimir tais condutas. O crime de violação de correspondência está
previsto no artigo 151 do Código Penal (“Devassar indevidamente o conteúdo de
correspondência fechada, dirigida a outrem. Pena: detenção de 1 a 6 meses, ou multa).
Nesse caso, o infrator atua movido pela manifesta vontade de devassar o sigilo da
correspondência endereçada a outrem.
O legislador brasileiro também considera criminosa a conduta tanto daquele que se
apossa indevidamente de correspondência alheia (ainda que aberta) quanto de quem a
sonega ou a destrói (art. 151, §1º, inc. I do Código Penal).
Vale notar que o legislador incluiu
na redação daqueles tipos penais
um advérbio de modo, qual seja,
“indevidamente”. Tal inclusão se
justifica pelo fato de que existem
circunstâncias que podem justificar
a violação de correspondência e,
nesse caso, como a violação não
seria “indevida”, o fato será
considerado atípico.
O Código Penal traz, ainda, um
crime específico para a chamada
correspondência comercial (art. 152). Nesse caso, o crime é praticado apenas pelo sócio
ou empregado do “estabelecimento comercial ou industrial” que, abusando da sua
condição, “desvia, sonega, subtrai ou suprime correspondência ou revela a estranho seu
conteúdo”. Nesse tipo penal, as penas são mais altas, com detenção de 3 meses a 2
42
anos. Contudo, em razão das penas aplicadas, as formas típicas de “violação de
correspondências” previstas em nosso Código Penal são consideradas como delitos de
pequeno potencial ofensivo.
De toda forma, o Código Penal não deixa dúvidas de que realmente considera criminosa
a conduta daquele que, movido pelo dolo de devassar o sigilo “indevidamente”, abre
correspondência alheia. Apenas fundadas e sérias razões de segurança e/ou interesse
público podem, eventualmente, justificar a quebra dessa garantia constitucional.

CRIMES QUE PODEM OCORRER DENTRO DO CONDOMÍNIO

A seguir, alguns crimes que porteiro e vigia deve ficar atento, e percebendo qualquer ato
que levante suspeita de algum dos crimes abaixo, o mesmo deve prontamente acionar a
polícia, para coibir os marginais. A seguir, os conceitos desses crimes e também a sua
legislação:
 Receptação;
 Assédio;
 Racismo;
 Cárcere privado;
 Roubo;
 Furto.

43
Receptação
A receptação, delito dos mais importantes do título dos crimes contra o patrimônio,
está descrita no art. 180 do Código Penal e subdivide-se em dolosa e culposa.

A receptação dolosa, por sua vez, possui as seguintes figuras:


 Simples, que pode ser própria ou imprópria:
 Qualificada;
 Majorada;
 Privilegiada.

A receptação é um crime acessório, uma vez que constitui pressuposto


indispensável de sua existência a ocorrência de um crime anterior. Ocorre, por
exemplo, quando alguém compra um celular roubado no comércio popular.
A receptação é crime contra o patrimônio, assim, quem adquire, por exemplo,
objeto produto de peculato (crime contra a Administração Pública) comete
receptação.
É crime de ação múltipla porque contém várias condutas típicas. Quando um delito
possui essa característica haverá crime único se mais de uma conduta típica for
cometida em relação ao mesmo objeto material. Assim, se uma pessoa adquire um
objeto roubado e depois o transporta de um local a outro, comete crime único de
receptação.
Para que a receptação exista é necessário que o agente queira obter alguma 44
vantagem para si ou para outrem. Veja-se, entretanto, que, se o sujeito visa
beneficiar o próprio autor do crime antecedente, responde pelo crime de
favorecimento real (art. 349 do Código Penal).

Assédio
Quando se fala em assédio, muitas vezes a primeira imagem que vem à cabeça de
muita gente é a de um desconhecido importunando uma mulher na rua. Mas essa
situação e esse conceito é somente uma das formas de assédio.
Assédio pode ser uma série de comportamentos que incomodam, importunam,
humilham ou perseguem uma pessoa ou grupo específico. O assédio pode se
manifestar de muitas formas, algumas mais explícitas e outras mais veladas.

45
Assédio Sexual
O assédio sexual é um tipo de violência que se caracteriza por qualquer ação ou
comportamento sexual que acontece sem o consentimento da outra pessoa. Esse
tipo de assédio engloba uma série de comportamentos, que vão desde o contato
físico até um comentário com conotação sexual.
No Brasil, o Decreto-Lei nº 10.224, de 15 de maio de 2001, acrescenta o artigo nº
216-A ao Código Penal Brasileiro, apresenta o seguinte texto:

"Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual,


prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência
inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."

Em teoria, a pena para a quem infringe esta lei e comete assédio sexual é a
detenção que pode variar entre 1 e 2 anos.

Assédio Moral
No caso do assédio moral, a violência é contra a dignidade do cidadão que passa
por algum tipo de humilhação. A maioria dos casos de assédio moral acontece no
ambiente de trabalho, em situações nas quais o funcionário é exposto
constantemente à humilhação
por parte de seus patrões ou até
mesmo de outros funcionários.
No Brasil, não há uma lei
específica que caracterize o
assédio moral e nem o assédio
moral no trabalho, mas situações
que se encaixam nesse tipo de
assédio são enquadrados como
crime de danos morais.

Assédio Verbal
Esse tipo de assédio pode acontecer em diversos contextos e pode envolver tanto
pessoas próximas, quanto completos desconhecidos. Ele se caracteriza por atos
em que ocorrem xingamentos, vaias, ridicularização, insultos, provocações ou
ameaças contra uma pessoa.
O assédio verbal é considerado um delito no Brasil, protegido pela lei de injúria. A
pessoa que sofre esse tipo de assédio pode ser indenizada por Danos Morais.
46
Então trazendo para o cotidiano da profissão de porteiro ou vigia, o profissional
deve ficar atento, se ver no
condomínio alguma forma de
assédio, deve tomar as
medidas cabíveis (acionando
a polícia) e auxiliar a pessoa
que sofreu o assédio. E até
para sua defesa no dia a dia,
visto que pode ocorrer por
exemplo, uma situação de
assédio verbal ao barrar uma
pessoa na portaria.

Racismo
O Racismo é a crença em que uma raça, etnia ou certas características físicas
sejam superiores a outras. O racismo pode se manifestar tanto em nível individual,
como em nível institucional, através de políticas como a escravidão, o apartheid, o
holocausto, dentre outros.
Embora o racismo associe-se ao preconceito contra os negros, ele pode se
manifestar contra qualquer raça ou etnia, sejam asiáticos, indígenas, etc. Convém
lembrar que a prática do racismo, no Brasil, é considerado um crime inafiançável,
com pena de até 3 anos de prisão.

Racismo Individual
O racismo individual é expresso em atitudes discriminatórias individuais, através de
estereótipos, insultos e rejeição a uma pessoa que não possua as mesmas
características étnicas que a sua.

47
Racismo Institucional
O racismo institucional é aquele exercido pelas instituições, como o Estado, a
Igreja, as empresas privadas e públicas, no qual certos grupos étnicos, como
negros ou índios, são marginalizados e rejeitados, seja direta ou indiretamente.
Um dos maiores exemplos foi o apartheid, na África do Sul, quando os negros
estavam proibidos de frequentar os mesmos lugares que os brancos. Igualmente,
nos Estados Unidos, havia leis desse tipo, que impediam os negros de estudarem
nas mesmas escolas que os brancos, por exemplo.

O racismo deve ser combatido diariamente, primeiro em atitudes individuais e


depois, de forma social. Valorizar e incentivar comportamentos respeitosos e sem
preconceito em relação a diversidade étnico-racial. E presenciando ou sofrendo
situações de racismo, denuncie.

Cárcere privado
Trata-se de crime contra a liberdade pessoal, previsto no Artigo 148 do Código
Penal, cujo objetivo é garantir a livre locomoção das pessoas. O mencionado artigo
descreve a conduta criminosa como o ato de privar alguém de sua liberdade
através de sequestro ou cárcere privado.
A expressão “cárcere privado” decorre do verbo encarcerar, que significa deter, ou
prender alguém indevidamente e contra sua vontade.No crime de cárcere privado,
a vítima quase não tem como se locomover, sua liberdade fica restrita a um
pequeno espaço físico, como um quarto ou um banheiro.
48
A pena prevista é de 1 a 3 anos de reclusão. Todavia, a pena aumenta para 2 a 5
anos nos seguintes casos: privação de liberdade maior do que 15 dias, crime com
finalidade sexual e, ainda, se as vítimas se enquadram nos seguintes casos: pais,
filhos, esposo ou convivente do criminoso, pessoa idosa, pessoa indevidamente
internada em casa de saúde ou hospital. A aumento de pena é ainda maior, de 2 a
8 anos, caso a vítima sofra dano físico ou moral em razão do confinamento.
O mesmo artigo prevê o crime de sequestro, muito similar ao crime de cárcere. O
que difere um do outro é o espaço do confinamento. No sequestro, o espaço é
mais amplo e permite mais movimentação da vítima.

Sempre que houver suspeita de cárcere privado, deve ser realizada denúncia aos
órgãos responsáveis, para investigarem, e tomarem as medidas necessárias.
49
Roubo
A seguir, será abordado o crime de roubo e as alterações trazidas pela Lei
13.654/2018. O roubo está previsto no Título II da parte especial do Código Penal
que trata dos crimes contra o patrimônio. Seu fundamento constitucional está no
artigo 5º caput da Constituição Federal.

Art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade […]”

Esta figura criminosa abrange o roubo simples (que pode ser próprio ou impróprio),
causas de aumento e qualificadoras. A seguir a tabela que resume o artigo 157.
Reclusão 4 a 8 anos +
Art. 157, caput Roubo simples próprio
multa
Reclusão 4 a 8 anos +
Art. 157, §1º Roubo simples impróprio
multa
Art. 157, §2º Roubo majorado Aumento 1/3 até 1/2
Art. 157, §2º-A
Roubo majorado Aumento 2/3
Lei13.654/18
Roubo qualificado pelo
Art. 157, §3º Reclusão 7 a 18 anos +
resultado lesão corporal
Inciso I multa
grave
Art. 157, §3º Roubo qualificado pelo Reclusão 20 a 30 anos +
Inciso II resultado morte/latrocínio multa
Fonte: Canal Ciências Criminais.
50

A configuração do crime de roubo exige a presença de algumas elementares do


furto como:
a) Subtração como conduta típica;
b) Coisa móvel como objeto material;
c) A circunstância de a coisa ser alheia como elemento normativo;
d) A finalidade de assenhoramento definitivo, para si ou para terceiro, como
elemento subjetivo.

Em sua essência, o roubo seria uma espécie de furto cometido com violência ou
grave ameaça, sendo um crime complexo porque atinge mais de um bem jurídico
(patrimônio e incolumidade física ou a liberdade individual) resultando da fusão de
dois crimes: furto + lesão corporal leve ou crime de ameaça.
A simulação de arma de fogo (esconder uma das mãos no bolso ou arma de
brinquedo) constitui a grave ameaça, já que possui poder intimidatório sobre a
vítima.

A violência é o emprego de força física ou a prática de ato agressivo. Exemplo:


agarrar a vítima, agredi-la com socos e chutes, derrubá-la no chão, desferir
puladas, etc. Cabe lembrar que a violência precisa ser necessariamente contra a
pessoa, e não contra coisas.
A violência presumida é aquela onde a vítima não pode, por qualquer causa,
oferecer resistência, como no uso do “boa noite cinderela” (substância que faz a
vítima dormir) para desacordar a vítima e levar seus pertences. O agente que
droga a vítima e subtrai o celular quando esta está desacordada não pratica furto e
sim roubo.
51
Furto
Art. 155 – Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena – reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.

§ 1º – A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso


noturno.
§ 2º – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou
aplicar somente a pena de multa.
§ 3º – Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha
valor econômico.

Compreendendo o furto o crime do art. 155 do Código Penal que consiste em


subtrair coisa alheia móvel. A subtração é o ato de tomar para si aquilo que não
está sob a sua legítima posse ou de que não seja de sua propriedade. A conduta 52

está prevista em outros tipos penais, a exemplo do roubo (Código Penal, art. 157).
Não se confunde com a apropriação, que se dá quando o agente detém a posse ou
a detenção da coisa de forma legítima, e, sem que lhe seja permitido, inverte a
propriedade da coisa, passando a agir como se dono fosse. A distinção é
fundamental para que não se confunda o furto (Código Penal, art. 155).
Além disso, a coisa deve ser móvel. O Código Civil, em seu artigo 81, prevê: “Art.
81. Não perdem o caráter de imóveis:
I. As edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade,
forem removidas para outro local;
II. “Os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se
reempregarem.”. Ou seja, o elevador momentaneamente retirado de um
prédio, para nele ser reinstalado, não perde a qualidade de imóvel.

Em resumo:

A diferença entre furto e roubo está no modo como cada um desses crimes contra
o patrimônio são praticados. No furto, não há episódio de violência ou ameaça
contra a vítima. Já o roubo consiste na ocorrência de ameaça ou violência contra
quem está sendo roubado (sinônimo de assalto).
O roubo e o furto são atos que representam a subtração forçada e inesperada de
um bem móvel (objetos que podem ser mobilizados), que pertence por direito a 53

determinada pessoa. Ambos são considerados crimes ao patrimônio.


REFERÊNCIAS

Alamo - http://alamosolucoes.com.br/a-importancia-do-porteiro-e-suas-funcoes/
Aster - http://www.aster.com.br/blog/seguranca-patrimonial/5-equipamentos-de-
seguranca-residencial/
Canal Ciências Criminais - https://canalcienciascriminais.com.br/o-crime-de-
roubo-alteracoes/
Diferença - https://www.diferenca.com/furto-e-roubo/
Euro Filho e Tyles - http://www.eurofilho.adv.br/abrir-correspondencia-alheia-e-
crime/
Gestão de Segurança Privada - https://gestaodesegurancaprivada.com.br
Gurpo Souza Lima - https://gruposouzalima.com
Haganá - https://www.hagana.com.br/blog/qual-a-diferenca-entre-o-porteiro-e-o-
controlador-de-acesso/
JusBrasil - https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/477025369/crime-de-violacao-de-
domicilio-modos-de-execucao-majorantes-e-excludentes
JusBrasil - legislação Comentada - Leonardo Castro -
https://leonardocastro2.jusbrasil.com.br/artigos/136366573/legislacao-comentada-
furto-art-155-do-cp
JusBrasil (Daniela Coellho) -
https://danicoelho1987.jusbrasil.com.br/artigos/686479152/saiba-tudo-sobre-o-
crime-de-receptacao
MTG TECH - http://mtgtech.com.br/controle-de-acesso-veicular/
Nextin - https://blog.nextin.com.br
Organize meu condomínio - http://www.organizemeucondominio.com.br
PlanServ - https://www.planservrh.com.br
Grupo Segura - https://gruposegura.com.br/blog/sistemas-de-seguranca-para-
condominios/
Síndico Net - https://www.sindiconet.com.br
Talla Imobiliária - http://www.talla.com.br/portaria.pdf
Toda Matéria - https://www.todamateria.com.br/racismo/

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